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I - TÍTULO DO ARTIGO: IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DO LIXO
              PRODUZIDO NO MUNICIPIO DE PAU DOS FERROS/RN




   II - ÁREA TEMÁTICA: RESPONSABILIDADE SOCIAL E CONTABILIDADE
                                  SOCIOAMBIENTAL




RESUMO:


O lixo urbano é um grave problema que afeta a qualidade de vida de bilhões de pessoas no
mundo, desde a produção até o destino final. Um dos maiores desafios com que se defronta a
sociedade moderna é o equacionamento da questão do lixo urbano. Além do expressivo
crescimento da geração de resíduos sólidos, sobretudo nos países em desenvolvimento,
observam-se, ainda, ao longo dos últimos anos, mudanças significativas em suas
características. O estudo de caso aqui tratado é a cidade de Pau dos Ferros localizada no
Estado do Rio Grande do Norte, Nordeste do Brasil. O objetivo geral desta pesquisa é mostrar
o destino dado ao lixo urbano na cidade de Pau dos Ferros/RN e a influência na vida de
pessoas de renda nenhuma, que sobrevivem nos lixões. E para enfatizar esta questão, adota-se
como metodologia, uma revisão bibliográfica incluindo nesta, artigos, textos, materiais
coletados na internet e uma pesquisa de campo. Por fim é um trabalho de caráter quali-
quantitativo.


Palavras Chave: Lixo, Catadores e Responsabilidade Socioambiental.
1 INTRODUÇÃO


           O homem e o ambiente estão interligados, tanto é que, uma das preocupações
centrais do homem moderno relaciona-se à qualidade de seu meio ambiente. Os problemas
inter-relacionados com o manejo dos resíduos sólidos nas sociedades modernas são muito
complexos em virtude da quantidade e natureza diversa de seus componentes formadores, do
desenvolvimento espalhado das áreas urbanas, das limitações dos recursos econômicos
disponíveis, dos impactos tecnológicos e das limitações que surgem para a utilização da
energia dos materiais brutos (PAES, 1982).
           Os problemas relacionados com o sistema de limpeza urbana e o destino dado ao
lixo na cidade de Pau dos Ferros, localizada no Estado do Rio Grande do Norte, Nordeste do
Brasil não fogem à regra da maioria dos municípios de pequeno e médio porte brasileiros no
que se refere à ausência de prioridade voltada a esse serviço. O manejo dos resíduos sólidos,
da cidade de Pau dos Ferros/RN, depende do seu modo de organização espacial como
acondicionamento, coleta, transporte e destino final. “A importância deste sistema é ressaltada
quando se analisa o problema do manejo considerando os impactos sócio-ambientais
produzidos pelo lixo” (PAES, 1982:243).
           O lixo é um material indesejado. Todos procuram dele descartar-se. Até pagam
para dele se verem livres. O que é pior, o lixo é inevitável. Não se consegue parar de produzi-
lo, todos os dias. “Além disso, do processo produtivo resulta sempre a geração de resíduos, de
duas formas distintas: em um primeiro momento, como conseqüência do próprio ato de
produzir; posteriormente, após a cessação da vida útil dos produtos” (CALDERONI 2003).
           No cenário atual, o lixo ganha força como campo de trabalho. Assim, o objeto de
investigação desta pesquisa é, Mostrar os impactos socioambientais causados pelo lixo no
município de Pau dos Ferros/RN e a influência na vida de pessoas de renda mínima,

que sobrevivem nos lixões.
           Como Objetivos Específicos, destacam-se:
•   Analisar o perfil da cidade de Pau dos Ferros/RN.

• o destino dado a todo o lixo produzido no município de Pau dos Ferros/RN
•   Enfocar a situação das pessoas que sobrevivem no lixão de Pau dos Ferros/RN;
•   Estudar soluções para a destinação do lixo de Pau dos Ferros/RN;
           O interesse pelo tema surgiu a partir das questões relativas ao meio ambiente em
que vivemos, considerando seus elementos físicos e biológicos, e os modos de interação do
homem com a natureza, por meio do trabalho, da ciência e da tecnologia, e dando ênfase ao
destino do lixo urbano, produzido no município de Pau dos Ferros – RN, através da
conscientização dos impactos socioambientais causados por esse material.
       Esta pesquisa esta fundamentada em textos pesquisados na internet, livros, artigos,
revistas e pesquisa de campo. É, portanto, um trabalho de caráter qualiquantitativo.



2 LIXO NO PLANETA, UM PROBLEMA SOCIAL


             A palavra lixo tem origem no Latim e quer dizer cinza. O lixo é gerado pelas
atividades humanas e é considerado resíduo sólido. No entendimento de Moreira (2002 s.p. ?),
boa parte desses resíduos pode ser reciclada, gerando muitos benefícios. Para garantir a
qualidade do meio ambiente e proteger pessoas de possíveis doenças, é necessário destinar o
lixo para locais próprios e adequados.
             Segundo definição buscada na internet, "Resíduo ou lixo, é qualquer material
considerado inútil, supérfluo, e/ou sem valor, gerado pela atividade humana, e a qual precisa
ser eliminada. É qualquer material cujo proprietário elimina, deseja eliminar, ou necessita
eliminar".
             São resultantes da atividade domestica, comercial e industrial. A sua composição
varia de população para população. Vai depender da situação sócio-econômica e das
condições e hábitos de vida de cada um.
             Existem também alguns tipos de resíduos que são denominados tóxicos. Que
necessitam de um destino especial para que não contaminem o ambiente, como aerosóis
vazios, Pilhas e baterias, lâmpadas fluorescentes, restos de medicamentos, lixo hospitalar etc.
             Na era da reciclagem é fácil entender que papel não é lixo, lata (metais) não é
lixo, plástico não é lixo. Esses materiais, por serem recicláveis, têm valor, são essenciais ao
processo fabril de muitos produtos indispensáveis à sociedade, além de oferecer
oportunidades para ‘catadores' gerar renda, comercializando-os com a indústria.
             Para Calderoni (1998, p. 25),


                   “O lixo é um material mal amado (...) Vive-se, em conseqüência, uma imensa crise. Ao
                   mesmo tempo em que cresce o volume de lixo produzido, resultante do aumento
                   desvairado do consumo, são cada vez mais caras, mais raras e mais distantes as
                   alternativas tradicionais de disposição do lixo em aterros”.


             Esta afirmação serve para ilustrar o que vem ocorrendo nas cidades, o tipo de
tratamento que se dá ao lixo, “o material mal amado” pela grande maioria da população, é
simplesmente depositado em locais abertos, gerando mais um problema ambiental, tendo
em vista a poluição dos lençóis freáticos pelo chorume, e ainda, por ser fonte de seleção de
materiais recicláveis e de alimentos para inúmeras pessoas que sobrevivem no anonimato
destes lixões, expostos a graves problemas de saúde.
            O homem é o único ser responsável por este tipo de substância na terra. Apesar de
todas as atividades humanas terem como matéria-prima recursos naturais, muitos dos
produtos produzidos por esta transformação não podem ser decompostos pela natureza, pois
os processos de transformação que estes recursos naturais sofreram para se tornarem produtos
de consumo humano são irreversíveis. (Os materiais “naturais” passam por um processo de
“artificialização”, e para se integrarem novamente ao meio natural precisam passar por longos
processos naturais de decomposição (FIGUEREDO, 1995; MELLO, 1981; PEREIRA NETO,
1999) o grande problema da questão do lixo está na sua quantidade, em sua diversidade e no
tempo que é necessário para que este seja decomposto.
            Lixão é a disposição final de lixo sem qualquer tratamento. É a forma que mais
causa danos ao homem e ao meio ambiente. Segundo o IBGE (2007), mais de 90% do lixo em
todo o país é jogado ao ar livre.
            Como os lixões não são controlados nem medidos por ninguém, qualquer pessoa
ou empresa sem responsabilidade social, pode jogar ali, resíduos perigosos como lixo
hospitalar, produtos radioativos ou muito tóxicos, que deveriam ter um tratamento especial.
            O lixão a céu aberto também atrai catadores de lixo (adultos e crianças que se
contaminam com doenças variadas) e animais domésticos, que comem aqueles restos.


