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A PSICOLOGIA DIFERENCIAL E O ESTUDO DA PERSONALIDADE
Alcionir do Amarante Silva
RESUMO
Reconhecendo a Psicologia Diferencial como um ramo da Psicologia que estuda as
diferenças individuais, através deste artigo pretende-se estabelecer relações entre o
desenvolvimento da Psicologia Diferencial como campo da psicologia e suas
implicações estudo da personalidade das pessoas, à luz dos fatores biológicos,
sociais e culturais que interagem sobre o desenvolvimento do indivíduo, levando-se
em conta principalmente o aspecto familiar na formação da personalidade da
criança. Conceituando e analisando a personalidade: sua estrutura, conhecendo
particularidades sobre diversas teorias, bem como estudando o seu
desenvolvimento e os fatores que a determinam, foi possível reconhecer alguns
padrões na educação dos filhos que ora colaboram, ora prejudicam a formação
psíquica, social e cognitiva das crianças e conseqüentemente contribuem no
desenvolvimento ou não de algum transtorno de personalidade.
Palavras-chave: Psicologia Diferencial. Personalidade. Desenvolvimento.
INTRODUÇÃO
Busca-se com este estudo, estabelecer relações entre o desenvolvimento da
psicologia diferencial como campo da psicologia e suas implicações estudo da
personalidade das pessoas, à luz dos fatores biológicos, sociais e culturais que
interagem sobre o desenvolvimento do indivíduo, levando-se em conta
principalmente o aspecto familiar na formação da personalidade da criança.
Conceituando e analisando a personalidade: sua estrutura, conhecendo
particularidades sobre diversas teorias, bem como estudando o seu
desenvolvimento e os fatores que a determinam, foi possível reconhecer alguns
padrões na educação dos filhos que ora colaboram, ora prejudicam a formação
psíquica, social e cognitiva das crianças e conseqüentemente na formação de uma
auto-estima positiva. Principalmente em se tratando da superproteção materna,
estendendo-se também aos pais.
As marcas que deixamos em alguém no início de sua vida podem vir a ser
marcas eternas. Este é o peso que recai sobre os ombros dos educadores: família,
escola, meios de comunicação, sociedade, economia, política e governo. Daí a
importância do desenvolvimento deste artigo como uma alternativa de ampliação
dos conhecimentos sobre um assunto do qual todos somos agentes
transformadores, cabendo a cada um exercer seu papel, com o máximo de
responsabilidade, para a melhoria da qualidade de vida das futuras gerações.
A PSICOLOGIA DIFERENCIAL E O ESTUDO DA PERSONALIDADE
O estudo da personalidade desenvolveu-se inicialmente no século XIX, com
Charcot e Janet, médicos franceses. Estes, interessavam-se pelo estudo e
tratamento de personalidade anormais.
Mais tarde, Sigmund Freud, médico vienense, retomou os estudos da
personalidade humana visando compreender as suas deficiências e tratá-la. Assim,
segundo Lundin (1977, p. 01) “o primeiro estudo realmente compreensivo da
personalidade, de um ponto de vista psicológico, começou com Freud”.
Com os avanços da Psicologia para uma ciência do comportamento, surge a
necessidade de o estudo da personalidade tornar-se parte integral da psicologia
científica, deixando de ser domínio exclusivo de médicos e psicoterapeutas. Para
dar conta desta temática, surge então, a Psicologia Diferencial.
Delimitando a Psicologia Diferencial
A Psicologia Diferencial estuda as diferenças individuais no processo de
aprendizagem. Isto é, as pessoas são diferentes entre si em vários aspectos
inclusive na hora de aprender.
A Psicologia Diferencial pode definir-se como o estudo empírico das
diferenças entre indivíduos, entre grupos e, no próprio indivíduo. Por
conseguinte, dirige-se ao estudo da variabilidade, psicológica. Na medida
em que a estrutura física, bem como diversos parâmetros somáticos, podem
contribuir para esta variabilidade, estes são, igualmente, domínio de
interesses da Psicologia Diferencial (PORTELA, 2011, p. 2).
Pena (2011) utilizando como referencia as idéias de Jonassen & Grabowski
(2001), delimita a Psicologia Diferencial como sendo o campo da psicologia que
estuda o papel das diferenças individuais no comportamento humano. Os objetivos
fundamentais desta área da psicologia são o estudo dos comportamentos humanos,
a compreensão dos processos mentais, e a procura de causas e compreensão das
consequências das diferenças psicológicas entre cada um.
