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Adriana Fayad Campos
  CRP: 12938 – 4ª r.
ÁREAS DE ATUAÇÃO
Esporte Escolar        Esporte Recreativo


       Psicologia do Esporte
 Esporte de                Esporte de
 Rendimento                Reabilitação
A Psic. do Esporte no Mundo
Psicologia do Esporte Americana: Coleman Griffith,
considerado o “pai” da P.E. Em 1918, fez observações
sobre os fatores psicológicos que afetavam os jogadores
de futebol americano e basquete. (CRATTY, 1984).
Psicologia do Esporte do Leste Europeu: Peter Lesgaft,
1917. Em Moscou e Leningrado, primeiros laboratórios
dedicados ao estudo da Psicol. do Esporte. Ênfase em
exercícios práticos e perfil de atletas superiores, controle
de tensão e processos perceptivos (CRATTY, 1984).
Psicologia do Esporte no Brasil: João Carvalhaes,
trabalhou no São Paulo Futebol Clube por 20 anos e
integrou a comissão técnica da seleção brasileira na
Copa do Mundo de 1958 (RUBIO, 2002).
Fatores psicológicos que interferem na
       performance desportiva
 Motivação
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 Percepção
 Personalidade
 Histórico familiar
 Expectativa da família, amigos, clube e patrocinadores
 Reação da torcida
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Algumas categorias desportivas
Esporte de equipe x esporte individual
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O preparo psicológico

               PREPARO
             PSICOLÓGICO
           PREPARO TÁTICO
           PREPARO TÉCNICO
            PREPARO FÍSICO
Princípios éticos do treinamento
              psicológico
A participação no treinamento deve acontecer por interesse
próprio e sem pressão externa.

Antes de iniciar o treinamento, deve-se informar aos atletas
sobre : objetivos, métodos, indicações e efeitos do mesmo.

Os métodos aplicados devem ser cientificamente aprovados

 O    treinamento    psicológico   deve     contribuir no
 desenvolvimento da personalidade: saúde, bem-estar,
 autodeterminação e responsabilidade social.
(SAMULSKI, 1997)
Acompanhamento x Aconselhamento
          psicológico
Segundo Gabler (1979), Coaching (Acompanhamento)
consiste em trabalhar “... o desenvolvimento da
autoconfiança e da força de vontade, assim como a
aplicação de medidas de motivação e orientação tática
antes, durante e depois da competição. O trabalho do
psicólogo está ligado diretamente a situações concretas.”
(apud SAMULSKI, 1992).
“O          Aconselhamento
Psicológico (Counselling),
tem como meta ajudar aos
técnicos e desportistas a
entender e solucionar da
melhor maneira possível os
seus problemas psicológicos
e sociais. Uma tarefa
específica para o psicólogo é
ajudar emocionalmente as
pessoas nas fases de
insegurança, a fim de que
elas    possam     encontrar
rapidamente        a      sua
segurança e autoconfiança.”
(apud SAMULSKI, 1992).
O trabalho do psicólogo junto à equipe:
    Antes da competição:
- Acompanhamento dos treinos
- Disponibilidade para o atleta e comissão técnica
- Diagnóstico individual dos atletas
- Diagnóstico do grupo
- Intervenções necessárias apontadas no diagnóstico

   Depois da competição:
- Recuperação psicológica e ressignificação da vitória ou da
   derrota
- Análise das estratégias utilizadas pelo atleta ou pela equipe
- Discussão e análise do grupo junto ao técnico
A apresentação do psicólogo à equipe
 O psicólogo deve ser:
  Pontual
 Claro e direto (não usar jargões técnicos)
 Colocar-se como mais um profissional a serviço da
 equipe, evitando posturas de “guru” ou paternais
 Não prometer o que não pode cumprir: “vitória”...
 Humilde, não fingindo conhecer tudo daquele esporte
 Zelar pela compreensão da psicologia como ciência e
 diferenciá-la de discursos de auto-ajuda
 Explicar exatamente para que tipo de problemas os atletas
 e a equipe poderão contar com ele e assegurar o sigilo da
 informações que lhe são confiadas
Sobre a avaliação psicológica
          especificamente
Explicar à equipe como será feita
(procedimentos: entrevistas, testes etc.)
Com quem
Para que finalidade
Quem terá acesso às informações colhidas
e o uso que se poderá fazer delas
Explicar que é apenas o primeiro passo
para o trabalho do treinamento
psicológico
Dificuldades técnicas
        O CFP (Conselho Federal de
        Psicologia) ainda não recebeu
        (até outubro/2007), oficialmente,
        qualquer pedido de aprovação de
        instrumentos      utilizados   no
        contexto       esportivo      por
        profissionais da psicologia.
        Problemas       de      “mercado”
        profissional: de quem é a
        psicologia do esporte?
Testes mais utilizados