3 COMO É FEITA A COLETA DO LIXO NO BRASIL


            No Brasil, a coleta do lixo cobre cerca de 70% da população das áreas urbanas,
em media. Nos estados do sul, sudoeste e centro-oeste a coleta do lixo atinge um percentual
maior da população, sendo a media de domicílios sem coleta de lixo nessas regiões de 12%.
Nas regiões norte e nordeste, essa média é de 42% (NATHIELI 2005, SANDRO 2005).
            O lixo que é coletado diariamente é de cerca de 230 mil toneladas. De todo esse
lixo, apenas 4% é reciclado e, do restante, 20% dos municípios jogam em rios e vázeas.
Apenas 8% dos municípios brasileiros têm programas de coleta seletiva de lixo. (IBGE,
2007).
            O Brasil produz aproximadamente 230 mil toneladas de lixo por dia. Cada
brasileiro gera, em média, 500 gramas de lixo diariamente, podendo chegar até a mais de 1
kg, dependendo do poder aquisitivo e local em que mora. Todo o material descartado e que se
transforma no lixo das cidades, em grande parte, deve ser destinado de outra maneira para ser
recuperado como matéria-prima, podendo assim ser reutilizado na fabricação de um novo
produto. Esse processo denomina-se Reciclagem.
            Reciclar é aproveitar o material de que foi feito um objeto, uma embalagem ou
qualquer coisa fabricada e que já tenha sido usada. Dessa maneira evita-se que o material
acabe no lixo. “Jogar fora” se torna constante na vida do brasileiro, o que é um grande
desperdício. “Jogar fora” significa jogar aqui mesmo no nosso planeta, quase sempre em
lugares errados, sujando as águas, o solo e destruindo os lugares mais interessantes.
            Por isso, a CSLU (Coleta Seletiva do Lixo Urbano) em conjunto com a
reciclagem é um grande meio para a solução do problema. Isso ajuda a minimizar a
quantidade de lixo que se produz nas cidades. A maior parte das coisas que se joga no lixo
não está suja, torna-se suja depois de misturada. E aí é muito difícil de separar com um
melhor aproveitamento.
            Segundo pesquisa coordenada pelo UNICEF em 1997, em 88% das cidades do
País, o lixo é despejado em locais abertos.
            A Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2000, realizada pelo IBGE, revela
uma tendência de melhora da situação de destinação final do lixo coletado no país nos últimos
anos. Em 2000, o lixo produzido diariamente no Brasil chegava a 125.281 toneladas, sendo
que 47,1% era destinado a aterros sanitários , 22,3 % a aterros controlados e apenas 30,5 % a
lixões. Ou seja, mais de 69 % de todo o lixo coletado no Brasil estaria tendo um destino final
adequado, em aterros sanitários e/ou controlados. Todavia, em número de municípios, o
resultado não é tão favorável: 63,6 % utilizavam lixões e 32,2 %, aterros adequados (13,8 %
sanitários, 18,4 % aterros controlados), sendo que 5% não informou para onde vão seus
resíduos. Em 1989, a PNSB mostrava que o percentual de municípios que vazavam seus
resíduos de forma adequada era de apenas 10,7 %.
            As 13 maiores cidades do Brasil são responsáveis por 31,9% de todo o lixo
urbano brasileiro. Dos 5.507 municípios brasileiros, 4.026, ou seja 73,1%, têm população até
20.000 habitantes. Nestes municípios, 68,5% dos resíduos gerados são vazados em lixões e
em alagados. Se tomarmos, entretanto, como referência, a quantidade de lixo por eles gerada,
em relação ao total da produção brasileira, a situação é menos grave, pois em conjunto
coletam somente 12,8 % do total brasileiro (20.658 t/dia). Isto é menos do que o gerado pelas
13 maiores cidades brasileiras, com população acima de 1 milhão de habitantes. Só estas,
coletam 31,9 % (51.635 t/dia) de todo o lixo urbano brasileiro, e têm seus locais de disposição
final em melhor situação: apenas 1,8 % (832 t/dia) é destinado a lixões, o restante sendo
depositado em aterros controlados ou sanitários.
           Os vazadouros a céu aberto, conhecidos como “lixões”, ainda são o destino final
dos resíduos sólidos em 50,8% dos municípios brasileiros, mas esse quadro teve uma
mudança significativa nos últimos 20 anos: em 1989, eles representavam o destino final de
resíduos sólidos em 88,2% dos municípios. As regiões Nordeste (89,3%) e Norte (85,5%)
registraram as maiores proporções de municípios que destinavam seus resíduos aos lixões,
enquanto as regiões Sul (15,8%) e Sudeste (18,7%) apresentaram os menores percentuais.
Paralelamente, houve uma expansão no destino dos resíduos para os aterros sanitários,
solução mais adequada, que passou de 17,3% dos municípios, em 2000, para 27,7%, em 2008.
Em todo o país, aproximadamente 26,8% dos municípios que possuíam serviço de manejo de
resíduos sólidos sabiam da presença de catadores nas unidades de disposição final de resíduos
sólidos.

           Para o IBGE (1997, p. 30-31), destino do lixo é:


                  “O lixo proveniente dos domicílios particulares permanentes foi classificado de acordo
                  com os seguintes destinos: Coletado – Quando o lixo domiciliar fosse coletado
                  diretamente por serviço ou empresa de limpeza, pública ou privada, que atendia ao
                  logradouro onde se situava o domicílio, ou fosse depositado em caçamba, tanque ou
                  depósito de serviço ou empresa de limpeza, pública ou privada, que posteriormente
                  recolhia; ou Outro – Quando o lixo domiciliar fosse queimado ou enterrado na
                  propriedade, jogado em terreno baldio, logradouro, rio lago ou mar ou tivesse outro
                  destino que não se enquadrasse nos anteriormente descritos”.



             Assim, o quadro abaixo mostra os dados referentes à pesquisa: destinação do
lixo total e os percentuais da área urbana e rural, realizada pelo IBGE nos domicílios
brasileiros.


Distribuição dos domicílios particulares permanentes: Destino do Lixo em Percentual.

             TOTAL                     URBANA                RURAL
       Coletados           Outros Coletados Outros Coletados     Outros
         76,3               23,7    90,7     9,3     14,5         85,5

Fonte: IBGE 1997. Não há dados mais recentes ?


           Percebe-se, a partir desses dados que 76,3% do lixo no Brasil é recolhido pelo
poder público ou por empresas particulares que realizam os serviços mediante licitação
municipal, e que 23,7%, tem outra destinação como, por exemplo, são incinerados pelos
moradores ou simplesmente jogados nos rios e mares.
Comparando os dados referentes à área urbana com a rural, percebe-se que a
coleta do lixo na área urbana é bem expressiva 90,7% contra 9,3% que tem outra
destinação. Na área rural 85,5% é de outras formas de destinação do lixo e coleta-se apenas
14,5% do lixo produzido por essa população.
            Face ao exposto, vê-se que embora o poder público cobre dos moradores a taxa
de limpeza urbana e realize a coleta, o problema ainda persiste com relação a deposição
final do lixo.
            A solução pode vir pela implantação do sistema de coleta seletiva, promovendo
o fomento de cooperativas de catadores de materiais recicláveis, objetivando a reciclagem e
o esclarecimento dos moradores dos perigos advindos da má disposição final do lixo.
            Para atingir estas metas, deverão ser utilizados todos os recursos materiais e
humanos disponíveis, envolvendo as mais diversificadas entidades existentes nos locais, tais
como: igrejas, escolas, associações de moradores, clubes de mães, empresários locais, o
poder público, dentre outros, servindo-se da educação ambiental e de outros educadores
com suas disciplinas respectivas, para atingirem as metas educativas de esclarecerem os
moradores a respeito da problemática ambiental.
            Assim, o inicio do trabalho de sensibilização com relação ao meio ambiente,
poderá ocorrer através da coleta seletiva do lixo nos municípios, pois segundo o UNICEF
1999, ainda são poucos municípios que implementaram a coleta seletiva do lixo, “apenas
100 dos mais de 5,5 mil municípios brasileiros têm coleta seletiva do lixo”.



3 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO


            O município de Pau dos Ferros situa-se na mesorregião Oeste Potiguar, limitando-
se com os municípios de Francisco Dantas, São Francisco do Oeste, Marcelino Vieira, Rafael
Fernandes, Antonio Martins, Serrinha dos Pintos e Encanto e com o Estado do Ceará,
abrangendo uma área de 277 km², inseridos na folha Pau dos Ferros (SB.24-Z-A-II), na escala
1:100.000, editada pela SUDENE. Onde, Quando em Quê...
            A sede do município tem uma altitude média de 193 m e coordenadas 06°06’39,6”
de latitude sul e 38°12’32,4” de longitude oeste, distando da capital cerca de 417 km, sendo
seu acesso, a partir de Natal, efetuado através das rodovias pavimentadas BR-304 e BR-405.
            O município de Pau dos Ferros foi criado pela Resolução Provincial nº 344, de
04/09/1856, desmembrado de Portalegre.
        As principais atividades econômicas são: agropecuária, extrativismo e comércio.
FIGURA 01: Mapa do Estado do Rio Grande do Norte em destaque o município de Pau
dos Ferros.




FONTES: IBGE 2010


            O município de Pau dos Ferros atualmente conta com uma população de 27.809
habitantes segundo dados do IBGE (2010) é uma área de 277 Km2, com uma densidade de
106,0 hab./ Km2 .


