SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 8
Descargar para leer sin conexión
RESUMO 374 – EQÜINOS – PROFª VERÔNICA
                                      AFECÇÕES DA PELE


1. DERMATITE POR NEMATÓDEO: HABRONEMOSE
- ETIOLOGIA: Habronema muscae
               H. majus
               Draschia megastoma


- EPIDEMIOLOGIA: CLIMA QUENTE


- PATOGENIA: AS MOSCAS (Musca Domestica, S. Calcitrans) ⇒ DEPOSITAM A L3
                NA PELE LESIONADA OU NAS MUCOSAS


- SINAIS CLÍNICOS: TECIDO DE GRANULAÇÃO COM ULCERAÇÃO
                      PODE FORMAR NÓDULOS CASEOSOS
                      PRURIDO LEVE


- LOCALIZAÇÃO: CONJUNTIVA, VULVA, PARTE BAIXA DOS MEMBROS
- DIAGNÓSTICO: HISTÓRICO (ferida que não cicatriza); PELA CARACTERÍSTICA DA LESÃO.


- DIAGNÓSTICO DEFINITIVO: HISTOPATOLOGIA: Tecido de granulação, com a presença da
                                    larva no interior. Infiltrado eosinofílico.


- DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Tecido de granulação após traumatismo; sarcoide fibroblástico;
                                       carcinoma (quando na conjuntiva); pitiose (fase inicial).


- TRATAMENTO:
       - EXCISÃO CIRÚRGICA
        - IVERMECTINA: 0,2 mg/kg = 200 µg/kg.
       - CORTICOIDES: PREDNISOLONA (para reduzir o processo inflamatório e prurido): 1 mg/kg –
         B.i.d. (depois: reduzir para S.i.d. e, posteriormente, para a metade da dose).




                                                      1
2. DERMATITE POR FUNGOS
I.   SUPERFICIAL
II. SUB-CUTÂNEA


I. SUPERFICIAL: DERMATOMICOSE/DERMATOFITOSE (“TINHA”)
- ETIOLOGIA: Trichophyton equinum
                T. mentagrophytes
                T. verrucosum (menos freqüente)
                Microsporum gypseum
        Outros: Microsporum equinum
                Microsporum canis


- EPIDEMIOLOGIA:
                -   MAIS EM JOVENS
                -   ANIMAIS (DESNUTRIDOS; IMUNODEPRIMIDOS
                -   AMBIENTE (EXCESSO DE UMIDADE E TEMPERATURA)


- TRANSMISSÃO: FÔMITES OU DIRETA (menos comum)


- PATOGENIA:
        PELE LESIONADA ⇒ AGENTE PRESENTE NAS CÉLULAS EPITELIAIS (extrato córneo) E
        PELO (fibras) ⇒ INFLAMAÇÃO


- SINAIS CLÍNICOS: PÁPULAS
                      ALOPECIA E DESCAMAÇÃO
                      PRURIDO: LEVE (FASE INICIAL)


- LOCALIZAÇÃO: CABEÇA, PESCOÇO, TRONCO, GARUPA (+ Microsporum gypseum), MEMBROS
     (+ T. Verrucosum).


- DIAGNÓSTICO:            HISTÓRICO (AMBIENTE)
                          SINAIS CLÍNICOS
- DIAGNÓSTICO DEFINITIVO:
        - RASPADO DE PELE
        - TRICOGRAFIA (avaliação micológica direta)
        - HISTOPATOLOGIA
        - CULTURA DE PELE



                                                  2
- RASPADO DE PELE: coloca na lâmina com hidróxido de potássio ou óleo mineral
                        = Descartar ectoparasitas e tentar detectar hifas e pêlos desgastados, destruídos.
- TRICOGRAFIA: pêlos desgastados, destruídos. Hifas septadas.
- HISTOPATOLOGIA: Foliculite, perifoliculite, dermatite perivascular e pustular.
- CULTURA DE PELE: Sabouraud: hifas e conídeas.


- DIFERENCIAL: SARCÓIDE OCULTO; DERMATOFILOSE.


- TRATAMENTO:
* AUTOLIMITANTE
        - ISOLAMENTO
         TRATAMENTO TÓPICO:
        - XAMPU A BASE DE SULFETO DE SELÊNIO (3 a 5%)


         POVIDINE (0,5-2%) ou
         CLOREXIDINE (0,5-2%) ou
         HIPOCLORITO DE SÓDIO: 0,5%
         SULFATO DE COBRE (1-3%)
                 BANHO DIÁRIO POR 7-10 DIAS. DEPOIS: 2X/SEMANA


        OUTRA OPÇÃO:
        - ENILCONAZOL a 2% - banho
        - GRISEOFULVINA: 100mg/kg – S.I.D. – Oral – 10 dias.


        OUTRO AUTOR:
        - BANHO COM XAMPU A BASE DE SULFETO DE SELÊNIO A 1%, SEGUIDO DE UM
          OUTRO BANHO COM THIABENDAZOL A 5%.
          PULVERIZAR O ANIMAL COM 2 LITROS – 1 X/SEMANA – 4 SEMANAS.


        LIMPEZA DO AMBIENTE E UTENSILIOS:
        - HIPOCLORITO DE SÓDIO: 5% ou FORMALINA: 5% ou CRESOL: 3%.