De acordo com Portela (2011), existem três grandes domínios de
investigação da Psicologia Diferencial que são os seguintes: dimensões das
diferenças individuais, variedade das diferenças psicológicas inter-grupos
(problemas metodológicos subjacentes) e explicação das diferenças psicológicas.
Como cada pessoa se desenvolve de forma diferente, segundo Pena (2011)
a Psicologia Diferencial concentra os seus estudos na variabilidade do ser humano.
Entende-se diferenças individuais como as inteligências, os estilos
cognitivos e a personalidade. Cada indivíduo possui uma maneira de
acomodar as idéias e assimilar mentalmente um conteúdo, e isto é possível
pois cada um possui determinadas habilidades mentais. Os estilos
cognitivos e o tipo de controle cognitivo refletem o modo de pensar do
indivíduo e sua personalidade (PENA, 2011, p. 1).
Deste modo, do conjunto de assuntos investigados pela Psicologia
Diferencial, neste artigo, pretende-se aprofundar os estudos a dimensão das
diferenças individuais, mais especificamente a questão da Personalidade.
Definindo a personalidade
De acordo com Lundin (1977, p. 03) “a etimologia da palavra persona,
originalmente denominava a máscara teatral no drama grego, posteriormente
empregada pelos romanos. Ampliando-se o conceito, veio a significação, a
aparência externa (não o verdadeiro eu)”.
Talvez tenha originado-se daí a maneira pela qual o leigo faz uso desta
palavra (personalidade) para designar habilidades sociais, para se referir a alguma
impressão marcante que alguém possa causar ou para anunciar a presença de
alguém importante, ilustre.
A Psicologia, enquanto abordagem científica, segundo Bock, Furtado e
Teixeira (1996, p. 114), demonstram que de modo geral
personalidade refere-se ao modo relativamente constante e peculiar de
perceber, pensar, sentir e agir do indivíduo. Tal definição acaba por incluir
habilidades, atitudes, crenças, emoções, desejos, o modo de comportar-se
e, inclusive, os aspectos físicos, do indivíduo. Englobando o modo como
todos esses aspectos se integram, se organizam, conferindo peculiaridade e
singularidade ao indivíduo.
Resumidamente, Mussen (1975), refere-se a personalidade como
“organização das predisposições e ajustamento singular de um indivíduo ao seu
ambiente”. Reforçando assim, o conceito anterior.
Sob a ótica da Psicologia Diferencial, segundo Pena (2011), a personalidade
influencia a estabilidade emocional do aprendiz e a motivação para aprender.
A fim de descrever as diferenças individuais, Pena (2011) utiliza o termo
“metáfora geográfica”. Esta vê as diferenças entre os indivíduos como um mapa da
mente, no qual cada indivíduo tem um “terreno” diferente. A mente humana pode ser
vista como uma paisagem de traços e habilidades que varia de indivíduo para
indivíduo. Tal paisagem possui picos e vales. Os picos representariam os traços
fortes (resistentes), e os vales a ausência de habilidades específicas de
aprendizagem. E, finalmente, a combinação de traços e aptidões de um indivíduo
compõe o estilo e a personalidade.
Fatores determinantes da personalidade
Pelo menos quatro tipos amplos de fatores inter-relacionados e em contínua
interação, podem determinar as características da personalidade e do
comportamento de uma criança. São eles:
O primeiro tipo é o biológico e inclui dotação genética, temperamento,
aparência física e ritmo de maturação.
Toda característica manifesta no comportamento humano é produto de
interações complexas entre potencialidades geneticamente determinadas e forças
ambientais.
Segundo Bock, Furtado e Teixeira (1996), “nosso código genético nos dá as
possibilidades (direção e limites) e, ao entrarmos em contato com o ambiente,
estaremos recebendo estimulações que permitirão ou não a expressão destas
possibilidades”.
Mas os genes não estão sozinhos para determinar a maneira de ser de cada
um, porém é certo que alguns aspectos da hereditariedade e da constituição
fisiológica, interferem no ritmo individual, no grau de vitalidade ou emotividade dos
indivíduos.
Neste sentido, afirma-se de acordo com Bock, Furtado e Teixeira (1996) que
os indivíduos têm uma quantidade de energia vital, maior ou menor, que dará a
tonalidade de seus comportamentos.
O segundo fator básico é participação em grupo cultural. Cada cultura
apresenta um padrão específico de motivos, objetivos, ideais e valores absorvidos
pelas crianças que nela crescem.
