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Instituto Politécnico de Setúbal

                              Escola Superior de Educação




                                Recensão crítica




Unidade Curricular: Língua Portuguesa e Tecnologias da Informação e Comunicação

Docentes: Helena Camacho e Maria do Rosário Rodrigues



Ano Lectivo: 2009/2010

Curso: Licenciatura em Educação Básica

Ano: 3º ano

Turma: A




                                                                            Discentes:

                                                                Ana Baptista, 070142057

                                                                 Inês Graça, 070142065




                               5 de Novembro de 2009
BOTELHO, Fernanda (2005). “Globalização e cidadania: reflexões soltas”

 BOTELHO,        Fernanda      (2006).   “Textos   e    Literacias…”.   Disponível    em
 http://www.setubalnarede.pt

 FIGUEIREDO, António Dias (2000). “Novos media e velha aprendizagem” in Novo
 conhecimento, nova aprendizagem. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. pp.71-81

 PAZ,    João     (2008).   “Educação      e   Novas    tecnologias”.    Disponível   em
 http://www.setubalnarede.pt

 WONG, Bárbara. “Será k a lguagem ds testes tá a mudar?” in Jornal Público, em 19-11-
 2006, pág. 27




   As sociedades actuais caracterizam-se pelas sucessivas mudanças geradas pela
globalização. Esta decorre do desenvolvimento das telecomunicações e tecnologias
informáticas, estendendo-se à informação, cultura, entre outros. As mudanças que derivam
desde fenómeno pressupõem novas necessidades de comunicação, implicando um maior
incentivo na aprendizagem de novas línguas (valorização do domínio das línguas e culturas
maternas), pois estas aprendizagens servirão de base à interacção social/pessoal e intercultural.
Todavia, todas estas alterações, consequentes da globalização, tornam-se inacessíveis a uma
grande parte da população mundial, tendo em conta as condições de vida e a formação.
   Num contexto globalizado, a educação precisa de uma adaptação ao „novo‟ mundo, inundado
de informação, procurando novas formas de formação ao longo da vida. A implementação do
processo de Bolonha implica grandes alterações a nível de ensino, uma vez que é caracterizado
pela inovação e qualidade, e ainda inclui algumas vantagens a nível europeu. A educação, com
o auxílio do domínio das línguas, deverá ser correlacionada com o crescimento económico e o
desenvolvimento científico e social. Assim, a educação conseguirá combater as desigualdades
visíveis entre sociedades.
       Um dos problemas que as novas tecnologias despoletaram incide num tendencial
aumento do uso de códigos de escrita criados em função das novas tecnologias que, hoje,
fazem parte do quotidiano da maior parte dos jovens. Assim, a autora Bárbara Wong, interroga-
se até que ponto estes novos códigos podem ser usados em situações de escrita como testes e
exames nacionais.
   Em Portugal o uso desta linguagem ainda não é permitida em situações escolares, no entanto
é possível detectá-lo em algumas situações pontuais, muitas delas por distracção uma vez que
já é um hábito adquirido. Contudo há por parte dos jovens uma preocupação acrescida em rever
a sua escrita nestas situações visto que erros deste tipo são penalizados.
    Devido à crescente utilização dos novos códigos de linguagem muitos consideram que os
jovens, apesar de lerem e escreverem mais, fazem-no de forma errada e com baixa qualidade, o
que pode trazer problemas na aprendizagem, nomeadamente, na estruturação em relação á
leitura e à escrita, pois há competências essenciais que as TIC não conseguem substituir como
a capacidade de interpretar e reflectir sobre a informação e a língua.
O texto de Fernanda Botelho intitulado “Textos e literacias” surge a partir da necessidade de
argumentação a favor do alargamento do conceito de literacia, tendo em conta a crescente
dinâmica entre “literacia tradicional” com as multiliteracias e a pedagogia de literacia.
   Inicialmente a literacia era confundida com o conceito de alfabetização, contudo é agora
