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AROLDO GAVIOLI
LÚCIA MARGARETE DOS REIS
 Síntese do Artigo “Pesquisa em, sobre e para
  os serviços de saúde: panorama internacional
  e questões para a pesquisa em saúde no
  Brasil”
 Hillegonda Maria Dutilh Novaes
Atualmente os serviços e
sistemas de saúde têm uma
participação importante na
determinação dos níveis de saúde
e condições de vida das
populações.
Aprofundar e ampliar o conhecimento sobre
eles, na perspectiva da acessibilidade,
desempenho e impacto dos sistemas, e sobre
as condições e qualidade da atenção
prestada em contextos específicos.
Através da análise da literatura
internacional recente, pretende-se discutir
as principais vertentes e características
dessa produção, bem como algumas das
questões que essa análise coloca para a
pesquisa nessa área temática no Brasil.
 Estruturas organizacionais e técnicas extremamente
  diversificadas, indo desde o mais simples, como
  unidades básicas até hospitais terciários e
  especializados,bem como serviços de apoio diagnóstico
  e terapêutico.
 São espaço onde se localizam os profissionais e as
  tecnologias materiais responsáveis pela realização da
  atenção à saúde da população.
 Os  serviços se transformam continuamente no que diz
  respeito ao perfil tanto dos profissionais, com uma
  ampliação nas categorias inseridas nos processos
  assistenciais.
 Especialização horizontal (tipos de profissionais) e vertical
  (tipos de especialistas nas categorias profissionais),
                                  Especialização
            Enf. obstetra            vertical
                                                         Especialização
   Médico   enfermeiro      psicólogo   fisioterapeuta     horizontal

              Téc. Enf.

             Aux. Enf.
 Especializaçãode tecnologias e materiais
 incorporadas e dos procedimentos diagnósticos e
 terapêuticos realizados.



              Sistemas de atenção à saúde

                                              Dificultam
   Difícil mensurar seus impactos sobre     categorizações
            a saúde da população
 Constata-se sempre    que as suas “portas de entrada”
  não se abrem com facilidade e de forma diferenciada
  para demandantes diversos (Goddard e Smith, 2001).
 Os limites físicos e sua inserção na comunidade
  influenciam seus resultados.
 Historicamente foram distanciados das populações.
   Na tentativa de reaproximação se deparam na
    definição das responsabilidades dos envolvidos na
    atenção e na definição e realização das intervenções
    técnicas.
   A reaproximação para a esfera privada não se
    mostra simples, nem poderia se dar com facilidade
    (Silva e Dalmaso, 2002)
 Determinante   nas condições de vida e
  saúde/doença das populações.
 Não se identifica os efeitos dos serviços
  sobre os pacientes, pois são
  inadequadamente reconhecidos nos
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  populações, ou da eficácia e efetividade
  de intervenções em pacientes, nas
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  epidemiologia.
Articulação
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 Dimensão                 Dimensão
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            tecnológica

                           Dimensão
Dimensão
                           econômica
Cultural
 Direito fundamental do cidadão.
 Crescente cobertura da população.
 “Complexo médico-industrial”.
 Estimula o desenvolvimento da Gestão e
  Administração, das Ciências Políticas e
  Sociais, Economia e Ciências Humanas em
  geral.
 Nos estudos destas ciências a atenção a
  saúde acaba sendo pouco problematizada.
 Década  de 50 – Primeiros estudos
 Dimensão interna: conhecer os processos de
  atenção neles desenvolvidos e seus efeitos
  sobre a saúde e a doença dos pacientes
  atendidos.
 Dimensão externa: conhecer o seu
  desempenho e participação na conformação
  dos sistemas de saúde e seu impacto sobre a
  saúde da população.
 autores importantes no desenvolvimento da
  epidemiologia nos anos 50 e 60, como Morris e
  Cochrane, tiveram os serviços de saúde como objeto de
  interesse.
 Perspectivas dos resultados nos pacientes e da
  equidade em saúde.
 1968, Estados Unidos, são     criadas propostas de
  atenção pública à saúde para grupos populacionais de
  risco social e sanitário (idosos e pobres).
 O NIHSR: Pesquisas clínicas, epidemiológicas e
  organizacionais, que tomam os serviços de saúde como
  campo para investigação, sendo também objeto desta.
 Expansão quase    explosiva tanto da cobertura
  populacional pelos sistemas de saúde.
 Parte da implantação de políticas sociais e de saúde.
 Densidade tecnológica, ou seja, dos tipos de
  tecnologias de produto e processo incorporados e
  utilizados nos serviços de saúde.