HTP (Acromático e Cromático), DFH (Manchover),
TAT, CAT, DMT (Defence Mechanism Test), EPI
(Eysenck Personality Inventory), IFP (Inventário
Fatorial de Personalidade), Instrumento EMI
(Estabelecimento de Metas em Intervalo), Análise do
Jogo, IDATE (Ansiedade Traço/Estado), POMS
(Profile of Mood States), SCAT (Sport Competitive
Anxiety Test), Escala de Borg (Esforço Percebido e
Dor) etc...
Estilos de Atribuição Causal e Motivação
Dividem-se em dois os tipos de atribuição causal (locus de controle):
1) Interno
2) Externo

McLelland distingue dois tipos de motivação para a realização:
1) Medo do Fracasso: age para não errar, contenta-se com o razoável.
   Possui locus de controle externo.
2) Expectativa de Sucesso: quer fazer o melhor possível, se superar.
   Possui locus de controle interno.
Expectativa de Sucesso
- Assumem, por iniciativa própria, tarefas de rendimento
- Rebaixam seus objetivos, após fracassos
- Colocam seus objetivos num grau médio de dificuldade, de acordo com
    suas capacidades
- Possuem maior tolerância à frustração
- Procuram informações sobre suas capacidades e as utilizam
- Preferem tarefas com maior grau de dificuldade, principalmente aquelas
    sob pressão de tempo e em situações de risco
- Em tarefas rotineiras esforçam-se menos
- Podem adiar a satisfação de suas necessidades, são orientados para o
    futuro
- Sucessos são atribuídos a fatores internos. Fracassos são considerados
    mutáveis e são atribuídos à falta de esforço
- Possuem uma balança afetiva assimétrica, ou seja, alegram-se mais
    intensamente após um sucesso do que se aborrecem após um fracasso
- São mais criativos
- Em situações de sobrecarga emocional, evitam reações agressivas
- Possuem maior capacidade de se relacionar socialmente
Medo do Fracasso
- Não sentem-se bem quando testados ou em tarefas de rendimento
- Não assumem os fracassos
- Desistem facilmente e têm baixa tolerância à frustração
- Estabelecem metas sempre muito acima de suas capacidades (para não criar
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- Têm receio de críticas, esquivam-se.
- Esforçam-se mais em tarefas rotineiras
- Preferem tarefas com menor grau de dificuldade, não lidam bem com
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- Precisam de satisfação imediata de suas necessidades, não são orientados
    para o futuro, apenas para o presente
- Tanto sucessos quanto fracassos são atribuídos a fatores externos,
    geralmente à casualidade
- Possuem uma balança afetiva simétrica, não ocorrendo grandes contrastes
    entre êxito e fracasso
- São menos criativos, porque receiam correr riscos
- São mais agressivos em situações de sobrecarga emocional
- São socialmente menos hábeis para se relacionar
Estilos de competição dentro de uma
              equipe:
-   Competição Externa: o indivíduo compara seu
    desempenho ao dos demais
-   Competição Interna: o indivíduo compara seu
    desempenho atual com seu próprio desempenho
    anterior

    Nos treinos é melhor incentivar a competição interna,
    pois as competições das quais o atleta participa já são
    naturalmente competições externas.
Principais preocupações éticas do
                  psicólogo
   Quem é seu cliente, ou paciente? O
   clube ou o atleta?

   Tratar o atleta como sujeito de sua
   própria história e não como mero
   objeto, “massa bruta” a ser lapidada.




“Há tantas psicologias do esporte quanto psicólogos do esporte.”
                      (Dietmar Samulski)
Referência Bibliográfica Recomendada
FEIJÓ, O. G. Corpo e Movimento: uma psicologia para o esporte. Rio de Janeiro: Shape
Ed. e Promoções, 1992.

RUBIO, Kátia. O Atleta e o Mito do Herói: o imaginário esportivo contemporâneo. São
Paulo: Casa do Psicólogo, 2001.

GIULIANOTTI, Richard. Sociologia do Futebol: Dimensões históricas e socioculturais
do esporte das multidões. Tradução de Wanda Nogueira Caldeira e Marcelo de Oliveira
Nunes _ São Paulo: Nova Alexandria, 2002.


FERRARO, Thomas. Why Athletes Resist Sport Psychology. In: Athletic Insight – The
Online Journal of Sport Psychology. www.peaksports.com

ANGELO, L., RUBIO, K. (orgs.) Instrumentos de avaliação em psicologia do esporte.
São Paulo: Casa do Psicólogo, 2007.

