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Aerografia




        Aerografia (ou airbrush em inglês), é uma técnica de pintura onde se
utiliza uma pequena pistola ligada a um compressor de ar para produzir jatos
de tinta.
        Antes da computação gráfica, o aerógrafo era ferramenta fundamental
para retoques fotográficos, e logo o instrumento foi relacionado à arte
comercial. Com o florescimento da cultura de massa, e principalmente seu
auge na publicidade, este equipamento foi introduzido no campo das belas
artes. Atualmente existem trabalhos feitos com aerógrafo em todas as galerias
do mundo, e seus preços são comparados a trabalhos feitos de forma
tradicional, com pincel.
      Sua aceitação em certos círculos de artistas foi muito lenta, pois era
considerada uma arte mecânica. As objeções não se referiam tanto à qualidade
alcançada em seus trabalhos, mas a razões mais teóricas. O artista não
estabelece contato direto com a superfície de trabalho no ato da pintura. O ar é
quem leva a tinta à tela.




História da Aerografia


        A história da aerografia é muito mais antiga do que a maioria das
pessoas podem imaginar. As primeiras imagens feitas pelo homem, na pré-
história, foram criadas utilizando técnicas de aerografia.
      Estas imagens podem ser vistas na parede das cavernas
LascauxandPeacl-Merle, no sudoeste da França. Acredita-se que tenham pelo
menos 35 mil anos e que foram feitas soprando um pigmento (tinta) através da
cavidade de um tubo, feito de osso de animais.
       Um do primeiros exemplos de aerografia ocorreu quando um pigmento
foi usado como tinta, a mão, como máscara, um cano feito de osso, o aerógrafo
e o pulmão do homem, como o compressor.
       O inventor do aerógrafo moderno foi o americano Abner Peeler, que em
maio de 1878 imaginou ser possível pintar usando um jato de ar passando por
um aparelho que aumenta ou diminui o fluxo de tinta sendo jogado na
superfície a ser pintada.
Três anos depois, em 1881, o Sr. Peeler vendeu sua invenção para o Sr.
LibertyWalkup. Pelos direitos mundiais sobre o produto ele recebeu US$
700,00 (setecentos dólares). Em 25 de abril de 1882, foi feito o registro de
patente nos Estados Unidos em nome de LibertyWalkup.
       Apesar de dizer que também estava trabalhando em um projeto de
aerógrafo na mesma época, Walkup nunca teve nenhuma tendência para
inventor, ao passo que Peeler continuou criando novos produtos por vários
anos, até sua morte. Em 1883, foi fundada a Rockford Air BrushCompany pelo
Sr. Walkup para fabricar e promover o primeiro aerógrafo ao público.
      O principal motivo é que o aerógrafo consegue conferir sentimento à
impressão, devido à sua habilidade de pulverizar pontos muito finos e de
desenvolver uma imagem sem que a "pincelada" fique marcada. Durante o
período compreendido entre 1890/1900, as fotografias artísticas (aquelas que
são "retocadas" por pintores), tornara-se tão populares, que a demanda por
cores sépias levou os especialistas a usarem o aerógrafo. Desde então, seu
uso tem crescido cada vez mais, na mídia e nas artes.
       Durante os anos 20, 30 e o inicio dos anos 40, o aerógrafo foi utilizado
em grande escala, dentro da arte comercial e da ilustração. Nos anos 40 a
maioria das escolas técnicas e de arte oferecia o curso de aerografia como
parte de seu currículo.
       O retoque de fotografias já era muito difundido, especialmente em
anúncios. Outro campo visual, no qual o aerógrafo foi largamente utilizado, foi o
das ilustrações médicas, pelo simples fato do instrumento permitir recriar
facilmente a impressão voluptuosa das formas orgânicas.
       O caminho para a aceitação da técnica da aerografia, como instrumento
das artes clássicas, foi preparado por artistas pop como Andy Warhol e Roy
Lichtenstein, que, usando de criatividade, fizeram o aerógrafo ser hoje tão
respeitado.
      Apenas em 1960, com o declínio da pop arte o advento do neo-realismo,
é que o aerógrafo conseguiu seu lugar de destaque no mundo das artes.
       Na área publicitária e nas ilustrações técnicas, o mercado para
desenhistas que utilizam o aerógrafo como ferramenta de trabalho, é muito
concorrido, pois apenas ele é capaz de criar certos efeitos. Isto faz com que os
artistas que dominam esta técnica não tenham problemas de encontrar
trabalho
       Ilustrações técnicas encomendadas por empresas importantes fizeram a
arte aerográficase tornar famosa em todo o mundo.
Com o advento da arte pop, de novas ferramentas e de uma tendência
em direção ao realismo, foi muito natural que a aerografia entrasse na moda
das artes clássicas. Uma enxurrada de artistas seguiu essa tendência e se
firmou num mercado promissor.
      Nos anos 70, as agências de publicidade encontraram no airbrush a
característica do desenho super-realista (quase uma foto) para divulgação de
seus produtos no mercado. Deu-se então um "boom" no mundo inteiro. A
comunicação visual gritava pelo aerógrafo.
       Ainda hoje, apesar dos recursos da informática, o airbrush continua em
alta nas agências do mundo inteiro. Outras aplicações foram desenvolvidas e,
hoje, não conhecemos nada em que não possamos aplicar a técnica do
airbrush.
      É também bastante utilizada por artistas que produzem efeitos especiais
em filmes e animações. Iluminando, colorindo e texturizando imagens, as
possibilidades para a indústrias cinematográficas são infinitas.




