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Contexto Histórico 
Crítica Social
Um século de catástrofes 
• Padre António Vieira atravessou quase 
integralmente um século muito fustigado por 
várias catástrofes e rasgado por grandes 
inovações. (…)
Que catástrofes? 
• a elevada taxa de mortalidade dos marinhos portugueses 
nas viagens marítimas (não só os naufrágios, mas as 
pragas e doenças como o escorbuto); 
• a crescente emigração para outros territórios (Índia, 
Brasil…); 
• a política de D. Manuel I que ordena a expulsão dos Judeus; 
• a conjuntura de pestes, fomes e mesmo guerras (ex. 
Restauração…); 
• os maus anos agrícolas e as técnicas rudimentares que 
provocavam uma baixa produtividade agrícola; 
• a crise do Império Colonial Português.
Supremacia das grandes potências 
• Foi um período que nasceu assistindo a 
uma certa supremacia do mundo ibérico e 
que definhou dominado pela emergente 
Holanda, porventura a grande potência 
económica do tempo, pela França de Luís 
XIV, e pela Inglaterra.
Época barroca 
• No plano das artes foi o século do 
Barroco, tendência que se infiltrou 
nas artes plásticas, na música na 
literatura, no vestuário, nos 
comportamentos cortesãos, nas 
formas de religiosidade e que se 
pautou por ser mais sensitiva do 
que racional, mais desmesurada do 
que contida, mais metafórica do que 
realista, mais ondulante do que 
retilínea, mais colorida do que 
acromática, mais espetacular do 
que sóbria.
Avanços científicos 
• Foi o tempo da emergência do espírito científico 
e do método experimental, que provocaram 
avanços importantes no conhecimento do 
mundo físico em vários domínios, graças aos 
trabalhos e reflexões de: 
• Galileu, Bacon, Torricelli, Kepler, Descartes e, 
mais tarde, Newton.
Situação política conturbada 
• Em Portugal, o século foi muito agitado do ponto de 
vista político. Até 1640 perpetuou-se o domínio filipino 
da coroa portuguesa, situação herdada do século 
anterior, na sequência do fracasso de Alcácer-Quibir, 
que conduzira à conquista da coroa por parte de Filipe II 
de Espanha, em 1580. 
• No 1º de dezembro de 1640, um golpe palaciano que 
provocou pouco sangue, repunha na mão de 
portugueses os destinos da monarquia e D. João IV, o 
primeiro rei da Casa de Bragança, assumiu o poder.
Dificuldades económicas 
• A dominação castelhana da coroa havia ainda 
legitimado ataques holandeses, franceses e ingleses, a 
muitos dos territórios portugueses, no Oriente, África e 
Brasil, ataques que se prolongaram alguns anos após a 
Restauração, provocando um agravamento da 
economia. 
• A perseguição movida pela Inquisição aos cristãos-novos, 
que neste século assumiu particular violência, 
tinha como consequência a fuga de muitos deles para o 
estrangeiro, transportando consigo avultados capitais.
Culturalmente 
• O período não foi de grande brilho, tendo visto 
empalidecer o fulgor que as Artes e Letras 
haviam alcançado na época do Renascimento e 
do Maneirismo, pese embora a pujança que a 
arquitetura religiosa de traça barroca assumirá, 
sobretudo na parte final do século, bem como a 
vasta produção lírica muito consumida e 
divulgada em algumas academias literárias 
então nascentes.
A censura 
• A censura, sobretudo a 
inquisitorial, limitava a 
abertura de Portugal às 
correntes que no 
estrangeiro faziam 
triunfar o saber científico, 
conhecimento aqui 
divulgado por poucos e 
habitualmente com 
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Contextualização d o sermão

  • 2. Um século de catástrofes • Padre António Vieira atravessou quase integralmente um século muito fustigado por várias catástrofes e rasgado por grandes inovações. (…)
  • 3. Que catástrofes? • a elevada taxa de mortalidade dos marinhos portugueses nas viagens marítimas (não só os naufrágios, mas as pragas e doenças como o escorbuto); • a crescente emigração para outros territórios (Índia, Brasil…); • a política de D. Manuel I que ordena a expulsão dos Judeus; • a conjuntura de pestes, fomes e mesmo guerras (ex. Restauração…); • os maus anos agrícolas e as técnicas rudimentares que provocavam uma baixa produtividade agrícola; • a crise do Império Colonial Português.
  • 4. Supremacia das grandes potências • Foi um período que nasceu assistindo a uma certa supremacia do mundo ibérico e que definhou dominado pela emergente Holanda, porventura a grande potência económica do tempo, pela França de Luís XIV, e pela Inglaterra.
  • 5. Época barroca • No plano das artes foi o século do Barroco, tendência que se infiltrou nas artes plásticas, na música na literatura, no vestuário, nos comportamentos cortesãos, nas formas de religiosidade e que se pautou por ser mais sensitiva do que racional, mais desmesurada do que contida, mais metafórica do que realista, mais ondulante do que retilínea, mais colorida do que acromática, mais espetacular do que sóbria.
  • 6. Avanços científicos • Foi o tempo da emergência do espírito científico e do método experimental, que provocaram avanços importantes no conhecimento do mundo físico em vários domínios, graças aos trabalhos e reflexões de: • Galileu, Bacon, Torricelli, Kepler, Descartes e, mais tarde, Newton.
  • 7. Situação política conturbada • Em Portugal, o século foi muito agitado do ponto de vista político. Até 1640 perpetuou-se o domínio filipino da coroa portuguesa, situação herdada do século anterior, na sequência do fracasso de Alcácer-Quibir, que conduzira à conquista da coroa por parte de Filipe II de Espanha, em 1580. • No 1º de dezembro de 1640, um golpe palaciano que provocou pouco sangue, repunha na mão de portugueses os destinos da monarquia e D. João IV, o primeiro rei da Casa de Bragança, assumiu o poder.
  • 8. Dificuldades económicas • A dominação castelhana da coroa havia ainda legitimado ataques holandeses, franceses e ingleses, a muitos dos territórios portugueses, no Oriente, África e Brasil, ataques que se prolongaram alguns anos após a Restauração, provocando um agravamento da economia. • A perseguição movida pela Inquisição aos cristãos-novos, que neste século assumiu particular violência, tinha como consequência a fuga de muitos deles para o estrangeiro, transportando consigo avultados capitais.
  • 9. Culturalmente • O período não foi de grande brilho, tendo visto empalidecer o fulgor que as Artes e Letras haviam alcançado na época do Renascimento e do Maneirismo, pese embora a pujança que a arquitetura religiosa de traça barroca assumirá, sobretudo na parte final do século, bem como a vasta produção lírica muito consumida e divulgada em algumas academias literárias então nascentes.
  • 10. A censura • A censura, sobretudo a inquisitorial, limitava a abertura de Portugal às correntes que no estrangeiro faziam triunfar o saber científico, conhecimento aqui divulgado por poucos e habitualmente com atraso.