caracterizado como a capacidade de utilização da língua escrita.
   Apesar do crescente desenvolvimento da língua escrita, esta ainda não é universal, pois
existem línguas apenas com registo oral. As formas escritas assumiram outras maneiras de
expressão simbólica e no mundo actual a literacia abrange um leque mais vasto de
competências influenciadas pelas práticas culturais e sociais.
   É cada vez mais urgente o uso das multiliteracias para a construção completa do
conhecimento, uma vez que estas completam o conceito de literacia tradicional através da
importância dada à diversidade cultural e linguística. É, assim, necessário construir o
conhecimento recorrendo também àquilo que a sociedade e as tecnologias oferecem hoje em
dia. Assim, o ensino do português está necessariamente em mutação, pois é papel da educação
disponibilizar as competências e aprendizagens que permitam a socialização através da literacia.
   Os sistemas escolares não superiores apareceram no âmbito da sociedade industrial com o
intuito de „proteger‟ as crianças da exploração e consequente mão-de-obra barata. No decorrer
do século XXI, surgem mudanças ao nível do saber, na construção destes saberes através de
actividades sociais integradas.
   Actualmente, a aprendizagem adquirida em contexto escolar é mínima quando comparada
com as aprendizagens alcançadas no quotidiano. Este facto acontece devido aos tempos livres
dos alunos serem preenchidos pela participação em actividades nas áreas das expressões e das
TIC, entre outras.
   O aparecimento dos novos media promove, em parceria com as tecnologias, grandes
oportunidades de auto-educação e educação a distância, ao longo da vida. Todavia, as escolas
tradicionais não estão preparadas nem equipadas para combater estes novos desafios. Esta
mudança para a “individualização da escolha livre” influenciará a reorganização do papel das
escolas.
   Os novos media impulsionam novas aprendizagens, no entanto, verifica-se que muitas dos
métodos usados para o fazer são soluções antigas, contudo estão camufladas pelas novas
tecnologias.
   No século XIX, na sociedade industrial, a escola era comparada a uma linha de montagem,
sendo o professor e o aluno “seres mecanizados” com funções limitadas. Após os princípios de
Taylor expirarem na sociedade, alguns técnicos com funções educativas tentaram fazê-los
renascer através do uso das novas tecnologias, ignorando algumas décadas de estudos que
demonstram que esses conteúdos só fazem sentido em contexto de interacção e actividade.
   O futuro da aprendizagem prende-se com a construção das aprendizagens em contextos
ricos em estímulos e facultados pelos próprios receptores. Assim, os novos media fomentam a
construção de comunidades fartas em contextos, onde os seus próprios saberes vão sendo
construídos, de modo individual ou colectivo. No entanto, as novas tecnologias têm vindo a
sofrer algum descrédito, pois para uns as dificuldades assentam na utilização destes novos
instrumentos, para outros a utilização destas ferramentas implicaria uma reformulação de
conteúdos e materiais didácticos, desde há muito utilizados.
A diversidade existente no campo das tecnologias é uma mais-valia para as várias dimensões
educacionais, pois possibilita um aumento do tempo e espaço de aprendizagens, para além da
tradicional sala de aula.
  ítica
  Avaliação crítica
   A compilação de textos analisada remete-nos para as vantagens e desvantagens das novas
tecnologias e do seu uso em contextos de aprendizagem. É certo que as TIC são uma mais-valia
para adquirir um conjunto de conhecimentos e competências, assim como trabalhar a
socialização dos jovens. Todavia, é preciso que esta socialização se estenda fora do domínio
informático, pois existem competências apenas adquiríveis através da interacção e partilha de
saberes em consonância com as metodologias “antigas”, ou seja, menos utilizadas hoje em dia.
Estes saberes também são adquiridos em contextos fora do ambiente escolar, nos tempos livres,
e abrangem um conjunto de áreas de expressões, tal como enuncia o texto de Dias Figueiredo,
que lhes permitem desenvolver certas capacidades que possam ser menos trabalhadas em
