SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 65
INTRODUÇÃ AO
USO CORRETO DE
ANTIMICROBIANOS
ANA CLAUDIA SOUZA
RODRIGUES
POR QUE ESTUDAR AS
BACTÉRIAS?
GIROLAMO FRACASTORO
 Médico italiano em 1546 definiu que o contágio
ocorria:
1) Pelos contatos;
2) Através de fômites
ou objetos
3) A distância
(através do ar).
BACTÉRIAS: DA MICROBIOTA NORMAL A PATOGENICIDADE
Professora Zilka Nanes (Universidade Estadual da Paraíba)
HISTÓRICO
BACTÉRIAS
 1633 - Quinina - isolado em 1820 da Cinchona – ação
terapêutica notável contra o Plasmodium.
 1673 - Antoni van Leeuwenhoek – 1673 – animalículos.
 1828 - Christian Gottfried Ehrenberg – Bacterium
BACTÉRIAS
 1859 - Louis Pasteur – derrubou geração espontânea –
fermentação – TEORIA DOS GERMES
 Pasteur e Robert Koch – doenças (cólera, carbúculo,
TB) x germes
 1932 - Gerhard Domagk – sulfamidocrisoidina foi utilizada
em infecções de camundongos. Utilizado, com sucesso, pela
primeira vez em humanos, na própria filha (infecção
estreptocócica grave).
LINHA DO TEMPO
1910 1944 – 1950 1980 2001/02
Paul Ehrlich
arsênico
Alexander
Fleming,
PENICILINA
1928
1939
1932 - sulfonamida
1940 A 42 - R
SULF/PEN
Estreptomicina,
BAC, CLO,
POL, TET,
Cefalosporina,
Neomicina,
Nistatina
1950- 1970 - ERI, OXA (59), KANA,
VAN, LINCO, GENTA, TOB
IMIPENEM
1965 – TEM-1
1961 –
R OXA
1983 - ESBL
1995 -
MBL
KPC/
VRSA
BACTÉRIA
Disponível em : pneumologia.med.br
FORMAS
Disponível em : dgratisfarmacia.com
PAREDE CELULAR
http://vsites.unb.br/ib/cel/microbiologia/morfologia1/morfologia1.html
PEPTIDEOGLICANO/MUREÍNA OU
MUCOPEPTÍDEO
 Exclusivo das bactérias
 Polímero que confere rigidez e formato
 2 açúcares - N-acetilglicosamina (NAG) e o
ácido N-acetilmurâmico (NAM) unidos
alternadamente.
 Gram positivas (Ala-Glu-Lys-Ala) - ligação é
indireta, sendo mediada por uma ponte
interpeptídica de natureza variável
 Gram negativas (Ala-Glu-DAP-Ala)- ligação é
direta
PAREDE CELULAR
 PEPTIDEOGLICANO
pathmicro.med.sc.edu
PAREDE CELULAR
pathmicro.med.sc.edu
OUTRAS ESTRUTURAS
 MEMBRANA CELULAR
 RIBOSSOMOS
 MATERIAL NUCLEAR
vongolaetec.forumeiros.eu
OUTRAS ESTRUTURAS
 FÍMBRIAS ou PILI SEXUAL
 FLAGELOS
 CÁPSULA
www.lookfordiagnosis.com
COLORAÇÃO DE GRAM
Coloração de Gram
juliasarabioifes.wordpress.com
QUAIS OS PRINCIPAIS
COCOS GRAM POSITIVOS?
pt.wikipedia.org
COCOS GRAM POSITIVOS
 Staphylococcus spp
 Streptococcus spp
 Enterococcus spp
BACILOS GRAM NEGATIVOS
 Enterobactérias – Escherichia coli, Klebsiella
pneumoniae, K. oxytoca, Proteus spp,
Enterobacter spp, Providencia spp, Morganella
morganii, Serratia spp entre outros.
 Não fermentadores – Pseudomonas aeruginosa,
Acinetobacter spp, Stenotrophomonas
maltophilla, Burkholderia cepacia entre outros.
juliasarabioifes.wordpress.com
Bactérias não identificadas pelo
Gram
 Sem parede – Mycoplasma spp
 Bacilos álcool-ácido resistentes – BK – Koch
dc263.4shared.com
POR QUE ESTUDAR
OS ANTIBIÓTICOS????
 Diversos estudos têm demonstrado que
aproximadamente 50% das prescrições médicas
de antimicrobianos são feitas de forma
inadequada;
 O uso excessivo destes fármacos não apenas
está associado à emergência e seleção de cepas
de bactérias resistentes, mas também a eventos
adversos, elevação dos custos e da morbi-
mortalidade.
QUIMIOTERÁPICOS
Substâncias químicas que exercem ação
seletiva sobre organismos ou células
invasoras patogênicas.
Antibacterianos, antifúngicos, antiparasitários,
antihelmínticos, antivirais e antineoplásicos.
-cida / - tático - depende de pH, temp., dose,
fase metabólica do invasor, etc.
ANTIBIÓTICO
 “Metabólitos microbianos ou análogos
sintéticos capazes de inibir processos vitais
de outros organismos, mesmo em
concentrações diminutas, sem causar
toxicidade elevada ao hospedeiro”.
GREGO – “contrário à vida”
20.000 descritos  100 uso clínico
ANTIMICROBIANOS – TERMO
MAIS AMPLO
Substâncias químicas que inibem o
crescimento ou provocam a destruição dos
microorganismos.
Produzidos através de microorganismos como bactérias,
fungos, e outros, ou sintetizados total ou parcialmente.
COLONIZAÇÃO
Crescimento e multiplicação de um
microrganismo em superfícies
epiteliais do hospedeiro, sem
expressão clínica ou imunológica.
Ex: Microbiota humana normal.
MICROBIOTA RESIDENTE X
MICROBIOTA TRANSITÓRIA.
BENEFÍCIOS DA MICROBIOTA NORMAL
 Grande quantidade de bactérias saprófitas no intestino e
na boca dificulta a instalação de um patógeno
 Bactérias do intestino produzem substâncias antibióticas
às quais elas próprias são imunes
 Colonização do recém-nascido é um estímulo para o
desenvolvimento do sistema imune
 Bactérias intestinais são produtoras de vitamina K, e
auxiliam na digestão e absorção de nutrientes
BACTÉRIAS: DA MICROBIOTA NORMAL A PATOGENICIDADE
Professora Zilka Nanes (Universidade Estadual da Paraíba)
MICROBIOTA NORMAL DO CORPO HUMANO
(PELE)
Cocos Gram-positivos:
Staphylococcus aureus (comum)
Staphylococcus epidermidis (proeminente)
Streptococcus spp. (irregular) – S.pyogenes
Bacilos Gram-positivos:
Corynebacterium spp. (++)
Propionibacterium acnes
BACTÉRIAS: DA MICROBIOTA NORMAL A PATOGENICIDADE
Professora Zilka Nanes (Universidade Estadual da Paraíba)
MICROBIOTA NORMAL DO CORPO HUMANO
(BOCA e FARINGE)
Cocos Gram-positivos:
Staphylococcus aureus (comum)
Staphylococcus epidermidis (comum)