Aerógrafo


       Há muitos milhares de anos os
homens         pré-históricos     assopravam
pigmentos corantes através de tubos para
decorar as paredes de suas cavernas. Mas
não se pode dizer que a pintura feita através
de jatos de tinta tenha uma história contínua.
No japão já era praticada no século XVII,
mas o ocidente teve que esperar até o            Fonte: www.aerografia.com
século XIX para se utilizar desta técnica.:
      Neste caso, ao assoprar, produz-se um jato de alta pressão que faz
descer a pressão do ar pelo tubo de tinta. A tinta, que se mantém na pressão
atmosférica, é absorvida pelo tubo (onde a pressão do ar é mais baixa), e é
empurrada para cima, até juntar-se ao jato de ar. O resultado é um jato de tinta
amplo e uniforme.
       Existem vários tipos de aerógrafos, de diferentes marcas mas com o
mesmo funcionamento básico. É necessária uma fonte de ar (compressor)
ligado ao aerógrafo através de uma mangueira. A pistola é alimentada com ar
comprimido e tinta. A tinta é colocada no "copinho" acoplado ao aerógrafo. Este
recipiente para tinta é diferente nos vários modelos de aerógrafos, podendo ser
removível ou fixo, lateral ou acoplado na parte superior da pistola. A posição
dos copos de tinta determina ainda se o aerógrafo é alimentado pela tinta
atravéz de sucção, (copo abaixo do bico) ou por gravidade (copo acima do
bico).
Nas figuras abaixo, observam-se os diferentes caminhos que o ar e a
tinta podem percorrer antes de se tornarem um jato único e homogêneo.
Quando o ar se mistura à tinta é formado o jato de tinta expelido pelo bico do
aparelho como uma névoa que deve ser direcionada à base a ser pintada.
Nestas figuras, a pistola é alimentada pela tinta através de sucção.




   Fonte: www.aerografia.com




O Aerógrafo pode ser de ação simples ou de dupla ação:


       No aerógrafo de ação simples, o gatilho quando apertado libera um jato
de tinta de espessura pré-determinada, não permitindo o controle de tamanho
do jato. O único movimento possível no gatilho, é apertá-lo para baixo. O
tamanho do jato de tinta é pré-determinado pelo fabricante.

       Já no aerógrafo de dupla-ação, o gatilho possui duas funções distintas:
Primeiro, quando apertado para baixo o gatilho abre a válvula que libera a
entrada de ar comprimido, e segundo, a medida que se puxa o gatilho para trás
(ainda mantendo-o apertado) é acionado o mecanismo que libera a saída da
tinta.