contexto escolar. Consideramos, e tendo como base os textos analisados, que é necessário uma
interacção e complementação de todos os domínios que temos hoje à nossa disposição para
que a aprendizagem e o conhecimento se façam de uma forma mais sólida, pois cada domínio
apresenta características específicas que os outros domínios não integram.
    Apesar da mais-valia que são as tecnologias de informação e comunicação, é necessário que
haja um controlo destas, pois na actualidade deparamo-nos com um cenário onde estas
tecnologias estão a substituir gradualmente outros suportes, em vez de os complementar,
igualmente importantes e essenciais à construção e desenvolvimento integral do indivíduo e do
seu saber. Para além disso, começam a criar novos códigos, nomeadamente na área da língua,
influenciando e alterando o conhecimento desta por parte dos jovens.
   Os hábitos adquiridos pelos jovens através das novas tecnologias tornam-se um obstáculo à
aprendizagem, caso não sejam controlados, uma vez que se iniciam cada vez mais cedo. Assim,
em vez de estudarem a estruturação da sua língua materna, contactam precocemente com uma
língua codificada que influenciará este estudo e a sua aprendizagem. No caso apresentado num
dos textos, na Nova Zelândia, consideramos, e partilhando da mesma opinião de João Costa,
Presidente da Associação Portuguesa de Linguística, que se trata de um “absurdo”, pois permitir
o uso deste tipo de códigos em contexto formal é admitir que eles possam fazer parte da língua
como um „padrão‟ escrito. Assim, criar-se-á uma língua codificada, adaptada às novas
tecnologias que quebra todas as regras de formação da língua.
    Em nosso entender, as tecnologias são um bom suporte de aprendizagem quando
complementado com outros. No entanto, não podemos deixar que as TIC influenciem de
maneira negativa a aprendizagem dos jovens, nomeadamente, em relação à língua. Esta
influência terá de ser travada pelos agentes educativos. Para isso, não só os alunos devem ser
educados para a utilização das TIC, assim como também estes agentes, pois o seu uso não
deve ser supérfluo e despropositado, e muito menos utilizado porque „está na moda‟. Um
problema consequente do défice de educação para as TIC dos agentes educativos, e com o qual
já nos deparámos nas aulas práticas desta unidade curricular, remete-se para o papel dos
professores na gestão das novas tecnologias, pois muitas das vezes utilizam-nas para seu
próprio beneficio e facilidade em abordar certas questões sem reflectir no modo como os alunos
aproveitarão o material e quão benéfico será para eles esse mesmo material, ou seja procuram
material pensando em como o podem implementar e não material que possa ser o aluno a
trabalhar e explorar.
   Numa outra perspectiva, as tecnologias da informação e comunicação oferecem-nos
ferramentas propícias e adequadas à realização de novas aprendizagens. No caso da internet,
esta disponibiliza plataformas onde é possível a troca de conhecimentos e a construção de
novos saberes através da interacção com outros ou mesmo de modo individualizado, como por
exemplo, o blogue. Este instrumento de comunicação permite que um indivíduo possa partilhar
ideias e recursos com outros, formando uma rede social. Conferimos assim, que a socialização é
um ponto fulcral para a construção da aprendizagem, pois ninguém é capaz de aprender
sozinho, tal como já foi discutido em aula.
   Uma outra vantagem do uso das TIC, apoiada no texto de João Paz, prende-se com um
aumento significativo de tempo e de espaço de aprendizagem, uma vez que, além do tempo de
sala de aula, permite que eles se disponibilizem a passar mais tempo a aprender, sendo o
interesse suscitado pelos novos recursos educativos. No entanto, voltando à questão da
educação para as TIC, é necessário dar-lhes directrizes para que possam usufruir das TIC de
um modo mais eficiente e produtivo, pois existem suportes que em nada contribuem para o
aumento de conhecimento é assim conveniente que sejam criadas condições para que o aluno
saiba escolher quais os materiais adequados no decorrer e para a sua formação.