Streptococcus spp.(proeminente)
Enterococcus spp.(irregular)
Bacilos Gram-positivos:
Corynebacterium spp. (comum)
Cocos Gram-negativos:
Neisseria ssp. (comum)
Haemophillus spp. (irregular)
Bastonetes Gram-negativos: Pseudomonas aeruginosa
(irregular), Escherichia coli (irregular) e Proteus mirabilis
BACTÉRIAS: DA MICROBIOTA NORMAL A PATOGENICIDADE
Professora Zilka Nanes (Universidade Estadual da Paraíba)
MICROBIOTA NORMAL DO CORPO HUMANO
(INTESTINOS)
Bacilos Gram-negativos (principalmente Enterobactérias)
Escherichia coli (proeminente)
Proteus mirabilis (comum)
Pseudomonas aeruginosa (comum)
Bacilos Gram-positivos:
Corynebacterium spp. (comum)
Clostridium tetani (irregular)
Cocos Gram-positivos:
Staphylococcus aureus (proeminente)
Staphylococcus epidermidis (comum)
BACTÉRIAS: DA MICROBIOTA NORMAL A PATOGENICIDADE
Professora Zilka Nanes (Universidade Estadual da Paraíba)
INFECÇÕES
Danos decorrentes da invasão,
multiplicação e ação de produtos
tóxicos de agentes infecciosos no
hospedeiro, ocorrendo interação
imunológica.
ESTAFILOCOCOS
 FOLICULITE
 FURÚNCULO
 IMPETIGO
 PÉ DIABÉTICO
 ENDOCARDITE
 PNEUMONIA
 OSTEOMIELITE
 ARTRITE
 INTOXICAÇÃO ALIMENTAR
Streptococcus pyogenes
 FARINGITE, OTITE, SINUSITE, ERISIPELA,
IMPETIGO, PIODERMITE, FEBRE PUERPERAL
 FEBRE ESCARLATINA
 FEBRE REUMÁTICA
 GLOMERULONEFRITE AGUDA
Streptococcus pneumoniae
 PNEUMONIA
 MENINGITE, SINUSITE e OTITE
 EMPIEMA
 PERICARDITE e ENDOCARDITE
 PERITONITE PRIMÁRIA
INFECÇÕES RELACIONADAS A
VÁRIOS MICRORGANISMOS
 Sepse/bacteremia
 Infecções urinárias
 Síndrome do choque tóxico
 Infecções de ferida
 Infecções hospitalares
 Infecções intestinais – principalmente
relacionados a Gram negativos
FATORES QUE INFLUENCIAM
NA ESCOLHA DO ATB
 Fatores ligados ao agente infectante
 Natureza da infecção
 Características do paciente
 Farmacologia do antibiótico
 Sensibilidade do agente
AGENTE ETIOLÓGICO
 PATOGENICIDADE E VIRULÊNCIA
NATUREZA DA INFECÇÃO
 Oportunista?
 Hospitalar?
 Grave?
 Sistêmica?
 SNC?
ANTIMICROBIANO
 ATINGE O SÍTIO?
 CONCENTRAÇÃO É ADEQUADA?
 O MICRORGANISMO É SENSÍVEL?
 USADO DE FORMA ADEQUADA?
bactoviromania.blogspot.com
PACIENTE
 Idade, condições patológicas prévias
(nefropatias, hepatopatias e outras) gravidez e
fatores genéticos
MICROBIOTA x INFECÇÃO
 Diagnóstico com base nas manifestações clínicas
e dados laboratoriais
 Inicio do tratamento X Diagnóstico laboratorial
 Avaliação cuidadosa da condição clínica
CLASSIFICAÇÃO
ESPECTRO DE
AÇÃO
Antifúngicos Anfo B, fluconazol
Anaerobicidas Metronidazol
Gram-positivos Oxacilina, Vanco
Gram-negativos Aminoglicosídeos
Amplo espectro Ceftriaxona
GRUPO QUÍMICO Aminoácidos Betalactâmico
Açúcares Aminoglicosídeo
Acetatos/propionatos Tetraciclina
Quimioterápicos Sulfa
ATIVIDADE
(em desuso)
Bactericida Quinolona
Bacteriostático Macrolídeo
Derivado de aminoácidos
– Monopeptídeos: ciclosserina
– Polipeptídicos: polimixina, bacitracina,
– Aminopropanodiol: cloranfenicol e
tianfenicol
– Glicopeptídicos: vancomicina, teicoplanina
– Lipopeptídicos: daptomicina
– Beta Lactâmicos.
Derivado de açúcares
 Macrolídeos: eritromicina, espiramicina,
claritromicina, Azalídeos (azitromicina), Cetolídeos
(telitromicina)
 Lincosamidas: lincomicina, clindamicina
 Aminoglicosídeos: estreptomicina, gentamicina,
amicacina, neomicina, paromomicina
 Estreptograminas: pristinamicina,
quinupristina/dalfopristina
 Glicosídeos ácidos: novobiocina
INTERAÇÕES ENTRE
ANTIBIÓTICOS
ASSOCIAÇÃO INTERAÇÃO ANTIMICROBIANOS
BACTERICIDAS Sinérgica Penicilina+Streptomicina
Indiferente Maioria
BACTERIOTÁTICOS Sinérgica Sulfametoxazol+trimetropin
Indiferente A maioria
Antagônica Eritromicina+Cloranfenicol
BACTERICIDAS/
BACTERIOSTÁTICOS
Sinérgica Streptomicina+tetraciclina
Indiferente Maioria
Antagônica Tetraciclina+Penicilina
MECANISMO DE AÇÃO
 PAREDE CELULAR
 SÍNTESE DE DNA – síntese de ácido fólico
 SÍNTESE DE PROTEÍNAS
 MEMBRANA CELULAR
PRINCÍPIOS DO USO
RACIONAL DE
ANTIMICROBIANOS
 Infecções graves – início da antibioticoterapia
mais breve possível.
 Infecções mais leves – Coletar culturas antes do
tratamento.
 Evitar profilaxias desnecessárias (resfriados,
diarréias pouco definidas)
 Coletar culturas antes da antibioticoterapia.
PRINCÍPIOS DO USO
RACIONAL DE
ANTIMICROBIANOS
 Procurar cobertura com menor espectro para
minimizar superinfecções ou multiresistencia.
 Evitar doses subterapêuticas
 Com resultado da cultura , reduzir espectro de
ação
 Tratar pelo menor tempo possível.
E OS CONCEITOS
VEICULADOS PELA MÍDIA ?
http://www.olharvital.ufrj.br/ant/2006_05_25/materia_faceseinterfaces.htm
PROPAGANDA ENGANOSA
 Vídeo 1
PROBLEMAS COM O USO DE
ANTIBIÓTICOS
SUPERINFECÇÃO:
 É o surgimento de uma nova infecção em função
da terapia antimicrobiana.
 Está comumente associada ao uso de ATB de
amplo espectro ( penicilinas de amplo espectro, cefalosporinas, tetraciclinas,
cloranfenicol)
 Locais afetados: orofaringe, intestino, TR, TGU, pele
PROBLEMAS COM O USO DE
ANTIBIÓTICOS
DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
O uso prolongado de ATB pode resultar em
deficiências de:
 Vitaminas do complexo B
 Vitamina K
Neomicina anormalidades morfológicas da mucosa
intestinal Esteatorréia e
síndrome de má
absorção
VAMOS VER COMO OS
ANTIMICROBIANOS AGEM?