                                                      3
II. DERMATITE SUB-CUTÂNEA POR FUNGO: PITIOSE (FICOMICOSE; HIFOMICOSE)
- ETIOLOGIA: Pythium spp (Hyphomyces destruens)



- EPIDEMIOLOGIA:
       - REGIÕES ALAGADAS
       - TEMPERATURA (34 a 40ºC) E UMIDADE ELEVADAS


- PATOGENIA:
    - O AGENTE TEM TROPISMO POR VASOS SANGÜINEOS ⇒ NECROSE
    ⇒ ocasiona uma LINFANGITE
    ⇒ e REAÇÃO PIOGRANULOMATOSA (INFILTRADO EOSINOFÍLICO)


- SINAIS CLÍNICOS:
       -   TECIDO        DE     GRANULAÇÃO,     COM     ELIMINAÇÃO        DE    MATERIAL        SERO-
            SANGUINOLENTO.
       - PRURIDO: INTENSO
       - TAMBÉM: ANEMIA.
                     HÁ RELATOS DE CASOS DE INAPETÊNCIA E DIARRÉIA.


- LOCALIZAÇÃO: MEMBROS E ABDÔMEN


       - PODE HAVER COMPROMETIMENTO DOS OSSOS, LINFONODOS REGIONAIS, OLHOS E
            ÓRGÃOS DO SISTEMA DIGESTIVO E RESPIRATÓRIO.


- ZOONOSES?
- DIAGNÓSTICO:           HISTÓRICO (AMBIENTE); SINAIS CLÍNICOS
                         HEMOGRAMA: ANEMIA; HIPOPROTEINEMIA


- DIAGNÓSTICO DEFINITIVO:
     - HISTOPATOLOGIA (meio especial para fungo): HIFAS (3 - 10µm de diâmetro); DERMATITE
           PIOGRANULOMATOSA; INFILTRADO EOSINOFÍLICO (também neutrófilos, macrófagos,
           células gigantes).
    - CULTURA a 35 a 37ºC (ágar extrato vegetal; ágar dextrosol; sabouraud + cloranfenicol): observar a
           morfologia.




                                                  4
- DIFERENCIAL: HABRONEMOSE; SARCÓIDE FIBROBLÁSTICO OU MISTO; TECIDO DE
   GRANULAÇÃO APÓS TRAUMATISMO. MAIS RARAMENTE: ZIGOMICOSE (Basidiobolus
   haptosporus; Conidiobolus coronatus).


- TRATAMENTO:
       - IODETO DE POTÁSSIO: 67 mg/kg – Oral – por no mínimo 30 dias.


       - VACINA:
            Vacina da Embrapa + UFSM (Pythium-Vac®): 6 aplicações com intervalo de 15 dias.
             Cura: 81% dos casos




3. DERMATITE POR BACTÉRIA: DERMATOFILOSE
- ETIOLOGIA: Dermatophilus congolensis
- EPIDEMIOLOGIA:
                -    LESÕES NA PELE
                -    TEMPERATURA ELEVADA
                -    EXCESSO DE UMIDADE
                -    ANIMAIS IMUNODEPRIMIDOS
                TRANSMISSÃO: O AGENTE PODE PERMANECER DENTRO DE CARRAPATOS
                    (POR MESES) E EM MOSCAS (24 HORAS).


- PATOGENIA:
       PELE LESIONADA ⇒ FORMAÇÃO DE PÁPULAS ⇒ PÚSTULAS ⇒ PLACAS OVÓIDES DE
         PELOS e CROSTAS
          No período chuvoso quando se retira as placas ovóides se observa uma região bastante úmida.
          No período mais seco não se nota tanta umidade por debaixo das placas.


- SINAIS CLÍNICOS: - PLACAS OVOIDES DE PÊLO
                       - CROSTAS
                       - PRURIDO: RARAMENTE OBSERVADO
                        O QUADRO PODE SE ACOMPANHAR DE APATIA E INAPETÊNCIA.
                        LOCALIZAÇÃO: CABEÇA (FACE), PESCOÇO, GARUPA, MEMBROS.


- DIAGNÓSTICO: SINAIS CLÍNICOS, EXAME LABORATORIAL.




                                                   5
- DIAGNÓSTICO DEFINITIVO:
       - LABORATORIAL: (EXAME CITOLÓGICO DO ESFREGAÇO CORADO)
         PLACAS OVÓIDES DE PÊLO + SALINA 0,85%: COCOS = FINOS RAMOS EM CADEIA.
       - CULTURA (ÁGAR SANGUE). MORFOLOGIA: “PINGO DE OURO”
       - HISTOPATOLOGIA: PERIFOLICULITE; DERMATITE PUSTULAR E PERIVASCULAR


- DIFERENCIAL: Dermatite por Staphylococcus intermedius; Dermatomicose;
               Foliculite: Staphylococcus spp, Streptococcus spp, Corinebacterium spp.


- TRATAMENTO:
       * AUTOLIMITANTE: PODE HAVER CURA ESPONTÂNEA (PODE DEMORAR + DE MESES).
         ISOLAMENTO
      TRATAMENTO TÓPICO:
      - REMOÇÃO DAS PLACAS E CROSTAS, LAVANDO O LOCAL COM XAMPU A BASE DE
          SULFETO DE SELÊNIO A 2%
            BANHO DIÁRIO: 7 a 10 DIAS. DEPOIS: 2X/SEMANAS.
        OUTRA OPÇÃO:
           POVIDINE (1%)


      SE NECESSÁRIO:
      - ANTIBIOTICOTERAPIA: PENICILINA PROCAÍNA: 22-44.000 UI/kg - B.I.D. – 5 DIAS.


       HIGIENE DO AMBIENTE/UTENSILIOS:
               - AMBIENTE SECO E AREJADO.
               - ALIMENTAÇÃO ADEQUADA.




4. DERMATITE POR VIRUS: SARCÓIDE
       PREDISPOSIÇÃO HEREDITÁRIA (NA OPINIÃO DE ALGUNS AUTORES)


- FATOR PREDISPONENTE:
              LESÃO DA PELE POR TRAUMATISMO


- TRANSMISSÃO: FÔMITES E MOSCAS.


