SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 5
Descargar para leer sin conexión
EDUCAÇÃO FÍSICA – Lutas / filosofia das artes marciais
                            PROF. ESP. ANDERSON JONHSON PEREIRA FREITAS


                                             Judô
Judô (português brasileiro) ou judo (português europeu) (柔道 Jūdō?, caminho suave, ou caminho da
suavidade) é um desporto praticado como arte marcial, fundado por Jigoro Kano em
1882. Os seus principais objetivos são fortalecer o físico, a mente e o espírito de forma
integrada, além de desenvolver técnicas de defesa pessoal.

O judo teve uma grande aceitação em todo o mundo, pois Kano conseguiu reunir a
essência dos principais estilos e escolas de jujutsu, arte marcial praticada pelos
"bushi", ou cavaleiros durante o período Kamakura (1185-1333), a outras artes de luta
praticadas no Oriente e fundi-las numa única e básica. O judô foi considerado desporto
oficial no Japão nos finais do século XIX e a polícia nipônica introduziu-o nos seus
treinos. O primeiro clube judoca na Europa foi o londrino Budokway (1918).

A vestimenta utilizada nessa modalidade é o keikogi (quimono), que no judô recebe o
nome de judogui e que, com o cinturão, forma o equipamento necessário à sua
prática. O judogui que é composto pelo casaco (Wagui), pela calça (Shitabaki) e
também pela faixa (obi), o judogui pode ser branco ou azul, ainda que o azul seja quase
apenas utilizado para facilitar as arbitragens em campeonatos oficiais.

Com milhares de praticantes e federações espalhados pelo mundo, o judô se tornou
um dos esportes mais praticados, representando um nicho de mercado fiel e bem
definido. Não restringindo seus adeptos a homens com vigor físico e estendendo seus
ensinamentos para mulheres, crianças e idosos, o judô teve um aumento significativo
no número de praticantes.

Sua técnica utiliza basicamente a força e equilíbrio do oponente contra ele. Palavras
ditas por mestre Kano para definir a luta: "arte em que se usa ao máximo a força física
e espiritual". A vitória, ainda segundo seu mestre fundador, representa um
fortalecimento espiritual.




                                         Capoeira
A capoeira é uma expressão cultural brasileira que mistura arte-marcial, esporte,
cultura popular e música.

Desenvolvida no Brasil principalmente por descendentes de escravos africanos com
alguma influência indígena, é caracterizada por golpes e movimentos ágeis e
complexos, utilizando primariamente chutes e rasteiras, além de cabeçadas, joelhadas,
cotoveladas, acrobacias em solo ou aéreas.

Uma característica que distingue a capoeira da maioria das outras artes marciais é a
sua musicalidade. Praticantes desta arte marcial brasileira aprendem não apenas a
lutar e a jogar, mas também a tocar os instrumentos típicos e a cantar. Um capoeirista
experiente que ignora a musicalidade é considerado incompleto.
EDUCAÇÃO FÍSICA – Lutas / filosofia das artes marciais
                          PROF. ESP. ANDERSON JONHSON PEREIRA FREITAS


A palavra capoeira é originária do tupi-guarani, que significa "o que foi mata", através
da junção dos termos ka'a ("mata") e pûer ("que foi")[1]. Refere-se às áreas de mata
rasteira do interior do Brasil onde era praticada agricultura indígena. Acredita-se que a
capoeira tenha obtido o nome a partir destas áreas que cercavam as grandes
propriedades rurais de base escravocrata. Capoeiristas fugitivos da escravidão e
desconhecedores do ambiente ao seu redor, frequentemente usavam a vegetação
rasteira para se esconderem da perseguição dos capitães-do-mato.

Outras expressões culturais, como o maculelê e o samba de roda, são muito associadas
à capoeira, embora tenham origem e significados diferentes.