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LP-TIC1

  • 1. Instituto Politécnico de Setúbal Escola Superior de Educação Recensão crítica Unidade Curricular: Língua Portuguesa e Tecnologias da Informação e Comunicação Docentes: Helena Camacho e Maria do Rosário Rodrigues Ano Lectivo: 2009/2010 Curso: Licenciatura em Educação Básica Ano: 3º ano Turma: A Discentes: Ana Baptista, 070142057 Inês Graça, 070142065 5 de Novembro de 2009
  • 2. BOTELHO, Fernanda (2005). “Globalização e cidadania: reflexões soltas” BOTELHO, Fernanda (2006). “Textos e Literacias…”. Disponível em http://www.setubalnarede.pt FIGUEIREDO, António Dias (2000). “Novos media e velha aprendizagem” in Novo conhecimento, nova aprendizagem. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. pp.71-81 PAZ, João (2008). “Educação e Novas tecnologias”. Disponível em http://www.setubalnarede.pt WONG, Bárbara. “Será k a lguagem ds testes tá a mudar?” in Jornal Público, em 19-11- 2006, pág. 27 As sociedades actuais caracterizam-se pelas sucessivas mudanças geradas pela globalização. Esta decorre do desenvolvimento das telecomunicações e tecnologias informáticas, estendendo-se à informação, cultura, entre outros. As mudanças que derivam desde fenómeno pressupõem novas necessidades de comunicação, implicando um maior incentivo na aprendizagem de novas línguas (valorização do domínio das línguas e culturas maternas), pois estas aprendizagens servirão de base à interacção social/pessoal e intercultural. Todavia, todas estas alterações, consequentes da globalização, tornam-se inacessíveis a uma grande parte da população mundial, tendo em conta as condições de vida e a formação. Num contexto globalizado, a educação precisa de uma adaptação ao „novo‟ mundo, inundado de informação, procurando novas formas de formação ao longo da vida. A implementação do processo de Bolonha implica grandes alterações a nível de ensino, uma vez que é caracterizado pela inovação e qualidade, e ainda inclui algumas vantagens a nível europeu. A educação, com o auxílio do domínio das línguas, deverá ser correlacionada com o crescimento económico e o desenvolvimento científico e social. Assim, a educação conseguirá combater as desigualdades visíveis entre sociedades. Um dos problemas que as novas tecnologias despoletaram incide num tendencial aumento do uso de códigos de escrita criados em função das novas tecnologias que, hoje, fazem parte do quotidiano da maior parte dos jovens. Assim, a autora Bárbara Wong, interroga- se até que ponto estes novos códigos podem ser usados em situações de escrita como testes e exames nacionais. Em Portugal o uso desta linguagem ainda não é permitida em situações escolares, no entanto é possível detectá-lo em algumas situações pontuais, muitas delas por distracção uma vez que já é um hábito adquirido. Contudo há por parte dos jovens uma preocupação acrescida em rever a sua escrita nestas situações visto que erros deste tipo são penalizados. Devido à crescente utilização dos novos códigos de linguagem muitos consideram que os jovens, apesar de lerem e escreverem mais, fazem-no de forma errada e com baixa qualidade, o que pode trazer problemas na aprendizagem, nomeadamente, na estruturação em relação á leitura e à escrita, pois há competências essenciais que as TIC não conseguem substituir como a capacidade de interpretar e reflectir sobre a informação e a língua.
  • 3. O texto de Fernanda Botelho intitulado “Textos e literacias” surge a partir da necessidade de argumentação a favor do alargamento do conceito de literacia, tendo em conta a crescente dinâmica entre “literacia tradicional” com as multiliteracias e a pedagogia de literacia. Inicialmente a literacia era confundida com o conceito de alfabetização, contudo é agora caracterizado como a capacidade de utilização da língua escrita. Apesar do crescente desenvolvimento da língua escrita, esta ainda não é universal, pois existem línguas apenas com registo oral. As formas escritas assumiram outras maneiras de