- SINAIS CLÍNICOS:




                                                  6
TIPOS: OCULTO (PAVIMENTAR); VERRUCOSO; FIBROBLASTICO; NODULAR E MISTO.
       O sinal clínico depende do tipo de sarcóide. O OCULTO se apresenta como uma área de alopecia e
       descamação ou ainda como uma pequena pápula. O VERRUCOSO mostra um aspecto de verruga.
       FIBROBLÁSTICO: encontra-se bastante tecido granulomatoso. NODULAR: nódulos sub-cutâneos
       e MISTO: pode mostrar um aspecto verrucoso, fibroblástico e até mesmo nodular.




- LOCALIZAÇÃO: REGIÃO PERIOCULAR; PÁLPEBRAS; COMISSURA LABIAL; REGIÃO
                       VENTRAL, INGUINAL, MEMBROS (região mais distal).


- DIAGNÓSTICO: SINAL CLÍNICO: característica do tumor.
- DIAGNÓSTICO DEFINITIVO: HISTOPATOLOGIA
                                 - HIPERPLASIA EPIDERMAL.
                                 - PROLIFERAÇÃO FIBROBLÁSTICA E DE FIBRAS COLÁGENAS
                                   (CRESCIMENTO DESORGANIZADO).



- DIFERENCIAL: DERMATOMICOSE (quando é do tipo sarcóide oculto); PAPILOMATOSE (quando é
    do tipo sarcóide verrucoso); TECIDO DE GRANULAÇÃO APÓS TRAUMATISMO (quando do tipo
    sarcóide fibroblástico), HABRONEMOSE (quando do tipo sarcóide fibroblástico), CARCINOMA
    (quando do tipo sarcóide fibroblástico); PITIOSE (quando do tipo sarcóide fibroblástico).




- TRATAMENTO:
       PODE OCORRER REGRESSÃO ESPONTÂNEA
       A. EXCISÃO CIRÚRGICA
       B. CRIOTERAPIA (-20 A –50ºC)
       C. RADIOTERAPIA
   D. IMUNOTERAPIA


   •   IMUNOTERAPIA: BCG. Se realiza 4 tratamentos dentro da lesão com intervalo de 2-3

       semanas (produz uma resposta imunológica local). Cuidado, pois leva a uma reação
       local intensa (necrose). na 2ª, 3ª e 4ª aplicações, utilizar um corticoide (Ex.:
       prednisolona) 30 minutos antes da aplicação da BCG, com a finalidade de se tentar
       evitar uma reação anafilática.
   •   EUA: vacina: Regressin®




                                                    7
CISPLATINA: Cis (II) diamminedichloro platinum
       DROGA QUE VEM SENDO UTILIZADA MAIS RECENTEMENTE.


- MODO DE AÇÃO: interfere com o metabolismo celular; na estrutura do DNA e na

  replicação e divisão celular.


   DOSE DE CISPLATINA: 0,97 a 1 mg de cisplatina/cm3 de tumor – uma vez por semana.

                       Total: 4 semanas.
                       Administra-se dentro e ao redor do tumor.
OBS.: Trabalho científico: casos acompanhados durante o período de um ano após o
término do tratamento demonstrou 87% de regressão.




                                            8

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Patologias do sistema reprodutor
Patologias do sistema reprodutorPatologias do sistema reprodutor
Patologias do sistema reprodutorMarília Gomes
 
Sistema digestório Cães
Sistema digestório CãesSistema digestório Cães
Sistema digestório CãesHelena Amaral
 
Caso Clínico Veterinário: Epilepsia Canina
Caso Clínico Veterinário: Epilepsia CaninaCaso Clínico Veterinário: Epilepsia Canina
Caso Clínico Veterinário: Epilepsia CaninaNatália Borges
 
Tegumento comum - Anatomia animal
Tegumento comum - Anatomia animalTegumento comum - Anatomia animal
Tegumento comum - Anatomia animalMarília Gomes
 
Sistema digestório - Anatomia animal
Sistema digestório - Anatomia animal Sistema digestório - Anatomia animal
Sistema digestório - Anatomia animal Marília Gomes
 
Polioencefalomalacia clinica de ruminantes
Polioencefalomalacia   clinica de ruminantesPolioencefalomalacia   clinica de ruminantes
Polioencefalomalacia clinica de ruminantesPedro Augusto
 
Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos
Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinosSanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos
Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinosMarília Gomes
 
Necropsia e material diagnóstico - suínos
Necropsia e material diagnóstico - suínosNecropsia e material diagnóstico - suínos
Necropsia e material diagnóstico - suínosMarília Gomes
 
Sistema reprodutor - Anatomia veterinária
Sistema reprodutor - Anatomia veterináriaSistema reprodutor - Anatomia veterinária
Sistema reprodutor - Anatomia veterináriaMarília Gomes
 
Aula 3 Anatomia - Pele e Anexos
Aula 3 Anatomia - Pele e Anexos Aula 3 Anatomia - Pele e Anexos
Aula 3 Anatomia - Pele e Anexos Julia Berardo
 
Aula de Dermatopatologia
Aula de DermatopatologiaAula de Dermatopatologia
Aula de DermatopatologiaRaimundo Tostes
 
Semiologia Veterinária sistema nervoso
Semiologia Veterinária sistema nervoso Semiologia Veterinária sistema nervoso
Semiologia Veterinária sistema nervoso Lorrana Araujo
 

La actualidad más candente (20)

Patologias do sistema reprodutor
Patologias do sistema reprodutorPatologias do sistema reprodutor
Patologias do sistema reprodutor
 
Glandula mamaria
Glandula mamariaGlandula mamaria
Glandula mamaria
 
Sistema digestório Cães
Sistema digestório CãesSistema digestório Cães
Sistema digestório Cães
 
