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Visualização e tons de imagem
Antes de dar os primeiros passos para fotografar, o fotógrafo pode usar de um
processo chamado “visualização”. Este é um processo consciente onde a
imagem final é projetada mentalmente antes de ser tirada de fato. Seja por
visualização consciente ou outro método intuitivo, todo fotógrafo vê a fotografia
final de algum modo antes de completá-la. É muito útil observar a fotografia de
um objeto ao lado do próprio objeto. A mais mais fácil de fazer isso é fotografá-
lo com filme Polaroid Land preto-e-branco, pois nesse método há pouco
espaço de tempo entre a visualização e a cópia fotográfica. Em segundo lugar,
é recomendado o uso de um filtro de observação. O filtro não neutraliza
completamente as cores, mas minimiza seu significado visual, especialmente
no que diz respeito às cores de baixa saturação, como a maior parte das cores
da natureza.
Luz e Filme
A luz é o tipo de radiação eletromagnética à qual o olho humano é sensível.
Essa radiação pode ser considerada um espectro contínuo que inclui, além da
luz, ondas de rádio, de radar, raios X, raios gama e outras formas de energia
radiante. Quando a luz atinge uma superfície, ela pode ser transmitida,
absorvida ou refletida. Na maior parte das fotografias registramos a luz refletida
do objeto e não aquela que incide sobre ele. O fotômetro de luz incidente omite
totalmente a medição da luz refletida que forma a imagem no filme, e portanto,
limita a oportunidade de avaliar áreas específicas do objeto e aplicar métodos
de controle para chegar à imagem criativa visualizada.
A luz branca é composta por uma combinação de todas as cores do espectro,
embora nossos olhos possam perceber misturas muito diferentes como
brancas.
A fotografia depende basicamente da redução química do metal prata a partir
do haletos de prata que são expostos à luz. Na exposição, a luz produz uma
imagem latente invisível, composta dos cristais que vão formar a imagem de
prata depois de revelados, mas que ainda não passaram por nenhuma
mudança visível. Na revelação, porções do filme expostas a grande quantidade
de luz produzem um considerável depósito de prata reduzida, conhecido como
densidade mais alta; as áreas do filme expostas a menos luz produzem menos
prata, ou tem menos densidade. Assim, a imagem no filme é negativa, e as
áreas escuras correspondem às áreas brilhantes do objeto.
Como filmes fotográficos se deterioram com o tempo, as condições de
armazenamento são extremamente importantes. O filme virgem é vendido em
embalagens que o protegem contra a umidade. A temperatura também é
importante: o filme nunca deve estar exposto em altas temperaturas, sendo no
máximo de 22ºC. Outro fator que determina a deterioração dos filmes são as
substancias químicas ativas no meio ambiente, como certos plásticos, laca,
tintas e gases.
Exposição
Podemos expor uniformemente um filme com intensidade de luz relativamente
alta por um curto período, ou com luz menos intensa por um período mais
longo. A exposição, portanto, é um campo de diferentes exposições no filme:
uma área escura do objeto expõe menos a área do filme que a registra do que
uma área clara. Podemos medir a luz que reflete, utilizando um fotômetro. Um
fotômetro de luz refletida lê cerca de 30º da área do objeto. Se apontado na
direção do objeto, ele fará a leitura média de todas as luminâncias dentro
desse campo, mas é frequente essa leitura não ser a ideal para um negativo de
qualidade superior. O fotômetro não tem como saber para que tipo de objeto foi
apontado ou qual é sua proporção de áreas escuras e claras. Ele é calibrado
na suposição de que o objeto seja médio. Um objeto onde as áreas escuras e
claras não estejam equilibradas leva a uma exposição incerta. Podemos
melhorar a precisão da exposição fazendo a leitura de um tom médio da cena,
utilizando o cartão cinza padrão da Kodak a 18%. Uma exposição cuidadosa
evitará super e sub exposição, sendo a subexposição a mais perigosa, visto
que as áreas escuras podem não ser registradas no filme e que não há técnica
de revelação que reproduza detalhes inexistentes no negativo.