4 DISCUSSÕES E RESULTADOS


            A problemática maior em Pau dos Ferros/RN é a destinação final do lixo. Por não
ter uma política de saneamento voltado para o tratamento do lixo produzido pela a população
local, o mesmo é depositado em lixões a céu aberto, o que torna um grave problema para a
população e, conseqüentemente, para o meio ambiente. Em Pau dos Ferros existiam dois
depósitos a céu aberto, um muito próximo da cidade que todos os dias pessoas iam catar
alimentos que, na opinião deles, se encontrava em bom estado, que na atualidade encontra-se
desativado e o outro que se situa a exatos 4 km do bairro São Geraldo, pertencente à cidade e
a 3 km do rio Mossoró e de um açude particular, onde a água é utilizada para consumo animal
e humano.
            Nas imediações do primeiro depósito surgiu um novo bairro, o Manoel Domingos.
A população desse bairro era muito afetada pela proximidade desse lixão, e depois de muito
debate com as autoridades locais, os moradores conseguiram com que não fosse mais
depositado lixo nesse local, mas as seqüelas provocadas pelo lixo ficaram, principalmente
devido à variedade de lixo depositado nessa localidade, que recebia inclusive lixo hospitalar.
            Diante dessa situação os poderes públicos, representados pela prefeitura, resolvem
fazer outro depósito, mas o problema continua o mesmo ou até pior. O desmatamento
promovido pela prefeitura na referida área para construção desse depósito a céu aberto, pode
trazer graves conseqüências para o meio ambiente.
            Nesse contexto, notamos que a falta de políticas públicas que garantam o
saneamento do lixo, praticamente inexistem, provocando com isso, graves conseqüências para
a vida das pessoas, tanto no presente quanto numa perspectiva futura.
            Os dados levantados na pesquisa revelam que os problemas do lixo urbano em
Pau dos Ferros/RN estão associados ao: i) desconhecimento involuntário com omissão de sua
existência; ii) desconhecimento das soluções existentes; iii) falta de meios econômicos para
adotar a solução técnica adequada de gerenciamento. Estas causas, somadas a ausência de
uma legislação específica, aumentam ainda mais, a responsabilidade do poder municipal no
que concerne a um eficiente e adequado desempenho do acondicionamento, coleta, transporte
e, principalmente, disposição final do lixo.
            A preocupação maior da municipalidade e da população em geral, é de se livrarem
do lixo, pouco importando como a disposição final dos resíduos está se processando. Neste
aspecto, observa-se que o município lança os resíduos no lixão ou em terrenos baldios, que
não apresentam as mínimas condições técnicas ou ambientais de funcionamento, submetendo
a população e o meio ambiente a graves riscos sanitários e à deterioração dos recursos
naturais da região. Além disso, ainda há o problema da existência de pessoas - os catadores –
que sobrevivem da coleta de materiais reprocessáveis, que submetidos a condições
degradantes, incorporam uma face social no espectro dos problemas causados por esse tipo
inadequado de destinação final dos resíduos sólidos.
            Existe um interesse latente da parte dos catadores atuais em que seja estimulada a
criação de uma associação de catadores, onde o poder público local pode contribuir com a
dotação de uma infra-estrutura mínima. Além disso, verificou-se também o interesse da
população de que sejam implantados programas de coleta seletiva e de reciclagem do lixo.
Entretanto, para que tal programa funcione é necessário que seja implantado um eficiente
programa de educação e conscientização ambiental, envolvendo os diversos atores ligados à
questão do lixo.
            Pôde-se observar durante a pesquisa que no local do lixão, existem construções de
um aterro sanitário, com galpões, banheiros, energia elétrica, porém encontra-se abandonado,
sem acesso, totalmente cercado, mas em ruínas, dominado pelo lixo, hoje fazendo parte do
cenário do lixão.
            Em entrevista com os catadores, que são em cerca de 38 pessoas que do lixão
retiram sua sobrevivência, entre eles, homens, mulheres, crianças e idosos, foi feita a pesquisa
com 18 catadores, pois a maioria não aceita dar entrevistas e nem todos estão ao mesmo
tempo na coleta naquele local.
            Serão apresentados os resultados analisados e discutidos a partir das informações
fornecidas pelos os catadores entrevistados, mediante a aplicação do instrumento de coleta de
dados elaborando para presente pesquisa, feita nos dias 06, 07 e 08 de janeiro de 2011.


Tabela 1 Dados Sócio-demográficos dos entrevistados (Catadores) de Pau dos Ferros – RN
                                    Pau dos Ferros – RN
Dados Sócio-Demográficos -                     n                                    %
Estado Civil
Casado                                           9                                          50
Solteiro                                         2                                          11
Divorciado                                       3                                          17
Concubinato                                      4                                          22

Escolaridade
Ens. Fundamental Completo                        -                                           -
Ens. Fundamental Incompleto                     12                                          67
1 Grau Completo                                  -
2 Grau Completo                                  -
Não Alfabetizado                                 6                                          33

Renda Mensal
Entre 1 e 2 salários                             -                                           -
1 Salário                                        3                                          17
Menos de 1 salário                              15                                          83
Fonte: Pesquisa Direta, 2011


            Na tabela 1 observa-se os dados sócio – demográficos da amostra. No que se
refere ao estado civil verificou-se que 50% dos catadores são casados, 22% concubinatos,
17% divorciados e 11% são solteiros.
            No que diz respeito ao grau de instituição e renda familiar foram encontrados os
seguintes resultados: 67% da amostra cursaram o ensino fundamental incompleto e a renda
mensal era de menos de 1(um) salário mínimo é de 83%. Isso implica sobre as questões
sociais local, ao acesso do nível educacional dos catadores.
Tabela 2 – Quantidade do lixo produzido na cidade de Pau dos Ferros/RN
 Quantidade                       Dia                 Semana                      Mês
                               20.000 kg             140.000 kg                600.000 kg
Fonte: Pesquisa Direta, 2011


            Observando o histórico de produção do lixão da cidade de Pau dos Ferros a media
de coleta de resíduos sólidos é muito grande em media por mês recolhem +/ - 600.000
toneladas de lixo na cidade de Pau dos Ferros – RN, segundo dados coletados na secretaria
municipal de meio ambiente e urbanismo.
            Na pesquisa, obtivemos a resposta de que a coleta é feita de forma individual, não
há uma cooperativa nem associação de catadores, cada qual faz sua coleta e qualquer pessoa
que queira chegar no local e coletar materiais, o acesso é livre.
            Constatamos que há disposição final inadequada do lixo em terreno baldios e vale.
Também registramos a crença local de que o lixo afastado do leito dos rios e ruas não
prejudica o morador local, como é o caso do lixão da cidade.
            Situações de poluição pela disposição inadequada de lixo provocam impactos
ambientas negativos em diferentes lugares, como leitos dos rios, estradas e entre outros locais.
Isso são determinadas pelos valores culturais, crenças e hábitos instruídos.
            Com a entrevista podemos constatar que diariamente há “queimadas” dos
materiais no local, uma vez que essas queimadas ocorrem através da combustão dos materiais
que ali se encontram.


            Foto 04 – Lixão da cidade de Pau dos Ferros/RN
Foto 03 – Poluição do Lençol Freático de Pau dos Ferros/RN




         Fonte: Pesquisa Direta, 2011.

       A inadequada utilização do lixo em ambientes acena um comportamento observável e
implicam em dados ambientais graves.




            Existem pessoas que não só coletam esses materiais, mas vivem local, moram em
barracos de papelão, sem nenhuma condição de higienização, e conversando com eles, dizem
que moram no local por opção, pois fica mais próximo da coleta diária.
            As fotos de 5 á 10 permite visualizar o processo de acondicionamento em locais
diferentes de materiais do lixo de acordo com os seguintes grupos: material seco ( plástico,
vidros, lixo orgânico e o lixão a céu aberto).


Foto 05 – Material coletado no lixão - vidros




 Fonte: Pesquisa Direta, 2011.
Foto 06 e 07 - Material coletado no lixão – plásticos




Fonte: Pesquisa Direta, 2011.
Foto 08 - Material coletado no lixão – papelão


           Na área do lixão são visíveis grandes problemas de ordem ambiental e saúde
pública já que todos os resíduos coletados entram em decomposição a céu aberto, tornando-se
praticamente impossível residir nas proximidades, também foi constatado uma proliferação
muito grande de insetos, moscas, baratas, ratos e etc, a poluição do ar, contaminação do solo
pelo chorume da decomposição do lixo e uma grande ameaça para os recursos hídricos já que
fica próximo a um açude e na época do inverno esses dejetos podem ser carreados pela força
da água para o leito do açude.
           O lixo coletado nas vias públicas pelos garis, é transportado em caminhões para o
lixão da cidade, transportado de forma inadequada, sem nenhuma separação, uma vez que,
como não há uma educação para a população fazer a separação, o lixo urbano é levado todo
misturado com restos de alimentos, papeis, animais mortos e demais dejetos.
Foto 10 – Lixão á céu aberto Pau dos Ferros – RN – coleta




Fonte: Pesquisa Direta, 2011.


            Os objetivos da pesquisa foram alcançados, uma vez que foi possível levantar
dados acerca da percepção que os catadores de lixo têm da relação de trabalho e de sua
profissão. A utilização de entrevistas também se mostrou adequada, uma vez que possibilitou
levantar informações dos trabalhadores que compõem a categoria de catador representados no
tema, bem como do problema pesquisado.
            .
            Dentre as alternativas de tratamento para o lixo urbano, a reciclagem configura-se
como importante elemento, pois possibilita o reaproveitamento de materiais descartados
novamente       incorporados ao circuito produtivo e traz benefícios ambientais através da
economia de recursos naturais, energia e água.
            Além do inquestionável aspecto ambiental, a reciclagem possibilita ganhos sociais
ao absorver no seu circuito produtivo os catadores de materiais recicláveis. Esses
trabalhadores desempenham um papel preponderante para o processo de reciclagem, pois,
atualmente, o fruto de seu trabalho é ponto de partida para o abastecimento, com matérias-
primas, das indústrias de reciclagem.
            Contudo, trata-se de uma inclusão perversa, pois como se pode verificar, com a
lucratividade assegurada pelos processos de reciclagem, estes estão sendo realizados por
pessoas de diferentes segmentos e até mesmo por organizações terceirizadas, o que conduz
paulatinamente para nova exclusão dos catadores.
            O problema do lixão é um agravante crônico, e nas entrevistas, ao questionarmos
o apoio do poder público, todos deixam evidentes que apesar de terem conhecimento da
situação precária que essas pessoas vivem e sobrevivem naquele ambiente, não tem nenhuma
assistência de qualquer natureza por parte do poder público.
            Trata-se de um tema relevante e atual, e seguramente não se esgotará em uma
pesquisa, sugere-se que outras pesquisas sejam desenvolvidas aprofundando as formas de
inclusão perversa e a alienação dos catadores de lixo.


