A avaliação do site Last.fm identificou problemas de usabilidade, acessibilidade e inconsistência na arquitetura da informação, comprometendo parcialmente o acesso e interação dos usuários de forma ampla. As funcionalidades do site não podem ser totalmente aproveitadas devido a esses problemas.
1. Cristina Maria de Queiroz
Valeria Ferreira de Jesus Lauriano
Newton Catalão Mota
2. A Last.fm originou-se na Inglaterra da fusão em 2005 entre o plugin
audioscrobbler e a plataforma social Last.Fm, que até então era uma
espécie de web-rádio.
Last.fm é uma mistura de rede social, sistema de recomendação e
web "rádio” que com base nas preferências musicais dos usuários,
registradas através do scrobbler, armazena as músicas que o
usuário escuta através do computador.
3. Arquitetura da Informação
Segundo Wurman (1991) arquitetura da informação no contexto web
é responsável por criar estruturas de organização da informação, para
que o usuário consiga encontrar e compreender as informações as
quais precisa e desempenhar suas tarefas com facilidade.
Usabilidade
Para Nielsen e Loranger (2007) a usabilidade é um atributo de
qualidade relacionado à facilidade do uso de algo. Refere-se à
rapidez com que os usuários podem aprender a usar alguma coisa, a
eficiência deles ao usá-la, o quanto lembram daquilo, seu grau de
propensão a erros e o quanto gostam de utilizá-la.
4. Acessibilidade
Na web a acessibilidade corresponde à possibilidade de qualquer
pessoa, seja ela portadora de deficiência ou não, conseguir entender,
navegar e interagir com o conteúdo de um site.
Para o Serpro acessibilidade na Internet significa permitir o acesso à
web por todos, independentemente do tipo de usuário, situação ou
ferramenta. É criar ou tornar as ferramentas e páginas web acessíveis
a um maior número de usuários, inclusive pessoas com deficiências.
5. Critérios de Avaliação de Usabilidade
1- Visibilidade do status do sistema (Feedback)
O sistema deve sempre manter os usuários informados sobre o que
está acontecendo, através de feedback apropriado em tempo
razoável.
2- Equivalência do sistema com o mundo real
O sistema deve falar a linguagem dos usuários, com palavras, frases
e conceitos familiares ao usuário, ao invés de termos orientados aos
sistema. Siga as convenções do mundo real, fazendo com que as
informações apareçam em uma ordem natural e lógica.
3- Controle do usuário e liberdade (navegação)
Usuários frequentemente escolhem funções do sistema por engano e
vai precisar de uma "saída de emergência" claramente marcado para
sair do estado indesejado sem ter que passar por um extenso
diálogo.
6. 4- Consistência e padrões (consistência)
Os usuários não devem ter que pensar em palavras diferentes,
situações ou ações que significam a mesma coisa.
5- Prevenção de erros
Ainda melhor do que boas mensagens de erro é um design
cuidadoso, que impede que um problema ocorra em primeiro lugar.
6- Reconhecer, em vez de relembrar
Minimizar a carga do usuário de memória por objetos que fazem,
ações e opções visíveis. O usuário não deve ter que se lembrar de
informações a partir de uma parte do diálogo para
outra. Instruções para a utilização do sistema devem ser visíveis
ou facilmente recuperáveis sempre que apropriado.
7- Flexibilidade e eficiência no uso
Aceleradores da tarefa não visíveis a usuários novatos ou com
pouca habilidade na utilização do software podem aumentar a
velocidade de interação para o usuário experiente, de forma que o
sistema possa atender tanto aos usuários experientes quanto aos
inexperientes.
7. 8- Estética e design minimalista
Diálogos não devem conter informação que é irrelevante ou
raramente necessária. Cada unidade extra de informação em um
diálogo compete com as unidades de informação relevantes e
diminui sua visibilidade relativa.
9- Ajude os usuários a reconhecer, diagnosticar e recuperar de
erros
As mensagens de erro devem ser expressas em linguagem simples
(sem códigos), indicar com precisão o problema e sugerir uma
solução construtiva.
10- Ajuda e documentação
Mesmo que seja melhor do que o sistema pode ser utilizado sem
documentação, pode ser necessário fornecer ajuda e
documentação. Qualquer informação deve ser de fácil pesquisa,
focada na tarefa do usuário, medidas concretas de lista para ser
realizada, e não ser muito grande.