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antimicrobianos.
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antimicrobianos.Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antimicrobianos.
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antimicrobianos.Jaqueline Almeida
 
História e importância da microbiologia
História e importância da microbiologiaHistória e importância da microbiologia
História e importância da microbiologiaFrancisco de Lima
 
Aula 01 Introdução a Microbiologia
Aula 01   Introdução a MicrobiologiaAula 01   Introdução a Microbiologia
Aula 01 Introdução a MicrobiologiaTiago da Silva
 
Antibióticos - mecanismo de ação
Antibióticos - mecanismo de açãoAntibióticos - mecanismo de ação
Antibióticos - mecanismo de açãoSafia Naser
 
Antimicrobianos mecanismos-de-resistencia
Antimicrobianos mecanismos-de-resistenciaAntimicrobianos mecanismos-de-resistencia
Antimicrobianos mecanismos-de-resistenciaGlauce Trevisan
 
introduçao a microbiologia
introduçao a microbiologiaintroduçao a microbiologia
introduçao a microbiologiaLucio Silva
 
Aditivos em ruminantes bromatologia
Aditivos em ruminantes   bromatologiaAditivos em ruminantes   bromatologia
Aditivos em ruminantes bromatologiaRoger Moreira
 
Anestesia veterinária
Anestesia veterináriaAnestesia veterinária
Anestesia veterináriaantoniodida
 
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAISANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAISpauloalambert
 

La actualidad más candente (20)

Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antimicrobianos.
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antimicrobianos.Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antimicrobianos.
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antimicrobianos.
 
