1. Protocolo – “Comunicação com estrangeiros”
Resumo
Este trabalho tem por objectivo dar a conhecer alguns dos princípios que
devemos ter em conta quando nos deslocamos ao estrangeiro para uma reunião de
negócios. Dei especial destaque a Macau pelas grandes diferenças culturais, sociais e
familiares que existe neste país.
Abstract
This work aims to make known some of the principles that we must take into
account when we travel abroad for a business meeting. Gave special prominence to
Macao by major cultural, social and family that exists in this country.
Palavras-chave
Reunião; Comunicação; Estrangeiro; Protocolo; Mercado; Negócios; Empresas.
Key-words
Meeting: Communication; Abroad; Protocol; Market; Business; Enterprises.
Introdução
O mundo é um só mercado. Os brinquedos produzidos na China são vendidos
em todo o planeta, os refrigerantes americanos têm uma aceitação global, o café
africano é consumido por todos os povos, os automóveis alemães são conduzidos por
pessoas de qualquer nacionalidade, os lacticínios da Nova Zelândia encontram-se à
venda em todos os países e o vinho português é apreciado nos 5 continentes. Assim,
cada vez mais o mercado é o mundo.
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2. A globalização e as novas tecnologias transformaram o vasto mundo numa
pequena aldeia, mas persistem distâncias, diferenças e dificuldades que é preciso
ultrapassar para se obterem os resultados desejados. Um desses problemas é o da língua.
O inglês é a língua franca no mundo dos negócios. Claro que a comunicação é sempre
possível entre pessoas que falam línguas diferentes, mais que não seja por intermédio de
um intérprete. Para além da língua, existem outros problemas – problemas culturais –
que persistem mesmo se as fronteiras entre os países são cada vez mais ténues. Cada
povo tem a sua maneira de ser, o seu modo de vida, os seus usos e costumes, os seus
valores e as suas convicções, a sua identidade cultural. E essa identidade condiciona
sempre a comunicação e a negociação entre pessoas oriundas de países diversos.
Desenvolvimento
Para que as reuniões de negócios internacionais tenham o devido sucesso e que
se alcance o objectivo, que é fazer negócio, irei falar sobre o país do qual merece, a meu
ver, especial destaque, pelas grandes diferenças que têm em relação a Portugal.
Macau
Cumprimentos
Para além do ocidental aperto da mão, que se implantou bem entre os chineses,
usa-se ainda o tradicional aceno com a cabeça.
Não se deve dar abraços, beijinhos ou palmadinhas nas costas. Tal como na China
continental, quanto menos contacto físico directo melhor.
Fórmulas de tratamento
Trata-se a pessoa pelo apelido ou pela sua designação na hierarquia familiar ou
profissional.
Não deve perguntar pela saúde dos familiares. Os macaenses não gostam de ver
devassada a sua «intimidade» e, além disso, são muito supersticiosos e dá azar falar dos
filhos em público, pois pode atrair a atenção dos espíritos maléficos e invejosos. Aliás,
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3. não deve fazer muitas perguntas em público. Se, por exemplo, encontrar uma senhora
sua conhecida com rosetas de lã azul (ou branca) no cabelo ou na lapela, isso quer dizer
que está de luto por um parente próximo. Mas não se deve dar os pêsames nem deve
perguntar nada. Ela dirá o que entender útil.
Tabus
Há coisas que nunca se devem oferecer pela carga simbólica que encerram. Por
exemplo nunca se oferecem incensos e velas, porque estão associadas a velórios.
As cores têm uma carga simbólica que convém conhecer: vermelho é alegria e
felicidade, o branco significa luto, verde é cor positiva, azul – cobalto é de evitar,
amarelo simboliza o ouro e a nobreza.
Pontualidade
Não é muito rigorosa mas é respeitada na vida social por representar o respeito
pelo compromisso assumido com os seus anfitriões.
Estratégias de negociação
Os chineses acham mais civilizado dizer as coisas de uma forma indirecta –
simbólica ou sugestiva – porque assim é mais fácil evitar a interferência de sentimentos.