A cultura, de acordo com Clyde e Kluckhohn (apud MUSSEN, 1975, p. 75),
regula a vida em todos os momentos. “Desde o momento em que nascemos até
aquele em que morremos, estejamos ou não conscientes disso, existe sobre nós
uma pressão constante para que acompanhemos determinados tipos de
comportamento que os homens criaram para nós”.
Um terceiro elemento é a história singular do indivíduo com os outros.
Segundo Mussen (1975), do ponto de vista do desenvolvimento da personalidade, o
aspecto mais importante é seu ambiente social.
Da aprendizagem social, das interações sociais, das relações com outras
pessoas da família e dos grupos da mesma classe social, mesma raça e religião
resulta em grande parte, a formação da personalidade.
O quarto tipo de influência sobre as características de personalidade é a
situação, ou seja, os estímulos que atingem diretamente o indivíduo num momento
determinado.
Faz-se necessário destacar que todos estes fatores estão inter-relacionados,
agindo, interagindo e influenciando ao mesmo tempo no desenvolvimento da
personalidade.
Modificação das características da personalidade das crianças
Embora com restrições Mussen (1975), afirma que muitas características de
personalidade estabelecidas no início da vida parecem ser estáveis e duradouras.
Muitos afirmam que o desajustamento adulto é muitas vezes uma extensão de
desajustamentos estabelecidos desde muito cedo; quase todos os adultos
emocionalmente perturbados tiveram intensos conflitos, sentimentos de rejeição e
inadequação durante a meninice.
De acordo com Gaiarsa, (1992, p. 25),
(...) é nestes primeiros anos verdes que nós aprendemos quase tudo aquilo
que se chamaria próprio da personalidade, a estrutura ou forma de caráter,
suas raízes primárias. Quase tudo que acontecerá depois tenderá, com
intensidade, a ser repetição dos começos. (...) oitenta por cento de tudo o
que nós aprendemos na vida e sobre a arte de viver é aprendido até os
cinco anos de idade.
Há quem diga que todas as desgraças de uma pessoa começam nessa
época, na família, quase sempre por influência da mãe.
Porém, segundo Mussen (1975), o fato de encontrar novas situações,
sobretudo relações sociais, podem levar a reajustamentos básicos e a alterações
significativas no comportamento e na personalidade da criança.
Como dissemos anteriormente, a vida é criação contínua, e cabe aos
educadores, primeiramente a família ousar, transformar-se buscando no equilíbrio,
na estimulação e na liberdade, educar não para imobilizar ou limitar a criança, como
diz Gaiarsa (1992). Mas sim para torná-la ousada (no bom sentido), autoconfiante,
feliz.
Nenhum problema de educação se resolve com regra feita, pois não há
regra que sirva para todos nem para todas as circunstâncias. “Fazer experiências é
fundamental para estabelecer o que convém e o que não convém”. Os pais não têm
a obrigação de serem perfeitos, pois ser pai e ser mãe também implica aprendizado.
Porém, alguns cuidados na criação dos filhos podem e devem ser levados
em conta. Por exemplo, “a super-dedicação espolia a mãe e, com certeza, não será
recompensada no futuro. Conforme o filho for crescendo, ela terá de modificar
também a sua abordagem” (TIBA, 1996, p. 30).
A criança não sabe o que é liberdade pessoal, simplesmente faz o que tem
vontade de fazer e portanto, cabe aos pais estabelecerem os limites. A criança
repete o modelo aprendido com os pais, é uma questão de identidade.
Os filhos se sentem amados pelo interesse que os pais demonstram mesmo
não estando com eles o dia inteiro. E seguros quando os pais tomam atitudes
repressivas ou aprovativas, porque nelas encontram referência.
A generosidade, a cooperação também é uma questão de identificação.
Ser rigoroso não significa ser autoritário. É preciso valorizar a auto-
expressão, a independência, os interesses individuais e as características singulares
da criança. Promovendo o desenvolvimento de competência, responsabilidade e
independência.
Sintetiza Mussen (1975, p. 98) após várias pesquisas:
(...) afetividade, apoio e cuidados dos pais são antecedentes decisivos para
a maturidade, a independência, a autoconfiança, a competência e a
responsabilidade das crianças. No entanto, o amor e o apoio não são
suficientes para assegurar o desenvolvimento de tais características. Outros
requisitos são: comunicação adequada entre pais e filhos; o uso de razão e
não de castigo para conseguir obediência; o respeito dos pais pela
autonomia da criança; estímulo de independência, individualidade e
responsabilidade; controle relativamente firme e elevadas exigências para
comportamento maduro. Em resumo, interações severas – mas não a
disciplina cega e autoritária – facilitam o desenvolvimento de
comportamento pessoal e social maduro.