História e importância da microbiologia
História e importância da microbiologiaHistória e importância da microbiologia
História e importância da microbiologia
 
Penicilinas
PenicilinasPenicilinas
Penicilinas
 
Prova microbiologia b1
Prova microbiologia b1Prova microbiologia b1
Prova microbiologia b1
 
8.2 antibióticos 2
8.2 antibióticos 28.2 antibióticos 2
8.2 antibióticos 2
 
Antibióticos
AntibióticosAntibióticos
Antibióticos
 
Aula 01 Introdução a Microbiologia
Aula 01   Introdução a MicrobiologiaAula 01   Introdução a Microbiologia
Aula 01 Introdução a Microbiologia
 
Aula 4 gastrite
Aula 4 gastriteAula 4 gastrite
Aula 4 gastrite
 
Inflamação
InflamaçãoInflamação
Inflamação
 
Doença de chagas
Doença de chagas   Doença de chagas
Doença de chagas
 
Antibióticos - mecanismo de ação
Antibióticos - mecanismo de açãoAntibióticos - mecanismo de ação
Antibióticos - mecanismo de ação
 
Staphylococcus aureus
Staphylococcus aureusStaphylococcus aureus
Staphylococcus aureus
 
Aula de microbiologia ppt
Aula de microbiologia   pptAula de microbiologia   ppt
Aula de microbiologia ppt
 
Apendicite
ApendiciteApendicite
Apendicite
 
Antimicrobianos mecanismos-de-resistencia
Antimicrobianos mecanismos-de-resistenciaAntimicrobianos mecanismos-de-resistencia
Antimicrobianos mecanismos-de-resistencia
 
introduçao a microbiologia
introduçao a microbiologiaintroduçao a microbiologia
introduçao a microbiologia
 
Aditivos em ruminantes bromatologia
Aditivos em ruminantes   bromatologiaAditivos em ruminantes   bromatologia
Aditivos em ruminantes bromatologia
 
Anestesia veterinária
Anestesia veterináriaAnestesia veterinária
Anestesia veterinária
 
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAISANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
 
Composição nutricional dos alimentos
Composição nutricional dos alimentosComposição nutricional dos alimentos
Composição nutricional dos alimentos
 

Destacado (20)

Sararit W _Team Leader
Sararit W _Team LeaderSararit W _Team Leader
Sararit W _Team Leader
 
676
676676
676
 
Microbiologia bacteria comedora de carne
Microbiologia bacteria comedora de carneMicrobiologia bacteria comedora de carne
Microbiologia bacteria comedora de carne
 
El ocaso de lo social
El ocaso de lo socialEl ocaso de lo social
El ocaso de lo social
 
1191354954 129.sistema de_gestao_ambiental
1191354954 129.sistema de_gestao_ambiental1191354954 129.sistema de_gestao_ambiental
1191354954 129.sistema de_gestao_ambiental
 
1193325324 poluicao atmosferica
1193325324 poluicao atmosferica1193325324 poluicao atmosferica
1193325324 poluicao atmosferica
 
682
682682
682
 
213
213213
213
 
Função panc e hepat alunos
Função panc e hepat   alunosFunção panc e hepat   alunos
Função panc e hepat alunos
 
214
214214
214
 
TSA
TSATSA
TSA
 
Questões para estudar
Questões para estudarQuestões para estudar
Questões para estudar
 
Infeções dos tecidos moles
Infeções dos tecidos molesInfeções dos tecidos moles
Infeções dos tecidos moles
 
Appcc
AppccAppcc
Appcc
 
Gestão da segurança de alimentos apresentação suscinta - jan. 2010
Gestão da segurança de alimentos   apresentação suscinta - jan. 2010Gestão da segurança de alimentos   apresentação suscinta - jan. 2010
Gestão da segurança de alimentos apresentação suscinta - jan. 2010
 
Doenca transmitida por alimentos dta
Doenca transmitida por alimentos   dtaDoenca transmitida por alimentos   dta
Doenca transmitida por alimentos dta
 
Antibiograma micro 01
Antibiograma micro 01Antibiograma micro 01
Antibiograma micro 01
 
Estafilococos
EstafilococosEstafilococos
Estafilococos
 
Aula 1 controle de qualidade na ind. de alimentos
Aula 1   controle de qualidade na ind. de alimentosAula 1   controle de qualidade na ind. de alimentos
Aula 1 controle de qualidade na ind. de alimentos
 
Staphylococcus Areus
Staphylococcus AreusStaphylococcus Areus
Staphylococcus Areus
 

Similar a Aula introdução aos atb 1

Curso antibióticos e resistência bacteriana prof alexsander
Curso antibióticos e resistência bacteriana prof alexsanderCurso antibióticos e resistência bacteriana prof alexsander
Curso antibióticos e resistência bacteriana prof alexsanderDouglas Lício
 
Antibioticoterapia em uti liga
Antibioticoterapia em uti ligaAntibioticoterapia em uti liga
Antibioticoterapia em uti ligaCristina Nassis
 
Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque
Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio RoqueAntibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque
Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio RoqueBarbara Queiroz
 
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicosFarmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicosedvandef
 
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicosFarmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicosantoniohenriquedesou2
 
Micobactérias Atípicas, de Crescimento Rápido, Não tuberculosa
Micobactérias Atípicas, de Crescimento Rápido, Não tuberculosaMicobactérias Atípicas, de Crescimento Rápido, Não tuberculosa
Micobactérias Atípicas, de Crescimento Rápido, Não tuberculosaEuripedes A Barbosa
 