       Nas imagens abaixo, pode-se notar um aerógrafo de dupla ação. O jato
de tinta é modificado conforme a posição do gatilho. Pressionado ele libera
apenas ar, e a medida que vai sendo puxado para trás, libera o jato de tinta
(cada vez maior, quanto mais para trás se posiciona o gatilho). Nestes
exemplos, a pistola é alimentada pela tinta através da gravidade.
       A técnica (emuita prática) permite dimensionar o jato de tinta para que
se faça desde traços muito finos até fundos mais amplos.




 Fonte: www.aerografia.com
Tintas e bases


       As tintas utilizadas na aerografia são geralmente tintas a óleo, devido o
fato de ser facilmente diluída em materias solventes e diluentes a base
de cloreto de zinco como o thinner, além de misturar-se com outras colorações.
        Muitos artistas do ramo de personalização, utilizam tintas de pintura
automotiva (base poliéster, nitrocelulose, acrílico, e até poliuretano) pela
facilidade de compra, disponibilidade em casas de tintas, variedade de cores e
até mesmo fórmulas prontas em máquinas tintométricas. São realizadas
misturas para se conseguir a cor ideal, a tinta não pode ser muito espessa,
devido o fato de poder não fluir corretamente dentro do aerógrafo.
       Alguns estúdios de aerografia mais
equipados e avançados possuem laboratório
especializados                para                a
experimentação,composição e especialmente
criação de novas cores exclusivas, em especial
após o advento dos pigmentos produzidos por
nanotecnologia (cristais) citando como exemplo
as linhas PPG Liquid Crystal (figura) e Vibrance.
       A base é uma resina incolor ou quase
incolor, ou seja o material da tinta sem o
pigmento,   como o verniz.       Servem      para
preparação da área a ser pintada (primer), e para     PPG Crystal Pearls™ and Liquid
toque final (verniz incolor), dando brilho ao         Crystal™
                                                      Fonte: http://www.tcpglobal.com
trabalho.
       Existem diversos tipos de vernizes para acabamento, entre eles verniz
fosco, verniz emborrachado, verniz cerâmico nanotecnologia aeroespacial,
verniz epóxi, e outros. A maioria dos vernizes de maior resistência química e
mecânica, possui natureza química de dois componentes (verniz + catalisador)
onde após a reação química (cura) a película formada apresenta todos seus
atributos e virtudes.
Pinstriping



       Pinstriping (na língua portuguesa, algo próximo a “tirinhas”) é a aplicação
de tinta ou outro material em finas tiras para decoração, as tiras geralmente
possuem cerca de 1 milímetro de espessura, dando formatos simétricos e
tribalados como resultado final. Quando pintado a mão livre, utilza-se um
equipamento chamado pinstripingbrush, trata-se de um aplicador de tinta em
forma de caneta.
      Usado em conjunto com técnicas de aerografia, o pinstriping é utilzado
em decoração de carros, motocicletas e outras superfícies como geladeiras,
capacetes, etc.




       Fonte: flickrhivemind.net
História do Pinstriping


       Definição de Pinstriping é a capacidade do artista em realizar um filete
de tinta, tão fina quanto possível, similar a um risco deixado por um alfinete.
Estas linhas podem formar figuras definidas com significados ou simplesmente
representar a arte de forma abstrata.

         A história do Pinstripe é tão antiga quanto a nossa história. Há relatos
que o pinstriping iniciou no antigo Egito. Nesta época não havia o
conhecimento de tinturas líquidas, mas havia o conhecimento do processo de
manipulação de ceras de abelhas, que pelas propriedades físico-químicas
ofereciam excelente combinação com os pigmentos naturais, resultando em
boa fixação e persistência do pigmento. As pinturas e os detalhes eram feitos
através da fusão entre a cera e o pigmento, a mistura era aquecida e aplicada
sobre madeira através de um palito com uma ponta muito fina. Este processo
foi utilizado até o império médio ( 2040 – 1640 a.C) na confecção das máscaras
utilizadas nos sarcófagos e na da dinastia XVII (1640 – 1550 a.C) foi utilizada
para pintar e decorar os ataúdes.

        Com a descoberta da tinta de base oleosa, foi necessário desenvolver
um instrumento capaz de “absorver” o produto e promover uma aplicação às
estruturas sem haver escorrimento. Desta forma foi inventado o primeiro pincel,
inicialmente com tecido de linho e posteriormente com a utilização de pelos de
animais, sendo o camelo a melhor opção.