Comportamento esse, pode-se concluir, que mais tarde repercutirá na
escola, com seus colegas, com seus professores e mais propriamente a
aprendizagem.
Enfim, antes de tudo é preciso, que os pais durante a educação dos filhos,
reconheçam que são passíveis de erros, que não são os donos da verdade, que
também falham, mas, que acima de tudo estão dispostos a tentar novamente, a
fazer diferente, sempre buscando o equilíbrio e a firmeza nas suas atitudes. Afinal
de contas, a educação é um processo sem fim, como diz Gaiarsa (1992), cabe a
cada um estar aberto para aprender sempre, inclusive com as crianças.
CONCLUSÃO
Ao final desse trabalho ficou evidente que o processo de formação da
personalidade estrutura-se inicialmente nas relações familiares, extrapolando os
limites dessas relações destaca-se os efeitos que estas produzem no corpo e na
alma (psique) das pessoas.
Não é a toa que Gaiarsa (1992), numa frase um tanto dura na maneira de
expressar, coloca que “super-mães geram paralíticos e débeis mentais” no sentido
de tirar dos filhos a grata sensação de prazer por realizar coisas, de investir com
segurança nas possibilidades, de adquirir autoconfiança, independência,
maturidade, competência e responsabilidade.
A cultura de cada comunidade determina alguns padrões de comportamento
que melhor se enquadram na vida em sociedade. Porém cabe, a cada um
determinar quais os padrões de comportamento que melhor atendam às suas
necessidades pessoais.
No caso de adultos que convivem com crianças que estão no processo de
formação da personalidade (filhos e/ou alunos), cabe dar muito amor, mas também
limites, cabe dar segurança, mas não se tornar prisioneiro dela; cabe estimular,
incentivar; cabe ser modelo, mas não se julgar perfeito; cabe educar não para
moldar e manter as coisas como elas são, mas sim, para transformar e fazer um
mundo melhor.
As primeiras experiências vivenciadas no seio de uma família podem ser tão
desastrosas quanto aquelas vividas pelos menores abandonados. Prova disso está
no fato de que grande parte dos jovens que tentam ou cometem suicídio são filhos
de pais super-protetores.
Wallon (apud BRULFERT e WEREBE, 1996, p. 21) ao falar sobre a criança
e seu desenvolvimento discorre: “A constituição biológica, ao nascer não será a
única lei do destino ulterior da criança. Seus efeitos podem ser amplamente
transformados pelas circunstâncias sociais e sua existência, sem que a escolha
pessoal esteja ausente”.
Diante dessas palavras enriquecidas com tudo que foi exposto no decorrer
deste estudo, permite finalizar afirmando que se por um lado nas periferias da
cidade diariamente as escolas recebem nas salas de aula centenas de alunos com
baixa auto-estima e outros distúrbios de personalidade, está nas mãos de cada
adulto que convive com elas, ajudá-las a encontrar as contribuições que pode dar na
construção de uma sociedade melhor e assim através de uma prática educativa e
motivadora, convencê-la de que é um sujeito ativo, capaz de desenvolver sua
criatividade, descobrir seus reais valores, e potencialidade, de modo a se sentir
capaz de afirmar eu sou importante porque tenho isso, sei fazer aquilo e posso
ajudar naquilo e assim com uma boa auto-estima, se tornar um verdadeiro cidadão.
REFERÊNCIAS
BOCK, Ana, FURTADO, Odair e TEIXEIRA, Maria. Psicologias: uma introdução ao
estudo de psicologia. São Paulo : Saraiva, 1996.
BRULFERT, J.N. e WEREBE, M. J.Henri Wallon: psicologia. São Paulo : Ática,
1996.
GAIARSA, José. Minha querida mamãe. São Paulo: Gente, 1992.
LUNDIN, Robert. Personalidade: uma análise do comportamento. São Paulo :
EPU, 1977.
MUSSEN, Paul. O desenvolvimento psicológico da criança. Rio de janeiro :
Zahar Editores, 1975.
PENA, Alessandra Costa. A psicologia diferencial e o processo de aprendizagem na
perspectiva individual. Disponível em: www.geac.ufrj.br Acessado em 15 abr. 2011.
