O documento descreve a vida e carreira do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado. Ele nasceu em 1944 em Minas Gerais e formou-se em economia, trabalhando inicialmente nessa área. Devido à ditadura militar, exilou-se na França em 1969 onde se tornou fotógrafo. Suas fotos em preto-e-branco retratam os excluídos da sociedade e foram publicadas por importantes agências. Seu primeiro livro documentou camponeses latino-americanos.
3. • O fotógrafo brasileiro Sebastião Ribeiro
Salgado nasceu na cidade de Aimorés, em Minas
Gerais, no dia 8 de fevereiro de 1944. Ele é o
único filho do sexo masculino, entre nove irmãs.
Graduado em Economia na capital do Espírito
Santo, Vitória, pós-graduou-se na Universidade
de São Paulo, na USP. Como economista, ele
trabalhou no Ministério da Economia, em 1968.
Devido às perseguições políticas empreendidas
pela Ditadura Militar, ele foi obrigado a
buscar asilo políticas em Paris, em 1969. Aí ele
completou o doutorado em Economia, em 1971.
Voltando para o Brasil, ele atuou na Organização
Internacional do Café, em 1973, como
especialista na fiscalização de plantações
africanas. Assim, ao completar 29 anos, em uma
viagem à África, levando consigo uma máquina
fotográfica de sua esposa, Lélia Wanick
Salgado, ele teve seu encontro definitivo com a
fotografia.
4. • Sebastião descobre no trabalho fotográfico a melhor
forma de enfrentar os acontecimentos
planetários, principalmente em seus aspectos
econômicos. É seguindo por este caminho que ele se
transforma em um dos principais e mais venerados
fotógrafos da atualidade, no campo do fotojornalismo.
Desde os primeiros momentos ele se dedicou a retratar
os excluídos, os que se encontram à margem da
sociedade.
• Adepto das fotos em branco-e-preto, voltou para
Paris, em 1973, aí dando início à sua trajetória nesta
nova profissão. Seus primeiros trabalhos foram
realizados como ‘free lance’, abordando desde o clima
seco no perímetro africano de Sahel de Níger, a
imigrantes assalariados europeus. Sebastião passou pelas
principais agências fotográficas da Europa – a
Gamma, em 1974, registrando imagens sobre
a Revolução dos Cravos, em Portugal; a Sygma, de 1975
a 1979, através da qual ele transitou por mais de vinte
países, fazendo a cobertura dos mais variados
acontecimentos; a Magnum Photos, em
1979, cooperativa instituída por Robert Capa e Henri
Cartier-Bresson, entre outros fotógrafos, na qual realizou
a fantástica sequência de fotos documentais sobre
camponeses latino-americanos, durante sete anos. Este
registro deu origem ao seu primeiro livro, Outras
Américas, lançado em 1986.