 Essa expansão se deu de forma mais intensa nos
  países desenvolvidos.
 Gera  muito rapidamente preocupações quanto à sua
  sustentabilidade econômico-financeira e política,bem
  como efetividade técnica e impacto na saúde
  populacional.
 Contribui para o desenvolvimento de áreas diversas de
  avaliação em saúde (tecnológica, econômica, de
  programas, da qualidade em serviços com maior
  destaque) e de gestão e planejamento em saúde.
 Preocupações com   os custos e resultados da atenção à
 saúde, fortalece o discurso de que, além da produção
 de novos conhecimentos sobre os serviços e sistemas
 de saúde e seu desempenho, faz-se necessária uma
 maior integração entre o conhecimento
 clínico, epidemiológico e de planejamento e
 gestão, com sua articulação em sínteses que sejam
 capazes de orientar as ações a serem desenvolvidas.
 Enfraquecimento   da concepção dos Estados
  nacionais como principais responsáveis pelo bem-
  estar da sua população.
 Crises importantes nas políticas sociais e de
  saúde, pela globalização da economia, aumento
  das desigualdades sociais e nacionais e
  transformações nos modelos adotados como
  referência para as análises das relações entre
  ciência-tecnologia-inovação e desenvolvimento
  social e econômico.
 Tecnologias   de produtos e processos.
 Essas últimas, que constituem o grupo de interesse
  para a discussão aqui proposta, diferenciam-
  se, novamente, de acordo com o objeto
  privilegiado, os sistemas de saúde ou os serviços e
  profissionais de saúde.
 Distinguem-se principalmente pelos atores que
  delas participam, pelas alianças políticas
  estabelecidas e tecnologias de intervenção
  privilegiadas
 Atores: organizações   internacionais oficiais
  (OMS, OPAS).
 Não governamentais diversas (Council on Health
  Research and Development, Alliance for Health Policy
  and Systems Research), até organizações públicas
  nacionais, principalmente em países desenvolvidos
  (como, por exemplo, o Centre for Review and
  Dissemination do Serviço Nacional de Saúde britânico).
 Essas iniciativas buscam melhorar    o seu
  desempenho, destacando entre seus objetivos
  prioritários (além da efetividade e eficiência) a
  necessidade de maior inclusão e eqüidade na
  assistência.
 Facilitação do acesso a informação cientifica:
  guidelines, bibliotecas eletronicas e outros.
 Observa-se  o crescimento nos países desenvolvidos
  (mais intenso nos Estados Unidos e Canadá), de
  pesquisas e publicações que se consideram como
  sendo health services research, ou pesquisa em
  serviços de saúde
 Refletem maior apoio por parte de agências
  financiadoras de pesquisas.
 com características muito diversificadas, que têm em
  comum dois aspectos básicos: os serviços de saúde
  como objeto privilegiado ou destacado e a orientação
  para uma utilidade potencial do conhecimento
  produzido nos processos de decisão nos sistemas e
  serviços.
 “A pesquisa em serviços de saúde se interessa pela
  qualidade, efetividade e custo-efetividade da atenção à
  saúde, bem como pelo acesso à atenção à saúde para
  toda a população americana e pelos aperfeiçoamentos
  na operação do complexo sistema de saúde nacional”
 (AHRQ – http://www.ahrq.gov/child/edlifesc.htm,
  acessado em 11/Mar/2004).
 Valorização de   bancos de dados
  secundários, administrativos e
  demográficos/epidemiológicos.
 Valorização de documentos e da revisão da produção
  científica existente, como reflexo de uma preocupação
  com a sua viabilidade e reprodutibilidade.
 Sobre o tema em 1998, foram abordadas as seguintes
 questões: (a) interpretando as evidências: a escolha
 entre estudos randomizados e não randomizados; (b)
 avaliação de intervenções na saúde por área ou por
 serviços; (c) introdução a métodos “bayesianos” na
 avaliação tecnológica em saúde; (d) lidando com a
 incerteza nas avaliações econômicas de intervenções
 na saúde.
 Expansão  do numero de periódicos sobre
  diferentes áreas da avaliação em saúde.
 Várias especialidades das saúde passam a
  realizar pesquisas.
 Uso de bancos de dados secundários.
 Tais questões deixam evidente a
  pluralidade de abordagens e
  conhecimento da necessidade de
  aperfeiçoar o conhecimento e os dados
  disponíveis.