PORTELA, Catarina L. Mendes. Psicologia diferencial: os vários temas deste
ramos da psicologia. Disponível em: www.psicologia.com.pt Acessado em: 12 abr.
2011.
TIBA, Içami. Disciplina: o limite na medida certa. São Paulo : Gente, 1996.

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Artigo - A psicologia diferencial e o estudo da personalidade

  • 1. A PSICOLOGIA DIFERENCIAL E O ESTUDO DA PERSONALIDADE Alcionir do Amarante Silva RESUMO Reconhecendo a Psicologia Diferencial como um ramo da Psicologia que estuda as diferenças individuais, através deste artigo pretende-se estabelecer relações entre o desenvolvimento da Psicologia Diferencial como campo da psicologia e suas implicações estudo da personalidade das pessoas, à luz dos fatores biológicos, sociais e culturais que interagem sobre o desenvolvimento do indivíduo, levando-se em conta principalmente o aspecto familiar na formação da personalidade da criança. Conceituando e analisando a personalidade: sua estrutura, conhecendo particularidades sobre diversas teorias, bem como estudando o seu desenvolvimento e os fatores que a determinam, foi possível reconhecer alguns padrões na educação dos filhos que ora colaboram, ora prejudicam a formação psíquica, social e cognitiva das crianças e conseqüentemente contribuem no desenvolvimento ou não de algum transtorno de personalidade. Palavras-chave: Psicologia Diferencial. Personalidade. Desenvolvimento. INTRODUÇÃO Busca-se com este estudo, estabelecer relações entre o desenvolvimento da psicologia diferencial como campo da psicologia e suas implicações estudo da personalidade das pessoas, à luz dos fatores biológicos, sociais e culturais que interagem sobre o desenvolvimento do indivíduo, levando-se em conta principalmente o aspecto familiar na formação da personalidade da criança. Conceituando e analisando a personalidade: sua estrutura, conhecendo particularidades sobre diversas teorias, bem como estudando o seu desenvolvimento e os fatores que a determinam, foi possível reconhecer alguns padrões na educação dos filhos que ora colaboram, ora prejudicam a formação psíquica, social e cognitiva das crianças e conseqüentemente na formação de uma auto-estima positiva. Principalmente em se tratando da superproteção materna, estendendo-se também aos pais. As marcas que deixamos em alguém no início de sua vida podem vir a ser marcas eternas. Este é o peso que recai sobre os ombros dos educadores: família, escola, meios de comunicação, sociedade, economia, política e governo. Daí a importância do desenvolvimento deste artigo como uma alternativa de ampliação
  • 2. dos conhecimentos sobre um assunto do qual todos somos agentes transformadores, cabendo a cada um exercer seu papel, com o máximo de responsabilidade, para a melhoria da qualidade de vida das futuras gerações. A PSICOLOGIA DIFERENCIAL E O ESTUDO DA PERSONALIDADE O estudo da personalidade desenvolveu-se inicialmente no século XIX, com Charcot e Janet, médicos franceses. Estes, interessavam-se pelo estudo e tratamento de personalidade anormais. Mais tarde, Sigmund Freud, médico vienense, retomou os estudos da personalidade humana visando compreender as suas deficiências e tratá-la. Assim, segundo Lundin (1977, p. 01) “o primeiro estudo realmente compreensivo da personalidade, de um ponto de vista psicológico, começou com Freud”. Com os avanços da Psicologia para uma ciência do comportamento, surge a necessidade de o estudo da personalidade tornar-se parte integral da psicologia científica, deixando de ser domínio exclusivo de médicos e psicoterapeutas. Para dar conta desta temática, surge então, a Psicologia Diferencial. Delimitando a Psicologia Diferencial A Psicologia Diferencial estuda as diferenças individuais no processo de aprendizagem. Isto é, as pessoas são diferentes entre si em vários aspectos inclusive na hora de aprender. A Psicologia Diferencial pode definir-se como o estudo empírico das diferenças entre indivíduos, entre grupos e, no próprio indivíduo. Por conseguinte, dirige-se ao estudo da variabilidade, psicológica. Na medida em que a estrutura física, bem como diversos parâmetros somáticos, podem contribuir para esta variabilidade, estes são, igualmente, domínio de interesses da Psicologia Diferencial (PORTELA, 2011, p. 2). Pena (2011) utilizando como referencia as idéias de Jonassen & Grabowski (2001), delimita a Psicologia Diferencial como sendo o campo da psicologia que estuda o papel das diferenças individuais no comportamento humano. Os objetivos fundamentais desta área da psicologia são o estudo dos comportamentos humanos,