O Fator K
Dá uma porcentagem maior de imagens aceitáveis sob condições médias em
comparação a um fotômetro calibrado exatamente para uma refletância de
18%. Isto é, ao medir uma superfície cinza-médio e realizarmos a exposição
conforme o indicado, o resultado não será exatamente cinza-médio.
Quando o fotômetro é segurado ao lado da objetiva e apontado ao longo do
seu eixo para o objeto, a leitura média resultante tem de ser aumentada em
cerca de 85% dos casos para se conseguir a densidade de sombra desejada.
Os fabricantes supõem que a maioria dos fotômetros é usada para tirar a
média da iluminação dos objetos e levam esse efeito em consideração usando
o Fator K. Esse fator equivale a aumentar a exposição em um terço de ponto.
O uso inteligente do fotômetro, porém, elimina a necessidade de artifícios como
o Fator K.
O Sistema de Zonas
Permite relacionar várias luminâncias de um objeto com os cinza, o branco e o
preto que visualizamos.
O cinza médio de uma cópia equivalente ao cartão cinza a 18% de refletância é
denominado Tom V. O termo "zona" é utilizado para se referir à escala de
exposição e "tom" para os outros conceitos, como os valores de luminâncias,
as densidades do negativo e os tons da cópia. Portanto, o ponto médio em uma
escala de exposição é a Zona V e os tons do negativo e da cópia o Tom V.
Para determinar o restante da escala, definimos que a variação de um ponto na
exposição equivale à variação de uma zona na escala de exposição, e o cinza
resultante na cópia será considerado um tom mais alto ou mais baixo na escala
da cópia. Reduções posteriores a intervalos de um ponto resultam em
exposições pelas Zonas III, II, I e O, que correspondem a tons de cópia III, II, I
e 0, mais escuros. Do mesmo modo, se aumentarmos a exposição em um
ponto de cada vez a partir da Zona V, teremos Zonas VI, VII, VIII, IX e X. Do
zero ao X, iremos do preto total ao branco puro; do I ao IX, temos uma escala
dinâmica; e do II ao VIII temos uma escala de textura.
Zona 0 - I - II - III - IV - V - VI - VII - VIII - IX - X
Exposição pelo sistema de zonas
O ajuste inicial é feito com base na área mais escura do objeto em cuja
imagem queremos preservar os detalhes. Para uma área escura da qual se
deseja o mínimo de textura, a Zona II pode ser a escolha lógica. No entanto,
podemos decidir se queremos detalhes adicionais da Zona III. Decidido o
ajuste das baixas-luzes, devemos medir as outras luminâncias importantes do
objeto e ver onde elas caem na escala de exposição.
A maioria dos fotômetros modernos possui uma escala arbitrária de números
para representar as luminâncias, na qual cada intervalo de um equivale ao
dobro ou à metade da luminância, ou seja, à variação de um ponto na
exposição. O número indicado pelo fotômetro é transferido para um disco de
conversão no próprio fotômetro, o qual, levando em consideração a velocidade
do filme, relaciona os números da escala aos ajustes de exposição em termos
de números f e à velocidade do obturador.
Sensitometria
Ciência que estabelece a relação entre exposição e densidade na fotografia. O
que nos interessa é saber quanto um negativo é denso, portanto, o importante
é a quantidade de luz absorvida. Convertemos a transmissão em opacidade e a
densidade é definida como um logaritimo. As densidades são medidas pelo
densitômetro, um instrumento calibrado para fazer essa medição em um
negativo ou em uma cópia.
Filtros e pré-exposição
São meios adicionais de controlar os tons do negativo no momento da
exposição. O filtro é em geral uma gelatina ou um vidro de alta qualidade, que
contém tintas ou compostos para limitar a transmissão de várias cores da luz.