 Processos de implantação de programas em
  serviços de saúde e estudos destes quanto às
  dimensões de estrutura e processos
  assistenciais e organizacionais.
 Impactos sobre a saúde da clientela ou
  população em geral das tecnologias de
  produto e/ou de processo inseridas nos
  processos de atenção dos serviços de saúde.
 Políticas sociais e de saúde e suas relações
  com o desempenho dos sistemas de serviços
  de saúde.
 Grande variabilidades de temas.
 Dificuldade no estabelecimento de
  classificações de subtemas com limites
  definidos
 valorizaçãodo uso de informações
 administrativas e epidemiológicas existentes
 para o desenvolvimento de estudos que
 possam ser replicados e que sejam capazes
 de produzir conhecimentos que dialogam
 mais proximamente com as áreas executivas
 e operacionais.
 Despertam    sentimento de ameaça nos
  serviços estudados.
 estão freqüentemente condicionados por
  conjunturas e horizontes temporais.
 Questões metodológicas para explicar
  fenômenos: estudo randomizado é
  difícil, efeito Hawthorne, escolha de
  variáveis,
 Pesquisadores:  frustram-se pela baixa
  utilização dos resultados das suas
  pesquisas pelos gestores e gerentes e pela
  pouca valorização científica do
  conhecimento produzido.
 Gerentes/administradores: não
  identificam informações relevantes nas
  pesquisas desenvolvidas e consideram que
  seu financiamento é um desperdício de
  recursos.
 Gestores: preocupam-se com a
  temporalidade das pesquisas – para serem
  úteis precisam estar disponíveis nos
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 Todos os grupos identificam a necessidade
  urgente de articular de forma efetiva
  aqueles que financiam, utilizam e produzem
  as pesquisas em serviços de saúde.
 As pesquisas possuem potencialidades e
  limitações.
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  fluxos de comunicação oportunos e
  compartilhados entre os interessados
 Poderá contribuir para uma otimização dos
  esforços.
 Observou-se  maior visibilidade das
  pesquisas em serviços de saúde.
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  Saúde.
 Qualidade na atenção nos serviços de
  saúde. integrando-se aos processos
  sociais,econômicos e políticos que
  constroem a saúde atual e futura da
  população brasileira.
 fortalecendo o papel que a ciência e a
  tecnologia podem e devem ter nas
  sociedades contemporâneas.
 NOVAES, Hillegonda Maria Dutilh. Pesquisa
 em, sobre e para os serviços de saúde:
 panorama internacional e questões para a
 pesquisa em saúde no Brasil. Cad. Saúde
 Pública, Rio de Janeiro, 2011.

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Panorama da pesquisa em serviços de saúde e suas vertentes

  • 2.  Síntese do Artigo “Pesquisa em, sobre e para os serviços de saúde: panorama internacional e questões para a pesquisa em saúde no Brasil”  Hillegonda Maria Dutilh Novaes
  • 3. Atualmente os serviços e sistemas de saúde têm uma participação importante na determinação dos níveis de saúde e condições de vida das populações.
  • 4. Aprofundar e ampliar o conhecimento sobre eles, na perspectiva da acessibilidade, desempenho e impacto dos sistemas, e sobre as condições e qualidade da atenção prestada em contextos específicos.
  • 5. Através da análise da literatura internacional recente, pretende-se discutir as principais vertentes e características dessa produção, bem como algumas das questões que essa análise coloca para a pesquisa nessa área temática no Brasil.
  • 6.  Estruturas organizacionais e técnicas extremamente diversificadas, indo desde o mais simples, como unidades básicas até hospitais terciários e especializados,bem como serviços de apoio diagnóstico e terapêutico.  São espaço onde se localizam os profissionais e as tecnologias materiais responsáveis pela realização da atenção à saúde da população.
  • 7.  Os serviços se transformam continuamente no que diz respeito ao perfil tanto dos profissionais, com uma ampliação nas categorias inseridas nos processos assistenciais.  Especialização horizontal (tipos de profissionais) e vertical (tipos de especialistas nas categorias profissionais), Especialização Enf. obstetra vertical Especialização Médico enfermeiro psicólogo fisioterapeuta horizontal Téc. Enf. Aux. Enf.
  • 8.  Especializaçãode tecnologias e materiais incorporadas e dos procedimentos diagnósticos e terapêuticos realizados. Sistemas de atenção à saúde Dificultam Difícil mensurar seus impactos sobre categorizações a saúde da população
  • 9.  Constata-se sempre que as suas “portas de entrada” não se abrem com facilidade e de forma diferenciada para demandantes diversos (Goddard e Smith, 2001).  Os limites físicos e sua inserção na comunidade influenciam seus resultados.  Historicamente foram distanciados das populações.