Boxe

O boxe ou pugilismo é um esporte de combate, no qual os lutadores usam apenas os
punhos, tanto para a defesa, quanto para o ataque. A palavra deriva do inglês to box,
que significa bater, ou pugilismo (bater com os punhos), expressão utilizada na
Inglaterra entre 1000 e 1850.

História




Jovens lutam boxe. Afresco da civilização minóica, em Acrotiri, Santorini, cerca de 1500
a.C.

Remontando aos séculos XVIII e XIX, quando de seu nascimento na Inglaterra, o boxe
era praticado com as mãos nuas. Essas lutas com as mãos descobertas eram
frequentemente brutais, de modo que o boxe acabou sofrendo intensas mudanças em
1867, com a formulação das Regras de Queensberry, que previam rounds de três
minutos, separados por um intervalo de um minuto, além do uso obrigatório das luvas.
Essas regras entraram em vigor em 1872.

O boxe foi primeiramente considerado um desporto olímpico em 688 a.C., na 23ª
olimpíada da antiguidade; seu vencedor foi Onomastus de Esmirna, que foi quem
definiu as regras do esporte.[1] Posteriormente, quando houve o ressurgimento dos
EDUCAÇÃO FÍSICA – Lutas / filosofia das artes marciais
                           PROF. ESP. ANDERSON JONHSON PEREIRA FREITAS


Jogos Olímpicos da Era Moderna, nas Olimpíadas de 1896, em Atenas, o boxe não foi
incluído como uma das modalidades da competição.[2] O boxe então somente retornou
nas Olimpíadas de 1904, a terceira da Era Moderna, em St. Louis, e desde então foi
praticado em todas suas edições posteriores, com exceção às Olimpíadas de 1912, em
Estocolmo.

O muay thai (lit. boxe tailandês) descende de uma arte marcial tailandesa chamada
muay boran (lit. boxe antigo), que incorporou regras e movimentos do boxe inglês. Os
golpes dados com os punhos são praticamente os mesmos, porém em uma luta de
muay thai é permitido usar os cotovelos, os joelhos e as canelas para golpear os
adversários.


                                          Karatê

Caraté, karaté (português europeu) ou caratê (português brasileiro) (em japonês: 空手, transl.
karate, AFI: [kɑʀɑtə]) ou caratê-dô (空手道, transl. karate-dō AFI: [kɑʀɑtədɵ])[a] é uma
arte marcial japonesa que se desenvolveu a partir da arte marcial autóctone de
Oquinaua sob influência do chuan fa chinês[b] e dos koryu japoneses (modalidades
tradicionais de luta), incorporando aspectos das disciplinas guerreiras, ou budō.[1]

A influência do chinesa foi maior num primeiro estádio de desenvolvimento,
cambiando um paradigma primitivo de simples luta com agarrões e projeções para um
com mais ênfase nos golpes traumáticos, e se fez sentir nas técnicas dos estilos mais
fluidos e pragmáticos da China meridional.[2] Depois, por causa de alterações da cércea
geo-política, sobreveio a predominância das disciplinas de combate do Japão e nesse
período o paradigma tende a simplificar ainda mais os movimentos, tornando-os mais
directos com o renunciando àquilo que não seria útil ou que fosse mero floreio.[1]

O repertório técnico da arte marcial abrange principalmente golpes contundentes —
atemi waza —, como pontapés, socos, joelhadas, bofetadas etc., executadas com as
mãos desarmadas. Todavia, técnicas de projeção, imobilização e bloqueios — nage
waza, katame waza, uke waza — também são ensinados, com maior ou menor ênfase
dependendo do onde ou qual estilo/escola se aprende.[3]

Grosso modo, pode-se afirmar que a evolução desta arte marcial aconteceu
capitaneada por renomados mestres, que a conduziram e assentaram suas bases,
resultando no caratê moderno, cujo trinômio básico de aprendizado repousa em kihon
(técnicas básicas), kata (sequência de técnicas, simulando luta com várias aplicações
práticas) e kumite (enfrentamento propriamente dito, que pode ser mero simulacro ou
dar-se de maneira esportiva/competitiva ou mais próxima da realidade). Esse processo
evolutivo também mostra que a modalidade surgida como se fosse uma única haste
acabou por se trifurcar e, por fim, tornou-se uma miríade de diversas variações sobre
um mesmo tema.[4]