E, além disso, entre uma atitude e a resposta, há tempo para reflectir e ponderar os
significados e consequências daquilo que foi dito.
Em caso de conflito, os chineses consideram que não é lícito a ninguém encurralar um
adversário num beco sem saída. Derrotado o adversário, há que facultar-lhe a retirada.
Ou seja, os chineses não aceitam perder a face – mas também não gostam de fazer
perder a face ao adversário.
Ofertas
Tudo o que se dá ou recebe deve ser segurado com as duas mãos.
Os macaenses são jogadores compulsivos e os jogos do casino funcionam 24 horas por
dia, por isso os presentes associados ao jogo são muito apreciados.
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4. O número 8 é um número auspicioso (não foi por acaso que os Jogos Olímpicos de
Pequim começaram às 8h e 8 minutos da noite dia 8 do 8 de 2008).
Hospitalidade
Os macaenses só em casos muitos raros oferecem jantares em casa. Fazem-no
apenas quando se trata de pessoas de grande intimidade e estima, e em ocasiões festivas.
Em Macau deve servir os outros antes de se servir a si. Quando for convidado para um
restaurante pelo seu parceiro macaense não se espante se o montante da despesa for
anunciado em voz alta, enquanto o seu anfitrião ufanamente saca da carteira para pagar
a conta. É para que toda a gente saiba que ele é generoso para com os convidados.
Gorjetas
No hotel, no bar e no restaurante não deve agradecer a quem lhe presta serviço
mas deve dar gorjeta ou um presente. Por exemplo, num táxi pode oferecer um maço de
tabaco se o taxista for fumador.
Existem alguns princípios que devemos ter em conta:
1. Antes de viajar devemo-nos informar dos usos e costumes dos
interlocutores. Quanto mais informação se recolhe, mais fácil a comunicação se
torna.
2. As primeiras impressões são as que perduram. Se vamos partir para uma
reunião num sítio longínquo não nos devemos esquecer de que pode estar
alguém à nossa espera no aeroporto. Não devemos usar roupa muito desportiva,
até porque a mala pode-se perder e temos de permanecer com a roupa do corpo.
3. É fundamental eliminar as interferências da comunicação. Se não
dominamos a língua dos parceiros devemos pedir um intér-prete.
4. É conveniente saber de antemão o estatuto da pessoa com quem vai lidar.
Devemos procurar saber não apenas o nome e o cargo como também a
importância que o interlocutor tem na hierarquia da respectiva empresa.
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5. 5. É imprescindível dominar as técnicas de negociação. Cada mercado tem as
suas regras e tentar entrar num mercado diferente sem conhecer as regras do
jogo é muito perigoso.
6. É necessário persuadir sem impor. Algumas culturas são mais verbais do que
outras. Devemos manter um espírito aberto e atento para se poder ceder no
supérfluo e ganhar no essencial.
7. É preciso saber receber e ser recebido. Uma das artes mais difíceis de dominar
na técnica de negociações internacionais é a da hospitalidade. Numas culturas a
hospitalidade é aparentemente excessiva e noutras a hospitalidade é quase
inexistente.
Conclusão
A etiqueta é um código de comportamento que delineia as expectativas para o
comportamento social de acordo com as normas convencionais contemporâneas dentro
de uma classe social ou grupo.
Actualmente, as reuniões de negócios internacionais são importantes, especialmente no
mundo corporativo em que as fronteiras diminuíram e as transacções internacionais se
intensificaram e tornam manchetes todos os dias. Algumas pessoas adoram reuniões,
enquanto outras pessoas as detestam.
A Etiqueta Empresarial funciona como uma chave, visto que, pode fechar as portas da
comunicação pobre e de mal-entendidos e abrir as portas para relacionamentos de
negócios bem sucedidos
Bibliografia
http://ibenp.wordpress.com/colunistas/alayde-santos/a-importancia-da-etiqueta-
empresarial-e-internacional/ - última vez acedido dia 8 de Dezembro de 2010
http://protocolopt.blogspot.com/ - última vez acedido dia 8 de Dezembro de 2010
Sebenta de Protocolo do Instituto Superior Miguel Torga, cedida pelo Prof. Pedro
Duarte
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