expressão simbólica e no mundo actual a literacia abrange um leque mais vasto de competências influenciadas pelas práticas culturais e sociais. É cada vez mais urgente o uso das multiliteracias para a construção completa do conhecimento, uma vez que estas completam o conceito de literacia tradicional através da importância dada à diversidade cultural e linguística. É, assim, necessário construir o conhecimento recorrendo também àquilo que a sociedade e as tecnologias oferecem hoje em dia. Assim, o ensino do português está necessariamente em mutação, pois é papel da educação disponibilizar as competências e aprendizagens que permitam a socialização através da literacia. Os sistemas escolares não superiores apareceram no âmbito da sociedade industrial com o intuito de „proteger‟ as crianças da exploração e consequente mão-de-obra barata. No decorrer do século XXI, surgem mudanças ao nível do saber, na construção destes saberes através de actividades sociais integradas. Actualmente, a aprendizagem adquirida em contexto escolar é mínima quando comparada com as aprendizagens alcançadas no quotidiano. Este facto acontece devido aos tempos livres dos alunos serem preenchidos pela participação em actividades nas áreas das expressões e das TIC, entre outras. O aparecimento dos novos media promove, em parceria com as tecnologias, grandes oportunidades de auto-educação e educação a distância, ao longo da vida. Todavia, as escolas tradicionais não estão preparadas nem equipadas para combater estes novos desafios. Esta mudança para a “individualização da escolha livre” influenciará a reorganização do papel das escolas. Os novos media impulsionam novas aprendizagens, no entanto, verifica-se que muitas dos métodos usados para o fazer são soluções antigas, contudo estão camufladas pelas novas tecnologias. No século XIX, na sociedade industrial, a escola era comparada a uma linha de montagem, sendo o professor e o aluno “seres mecanizados” com funções limitadas. Após os princípios de Taylor expirarem na sociedade, alguns técnicos com funções educativas tentaram fazê-los renascer através do uso das novas tecnologias, ignorando algumas décadas de estudos que demonstram que esses conteúdos só fazem sentido em contexto de interacção e actividade. O futuro da aprendizagem prende-se com a construção das aprendizagens em contextos ricos em estímulos e facultados pelos próprios receptores. Assim, os novos media fomentam a construção de comunidades fartas em contextos, onde os seus próprios saberes vão sendo construídos, de modo individual ou colectivo. No entanto, as novas tecnologias têm vindo a sofrer algum descrédito, pois para uns as dificuldades assentam na utilização destes novos instrumentos, para outros a utilização destas ferramentas implicaria uma reformulação de conteúdos e materiais didácticos, desde há muito utilizados.
  • 4. A diversidade existente no campo das tecnologias é uma mais-valia para as várias dimensões educacionais, pois possibilita um aumento do tempo e espaço de aprendizagens, para além da tradicional sala de aula. ítica Avaliação crítica A compilação de textos analisada remete-nos para as vantagens e desvantagens das novas tecnologias e do seu uso em contextos de aprendizagem. É certo que as TIC são uma mais-valia para adquirir um conjunto de conhecimentos e competências, assim como trabalhar a socialização dos jovens. Todavia, é preciso que esta socialização se estenda fora do domínio informático, pois existem competências apenas adquiríveis através da interacção e partilha de saberes em consonância com as metodologias “antigas”, ou seja, menos utilizadas hoje em dia. Estes saberes também são adquiridos em contextos fora do ambiente escolar, nos tempos livres, e abrangem um conjunto de áreas de expressões, tal como enuncia o texto de Dias Figueiredo, que lhes permitem desenvolver certas capacidades que possam ser menos trabalhadas em contexto escolar. Consideramos, e tendo como base os textos analisados, que é necessário uma