Seus efeitos são determinados pela cor da luz incidente. Por isso, diante de um
céu azul, por exemplo, um filtro azul suavizará as sombras, e um filtro que
absorva o azul (amarelo, laranja ou vermelho) as escurecerá.
Já a pré-exposição consiste em dar ao negativo uma primeira exposição sob
iluminação uniforme, alinhada com uma determinada zona baixa, antes da
exposição normal do objeto. Serve para trazer todo o negativo para o ponto
inicial de exposição ou um pouco acima, de modo que ele fique sensibilizado a
níveis muito baixos de exposição adicional. Assim, ele conservará os detalhes
nas sombras profundas.
Fotografia com luz natural
Quanto mais claro o dia, mais intensa a luz do sol e menos intensa a luz do
céu, portanto, maior a diferença entre as áreas iluminadas e as áreas de
sombra. As formas, volumes, texturas e cores que se podem obter com
qualquer objeto ou cena sob luz natural devem ser totalmente aproveitados. A
qualidade da luz do sol também é reconhecida pela nitidez das altas-luzes.
Uma fonte de luz ampla produz altas-luzes suaves, e uma fonte de luz pontual
produz altas-luzes nítidas.
Fotografia com Filtro Infravermelho
Em mãos criativas, o infravermelho é capaz de produzir imagens magnificas,
mas é preciso evitar áreas de céu e água amplas demais, pois vão ficar
invariavelmente escuras na cópia. Fotômetros comuns não podem ser
utilizados com filme infravermelho; as exposições recomendadas pelo
fabricante são úteis como ponto de partida. A maior parte das objetivas exige
que se aumente ligeiramente a distância entre o filme e a lente, para corrigir o
foco.
Fotografia com Luz Artificial
O uso da luz artificial pode ser entendido como um processo de síntese, onde
somos livres para controlar a quantidade e a natureza da luz e direcioná-la da
maneira que acharmos melhor para alcançar o efeito desejado.
No estúdio, um polarizador sobre a lente pode ser usado em conjunto com
fontes de luz polarizada para eliminar clarões.
Lâmpadas de flash e unidades eletrônicas de flash fornecem "luz sob medida",
em tamanhos que variam de unidades pequenas portáteis até grandes
sistemas de flash. A maneira mais comum de determinar a exposição com flash
é usar o número-guia, que incorpora a intensidade do flash com refletor e a
velocidade do filme.
Os procedimentos no laboratório
O revelador precisa ser escolhido com cuidado, pois tem efeitos em fatores
como o tamanho e a aparência do grão, a separação de tons ou perda de
detalhe, progressao suave de tonalidade e acutância. O tipo de luz do
ampliador também deve ser levado em consideração. As fontes de luz do
condensador e as pontuais acentuam a nitidez e o contraste, ao passo que as
fontes difusas proporcionam tons mais suaves e separação melhor das altas-
luzes.
É fundamental manter o laboratório limpo, e a construção deve ser planejada
de modo que todas as superficies sejam laváveis e impermeáveis. É essencial
ter tanques de lavagem ou lavadoras, termômetro, balança e timers.
Tempo e temperatura de revelação
Todos os processos quimicos sao sensiveis à temperatura em alguma medida.
Na maioria dos processos em preto-e-branco, a temperatura padrão é a de
20ºC. Todas as temperaturas devem ser observadas com um termômetro de
precisão. Em temperaturas abaixo de 16ºC, o processo de lavagem torna-se
mais lento e sua eficiência é incerta.
A quantidade de agitação também deve ser cuidadosamente controlada, já que
é importante manter um sistema uniforme. É sugerido que o filme seja agitado
continuamente por 30 segundos, depois por 5 segundos a cada minuto.
Depois, na mesma sequência descrita, agitadas por 30 segundos no
interruptor, e novamente, por 30 segundos no fixador. Após, agite a cada
minuto por cerca de 4 ou 5 minutos. Após a fixação, o filme pode ser
enxaguado e transferido para o tanque da lavagem.
