1. A VARIÁVEL FECUNDIDADE
COMO COMPONENTE DOS ESTUDOS
DEMOGRÁFICOS
A expressão fecundidade ,segundo
Elza S. Berquó, no capitulo 3 do
Livro Dinâmica da População: Teoria,
métodos e técnicas de análise, de
autoria da Jair L.F. Santos et all, diz
ser expressão usada para designar o
desempenho reprodutivo efetivo de
uma mulher ou de um grupo de
mulheres que já completaram o
período reprodutivo.
3. Período reprodutivo compreendido entre
os 15 e 49 anos de Idade. Variando em
alguns casos de mulher para mulher.
Assim explica a autora:
“...se um grupo de mil mulheres que já
atravessaram o período reprodutivo
deram origem a 3.000 nascidos vivos,
este número medirá a fecundidade
completa dessas mulheres.”
4. A expressão matemática é 3%ºº
Em outro sentido, vem o conceito
de Fertilidade# Fecundidade.
Fertilidade refere-se a capacidade
fisiológica que tem a mulher de
conceber uma criança.
5. Deriva que nem toda mulher fértil e
fecunda.
E ainda que a Fecundidade é variável
analítica dos estudos de população e
demografia, enquanto que fertilidade é
elemento de interesse da Biologia,
ciências da saúde e das pessoas de
forma geral.
6. Fatores diversos interferem nas
duas variáveis.
Berquó afirma “ fatores endógenos
como a constituição física da mulher
e sua idade tem-se mostrado de
grande importância para que o
produto da concepção não se perca
antes de chegar a termo”.
9. Jacques Verriére já havia afirmado
que:
“ A Fecundidade humana é um
fenômeno social pelo menos tanto
quanto biológico.”
10. Jacques Verriére aponta a existência de
dois inconveniente perigosos aos
efetivos populacionais:
- A diminuição catastrófica, suscetível
de impossibilitar o domínio do meio natural
e de colocar em perigo a transmissão da
cultura do grupo e;
11. A proliferação, capaz de conduzir à
esterilização do território por
superexploração( em condições
tecnológicas tidas por estáveis),
portadora de ameaças de tensões
internas e de exploração política.
12. Uma preocupação inversa: em KENNEDY,
Paul. Preparando para o século XXI. Rio de
Janeiro:Campus, 1993.
“Em 1825, quando Malthus estava fazendo
as correções finais no seu primeiro Ensaio
sobre a população, cerca de um bilhão de
seres humanos, ocupavam o planeta,
tendo sido necessário milhares de ano
para chegar a esse total. Mas já então a
industrialização e a medicina moderna
estavam possibilitando o crescimento
populacional em taxas muito altas.
13. Nos cem anos que se seguiram, a
população mundial duplicou para 2
bilhões, e no meio século seguinte(de
1925 a 1976) voltou a duplicar para 4
bilhões. Em 1990 esse número
avançara para 5,3 bilhões.² É certo
que a taxa de aumento diminuiu nas
últimas décadas, porque as taxas
gerais de fecundidade estão
diminuindo em muitos países.”
14.
15. As previsões dos Demógrafos se
confirmarão o tamanho médio das
famílias diminuíram, influenciadas
pelas condições de urbanização e
outros fatores incidiram a transição
demográfica.
Estabilização dos números.
16. Se assim está ocorrendo, as
preocupações de KENNEDY faz
sentido?
Dizia que: “A população crescente
do mundo continua a procriar mais
do que morrer, o efeito é parecido
com um superpetroleiro que começa
a diminuir a marcha em pleno mar.
Mesmo desacelerando, ele ainda
tem uma distância considerável a
percorrer até parar.”
17. 03 - ENEM – 2004 - Ao longo do
século XX, as características da
população brasileira mudaram
muito. Os gráficos mostram as
alterações na distribuição da
população da cidade e do
campo e na taxa de
fecundidade (número de filhos
por mulher) no período entre
1940 e 2000.
18. Comparando-se os dados dos gráficos,
pode-se concluir que
(A) o aumento relativo da população rural é
acompanhado pela redução da taxa de
fecundidade.
(B) quando predominava a população rural,
as mulheres tinham em média três vezes
menos filhos do que hoje.