O estádio da transição entre os séculos XX e XXI revela que a maioria das escolas de
caratê tem dado ênfase à evolução do condicionamento físico, desenvolvendo
EDUCAÇÃO FÍSICA – Lutas / filosofia das artes marciais
                         PROF. ESP. ANDERSON JONHSON PEREIRA FREITAS


velocidade, flexibilidade e capacidade aeróbica para participação de competições de
esporte de combate, ficando relegada àquelas poucas escolas tradicionalistas a prática
de exercícios mais rigorosos, que visam desenvolver a resistência dos membros, e de
provas de quebramento de tábuas de madeira, tijolo ou gelo. De um modo simples, há
duas correntes maiores, uma tendente a preservar os caracteres marcial e filosófico do
caratê e outra, que pretende firmar os aspectos esportivo e lúdico.[5]

A partir do primeiro quartel do século XX, o processo de segmentação instalou-se de
vez, aparecendo diversos sodalícios e silogeus, até uus dentro dos outros, pretendendo
difundir seu modo peculiar de entender e desenvolver o caratê, a despeito de
comungarem de similitude técnica e de origem. Tal circunstância, que foi combatida
por mestres de renome, acabou por se consolidar e gera como consequência a falta de
padronização e entendimento entre entidades e praticantes. Daí, posto que aceito
mundialmente como esporte, classificado como esporte olímpico e participando dos
Jogos Pan-Americanos, não há um sistema unificado de valoração para as
competições, ocasionando grande dificuldade para sua aceitação como esporte
presente nos Jogos Olímpicos.[6]

Em que pese a enorme fragmentação, os inúmeros contubérnios procuram ainda
seguir um moldelo pedagógico mais ou menos comum. E neste ambiente, distingue-se
o mero praticante, ou carateista, daquele estudioso dedicado da arte marcial,
carateca, o qual busca desenvolver disciplina, filosofia e ética, além de aprender
simples movimentos e condicionamento físico. Nessa mesma linha, aquele carateca
que alcança o grau de faixa/cinturão preto(a) é chamado de sensei. E os sítios de
aprendizado são chamados de dojôs, sendo estes, via de regra, filiados a alguma
linhagem/estilo.

                                   Tae kwon do
Taekwondo (em coreano: 태권도; AFI: [tʰɛ ʌndo]) , também grafado tae kwon do,
taekwon-do ou TKD, é uma arte marcial que originou um esporte de combate. Hoje
em dia, é um desporto difundido em todos os continentes. Nos Jogos Olímpicos de
Verão de 1988, teve seu "batismo de fogo", quando foi um esporte de exibição,
continuando com este status nos Jogos Olímpicos de Verão de 1992. Em 1993, o
esporte foi adicionado ao programa olímpico oficial, integrando o programa a partir
dos Jogos Olímpicos de 2000.

História

A arte marcial surgiu como forma de renascimento, depois dos conflitos e período de
dominação da Coreia pelo Japão, quando houve supressão sistemática dos aspectos
culturais.[2] Após a Segunda Guerra Mundial, o Taekwondo foi criado com base no
Karate japonês com influências de Taekkyeon, arte marcial coreana. O Karate foi
introduzido para a Coreia durante o período de anexação (1910-1945), servindo de
base para o desenvolvimento de Taekwondo, artes marciais chinesas também
influenciaram o Taekwondo.
EDUCAÇÃO FÍSICA – Lutas / filosofia das artes marciais
                         PROF. ESP. ANDERSON JONHSON PEREIRA FREITAS


Uniforme e equipamento de luta

Em campeonatos de lutas, os atletas deste esporte devem utilizar equipamentos de
proteção com o objetivo de não ocorrer ferimentos em função dos golpes. Os
equipamentos de proteção servem para proteger a cabeça, o tórax, região genital,
pernas, braços e mãos. A vestimenta usada, geralmente na cor branca, chama-se
dobok.