Febre aftosa
Febre aftosaFebre aftosa
Febre aftosa
 
Caso Clínico Veterinário: Epilepsia Canina
Caso Clínico Veterinário: Epilepsia CaninaCaso Clínico Veterinário: Epilepsia Canina
Caso Clínico Veterinário: Epilepsia Canina
 
Dermatopatias Crônicas em Cães
Dermatopatias Crônicas em CãesDermatopatias Crônicas em Cães
Dermatopatias Crônicas em Cães
 
Apostila - DermaVet Qualittas
Apostila - DermaVet QualittasApostila - DermaVet Qualittas
Apostila - DermaVet Qualittas
 
Apostila - Cardiologia Veterinária
Apostila - Cardiologia VeterináriaApostila - Cardiologia Veterinária
Apostila - Cardiologia Veterinária
 
Tegumento comum - Anatomia animal
Tegumento comum - Anatomia animalTegumento comum - Anatomia animal
Tegumento comum - Anatomia animal
 
Sistema digestório - Anatomia animal
Sistema digestório - Anatomia animal Sistema digestório - Anatomia animal
Sistema digestório - Anatomia animal
 
Polioencefalomalacia clinica de ruminantes
Polioencefalomalacia   clinica de ruminantesPolioencefalomalacia   clinica de ruminantes
Polioencefalomalacia clinica de ruminantes
 
Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos
Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinosSanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos
Sanidade e enfermidade de caprinos e ovinos - caprinos e ovinos
 
Necropsia e material diagnóstico - suínos
Necropsia e material diagnóstico - suínosNecropsia e material diagnóstico - suínos
Necropsia e material diagnóstico - suínos
 
Caso clínico
Caso clínicoCaso clínico
Caso clínico
 
Sistema reprodutor - Anatomia veterinária
Sistema reprodutor - Anatomia veterináriaSistema reprodutor - Anatomia veterinária
Sistema reprodutor - Anatomia veterinária
 
Aula 3 Anatomia - Pele e Anexos
Aula 3 Anatomia - Pele e Anexos Aula 3 Anatomia - Pele e Anexos
Aula 3 Anatomia - Pele e Anexos
 
Brucelose 01
Brucelose 01Brucelose 01
Brucelose 01
 
Caso clínico
Caso clínicoCaso clínico
Caso clínico
 
Aula de Dermatopatologia
Aula de DermatopatologiaAula de Dermatopatologia
Aula de Dermatopatologia
 
Semiologia Veterinária sistema nervoso
Semiologia Veterinária sistema nervoso Semiologia Veterinária sistema nervoso
Semiologia Veterinária sistema nervoso
 

Destacado

Relato de caso - 05.08.2013
Relato de caso - 05.08.2013Relato de caso - 05.08.2013
Relato de caso - 05.08.2013Paulo Cardoso
 
Doenças comuns em cavalos
Doenças comuns em cavalosDoenças comuns em cavalos
Doenças comuns em cavalosa7004624
 
Pelagem de Equinos
Pelagem de EquinosPelagem de Equinos
Pelagem de EquinosKiller Max
 
Principais doenças da visão e audição dos equinos
Principais doenças da visão e audição dos equinosPrincipais doenças da visão e audição dos equinos
Principais doenças da visão e audição dos equinosRayana França
 
Ultrassonografia diagnóstica do sistema locomotor de equinos
Ultrassonografia diagnóstica do sistema locomotor de equinosUltrassonografia diagnóstica do sistema locomotor de equinos
Ultrassonografia diagnóstica do sistema locomotor de equinosPedro Augusto
 
Vacinação de equinos
Vacinação de equinosVacinação de equinos
Vacinação de equinosPedro Carvalho
 
Manejo Sanitario para Equinos
Manejo Sanitario para EquinosManejo Sanitario para Equinos
Manejo Sanitario para EquinosKiller Max
 
Cicatrizacao dia a_dia_a1
Cicatrizacao dia a_dia_a1Cicatrizacao dia a_dia_a1
Cicatrizacao dia a_dia_a1UFAL
 
Equideocultura slide
Equideocultura slideEquideocultura slide
Equideocultura slideRoger Moreira
 
Raças Equinas - Part.2
Raças Equinas - Part.2Raças Equinas - Part.2
Raças Equinas - Part.2Killer Max
 
Afecções Respiratórias Cirúrgicas de Grandes Animais
Afecções Respiratórias Cirúrgicas de Grandes AnimaisAfecções Respiratórias Cirúrgicas de Grandes Animais
Afecções Respiratórias Cirúrgicas de Grandes AnimaisMariana Benitez Fini
 
Catálogo disvet de produtos
Catálogo disvet de produtosCatálogo disvet de produtos
Catálogo disvet de produtosJeffersonDisvet
 
Andamento de Equinos
Andamento de EquinosAndamento de Equinos
Andamento de EquinosKiller Max
 

Destacado (20)

Dermatofilose dermatofitose e feridas
Dermatofilose  dermatofitose e feridasDermatofilose  dermatofitose e feridas
Dermatofilose dermatofitose e feridas
 
Pitiose cutanea
Pitiose cutaneaPitiose cutanea
Pitiose cutanea
 
Relato de caso - 05.08.2013
Relato de caso - 05.08.2013Relato de caso - 05.08.2013
Relato de caso - 05.08.2013
 
Doenças comuns em cavalos
Doenças comuns em cavalosDoenças comuns em cavalos
Doenças comuns em cavalos
 
Pelagem de Equinos
Pelagem de EquinosPelagem de Equinos
Pelagem de Equinos
 
Arterite Equina
Arterite EquinaArterite Equina
Arterite Equina
 
Principais doenças da visão e audição dos equinos
Principais doenças da visão e audição dos equinosPrincipais doenças da visão e audição dos equinos
Principais doenças da visão e audição dos equinos
 