8. Partes da Last.fm analisadas
Páginas:
• Inicial;
• Cadastramento;
• Músicas
• Comunidades
12. Melhor do que boas mensagens de erro é um design cuidadoso, que impede
que um problema ocorra em primeiro lugar.
13. Avaliação preliminar de acessibilidade
Foi realizado exame das considerando a navegação por teclado,
áudio e cor de exibição.
14. Página inicial
Conforme o número de
usuários pessoas online
sintonizadas no momento
da navegação, isso
dificultara para o usuário
que estiver navegando por
teclado, pois será muito
difícil dele conseguir atingir
o final da tela pelo TAB,
uma vez que, a atualização
dos links passa em alta
velocidade.
18. Página de Cadastrado
Quando pede-se para cadastrar seja na navegação pelo mouse ou
por teclado, você será remetido diretamente para a escolha do nome
de usuário, ou seja, um deficiente visual não terá acesso a
informação de que é possível conectar-se pelo facebook.
A opção de escutar a Captcha embora existente é de pouca utilidade,
uma vez que, a pronuncia não é clara.
A imagem Last.fm presente na página de
cadastramento possui a função de link que remete
para a página inicial, entretanto, na navegação
pelo teclado não é possível acessó-lo.
19. Página comunidades
Acessibilidade e daltonismo
Daltonismo é uma deficiência na visão que dificulta a percepção das
cores. A anomalia se dá na retina e é congênita, hereditária e
incurável. Há casos com efeito temporário, decorrentes do uso de
remédios.
1- Protanopia (rara) dificuldade de enxergar cores vermelhas;
2- Deuteranopia (mais comum) dificuldade de diferenciar cores verdes;
3- Tritanopia (extremamente rara) dificuldade de enxergar cores azuis;
3- Acromatopsia (extremamente rara) ausência completa da
percepção de cor.
20. Procuramos avaliar a percepção das cores do site e dos links
apresentados no meio do texto corrido; como os links não são
sublinhados, conforme o tipo de daltonismo, eles pode ficar quase
imperceptíveis a visão do usuário, e devido a combinação das
cores, a página pode acarretar um grande cansaço visual para o
usuário daltônico.
26. Arquitetura da Informação
Suporta múltiplas formas para o usuário inscrever-se no site, mas não
apresenta um padrão na terminologia.
27.
28.
29.
30. Sobre a Last.fm
Orienta o usuário quanto ao assunto site, mas de forma muito sucinta,
e no caso da navegação por teclado será a ultima informação que o
usuário irá alcançar; ou seja, está mal posicionado na página.
31.
32. Os construtores de query (corretor ortográfico, pesquisa de radicais),
não funcionam em todas as páginas.
33. Barra de rótulos
Não é apresentada da mesma maneira nem na mesma posição na
página inicial e nas demais páginas
Página inicial
Demais páginas
36. Conclusão
Na avaliação do site Last.fm foram encontrados vários problemas de
usabilidade, acessibilidade e arquitetura, que apesar de não
comprometerem integralmente o seu acesso e interação,
comprometem o aproveitamento amplo de suas funcionalidades. Os
usuários, atualmente, se atraem por plataformas que apresentam
interfaces que possibilitem menos esforços possível, independente
desses apresentarem ou não algum tipo de deficiência.
37. Bibliografia consultada
ANDRADE, Antônio Luis Lordelo. Usabilidade de interfaces web: Avaliação heurística no
jornalismo on-line. Disponível em: <http://books.google.com.br/books?hl=pt-
BR&id=wiF1jPaV8_IC&q=heuristicas#v=snippet&q=heuristicas&f=false>. Acesso em: 09 jan.
2012.
Colorblind Web Page Filtro. Disponível em:
http://colorfilter.wickline.org/?a=1;r=www.plugmasters.com.br/plugfeed/post/1888/testes-simples-acessibilid
. Acesso em: 08 jan. 2012.
Last.fm. Disponível em: <http://www.lastfm.com.br/>. Acesso em: 07 jan. 2012.
NIELSEN, Jakob; LORANGER, Hoa. Usabilidade na Web: projetando websites com qualidade.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. 406p.
Serpro. Disponível em: <https://www.serpro.gov.br/>. Acesso em: 08 jan. 2012
WURMAN, Richard Saul. Ansiedade de informação. São Paulo: Cultura, 1991. 380p.