Origem do nome

      "Tae" (Pés)

      "Kwon" (Mãos)

      "Do" (Caminho/Mente).

Em sentido global, taekwondo indica a técnica de combate sem armas para defesa
pessoal, envolvendo destreza no emprego das mãos e punhos, de pontapés voadores,
de esquivas e intercepções de golpes com as mãos, braços ou pés, para a rápida
destruição do oponente. Hoje em dia o taekwondo tornou-se olímpico, e em muitas
academias pratica-se o taekwondo olímpico. Basicamente um esporte de chutes com
muita explosão. Mais precisamente 30% Socos e 70% chutes. Nos Estados Unidos, país
onde o Karatê era a arte marcial predominante nos anos 80 e 90, o taekwondo foi por
muito tempo "erroneamente" chamado de "Karate Coreano". As artes marciais
coreanas vem se desenvolvendo ao longo dos anos,mostrando que a Asia não se limita
apenas ao Japão ou a China,o taekwondo é bem mais que medalhas,titulos ou
proteções,dadas aos vencedores de "competições" por ai a fora,o taekwondo é a
capacidade de vencer uma dificuldade pessoal,é desenvolver outras areas da vida
pessoal por meio da etica empregada no treinamento do taekwondo,pois assim como
a montanha não zomba do rio por ele ser tão baixo o rio não zomba da montanha por
ela não poder correr.

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

La actualidad más candente (19)

Lutas
LutasLutas
Lutas
 
Lutas
LutasLutas
Lutas
 
Caratê
CaratêCaratê
Caratê
 
Karatê
KaratêKaratê
Karatê
 
Conhecimento geral das diversas lutas
Conhecimento geral das diversas lutasConhecimento geral das diversas lutas
Conhecimento geral das diversas lutas
 
O karatê dô e sua origem
O karatê dô e sua origemO karatê dô e sua origem
O karatê dô e sua origem
 
Jiu jitsu
Jiu jitsuJiu jitsu
Jiu jitsu
 
Felipe edf[1]
Felipe edf[1]Felipe edf[1]
Felipe edf[1]
 
Trabalho de ed.fisica karate
Trabalho de ed.fisica karateTrabalho de ed.fisica karate
Trabalho de ed.fisica karate
 
Karate shotokan - Dayse Hellen
Karate shotokan - Dayse HellenKarate shotokan - Dayse Hellen
Karate shotokan - Dayse Hellen
 
Apostila ( kihon ) karatê shorin ryu .associação naha shuri karatê do .
Apostila  ( kihon ) karatê  shorin ryu .associação naha shuri karatê  do .Apostila  ( kihon ) karatê  shorin ryu .associação naha shuri karatê  do .
Apostila ( kihon ) karatê shorin ryu .associação naha shuri karatê do .
 
História do boxe
História do boxeHistória do boxe
História do boxe
 
Apostila de karate_shotokan
Apostila de karate_shotokanApostila de karate_shotokan
Apostila de karate_shotokan
 
Felipe edf
Felipe edfFelipe edf
Felipe edf
 
Boxe
BoxeBoxe
Boxe
 
KARATÊ
KARATÊKARATÊ
KARATÊ
 
Karate
KarateKarate
Karate
 
Trabalho de educação física
Trabalho de educação físicaTrabalho de educação física
Trabalho de educação física
 
Histriadokarat do-completo-130519192154-phpapp02
Histriadokarat do-completo-130519192154-phpapp02Histriadokarat do-completo-130519192154-phpapp02
Histriadokarat do-completo-130519192154-phpapp02
 