17 WEBINAR INTERPRETAÇÃO LABORATORIAL E ANTIBIOTICOTERAPIA (1).ppt
17 WEBINAR INTERPRETAÇÃO LABORATORIAL E ANTIBIOTICOTERAPIA (1).ppt17 WEBINAR INTERPRETAÇÃO LABORATORIAL E ANTIBIOTICOTERAPIA (1).ppt
17 WEBINAR INTERPRETAÇÃO LABORATORIAL E ANTIBIOTICOTERAPIA (1).pptAlexAnjos11
 
Proposição de uma Nova Vacina para Brucelose Bovina Usando uma Abordagem Biot...
Proposição de uma Nova Vacina para Brucelose Bovina Usando uma Abordagem Biot...Proposição de uma Nova Vacina para Brucelose Bovina Usando uma Abordagem Biot...
Proposição de uma Nova Vacina para Brucelose Bovina Usando uma Abordagem Biot...Denise Selegato
 
Doenças causadas por bactérias
Doenças causadas por bactérias Doenças causadas por bactérias
Doenças causadas por bactérias Nic K
 
Curso tuberculose, hanseníase e sífilis novo
Curso tuberculose, hanseníase e sífilis novoCurso tuberculose, hanseníase e sífilis novo
Curso tuberculose, hanseníase e sífilis novoDouglas Lício
 
Guia de antimicrobianos_do_hc-ufg
Guia de antimicrobianos_do_hc-ufgGuia de antimicrobianos_do_hc-ufg
Guia de antimicrobianos_do_hc-ufgJardene Diiogenes
 
Aula completa reino monera
Aula completa reino moneraAula completa reino monera
Aula completa reino moneraNELSON COSTA
 
Criação de bezerras de leite
Criação de bezerras de leiteCriação de bezerras de leite
Criação de bezerras de leiteMarília Gomes
 
microbiologia e parasitologia voltada para a enfermagem
microbiologia e parasitologia voltada para a enfermagemmicrobiologia e parasitologia voltada para a enfermagem
microbiologia e parasitologia voltada para a enfermagemssuser5cab6e
 
AULA 3 - BACTÉRIAS.pdf
AULA 3 - BACTÉRIAS.pdfAULA 3 - BACTÉRIAS.pdf
AULA 3 - BACTÉRIAS.pdfJordniaMatias2
 
Classificação dos antimicrobianos 2015
Classificação dos  antimicrobianos 2015Classificação dos  antimicrobianos 2015
Classificação dos antimicrobianos 2015mesquitah
 

Similar a Aula introdução aos atb 1 (20)

Curso antibióticos e resistência bacteriana prof alexsander
Curso antibióticos e resistência bacteriana prof alexsanderCurso antibióticos e resistência bacteriana prof alexsander
Curso antibióticos e resistência bacteriana prof alexsander
 
Antibioticoterapia em uti liga
Antibioticoterapia em uti ligaAntibioticoterapia em uti liga
Antibioticoterapia em uti liga
 
Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque
Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio RoqueAntibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque
Antibióticos - Seminario UFPB - Prof Evanizio Roque
 
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicosFarmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
 
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicosFarmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
Farmacodinâmica e Farmacologia clínica dos Aminoglicosídeos e Beta-lactâmicos
 
Micobactérias Atípicas, de Crescimento Rápido, Não tuberculosa
Micobactérias Atípicas, de Crescimento Rápido, Não tuberculosaMicobactérias Atípicas, de Crescimento Rápido, Não tuberculosa
Micobactérias Atípicas, de Crescimento Rápido, Não tuberculosa
 
17 WEBINAR INTERPRETAÇÃO LABORATORIAL E ANTIBIOTICOTERAPIA (1).ppt
17 WEBINAR INTERPRETAÇÃO LABORATORIAL E ANTIBIOTICOTERAPIA (1).ppt17 WEBINAR INTERPRETAÇÃO LABORATORIAL E ANTIBIOTICOTERAPIA (1).ppt
17 WEBINAR INTERPRETAÇÃO LABORATORIAL E ANTIBIOTICOTERAPIA (1).ppt
 
Proposição de uma Nova Vacina para Brucelose Bovina Usando uma Abordagem Biot...
Proposição de uma Nova Vacina para Brucelose Bovina Usando uma Abordagem Biot...Proposição de uma Nova Vacina para Brucelose Bovina Usando uma Abordagem Biot...
Proposição de uma Nova Vacina para Brucelose Bovina Usando uma Abordagem Biot...
 
Aula 2 - M
Aula 2 - MAula 2 - M
Aula 2 - M
 
Doenças causadas por bactérias
Doenças causadas por bactérias Doenças causadas por bactérias
Doenças causadas por bactérias
 
Curso tuberculose, hanseníase e sífilis novo
Curso tuberculose, hanseníase e sífilis novoCurso tuberculose, hanseníase e sífilis novo
Curso tuberculose, hanseníase e sífilis novo
 
Guia de antimicrobianos_do_hc-ufg
Guia de antimicrobianos_do_hc-ufgGuia de antimicrobianos_do_hc-ufg
Guia de antimicrobianos_do_hc-ufg
 
Aula completa reino monera
Aula completa reino moneraAula completa reino monera
Aula completa reino monera
 
Criação de bezerras de leite
Criação de bezerras de leiteCriação de bezerras de leite
Criação de bezerras de leite
 
microbiologia e parasitologia voltada para a enfermagem
microbiologia e parasitologia voltada para a enfermagemmicrobiologia e parasitologia voltada para a enfermagem
microbiologia e parasitologia voltada para a enfermagem
 
Patogenicidade Bacteriana
Patogenicidade BacterianaPatogenicidade Bacteriana
Patogenicidade Bacteriana
 