(C) a diminuição relativa da população rural
coincide com o aumento do número de
filhos por mulher.
(D) quanto mais aumenta o número de
pessoas morando em cidades, maior passa
a ser a taxa de fecundidade.
(E) com a intensificação do processo de
urbanização, o número de filhos por mulher
tende a ser menor.
19. Kennedy enfatiza:
“Antes de chegar aos chamados
níveis de “fecundidade de
reposição global”, que as
autoridades das Nações Unidas
acreditam possam ser alcançados
aproximadamente em 2045, o
superpetroleiro da população terá
avançado muito.” (Kennedy,1993)
20. Uma outra forma de compreender os
números: O aumento anual da
população
“No período de 1950-1955, o acréscimo
anual à população do mundo foi cerca de
47 milhões de habitantes-um pouco
menos do que a população atual da
Inglaterra e País de Gales, hoje. No
período de 1985-1990, a população da
Terra estava recebendo um acréscimo de
88 milhões de pessoas todo ano -
21. Igual a população do México. Se a
fecundidade mundial futura seguir a
estimativa mais elevada, os anos de
1995-2000 poderiam ver um
aumento anual em torno de 112
milhões – igual à atual população
nigeriana.” p.25
22. Fenômeno que está acontecendo
em Países em desenvolvimento.
Kennedy interroga e responde: “ Por
que as populações de certos países
crescem tão depressa: A resposta
simples é que eles estão hoje na
mesma posição da Inglaterra e
França na época da Malthus, isto é,
são basicamente sociedades
agrárias
23. Que tem agora, pela primeira vez,
uma geração com reduções
significativas nas taxas de
mortalidade. Historicamente, as
taxas de fecundidade nas
sociedades agrárias são em geral
muito elevadas, mas também são
elevadas as taxas de mortalidade,
sobretudo entre as crianças.”
25. “Transição demográfica consiste
em uma sucessão de fases pelas
quais uma população passa à
medida que entra no que
chamamos de modernidade, isto é
uma sociedade agrária tradicional
transforma-se numa sociedade
moderna, industrial e urbana.”
32. Apresentação
Os indicadores listados são os mesmos calculados pela
REDE Interagencial de Informação para a Saúde (RIPSA) e
publicados anualmente nos folhetos de Indicadores e Dados
Básicos para a Saúde no Brasil (IDB). A RIPSA publica
indicadores agregados nos níveis nacional, regional,
estadual e para as capitais. O propósito dessa apresentação
é fornecer os detalhes dos cálculos e algumas fontes de
dados que permitirão ao administrador ou pesquisador fazer
os mesmos cálculos nos níveis de regional de saúde, micro
e mesorregião, e do município. O significado de cada
indicador e como usá-lo na avaliação, planejamento e
administração de recursos e atividades de saúde pode ser
encontrado no livro Indicadores Básicos para a Saúde no
Brasil: conceitos e aplicações - 2ª Edição (2008).