Similar a Filosofia das artes marciais medio

Similar a Filosofia das artes marciais medio (20)

Lutasxedu
LutasxeduLutasxedu
Lutasxedu
 
Carate
CarateCarate
Carate
 
Roteiro de estudo lutas
Roteiro de estudo   lutasRoteiro de estudo   lutas
Roteiro de estudo lutas
 
Trabalho dani
Trabalho daniTrabalho dani
Trabalho dani
 
Nt9
Nt9Nt9
Nt9
 
Nt9
Nt9Nt9
Nt9
 
Abordagem Histórica das Lutas.ppt
Abordagem Histórica das Lutas.pptAbordagem Histórica das Lutas.ppt
Abordagem Histórica das Lutas.ppt
 
Boxe (1)
Boxe (1)Boxe (1)
Boxe (1)
 
Boxe ppt (1)
Boxe ppt (1)Boxe ppt (1)
Boxe ppt (1)
 
Trabalho do rubens lutas.
Trabalho do rubens lutas.Trabalho do rubens lutas.
Trabalho do rubens lutas.
 
metodos e planos para o ensino
metodos e planos para o ensinometodos e planos para o ensino
metodos e planos para o ensino
 
Métodos e planos para o ensino - Carlos Alberto Tenroller
Métodos e planos para o ensino - Carlos Alberto TenrollerMétodos e planos para o ensino - Carlos Alberto Tenroller
Métodos e planos para o ensino - Carlos Alberto Tenroller
 
Arte marcial ou luta.ppt
Arte marcial ou luta.pptArte marcial ou luta.ppt
Arte marcial ou luta.ppt
 
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR - AULA 1 - INTRODUÇÃO AO ENSINO DAS LUTAS.
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR - AULA 1 - INTRODUÇÃO AO ENSINO DAS LUTAS.EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR - AULA 1 - INTRODUÇÃO AO ENSINO DAS LUTAS.
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR - AULA 1 - INTRODUÇÃO AO ENSINO DAS LUTAS.
 
Apostila ed.fisica ensino_medio
Apostila ed.fisica ensino_medioApostila ed.fisica ensino_medio
Apostila ed.fisica ensino_medio
 
História do boxe
História do boxeHistória do boxe
História do boxe
 
História do boxe
História do boxeHistória do boxe
História do boxe
 
Apostila ginastica - BETINHO
Apostila ginastica - BETINHOApostila ginastica - BETINHO
Apostila ginastica - BETINHO
 
Ginastica
GinasticaGinastica
Ginastica
 
1 ninjutsu arte-da_resistencia
1 ninjutsu arte-da_resistencia1 ninjutsu arte-da_resistencia
1 ninjutsu arte-da_resistencia
 