5 CONSIDERAÇÕES FINAIS


            Esta pesquisa, permitiu concluir que o acondicionamento e o destino final do lixo,
não estão sendo adequadamente norteados pelas ações das instituições publicas responsáveis.
Possibilitou os primeiros passos no processo de integração, (com quê) ?. Mostra a
relevância do tema e a urgência com que devemos resolver o problema, considerando as
crianças encontradas trabalhando no lixão. As informações coletadas, sistematizadas em
números absolutos e relativos, ajudaram na elaboração de analises e estudos, objetivando a
pesquisa em geral. Com isso atinge seus objetivos.
            É preciso que as pessoas tenham uma conscientização a respeito desse problema,
busquem formas de diminuir os danos causados ao meio ambiente por esses resíduos.
Concluímos que a questão da produção versus destino final é um problema grave para a
sociedade moderna que é extremamente consumista gerando uma quantidade muito elevada
de lixo sem se preocupar com o seu destino final que na maioria das vezes é feito de forma
irregular causando danos irreversíveis a saúde da população e ao meio ambiente.
             Na área do lixão são visíveis grandes problemas de ordem ambiental e saúde
pública já que todos os resíduos coletados entram em decomposição a céu aberto, tornando-se
praticamente impossível residir nas proximidades, também foi constatado uma proliferação
muito grande de insetos, moscas, baratas, ratos e etc., a poluição do ar, contaminação do solo
pelo chorume da decomposição do lixo e uma grande ameaça para os recursos hídricos já que
fica próximo a um riacho e na época do inverno esses dejetos podem ser carreados pela força
da água para o leito do riacho.
            Ocorre também nas áreas desses lixões a presença dos catadores, inclusive de
crianças, que além de não possuírem os EPI - Equipamentos de Proteção Individual como:
luvas, roupas especiais, máscaras, óculos e calçados, ficam expostos ao mau cheiro, vidros e
metais cortantes e doenças infecto-contagiosas, ocasionando, portanto, problemas de ordem
sanitária e social.
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS



ANTUNES, R. (1995). Adeus ao trabalho? – Ensaio sobre as meta-morfoses e a
centralidade do mundo do trabalho. (6ª. ed.). Campinas, SP: Cortez.


BARROS, V.A.; Sales M.M. & Nogueira, M.L.M. (2002). Exclusão, favela e vergonha:
uma interrogação ao trabalho. Em Goulart, Í.B. (Org.). Psicologia organizacional e do
trabalho: teoria, pesquisa e temas correlatos. São Paulo: Casa do Psicólogo.


BORGES, A.F. & Goulart, I. (Eds.). (2002). Psicologia organizacional e do trabalho: teoria,
pesquisa e temas correlatos. São Paulo: Casa do Psicólogo.


BRASIL. ministério da educação fundamental, Parâmetros curriculares nacional. Brasília
mec/sef 1998


CALDERONI, Sabetai. os bilhões perdidos no lixo. São Paulo: humanitas livraria fflch/
usp, 2005 4 ed 346 p.


CODO,W. (1993). Indivíduo, trabalho e sofrimento: uma abordagem interdisciplinar.
Petrópolis, RJ: Vozes.


DEJOURS, C. (1994). A loucura do trabalho: contribuições da escola dejouriana à
análise da relação prazer, sofrimento e trabalho. (2ª ed.). São Paulo, SP: Atlas.


DEJOURS, C. (1999). A banalização da injustiça social. (4ª ed.). Rio de Janeiro, RJ:
Editora da FGV.


FELIZ, r . A .z coleta seletiva em ambiente escolar.revista. Eletrônica do mestrado em
educação     ambiental.    São    Paulo.    Vol.18    p.56-71,   2007.    disponível   em   :
http://www.remea.furg.br acessado em 20 de dezembro de 2009.


GONZALEZ, l.t. V;reis , m.f.c.t; Diniz , r. E .s. educação ambiental na comunidade: uma
proposta de pesquisa- ação. revista eletrônica do mestrado em educação ambiental. São
Paulo. V 18, janeiro-junho de 2007.disponível em ;http:// www.remea.furg.br acessado em 20
de dezembro de 2009.


INSTITUTO DE PESQUISA TECNOLÓGICA – IPT (2003). Cooperativa de catadores de
materiais recicláveis: guia para implantação. São Paulo: SEBRAE.


KINDEL, Isaia Aita Eunice, Silva Weber, Sammarco Micaela Yanina, vários olhares e
várias práticas. Porto Alegre: Editora mediação, 2006 2 edição 107 p.


LOUREIRO, B. Frederico Carlos, Layrargues Castro de Souza Ronaldo. Pensamento
complexo, dialetica e educaçao ambiental, São Paulo, editora cortez, 2006,213p.


MAGERA, M. (2003). Os empresários do lixo: um paradoxo da modernidade. Campinas,
SP: Átomo.


MARX, K. (1978). O capital, Livro I, capítulo VI (inédito). São Paulo: Editora da USP –
Ciências Humanas.


MATTOSO, J. (1999). O Brasil desempregado: Como foram destruídos mais de 3
milhões de empregos nos anos 90. São Paulo: ABRAMO.


MIGUELES, C. P. (2004). Significado do lixo e ação econômica – a semântica do lixo e o
trabalho dos catadores do Rio de Janeiro. Em Encontro Nacional da Associação Nacional
de Pós-graduação em Pesquisa em Administração – ENANPAD, Curitiba – PR.


NATHIELI, K. Takemori- Silva, Sandro Menezes Silva. Educação ambiental e cidadania,
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PEDRINE, Gusmão Alexandre. Metodologias em educação ambiental, petropolis-rj:
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www.agenda21.com.br acessado em 09 de janeiro de 2011
www.ibge.org.br. acessado em 09 de janeiro de 2011
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10004 – Resíduos sólidos –
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ASSOCIAÇÃO             BRASILEIRA DE     ENGENHARIA           SANITÁRIA            E
AMBIENTAL.Saneamento ambiental: o Brasil mostra sua cara. Revista Bio, v. 9, n. 3, p.
22-31, jul./ago. 1997.

EMMI, Marília Ferreira. Oligarquia do Tocantins e o domínio dos castanhais. Belém:
UFPa/CFCH/NAEA, 1987. 196 p.

MANSUR, Gilson Leite. O que é preciso saber sobre limpeza urbana. Rio de Janeiro,
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MOREIRA, Valéria Cristina Soares. Lixo urbano e a reciclagem de latas de alumínio.
Disponível em www.univap.br/. Entrada dia 24/01/2006.

PARÁ. Secretaria Executiva de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças - SEPOF.
Estatísticas Municipal: São Domingos do Araguaia, 2005. Disponível em
www.sepof.pa.gov.br/. Acessado em 31/01/2006.

PARANAGUÁ, Patrícia et al. Belém Sustentável. Belém: Imazon, 2003.

TCM – Tribunal de Contas dos Municípios – Pará. Os Municípios: São Domingos do
Araguaia. Belém: Ano I, n. 05, ago/1998.

VELHO, Otávio Guilherme. Frentes de expansão e estrutura agrária: estudo do processo
de penetração numa área da Transamazônica. Rio de Janeiro, Zahar, 1981.
ANEXO I
Questionário sobre o destino final de lixo urbano.

Localidade: Lixão             Município: Pau dos Ferros- RN
Pesquisa: Breve analise sobre o destino final do lixo urbano na cidade de Pau dos Ferros


   I.        Caracterização sócia demográfico da amostra:
         11 Sexo
         Masculino ___ Feminino ___ Idade ___
         1.2 Formação escolar
         a) Ensino fundamental ( ) completo ( ) incompleto ( )
         b) Ensino médio ( ) completo ( ) incompleto ( )
         1.3 Renda familiar media:
                     ( ) menos de 1 salário mínimo
                     ( ) entre 1 e 2 salários mínimos
                     ( )1 salário mínimo
                     ( )2 salários mínimos


   II.        Questionamentos específicos
         2.1 Você pensa em montar um tipo de cooperativa de reciclar esses resíduos sólidos para se ter
         uma renda certa?
                 Sim ( ) Não ( )
          2.2 Como funciona a separação do lixo?
                 ( ) individual                         ( ) Coletiva
         2.3 Qual a freqüência das queimadas no lixão?
                 ( ) Diariamente ( ) Casualmente
         2.4 Você já recebeu alguma orientação relacionada do meio ambiente?
                 Sim ( ) Não ( )
                 Se sim, quem orientou? _________________________
         2.5 Você acha que a população esta preocupado quanto o consumo racional dos resíduos
         sólidos e como saber aproveitá-los ?
                 Sim ( ) Não ( )
                 Se sim quais? ________________________
         2.6 Você acha que se houver uma transformação perante o poder municipal juntamente com
         população, melhoraria a qualidade de vida da cidade?
                 Sim ( ) Não ( )
         2.7 Existem pessoas morando no local?
                 Sim ( ) Não ( )
         2.8 O poder público tem dado algum apoio a vocês catadores?
                 Sim ( ) Não ( )
         2.9 Há quanto tempo vivem no lixão?