       O pinstripe sempre esteve associado ao desenvolvimento da
humanidade, não como uma técnica específica, mas um complemento aos
diversos processos de pinturas.

      Por volta do século XVI o pinstripe foi muito difundido entre os
construtores de navegações e carruagens. Este processo de personalização
chegou às Américas junto com a colonização e foi desenvolvido até a primeira
década do século XX. Com a popularização do automóvel e a queda nas
vendas das carruagens as personalizações foram esquecidas.

        Durante a segunda guerra mundial, a técnica do pinstripe voltou a ser
utilização na personalização de bombardeiros americanos, no terço final desta
guerra, como uma forma de motivação e competição entre os pilotos
combatentes, e com isso surgiu a técnica de Pinup's. Os Pinup's eram pinturas
de mulheres, normalmente na região frontal das aeronaves, contando o
histórico de cada aeronave, mostrando a quantidade de missões e combates
enfrentados, etc.

       Atualmente, o pinstripe é bastante utilizado em diversos setores da
indústria e nos mais variados ramos da arte em geral, com muito êxito e
demanda em grandes projetosda indústria cinematográfica mundial.
Técnicas de pinstriping


      Basicamente são três as principais técnicas de pinstriping:



Pinstriping mecânico

       Esta é a forma preferida para fazer filetes em grandes superfícies como
caminhões e vans. A grande vantagem é que o filete conseguido é sempre da
mesma espessura e com a mesma densidade de tinta, mesmo enquanto sua
preocupação maior seja a de manter a linha na posição desejada. Um pequeno
equipamento de funcionamento simples e preciso é o que possibilita este
trabalho. Chama-se Beugler (figura)




                        Beugler
                        Fonte: www.google.com



      Tem diferentes pontas de várias larguras, fazendo linhas simples ou
duplas.




              Diversas aplicações do Beugler
              Fonte: www.google.com
Pinstriping com fitas adesivas



      Existem vários tipos de fitas adesivas de diferentes larguras utilizadas
para mascaramento em pintura. As fitas "filetes" (também difíceis de serem
encontradas no Brasil) permitem que se faça o mascaramento das linhas, e
para a aplicação da tinta é necessário um pincel ou uma pistola (que pode ser
o aerógrafo).




    Pinstriping com fita adesiva
    Fonte: www.google.com




Pinstriping à mão livre



       Agora chegamos ao ponto alto
desta técnica. Sua forma mais avançada,
que exige muito treino e seus resultados
incríveis.

       A forma mais fácil para um iniciante
nesta técnica é fazer um esboço do
desenho e depois seguir pintando com o
pincel sobre as linhas de rascunho. Fitas
adesivas também podem ser utilizadas
como guias. Os pincéis disponíveis para
este trabalho são especiais em seu            Prinstripe a mão livre
                                              Fonte: www.google.com
formato e no corte dos pelos. As linhas
produzidas, mesmo quando curvas, são
perfeitas, e dão o contorno ideal.
O Prinstripe no Brasil



       O pinstriping no Brasil, como KustomKulture, praticamente inexiste. As
técnicas desta cultura estão nas mãos de poucos adeptos sendo os mais
conhecidos: Marcelo Lobão em São Paulo, Neimar em Belo Horizonte e
Eduardo "BIG" Bignami em Londrina.

      O movimento Punk, na década de 80, trouxe em evidência a
personalização de cabelos, roupas, tatuagens e na sequência renasceu o
KustomKulture. E logo resurgiram nos EUA os velhos Hots e os "novos" Rats e
por consequência o pinstriping.

       Mas, no Brasil, nem tudo são flores, a falta de leis que regulamentam os
Rats, Hots e Tunning como uma categoria de carros para circulação, impede o
crescimento de mercado para acessórios, peças e dos artesões em construção
de carros e pinstriping. fica limitado aos poucos adeptos destes carros que
após gastarem um dinheirão, na construção e personalização, mal podem
circular com seus sonhos materializados.

        A história mostra que os primeiros pinstripers brasileiros, na verdade
imigrantes europeus, também eram construtores de carruagens e carroças que
utilizavam da técnica de pinstriping para agregar valor ao seu produto.