  • 3. a compreensão dos processos mentais, e a procura de causas e compreensão das consequências das diferenças psicológicas entre cada um. De acordo com Portela (2011), existem três grandes domínios de investigação da Psicologia Diferencial que são os seguintes: dimensões das diferenças individuais, variedade das diferenças psicológicas inter-grupos (problemas metodológicos subjacentes) e explicação das diferenças psicológicas. Como cada pessoa se desenvolve de forma diferente, segundo Pena (2011) a Psicologia Diferencial concentra os seus estudos na variabilidade do ser humano. Entende-se diferenças individuais como as inteligências, os estilos cognitivos e a personalidade. Cada indivíduo possui uma maneira de acomodar as idéias e assimilar mentalmente um conteúdo, e isto é possível pois cada um possui determinadas habilidades mentais. Os estilos cognitivos e o tipo de controle cognitivo refletem o modo de pensar do indivíduo e sua personalidade (PENA, 2011, p. 1). Deste modo, do conjunto de assuntos investigados pela Psicologia Diferencial, neste artigo, pretende-se aprofundar os estudos a dimensão das diferenças individuais, mais especificamente a questão da Personalidade. Definindo a personalidade De acordo com Lundin (1977, p. 03) “a etimologia da palavra persona, originalmente denominava a máscara teatral no drama grego, posteriormente empregada pelos romanos. Ampliando-se o conceito, veio a significação, a aparência externa (não o verdadeiro eu)”. Talvez tenha originado-se daí a maneira pela qual o leigo faz uso desta palavra (personalidade) para designar habilidades sociais, para se referir a alguma impressão marcante que alguém possa causar ou para anunciar a presença de alguém importante, ilustre. A Psicologia, enquanto abordagem científica, segundo Bock, Furtado e Teixeira (1996, p. 114), demonstram que de modo geral personalidade refere-se ao modo relativamente constante e peculiar de perceber, pensar, sentir e agir do indivíduo. Tal definição acaba por incluir habilidades, atitudes, crenças, emoções, desejos, o modo de comportar-se e, inclusive, os aspectos físicos, do indivíduo. Englobando o modo como todos esses aspectos se integram, se organizam, conferindo peculiaridade e singularidade ao indivíduo.
  • 4. Resumidamente, Mussen (1975), refere-se a personalidade como “organização das predisposições e ajustamento singular de um indivíduo ao seu ambiente”. Reforçando assim, o conceito anterior. Sob a ótica da Psicologia Diferencial, segundo Pena (2011), a personalidade influencia a estabilidade emocional do aprendiz e a motivação para aprender. A fim de descrever as diferenças individuais, Pena (2011) utiliza o termo “metáfora geográfica”. Esta vê as diferenças entre os indivíduos como um mapa da mente, no qual cada indivíduo tem um “terreno” diferente. A mente humana pode ser vista como uma paisagem de traços e habilidades que varia de indivíduo para indivíduo. Tal paisagem possui picos e vales. Os picos representariam os traços fortes (resistentes), e os vales a ausência de habilidades específicas de aprendizagem. E, finalmente, a combinação de traços e aptidões de um indivíduo compõe o estilo e a personalidade. Fatores determinantes da personalidade Pelo menos quatro tipos amplos de fatores inter-relacionados e em contínua interação, podem determinar as características da personalidade e do comportamento de uma criança. São eles: O primeiro tipo é o biológico e inclui dotação genética, temperamento, aparência física e ritmo de maturação. Toda característica manifesta no comportamento humano é produto de interações complexas entre potencialidades geneticamente determinadas e forças ambientais. Segundo Bock, Furtado e Teixeira (1996), “nosso código genético nos dá as possibilidades (direção e limites) e, ao entrarmos em contato com o ambiente, estaremos recebendo estimulações que permitirão ou não a expressão destas possibilidades”. Mas os genes não estão sozinhos para determinar a maneira de ser de cada um, porém é certo que alguns aspectos da hereditariedade e da constituição fisiológica, interferem no ritmo individual, no grau de vitalidade ou emotividade dos indivíduos. Neste sentido, afirma-se de acordo com Bock, Furtado e Teixeira (1996) que
