2. Rogier van der Weyden (1399-1464)
Pertence aos conhecidos como “Primitivos pintores flamengos”, do gótico tardio e
princípio do Renascimento nos Países Baixos (região da Flandres). Estes artistas do
norte da Europa imprimiram aos seus trabalhos uma intensidade expressiva e um
minucioso detalhismo que os distingue de seus equivalentes italianos.
Nasceu em Tournai (Bélgica) e era chamado “Rogelet” (pequeno Roger). Morreu em
Bruxelas, em 1464. Está enterrado na Catedral de Santa Búdula.
O seu nome inicial (francês) era Roger de la Pasture por ser filho de Henri de la Pasture.
Teve três filhos, o do meio, Pierre, foi um bom pintor.
A sua obra artística inspira-se em Jan van Eyck e em Robert Campin. Estabeleceu-se em
Bruxelas e foi nomeado pintor desta cidade, em 1435.
Trabalhou para vários membros da corte borgonhesa, entre eles o afamado coleccionista
Filipe, o Bom, duque de Borgonha. Este ducado tinha a capital em Bruxelas, enclave
fundamental da indústria e do comércio, que então tinha porto de mar.
As suas obras foram objeto de múltiplas cópias e acreditam tanto a sua popularidade
como a colaboração de uma afamada oficina.
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3. A Descida da cruz (óleo sobre tábua) Click para avançar
4. A Descida da cruz (1430-1435)
Pode-se considerar como a melhor obra de Rogier van der Weyden ou pelo
menos a mais conhecida, cujo original se encontra no museu do Prado. Esta
obra é a parte central de um tríptico cujas laterais se perderam. Foi pintada para
a capela dos Besteiros de Lovaina na igreja de Nossa Senhora das Vitórias.
As curvas diagonais do corpo de Jesus e da Virgem ficam compensadas pela
verticalidade da cruz, em segundo plano.
Destaca-se a atitude sofredora dos personagens que acompanham os dois
protagonistas da cena.
A obra está pintada com a nova técnica desenvolvida pelos pintores flamengos,
isto é, “o óleo” sobre tábua, com elemento secativos.
Com o óleo as figuras ganham vida, facilita-se la rectificação do quadro e a
mudança de lugar, por não estar fixados a uma superfície, como sucedia com a
pintura “a fresco”.
O quadro foi comprado pela Rainha Maria de Hungria para o seu irmão, o
imperador Carlos V, com a promessa de entregar à igreja uma cópia, que
efectivamente foi realizada por Miguel Coxcie.
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5. Esta ampliação
da borda
superior
permitiu o
prolongamento
da cruz
Talhas em
ilusão.
Parecem ser
parte do arco
a que estava
fixado o
quadro.
A perfeição das telas é tal, O olhar do espectador vai directamente
que poderiam separar-se os para o corpo luminoso de Cristo.
vincos capa por capa.
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7. María Salomé, esposa de
Cléofas. Presenciou a
crucifixão. É uma das três
Marias que costumam
aparecer nestas cenas.
S. João Evangelista.
Consola a Virgem Maria
Toucado branco, como
símbolo de pureza
A Virgen Maria, está
vencida pela dor
A túnica, em azul de
ultramar, indica o alto
preço que tinha o quadro.
O pigmento obtinha-se do
lápis-lazuli importado do
Afganistão.
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8. O corpo de Cristo
A falta de gravidade da
mão exprime claramente
que está morto.
O sangue escorre pelo corpo e pela frente
de Jesus Cristo.
A caveira representa o pecado
de Adão .Cristo é a redenção
dessa falta.
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11. José de Arimateia sustenta o corpo de Cristo.
Era um homem rico que obteve a permissão para
descer Jesus da cruz e depositá-l’O num sepulcro em
terrenos da sua propiedade.
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13. A Virgem Maria, exprime a
dor pela morte de seu filho.
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14. Nicodemos (discípulo
secreto), é o homem que
sustenta as pernas de Cristo.
A sua capa, pintada com
meticulosidade, mostra a sua
qualidade, que é indicativa
da classe social do
personagem.
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15. Os unguentos
Um seguidor de Cristo
leva um pote de
unguentos (bálsamo ).
Junto a ele e
angustiada está Maria
Madalena.
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16. Rosto dolorido de S. Rosto de Nicodemos
João Evangelista
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17. Detalhe de um olho chorando.
Aprecia-se o gerar da lágrima
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