        Comparativamente aos norte-americanos, perde-se pelo material
utilizado neste trabalho. Nossos pincéis e tintas não são adequados a melhor
prática para o pinstriping.




             Popularmente, o pinstriping é visto nas carrocerias de caminhões pelo Brasil
             Fonte: www.google.com
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  • 1. Aerografia Aerografia (ou airbrush em inglês), é uma técnica de pintura onde se utiliza uma pequena pistola ligada a um compressor de ar para produzir jatos de tinta. Antes da computação gráfica, o aerógrafo era ferramenta fundamental para retoques fotográficos, e logo o instrumento foi relacionado à arte comercial. Com o florescimento da cultura de massa, e principalmente seu auge na publicidade, este equipamento foi introduzido no campo das belas artes. Atualmente existem trabalhos feitos com aerógrafo em todas as galerias do mundo, e seus preços são comparados a trabalhos feitos de forma tradicional, com pincel. Sua aceitação em certos círculos de artistas foi muito lenta, pois era considerada uma arte mecânica. As objeções não se referiam tanto à qualidade alcançada em seus trabalhos, mas a razões mais teóricas. O artista não estabelece contato direto com a superfície de trabalho no ato da pintura. O ar é quem leva a tinta à tela. História da Aerografia A história da aerografia é muito mais antiga do que a maioria das pessoas podem imaginar. As primeiras imagens feitas pelo homem, na pré- história, foram criadas utilizando técnicas de aerografia. Estas imagens podem ser vistas na parede das cavernas LascauxandPeacl-Merle, no sudoeste da França. Acredita-se que tenham pelo menos 35 mil anos e que foram feitas soprando um pigmento (tinta) através da cavidade de um tubo, feito de osso de animais. Um do primeiros exemplos de aerografia ocorreu quando um pigmento foi usado como tinta, a mão, como máscara, um cano feito de osso, o aerógrafo e o pulmão do homem, como o compressor. O inventor do aerógrafo moderno foi o americano Abner Peeler, que em maio de 1878 imaginou ser possível pintar usando um jato de ar passando por um aparelho que aumenta ou diminui o fluxo de tinta sendo jogado na superfície a ser pintada.
  • 2. Três anos depois, em 1881, o Sr. Peeler vendeu sua invenção para o Sr. LibertyWalkup. Pelos direitos mundiais sobre o produto ele recebeu US$ 700,00 (setecentos dólares). Em 25 de abril de 1882, foi feito o registro de patente nos Estados Unidos em nome de LibertyWalkup. Apesar de dizer que também estava trabalhando em um projeto de aerógrafo na mesma época, Walkup nunca teve nenhuma tendência para inventor, ao passo que Peeler continuou criando novos produtos por vários anos, até sua morte. Em 1883, foi fundada a Rockford Air BrushCompany pelo Sr. Walkup para fabricar e promover o primeiro aerógrafo ao público. O principal motivo é que o aerógrafo consegue conferir sentimento à impressão, devido à sua habilidade de pulverizar pontos muito finos e de desenvolver uma imagem sem que a "pincelada" fique marcada. Durante o período compreendido entre 1890/1900, as fotografias artísticas (aquelas que são "retocadas" por pintores), tornara-se tão populares, que a demanda por cores sépias levou os especialistas a usarem o aerógrafo. Desde então, seu uso tem crescido cada vez mais, na mídia e nas artes. Durante os anos 20, 30 e o inicio dos anos 40, o aerógrafo foi utilizado em grande escala, dentro da arte comercial e da ilustração. Nos anos 40 a maioria das escolas técnicas e de arte oferecia o curso de aerografia como parte de seu currículo. O retoque de fotografias já era muito difundido, especialmente em anúncios. Outro campo visual, no qual o aerógrafo foi largamente utilizado, foi o das ilustrações médicas, pelo simples fato do instrumento permitir recriar facilmente a impressão voluptuosa das formas orgânicas. O caminho para a aceitação da técnica da aerografia, como instrumento das artes clássicas, foi preparado por artistas pop como Andy Warhol e Roy Lichtenstein, que, usando de criatividade, fizeram o aerógrafo ser hoje tão respeitado. Apenas em 1960, com o declínio da pop arte o advento do neo-realismo, é que o aerógrafo conseguiu seu lugar de destaque no mundo das artes. Na área publicitária e nas ilustrações técnicas, o mercado para desenhistas que utilizam o aerógrafo como ferramenta de trabalho, é muito concorrido, pois apenas ele é capaz de criar certos efeitos. Isto faz com que os artistas que dominam esta técnica não tenham problemas de encontrar trabalho Ilustrações técnicas encomendadas por empresas importantes fizeram a arte aerográficase tornar famosa em todo o mundo.
