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FÍSICA: Conceitos e Contextos




                              Física Térmica



          Unidade 3: Gases e termodinâmica
Capítulo 10: Primeira Lei de Termodinâmica
               Tópico 5: Máquinas Térmicas
                Motor de Combustão Interna

                          Andréa Simone Melo de Carvalho
Quando ouvimos a expressão: Máquinas Térmicas pensamos em máquinas a vapor, como os
antigos trens e as caldeiras e, porque não,... as panelas de pressão.
Mas, você sabia que os carros também são máquinas a vapor??


Como assim?
Os carros são motores a combustão, que utilizam           álcool, gasolina ou diesel.

E, como foram criados os motores a combustão?
Vejamos um pouco de história...


                     As máquinas térmicas com motores a explosão foram criadas ao longo do
                     século XX.
                     Estes motores a combustão interna atualmente usados nos
                     carros utilizam-se do Ciclo de Otto.




Agora é importante não confundir motores a combustão externa, como
por exemplo o motor Stirling onde os processos de combustão ocorrem fora
do motor aproveitando o calor dos gases da combustão, através das
transformações       gasosas:    1)    Compressão    isotérmica;      2)    Aquecimento
isocórico; 3) Expansão isotérmica e 4) arrefecimento isocórico. Este
aproxima-se do ciclo ideal sugerido por Sadi Carnot. Vejamos a história:
Ciclo de Carnot

Foi desenvolvido por pelo engenheiro Sadi Carnot (1796-1832), o seu uso é apenas teórico. O ciclo
Carnot é um ciclo ideal, partindo de transformações de gases perfeitos. Seu funcionamento é
composto por duas transformações adiabáticas e duas isotérmicas alternadamente e isso permite
menor perda de energia (calor) para o meio externo (fonte fria). O rendimento desse ciclo é
aproximadamente 72% o qual alias, nunca atingido por um motor termico. Este ciclo teorico
compõe as seguintes fases:
1-2: compressão isotermica
2-3: compressão adiabatica
3-4: expansão isotermica
4-1: expansão adiabatica



Descrição teórica:

                                  Primeira fase: expansão isotérmica (1-2)
                                  Uma massa gasosa é introduzida no cilindro e depois comprimida
                                  pelo pistão “temperatura constante”, sendo o cilindro esfriado
                                  durante esta fase.
                                  Segunda fase: expansão adiabática (2-3)
                                  Sendo interrompido o resfriamento do cilindro, continua-se a
                                  compressão rapidamente de modo que nenhuma troca de calor
                                  tenha lugar entre o gás e o cilindro.

Figura 01 – Diagrama do ciclo de Carnot
Terceira fase: compressão isotérmica (3-4)
Ao passo que, durante a compressão isotérmica o cilindro deve ser resfriado, durante a expansão
isotérmica, este mesmo cilindro exige aquecimento para tornar a temperatura constante.
Quarta fase: compressão adiabática (4-1)
Continuando o repouso, faz-se cessar o reaquecimento do cilindro para que essa fase se efetue sem
troca de calor com o cilindro e que a massa gasosa retome o volume e a pressão que possuía no
início da primeira fase.

Já o ciclo de Otto é a versão utilizada pelos veículos automotores da atualidade.
Ciclo Otto

                           O Ciclo de Otto é um ciclo termodinâmico, que idealiza o funcionamento
                           de motores de combustão interna de ignição por centelha. Foi definido
                           por Beau de Rochas em 1862 e implementado com sucesso pelo
                           engenheiro alemão Nikolaus Otto em 1876, e posteriormente por Étienne
                           Lenoir e Rudolf Diesel.
                           Motores baseados no ciclo Otto equipam a maioria dos automóveis
                           convencionais e usam combustíveis leves como gasolina, álcool, gás
                           natural.



Figura02 – Representação dos principais componentes
Descrição Teórica
                             O ciclo de Otto ideal se constitui dos seguintes processos:
                             1) ADMISSÃO isobárica = 0-1, pressão constante;
                             Válvula de admissão aberta e Válvula de escape fechada.
                             O pistão se desloca do PMS (ponto morto superior) ao PMI (ponto
                             morto inferior) admitindo para dentro do cilindro a mistura
                             combustível/ar.