TEIXEIRA, Dourivaldo. O corpo no esporte escolar, de lazer e de alto nível: um diálogo
na busca de significados. Maringá: Eduem, 2001.

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Psicologia do Esporte: Fatores, Estilos e Abordagens

  • 1. Adriana Fayad Campos CRP: 12938 – 4ª r.
  • 2. ÁREAS DE ATUAÇÃO Esporte Escolar Esporte Recreativo Psicologia do Esporte Esporte de Esporte de Rendimento Reabilitação
  • 3. A Psic. do Esporte no Mundo Psicologia do Esporte Americana: Coleman Griffith, considerado o “pai” da P.E. Em 1918, fez observações sobre os fatores psicológicos que afetavam os jogadores de futebol americano e basquete. (CRATTY, 1984). Psicologia do Esporte do Leste Europeu: Peter Lesgaft, 1917. Em Moscou e Leningrado, primeiros laboratórios dedicados ao estudo da Psicol. do Esporte. Ênfase em exercícios práticos e perfil de atletas superiores, controle de tensão e processos perceptivos (CRATTY, 1984). Psicologia do Esporte no Brasil: João Carvalhaes, trabalhou no São Paulo Futebol Clube por 20 anos e integrou a comissão técnica da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1958 (RUBIO, 2002).
  • 4. Fatores psicológicos que interferem na performance desportiva Motivação Ansiedade Atenção Percepção Personalidade Histórico familiar Expectativa da família, amigos, clube e patrocinadores Reação da torcida Relação com colegas e técnico
  • 5. Algumas categorias desportivas Esporte de equipe x esporte individual Esporte somativo x integrado Esporte de contato x esporte sem contato
  • 6. O preparo psicológico PREPARO PSICOLÓGICO PREPARO TÁTICO PREPARO TÉCNICO PREPARO FÍSICO
  • 7. Princípios éticos do treinamento psicológico A participação no treinamento deve acontecer por interesse próprio e sem pressão externa. Antes de iniciar o treinamento, deve-se informar aos atletas sobre : objetivos, métodos, indicações e efeitos do mesmo. Os métodos aplicados devem ser cientificamente aprovados O treinamento psicológico deve contribuir no desenvolvimento da personalidade: saúde, bem-estar, autodeterminação e responsabilidade social. (SAMULSKI, 1997)
  • 8. Acompanhamento x Aconselhamento psicológico Segundo Gabler (1979), Coaching (Acompanhamento) consiste em trabalhar “... o desenvolvimento da autoconfiança e da força de vontade, assim como a aplicação de medidas de motivação e orientação tática antes, durante e depois da competição. O trabalho do psicólogo está ligado diretamente a situações concretas.” (apud SAMULSKI, 1992).
  • 9. “O Aconselhamento Psicológico (Counselling), tem como meta ajudar aos técnicos e desportistas a entender e solucionar da melhor maneira possível os seus problemas psicológicos e sociais. Uma tarefa específica para o psicólogo é ajudar emocionalmente as pessoas nas fases de insegurança, a fim de que elas possam encontrar rapidamente a sua segurança e autoconfiança.” (apud SAMULSKI, 1992).
  • 10. O trabalho do psicólogo junto à equipe: Antes da competição: - Acompanhamento dos treinos - Disponibilidade para o atleta e comissão técnica - Diagnóstico individual dos atletas - Diagnóstico do grupo - Intervenções necessárias apontadas no diagnóstico Depois da competição: - Recuperação psicológica e ressignificação da vitória ou da derrota - Análise das estratégias utilizadas pelo atleta ou pela equipe - Discussão e análise do grupo junto ao técnico
  • 11. A apresentação do psicólogo à equipe O psicólogo deve ser: Pontual Claro e direto (não usar jargões técnicos) Colocar-se como mais um profissional a serviço da equipe, evitando posturas de “guru” ou paternais Não prometer o que não pode cumprir: “vitória”... Humilde, não fingindo conhecer tudo daquele esporte Zelar pela compreensão da psicologia como ciência e diferenciá-la de discursos de auto-ajuda Explicar exatamente para que tipo de problemas os atletas e a equipe poderão contar com ele e assegurar o sigilo da informações que lhe são confiadas
  • 12. Sobre a avaliação psicológica especificamente Explicar à equipe como será feita (procedimentos: entrevistas, testes etc.) Com quem Para que finalidade Quem terá acesso às informações colhidas e o uso que se poderá fazer delas Explicar que é apenas o primeiro passo para o trabalho do treinamento psicológico
  • 13. Dificuldades técnicas O CFP (Conselho Federal de Psicologia) ainda não recebeu (até outubro/2007), oficialmente, qualquer pedido de aprovação de instrumentos utilizados no contexto esportivo por profissionais da psicologia. Problemas de “mercado” profissional: de quem é a psicologia do esporte?