Reino monera
Reino moneraReino monera
Reino monera
 
AULA 3 - BACTÉRIAS.pdf
AULA 3 - BACTÉRIAS.pdfAULA 3 - BACTÉRIAS.pdf
AULA 3 - BACTÉRIAS.pdf
 
Classificação dos antimicrobianos 2015
Classificação dos  antimicrobianos 2015Classificação dos  antimicrobianos 2015
Classificação dos antimicrobianos 2015
 
Aula 05 bacterias
Aula   05  bacteriasAula   05  bacterias
Aula 05 bacterias
 

Más de Ana Claudia Rodrigues (20)

Atb mecanismos de ação 2
Atb mecanismos de ação   2Atb mecanismos de ação   2
Atb mecanismos de ação 2
 
INTERAÇ
INTERAÇINTERAÇ
INTERAÇ
 
Aula 2 prm
Aula 2   prmAula 2   prm
Aula 2 prm
 
Prova microbiologia b2
Prova microbiologia b2Prova microbiologia b2
Prova microbiologia b2
 
CQ
CQCQ
CQ
 
Aula equilíbrio ácido base
Aula equilíbrio ácido baseAula equilíbrio ácido base
Aula equilíbrio ácido base
 
fung
fungfung
fung
 
Manual do antibiograma
Manual do antibiograma Manual do antibiograma
Manual do antibiograma
 
Espiroq
EspiroqEspiroq
Espiroq
 
TSA
TSATSA
TSA
 
Aula 5 - B
Aula 5 - BAula 5 - B
Aula 5 - B
 
Aula 6 - B
Aula 6 - BAula 6 - B
Aula 6 - B
 
Antibiograma aula
Antibiograma aulaAntibiograma aula
Antibiograma aula
 
Aula 8
Aula 8 Aula 8
Aula 8
 
tsa
tsatsa
tsa
 
íOns alunos
íOns   alunosíOns   alunos
íOns alunos
 
Prova bioquímica a3 2011 gabarito
Prova bioquímica a3 2011   gabaritoProva bioquímica a3 2011   gabarito
Prova bioquímica a3 2011 gabarito
 
Avaliação de micro a4
Avaliação de micro a4Avaliação de micro a4
Avaliação de micro a4
 
Avaliação de micro a3
Avaliação de micro a3Avaliação de micro a3
Avaliação de micro a3
 