  • 3. Com o advento da arte pop, de novas ferramentas e de uma tendência em direção ao realismo, foi muito natural que a aerografia entrasse na moda das artes clássicas. Uma enxurrada de artistas seguiu essa tendência e se firmou num mercado promissor. Nos anos 70, as agências de publicidade encontraram no airbrush a característica do desenho super-realista (quase uma foto) para divulgação de seus produtos no mercado. Deu-se então um "boom" no mundo inteiro. A comunicação visual gritava pelo aerógrafo. Ainda hoje, apesar dos recursos da informática, o airbrush continua em alta nas agências do mundo inteiro. Outras aplicações foram desenvolvidas e, hoje, não conhecemos nada em que não possamos aplicar a técnica do airbrush. É também bastante utilizada por artistas que produzem efeitos especiais em filmes e animações. Iluminando, colorindo e texturizando imagens, as possibilidades para a indústrias cinematográficas são infinitas. Aerógrafo Há muitos milhares de anos os homens pré-históricos assopravam pigmentos corantes através de tubos para decorar as paredes de suas cavernas. Mas não se pode dizer que a pintura feita através de jatos de tinta tenha uma história contínua. No japão já era praticada no século XVII, mas o ocidente teve que esperar até o Fonte: www.aerografia.com século XIX para se utilizar desta técnica.: Neste caso, ao assoprar, produz-se um jato de alta pressão que faz descer a pressão do ar pelo tubo de tinta. A tinta, que se mantém na pressão atmosférica, é absorvida pelo tubo (onde a pressão do ar é mais baixa), e é empurrada para cima, até juntar-se ao jato de ar. O resultado é um jato de tinta amplo e uniforme. Existem vários tipos de aerógrafos, de diferentes marcas mas com o mesmo funcionamento básico. É necessária uma fonte de ar (compressor) ligado ao aerógrafo através de uma mangueira. A pistola é alimentada com ar comprimido e tinta. A tinta é colocada no "copinho" acoplado ao aerógrafo. Este recipiente para tinta é diferente nos vários modelos de aerógrafos, podendo ser removível ou fixo, lateral ou acoplado na parte superior da pistola. A posição dos copos de tinta determina ainda se o aerógrafo é alimentado pela tinta atravéz de sucção, (copo abaixo do bico) ou por gravidade (copo acima do bico).
  • 4. Nas figuras abaixo, observam-se os diferentes caminhos que o ar e a tinta podem percorrer antes de se tornarem um jato único e homogêneo. Quando o ar se mistura à tinta é formado o jato de tinta expelido pelo bico do aparelho como uma névoa que deve ser direcionada à base a ser pintada. Nestas figuras, a pistola é alimentada pela tinta através de sucção. Fonte: www.aerografia.com O Aerógrafo pode ser de ação simples ou de dupla ação: No aerógrafo de ação simples, o gatilho quando apertado libera um jato de tinta de espessura pré-determinada, não permitindo o controle de tamanho do jato. O único movimento possível no gatilho, é apertá-lo para baixo. O tamanho do jato de tinta é pré-determinado pelo fabricante. Já no aerógrafo de dupla-ação, o gatilho possui duas funções distintas: Primeiro, quando apertado para baixo o gatilho abre a válvula que libera a entrada de ar comprimido, e segundo, a medida que se puxa o gatilho para trás (ainda mantendo-o apertado) é acionado o mecanismo que libera a saída da tinta. Nas imagens abaixo, pode-se notar um aerógrafo de dupla ação. O jato de tinta é modificado conforme a posição do gatilho. Pressionado ele libera apenas ar, e a medida que vai sendo puxado para trás, libera o jato de tinta (cada vez maior, quanto mais para trás se posiciona o gatilho). Nestes exemplos, a pistola é alimentada pela tinta através da gravidade. A técnica (emuita prática) permite dimensionar o jato de tinta para que se faça desde traços muito finos até fundos mais amplos. Fonte: www.aerografia.com