Filosofia das artes marciais medio

  • 1. EDUCAÇÃO FÍSICA – Lutas / filosofia das artes marciais PROF. ESP. ANDERSON JONHSON PEREIRA FREITAS Judô Judô (português brasileiro) ou judo (português europeu) (柔道 Jūdō?, caminho suave, ou caminho da suavidade) é um desporto praticado como arte marcial, fundado por Jigoro Kano em 1882. Os seus principais objetivos são fortalecer o físico, a mente e o espírito de forma integrada, além de desenvolver técnicas de defesa pessoal. O judo teve uma grande aceitação em todo o mundo, pois Kano conseguiu reunir a essência dos principais estilos e escolas de jujutsu, arte marcial praticada pelos "bushi", ou cavaleiros durante o período Kamakura (1185-1333), a outras artes de luta praticadas no Oriente e fundi-las numa única e básica. O judô foi considerado desporto oficial no Japão nos finais do século XIX e a polícia nipônica introduziu-o nos seus treinos. O primeiro clube judoca na Europa foi o londrino Budokway (1918). A vestimenta utilizada nessa modalidade é o keikogi (quimono), que no judô recebe o nome de judogui e que, com o cinturão, forma o equipamento necessário à sua prática. O judogui que é composto pelo casaco (Wagui), pela calça (Shitabaki) e também pela faixa (obi), o judogui pode ser branco ou azul, ainda que o azul seja quase apenas utilizado para facilitar as arbitragens em campeonatos oficiais. Com milhares de praticantes e federações espalhados pelo mundo, o judô se tornou um dos esportes mais praticados, representando um nicho de mercado fiel e bem definido. Não restringindo seus adeptos a homens com vigor físico e estendendo seus ensinamentos para mulheres, crianças e idosos, o judô teve um aumento significativo no número de praticantes. Sua técnica utiliza basicamente a força e equilíbrio do oponente contra ele. Palavras ditas por mestre Kano para definir a luta: "arte em que se usa ao máximo a força física e espiritual". A vitória, ainda segundo seu mestre fundador, representa um fortalecimento espiritual. Capoeira A capoeira é uma expressão cultural brasileira que mistura arte-marcial, esporte, cultura popular e música. Desenvolvida no Brasil principalmente por descendentes de escravos africanos com alguma influência indígena, é caracterizada por golpes e movimentos ágeis e complexos, utilizando primariamente chutes e rasteiras, além de cabeçadas, joelhadas, cotoveladas, acrobacias em solo ou aéreas. Uma característica que distingue a capoeira da maioria das outras artes marciais é a sua musicalidade. Praticantes desta arte marcial brasileira aprendem não apenas a lutar e a jogar, mas também a tocar os instrumentos típicos e a cantar. Um capoeirista experiente que ignora a musicalidade é considerado incompleto.
  • 2. EDUCAÇÃO FÍSICA – Lutas / filosofia das artes marciais PROF. ESP. ANDERSON JONHSON PEREIRA FREITAS A palavra capoeira é originária do tupi-guarani, que significa "o que foi mata", através da junção dos termos ka'a ("mata") e pûer ("que foi")[1]. Refere-se às áreas de mata rasteira do interior do Brasil onde era praticada agricultura indígena. Acredita-se que a capoeira tenha obtido o nome a partir destas áreas que cercavam as grandes propriedades rurais de base escravocrata. Capoeiristas fugitivos da escravidão e desconhecedores do ambiente ao seu redor, frequentemente usavam a vegetação rasteira para se esconderem da perseguição dos capitães-do-mato. Outras expressões culturais, como o maculelê e o samba de roda, são muito associadas à capoeira, embora tenham origem e significados diferentes. Boxe O boxe ou pugilismo é um esporte de combate, no qual os lutadores usam apenas os punhos, tanto para a defesa, quanto para o ataque. A palavra deriva do inglês to box, que significa bater, ou pugilismo (bater com os punhos), expressão utilizada na Inglaterra entre 1000 e 1850. História Jovens lutam boxe. Afresco da civilização minóica, em Acrotiri, Santorini, cerca de 1500 a.C. Remontando aos séculos XVIII e XIX, quando de seu nascimento na Inglaterra, o boxe era praticado com as mãos nuas. Essas lutas com as mãos descobertas eram frequentemente brutais, de modo que o boxe acabou sofrendo intensas mudanças em 1867, com a formulação das Regras de Queensberry, que previam rounds de três minutos, separados por um intervalo de um minuto, além do uso obrigatório das luvas. Essas regras entraram em vigor em 1872. O boxe foi primeiramente considerado um desporto olímpico em 688 a.C., na 23ª olimpíada da antiguidade; seu vencedor foi Onomastus de Esmirna, que foi quem definiu as regras do esporte.[1] Posteriormente, quando houve o ressurgimento dos