         ( ) Menos de 1 ano      ( ) Mais de 1 ano      ( ) mais de 5 anos       ( ) Mais de 10 anos

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ARTIGO: IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DO LIXO

  • 1. I - TÍTULO DO ARTIGO: IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DO LIXO PRODUZIDO NO MUNICIPIO DE PAU DOS FERROS/RN II - ÁREA TEMÁTICA: RESPONSABILIDADE SOCIAL E CONTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL RESUMO: O lixo urbano é um grave problema que afeta a qualidade de vida de bilhões de pessoas no mundo, desde a produção até o destino final. Um dos maiores desafios com que se defronta a sociedade moderna é o equacionamento da questão do lixo urbano. Além do expressivo crescimento da geração de resíduos sólidos, sobretudo nos países em desenvolvimento, observam-se, ainda, ao longo dos últimos anos, mudanças significativas em suas características. O estudo de caso aqui tratado é a cidade de Pau dos Ferros localizada no Estado do Rio Grande do Norte, Nordeste do Brasil. O objetivo geral desta pesquisa é mostrar o destino dado ao lixo urbano na cidade de Pau dos Ferros/RN e a influência na vida de pessoas de renda nenhuma, que sobrevivem nos lixões. E para enfatizar esta questão, adota-se como metodologia, uma revisão bibliográfica incluindo nesta, artigos, textos, materiais coletados na internet e uma pesquisa de campo. Por fim é um trabalho de caráter quali- quantitativo. Palavras Chave: Lixo, Catadores e Responsabilidade Socioambiental.
  • 2. 1 INTRODUÇÃO O homem e o ambiente estão interligados, tanto é que, uma das preocupações centrais do homem moderno relaciona-se à qualidade de seu meio ambiente. Os problemas inter-relacionados com o manejo dos resíduos sólidos nas sociedades modernas são muito complexos em virtude da quantidade e natureza diversa de seus componentes formadores, do desenvolvimento espalhado das áreas urbanas, das limitações dos recursos econômicos disponíveis, dos impactos tecnológicos e das limitações que surgem para a utilização da energia dos materiais brutos (PAES, 1982). Os problemas relacionados com o sistema de limpeza urbana e o destino dado ao lixo na cidade de Pau dos Ferros, localizada no Estado do Rio Grande do Norte, Nordeste do Brasil não fogem à regra da maioria dos municípios de pequeno e médio porte brasileiros no que se refere à ausência de prioridade voltada a esse serviço. O manejo dos resíduos sólidos, da cidade de Pau dos Ferros/RN, depende do seu modo de organização espacial como acondicionamento, coleta, transporte e destino final. “A importância deste sistema é ressaltada quando se analisa o problema do manejo considerando os impactos sócio-ambientais produzidos pelo lixo” (PAES, 1982:243). O lixo é um material indesejado. Todos procuram dele descartar-se. Até pagam para dele se verem livres. O que é pior, o lixo é inevitável. Não se consegue parar de produzi- lo, todos os dias. “Além disso, do processo produtivo resulta sempre a geração de resíduos, de duas formas distintas: em um primeiro momento, como conseqüência do próprio ato de produzir; posteriormente, após a cessação da vida útil dos produtos” (CALDERONI 2003). No cenário atual, o lixo ganha força como campo de trabalho. Assim, o objeto de investigação desta pesquisa é, Mostrar os impactos socioambientais causados pelo lixo no município de Pau dos Ferros/RN e a influência na vida de pessoas de renda mínima, que sobrevivem nos lixões. Como Objetivos Específicos, destacam-se: • Analisar o perfil da cidade de Pau dos Ferros/RN. • o destino dado a todo o lixo produzido no município de Pau dos Ferros/RN • Enfocar a situação das pessoas que sobrevivem no lixão de Pau dos Ferros/RN; • Estudar soluções para a destinação do lixo de Pau dos Ferros/RN; O interesse pelo tema surgiu a partir das questões relativas ao meio ambiente em que vivemos, considerando seus elementos físicos e biológicos, e os modos de interação do homem com a natureza, por meio do trabalho, da ciência e da tecnologia, e dando ênfase ao
  • 3. destino do lixo urbano, produzido no município de Pau dos Ferros – RN, através da conscientização dos impactos socioambientais causados por esse material. Esta pesquisa esta fundamentada em textos pesquisados na internet, livros, artigos, revistas e pesquisa de campo. É, portanto, um trabalho de caráter qualiquantitativo. 2 LIXO NO PLANETA, UM PROBLEMA SOCIAL A palavra lixo tem origem no Latim e quer dizer cinza. O lixo é gerado pelas atividades humanas e é considerado resíduo sólido. No entendimento de Moreira (2002 s.p. ?), boa parte desses resíduos pode ser reciclada, gerando muitos benefícios. Para garantir a qualidade do meio ambiente e proteger pessoas de possíveis doenças, é necessário destinar o lixo para locais próprios e adequados. Segundo definição buscada na internet, "Resíduo ou lixo, é qualquer material considerado inútil, supérfluo, e/ou sem valor, gerado pela atividade humana, e a qual precisa ser eliminada. É qualquer material cujo proprietário elimina, deseja eliminar, ou necessita eliminar". São resultantes da atividade domestica, comercial e industrial. A sua composição varia de população para população. Vai depender da situação sócio-econômica e das condições e hábitos de vida de cada um. Existem também alguns tipos de resíduos que são denominados tóxicos. Que necessitam de um destino especial para que não contaminem o ambiente, como aerosóis vazios, Pilhas e baterias, lâmpadas fluorescentes, restos de medicamentos, lixo hospitalar etc. Na era da reciclagem é fácil entender que papel não é lixo, lata (metais) não é lixo, plástico não é lixo. Esses materiais, por serem recicláveis, têm valor, são essenciais ao processo fabril de muitos produtos indispensáveis à sociedade, além de oferecer oportunidades para ‘catadores' gerar renda, comercializando-os com a indústria. Para Calderoni (1998, p. 25), “O lixo é um material mal amado (...) Vive-se, em conseqüência, uma imensa crise. Ao mesmo tempo em que cresce o volume de lixo produzido, resultante do aumento desvairado do consumo, são cada vez mais caras, mais raras e mais distantes as alternativas tradicionais de disposição do lixo em aterros”. Esta afirmação serve para ilustrar o que vem ocorrendo nas cidades, o tipo de tratamento que se dá ao lixo, “o material mal amado” pela grande maioria da população, é
  • 4. simplesmente depositado em locais abertos, gerando mais um problema ambiental, tendo em vista a poluição dos lençóis freáticos pelo chorume, e ainda, por ser fonte de seleção de materiais recicláveis e de alimentos para inúmeras pessoas que sobrevivem no anonimato destes lixões, expostos a graves problemas de saúde. O homem é o único ser responsável por este tipo de substância na terra. Apesar de todas as atividades humanas terem como matéria-prima recursos naturais, muitos dos produtos produzidos por esta transformação não podem ser decompostos pela natureza, pois os processos de transformação que estes recursos naturais sofreram para se tornarem produtos de consumo humano são irreversíveis. (Os materiais “naturais” passam por um processo de “artificialização”, e para se integrarem novamente ao meio natural precisam passar por longos processos naturais de decomposição (FIGUEREDO, 1995; MELLO, 1981; PEREIRA NETO, 1999) o grande problema da questão do lixo está na sua quantidade, em sua diversidade e no tempo que é necessário para que este seja decomposto. Lixão é a disposição final de lixo sem qualquer tratamento. É a forma que mais causa danos ao homem e ao meio ambiente. Segundo o IBGE (2007), mais de 90% do lixo em todo o país é jogado ao ar livre. Como os lixões não são controlados nem medidos por ninguém, qualquer pessoa ou empresa sem responsabilidade social, pode jogar ali, resíduos perigosos como lixo hospitalar, produtos radioativos ou muito tóxicos, que deveriam ter um tratamento especial. O lixão a céu aberto também atrai catadores de lixo (adultos e crianças que se contaminam com doenças variadas) e animais domésticos, que comem aqueles restos. 3 COMO É FEITA A COLETA DO LIXO NO BRASIL No Brasil, a coleta do lixo cobre cerca de 70% da população das áreas urbanas, em media. Nos estados do sul, sudoeste e centro-oeste a coleta do lixo atinge um percentual maior da população, sendo a media de domicílios sem coleta de lixo nessas regiões de 12%. Nas regiões norte e nordeste, essa média é de 42% (NATHIELI 2005, SANDRO 2005). O lixo que é coletado diariamente é de cerca de 230 mil toneladas. De todo esse lixo, apenas 4% é reciclado e, do restante, 20% dos municípios jogam em rios e vázeas. Apenas 8% dos municípios brasileiros têm programas de coleta seletiva de lixo. (IBGE, 2007). O Brasil produz aproximadamente 230 mil toneladas de lixo por dia. Cada brasileiro gera, em média, 500 gramas de lixo diariamente, podendo chegar até a mais de 1