interacção e complementação de todos os domínios que temos hoje à nossa disposição para que a aprendizagem e o conhecimento se façam de uma forma mais sólida, pois cada domínio apresenta características específicas que os outros domínios não integram. Apesar da mais-valia que são as tecnologias de informação e comunicação, é necessário que haja um controlo destas, pois na actualidade deparamo-nos com um cenário onde estas tecnologias estão a substituir gradualmente outros suportes, em vez de os complementar, igualmente importantes e essenciais à construção e desenvolvimento integral do indivíduo e do seu saber. Para além disso, começam a criar novos códigos, nomeadamente na área da língua, influenciando e alterando o conhecimento desta por parte dos jovens. Os hábitos adquiridos pelos jovens através das novas tecnologias tornam-se um obstáculo à aprendizagem, caso não sejam controlados, uma vez que se iniciam cada vez mais cedo. Assim, em vez de estudarem a estruturação da sua língua materna, contactam precocemente com uma língua codificada que influenciará este estudo e a sua aprendizagem. No caso apresentado num dos textos, na Nova Zelândia, consideramos, e partilhando da mesma opinião de João Costa, Presidente da Associação Portuguesa de Linguística, que se trata de um “absurdo”, pois permitir o uso deste tipo de códigos em contexto formal é admitir que eles possam fazer parte da língua como um „padrão‟ escrito. Assim, criar-se-á uma língua codificada, adaptada às novas tecnologias que quebra todas as regras de formação da língua. Em nosso entender, as tecnologias são um bom suporte de aprendizagem quando complementado com outros. No entanto, não podemos deixar que as TIC influenciem de maneira negativa a aprendizagem dos jovens, nomeadamente, em relação à língua. Esta influência terá de ser travada pelos agentes educativos. Para isso, não só os alunos devem ser educados para a utilização das TIC, assim como também estes agentes, pois o seu uso não deve ser supérfluo e despropositado, e muito menos utilizado porque „está na moda‟. Um problema consequente do défice de educação para as TIC dos agentes educativos, e com o qual já nos deparámos nas aulas práticas desta unidade curricular, remete-se para o papel dos professores na gestão das novas tecnologias, pois muitas das vezes utilizam-nas para seu próprio beneficio e facilidade em abordar certas questões sem reflectir no modo como os alunos aproveitarão o material e quão benéfico será para eles esse mesmo material, ou seja procuram
  • 5. material pensando em como o podem implementar e não material que possa ser o aluno a trabalhar e explorar. Numa outra perspectiva, as tecnologias da informação e comunicação oferecem-nos ferramentas propícias e adequadas à realização de novas aprendizagens. No caso da internet, esta disponibiliza plataformas onde é possível a troca de conhecimentos e a construção de novos saberes através da interacção com outros ou mesmo de modo individualizado, como por exemplo, o blogue. Este instrumento de comunicação permite que um indivíduo possa partilhar ideias e recursos com outros, formando uma rede social. Conferimos assim, que a socialização é um ponto fulcral para a construção da aprendizagem, pois ninguém é capaz de aprender sozinho, tal como já foi discutido em aula. Uma outra vantagem do uso das TIC, apoiada no texto de João Paz, prende-se com um aumento significativo de tempo e de espaço de aprendizagem, uma vez que, além do tempo de sala de aula, permite que eles se disponibilizem a passar mais tempo a aprender, sendo o interesse suscitado pelos novos recursos educativos. No entanto, voltando à questão da educação para as TIC, é necessário dar-lhes directrizes para que possam usufruir das TIC de um modo mais eficiente e produtivo, pois existem suportes que em nada contribuem para o aumento de conhecimento é assim conveniente que sejam criadas condições para que o aluno saiba escolher quais os materiais adequados no decorrer e para a sua formação.