Os reveladores patenteados disponiveis atualmente satisfazem as
necessidades da fotografia em geral, mas existem certos agentes e fórmulas
de revelaçao especiais para outras situações.

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  • 1. Visualização e tons de imagem Antes de dar os primeiros passos para fotografar, o fotógrafo pode usar de um processo chamado “visualização”. Este é um processo consciente onde a imagem final é projetada mentalmente antes de ser tirada de fato. Seja por visualização consciente ou outro método intuitivo, todo fotógrafo vê a fotografia final de algum modo antes de completá-la. É muito útil observar a fotografia de um objeto ao lado do próprio objeto. A mais mais fácil de fazer isso é fotografá- lo com filme Polaroid Land preto-e-branco, pois nesse método há pouco espaço de tempo entre a visualização e a cópia fotográfica. Em segundo lugar, é recomendado o uso de um filtro de observação. O filtro não neutraliza completamente as cores, mas minimiza seu significado visual, especialmente no que diz respeito às cores de baixa saturação, como a maior parte das cores da natureza. Luz e Filme A luz é o tipo de radiação eletromagnética à qual o olho humano é sensível. Essa radiação pode ser considerada um espectro contínuo que inclui, além da luz, ondas de rádio, de radar, raios X, raios gama e outras formas de energia radiante. Quando a luz atinge uma superfície, ela pode ser transmitida, absorvida ou refletida. Na maior parte das fotografias registramos a luz refletida do objeto e não aquela que incide sobre ele. O fotômetro de luz incidente omite totalmente a medição da luz refletida que forma a imagem no filme, e portanto, limita a oportunidade de avaliar áreas específicas do objeto e aplicar métodos de controle para chegar à imagem criativa visualizada. A luz branca é composta por uma combinação de todas as cores do espectro, embora nossos olhos possam perceber misturas muito diferentes como brancas. A fotografia depende basicamente da redução química do metal prata a partir do haletos de prata que são expostos à luz. Na exposição, a luz produz uma imagem latente invisível, composta dos cristais que vão formar a imagem de prata depois de revelados, mas que ainda não passaram por nenhuma mudança visível. Na revelação, porções do filme expostas a grande quantidade de luz produzem um considerável depósito de prata reduzida, conhecido como densidade mais alta; as áreas do filme expostas a menos luz produzem menos prata, ou tem menos densidade. Assim, a imagem no filme é negativa, e as áreas escuras correspondem às áreas brilhantes do objeto. Como filmes fotográficos se deterioram com o tempo, as condições de armazenamento são extremamente importantes. O filme virgem é vendido em embalagens que o protegem contra a umidade. A temperatura também é importante: o filme nunca deve estar exposto em altas temperaturas, sendo no máximo de 22ºC. Outro fator que determina a deterioração dos filmes são as substancias químicas ativas no meio ambiente, como certos plásticos, laca,
  • 2. tintas e gases. Exposição Podemos expor uniformemente um filme com intensidade de luz relativamente alta por um curto período, ou com luz menos intensa por um período mais longo. A exposição, portanto, é um campo de diferentes exposições no filme: uma área escura do objeto expõe menos a área do filme que a registra do que uma área clara. Podemos medir a luz que reflete, utilizando um fotômetro. Um fotômetro de luz refletida lê cerca de 30º da área do objeto. Se apontado na direção do objeto, ele fará a leitura média de todas as luminâncias dentro desse campo, mas é frequente essa leitura não ser a ideal para um negativo de qualidade superior. O fotômetro não tem como saber para que tipo de objeto foi apontado ou qual é sua proporção de áreas escuras e claras. Ele é calibrado na suposição de que o objeto seja médio. Um objeto onde as áreas escuras e claras não estejam equilibradas leva a uma exposição incerta. Podemos melhorar a precisão da exposição fazendo a leitura de um tom médio da cena, utilizando o cartão cinza padrão da Kodak a 