3. Belo Horizonte é uma cidade que está totalmente integrada à bacia
hidrográfica do Rio das Velhas, contudo, deve-se destacar que, na
área compreendida pela cidade, existem duas sub-bacias
importantes, a do Onça e do Arrudas, que se juntam à bacia
principal do Velhas.
Atualmente a responsabilidade pela qualidade dessas águas
pertence à Companhia de Saneamento de Minas Gerais - (COPASA)
e o monitoramento e fiscalização das águas e sub-bacias cabe
ao Instituto Mineiro De Gestão Das Águas (IGAM).
A preservação das águas e bacias não é tarefa simples, pois muitas
ações das prefeituras podem contribuir ou mesmo dificultar os
objetivos e serviços da COPASA e IGAM. Veja um pouco dessa
história a seguir.
5. • Importante compreender:
a) a influência do ideário modernista na
construção da cidade
b) o crescimento urbano, com ênfase na
verticalização da região central e na
construção da Pampulha
c) a falha das políticas públicas em relação aos
recursos hídricos
6. • Belo Horizonte foi construída entre 1894 e 1897 para ser a nova
capital de Minas Gerais e o símbolo da civilização e do progresso que
a República desejava implantar no país. A cidade deveria contrastar
com a antiga capital, Ouro Preto, expressão do passado colonial,
imperial, rural e arcaico.
7. Anos 1930-40: verticalização na área central e crescimento de
vilas nas direções leste (Gameleira) e noroeste (Pampulha)
Área central
Região Pampulha
18. Projeto BH66: melhorar infraestrutura em toda a cidade.
(asfaltamento e alargamento de vias públicas
e continuidade da canalização de rios)
19. As grandes canalizações e coberturas dos cursos
d´água são feitas em nome da mobilidade urbana,
quando há uma política de priorização dos
automóveis.
O saneamento básico não acompanha o crescimento
urbano.
21. Atualmente a Prefeitura de Belo Horizonte encontra-se
dividida quanto à forma de tratar os cursos d’água.
Essas duas formas são :
o DRENURBS, projeto voltado ao saneamento
ambiental, à conservação e revitalização dos cursos
d’água existentes na cidade;
e os projetos de melhoria do trânsito, que são voltados
à canalização e utilização dos cursos d'água cobertos
como vias de trânsito.
22. Entre as principais consequências da retificação e canalização
dos cursos d'água e impermeabilização excessiva de uma
cidade estão:
a diminuição dos cursos d’água, que antes apresentavam
longas curvas, e a redução do volume d'agua suportado pelos
rios;
a redução da infiltração de água no solo;
o aumento do volume de água a ser escoado pelos rios;
e ,por fim, as enchentes aumentam ano após ano e os
problemas que elas causam também.
24. Entre os sérios problemas decorrentes das enchentes, estão:
a transmissão de doenças como a leptospirose, o cólera, a
hepatite, verminoses e outras.
o alto custo da manutenção das vias danificadas pela água
as mortes por afogamento;
a degradação do espaço urbano, que poderia ser mais
agradável.
Além de tudo isso, o próprio fluxo de carros, objetivo principal
de muitas prefeituras, torna-se caótico durante o período de
chuvas.
26. A revitalização dos rios urbanos passa atualmente por
alguns pontos fundamentais, entre os quais podemos
destacar:
a separação completa entre os sistemas de esgoto, que
deve ser tratado, e de drenagem;
a recuperação do leito original do rio;
a recuperação das margens, assim como a manutenção
de parques ao longo das mesmas;
a manutenção do curso natural dos rios ou, nos casos
em que isso não é mais possível, a elaboração de
obstáculos ao longo de seu percurso para reduzir a
velocidade da água.