A malária é uma doença parasitária causada por protozoários do gênero Plasmodium, transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles. Apresenta sintomas como febre, calafrios e dor de cabeça. É endêmica em 90 países, afetando 300 a 500 milhões de pessoas por ano, com 1 a 2 milhões de óbitos. O diagnóstico é feito por exames parasitológicos no sangue e o tratamento depende da espécie de Plasmodium, variando entre a cloroquina e
2. CONCEITO
É uma doença parasitária, sistêmica produzida por um
protozoário do gênero Plasmodium, destacado-se três
espécies: P. falciparum, P. vivax e P.
malarie, caracterizada pela tríade: febre, calafrio e cefaléia.
3. EPIDEMIOLOGIA
Dados de 1991:
Endêmica em 90 países;
300 a 500 milhões de infectados por ano
1 a 2 milhões de óbitos anualmente
+ de 90% dos casos – África Tropical
40% da população mundial está exposta
7. QUADRO CLÍNICO
fase sintomática inicial, caracterizada por mal-
estar, cefaléia, cansaço, mialgia, náuseas e vômitos, geralmente
precede a clássica febre da Malária;
seguido por uma fase febril, com temperatura corpórea podendo
atingir 41ºC ou mais, calafrios, sudorese profusa e fraqueza intensa;
Em seguida, a febre assume um caráter intermitente e de
periodicidade irregular (6 a 7 dias);
De um modo geral, as formas brandas da doença são causadas
pelo P.malariae e P. vivax e as formas clínicas mais graves são
causadas pelo P. falciparum, que podem, se não tratados
corretamente, evoluir para óbito.
8. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
PERÍODO DE INCUBAÇÃO:
P. vivax: 8 a 31 dias – média 14d;
P. falciparum: 7 a 14 dias – média 10d;
P. malarie: 18 a 37 dias – média 30d.
ALTERAÇÕES ORGANICAS:
Icterícia;
Hepatoesplenomegalia.
9. DIAGNÓSTICO
Na fase inicial, a Malária confunde-se com outras doenças infecciosas
(Febre tifóide, leptospirose, hepatite infecciosa). No período de febre
intermitente, pode ser confundida com infecções urinárias, tuberculose
miliar.
O diagnóstico de certeza da infecção malárica só é possível pela
demonstração do parasito ou de antígenos relacionados, no sangue
periférico do paciente.
Gota espessa é o exame mais utilizado no Brasil (exame
parasitológico de sangue, visualização do parasito por meio
da microscopia óptica)
10. TRATAMENTO
O tratamento visa principalmente à interrupção da
esquizogonia sanguínea, responsável pela patogenia e pelas
manifestações clínicas da infecção;
Além disso, a abordagem terapêutica de pacientes
residentes em áreas endêmicas pode também visar à
interrupção da transmissão;
A decisão quanto ao tratamento deve ser precedida de
informações sobre os seguintes aspectos: gravidade da
doença; espécie de plasmódio; idade do paciente; história de
infecções anteriores, de acordo com o Manual de Terapêutica
da Malária (MS).
11. Infecções por Plasmodium vivax e Plasmodium
malariae
Cloroquina - Comprimidos 250mg;
Primaquina - Comprimidos contendo 5,0mg e 15,0mg.
12. Infecções por Plasmodium falciparum
Esquema com Artemeter + Lumefantrina (Coartem®) -
Apresentação em comprimidos contendo uma combinação fixa
de Artemeter 20mg e Lumefantrina 120mg;
Esquema com Quinina + Doxiciclina - Em geral, tanto a
apresentação oral, quanto a injetável da Quinina contêm
500mg do sal de Quinina, equivalendo a 325mg da base;
Primaquina - Utilizada como medicamento gametocitocida
do P. falciparum (bloqueador de transmissão).
13. BRASIL. Ministério da Saúde. Doenças infecciosas e
parasitárias: guia de bolso. Secretaria de Vigilância em
Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – 7. ed.
rev. – Brasília, 2008.
Doenças infecciosas e parasitárias, Ricardo
Veronesi, editora Guanabara
Fontes