  • 3. EDUCAÇÃO FÍSICA – Lutas / filosofia das artes marciais PROF. ESP. ANDERSON JONHSON PEREIRA FREITAS Jogos Olímpicos da Era Moderna, nas Olimpíadas de 1896, em Atenas, o boxe não foi incluído como uma das modalidades da competição.[2] O boxe então somente retornou nas Olimpíadas de 1904, a terceira da Era Moderna, em St. Louis, e desde então foi praticado em todas suas edições posteriores, com exceção às Olimpíadas de 1912, em Estocolmo. O muay thai (lit. boxe tailandês) descende de uma arte marcial tailandesa chamada muay boran (lit. boxe antigo), que incorporou regras e movimentos do boxe inglês. Os golpes dados com os punhos são praticamente os mesmos, porém em uma luta de muay thai é permitido usar os cotovelos, os joelhos e as canelas para golpear os adversários. Karatê Caraté, karaté (português europeu) ou caratê (português brasileiro) (em japonês: 空手, transl. karate, AFI: [kɑʀɑtə]) ou caratê-dô (空手道, transl. karate-dō AFI: [kɑʀɑtədɵ])[a] é uma arte marcial japonesa que se desenvolveu a partir da arte marcial autóctone de Oquinaua sob influência do chuan fa chinês[b] e dos koryu japoneses (modalidades tradicionais de luta), incorporando aspectos das disciplinas guerreiras, ou budō.[1] A influência do chinesa foi maior num primeiro estádio de desenvolvimento, cambiando um paradigma primitivo de simples luta com agarrões e projeções para um com mais ênfase nos golpes traumáticos, e se fez sentir nas técnicas dos estilos mais fluidos e pragmáticos da China meridional.[2] Depois, por causa de alterações da cércea geo-política, sobreveio a predominância das disciplinas de combate do Japão e nesse período o paradigma tende a simplificar ainda mais os movimentos, tornando-os mais directos com o renunciando àquilo que não seria útil ou que fosse mero floreio.[1] O repertório técnico da arte marcial abrange principalmente golpes contundentes — atemi waza —, como pontapés, socos, joelhadas, bofetadas etc., executadas com as mãos desarmadas. Todavia, técnicas de projeção, imobilização e bloqueios — nage waza, katame waza, uke waza — também são ensinados, com maior ou menor ênfase dependendo do onde ou qual estilo/escola se aprende.[3] Grosso modo, pode-se afirmar que a evolução desta arte marcial aconteceu capitaneada por renomados mestres, que a conduziram e assentaram suas bases, resultando no caratê moderno, cujo trinômio básico de aprendizado repousa em kihon (técnicas básicas), kata (sequência de técnicas, simulando luta com várias aplicações práticas) e kumite (enfrentamento propriamente dito, que pode ser mero simulacro ou dar-se de maneira esportiva/competitiva ou mais próxima da realidade). Esse processo evolutivo também mostra que a modalidade surgida como se fosse uma única haste acabou por se trifurcar e, por fim, tornou-se uma miríade de diversas variações sobre um mesmo tema.[4] O estádio da transição entre os séculos XX e XXI revela que a maioria das escolas de caratê tem dado ênfase à evolução do condicionamento físico, desenvolvendo
