Os sofistas eram pensadores gregos que ensinavam retórica e relativismo moral. Protágoras e Hipias foram sofistas notáveis, enquanto Górgias fundamentou sua filosofia no niilismo. Isócrates fundou uma educação literária e Platão propôs o dualismo psicofísico separando corpo e alma.
2. SOFISTAS
Os sofistas foram grandes pensadores e cientistas intelectuais onde eram
procurados por jovens com boas condições de vida que os pagavam muito
dinheiro para receber seus ensinamentos para se tornarem bem-sucedidos.
Para os sofistas a verdade é inexistente, oque existia era opiniões sendo
elas boas, más, melhores e piores, mas nunca falsas e verdadeiras.
Os sofistas eram mestres na arte do bem falar e ensinavam a arte da
retórica.
O período sofista foi relativamente curto, compreendido entre os séculos
IV e V a.C., caracterizado pelo auge da cultura grega.
Entre os sofistas destacam-se:
3. PROTÁGORAS
Protágoras ensinou retórica na Sicília, na Itália e em
Atenas e foi tão versado em ciências que alguns o
admiravam como um deus por sua sabedoria.
Ensinou o ascetismo e o relativismo com estas palavras
“Assim como as coisas me parecem, assim elas o são para
mim; assim como elas te parecem, assim elas os são para
ti pois tu és homem e também o sou”.
A maior importância de Protágoras foi por ter sido o
primeiro que desenvolveu a doutrina de Heráclito que
havia concebido não somente o contínuo fluxo das
coisas, e que nós conhecemos algo estável como princípio
deste fluxo contínuo, que é o fogo.
4. HÍPIAS
Matemático, historiador, orador e hábil artesão grego de
Elis, hoje Élida, no Peloponeso, nas costas do
Mediterrâneo, mestre em geometria, astronomia,
música e filosofia e um dos responsáveis por mudanças
fundamentais na matemática grega no final do século V
a. C. Extremamente vaidoso e ganancioso, vangloriava-
se de haver ganho com o o ensino grandes somas e é o
mais famoso dos mestres sofistas, grupo de mestres
gregos idealizados por Protágoras, que sobreviviam
profissionalmente do ensino de ciências, e
aparentemente o que mais fez fortuna com a divulgação
dos seus conhecimentos, ensinando e vendendo seus
escritos, sobre os mais variados assuntos.
5. GÓRGIAS
Górgias para fundamentar sua filosofia toma por base o niilismo, a
descrença por razão principal, onde nada existe de absoluto, onde não
existem verdades morais e nem hierarquia de valores. A verdade não
existe, qualquer saber é impossível e tudo é falso porque é ilusório.
Seu niilismo baseia-se em três tópicos, primeiro na não existência do
ser, existe somente o nada. O ser não é uno, não é múltiplo, nem criado
e nem gerado, por conseguinte o ser é nada.
Segundo, mesmo que o ser existisse ele não poderia ser conhecido pois
se podemos pensar em coisas que não existem é porque existe uma
separação entre o que pensamos e o ser, o que impossibilita o seu
conhecimento. E terceiro, mesmo que pudéssemos pensar e conhecer o
ser nós não poderíamos expressar como ele é porque as palavras não
conseguem transmitir com veracidade nada que não seja ela mesma.
6. ISÓCRATES
Transformando suas falhas em vocação e
destino, Isócrates funda com sua paidéia aquilo
que Cícero traduziria de modo perene
como humanitas: uma educação
predominantemente literária, que se concebe,
ao mesmo tempo, como formação política,
marcada por um "espírito de fineza" em tudo
contrário à matematização e à pretensão dos
platônicos e dialéticos.
8. DUALISMO PLATÔNICO
Durante muito tempo os filósofos ocidentais explicaram o ser humano como
composto de duas partes diferentes e separadas: o corpo (material) e a alma
(espiritual e consciente).
Chamamos de dualismo psicofísico essa dupla realidade da consciência separada
do corpo.
Segundo Platão, antes de se encarnar, a alma teria vivido no mundo das ideias,
onde tudo conheceu por simples intuição, ou seja, por conhecimento intelectual
direto e imediato, sem precisar usar os sentidos. Quando a alma se une ao corpo,
ela se degrada por se tornar prisioneira dele. Passa então a se compor de duas
partes.
*Alma superior (a alma intelectiva)
* Alma inferior e irracional (a alma do corpo).
10. CINISMO
O cinismo foi uma escola filosófica grega fundada por um discípulo de
Sócrates, Antístenes. O que o filósofo propunha era a busca interna da
felicidade, que não tem causas externas, aspecto ao qual os cínicos
passaram a defender, não somente com palavras, mas pelo modo de vida
adotado. Sua maior virtude era a autarquia.
O termo passou à posteridade como adjetivação pejorativa de pessoas
sem pudor, indiferentes ao sofrimento alheio.
12. PIRRONISMO
Doutrina fundada pelo filosofo pirro de elida considerando o verdadeiro do ceticismo. Seu ideário é totalmente
voltado para o lado pratico material cotidiano, da vida e pode ser resumido da segunda maneira:
1: não se deve ter , nem emitir, qualquer julgamento sobre coisa alguma. Nada se deve afirmar ou negar sobre
quaisquer fatos, seres, ou objetos, pois o intelecto humano e limitado e incapaz de chegar à verdade sobre qualquer
coisa. Essa proposição foi encampada pelos sofistas que a batizaram de‘’ duvida universal’’.
2: tudo aquilo que o homem julga como verdade não passa de simples convenção ou acordo, ou apenas habito.
3: deve-se sempre distinguir os fenômenos perceptível através dos sentidos: tato, visão, audição, paladar, olfato ou
causas incognoscíveis, isto e os motivos que fazem algo acontecer, dos quais nada se sabe sobre tais motivos, pois
estão além da capacidade intelectual do homem.
O pirronismo e uma doutrina fortemente influenciada pelo pensamento hindu e alguns eruditos o classificam como
uma adaptação daquele e ao um sistema filosófico na literalidade do termo, o pirronismo chegou a modernidade
através de ceticismo de hume; e as suas propostas de: buscar a ‘’paz interior’’, a partir da recusa de emitir, e mesmo de
possuir, qualquer juízo ou julgamento e pela aceitação da incapacidade intelectual de compreender as essências a as
certezas encontraram eco em nossos dias cuja alienação mental privilegia apenas as sensações em detrimento da
racionalidade.
14. O CONHECIMENTO CIENTÍFICO
O conhecimento científico é real (factual) porque lida com ocorrências ou fatos,
isto é, com toda "forma de existência que se manifesta de algum modo"
Constitui um conhecimento contingente, pois suas preposições ou hipóteses
têm a sua veracidade ou falsidade conhecida através da experimentação e não
apenas pela razão, como ocorre no conhecimento filosófico.
É sistemático, já que se trata de um saber ordenado logicamente, formando um
sistema de ideias (teoria) e não conhecimentos dispersos e desconexos. Possui a
característica da verificabilidade, a tal ponto que as afirmações (hipóteses) que
não podem ser comprovadas não pertencem ao âmbito da ciência.
Constitui-se em conhecimento falível, em virtude de não ser definitivo absoluto
ou final e, por este motivo, é aproximadamente exato: novas proposições e o
desenvolvimento de técnicas podem reformular o acervo de teoria existente.