  • 5. kg, dependendo do poder aquisitivo e local em que mora. Todo o material descartado e que se transforma no lixo das cidades, em grande parte, deve ser destinado de outra maneira para ser recuperado como matéria-prima, podendo assim ser reutilizado na fabricação de um novo produto. Esse processo denomina-se Reciclagem. Reciclar é aproveitar o material de que foi feito um objeto, uma embalagem ou qualquer coisa fabricada e que já tenha sido usada. Dessa maneira evita-se que o material acabe no lixo. “Jogar fora” se torna constante na vida do brasileiro, o que é um grande desperdício. “Jogar fora” significa jogar aqui mesmo no nosso planeta, quase sempre em lugares errados, sujando as águas, o solo e destruindo os lugares mais interessantes. Por isso, a CSLU (Coleta Seletiva do Lixo Urbano) em conjunto com a reciclagem é um grande meio para a solução do problema. Isso ajuda a minimizar a quantidade de lixo que se produz nas cidades. A maior parte das coisas que se joga no lixo não está suja, torna-se suja depois de misturada. E aí é muito difícil de separar com um melhor aproveitamento. Segundo pesquisa coordenada pelo UNICEF em 1997, em 88% das cidades do País, o lixo é despejado em locais abertos. A Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2000, realizada pelo IBGE, revela uma tendência de melhora da situação de destinação final do lixo coletado no país nos últimos anos. Em 2000, o lixo produzido diariamente no Brasil chegava a 125.281 toneladas, sendo que 47,1% era destinado a aterros sanitários , 22,3 % a aterros controlados e apenas 30,5 % a lixões. Ou seja, mais de 69 % de todo o lixo coletado no Brasil estaria tendo um destino final adequado, em aterros sanitários e/ou controlados. Todavia, em número de municípios, o resultado não é tão favorável: 63,6 % utilizavam lixões e 32,2 %, aterros adequados (13,8 % sanitários, 18,4 % aterros controlados), sendo que 5% não informou para onde vão seus resíduos. Em 1989, a PNSB mostrava que o percentual de municípios que vazavam seus resíduos de forma adequada era de apenas 10,7 %. As 13 maiores cidades do Brasil são responsáveis por 31,9% de todo o lixo urbano brasileiro. Dos 5.507 municípios brasileiros, 4.026, ou seja 73,1%, têm população até 20.000 habitantes. Nestes municípios, 68,5% dos resíduos gerados são vazados em lixões e em alagados. Se tomarmos, entretanto, como referência, a quantidade de lixo por eles gerada, em relação ao total da produção brasileira, a situação é menos grave, pois em conjunto coletam somente 12,8 % do total brasileiro (20.658 t/dia). Isto é menos do que o gerado pelas 13 maiores cidades brasileiras, com população acima de 1 milhão de habitantes. Só estas, coletam 31,9 % (51.635 t/dia) de todo o lixo urbano brasileiro, e têm seus locais de disposição
  • 6. final em melhor situação: apenas 1,8 % (832 t/dia) é destinado a lixões, o restante sendo depositado em aterros controlados ou sanitários. Os vazadouros a céu aberto, conhecidos como “lixões”, ainda são o destino final dos resíduos sólidos em 50,8% dos municípios brasileiros, mas esse quadro teve uma mudança significativa nos últimos 20 anos: em 1989, eles representavam o destino final de resíduos sólidos em 88,2% dos municípios. As regiões Nordeste (89,3%) e Norte (85,5%) registraram as maiores proporções de municípios que destinavam seus resíduos aos lixões, enquanto as regiões Sul (15,8%) e Sudeste (18,7%) apresentaram os menores percentuais. Paralelamente, houve uma expansão no destino dos resíduos para os aterros sanitários, solução mais adequada, que passou de 17,3% dos municípios, em 2000, para 27,7%, em 2008. Em todo o país, aproximadamente 26,8% dos municípios que possuíam serviço de manejo de resíduos sólidos sabiam da presença de catadores nas unidades de disposição final de resíduos sólidos. Para o IBGE (1997, p. 30-31), destino do lixo é: “O lixo proveniente dos domicílios particulares permanentes foi classificado de acordo com os seguintes destinos: Coletado – Quando o lixo domiciliar fosse coletado diretamente por serviço ou empresa de limpeza, pública ou privada, que atendia ao logradouro onde se situava o domicílio, ou fosse depositado em caçamba, tanque ou depósito de serviço ou empresa de limpeza, pública ou privada, que posteriormente recolhia; ou Outro – Quando o lixo domiciliar fosse queimado ou enterrado na propriedade, jogado em terreno baldio, logradouro, rio lago ou mar ou tivesse outro destino que não se enquadrasse nos anteriormente descritos”. Assim, o quadro abaixo mostra os dados referentes à pesquisa: destinação do lixo total e os percentuais da área urbana e rural, realizada pelo IBGE nos domicílios brasileiros. Distribuição dos domicílios particulares permanentes: Destino do Lixo em Percentual. TOTAL URBANA RURAL Coletados Outros Coletados Outros Coletados Outros 76,3 23,7 90,7 9,3 14,5 85,5 Fonte: IBGE 1997. Não há dados mais recentes ? Percebe-se, a partir desses dados que 76,3% do lixo no Brasil é recolhido pelo poder público ou por empresas particulares que realizam os serviços mediante licitação municipal, e que 23,7%, tem outra destinação como, por exemplo, são incinerados pelos moradores ou simplesmente jogados nos rios e mares.
  • 7. Comparando os dados referentes à área urbana com a rural, percebe-se que a coleta do lixo na área urbana é bem expressiva 90,7% contra 9,3% que tem outra destinação. Na área rural 85,5% é de outras formas de destinação do lixo e coleta-se apenas 14,5% do lixo produzido por essa população. Face ao exposto, vê-se que embora o poder público cobre dos moradores a taxa de limpeza urbana e realize a coleta, o problema ainda persiste com relação a deposição final do lixo. A solução pode vir pela implantação do sistema de coleta seletiva, promovendo o fomento de cooperativas de catadores de materiais recicláveis, objetivando a reciclagem e o esclarecimento dos moradores dos perigos advindos da má disposição final do lixo. Para atingir estas metas, deverão ser utilizados todos os recursos materiais e humanos disponíveis, envolvendo as mais diversificadas entidades existentes nos locais, tais como: igrejas, escolas, associações de moradores, clubes de mães, empresários locais, o poder público, dentre outros, servindo-se da educação ambiental e de outros educadores com suas disciplinas respectivas, para atingirem as metas educativas de esclarecerem os moradores a respeito da problemática ambiental. Assim, o inicio do trabalho de sensibilização com relação ao meio ambiente, poderá ocorrer através da coleta seletiva do lixo nos municípios, pois segundo o UNICEF 1999, ainda são poucos municípios que implementaram a coleta seletiva do lixo, “apenas 100 dos mais de 5,5 mil municípios brasileiros têm coleta seletiva do lixo”. 3 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO O município de Pau dos Ferros situa-se na mesorregião Oeste Potiguar, limitando- se com os municípios de Francisco Dantas, São Francisco do Oeste, Marcelino Vieira, Rafael Fernandes, Antonio Martins, Serrinha dos Pintos e Encanto e com o Estado do Ceará, abrangendo uma área de 277 km², inseridos na folha Pau dos Ferros (SB.24-Z-A-II), na escala 1:100.000, editada pela SUDENE. Onde, Quando em Quê... A sede do município tem uma altitude média de 193 m e coordenadas 06°06’39,6” de latitude sul e 38°12’32,4” de longitude oeste, distando da capital cerca de 417 km, sendo seu acesso, a partir de Natal, efetuado através das rodovias pavimentadas BR-304 e BR-405. O município de Pau dos Ferros foi criado pela Resolução Provincial nº 344, de 04/09/1856, desmembrado de Portalegre. As principais atividades econômicas são: agropecuária, extrativismo e comércio.
  • 8. FIGURA 01: Mapa do Estado do Rio Grande do Norte em destaque o município de Pau dos Ferros. FONTES: IBGE 2010 O município de Pau dos Ferros atualmente conta com uma população de 27.809 habitantes segundo dados do IBGE (2010) é uma área de 277 Km2, com uma densidade de 106,0 hab./ Km2 . 4 DISCUSSÕES E RESULTADOS A problemática maior em Pau dos Ferros/RN é a destinação final do lixo. Por não ter uma política de saneamento voltado para o tratamento do lixo produzido pela a população local, o mesmo é depositado em lixões a céu aberto, o que torna um grave problema para a população e, conseqüentemente, para o meio ambiente. Em Pau dos Ferros existiam dois depósitos a céu aberto, um muito próximo da cidade que todos os dias pessoas iam catar alimentos que, na opinião deles, se encontrava em bom estado, que na atualidade encontra-se desativado e o outro que se situa a exatos 4 km do bairro São Geraldo, pertencente à cidade e a 3 km do rio Mossoró e de um açude particular, onde a água é utilizada para consumo animal e humano. Nas imediações do primeiro depósito surgiu um novo bairro, o Manoel Domingos. A população desse bairro era muito afetada pela proximidade desse lixão, e depois de muito debate com as autoridades locais, os moradores conseguiram com que não fosse mais