Ultrassonografia diagnóstica do sistema locomotor de equinos
Ultrassonografia diagnóstica do sistema locomotor de equinosUltrassonografia diagnóstica do sistema locomotor de equinos
Ultrassonografia diagnóstica do sistema locomotor de equinos
 
Vacinação de equinos
Vacinação de equinosVacinação de equinos
Vacinação de equinos
 
Manejo Sanitario para Equinos
Manejo Sanitario para EquinosManejo Sanitario para Equinos
Manejo Sanitario para Equinos
 
Cicatrizacao dia a_dia_a1
Cicatrizacao dia a_dia_a1Cicatrizacao dia a_dia_a1
Cicatrizacao dia a_dia_a1
 
Equideocultura slide
Equideocultura slideEquideocultura slide
Equideocultura slide
 
Raças Equinas - Part.2
Raças Equinas - Part.2Raças Equinas - Part.2
Raças Equinas - Part.2
 
Afecções Respiratórias Cirúrgicas de Grandes Animais
Afecções Respiratórias Cirúrgicas de Grandes AnimaisAfecções Respiratórias Cirúrgicas de Grandes Animais
Afecções Respiratórias Cirúrgicas de Grandes Animais
 
Catálogo disvet de produtos
Catálogo disvet de produtosCatálogo disvet de produtos
Catálogo disvet de produtos
 
Relato de caso
Relato de casoRelato de caso
Relato de caso
 
Relato de caso clínico
Relato de caso clínicoRelato de caso clínico
Relato de caso clínico
 
Andamento de Equinos
Andamento de EquinosAndamento de Equinos
Andamento de Equinos
 
Síndrome cólica equina
Síndrome cólica equinaSíndrome cólica equina
Síndrome cólica equina
 
Caso clinico anestesiologia
Caso clinico anestesiologiaCaso clinico anestesiologia
Caso clinico anestesiologia
 

Similar a Afecções da pele_(equinos)

Aula 4 dermato parte 2
Aula 4 dermato parte 2Aula 4 dermato parte 2
Aula 4 dermato parte 2ReginaReiniger
 
Clínica das dermatoses parasitárias para online
Clínica das dermatoses parasitárias para onlineClínica das dermatoses parasitárias para online
Clínica das dermatoses parasitárias para onlinePedro Marques
 
ParasitosesDeformaResumida.finalissima.ppt
ParasitosesDeformaResumida.finalissima.pptParasitosesDeformaResumida.finalissima.ppt
ParasitosesDeformaResumida.finalissima.pptAlberto205764
 
Aula micose subcutanea e sporothrix
Aula    micose subcutanea e sporothrixAula    micose subcutanea e sporothrix
Aula micose subcutanea e sporothrixCatarina Leão
 
Síndromes diarréicas 17
Síndromes diarréicas 17Síndromes diarréicas 17
Síndromes diarréicas 17pauloalambert
 
micologia Profa. Ana Cristina.pptx
micologia Profa. Ana Cristina.pptxmicologia Profa. Ana Cristina.pptx
micologia Profa. Ana Cristina.pptxAnaCristinaDantas6
 
micologia Profa. Ana Cristina.pptx
micologia Profa. Ana Cristina.pptxmicologia Profa. Ana Cristina.pptx
micologia Profa. Ana Cristina.pptxAnaCristinaDantas6
 
Acne 2009
Acne 2009Acne 2009
Acne 2009berbar
 
Shirley - 20/09/2012
Shirley - 20/09/2012Shirley - 20/09/2012
Shirley - 20/09/2012Anais IV CBED
 
Calcificacão e pigmentacão patológicas
Calcificacão e pigmentacão patológicasCalcificacão e pigmentacão patológicas
Calcificacão e pigmentacão patológicasEuripedes Barbosa
 
Aula 5 Ancylostomidae E Larva Migrans Cutanea
Aula 5   Ancylostomidae E Larva Migrans CutaneaAula 5   Ancylostomidae E Larva Migrans Cutanea
Aula 5 Ancylostomidae E Larva Migrans CutaneaITPAC PORTO
 
Anaeróbios
Anaeróbios Anaeróbios
Anaeróbios dapab
 
Pneumo PUCPRLON - Aula 14 micose pulmonar v2
Pneumo PUCPRLON - Aula 14  micose pulmonar v2Pneumo PUCPRLON - Aula 14  micose pulmonar v2
Pneumo PUCPRLON - Aula 14 micose pulmonar v2alcindoneto
 
PSORÍASE-Resumido.Diagnostico E Tratamento- aula.ppt
PSORÍASE-Resumido.Diagnostico E Tratamento- aula.pptPSORÍASE-Resumido.Diagnostico E Tratamento- aula.ppt
PSORÍASE-Resumido.Diagnostico E Tratamento- aula.pptAlberto205764
 
Dermatofitoses
DermatofitosesDermatofitoses
Dermatofitosesgisa_legal
 
AULA SOBRE FUNGOS CONCEITO CARACTERÍSTICAS BÁSICAS ETC
AULA SOBRE FUNGOS CONCEITO CARACTERÍSTICAS BÁSICAS ETCAULA SOBRE FUNGOS CONCEITO CARACTERÍSTICAS BÁSICAS ETC
AULA SOBRE FUNGOS CONCEITO CARACTERÍSTICAS BÁSICAS ETCEmiliaCassia2
 
Sindromes diarreicas 2019
Sindromes diarreicas 2019 Sindromes diarreicas 2019
Sindromes diarreicas 2019 pauloalambert
 
03 ofidismo- urgência e emergência
03  ofidismo- urgência e emergência03  ofidismo- urgência e emergência
03 ofidismo- urgência e emergênciaadrianomedico
 

Similar a Afecções da pele_(equinos) (20)

Aula 4 dermato parte 2
Aula 4 dermato parte 2Aula 4 dermato parte 2
Aula 4 dermato parte 2
 
