Nematoides são responsaveis por perdas de até 30% dos canaviais
Cochonilhas associadas à oliveira no RS
1. FUNDAÇÃO ESTADUAL DE PESQUISA
AGROPECUÁRIA – FEPAGRO
Laboratório e Museu de Entomologia
Cochonilhas associadas à cultura da
oliveira no Rio Grande do Sul
WOLFF, V. R. S.*1; SILVA, D. C.1; SOUZA, G. C.2; PAES, C. C.1; OLIZ, C. B.1
1Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária, Rua Gonçalves Dias, 570, CEP.: 90130-060, Porto Alegre, RS. E-
mail: vera-wolff@fepagro.rs.gov.br;
2PPG Fitotecnia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Av. Bento Gonçalves, 7712, CEP.: 91540-000, Porto
Alegre, RS, Brasil.E-mail: gabycsouza@gmail.com
2. INTRODUÇÃO
Em amostragens ocasionais (2010 e 2011) foram verificadas presença de
cochonilhas (Hemiptera; Coccoidea) em alguns cultivos de Olea europaea L.
(Oleaceae), no Rio Grande do Sul.
Em 2012 foi iniciada uma pesquisa para realizar o levantamento e a
identificação das cochonilhas e dos parasitóides a elas associados, nas
principais regiões de cultivo comercial neste Estado.
O estudo tem o apoio do CNPq, com bolsa Pós-doutorado Empresarial, na
Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (FEPAGRO) e bolsa Mestrado, no
PPG Fitotecnia (UFRGS).
3. OBJETIVOS
Inventariar e identificar as cochonilhas associadas às oliveiras,
bem como seus parasitoides;
Avaliar a riqueza, a diversidade a dominância e o
desenvolvimento das espécies de cochonilhas ao longo do ano,
possibilitando indicar a melhor época de realizar controle destas
espécies nas oliveiras.
4. MATERIAL E MÉTODO
Caçapava do Sul, propriedade Paulo Monego.
Pomar 2 (2008):
30º 33' 30'' S; 53º 24' 09'' O
Pomar 1 (2006):
30º 56' 31'' S ; 53º 40' 36'' O
5. Caçapava do Sul/RS
Coleta de ramos em Olea europaea Detalhe dos ramos com cochonilhas e
L. variedade Arbequina. fumagina.
6. FEPAGRO, Encruzilhada do Sul/RS
Olea europaea L. foram
plantadas em maio de
2009 (Alfafara, Arbequina,
Arbosana, Cipressino,
Coratina, Frantoio, Koroneike,
Leccino, Manzanilla, Picual).
7. FEPAGRO, Encruzilhada do Sul/RS
Detalhe da folha com presença de
cochonilhas (Diaspididae).
Formigas atraídas pelo
“honeydew” produzido
pelas cochonilhas
(Coccidae).
8. FEPAGRO, Viamão/RS
Olea europaea L. foram
plantadas em janeiro de
2009 (Alfafara, Arbequina,
Arbosana, Cipressino,
Coratina, Frantoio,
Koroneike, Leccino,
Manzanilla, Picual).
10. FEPAGRO, Veranópolis/RS
Olea europaea L. foram
plantadas em 2003, 2006 e
2007 ( Arbosana,
Koroneike, Manzanilla,
156 plantas (Espaçamento 5 x 5 m)
7 com poucas cochonilhas
(S. oleae)
11. Triagem e preparação de lâminas para identificação
Lab. de Entomologia, FEPAGRO Sede, Porto Alegre/RS
12. RESULTADOS
Até a terceira amostragem, quatro espécies tinham sido
encontradas:
Coccidae:
Saissetia oleae (Olivier)
Saissetia coffeae (Walker)
Diaspididae:
Acutaspis paulista (Hempel)
Aonidiella aurantii (Maskell)
17. Acutaspis paulista (Hempel) (Diaspididae)
Face
ventral com
corpo da
Escudo
fêmea,
de
ovos e
fêmea
ninfas.
adulta.
Escudo
perfurado
indicando
presença
de
parasitoide.
18. Acutaspis paulista (Hempel) (Diaspididae)
Escudo e corpo da fêmea adulta. Corpo da fêmea adulta (em
microscópio óptico).
Detalhes do pigídio.
19. Aonidiella aurantii (Maskell) (Diaspididae)
1 e 2. Fêmea adulta madura. 1.
Escudo; 2. Face ventral com o corpo
da fêmea.
1
3
3. Fêmea adulta jovem.
2
20. Aonidiella aurantii (Maskell) (Diaspididae)
Com ocorrência em mais de 20
plantas hospedeiras no Brasil, é o
primeiro registro em oliveiras no
Brasil.
Corpo da fêmea adulta (em
microscópio óptico).
Detalhes do pigídio.
22. Obtenção de parasitoides associados as cochonilhas
1 2
1. Cochonilhas 2. Tubos para a
íntegras em parte do emergência dos
tecido vegetal parasitoides
3. Parasitoides
conservados em
3 álcool 70%
24. NOVOS RESULTADOS
Quatro novas espécies foram encontradas:
Coccidae:
Ainda não determinada.
Diaspididae:
Abgrallaspis cyanophylli (Signoret)
Pinnaspis strachani (Colley)
Ainda não determinada.
25. Coccidae ainda não determinada.
Corpo de fêmea adulta (em
estereomicroscópio).
26. Abgrallaspis cyanophylli (Signoret) (Diaspididae)
Fêmea adulta.
1 Escudo;
2 corpo da
fêmea
2
1
4
3
3. Escudo do macho. 4. Corpo da fêmea adulta (em microscópio óptico).
27. Pinnaspis strachani (Colley) (Diaspididae)
Escudos de machos e fêmeas. Preparação em lâmina.
Corpo da fêmea adulta (em microscópio óptico).
28. Diaspididae ainda não determinada.
Escudo de fêmea adulta (em estereomicroscópio).
Corpo da fêmea adulta (em microscópio óptico).
29. Corpo da fêmea adulta
(em microscópio óptico).
Detalhes do pigídio.
31. AGRADECIMENTOS
A Dra. Bernadete Radin e Dr. Adilson Tonietto da Fepagro sede; a Dra. Luiza R.
Redaelli, PPG Fitotecnia/UFRGS; a Dra. Rosana M. Morais da Fepagro Floresta; Elder J. C.
Lopes, da Fepagro Serra do Sudeste; Lineu Migon e Marco A. Bonesso da Fepagro Serra;
Edison L. B. Dornelles, da Emater, Caçapava do Sul; Paulo Monego, proprietário dos
pomares de oliveira estudados em Caçapava do Sul; aos motoristas da UFRGS; ao CNPq
pelas bolsas de Pós-doutorado empresarial e mestrado.