  • 14. Testes mais utilizados HTP (Acromático e Cromático), DFH (Manchover), TAT, CAT, DMT (Defence Mechanism Test), EPI (Eysenck Personality Inventory), IFP (Inventário Fatorial de Personalidade), Instrumento EMI (Estabelecimento de Metas em Intervalo), Análise do Jogo, IDATE (Ansiedade Traço/Estado), POMS (Profile of Mood States), SCAT (Sport Competitive Anxiety Test), Escala de Borg (Esforço Percebido e Dor) etc...
  • 15. Estilos de Atribuição Causal e Motivação Dividem-se em dois os tipos de atribuição causal (locus de controle): 1) Interno 2) Externo McLelland distingue dois tipos de motivação para a realização: 1) Medo do Fracasso: age para não errar, contenta-se com o razoável. Possui locus de controle externo. 2) Expectativa de Sucesso: quer fazer o melhor possível, se superar. Possui locus de controle interno.
  • 16. Expectativa de Sucesso - Assumem, por iniciativa própria, tarefas de rendimento - Rebaixam seus objetivos, após fracassos - Colocam seus objetivos num grau médio de dificuldade, de acordo com suas capacidades - Possuem maior tolerância à frustração - Procuram informações sobre suas capacidades e as utilizam - Preferem tarefas com maior grau de dificuldade, principalmente aquelas sob pressão de tempo e em situações de risco - Em tarefas rotineiras esforçam-se menos - Podem adiar a satisfação de suas necessidades, são orientados para o futuro - Sucessos são atribuídos a fatores internos. Fracassos são considerados mutáveis e são atribuídos à falta de esforço - Possuem uma balança afetiva assimétrica, ou seja, alegram-se mais intensamente após um sucesso do que se aborrecem após um fracasso - São mais criativos - Em situações de sobrecarga emocional, evitam reações agressivas - Possuem maior capacidade de se relacionar socialmente
  • 17. Medo do Fracasso - Não sentem-se bem quando testados ou em tarefas de rendimento - Não assumem os fracassos - Desistem facilmente e têm baixa tolerância à frustração - Estabelecem metas sempre muito acima de suas capacidades (para não criar expectativas) ou muito abaixo (para não correrem o risco de errar) - Têm receio de críticas, esquivam-se. - Esforçam-se mais em tarefas rotineiras - Preferem tarefas com menor grau de dificuldade, não lidam bem com situações de pressão ou de risco - Precisam de satisfação imediata de suas necessidades, não são orientados para o futuro, apenas para o presente - Tanto sucessos quanto fracassos são atribuídos a fatores externos, geralmente à casualidade - Possuem uma balança afetiva simétrica, não ocorrendo grandes contrastes entre êxito e fracasso - São menos criativos, porque receiam correr riscos - São mais agressivos em situações de sobrecarga emocional - São socialmente menos hábeis para se relacionar
  • 18. Estilos de competição dentro de uma equipe: - Competição Externa: o indivíduo compara seu desempenho ao dos demais - Competição Interna: o indivíduo compara seu desempenho atual com seu próprio desempenho anterior Nos treinos é melhor incentivar a competição interna, pois as competições das quais o atleta participa já são naturalmente competições externas.
  • 19. Principais preocupações éticas do psicólogo Quem é seu cliente, ou paciente? O clube ou o atleta? Tratar o atleta como sujeito de sua própria história e não como mero objeto, “massa bruta” a ser lapidada. “Há tantas psicologias do esporte quanto psicólogos do esporte.” (Dietmar Samulski)
  • 20. Referência Bibliográfica Recomendada FEIJÓ, O. G. Corpo e Movimento: uma psicologia para o esporte. Rio de Janeiro: Shape Ed. e Promoções, 1992. RUBIO, Kátia. O Atleta e o Mito do Herói: o imaginário esportivo contemporâneo. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2001. GIULIANOTTI, Richard. Sociologia do Futebol: Dimensões históricas e socioculturais do esporte das multidões. Tradução de Wanda Nogueira Caldeira e Marcelo de Oliveira Nunes _ São Paulo: Nova Alexandria, 2002. FERRARO, Thomas. Why Athletes Resist Sport Psychology. In: Athletic Insight – The Online Journal of Sport Psychology. www.peaksports.com ANGELO, L., RUBIO, K. (orgs.) Instrumentos de avaliação em psicologia do esporte. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2007. TEIXEIRA, Dourivaldo. O corpo no esporte escolar, de lazer e de alto nível: um diálogo na busca de significados. Maringá: Eduem, 2001.