33. IndicadorC.1 Taxa de mortalidade infantil
Taxa de mortalidade infantil neonatal precoce
óbitos ≤ 6 dias x 1.000nascidos vivos
Taxa de mortalidade infantil neonatal tardia
óbitos > 6 e < 28 dias x 1.000nascidos vivos
Taxa de mortalidade infantil pós-neonatal
óbitos ≥ 28 dias x 1.000nascidos vivosC
2 Taxa de mortalidade perinatal(óbitos fetais +
óbitos neonatais precoces)
x 1.000óbitos fetais + nascidos vivos
óbito fetal = óbitos com ≥ 22 semanas, ou 154
dias, completas de gestação
34. C.3 Taxa de mortalidade materna
óbitos por causas maternas
x 100.000nascidos vivos
Como este tipo de óbito é raro, fazer
a média de três anos
35. C.4 Mortalidade proporcional (%) por grupos
de causas óbitos x 1.000total de óbitos
Doenças infecciosas e parasitárias (códigos A00-
B99)
Neoplasias (códigos C00-D48)
Doenças do aparelho circulatório (códigos I00-I99)
Doenças do aparelho respiratório (códigos J00-
J99)
Afecções originadas no período perinatal (códigos
P00-P96)
Causas externas (códigos V01-Y98)
Demais causas definidas (todos os demais
capítulos, exceto o XVIII e o XXI)
36. http://www.datasus.gov.br/
Informações de Saúde > Indicadores de saúde > Caderno
de Informação em saúde > UF > Municí-pio > Mortalidade
http://www.saude.rs.gov.br/
Organograma > Departamento de Ações em saúde (DAS) >
Núcleo de Informações de Saúde (NIS) > Relatórios - Base
Anual SIM e SINASC > Mortalidade Geral
http://www.datasus.gov.br/
Informações de Saúde > Indicadores de saúde >
Estatísticas Vitais - Mortalidade e Nascidos Vivos >
Mortalidade geral - desde 1979
Capítulo do CID-10: XVIII
37. C.5 Mortalidade proporcional (%) por causas
mal definidas óbitos por causas mal definidastotal
de óbitos CID-10, Capítulo XVIII, Códigos R00 a
R99 por sexo por faixa etária
<1 ano
1-4 anos
5-9 anos
10-19 anos
20-29 anos
30-39 anos
40-49 anos
50-59 anos
60-69 anos
70 anos e mais http://www.datasus.gov.br/
Informações de Saúde > Indicadores de saúde >
Estatísticas Vitais - Mortalidade e Nascidos Vivos >
Mortalidade geral - desde 1979
Capítulo do CID-10: XVIII
38. C.6 Mortalidade proporcional (%) por
doença diarréica aguda em < 5 anos de
idade óbitos por diarréica aguda < 5
anostotal de óbitos < 5 anos
CID-10, Códigos A00 a A09
Anual SIM e SINASC > Mortalidade Infantil
C.7 Mortalidade proporcional (%) por
infecção respiratória aguda (IRA) em < 5
anos de idade óbitos por IRA < 5
anostotal de óbitos < 5 anos
CID-10, Códigos J00 a J22
39. Nominador: http://www.datasus.gov.br/
Informações de Saúde > Indicadores de
saúde > Estatísticas Vitais - Mortalidade e
Nascidos Vivos > Mortalidade geral
Causa - CID-10: Selecionar Influenza +
Pneumonia + Bronquiolite + restante de
outras inf agudas de vias aéreas inferiores
Faixa etária: Selecionar menores de 1 ano
+ 1 a 4 anos
Denominador:
http://www.datasus.gov.br/
Repetir por Causa - CID-10: Todas
categorias
40. C.8 Taxa de mortalidade por doenças do
aparelho circulatório óbitos x
100.000população
Doenças do aparelho circulatório (CID-10, I00
a I99)
Doenças isquêmicas do coração (CID-10,
068)
Doenças cerebrovasculares (CID-10 070)
por sexo por faixa etária
0-29 anos
30-39 anos
40-49 anos
50-59 anos
60-69 anos
70 anos e mais
41. http://www.datasus.gov.br/
Informações de Saúde > Indicadores de
saúde > Estatísticas Vitais - Mortalidade e
Nascidos Vivos > Mortalidade geral
CID-10: Capítulo IX
Repetir por Causa CID-10: Todas
categorias
http://www.saude.rs.gov.br/
Organograma > Departamento de Ações
em saúde (DAS) > Núcleo de Informações
de Saúde (NIS) > Relatórios - Base Anual
SIM e SINASC > Mortalidade Infantil
42. Nominador: http://www.datasus.gov.br/
Informações de Saúde > Indicadores de
saúde > Estatísticas Vitais - Mortalidade e
Nascidos Vivos > Mortalidade geral
Causa CID-10: Selecionar Cólera + Diarréia e
Gastr de origem infecciosa presumível +
Febres tifóide e paratifóide + Restante de
outras doenças infecciosas intestinais
Faixa etária: Selecionar menores de 1 ano +
1 a 4 anos
Denominador: http://www.datasus.gov.br/
Repetir por Causa CID-10: Todas categorias
http://www.saude.rs.gov.br/
Organograma > Departamento de Ações em
saúde (DAS) > Núcleo de Informações de
Saúde (NIS) > Relatórios - Base Anual SIM e
SINASC > Mortalidade Infantil
43.