  • 10. Na tentativa de reaproximação se deparam na definição das responsabilidades dos envolvidos na atenção e na definição e realização das intervenções técnicas.  A reaproximação para a esfera privada não se mostra simples, nem poderia se dar com facilidade (Silva e Dalmaso, 2002)
  • 11.  Determinante nas condições de vida e saúde/doença das populações.  Não se identifica os efeitos dos serviços sobre os pacientes, pois são inadequadamente reconhecidos nos estudos sobre morbi-mortalidade das populações, ou da eficácia e efetividade de intervenções em pacientes, nas pesquisas desenvolvidas pela clinica e epidemiologia.
  • 12. Articulação complexa Dimensão Dimensão política gerencial Dimensão tecnológica Dimensão Dimensão econômica Cultural
  • 13.  Direito fundamental do cidadão.  Crescente cobertura da população.  “Complexo médico-industrial”.  Estimula o desenvolvimento da Gestão e Administração, das Ciências Políticas e Sociais, Economia e Ciências Humanas em geral.  Nos estudos destas ciências a atenção a saúde acaba sendo pouco problematizada.
  • 14.  Década de 50 – Primeiros estudos  Dimensão interna: conhecer os processos de atenção neles desenvolvidos e seus efeitos sobre a saúde e a doença dos pacientes atendidos.  Dimensão externa: conhecer o seu desempenho e participação na conformação dos sistemas de saúde e seu impacto sobre a saúde da população.
  • 15.  autores importantes no desenvolvimento da epidemiologia nos anos 50 e 60, como Morris e Cochrane, tiveram os serviços de saúde como objeto de interesse.  Perspectivas dos resultados nos pacientes e da equidade em saúde.
  • 16.  1968, Estados Unidos, são criadas propostas de atenção pública à saúde para grupos populacionais de risco social e sanitário (idosos e pobres).  O NIHSR: Pesquisas clínicas, epidemiológicas e organizacionais, que tomam os serviços de saúde como campo para investigação, sendo também objeto desta.
  • 17.  Expansão quase explosiva tanto da cobertura populacional pelos sistemas de saúde.  Parte da implantação de políticas sociais e de saúde.  Densidade tecnológica, ou seja, dos tipos de tecnologias de produto e processo incorporados e utilizados nos serviços de saúde.  Essa expansão se deu de forma mais intensa nos países desenvolvidos.
  • 18.  Gera muito rapidamente preocupações quanto à sua sustentabilidade econômico-financeira e política,bem como efetividade técnica e impacto na saúde populacional.  Contribui para o desenvolvimento de áreas diversas de avaliação em saúde (tecnológica, econômica, de programas, da qualidade em serviços com maior destaque) e de gestão e planejamento em saúde.
  • 19.  Preocupações com os custos e resultados da atenção à saúde, fortalece o discurso de que, além da produção de novos conhecimentos sobre os serviços e sistemas de saúde e seu desempenho, faz-se necessária uma maior integração entre o conhecimento clínico, epidemiológico e de planejamento e gestão, com sua articulação em sínteses que sejam capazes de orientar as ações a serem desenvolvidas.
  • 20.  Enfraquecimento da concepção dos Estados nacionais como principais responsáveis pelo bem- estar da sua população.  Crises importantes nas políticas sociais e de saúde, pela globalização da economia, aumento das desigualdades sociais e nacionais e transformações nos modelos adotados como referência para as análises das relações entre ciência-tecnologia-inovação e desenvolvimento social e econômico.
  • 21.  Tecnologias de produtos e processos.  Essas últimas, que constituem o grupo de interesse para a discussão aqui proposta, diferenciam- se, novamente, de acordo com o objeto privilegiado, os sistemas de saúde ou os serviços e profissionais de saúde.  Distinguem-se principalmente pelos atores que delas participam, pelas alianças políticas estabelecidas e tecnologias de intervenção privilegiadas
  • 22.  Atores: organizações internacionais oficiais (OMS, OPAS).  Não governamentais diversas (Council on Health Research and Development, Alliance for Health Policy and Systems Research), até organizações públicas nacionais, principalmente em países desenvolvidos (como, por exemplo, o Centre for Review and Dissemination do Serviço Nacional de Saúde britânico).
  • 23.  Essas iniciativas buscam melhorar o seu desempenho, destacando entre seus objetivos prioritários (além da efetividade e eficiência) a necessidade de maior inclusão e eqüidade na assistência.  Facilitação do acesso a informação cientifica: guidelines, bibliotecas eletronicas e outros.