Aula 5 - B
Aula 5 - BAula 5 - B
Aula 5 - B
 

Aula introdução aos atb 1

  • 1. INTRODUÇÃ AO USO CORRETO DE ANTIMICROBIANOS ANA CLAUDIA SOUZA RODRIGUES
  • 2. POR QUE ESTUDAR AS BACTÉRIAS?
  • 3.
  • 4.
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8. GIROLAMO FRACASTORO  Médico italiano em 1546 definiu que o contágio ocorria: 1) Pelos contatos; 2) Através de fômites ou objetos 3) A distância (através do ar). BACTÉRIAS: DA MICROBIOTA NORMAL A PATOGENICIDADE Professora Zilka Nanes (Universidade Estadual da Paraíba) HISTÓRICO
  • 9. BACTÉRIAS  1633 - Quinina - isolado em 1820 da Cinchona – ação terapêutica notável contra o Plasmodium.  1673 - Antoni van Leeuwenhoek – 1673 – animalículos.  1828 - Christian Gottfried Ehrenberg – Bacterium
  • 10. BACTÉRIAS  1859 - Louis Pasteur – derrubou geração espontânea – fermentação – TEORIA DOS GERMES  Pasteur e Robert Koch – doenças (cólera, carbúculo, TB) x germes  1932 - Gerhard Domagk – sulfamidocrisoidina foi utilizada em infecções de camundongos. Utilizado, com sucesso, pela primeira vez em humanos, na própria filha (infecção estreptocócica grave).
  • 12. 1910 1944 – 1950 1980 2001/02 Paul Ehrlich arsênico Alexander Fleming, PENICILINA 1928 1939 1932 - sulfonamida 1940 A 42 - R SULF/PEN Estreptomicina, BAC, CLO, POL, TET, Cefalosporina, Neomicina, Nistatina 1950- 1970 - ERI, OXA (59), KANA, VAN, LINCO, GENTA, TOB IMIPENEM 1965 – TEM-1 1961 – R OXA 1983 - ESBL 1995 - MBL KPC/ VRSA
  • 13. BACTÉRIA Disponível em : pneumologia.med.br
  • 14. FORMAS Disponível em : dgratisfarmacia.com
  • 16. PEPTIDEOGLICANO/MUREÍNA OU MUCOPEPTÍDEO  Exclusivo das bactérias  Polímero que confere rigidez e formato  2 açúcares - N-acetilglicosamina (NAG) e o ácido N-acetilmurâmico (NAM) unidos alternadamente.  Gram positivas (Ala-Glu-Lys-Ala) - ligação é indireta, sendo mediada por uma ponte interpeptídica de natureza variável  Gram negativas (Ala-Glu-DAP-Ala)- ligação é direta
  • 19.
  • 20. OUTRAS ESTRUTURAS  MEMBRANA CELULAR  RIBOSSOMOS  MATERIAL NUCLEAR vongolaetec.forumeiros.eu
  • 21. OUTRAS ESTRUTURAS  FÍMBRIAS ou PILI SEXUAL  FLAGELOS  CÁPSULA www.lookfordiagnosis.com
  • 24. QUAIS OS PRINCIPAIS COCOS GRAM POSITIVOS? pt.wikipedia.org
  • 25. COCOS GRAM POSITIVOS  Staphylococcus spp  Streptococcus spp  Enterococcus spp
  • 26. BACILOS GRAM NEGATIVOS  Enterobactérias – Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, K. oxytoca, Proteus spp, Enterobacter spp, Providencia spp, Morganella morganii, Serratia spp entre outros.  Não fermentadores – Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter spp, Stenotrophomonas maltophilla, Burkholderia cepacia entre outros. juliasarabioifes.wordpress.com
  • 27. Bactérias não identificadas pelo Gram  Sem parede – Mycoplasma spp  Bacilos álcool-ácido resistentes – BK – Koch dc263.4shared.com
  • 28. POR QUE ESTUDAR OS ANTIBIÓTICOS????
  • 29.  Diversos estudos têm demonstrado que aproximadamente 50% das prescrições médicas de antimicrobianos são feitas de forma inadequada;  O uso excessivo destes fármacos não apenas está associado à emergência e seleção de cepas de bactérias resistentes, mas também a eventos adversos, elevação dos custos e da morbi- mortalidade.
  • 30.
  • 31.
  • 32.
  • 33. QUIMIOTERÁPICOS Substâncias químicas que exercem ação seletiva sobre organismos ou células invasoras patogênicas. Antibacterianos, antifúngicos, antiparasitários, antihelmínticos, antivirais e antineoplásicos. -cida / - tático - depende de pH, temp., dose, fase metabólica do invasor, etc.
  • 34. ANTIBIÓTICO  “Metabólitos microbianos ou análogos sintéticos capazes de inibir processos vitais de outros organismos, mesmo em concentrações diminutas, sem causar toxicidade elevada ao hospedeiro”. GREGO – “contrário à vida” 20.000 descritos  100 uso clínico
  • 35. ANTIMICROBIANOS – TERMO MAIS AMPLO Substâncias químicas que inibem o crescimento ou provocam a destruição dos microorganismos. Produzidos através de microorganismos como bactérias, fungos, e outros, ou sintetizados total ou parcialmente.
  • 36. COLONIZAÇÃO Crescimento e multiplicação de um microrganismo em superfícies epiteliais do hospedeiro, sem expressão clínica ou imunológica. Ex: Microbiota humana normal. MICROBIOTA RESIDENTE X MICROBIOTA TRANSITÓRIA.
  • 37. BENEFÍCIOS DA MICROBIOTA NORMAL  Grande quantidade de bactérias saprófitas no intestino e na boca dificulta a instalação de um patógeno  Bactérias do intestino produzem substâncias antibióticas às quais elas próprias são imunes  Colonização do recém-nascido é um estímulo para o desenvolvimento do sistema imune  Bactérias intestinais são produtoras de vitamina K, e auxiliam na digestão e absorção de nutrientes BACTÉRIAS: DA MICROBIOTA NORMAL A PATOGENICIDADE Professora Zilka Nanes (Universidade Estadual da Paraíba)
  • 38. MICROBIOTA NORMAL DO CORPO HUMANO (PELE) Cocos Gram-positivos: Staphylococcus aureus (comum) Staphylococcus epidermidis (proeminente) Streptococcus spp. (irregular) – S.pyogenes Bacilos Gram-positivos: Corynebacterium spp. (++) Propionibacterium acnes BACTÉRIAS: DA MICROBIOTA NORMAL A PATOGENICIDADE Professora Zilka Nanes (Universidade Estadual da Paraíba)