Clínica das dermatoses parasitárias para online
Clínica das dermatoses parasitárias para onlineClínica das dermatoses parasitárias para online
Clínica das dermatoses parasitárias para online
 
ParasitosesDeformaResumida.finalissima.ppt
ParasitosesDeformaResumida.finalissima.pptParasitosesDeformaResumida.finalissima.ppt
ParasitosesDeformaResumida.finalissima.ppt
 
Patologias dermatologicas
Patologias dermatologicasPatologias dermatologicas
Patologias dermatologicas
 
Aula micose subcutanea e sporothrix
Aula    micose subcutanea e sporothrixAula    micose subcutanea e sporothrix
Aula micose subcutanea e sporothrix
 
Síndromes diarréicas 17
Síndromes diarréicas 17Síndromes diarréicas 17
Síndromes diarréicas 17
 
DR. ÁDRIA SIMÕES
DR. ÁDRIA SIMÕESDR. ÁDRIA SIMÕES
DR. ÁDRIA SIMÕES
 
micologia Profa. Ana Cristina.pptx
micologia Profa. Ana Cristina.pptxmicologia Profa. Ana Cristina.pptx
micologia Profa. Ana Cristina.pptx
 
micologia Profa. Ana Cristina.pptx
micologia Profa. Ana Cristina.pptxmicologia Profa. Ana Cristina.pptx
micologia Profa. Ana Cristina.pptx
 
Acne 2009
Acne 2009Acne 2009
Acne 2009
 
Shirley - 20/09/2012
Shirley - 20/09/2012Shirley - 20/09/2012
Shirley - 20/09/2012
 
Calcificacão e pigmentacão patológicas
Calcificacão e pigmentacão patológicasCalcificacão e pigmentacão patológicas
Calcificacão e pigmentacão patológicas
 
Aula 5 Ancylostomidae E Larva Migrans Cutanea
Aula 5   Ancylostomidae E Larva Migrans CutaneaAula 5   Ancylostomidae E Larva Migrans Cutanea
Aula 5 Ancylostomidae E Larva Migrans Cutanea
 
Anaeróbios
Anaeróbios Anaeróbios
Anaeróbios
 
Pneumo PUCPRLON - Aula 14 micose pulmonar v2
Pneumo PUCPRLON - Aula 14  micose pulmonar v2Pneumo PUCPRLON - Aula 14  micose pulmonar v2
Pneumo PUCPRLON - Aula 14 micose pulmonar v2
 
PSORÍASE-Resumido.Diagnostico E Tratamento- aula.ppt
PSORÍASE-Resumido.Diagnostico E Tratamento- aula.pptPSORÍASE-Resumido.Diagnostico E Tratamento- aula.ppt
PSORÍASE-Resumido.Diagnostico E Tratamento- aula.ppt
 
Dermatofitoses
DermatofitosesDermatofitoses
Dermatofitoses
 
AULA SOBRE FUNGOS CONCEITO CARACTERÍSTICAS BÁSICAS ETC
AULA SOBRE FUNGOS CONCEITO CARACTERÍSTICAS BÁSICAS ETCAULA SOBRE FUNGOS CONCEITO CARACTERÍSTICAS BÁSICAS ETC
AULA SOBRE FUNGOS CONCEITO CARACTERÍSTICAS BÁSICAS ETC
 
Sindromes diarreicas 2019
Sindromes diarreicas 2019 Sindromes diarreicas 2019
Sindromes diarreicas 2019
 
03 ofidismo- urgência e emergência
03  ofidismo- urgência e emergência03  ofidismo- urgência e emergência
03 ofidismo- urgência e emergência
 

Afecções da pele_(equinos)