  • 9. depositado lixo nesse local, mas as seqüelas provocadas pelo lixo ficaram, principalmente devido à variedade de lixo depositado nessa localidade, que recebia inclusive lixo hospitalar. Diante dessa situação os poderes públicos, representados pela prefeitura, resolvem fazer outro depósito, mas o problema continua o mesmo ou até pior. O desmatamento promovido pela prefeitura na referida área para construção desse depósito a céu aberto, pode trazer graves conseqüências para o meio ambiente. Nesse contexto, notamos que a falta de políticas públicas que garantam o saneamento do lixo, praticamente inexistem, provocando com isso, graves conseqüências para a vida das pessoas, tanto no presente quanto numa perspectiva futura. Os dados levantados na pesquisa revelam que os problemas do lixo urbano em Pau dos Ferros/RN estão associados ao: i) desconhecimento involuntário com omissão de sua existência; ii) desconhecimento das soluções existentes; iii) falta de meios econômicos para adotar a solução técnica adequada de gerenciamento. Estas causas, somadas a ausência de uma legislação específica, aumentam ainda mais, a responsabilidade do poder municipal no que concerne a um eficiente e adequado desempenho do acondicionamento, coleta, transporte e, principalmente, disposição final do lixo. A preocupação maior da municipalidade e da população em geral, é de se livrarem do lixo, pouco importando como a disposição final dos resíduos está se processando. Neste aspecto, observa-se que o município lança os resíduos no lixão ou em terrenos baldios, que não apresentam as mínimas condições técnicas ou ambientais de funcionamento, submetendo a população e o meio ambiente a graves riscos sanitários e à deterioração dos recursos naturais da região. Além disso, ainda há o problema da existência de pessoas - os catadores – que sobrevivem da coleta de materiais reprocessáveis, que submetidos a condições degradantes, incorporam uma face social no espectro dos problemas causados por esse tipo inadequado de destinação final dos resíduos sólidos. Existe um interesse latente da parte dos catadores atuais em que seja estimulada a criação de uma associação de catadores, onde o poder público local pode contribuir com a dotação de uma infra-estrutura mínima. Além disso, verificou-se também o interesse da população de que sejam implantados programas de coleta seletiva e de reciclagem do lixo. Entretanto, para que tal programa funcione é necessário que seja implantado um eficiente programa de educação e conscientização ambiental, envolvendo os diversos atores ligados à questão do lixo. Pôde-se observar durante a pesquisa que no local do lixão, existem construções de um aterro sanitário, com galpões, banheiros, energia elétrica, porém encontra-se abandonado,
  • 10. sem acesso, totalmente cercado, mas em ruínas, dominado pelo lixo, hoje fazendo parte do cenário do lixão. Em entrevista com os catadores, que são em cerca de 38 pessoas que do lixão retiram sua sobrevivência, entre eles, homens, mulheres, crianças e idosos, foi feita a pesquisa com 18 catadores, pois a maioria não aceita dar entrevistas e nem todos estão ao mesmo tempo na coleta naquele local. Serão apresentados os resultados analisados e discutidos a partir das informações fornecidas pelos os catadores entrevistados, mediante a aplicação do instrumento de coleta de dados elaborando para presente pesquisa, feita nos dias 06, 07 e 08 de janeiro de 2011. Tabela 1 Dados Sócio-demográficos dos entrevistados (Catadores) de Pau dos Ferros – RN Pau dos Ferros – RN Dados Sócio-Demográficos - n % Estado Civil Casado 9 50 Solteiro 2 11 Divorciado 3 17 Concubinato 4 22 Escolaridade Ens. Fundamental Completo - - Ens. Fundamental Incompleto 12 67 1 Grau Completo - 2 Grau Completo - Não Alfabetizado 6 33 Renda Mensal Entre 1 e 2 salários - - 1 Salário 3 17 Menos de 1 salário 15 83 Fonte: Pesquisa Direta, 2011 Na tabela 1 observa-se os dados sócio – demográficos da amostra. No que se refere ao estado civil verificou-se que 50% dos catadores são casados, 22% concubinatos, 17% divorciados e 11% são solteiros. No que diz respeito ao grau de instituição e renda familiar foram encontrados os seguintes resultados: 67% da amostra cursaram o ensino fundamental incompleto e a renda mensal era de menos de 1(um) salário mínimo é de 83%. Isso implica sobre as questões sociais local, ao acesso do nível educacional dos catadores.
  • 11. Tabela 2 – Quantidade do lixo produzido na cidade de Pau dos Ferros/RN Quantidade Dia Semana Mês 20.000 kg 140.000 kg 600.000 kg Fonte: Pesquisa Direta, 2011 Observando o histórico de produção do lixão da cidade de Pau dos Ferros a media de coleta de resíduos sólidos é muito grande em media por mês recolhem +/ - 600.000 toneladas de lixo na cidade de Pau dos Ferros – RN, segundo dados coletados na secretaria municipal de meio ambiente e urbanismo. Na pesquisa, obtivemos a resposta de que a coleta é feita de forma individual, não há uma cooperativa nem associação de catadores, cada qual faz sua coleta e qualquer pessoa que queira chegar no local e coletar materiais, o acesso é livre. Constatamos que há disposição final inadequada do lixo em terreno baldios e vale. Também registramos a crença local de que o lixo afastado do leito dos rios e ruas não prejudica o morador local, como é o caso do lixão da cidade. Situações de poluição pela disposição inadequada de lixo provocam impactos ambientas negativos em diferentes lugares, como leitos dos rios, estradas e entre outros locais. Isso são determinadas pelos valores culturais, crenças e hábitos instruídos. Com a entrevista podemos constatar que diariamente há “queimadas” dos materiais no local, uma vez que essas queimadas ocorrem através da combustão dos materiais que ali se encontram. Foto 04 – Lixão da cidade de Pau dos Ferros/RN
  • 12. Foto 03 – Poluição do Lençol Freático de Pau dos Ferros/RN Fonte: Pesquisa Direta, 2011. A inadequada utilização do lixo em ambientes acena um comportamento observável e implicam em dados ambientais graves. Existem pessoas que não só coletam esses materiais, mas vivem local, moram em barracos de papelão, sem nenhuma condição de higienização, e conversando com eles, dizem que moram no local por opção, pois fica mais próximo da coleta diária. As fotos de 5 á 10 permite visualizar o processo de acondicionamento em locais diferentes de materiais do lixo de acordo com os seguintes grupos: material seco ( plástico, vidros, lixo orgânico e o lixão a céu aberto). Foto 05 – Material coletado no lixão - vidros Fonte: Pesquisa Direta, 2011.
  • 13. Foto 06 e 07 - Material coletado no lixão – plásticos Fonte: Pesquisa Direta, 2011. Foto 08 - Material coletado no lixão – papelão Na área do lixão são visíveis grandes problemas de ordem ambiental e saúde pública já que todos os resíduos coletados entram em decomposição a céu aberto, tornando-se praticamente impossível residir nas proximidades, também foi constatado uma proliferação muito grande de insetos, moscas, baratas, ratos e etc, a poluição do ar, contaminação do solo pelo chorume da decomposição do lixo e uma grande ameaça para os recursos hídricos já que fica próximo a um açude e na época do inverno esses dejetos podem ser carreados pela força da água para o leito do açude. O lixo coletado nas vias públicas pelos garis, é transportado em caminhões para o lixão da cidade, transportado de forma inadequada, sem nenhuma separação, uma vez que, como não há uma educação para a população fazer a separação, o lixo urbano é levado todo misturado com restos de alimentos, papeis, animais mortos e demais dejetos.
  • 14. Foto 10 – Lixão á céu aberto Pau dos Ferros – RN – coleta Fonte: Pesquisa Direta, 2011. Os objetivos da pesquisa foram alcançados, uma vez que foi possível levantar dados acerca da percepção que os catadores de lixo têm da relação de trabalho e de sua profissão. A utilização de entrevistas também se mostrou adequada, uma vez que possibilitou levantar informações dos trabalhadores que compõem a categoria de catador representados no tema, bem como do problema pesquisado. . Dentre as alternativas de tratamento para o lixo urbano, a reciclagem configura-se como importante elemento, pois possibilita o reaproveitamento de materiais descartados novamente incorporados ao circuito produtivo e traz benefícios ambientais através da economia de recursos naturais, energia e água. Além do inquestionável aspecto ambiental, a reciclagem possibilita ganhos sociais ao absorver no seu circuito produtivo os catadores de materiais recicláveis. Esses trabalhadores desempenham um papel preponderante para o processo de reciclagem, pois, atualmente, o fruto de seu trabalho é ponto de partida para o abastecimento, com matérias- primas, das indústrias de reciclagem. Contudo, trata-se de uma inclusão perversa, pois como se pode verificar, com a lucratividade assegurada pelos processos de reciclagem, estes estão sendo realizados por pessoas de diferentes segmentos e até mesmo por organizações terceirizadas, o que conduz paulatinamente para nova exclusão dos catadores. O problema do lixão é um agravante crônico, e nas entrevistas, ao questionarmos o apoio do poder público, todos deixam evidentes que apesar de terem conhecimento da