  • 5. os indivíduos têm uma quantidade de energia vital, maior ou menor, que dará a tonalidade de seus comportamentos. O segundo fator básico é participação em grupo cultural. Cada cultura apresenta um padrão específico de motivos, objetivos, ideais e valores absorvidos pelas crianças que nela crescem. A cultura, de acordo com Clyde e Kluckhohn (apud MUSSEN, 1975, p. 75), regula a vida em todos os momentos. “Desde o momento em que nascemos até aquele em que morremos, estejamos ou não conscientes disso, existe sobre nós uma pressão constante para que acompanhemos determinados tipos de comportamento que os homens criaram para nós”. Um terceiro elemento é a história singular do indivíduo com os outros. Segundo Mussen (1975), do ponto de vista do desenvolvimento da personalidade, o aspecto mais importante é seu ambiente social. Da aprendizagem social, das interações sociais, das relações com outras pessoas da família e dos grupos da mesma classe social, mesma raça e religião resulta em grande parte, a formação da personalidade. O quarto tipo de influência sobre as características de personalidade é a situação, ou seja, os estímulos que atingem diretamente o indivíduo num momento determinado. Faz-se necessário destacar que todos estes fatores estão inter-relacionados, agindo, interagindo e influenciando ao mesmo tempo no desenvolvimento da personalidade. Modificação das características da personalidade das crianças Embora com restrições Mussen (1975), afirma que muitas características de personalidade estabelecidas no início da vida parecem ser estáveis e duradouras. Muitos afirmam que o desajustamento adulto é muitas vezes uma extensão de desajustamentos estabelecidos desde muito cedo; quase todos os adultos emocionalmente perturbados tiveram intensos conflitos, sentimentos de rejeição e inadequação durante a meninice. De acordo com Gaiarsa, (1992, p. 25), (...) é nestes primeiros anos verdes que nós aprendemos quase tudo aquilo
  • 6. que se chamaria próprio da personalidade, a estrutura ou forma de caráter, suas raízes primárias. Quase tudo que acontecerá depois tenderá, com intensidade, a ser repetição dos começos. (...) oitenta por cento de tudo o que nós aprendemos na vida e sobre a arte de viver é aprendido até os cinco anos de idade. Há quem diga que todas as desgraças de uma pessoa começam nessa época, na família, quase sempre por influência da mãe. Porém, segundo Mussen (1975), o fato de encontrar novas situações, sobretudo relações sociais, podem levar a reajustamentos básicos e a alterações significativas no comportamento e na personalidade da criança. Como dissemos anteriormente, a vida é criação contínua, e cabe aos educadores, primeiramente a família ousar, transformar-se buscando no equilíbrio, na estimulação e na liberdade, educar não para imobilizar ou limitar a criança, como diz Gaiarsa (1992). Mas sim para torná-la ousada (no bom sentido), autoconfiante, feliz. Nenhum problema de educação se resolve com regra feita, pois não há regra que sirva para todos nem para todas as circunstâncias. “Fazer experiências é fundamental para estabelecer o que convém e o que não convém”. Os pais não têm a obrigação de serem perfeitos, pois ser pai e ser mãe também implica aprendizado. Porém, alguns cuidados na criação dos filhos podem e devem ser levados em conta. Por exemplo, “a super-dedicação espolia a mãe e, com certeza, não será recompensada no futuro. Conforme o filho for crescendo, ela terá de modificar também a sua abordagem” (TIBA, 1996, p. 30). A criança não sabe o que é liberdade pessoal, simplesmente faz o que tem vontade de fazer e portanto, cabe aos pais estabelecerem os limites. A criança repete o modelo aprendido com os pais, é uma questão de identidade. Os filhos se sentem amados pelo interesse que os pais demonstram mesmo não estando com eles o dia inteiro. E seguros quando os pais tomam atitudes repressivas ou aprovativas, porque nelas encontram referência. A generosidade, a cooperação também é uma questão de identificação. Ser rigoroso não significa ser autoritário. É preciso valorizar a auto- expressão, a independência, os interesses individuais e as características singulares da criança. Promovendo o desenvolvimento de competência, responsabilidade e independência. Sintetiza Mussen (1975, p. 98) após várias pesquisas:
  • 7. (...) afetividade, apoio e cuidados dos pais são antecedentes decisivos para a maturidade, a independência, a autoconfiança, a competência e a responsabilidade das crianças. No entanto, o amor e o apoio não são suficientes para assegurar o desenvolvimento de tais características. Outros requisitos são: comunicação adequada entre pais e filhos; o uso de razão e não de castigo para conseguir obediência; o respeito dos pais pela autonomia da criança; estímulo de independência, individualidade e responsabilidade; controle relativamente firme e elevadas exigências para comportamento maduro. Em resumo, interações severas – mas não a disciplina cega e autoritária – facilitam o desenvolvimento de comportamento pessoal e social maduro. Comportamento esse, pode-se concluir, que mais tarde repercutirá na escola, com seus colegas, com seus professores e mais propriamente a aprendizagem. Enfim, antes de tudo é preciso, que os pais durante a educação dos filhos, reconheçam que são passíveis de erros, que não são os donos da verdade, que também falham, mas, que acima de tudo estão dispostos a tentar novamente, a fazer diferente, sempre buscando o equilíbrio e a firmeza nas suas atitudes. Afinal de contas, a educação é um processo sem fim, como diz Gaiarsa (1992), cabe a cada um estar aberto para aprender sempre, inclusive com as crianças. CONCLUSÃO Ao final desse trabalho ficou evidente que o processo de formação da personalidade estrutura-se inicialmente nas relações familiares, extrapolando os limites dessas relações destaca-se os efeitos que estas produzem no corpo e na alma (psique) das pessoas. Não é a toa que Gaiarsa (1992), numa frase um tanto dura na maneira de expressar, coloca que “super-mães geram paralíticos e débeis mentais” no sentido de tirar dos filhos a grata sensação de prazer por realizar coisas, de investir com segurança nas possibilidades, de adquirir autoconfiança, independência, maturidade, competência e responsabilidade. A cultura de cada comunidade determina alguns padrões de comportamento que melhor se enquadram na vida em sociedade. Porém cabe, a cada um determinar quais os padrões de comportamento que melhor atendam às suas necessidades pessoais. No caso de adultos que convivem com crianças que estão no processo de
  • 8. formação da personalidade (filhos e/ou alunos), cabe dar muito amor, mas também limites, cabe dar segurança, mas não se tornar prisioneiro dela; cabe estimular, incentivar; cabe ser modelo, mas não se julgar perfeito; cabe educar não para moldar e manter as coisas como elas são, mas sim, para transformar e fazer um mundo melhor. As primeiras experiências vivenciadas no seio de uma família podem ser tão desastrosas quanto aquelas vividas pelos menores abandonados. Prova disso está no fato de que grande parte dos jovens que tentam ou cometem suicídio são filhos de pais super-protetores. Wallon (apud BRULFERT e WEREBE, 1996, p. 21) ao falar sobre a criança e seu desenvolvimento discorre: “A constituição biológica, ao nascer não será a única lei do destino ulterior da criança. Seus efeitos podem ser amplamente transformados pelas circunstâncias sociais e sua existência, sem que a escolha pessoal esteja ausente”. Diante dessas palavras enriquecidas com tudo que foi exposto no decorrer deste estudo, permite finalizar afirmando que se por um lado nas periferias da cidade diariamente as escolas recebem nas salas de aula centenas de alunos com baixa auto-estima e outros distúrbios de personalidade, está nas mãos de cada adulto que convive com elas, ajudá-las a encontrar as contribuições que pode dar na construção de uma sociedade melhor e assim através de uma prática educativa e motivadora, convencê-la de que é um sujeito ativo, capaz de desenvolver sua criatividade, descobrir seus reais valores, e potencialidade, de modo a se sentir capaz de afirmar eu sou importante porque tenho isso, sei fazer aquilo e posso ajudar naquilo e assim com uma boa auto-estima, se tornar um verdadeiro cidadão. REFERÊNCIAS BOCK, Ana, FURTADO, Odair e TEIXEIRA, Maria. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. São Paulo : Saraiva, 1996. BRULFERT, J.N. e WEREBE, M. J.Henri Wallon: psicologia. São Paulo : Ática, 1996. GAIARSA, José. Minha querida mamãe. São Paulo: Gente, 1992. LUNDIN, Robert. Personalidade: uma análise do comportamento. São Paulo : EPU, 1977.
  • 9. MUSSEN, Paul. O desenvolvimento psicológico da criança. Rio de janeiro : Zahar Editores, 1975. PENA, Alessandra Costa. A psicologia diferencial e o processo de aprendizagem na perspectiva individual. Disponível em: www.geac.ufrj.br Acessado em 15 abr. 2011. PORTELA, Catarina L. Mendes. Psicologia diferencial: os vários temas deste ramos da psicologia. Disponível em: www.psicologia.com.pt Acessado em: 12 abr. 2011. TIBA, Içami. Disciplina: o limite na medida certa. São Paulo : Gente, 1996.