                             Figura03 – Diagrama Pressão X Volume


2) COMPRESSÃO adiabática = 1-2, eleva a temperatura dos gases sem provocar a inflamação;
Válvula de admissão fechada e Válvula de escape fechada.
O pistão se desloca do PMI ao PMS, comprimindo a mistura. Antes de o pistão atingir o PMS,
ocorre a faísca, dando origem à combustão.
3) EXPLOSÃO: Combustão isocórica = 2-3, contribuição de calor provocado pela centelha (vela).
A volume constante. A pressão eleva-se rapidamente;
Válvula de admissão fechada Válvula de escape fechada.
A combustão provoca a expansão dos gases que empurram o pistão, fazendo o se deslocar do PMS
ao PMI.
Expansão adiabática = 3-4, parte do ciclo de transforma em trabalho;
4) EXPULSÃO OU ESPAPE: Válvula de admissão fechada e Válvula de escape aberta.
Abertura de válvula de escape =4-5, cessão do calor residual ao ambiente a volume constante;
Exaustão isobárica = 5-0, esvaziamento da câmara. Baixa brutal de pressão.
O pistão se desloca do PMI ao PMS, empurrando para fora os gases queimados.
Após a expulsão dos gases o motor fica nas condições iniciais permitindo que o ciclo se repita.




                                                         Figura 04 – Demostração do processo
                                                         mecânico
Agora é com você!
Pesquisa   sobre   os   cientistas   e   suas   teorias   relacionadas   com   o   tema:
TERMODINÂMICA. Relacione o cientista ao conceito físico relacionado.


  •   James Watt – Conservação de Energia (Térmica/Elétrica)
  •   Nicolas L. Sadi Carnot – Ciclo de Carnot (Máquina Térmica)
  •   Nicolaus Otto – Ciclo de Otto (Motores à combustão interna)
  •   Rudolf J. Emanuel Clausius (2ª Lei da Termodinâmica - Entropia)


Pesquise: Sobre os diversos tipos de motores a combustão interna, como: o
diesel , motores de 2 tempos, de 8 ou 16 válvulas...
http://www.ebah.com.br/content/ABAAABbGcAD/ciclos




                   http://www.alexfisica.com.br/blank/simuladores.htm
GLOSSÁRIO

1ª Lei da Termodinâmica:
Dentro de um sistema gasoso onde envolva trocas de energias, como: Calor (Q), Trabalho
Mecânico (W) e Energia Interna (U), cumpre-se a Primeira Lei da Termodinâmica, que diz: ΔU = Q
–W
2ª Lei da Termodinâmica:
É impossível a construção de um dispositivo que, por si só, isto é, sem intervenção do meio exterior,
consiga transformar integralmente em trabalho o calor absorvido de uma fonte a uma dada
temperatura uniforme.”Kelvin-Planck

Transformação Isobárica: O motor realiza trabalho com o calor fornecido pela combustão, com Pi =
Pf, mas com volume e temperatura variávies.




Transformação Isovolumétrica: Vi = Vf, mas com pressão e temperatura variáveis.




Transformação Isotermica: Ti = Tf , mas com pressão e volume variáveis.


Pi x Vi = Pf x Vf




Transformação Adiabática: ΔQ = 0 Não há troca de calor com o sistema
REFERÊNCIAS


SANT'ANNA, BLAIDI; et al. Conexões com a Física. V. 2. 1. ed. - São Paulo: Moderna, 2010.

LEMES, Pablo Henrique Carvalho. Ciclos.Arquivado no curso de Engenharia Mecânica da
PUCPR.                Curitiba,          2010.              Disponível          em:
<http://www.ebah.com.br/content/ABAAABbGcAD/ciclos>. Acesso em: 06.abr.2012.

GREF – Grupo de Reestruturação do Ensino da Física. Leituras de Física – Física Térmica. V.3
Cap.18. São Paulo. Jun.1998. Disponível em: <http://www.if.usp.br/gref/termodinamica.htm>.
Acesso em 04.abr.2012.
APÊNDICE



Plano de aulas
TERMODINÂMICA: Máquinas térmicas a combustão
PLANEJAMENTO
Nesse planejamento sintético devem definir:
Conteúdo
Introdução:
Motor a combustão

Objetivo
Compreender as transformações gasosas envolvidas nas etapas de trabalho do motor a combustão.
Diferenciar o Ciclo de Carnot com o de Otto.
Relacionar os ciclos à sua respectiva aplicação tecnológica.
Compreender o conhecimento científico como útil para a humanidade.