  • 5. Tintas e bases As tintas utilizadas na aerografia são geralmente tintas a óleo, devido o fato de ser facilmente diluída em materias solventes e diluentes a base de cloreto de zinco como o thinner, além de misturar-se com outras colorações. Muitos artistas do ramo de personalização, utilizam tintas de pintura automotiva (base poliéster, nitrocelulose, acrílico, e até poliuretano) pela facilidade de compra, disponibilidade em casas de tintas, variedade de cores e até mesmo fórmulas prontas em máquinas tintométricas. São realizadas misturas para se conseguir a cor ideal, a tinta não pode ser muito espessa, devido o fato de poder não fluir corretamente dentro do aerógrafo. Alguns estúdios de aerografia mais equipados e avançados possuem laboratório especializados para a experimentação,composição e especialmente criação de novas cores exclusivas, em especial após o advento dos pigmentos produzidos por nanotecnologia (cristais) citando como exemplo as linhas PPG Liquid Crystal (figura) e Vibrance. A base é uma resina incolor ou quase incolor, ou seja o material da tinta sem o pigmento, como o verniz. Servem para preparação da área a ser pintada (primer), e para PPG Crystal Pearls™ and Liquid toque final (verniz incolor), dando brilho ao Crystal™ Fonte: http://www.tcpglobal.com trabalho. Existem diversos tipos de vernizes para acabamento, entre eles verniz fosco, verniz emborrachado, verniz cerâmico nanotecnologia aeroespacial, verniz epóxi, e outros. A maioria dos vernizes de maior resistência química e mecânica, possui natureza química de dois componentes (verniz + catalisador) onde após a reação química (cura) a película formada apresenta todos seus atributos e virtudes.
  • 6. Pinstriping Pinstriping (na língua portuguesa, algo próximo a “tirinhas”) é a aplicação de tinta ou outro material em finas tiras para decoração, as tiras geralmente possuem cerca de 1 milímetro de espessura, dando formatos simétricos e tribalados como resultado final. Quando pintado a mão livre, utilza-se um equipamento chamado pinstripingbrush, trata-se de um aplicador de tinta em forma de caneta. Usado em conjunto com técnicas de aerografia, o pinstriping é utilzado em decoração de carros, motocicletas e outras superfícies como geladeiras, capacetes, etc. Fonte: flickrhivemind.net
  • 7. História do Pinstriping Definição de Pinstriping é a capacidade do artista em realizar um filete de tinta, tão fina quanto possível, similar a um risco deixado por um alfinete. Estas linhas podem formar figuras definidas com significados ou simplesmente representar a arte de forma abstrata. A história do Pinstripe é tão antiga quanto a nossa história. Há relatos que o pinstriping iniciou no antigo Egito. Nesta época não havia o conhecimento de tinturas líquidas, mas havia o conhecimento do processo de manipulação de ceras de abelhas, que pelas propriedades físico-químicas ofereciam excelente combinação com os pigmentos naturais, resultando em boa fixação e persistência do pigmento. As pinturas e os detalhes eram feitos através da fusão entre a cera e o pigmento, a mistura era aquecida e aplicada sobre madeira através de um palito com uma ponta muito fina. Este processo foi utilizado até o império médio ( 2040 – 1640 a.C) na confecção das máscaras utilizadas nos sarcófagos e na da dinastia XVII (1640 – 1550 a.C) foi utilizada para pintar e decorar os ataúdes. Com a descoberta da tinta de base oleosa, foi necessário desenvolver um instrumento capaz de “absorver” o produto e promover uma aplicação às estruturas sem haver escorrimento. Desta forma foi inventado o primeiro pincel, inicialmente com tecido de linho e posteriormente com a utilização de pelos de animais, sendo o camelo a melhor opção. O pinstripe sempre esteve associado ao desenvolvimento da humanidade, não como uma técnica específica, mas