  • 24.  Observa-se o crescimento nos países desenvolvidos (mais intenso nos Estados Unidos e Canadá), de pesquisas e publicações que se consideram como sendo health services research, ou pesquisa em serviços de saúde  Refletem maior apoio por parte de agências financiadoras de pesquisas.
  • 25.  com características muito diversificadas, que têm em comum dois aspectos básicos: os serviços de saúde como objeto privilegiado ou destacado e a orientação para uma utilidade potencial do conhecimento produzido nos processos de decisão nos sistemas e serviços.
  • 26.  “A pesquisa em serviços de saúde se interessa pela qualidade, efetividade e custo-efetividade da atenção à saúde, bem como pelo acesso à atenção à saúde para toda a população americana e pelos aperfeiçoamentos na operação do complexo sistema de saúde nacional”  (AHRQ – http://www.ahrq.gov/child/edlifesc.htm, acessado em 11/Mar/2004).
  • 27.  Valorização de bancos de dados secundários, administrativos e demográficos/epidemiológicos.  Valorização de documentos e da revisão da produção científica existente, como reflexo de uma preocupação com a sua viabilidade e reprodutibilidade.
  • 28.  Sobre o tema em 1998, foram abordadas as seguintes questões: (a) interpretando as evidências: a escolha entre estudos randomizados e não randomizados; (b) avaliação de intervenções na saúde por área ou por serviços; (c) introdução a métodos “bayesianos” na avaliação tecnológica em saúde; (d) lidando com a incerteza nas avaliações econômicas de intervenções na saúde.
  • 29.  Expansão do numero de periódicos sobre diferentes áreas da avaliação em saúde.  Várias especialidades das saúde passam a realizar pesquisas.  Uso de bancos de dados secundários.  Tais questões deixam evidente a pluralidade de abordagens e conhecimento da necessidade de aperfeiçoar o conhecimento e os dados disponíveis.
  • 30.  Processos de implantação de programas em serviços de saúde e estudos destes quanto às dimensões de estrutura e processos assistenciais e organizacionais.  Impactos sobre a saúde da clientela ou população em geral das tecnologias de produto e/ou de processo inseridas nos processos de atenção dos serviços de saúde.
  • 31.  Políticas sociais e de saúde e suas relações com o desempenho dos sistemas de serviços de saúde.  Grande variabilidades de temas.  Dificuldade no estabelecimento de classificações de subtemas com limites definidos
  • 32.  valorizaçãodo uso de informações administrativas e epidemiológicas existentes para o desenvolvimento de estudos que possam ser replicados e que sejam capazes de produzir conhecimentos que dialogam mais proximamente com as áreas executivas e operacionais.
  • 33.  Despertam sentimento de ameaça nos serviços estudados.  estão freqüentemente condicionados por conjunturas e horizontes temporais.  Questões metodológicas para explicar fenômenos: estudo randomizado é difícil, efeito Hawthorne, escolha de variáveis,
  • 34.  Pesquisadores: frustram-se pela baixa utilização dos resultados das suas pesquisas pelos gestores e gerentes e pela pouca valorização científica do conhecimento produzido.  Gerentes/administradores: não identificam informações relevantes nas pesquisas desenvolvidas e consideram que seu financiamento é um desperdício de recursos.
  • 35.  Gestores: preocupam-se com a temporalidade das pesquisas – para serem úteis precisam estar disponíveis nos momentos de decisão.  Todos os grupos identificam a necessidade urgente de articular de forma efetiva aqueles que financiam, utilizam e produzem as pesquisas em serviços de saúde.
  • 36.  As pesquisas possuem potencialidades e limitações.  Contribuem para o desenvolvimento de fluxos de comunicação oportunos e compartilhados entre os interessados  Poderá contribuir para uma otimização dos esforços.
  • 37.  Observou-se maior visibilidade das pesquisas em serviços de saúde.  poderá contribuir para o aprimoramento e fortalecimento do Sistema Único de Saúde.  Qualidade na atenção nos serviços de saúde. integrando-se aos processos sociais,econômicos e políticos que constroem a saúde atual e futura da população brasileira.  fortalecendo o papel que a ciência e a tecnologia podem e devem ter nas sociedades contemporâneas.
  • 38.  NOVAES, Hillegonda Maria Dutilh. Pesquisa em, sobre e para os serviços de saúde: panorama internacional e questões para a pesquisa em saúde no Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 2011.