Tipos de textos (escrita, desenho, pinturas, etc).
Escrita, imagens e signos.

Recursos que serão utilizados
Texto digital com imagens estáticas e em movimentos.
Links de pesquisa.

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  • 1. FÍSICA: Conceitos e Contextos Física Térmica Unidade 3: Gases e termodinâmica Capítulo 10: Primeira Lei de Termodinâmica Tópico 5: Máquinas Térmicas Motor de Combustão Interna Andréa Simone Melo de Carvalho
  • 2. Quando ouvimos a expressão: Máquinas Térmicas pensamos em máquinas a vapor, como os antigos trens e as caldeiras e, porque não,... as panelas de pressão. Mas, você sabia que os carros também são máquinas a vapor?? Como assim? Os carros são motores a combustão, que utilizam álcool, gasolina ou diesel. E, como foram criados os motores a combustão? Vejamos um pouco de história... As máquinas térmicas com motores a explosão foram criadas ao longo do século XX. Estes motores a combustão interna atualmente usados nos carros utilizam-se do Ciclo de Otto. Agora é importante não confundir motores a combustão externa, como por exemplo o motor Stirling onde os processos de combustão ocorrem fora do motor aproveitando o calor dos gases da combustão, através das transformações gasosas: 1) Compressão isotérmica; 2) Aquecimento isocórico; 3) Expansão isotérmica e 4) arrefecimento isocórico. Este aproxima-se do ciclo ideal sugerido por Sadi Carnot. Vejamos a história:
  • 3. Ciclo de Carnot Foi desenvolvido por pelo engenheiro Sadi Carnot (1796-1832), o seu uso é apenas teórico. O ciclo Carnot é um ciclo ideal, partindo de transformações de gases perfeitos. Seu funcionamento é composto por duas transformações adiabáticas e duas isotérmicas alternadamente e isso permite menor perda de energia (calor) para o meio externo (fonte fria). O rendimento desse ciclo é aproximadamente 72% o qual alias, nunca atingido por um motor termico. Este ciclo teorico compõe as seguintes fases: 1-2: compressão isotermica 2-3: compressão adiabatica 3-4: expansão isotermica 4-1: expansão adiabatica Descrição teórica: Primeira fase: expansão isotérmica (1-2) Uma massa gasosa é introduzida no cilindro e depois comprimida pelo pistão “temperatura constante”, sendo o cilindro esfriado durante esta fase. Segunda fase: expansão adiabática (2-3) Sendo interrompido o resfriamento do cilindro, continua-se a compressão rapidamente de modo que nenhuma troca de calor tenha lugar entre o gás e o cilindro. Figura 01 – Diagrama do ciclo de Carnot Terceira fase: compressão isotérmica (3-4) Ao passo que, durante a compressão isotérmica o cilindro deve ser resfriado, durante a expansão isotérmica, este mesmo cilindro exige aquecimento para tornar a temperatura constante. Quarta fase: compressão adiabática (4-1) Continuando o repouso, faz-se cessar o reaquecimento do cilindro para que essa fase se efetue sem troca de calor com o cilindro e que a massa gasosa retome o volume e a pressão que possuía no início da primeira fase. Já o ciclo de Otto é a versão utilizada pelos veículos automotores da atualidade. Ciclo Otto O Ciclo de Otto é um ciclo termodinâmico, que idealiza o funcionamento de motores de combustão interna de ignição por centelha. Foi definido por Beau de Rochas em 1862 e implementado com sucesso pelo engenheiro alemão Nikolaus Otto em 1876, e posteriormente por Étienne Lenoir e Rudolf Diesel. Motores baseados no ciclo Otto equipam a maioria dos automóveis convencionais e usam combustíveis leves como gasolina, álcool, gás natural. Figura02 – Representação dos principais componentes