um complemento aos diversos processos de pinturas. Por volta do século XVI o pinstripe foi muito difundido entre os construtores de navegações e carruagens. Este processo de personalização chegou às Américas junto com a colonização e foi desenvolvido até a primeira década do século XX. Com a popularização do automóvel e a queda nas vendas das carruagens as personalizações foram esquecidas. Durante a segunda guerra mundial, a técnica do pinstripe voltou a ser utilização na personalização de bombardeiros americanos, no terço final desta guerra, como uma forma de motivação e competição entre os pilotos combatentes, e com isso surgiu a técnica de Pinup's. Os Pinup's eram pinturas de mulheres, normalmente na região frontal das aeronaves, contando o histórico de cada aeronave, mostrando a quantidade de missões e combates enfrentados, etc. Atualmente, o pinstripe é bastante utilizado em diversos setores da indústria e nos mais variados ramos da arte em geral, com muito êxito e demanda em grandes projetosda indústria cinematográfica mundial.
  • 8. Técnicas de pinstriping Basicamente são três as principais técnicas de pinstriping: Pinstriping mecânico Esta é a forma preferida para fazer filetes em grandes superfícies como caminhões e vans. A grande vantagem é que o filete conseguido é sempre da mesma espessura e com a mesma densidade de tinta, mesmo enquanto sua preocupação maior seja a de manter a linha na posição desejada. Um pequeno equipamento de funcionamento simples e preciso é o que possibilita este trabalho. Chama-se Beugler (figura) Beugler Fonte: www.google.com Tem diferentes pontas de várias larguras, fazendo linhas simples ou duplas. Diversas aplicações do Beugler Fonte: www.google.com
  • 9. Pinstriping com fitas adesivas Existem vários tipos de fitas adesivas de diferentes larguras utilizadas para mascaramento em pintura. As fitas "filetes" (também difíceis de serem encontradas no Brasil) permitem que se faça o mascaramento das linhas, e para a aplicação da tinta é necessário um pincel ou uma pistola (que pode ser o aerógrafo). Pinstriping com fita adesiva Fonte: www.google.com Pinstriping à mão livre Agora chegamos ao ponto alto desta técnica. Sua forma mais avançada, que exige muito treino e seus resultados incríveis. A forma mais fácil para um iniciante nesta técnica é fazer um esboço do desenho e depois seguir pintando com o pincel sobre as linhas de rascunho. Fitas adesivas também podem ser utilizadas como guias. Os pincéis disponíveis para este trabalho são especiais em seu Prinstripe a mão livre Fonte: www.google.com formato e no corte dos pelos. As linhas produzidas, mesmo quando curvas, são perfeitas, e dão o contorno ideal.
  • 10. O Prinstripe no Brasil O pinstriping no Brasil, como KustomKulture, praticamente inexiste. As técnicas desta cultura estão nas mãos de poucos adeptos sendo os mais conhecidos: Marcelo Lobão em São Paulo, Neimar em Belo Horizonte e Eduardo "BIG" Bignami em Londrina. O movimento Punk, na década de 80, trouxe em evidência a personalização de cabelos, roupas, tatuagens e na sequência renasceu o KustomKulture. E logo resurgiram nos EUA os velhos Hots e os "novos" Rats e por consequência o pinstriping. Mas, no Brasil, nem tudo são flores, a falta de leis que regulamentam os Rats, Hots e Tunning como uma categoria de carros para circulação, impede o crescimento de mercado para acessórios, peças e dos artesões em construção de carros e pinstriping. fica limitado aos poucos adeptos destes carros que após gastarem um dinheirão, na construção e personalização, mal podem circular com seus sonhos materializados. A história mostra que os primeiros pinstripers brasileiros, na verdade imigrantes europeus, também eram construtores de carruagens e carroças que utilizavam da técnica de pinstriping para agregar valor ao seu produto. Comparativamente aos norte-americanos, perde-se pelo material utilizado neste trabalho. Nossos pincéis e tintas não são adequados a melhor prática para o pinstriping. Popularmente, o pinstriping é visto nas carrocerias de caminhões pelo Brasil Fonte: www.google.com