  • 4. EDUCAÇÃO FÍSICA – Lutas / filosofia das artes marciais PROF. ESP. ANDERSON JONHSON PEREIRA FREITAS velocidade, flexibilidade e capacidade aeróbica para participação de competições de esporte de combate, ficando relegada àquelas poucas escolas tradicionalistas a prática de exercícios mais rigorosos, que visam desenvolver a resistência dos membros, e de provas de quebramento de tábuas de madeira, tijolo ou gelo. De um modo simples, há duas correntes maiores, uma tendente a preservar os caracteres marcial e filosófico do caratê e outra, que pretende firmar os aspectos esportivo e lúdico.[5] A partir do primeiro quartel do século XX, o processo de segmentação instalou-se de vez, aparecendo diversos sodalícios e silogeus, até uus dentro dos outros, pretendendo difundir seu modo peculiar de entender e desenvolver o caratê, a despeito de comungarem de similitude técnica e de origem. Tal circunstância, que foi combatida por mestres de renome, acabou por se consolidar e gera como consequência a falta de padronização e entendimento entre entidades e praticantes. Daí, posto que aceito mundialmente como esporte, classificado como esporte olímpico e participando dos Jogos Pan-Americanos, não há um sistema unificado de valoração para as competições, ocasionando grande dificuldade para sua aceitação como esporte presente nos Jogos Olímpicos.[6] Em que pese a enorme fragmentação, os inúmeros contubérnios procuram ainda seguir um moldelo pedagógico mais ou menos comum. E neste ambiente, distingue-se o mero praticante, ou carateista, daquele estudioso dedicado da arte marcial, carateca, o qual busca desenvolver disciplina, filosofia e ética, além de aprender simples movimentos e condicionamento físico. Nessa mesma linha, aquele carateca que alcança o grau de faixa/cinturão preto(a) é chamado de sensei. E os sítios de aprendizado são chamados de dojôs, sendo estes, via de regra, filiados a alguma linhagem/estilo. Tae kwon do Taekwondo (em coreano: 태권도; AFI: [tʰɛ ʌndo]) , também grafado tae kwon do, taekwon-do ou TKD, é uma arte marcial que originou um esporte de combate. Hoje em dia, é um desporto difundido em todos os continentes. Nos Jogos Olímpicos de Verão de 1988, teve seu "batismo de fogo", quando foi um esporte de exibição, continuando com este status nos Jogos Olímpicos de Verão de 1992. Em 1993, o esporte foi adicionado ao programa olímpico oficial, integrando o programa a partir dos Jogos Olímpicos de 2000. História A arte marcial surgiu como forma de renascimento, depois dos conflitos e período de dominação da Coreia pelo Japão, quando houve supressão sistemática dos aspectos culturais.[2] Após a Segunda Guerra Mundial, o Taekwondo foi criado com base no Karate japonês com influências de Taekkyeon, arte marcial coreana. O Karate foi introduzido para a Coreia durante o período de anexação (1910-1945), servindo de base para o desenvolvimento de Taekwondo, artes marciais chinesas também influenciaram o Taekwondo.
  • 5. EDUCAÇÃO FÍSICA – Lutas / filosofia das artes marciais PROF. ESP. ANDERSON JONHSON PEREIRA FREITAS Uniforme e equipamento de luta Em campeonatos de lutas, os atletas deste esporte devem utilizar equipamentos de proteção com o objetivo de não ocorrer ferimentos em função dos golpes. Os equipamentos de proteção servem para proteger a cabeça, o tórax, região genital, pernas, braços e mãos. A vestimenta usada, geralmente na cor branca, chama-se dobok. Origem do nome  "Tae" (Pés)  "Kwon" (Mãos)  "Do" (Caminho/Mente). Em sentido global, taekwondo indica a técnica de combate sem armas para defesa pessoal, envolvendo destreza no emprego das mãos e punhos, de pontapés voadores, de esquivas e intercepções de golpes com as mãos, braços ou pés, para a rápida destruição do oponente. Hoje em dia o taekwondo tornou-se olímpico, e em muitas academias pratica-se o taekwondo olímpico. Basicamente um esporte de chutes com muita explosão. Mais precisamente 30% Socos e 70% chutes. Nos Estados Unidos, país onde o Karatê era a arte marcial predominante nos anos 80 e 90, o taekwondo foi por muito tempo "erroneamente" chamado de "Karate Coreano". As artes marciais coreanas vem se desenvolvendo ao longo dos anos,mostrando que a Asia não se limita apenas ao Japão ou a China,o taekwondo é bem mais que medalhas,titulos ou proteções,dadas aos vencedores de "competições" por ai a fora,o taekwondo é a capacidade de vencer uma dificuldade pessoal,é desenvolver outras areas da vida pessoal por meio da etica empregada no treinamento do taekwondo,pois assim como a montanha não zomba do rio por ele ser tão baixo o rio não zomba da montanha por ela não poder correr.