18%. Uma exposição cuidadosa evitará super e sub exposição, sendo a subexposição a mais perigosa, visto que as áreas escuras podem não ser registradas no filme e que não há técnica de revelação que reproduza detalhes inexistentes no negativo. O Fator K Dá uma porcentagem maior de imagens aceitáveis sob condições médias em comparação a um fotômetro calibrado exatamente para uma refletância de 18%. Isto é, ao medir uma superfície cinza-médio e realizarmos a exposição conforme o indicado, o resultado não será exatamente cinza-médio. Quando o fotômetro é segurado ao lado da objetiva e apontado ao longo do seu eixo para o objeto, a leitura média resultante tem de ser aumentada em cerca de 85% dos casos para se conseguir a densidade de sombra desejada. Os fabricantes supõem que a maioria dos fotômetros é usada para tirar a média da iluminação dos objetos e levam esse efeito em consideração usando o Fator K. Esse fator equivale a aumentar a exposição em um terço de ponto. O uso inteligente do fotômetro, porém, elimina a necessidade de artifícios como o Fator K. O Sistema de Zonas Permite relacionar várias luminâncias de um objeto com os cinza, o branco e o preto que visualizamos. O cinza médio de uma cópia equivalente ao cartão cinza a 18% de refletância é denominado Tom V. O termo "zona" é utilizado para se referir à escala de exposição e "tom" para os outros conceitos, como os valores de luminâncias, as densidades do negativo e os tons da cópia. Portanto, o ponto médio em uma
  • 3. escala de exposição é a Zona V e os tons do negativo e da cópia o Tom V. Para determinar o restante da escala, definimos que a variação de um ponto na exposição equivale à variação de uma zona na escala de exposição, e o cinza resultante na cópia será considerado um tom mais alto ou mais baixo na escala da cópia. Reduções posteriores a intervalos de um ponto resultam em exposições pelas Zonas III, II, I e O, que correspondem a tons de cópia III, II, I e 0, mais escuros. Do mesmo modo, se aumentarmos a exposição em um ponto de cada vez a partir da Zona V, teremos Zonas VI, VII, VIII, IX e X. Do zero ao X, iremos do preto total ao branco puro; do I ao IX, temos uma escala dinâmica; e do II ao VIII temos uma escala de textura. Zona 0 - I - II - III - IV - V - VI - VII - VIII - IX - X Exposição pelo sistema de zonas O ajuste inicial é feito com base na área mais escura do objeto em cuja imagem queremos preservar os detalhes. Para uma área escura da qual se deseja o mínimo de textura, a Zona II pode ser a escolha lógica. No entanto, podemos decidir se queremos detalhes adicionais da Zona III. Decidido o ajuste das baixas-luzes, devemos medir as outras luminâncias importantes do objeto e ver onde elas caem na escala de exposição. A maioria dos fotômetros modernos possui uma escala arbitrária de números para representar as luminâncias, na qual cada intervalo de um equivale ao dobro ou à metade da luminância, ou seja, à variação de um ponto na exposição. O número indicado pelo fotômetro é transferido para um disco de conversão no próprio fotômetro, o qual, levando em consideração a velocidade do filme, relaciona os números da escala aos ajustes de exposição em termos de números f e à velocidade do obturador. Sensitometria Ciência que estabelece a relação entre exposição e densidade na fotografia. O que nos interessa é saber quanto um negativo é denso, portanto, o importante é a quantidade de luz absorvida. Convertemos a transmissão em opacidade e a densidade é definida como um logaritimo. As densidades são medidas pelo densitômetro, um instrumento calibrado para fazer essa medição em um negativo ou em uma cópia. Filtros e pré-exposição São meios adicionais de controlar os tons do negativo no momento da exposição. O filtro é em geral uma gelatina ou um vidro de alta qualidade, que contém tintas ou compostos para limitar a transmissão de várias cores da luz. Seus efeitos são determinados pela cor da luz incidente. Por isso, diante de um céu azul, por exemplo, um filtro azul suavizará as sombras, e um filtro que absorva o azul (amarelo, laranja ou vermelho) as escurecerá.
