O poema descreve uma jornada de autodescobrimento e busca interior. O eu lírico para diante de seus ideais e se vê diante de um longo caminho difícil. Após refletir sobre seu passado, mergulha em si mesmo em busca de sentido, percebendo seu vazio. No fim, desperta para a jornada contínua de se conhecer e viver.

1. Busca
Busca

2. Num repente estanquei
E me vi diante dos ideais
que me levavam a lutar.
que me levavam a lutar.

3. Na minha frente se erguia
um caminho longo e difícil.
um caminho longo e dif cil.
í

4. Atrás era simplesmente passado.
Atr s era simplesmente passado.
á

5. Olhei para os lados,
ninguém me via.
ningu m me via.
é

6. Sem respostas para às minhas dúvidas
à
s minhas d
ú
lancei­me numa caminhada
lancei
­
desesperada em busca de mim.
desesperada em busca de mim.

7. Tudo parecia negro
e penetrei nas minhas entranhas,
fui ao fundo do meu ser.

8. Meu passado eternizado em lembranças,
Meu passado eternizado em lembran
ç
meus antigos sonhos,
meus primeiros vôos.
meus primeiros vôos.

9. Vitórias jamais esquecidas
Vit
ó
e largadas num canto qualquer.
e largadas num canto qualquer.

10. Quando me pus frente ao meu presente,
nu e cru,
percebi meu vazio,
minha derrota diante de mim.
minha derrota diante de mim.

11. Deixei meus sonhos,
não arriscava voar,
fechava os olhos diante da vida.
fechava os olhos diante da vida.

12. De repente despertei.
De repente despertei.

13. O caminho é longo,
nem sempre solitário.
nem sempre solit rio.
á

14. Preciso fazer algo por mim,
e não sei nada do mundo,
e só me resta cantar,
e s
olhar as estrelas e esperar
o dia chegar.
o dia chegar.

15. Lutar, desesperadamente lutar,
cegamente buscar
um sentido neste caminho
chamado viver.
chamado viver.

17. Pesquisa: Uma Busca...
Coragem de nos lançarmos numa
lan ç
jornada desconhecida, até porque são
at
muitos os atalhos possíveis de serem
poss
í
percorridos. Deixemos nos levar pelos
movimentos caóticos, de ordem e
ca
ó
desordem: Há toda uma tentativa de
H
subversão. Ousemos enfrentar o
desconhecido que pensamos conhecer,
exercitando um sentimento de mundo
e vendo através de nosso corpo.
e vendo atrav s de nosso corpo.
é

18. Pesquisa: Uma Busca...
Não conter a revolta manifesta no
cotidiano mas partilhar dela, integrando
redes de relações que aparecem e
rela
ç
desaparecem nos tempos e espaços espa
ç
subjetivos. Correr riscos de cair em
superficialidades e obviedades. Tornar o
texto um romance sem paixão.
texto um romance sem paixão.

19. Pesquisa: Uma Busca...
Inúmeros mergulhos, mortes e
In ú
ressurreições. Caças não autorizadas.
ressurrei ç Ca ç
Vindas e idas. Vivências corporais do
que é efêmero. Assumir que nossos
objetivos de estudo são tão somente
criações subjetivas. Necessidades e
cria
ç
desejos pessoais não existem fora de
nós mas junto a nós. Somos parte do
n
ó n
ó
próprio tema estudado, com tudo que
pr ó
ele tem de bom e de ruim.
ele tem de bom e de ruim.

20. REFERÊNCIAS
Poesia: MARCZAK, Claúdia. Busca . Disponível em:
Cla dia Busca Dispon
ú í
<http://www.insite.com.br/art/marczak/67.html>. Acesso
<
http://www.insite.com.br/art/marczak/67.html
em: 30 nov. 2006.
Música: NASCIMENTO, Milton. Eu, ca ç ador de mim .
M
ú Eu, ca ador de mim
ç
Livro: FERRAÇO, Carlos Eduardo. Ensaio de uma
FERRA Ç
metodologia efêmera : ou sobre as várias maneiras de se
metodologia efêmera : ou sobre as v á
sentir e inventar o cotidiano escolar. In: OLIVEIRA, Inês
Barbosa de (Org); ALVES, Nilda (Org) et al. Pesquisa no/do
cotidiano das escolas: sobre redes de saberes. 2. ed. Rio de
Janeiro: DP&A Editora, 2002. 168 p. (Coleção Metodologia
(Cole ç
e Pesquisa do Cotidiano). ISBN 85­7490­147­4.
e Pesquisa do Cotidiano). ISBN 85 7490 147 4.
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