44. Secretaria de Saúde realiza I Fórum
Municipal de Mortalidade Materna e Infantil
- Secretaria de Saúde – Na Paraíba
-Cabedelo
45. http://www.cabedelo.pb.gov.br/index.asp
A redução da mortalidade infantil e materna
no Brasil, ainda é um desafio para os
serviços de saúde, os gestores e a
sociedade como um todo. Apesar do
declínio que vem sendo observado nessas
taxas, a velocidade de queda está aquém
do desejado, resultando em índices ainda
muito elevados.
A cidade de Cabedelo, de acordo com
avaliação do Ministério da Saúde, está
entre os vinte e um municípios do Estado
da Paraíba considerados prioritários para a
redução da mortalidade infantil, diante dos
valores preocupantes desse indicador.
46. http://www.cabedelo.pb.gov.br/noticia_comple
ta.asp?noticia=515
Ciente dessa realidade e reconhecendo a
mortalidade infantil e materna como grave
problema de saúde pública, a gestão
municipal decidiu enfrentar esse desafio,
priorizando ações com vistas a reduzir
esses óbitos. Para tanto, resolveu adotar
como estratégia inicial de enfrentamento
desse agravo, a ferramenta considerada
mais importante, que é instalar e fazer
funcionar efetivamente o COMITÊ DE
MORTALIDADE MATERNA E INFANTIL.
47. ...
A implantação e organização desse
Comitê são imprescindíveis, por
representar um espaço de discussão
entre profissionais de saúde e
gestores, viabilizando por meio da
reflexão e da análise crítica dos
óbitos ocorridos no estabelecimento
de saúde, a identificação das causas,
responsabilidades e de proposição
de medidas de prevenção de novas
ocorrências.
49. Autores:
Carlos Batistella
Causas Externas: violência e acidentes de
trânsito
“ Os acidentes e violências vêm ganhando
cada vez mais importância no perfil
epidemiológico do nosso país. Em 1930,
as causas externas ocupavam a sexta
posição da classificação de mortes por
causas definidas da população brasileira,
representando 2,6% dos óbitos, passando
a ocupar o terceiro lugar entre todos os
óbitos com causas conhecidas em 2002
(14,9% dos óbitos totais).”
N
50. Na faixa de idade de maiores de 1 a
44 anos de idade, esses eventos
representam a primeira causa de
morte e nas internações hospitalares,
na faixa etária de 10 a 29 anos, as
causas externas representam a
segunda maior causa de morbidade
hospitalar. São principalmente os
homicídios e os acidentes de
transportes terrestres os grandes
responsáveis por essas altas taxas
de morbimortalidade.
51. http://www.epsjv.fiocruz.br/pdtsp/index.php?
s_livro_id=6&area_id=2&autor_id=&capitulo_id=24&sub_capi
tulo_id=84&arquivo=ver_conteudo_2
“Existe um grande diferencial deste
problema de saúde pública, segundo
sexo. De um total de 126.550 óbitos por
acidentes e violências notificados ao SIM
do Brasil em 2002, 106.714 (84,4%)
ocorreram entre homens e 19.718
(15,6%) entre mulheres. Entre todos as
causas de óbitos ocorridos em 2002, os
acidentes e violências estão entre as que
mais apresentam diferenças entre
homens e mulheres, na razão de 5,4
óbitos masculinos para cada óbito
feminino.”
52. Sobre o problema da AIDs no BRASIl
Dados do último Boletim Epidemiológico do
Ministério da Saúde apontam que a mortalidade por
aids no Brasil é de 11 mil óbitos por ano,
demonstrando que a doença, ainda hoje, revela-se
como um importante problema de saúde pública no
país. “Não pode ser natural 30 pessoas morrerem
de aids por dia no Brasil”, afirma Mário Scheffer,
presidente do Grupo Pela Vidda/SP. Segundo ele,
o tema está banalizado. “Se um ônibus com 30
pessoas cai no precipício e nenhuma delas
sobrevive, toda a mídia se mobiliza. No caso da
aids, é como se tivéssemos uma tragédia diária
dessas, mas ninguém fala sobre o assunto”, diz