  • 1. RESUMO 374 – EQÜINOS – PROFª VERÔNICA AFECÇÕES DA PELE 1. DERMATITE POR NEMATÓDEO: HABRONEMOSE - ETIOLOGIA: Habronema muscae H. majus Draschia megastoma - EPIDEMIOLOGIA: CLIMA QUENTE - PATOGENIA: AS MOSCAS (Musca Domestica, S. Calcitrans) ⇒ DEPOSITAM A L3 NA PELE LESIONADA OU NAS MUCOSAS - SINAIS CLÍNICOS: TECIDO DE GRANULAÇÃO COM ULCERAÇÃO PODE FORMAR NÓDULOS CASEOSOS PRURIDO LEVE - LOCALIZAÇÃO: CONJUNTIVA, VULVA, PARTE BAIXA DOS MEMBROS - DIAGNÓSTICO: HISTÓRICO (ferida que não cicatriza); PELA CARACTERÍSTICA DA LESÃO. - DIAGNÓSTICO DEFINITIVO: HISTOPATOLOGIA: Tecido de granulação, com a presença da larva no interior. Infiltrado eosinofílico. - DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Tecido de granulação após traumatismo; sarcoide fibroblástico; carcinoma (quando na conjuntiva); pitiose (fase inicial). - TRATAMENTO: - EXCISÃO CIRÚRGICA - IVERMECTINA: 0,2 mg/kg = 200 µg/kg. - CORTICOIDES: PREDNISOLONA (para reduzir o processo inflamatório e prurido): 1 mg/kg – B.i.d. (depois: reduzir para S.i.d. e, posteriormente, para a metade da dose). 1
  • 2. 2. DERMATITE POR FUNGOS I. SUPERFICIAL II. SUB-CUTÂNEA I. SUPERFICIAL: DERMATOMICOSE/DERMATOFITOSE (“TINHA”) - ETIOLOGIA: Trichophyton equinum T. mentagrophytes T. verrucosum (menos freqüente) Microsporum gypseum Outros: Microsporum equinum Microsporum canis - EPIDEMIOLOGIA: - MAIS EM JOVENS - ANIMAIS (DESNUTRIDOS; IMUNODEPRIMIDOS - AMBIENTE (EXCESSO DE UMIDADE E TEMPERATURA) - TRANSMISSÃO: FÔMITES OU DIRETA (menos comum) - PATOGENIA: PELE LESIONADA ⇒ AGENTE PRESENTE NAS CÉLULAS EPITELIAIS (extrato córneo) E PELO (fibras) ⇒ INFLAMAÇÃO - SINAIS CLÍNICOS: PÁPULAS ALOPECIA E DESCAMAÇÃO PRURIDO: LEVE (FASE INICIAL) - LOCALIZAÇÃO: CABEÇA, PESCOÇO, TRONCO, GARUPA (+ Microsporum gypseum), MEMBROS (+ T. Verrucosum). - DIAGNÓSTICO: HISTÓRICO (AMBIENTE) SINAIS CLÍNICOS - DIAGNÓSTICO DEFINITIVO: - RASPADO DE PELE - TRICOGRAFIA (avaliação micológica direta) - HISTOPATOLOGIA - CULTURA DE PELE 2
  • 3. - RASPADO DE PELE: coloca na lâmina com hidróxido de potássio ou óleo mineral = Descartar ectoparasitas e tentar detectar hifas e pêlos desgastados, destruídos. - TRICOGRAFIA: pêlos desgastados, destruídos. Hifas septadas. - HISTOPATOLOGIA: Foliculite, perifoliculite, dermatite perivascular e pustular. - CULTURA DE PELE: Sabouraud: hifas e conídeas. - DIFERENCIAL: SARCÓIDE OCULTO; DERMATOFILOSE. - TRATAMENTO: * AUTOLIMITANTE - ISOLAMENTO TRATAMENTO TÓPICO: - XAMPU A BASE DE SULFETO DE SELÊNIO (3 a 5%) POVIDINE (0,5-2%) ou CLOREXIDINE (0,5-2%) ou HIPOCLORITO DE SÓDIO: 0,5% SULFATO DE COBRE (1-3%) BANHO DIÁRIO POR 7-10 DIAS. DEPOIS: 2X/SEMANA OUTRA OPÇÃO: - ENILCONAZOL a 2% - banho - GRISEOFULVINA: 100mg/kg – S.I.D. – Oral – 10 dias. OUTRO AUTOR: - BANHO COM XAMPU A BASE DE SULFETO DE SELÊNIO A 1%, SEGUIDO DE UM OUTRO BANHO COM THIABENDAZOL A 5%. PULVERIZAR O ANIMAL COM 2 LITROS – 1 X/SEMANA – 4 SEMANAS. LIMPEZA DO AMBIENTE E UTENSILIOS: - HIPOCLORITO DE SÓDIO: 5% ou FORMALINA: 5% ou CRESOL: 3%. 3
  • 4. II. DERMATITE SUB-CUTÂNEA POR FUNGO: PITIOSE (FICOMICOSE; HIFOMICOSE) - ETIOLOGIA: Pythium spp (Hyphomyces destruens) - EPIDEMIOLOGIA: - REGIÕES ALAGADAS - TEMPERATURA (34 a 40ºC) E UMIDADE ELEVADAS - PATOGENIA: - O AGENTE TEM TROPISMO POR VASOS SANGÜINEOS ⇒ NECROSE ⇒ ocasiona uma LINFANGITE ⇒ e REAÇÃO PIOGRANULOMATOSA (INFILTRADO EOSINOFÍLICO) - SINAIS CLÍNICOS: - TECIDO DE GRANULAÇÃO, COM ELIMINAÇÃO DE MATERIAL SERO- SANGUINOLENTO. - PRURIDO: INTENSO - TAMBÉM: ANEMIA. HÁ RELATOS DE CASOS DE INAPETÊNCIA E DIARRÉIA. - LOCALIZAÇÃO: MEMBROS E ABDÔMEN - PODE HAVER COMPROMETIMENTO DOS OSSOS, LINFONODOS REGIONAIS, OLHOS E ÓRGÃOS DO SISTEMA DIGESTIVO E RESPIRATÓRIO. - ZOONOSES? - DIAGNÓSTICO: HISTÓRICO (AMBIENTE); SINAIS CLÍNICOS HEMOGRAMA: ANEMIA; HIPOPROTEINEMIA - DIAGNÓSTICO DEFINITIVO: - HISTOPATOLOGIA (meio especial para fungo): HIFAS (3 - 10µm de diâmetro); DERMATITE PIOGRANULOMATOSA; INFILTRADO EOSINOFÍLICO (também neutrófilos, macrófagos, células gigantes). - CULTURA a 35 a 37ºC (ágar extrato vegetal; ágar dextrosol; sabouraud + cloranfenicol): observar a morfologia. 4