  • 4. Já a pré-exposição consiste em dar ao negativo uma primeira exposição sob iluminação uniforme, alinhada com uma determinada zona baixa, antes da exposição normal do objeto. Serve para trazer todo o negativo para o ponto inicial de exposição ou um pouco acima, de modo que ele fique sensibilizado a níveis muito baixos de exposição adicional. Assim, ele conservará os detalhes nas sombras profundas. Fotografia com luz natural Quanto mais claro o dia, mais intensa a luz do sol e menos intensa a luz do céu, portanto, maior a diferença entre as áreas iluminadas e as áreas de sombra. As formas, volumes, texturas e cores que se podem obter com qualquer objeto ou cena sob luz natural devem ser totalmente aproveitados. A qualidade da luz do sol também é reconhecida pela nitidez das altas-luzes. Uma fonte de luz ampla produz altas-luzes suaves, e uma fonte de luz pontual produz altas-luzes nítidas. Fotografia com Filtro Infravermelho Em mãos criativas, o infravermelho é capaz de produzir imagens magnificas, mas é preciso evitar áreas de céu e água amplas demais, pois vão ficar invariavelmente escuras na cópia. Fotômetros comuns não podem ser utilizados com filme infravermelho; as exposições recomendadas pelo fabricante são úteis como ponto de partida. A maior parte das objetivas exige que se aumente ligeiramente a distância entre o filme e a lente, para corrigir o foco. Fotografia com Luz Artificial O uso da luz artificial pode ser entendido como um processo de síntese, onde somos livres para controlar a quantidade e a natureza da luz e direcioná-la da maneira que acharmos melhor para alcançar o efeito desejado. No estúdio, um polarizador sobre a lente pode ser usado em conjunto com fontes de luz polarizada para eliminar clarões. Lâmpadas de flash e unidades eletrônicas de flash fornecem "luz sob medida", em tamanhos que variam de unidades pequenas portáteis até grandes sistemas de flash. A maneira mais comum de determinar a exposição com flash é usar o número-guia, que incorpora a intensidade do flash com refletor e a velocidade do filme. Os procedimentos no laboratório O revelador precisa ser escolhido com cuidado, pois tem efeitos em fatores como o tamanho e a aparência do grão, a separação de tons ou perda de detalhe, progressao suave de tonalidade e acutância. O tipo de luz do ampliador também deve ser levado em consideração. As fontes de luz do condensador e as pontuais acentuam a nitidez e o contraste, ao passo que as
  • 5. fontes difusas proporcionam tons mais suaves e separação melhor das altas- luzes. É fundamental manter o laboratório limpo, e a construção deve ser planejada de modo que todas as superficies sejam laváveis e impermeáveis. É essencial ter tanques de lavagem ou lavadoras, termômetro, balança e timers. Tempo e temperatura de revelação Todos os processos quimicos sao sensiveis à temperatura em alguma medida. Na maioria dos processos em preto-e-branco, a temperatura padrão é a de 20ºC. Todas as temperaturas devem ser observadas com um termômetro de precisão. Em temperaturas abaixo de 16ºC, o processo de lavagem torna-se mais lento e sua eficiência é incerta. A quantidade de agitação também deve ser cuidadosamente controlada, já que é importante manter um sistema uniforme. É sugerido que o filme seja agitado continuamente por 30 segundos, depois por 5 segundos a cada minuto. Depois, na mesma sequência descrita, agitadas por 30 segundos no interruptor, e novamente, por 30 segundos no fixador. Após, agite a cada minuto por cerca de 4 ou 5 minutos. Após a fixação, o filme pode ser enxaguado e transferido para o tanque da lavagem. Os reveladores patenteados disponiveis atualmente satisfazem as necessidades da fotografia em geral, mas existem certos agentes e fórmulas de revelaçao especiais para outras situações.