  • 39. MICROBIOTA NORMAL DO CORPO HUMANO (BOCA e FARINGE) Cocos Gram-positivos: Staphylococcus aureus (comum) Staphylococcus epidermidis (comum) Streptococcus spp.(proeminente) Enterococcus spp.(irregular) Bacilos Gram-positivos: Corynebacterium spp. (comum) Cocos Gram-negativos: Neisseria ssp. (comum) Haemophillus spp. (irregular) Bastonetes Gram-negativos: Pseudomonas aeruginosa (irregular), Escherichia coli (irregular) e Proteus mirabilis BACTÉRIAS: DA MICROBIOTA NORMAL A PATOGENICIDADE Professora Zilka Nanes (Universidade Estadual da Paraíba)
  • 40. MICROBIOTA NORMAL DO CORPO HUMANO (INTESTINOS) Bacilos Gram-negativos (principalmente Enterobactérias) Escherichia coli (proeminente) Proteus mirabilis (comum) Pseudomonas aeruginosa (comum) Bacilos Gram-positivos: Corynebacterium spp. (comum) Clostridium tetani (irregular) Cocos Gram-positivos: Staphylococcus aureus (proeminente) Staphylococcus epidermidis (comum) BACTÉRIAS: DA MICROBIOTA NORMAL A PATOGENICIDADE Professora Zilka Nanes (Universidade Estadual da Paraíba)
  • 41. INFECÇÕES Danos decorrentes da invasão, multiplicação e ação de produtos tóxicos de agentes infecciosos no hospedeiro, ocorrendo interação imunológica.
  • 42. ESTAFILOCOCOS  FOLICULITE  FURÚNCULO  IMPETIGO  PÉ DIABÉTICO  ENDOCARDITE  PNEUMONIA  OSTEOMIELITE  ARTRITE  INTOXICAÇÃO ALIMENTAR
  • 43. Streptococcus pyogenes  FARINGITE, OTITE, SINUSITE, ERISIPELA, IMPETIGO, PIODERMITE, FEBRE PUERPERAL  FEBRE ESCARLATINA  FEBRE REUMÁTICA  GLOMERULONEFRITE AGUDA
  • 44. Streptococcus pneumoniae  PNEUMONIA  MENINGITE, SINUSITE e OTITE  EMPIEMA  PERICARDITE e ENDOCARDITE  PERITONITE PRIMÁRIA
  • 45. INFECÇÕES RELACIONADAS A VÁRIOS MICRORGANISMOS  Sepse/bacteremia  Infecções urinárias  Síndrome do choque tóxico  Infecções de ferida  Infecções hospitalares  Infecções intestinais – principalmente relacionados a Gram negativos
  • 46. FATORES QUE INFLUENCIAM NA ESCOLHA DO ATB  Fatores ligados ao agente infectante  Natureza da infecção  Características do paciente  Farmacologia do antibiótico  Sensibilidade do agente
  • 48. NATUREZA DA INFECÇÃO  Oportunista?  Hospitalar?  Grave?  Sistêmica?  SNC?
  • 49. ANTIMICROBIANO  ATINGE O SÍTIO?  CONCENTRAÇÃO É ADEQUADA?  O MICRORGANISMO É SENSÍVEL?  USADO DE FORMA ADEQUADA? bactoviromania.blogspot.com
  • 50. PACIENTE  Idade, condições patológicas prévias (nefropatias, hepatopatias e outras) gravidez e fatores genéticos
  • 51. MICROBIOTA x INFECÇÃO  Diagnóstico com base nas manifestações clínicas e dados laboratoriais  Inicio do tratamento X Diagnóstico laboratorial  Avaliação cuidadosa da condição clínica
  • 52. CLASSIFICAÇÃO ESPECTRO DE AÇÃO Antifúngicos Anfo B, fluconazol Anaerobicidas Metronidazol Gram-positivos Oxacilina, Vanco Gram-negativos Aminoglicosídeos Amplo espectro Ceftriaxona GRUPO QUÍMICO Aminoácidos Betalactâmico Açúcares Aminoglicosídeo Acetatos/propionatos Tetraciclina Quimioterápicos Sulfa ATIVIDADE (em desuso) Bactericida Quinolona Bacteriostático Macrolídeo
  • 53. Derivado de aminoácidos – Monopeptídeos: ciclosserina – Polipeptídicos: polimixina, bacitracina, – Aminopropanodiol: cloranfenicol e tianfenicol – Glicopeptídicos: vancomicina, teicoplanina – Lipopeptídicos: daptomicina – Beta Lactâmicos.
  • 54. Derivado de açúcares  Macrolídeos: eritromicina, espiramicina, claritromicina, Azalídeos (azitromicina), Cetolídeos (telitromicina)  Lincosamidas: lincomicina, clindamicina  Aminoglicosídeos: estreptomicina, gentamicina, amicacina, neomicina, paromomicina  Estreptograminas: pristinamicina, quinupristina/dalfopristina  Glicosídeos ácidos: novobiocina
  • 55. INTERAÇÕES ENTRE ANTIBIÓTICOS ASSOCIAÇÃO INTERAÇÃO ANTIMICROBIANOS BACTERICIDAS Sinérgica Penicilina+Streptomicina Indiferente Maioria BACTERIOTÁTICOS Sinérgica Sulfametoxazol+trimetropin Indiferente A maioria Antagônica Eritromicina+Cloranfenicol BACTERICIDAS/ BACTERIOSTÁTICOS Sinérgica Streptomicina+tetraciclina Indiferente Maioria Antagônica Tetraciclina+Penicilina
  • 56. MECANISMO DE AÇÃO  PAREDE CELULAR  SÍNTESE DE DNA – síntese de ácido fólico  SÍNTESE DE PROTEÍNAS  MEMBRANA CELULAR
  • 57. PRINCÍPIOS DO USO RACIONAL DE ANTIMICROBIANOS  Infecções graves – início da antibioticoterapia mais breve possível.  Infecções mais leves – Coletar culturas antes do tratamento.  Evitar profilaxias desnecessárias (resfriados, diarréias pouco definidas)  Coletar culturas antes da antibioticoterapia.
  • 58. PRINCÍPIOS DO USO RACIONAL DE ANTIMICROBIANOS  Procurar cobertura com menor espectro para minimizar superinfecções ou multiresistencia.  Evitar doses subterapêuticas  Com resultado da cultura , reduzir espectro de ação  Tratar pelo menor tempo possível.
  • 59. E OS CONCEITOS VEICULADOS PELA MÍDIA ? http://www.olharvital.ufrj.br/ant/2006_05_25/materia_faceseinterfaces.htm
  • 61.
  • 62.
  • 63. PROBLEMAS COM O USO DE ANTIBIÓTICOS SUPERINFECÇÃO:  É o surgimento de uma nova infecção em função da terapia antimicrobiana.  Está comumente associada ao uso de ATB de amplo espectro ( penicilinas de amplo espectro, cefalosporinas, tetraciclinas, cloranfenicol)  Locais afetados: orofaringe, intestino, TR, TGU, pele
  • 64. PROBLEMAS COM O USO DE ANTIBIÓTICOS DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS O uso prolongado de ATB pode resultar em deficiências de:  Vitaminas do complexo B  Vitamina K Neomicina anormalidades morfológicas da mucosa intestinal Esteatorréia e síndrome de má absorção
  • 65. VAMOS VER COMO OS ANTIMICROBIANOS AGEM?