  • 5. - DIFERENCIAL: HABRONEMOSE; SARCÓIDE FIBROBLÁSTICO OU MISTO; TECIDO DE GRANULAÇÃO APÓS TRAUMATISMO. MAIS RARAMENTE: ZIGOMICOSE (Basidiobolus haptosporus; Conidiobolus coronatus). - TRATAMENTO: - IODETO DE POTÁSSIO: 67 mg/kg – Oral – por no mínimo 30 dias. - VACINA: Vacina da Embrapa + UFSM (Pythium-Vac®): 6 aplicações com intervalo de 15 dias. Cura: 81% dos casos 3. DERMATITE POR BACTÉRIA: DERMATOFILOSE - ETIOLOGIA: Dermatophilus congolensis - EPIDEMIOLOGIA: - LESÕES NA PELE - TEMPERATURA ELEVADA - EXCESSO DE UMIDADE - ANIMAIS IMUNODEPRIMIDOS TRANSMISSÃO: O AGENTE PODE PERMANECER DENTRO DE CARRAPATOS (POR MESES) E EM MOSCAS (24 HORAS). - PATOGENIA: PELE LESIONADA ⇒ FORMAÇÃO DE PÁPULAS ⇒ PÚSTULAS ⇒ PLACAS OVÓIDES DE PELOS e CROSTAS No período chuvoso quando se retira as placas ovóides se observa uma região bastante úmida. No período mais seco não se nota tanta umidade por debaixo das placas. - SINAIS CLÍNICOS: - PLACAS OVOIDES DE PÊLO - CROSTAS - PRURIDO: RARAMENTE OBSERVADO O QUADRO PODE SE ACOMPANHAR DE APATIA E INAPETÊNCIA. LOCALIZAÇÃO: CABEÇA (FACE), PESCOÇO, GARUPA, MEMBROS. - DIAGNÓSTICO: SINAIS CLÍNICOS, EXAME LABORATORIAL. 5
  • 6. - DIAGNÓSTICO DEFINITIVO: - LABORATORIAL: (EXAME CITOLÓGICO DO ESFREGAÇO CORADO) PLACAS OVÓIDES DE PÊLO + SALINA 0,85%: COCOS = FINOS RAMOS EM CADEIA. - CULTURA (ÁGAR SANGUE). MORFOLOGIA: “PINGO DE OURO” - HISTOPATOLOGIA: PERIFOLICULITE; DERMATITE PUSTULAR E PERIVASCULAR - DIFERENCIAL: Dermatite por Staphylococcus intermedius; Dermatomicose; Foliculite: Staphylococcus spp, Streptococcus spp, Corinebacterium spp. - TRATAMENTO: * AUTOLIMITANTE: PODE HAVER CURA ESPONTÂNEA (PODE DEMORAR + DE MESES). ISOLAMENTO TRATAMENTO TÓPICO: - REMOÇÃO DAS PLACAS E CROSTAS, LAVANDO O LOCAL COM XAMPU A BASE DE SULFETO DE SELÊNIO A 2% BANHO DIÁRIO: 7 a 10 DIAS. DEPOIS: 2X/SEMANAS. OUTRA OPÇÃO: POVIDINE (1%) SE NECESSÁRIO: - ANTIBIOTICOTERAPIA: PENICILINA PROCAÍNA: 22-44.000 UI/kg - B.I.D. – 5 DIAS. HIGIENE DO AMBIENTE/UTENSILIOS: - AMBIENTE SECO E AREJADO. - ALIMENTAÇÃO ADEQUADA. 4. DERMATITE POR VIRUS: SARCÓIDE PREDISPOSIÇÃO HEREDITÁRIA (NA OPINIÃO DE ALGUNS AUTORES) - FATOR PREDISPONENTE: LESÃO DA PELE POR TRAUMATISMO - TRANSMISSÃO: FÔMITES E MOSCAS. - SINAIS CLÍNICOS: 6
  • 7. TIPOS: OCULTO (PAVIMENTAR); VERRUCOSO; FIBROBLASTICO; NODULAR E MISTO. O sinal clínico depende do tipo de sarcóide. O OCULTO se apresenta como uma área de alopecia e descamação ou ainda como uma pequena pápula. O VERRUCOSO mostra um aspecto de verruga. FIBROBLÁSTICO: encontra-se bastante tecido granulomatoso. NODULAR: nódulos sub-cutâneos e MISTO: pode mostrar um aspecto verrucoso, fibroblástico e até mesmo nodular. - LOCALIZAÇÃO: REGIÃO PERIOCULAR; PÁLPEBRAS; COMISSURA LABIAL; REGIÃO VENTRAL, INGUINAL, MEMBROS (região mais distal). - DIAGNÓSTICO: SINAL CLÍNICO: característica do tumor. - DIAGNÓSTICO DEFINITIVO: HISTOPATOLOGIA - HIPERPLASIA EPIDERMAL. - PROLIFERAÇÃO FIBROBLÁSTICA E DE FIBRAS COLÁGENAS (CRESCIMENTO DESORGANIZADO). - DIFERENCIAL: DERMATOMICOSE (quando é do tipo sarcóide oculto); PAPILOMATOSE (quando é do tipo sarcóide verrucoso); TECIDO DE GRANULAÇÃO APÓS TRAUMATISMO (quando do tipo sarcóide fibroblástico), HABRONEMOSE (quando do tipo sarcóide fibroblástico), CARCINOMA (quando do tipo sarcóide fibroblástico); PITIOSE (quando do tipo sarcóide fibroblástico). - TRATAMENTO: PODE OCORRER REGRESSÃO ESPONTÂNEA A. EXCISÃO CIRÚRGICA B. CRIOTERAPIA (-20 A –50ºC) C. RADIOTERAPIA D. IMUNOTERAPIA • IMUNOTERAPIA: BCG. Se realiza 4 tratamentos dentro da lesão com intervalo de 2-3 semanas (produz uma resposta imunológica local). Cuidado, pois leva a uma reação local intensa (necrose). na 2ª, 3ª e 4ª aplicações, utilizar um corticoide (Ex.: prednisolona) 30 minutos antes da aplicação da BCG, com a finalidade de se tentar evitar uma reação anafilática. • EUA: vacina: Regressin® 7
  • 8. CISPLATINA: Cis (II) diamminedichloro platinum DROGA QUE VEM SENDO UTILIZADA MAIS RECENTEMENTE. - MODO DE AÇÃO: interfere com o metabolismo celular; na estrutura do DNA e na replicação e divisão celular. DOSE DE CISPLATINA: 0,97 a 1 mg de cisplatina/cm3 de tumor – uma vez por semana. Total: 4 semanas. Administra-se dentro e ao redor do tumor. OBS.: Trabalho científico: casos acompanhados durante o período de um ano após o término do tratamento demonstrou 87% de regressão. 8