  • 4. Descrição Teórica O ciclo de Otto ideal se constitui dos seguintes processos: 1) ADMISSÃO isobárica = 0-1, pressão constante; Válvula de admissão aberta e Válvula de escape fechada. O pistão se desloca do PMS (ponto morto superior) ao PMI (ponto morto inferior) admitindo para dentro do cilindro a mistura combustível/ar. Figura03 – Diagrama Pressão X Volume 2) COMPRESSÃO adiabática = 1-2, eleva a temperatura dos gases sem provocar a inflamação; Válvula de admissão fechada e Válvula de escape fechada. O pistão se desloca do PMI ao PMS, comprimindo a mistura. Antes de o pistão atingir o PMS, ocorre a faísca, dando origem à combustão. 3) EXPLOSÃO: Combustão isocórica = 2-3, contribuição de calor provocado pela centelha (vela). A volume constante. A pressão eleva-se rapidamente; Válvula de admissão fechada Válvula de escape fechada. A combustão provoca a expansão dos gases que empurram o pistão, fazendo o se deslocar do PMS ao PMI. Expansão adiabática = 3-4, parte do ciclo de transforma em trabalho; 4) EXPULSÃO OU ESPAPE: Válvula de admissão fechada e Válvula de escape aberta. Abertura de válvula de escape =4-5, cessão do calor residual ao ambiente a volume constante; Exaustão isobárica = 5-0, esvaziamento da câmara. Baixa brutal de pressão. O pistão se desloca do PMI ao PMS, empurrando para fora os gases queimados. Após a expulsão dos gases o motor fica nas condições iniciais permitindo que o ciclo se repita. Figura 04 – Demostração do processo mecânico
  • 5. Agora é com você! Pesquisa sobre os cientistas e suas teorias relacionadas com o tema: TERMODINÂMICA. Relacione o cientista ao conceito físico relacionado. • James Watt – Conservação de Energia (Térmica/Elétrica) • Nicolas L. Sadi Carnot – Ciclo de Carnot (Máquina Térmica) • Nicolaus Otto – Ciclo de Otto (Motores à combustão interna) • Rudolf J. Emanuel Clausius (2ª Lei da Termodinâmica - Entropia) Pesquise: Sobre os diversos tipos de motores a combustão interna, como: o diesel , motores de 2 tempos, de 8 ou 16 válvulas... http://www.ebah.com.br/content/ABAAABbGcAD/ciclos http://www.alexfisica.com.br/blank/simuladores.htm
  • 6. GLOSSÁRIO 1ª Lei da Termodinâmica: Dentro de um sistema gasoso onde envolva trocas de energias, como: Calor (Q), Trabalho Mecânico (W) e Energia Interna (U), cumpre-se a Primeira Lei da Termodinâmica, que diz: ΔU = Q –W 2ª Lei da Termodinâmica: É impossível a construção de um dispositivo que, por si só, isto é, sem intervenção do meio exterior, consiga transformar integralmente em trabalho o calor absorvido de uma fonte a uma dada temperatura uniforme.”Kelvin-Planck Transformação Isobárica: O motor realiza trabalho com o calor fornecido pela combustão, com Pi = Pf, mas com volume e temperatura variávies. Transformação Isovolumétrica: Vi = Vf, mas com pressão e temperatura variáveis. Transformação Isotermica: Ti = Tf , mas com pressão e volume variáveis. Pi x Vi = Pf x Vf Transformação Adiabática: ΔQ = 0 Não há troca de calor com o sistema
  • 7. REFERÊNCIAS SANT'ANNA, BLAIDI; et al. Conexões com a Física. V. 2. 1. ed. - São Paulo: Moderna, 2010. LEMES, Pablo Henrique Carvalho. Ciclos.Arquivado no curso de Engenharia Mecânica da PUCPR. Curitiba, 2010. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAABbGcAD/ciclos>. Acesso em: 06.abr.2012. GREF – Grupo de Reestruturação do Ensino da Física. Leituras de Física – Física Térmica. V.3 Cap.18. São Paulo. Jun.1998. Disponível em: <http://www.if.usp.br/gref/termodinamica.htm>. Acesso em 04.abr.2012.
  • 8. APÊNDICE Plano de aulas TERMODINÂMICA: Máquinas térmicas a combustão PLANEJAMENTO Nesse planejamento sintético devem definir: Conteúdo Introdução: Motor a combustão Objetivo Compreender as transformações gasosas envolvidas nas etapas de trabalho do motor a combustão. Diferenciar o Ciclo de Carnot com o de Otto. Relacionar os ciclos à sua respectiva aplicação tecnológica. Compreender o conhecimento científico como útil para a humanidade. Tipos de textos (escrita, desenho, pinturas, etc). Escrita, imagens e signos. Recursos que serão utilizados Texto digital com imagens estáticas e em movimentos. Links de pesquisa.