2. Revolução Francesa - O Início
Em 1789, a França atravessava uma grave crise econômica, cujo efeitos
recaiam sobre o povo.
Nessa época, a sociedade francesa estava dividida em três ordens ou
estados:
O primeiro estado constituído pelo clero, proprietário de 10% das terras da
França, não pagavam impostos . O baixo clero, porem, vivia na miséria.
O segundo estado era formado pela nobreza, proprietária de mais de 20%
das terras do pais. Gozava de amplos privilégios, inclusive de não pagar
impostos.
O Terceiro estado era formado pelos burgueses, trabalhadores urbanos e
camponeses, estes últimos representado 80% da população. Viviam na
miséria e, muitas vezes a sua situação era agravada por secas, enchentes e
más colheitas.
A burguesia estava descontente. Reivindicava a redução de taxas que
provocavam o encarecimento de seus produtos .
O rei convocou os estados gerais a uma assembleia formada pelos
representantes dos três estados.
3. Assembléia dos Estados Gerais
A Assembleia dos Estados Gerais reuniu-se no palácio de Versalhes .
Eles entraram em conflito , enquanto o primeiro e o segundo estado
defendiam o voto por ordem social , o terceiro estado reivindicava o
voto por cabeça.
O terceiro estado se retirou e formou a assembleia nacional
constituinte e se iniciou a Revolução Francesa.
Em 13 de julho, o povo tomou as ruas de Paris e foi a Queda da
Bastilha o marco histórico da Revolução Francesa.
Foi formado a assembléia Nacional Constituinte e os membros
republicanos acusaram o Rei Luís. O rei foi deposto e a assembleia
elegeu a convenção nacional, no dia 22 de setembro foi proclamada a
República.
4. Convenção Nacional
Após a proclamação da república os revolucionários se dividiram em:
Girondinos: Majoritário, representava a alta burguesia
Jacobinos: Liderado por Robespierre, representava a média e baixa
burguesia.
Planície: Também representava a alta burguesia.
Nesse tempo, a frança passou por uma série de crises e nesse
ambiente se instalou o período do terror chefiado por Robespierre.
Em 1794 Robespierre foi guilhotinado e os girondinos voltaram ao
poder e instalaram o diretório.
5. O Diretório e o Golpe do 18 de
Brumário
O poder executivo foi dado a cinco diretores escolhidos por uma
assembléia com voto censitário.
No dia 18 de brumário (9 de novembro) Napoleão Bonaparte foi
chamado a França e deu um golpe de estado , tomando o poder e
instalando o Consulado, esse fato foi conhecido como o golpe do 18
de brumário. A revolução francesa chegava ao fim.
7. Governo Napoleônico
Em 1799, o Diretório convocou Napoleão Bonaparte para participar
do governo. No dia 9 de novembro desse mesmo ano, com o golpe do
18 de Brumário, foi elaborada nova Constituição, que instaurava o
Consulado como forma de governo, inaugurando a era napoleônica.
A chamada Era Napoleônica envolveu dois períodos:
● Consulado (1799-1804): Caracterizado pela recuperação econômica
da FRANÇA e também pela estabilização do poder político.
● Império (1804-1815): Napoleão Bonaparte desenvolveu sua corrida
imperialista e dominou grande parte da Europa.
8. O Consulado
No consulado o poder executivo era exercido por três cônsules, e o
legislativo ficava a cargo das assembléias. Napoleão era o primeiro
cônsul e tinha em suas mãos amplos poderes.
Napoleão promoveu a reforma do direito, elaborando o código civil
napoleônico, o que consolidou as conquistas da burguesia ocorridas
durante a revolução francesa, tais como a laicização do estado, a
igualdade entre todos perante a lei, a propriedade privada, a liberdade
econômica, a proibição das greves e da organização sindical e o
restabelecimento da escravidão nas colônias.
Com o apoio da burguesia, em 1802, Napoleão fez um plebiscito e
tornou-se cônsul vitalício.
9. O Império
Em 1804, Napoleão fez realizar novo plebiscito, no qual 60% dos
votantes confirmaram a instituição do regime político monárquico, e
ele tornou-se imperador da França.
No plano interno, ocorreu o incentivo a agricultura e a indústria. No
plano externo, Napoleão disputou com a Inglaterra a hegemonia
política e econômica da Europa. Em 1805, enfrentou a terceira
coligação contra a França, formada pela Inglaterra, pela Áustria e pela
Rússia.
Para derrotar a Inglaterra, em 1806, Napoleão promulgou o
Decreto de Berlim, fechando todos os portos europeus aos navios e
às mercadorias que vinham da Inglaterra, ato conhecido como
Bloqueio Continental. Os países que não aderiram ao bloqueio
sofreram intervenção de Bonaparte.
Napoleão dominava praticamente toda a Europa, com exceção da
Inglaterra. Tornou-se senhor absoluto da política europeia.
10. O fim do Império Napoleônico
Em 1812, Napoleão empreendeu a Campanha da Rússia, mobilizando um
exército de quase 600 mil homens para invadir esse país. A desastrosa
Campanha da Rússia estimulou os países europeus a se rebelar contra a
dominação francesa. Formou-se uma nova coligação contra a França,
constituída por Áustria, Prússia, Rússia e Inglaterra.
Em 1813 em Leipzig, Napoleão foi derrotado. Assinou o Tratado de
Fontainebleau, abdicando do trono francês, Luís XVIII, da dinastia. Bourbon
foi convidado a retomar o poder. Napoleão recebeu a soberania da ilha de
Elba, no Mediterrâneo, mas não foi muito longo no seu exilio. Em fevereiro de
1815 consegui fugir da ilha, foi para Paris e retomou o poder, sendo
novamente aclamado o Imperador. O rei Luís XVIII, fugiu para a Bélgica.
Napoleão realizou o Governo dos Cem Dias. Foi definitivamente derrotado
pelo Duque de Wellington, na Batalha de Waterloo, na Bélgica. Aprisionado foi
deportado para a ilha de Santa Helena, onde faleceu em 1821.
Com a derrota definitiva de Napoleão, a monarquia absolutista foi
restaurada na França, sob o governo de Luís XVIII.