  • 15. situação precária que essas pessoas vivem e sobrevivem naquele ambiente, não tem nenhuma assistência de qualquer natureza por parte do poder público. Trata-se de um tema relevante e atual, e seguramente não se esgotará em uma pesquisa, sugere-se que outras pesquisas sejam desenvolvidas aprofundando as formas de inclusão perversa e a alienação dos catadores de lixo. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Esta pesquisa, permitiu concluir que o acondicionamento e o destino final do lixo, não estão sendo adequadamente norteados pelas ações das instituições publicas responsáveis. Possibilitou os primeiros passos no processo de integração, (com quê) ?. Mostra a relevância do tema e a urgência com que devemos resolver o problema, considerando as crianças encontradas trabalhando no lixão. As informações coletadas, sistematizadas em números absolutos e relativos, ajudaram na elaboração de analises e estudos, objetivando a pesquisa em geral. Com isso atinge seus objetivos. É preciso que as pessoas tenham uma conscientização a respeito desse problema, busquem formas de diminuir os danos causados ao meio ambiente por esses resíduos. Concluímos que a questão da produção versus destino final é um problema grave para a sociedade moderna que é extremamente consumista gerando uma quantidade muito elevada de lixo sem se preocupar com o seu destino final que na maioria das vezes é feito de forma irregular causando danos irreversíveis a saúde da população e ao meio ambiente. Na área do lixão são visíveis grandes problemas de ordem ambiental e saúde pública já que todos os resíduos coletados entram em decomposição a céu aberto, tornando-se praticamente impossível residir nas proximidades, também foi constatado uma proliferação muito grande de insetos, moscas, baratas, ratos e etc., a poluição do ar, contaminação do solo pelo chorume da decomposição do lixo e uma grande ameaça para os recursos hídricos já que fica próximo a um riacho e na época do inverno esses dejetos podem ser carreados pela força da água para o leito do riacho. Ocorre também nas áreas desses lixões a presença dos catadores, inclusive de crianças, que além de não possuírem os EPI - Equipamentos de Proteção Individual como: luvas, roupas especiais, máscaras, óculos e calçados, ficam expostos ao mau cheiro, vidros e metais cortantes e doenças infecto-contagiosas, ocasionando, portanto, problemas de ordem sanitária e social.
  • 16. 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANTUNES, R. (1995). Adeus ao trabalho? – Ensaio sobre as meta-morfoses e a centralidade do mundo do trabalho. (6ª. ed.). Campinas, SP: Cortez. BARROS, V.A.; Sales M.M. & Nogueira, M.L.M. (2002). Exclusão, favela e vergonha: uma interrogação ao trabalho. Em Goulart, Í.B. (Org.). Psicologia organizacional e do trabalho: teoria, pesquisa e temas correlatos. São Paulo: Casa do Psicólogo. BORGES, A.F. & Goulart, I. (Eds.). (2002). Psicologia organizacional e do trabalho: teoria, pesquisa e temas correlatos. São Paulo: Casa do Psicólogo. BRASIL. ministério da educação fundamental, Parâmetros curriculares nacional. Brasília mec/sef 1998 CALDERONI, Sabetai. os bilhões perdidos no lixo. São Paulo: humanitas livraria fflch/ usp, 2005 4 ed 346 p. CODO,W. (1993). Indivíduo, trabalho e sofrimento: uma abordagem interdisciplinar. Petrópolis, RJ: Vozes. DEJOURS, C. (1994). A loucura do trabalho: contribuições da escola dejouriana à análise da relação prazer, sofrimento e trabalho. (2ª ed.). São Paulo, SP: Atlas. DEJOURS, C. (1999). A banalização da injustiça social. (4ª ed.). Rio de Janeiro, RJ: Editora da FGV. FELIZ, r . A .z coleta seletiva em ambiente escolar.revista. Eletrônica do mestrado em educação ambiental. São Paulo. Vol.18 p.56-71, 2007. disponível em : http://www.remea.furg.br acessado em 20 de dezembro de 2009. GONZALEZ, l.t. V;reis , m.f.c.t; Diniz , r. E .s. educação ambiental na comunidade: uma proposta de pesquisa- ação. revista eletrônica do mestrado em educação ambiental. São
  • 17. Paulo. V 18, janeiro-junho de 2007.disponível em ;http:// www.remea.furg.br acessado em 20 de dezembro de 2009. INSTITUTO DE PESQUISA TECNOLÓGICA – IPT (2003). Cooperativa de catadores de materiais recicláveis: guia para implantação. São Paulo: SEBRAE. KINDEL, Isaia Aita Eunice, Silva Weber, Sammarco Micaela Yanina, vários olhares e várias práticas. Porto Alegre: Editora mediação, 2006 2 edição 107 p. LOUREIRO, B. Frederico Carlos, Layrargues Castro de Souza Ronaldo. Pensamento complexo, dialetica e educaçao ambiental, São Paulo, editora cortez, 2006,213p. MAGERA, M. (2003). Os empresários do lixo: um paradoxo da modernidade. Campinas, SP: Átomo. MARX, K. (1978). O capital, Livro I, capítulo VI (inédito). São Paulo: Editora da USP – Ciências Humanas. MATTOSO, J. (1999). O Brasil desempregado: Como foram destruídos mais de 3 milhões de empregos nos anos 90. São Paulo: ABRAMO. MIGUELES, C. P. (2004). Significado do lixo e ação econômica – a semântica do lixo e o trabalho dos catadores do Rio de Janeiro. Em Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-graduação em Pesquisa em Administração – ENANPAD, Curitiba – PR. NATHIELI, K. Takemori- Silva, Sandro Menezes Silva. Educação ambiental e cidadania, Curitiba-PR, iesde, 2005. 180p. PEDRINE, Gusmão Alexandre. Metodologias em educação ambiental, petropolis-rj: editoras vozes, 2007,239 p. www.agenda21.com.br acessado em 09 de janeiro de 2011 www.ibge.org.br. acessado em 09 de janeiro de 2011
  • 18. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10004 – Resíduos sólidos – classificação. Rio de Janeiro, 1997. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL.Saneamento ambiental: o Brasil mostra sua cara. Revista Bio, v. 9, n. 3, p. 22-31, jul./ago. 1997. EMMI, Marília Ferreira. Oligarquia do Tocantins e o domínio dos castanhais. Belém: UFPa/CFCH/NAEA, 1987. 196 p. MANSUR, Gilson Leite. O que é preciso saber sobre limpeza urbana. Rio de Janeiro, IBAM/CPU, 1993. MOREIRA, Valéria Cristina Soares. Lixo urbano e a reciclagem de latas de alumínio. Disponível em www.univap.br/. Entrada dia 24/01/2006. PARÁ. Secretaria Executiva de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças - SEPOF. Estatísticas Municipal: São Domingos do Araguaia, 2005. Disponível em www.sepof.pa.gov.br/. Acessado em 31/01/2006. PARANAGUÁ, Patrícia et al. Belém Sustentável. Belém: Imazon, 2003. TCM – Tribunal de Contas dos Municípios – Pará. Os Municípios: São Domingos do Araguaia. Belém: Ano I, n. 05, ago/1998. VELHO, Otávio Guilherme. Frentes de expansão e estrutura agrária: estudo do processo de penetração numa área da Transamazônica. Rio de Janeiro, Zahar, 1981.
  • 20. Questionário sobre o destino final de lixo urbano. Localidade: Lixão Município: Pau dos Ferros- RN Pesquisa: Breve analise sobre o destino final do lixo urbano na cidade de Pau dos Ferros I. Caracterização sócia demográfico da amostra: 11 Sexo Masculino ___ Feminino ___ Idade ___ 1.2 Formação escolar a) Ensino fundamental ( ) completo ( ) incompleto ( ) b) Ensino médio ( ) completo ( ) incompleto ( ) 1.3 Renda familiar media: ( ) menos de 1 salário mínimo ( ) entre 1 e 2 salários mínimos ( )1 salário mínimo ( )2 salários mínimos II. Questionamentos específicos 2.1 Você pensa em montar um tipo de cooperativa de reciclar esses resíduos sólidos para se ter uma renda certa? Sim ( ) Não ( ) 2.2 Como funciona a separação do lixo? ( ) individual ( ) Coletiva 2.3 Qual a freqüência das queimadas no lixão? ( ) Diariamente ( ) Casualmente 2.4 Você já recebeu alguma orientação relacionada do meio ambiente? Sim ( ) Não ( ) Se sim, quem orientou? _________________________ 2.5 Você acha que a população esta preocupado quanto o consumo racional dos resíduos sólidos e como saber aproveitá-los ? Sim ( ) Não ( ) Se sim quais? ________________________ 2.6 Você acha que se houver uma transformação perante o poder municipal juntamente com população, melhoraria a qualidade de vida da cidade? Sim ( ) Não ( ) 2.7 Existem pessoas morando no local? Sim ( ) Não ( ) 2.8 O poder público tem dado algum apoio a vocês catadores? Sim ( ) Não ( ) 2.9 Há quanto tempo vivem no lixão? ( ) Menos de 1 ano ( ) Mais de 1 ano ( ) mais de 5 anos ( ) Mais de 10 anos