2. Aristóteles refutou a teoria do mundo das
ideias de Platão, propondo um pensamento
que, embora valorizasse a atividade intelectual,
teórica, contemplativa como fundamental,
resgatava o papel dos bens humanos,
terrestres, materiais para alcançar uma vida
boa.
3. Contemplação intelectual – como Platão dizia que a
finalidade última de todos os indivíduos é a felicidade.
Afirma que um ser só alcança seu fim quando cumpre
a função (ou finalidade) que lhe é própria.
Para atingir a felicidade verdadeira o indivíduo
deveria dedicar-se fundamentalmente a vida teórica,
no sentido de uma contemplação intelectual, buscando
observar a beleza e a ordem do cosmo, a autêntica
realidade das coisas a vida inteira.
4. Platão desenvolveu a noção de que o homem
está em contato permanente com dois tipos de
realidade: a inteligível e a sensível. A primeira,
é a realidade, mais concreta, permanente,
imutável, igual a si mesma. A segunda são
todas as coisas que nos afetam os sentidos, são
realidades dependentes, mutáveis e são
imagens das realidades inteligíveis.
5. Para Platão, o mundo concreto percebido pelos
sentidos é uma pálida reprodução do mundo
das Ideias. Cada objeto concreto que existe
participa, junto com todos os outros objetos de
sua categoria, de uma Ideia perfeita. Uma
determinada caneta, por exemplo, terá
determinados atributos (cor, formato, tamanho,
etc.). Outra caneta terá outros atributos, sendo
ela também uma caneta, tanto quanto a outra.
Aquilo que faz com que as duas sejam canetas
é, para Platão, a Ideia de Caneta, perfeita, que
esgota todas as possibilidades de ser caneta.
6. O papel da filosofia, para Epícuro, é bem claro:
cuidar da saúde da alma. Assim como a
medicina precisa se ocupar dos males do corpo,
a filosofia só tem valor se cuidar dos da alma,
longe de consistir num discurso vazio e
abstrato. O discípulo Diógenes de Oenoanda
resumiu a sabedoria do mestre em quatro
“remédios” de cunho bem prático: 1) Os deuses
não devem ser temidos; 2) A morte não deve
amedrontar; 3) O bem é fácil de ser obtido; 4) E
o mal, fácil de suportar.
7. Epícuro, não só considerava sem sentido as
angústias em relação à morte, como ria do
destino e pregava que o sentido da vida era o
prazer. Nascia o epicurismo.
O prazer do epicurismo é calmo e sereno. O
sábio deve evitar a dor e as perturbações,
levando uma vida isolada da multidão, dos
luxos e excessos. Colocando-se em harmonia
com a natureza, ele desfruta da paz. Epícuro
condena a renovação a qualquer preço e a ânsia
pela mudança, pregando uma espécie de
prazer tranquilo.