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Romantismo
Profª Andriane
Período de transição (1808 -1836)
Simultaneamente ao final das últimas produções do movimento árcade, ocorreu a vinda da
Família Real portuguesa para o Brasil. Esse acontecimento, no ano de 1808, significou, o início do
processo de Independencia da Colônia. O período compreendido entre 1808 e 1836 é considerado de
transição na literatura brasileira devido à transferência do poder de Portugal para as terras brasileiras
que trouxe consigo, além da corte e da realeza, as novidades e modelos literários do Velho
Continente nos moldes franceses e ingleses. Houve também a mudança de foco artístico e cultural,
da Bahia para o Rio de Janeiro, capital da colônia desde o ano de 1763.
Com a vinda da Família Real, os livros puderam ser impressos no território, dando início não
apenas ao desenvolvimento da literatura mas, também, a um sentimento de nacionalidade no
território, uma das principais características do período romântico brasileiro.
Considera-se que o período romântico no Brasil inicia em 1836, com a publicação da obra
Suspiros Poéticos e Saudades, do poeta Gonçalves de Magalhães e vai até o ano de 1881, com
a publicação do romance realista Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis.
Contexto histórico europeu
- a ascensão da tipografia, inventada pelo alemão Johannes Gutenberg, que possibilitou o
desenvolvimento da impressão em grandes quantidades de jornais e romances;
- ascensão dos romances impressos, popularizando o artefato e proporcionando um largo alcance da
literatura às camadas inferiores da sociedade;
- considera-se o marco inicial do romantismo na Europa a publicação do romance Os sofrimentos do
jovem Werther, do escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe no ano de 1774. Nessa obra, Goethe
apresenta a ideia central do Romantismo: a de que a força mais poderosa da vida é o sentimento, e
não a razão. Por isso, o movimento romântico pode ser entendido como uma reação contra a onda de
racionalismo provocada pelo Iluminismo;
- Com o processo de industrialização dos grandes centros, houve um delineamento das classes sociais:
a burguesia, com riquezas provenientes do comércio, e os operários das indústrias. Logo, a literatura
do período foi produzida pela classe dominante e para a classe dominante, deixando claro qual a
ideologia defendida por seus autores.
Contexto histórico no Brasil
- a vinda da Família Real para o Rio de Janeiro gerou um forte desenvolvimento artístico e
cultural na colônia, agora afinado com a produção literária europeia. Porém, a insatisfação das
classes dominantes com o Império fez com que surgissem tentativas de independência da
metrópole, produzindo um sentimento de nacionalismo que culminaria com a Declaração da
Independência, em 1822, por Dom Pedro I;
- escravidão dos negros: o Brasil era uma das poucas colônias americanas que ainda sustentava
o sistema econômico baseado do trabalho escravo, o que gerou opiniões controversas por parte
dos autores daquela época;
Chegada da Família Real Portuguesa a Bahia (1952), de Candido Portinari
Contexto histórico no Brasil
- A independência das colônias latino-americanas impulsionou um sentimento de nacionalidade
diretamente refletida pela literatura. A formação dessas literaturas esteve a cargo de autores
que projetavam os ideais de uma nação em crescimento e desenvolvimento e que até hoje são
considerados constitutivos da história da nação;
- O que causa uma sensação de estranhamento é o paradoxo observado no período: ao mesmo
tempo em que ideias sobre o sentimento de nacionalidade aflorava nos corações dos brasileiros
(e demais latino-americanos), parte da população permanecia na miséria e/ou em situações de
escravidão, sem acesso à emancipação e aos direitos humanos básicos.
Principais características
• Liberdade de criação e de expressão;
• Nacionalismo (exaltação dos valores e os heróis nacionais, ambientando
seu passado histórico, principalmente o período medieval);
• Historicismo;
• Medievalismo;
• Tradições populares (os autores buscavam inspiração nas narrativas
orais e nas canções populares, manifestação do nacionalismo romântico);
• Individualismo, egocentrismo;
• Confessionalismo (os sentimentos pessoais do autor em dado momento
de sua vida são expressos nas obras);
Principais características
• Pessimismo - A melancolia do poeta inglês Lord Byron se faz presente em
todas as literaturas, portanto a presença do individualismo e do egocentrismo
adquirem traços doentios de adaptação.
O “mal do século” ou tédio de viver conduz:
- ambiente exótico ou passado misterioso.
- narrativas fantásticas (envolvendo o sobrenatural)
- morte (como última solução);
• Escapismo;
• Crítica social (o Romantismo pode assumir um caráter combativo de
oposição e crítica social, observamos sua ocorrência na sua última fase).
Lord Byron
Conceitos importantes
a) Subjetivismo e Individualismo - A
individualidade como refúgio proporciona
também a evasão para mundos distantes
como forma de escapar a sua realidade.
Essa característica está associada,
principalmente, aos autores da chamada
Geração Mal-do-Século - autores
acometidos pela tuberculose (a doença
considerada o mal do século XIX) - que
almejavam uma vida de prazeres em países
e territórios distantes para escapar à dor e
à morte.
Conceitos importantes
b) Patriarcalismo - o século XIX também é conhecido por refletir em sua literatura
canônica uma sociedade conservadora e patriarcalista. Neste modelo, a família é o
núcleo da sociedade burguesa, cujo poder está centrado na figura do pai. Os enredo
giram basicamente em torno dela, de suas relações, seus costumes e seus desejos.
Embora no Brasil o modelo de sociedade patriarcal sempre esteve presente desde o
início da colonização, aparecia na literatura como reflexo da ideologia dominante e para
estabelecer os costumes esperados na sociedade e destinados principalmente às
mulheres.
Com o advento do Realismo (movimento literário seguinte) muitos autores
dedicam-se a criticar este modelo e a retratar (da forma mais realista possível) as
mazelas que se encontravam por trás da família burguesa, como a submissão das
mulheres, a violência praticada contra esposas e filhas e a própria condição dessas
personagens, moedas de troca a fim de garantir a situação financeira das famílias.
Conceitos importantes
c) Nacionalismo - Nas colônias, o sentimento
de nacionalidade surgiu como reação à política
mercantil restritiva das metrópoles e do desejo
de liberdade econômica e política. No Brasil, os
escritores produziram obras importantes
motivadas pelo ideal nacionalista no sentido de
delinear uma literatura que fosse considerada
brasileira e não mais submissa à colônia.
Primeira metade do século XIX
As primeiras manifestações do período romântico aconteceram em forma de
poesia. Suspiros poéticos e saudades, de Gonçalves de Magalhães inaugura o
movimento romântico no Brasil, no ano de 1836. Além disso, diversos outros autores
desenvolveram suas temáticas por meio da poesia, o que permitiu aos críticos
agruparem as manifestações literárias do gênero em três principais gerações.
1ª geração romântica:
nacionalista ou indianista
Nessa geração, os temas principais giram em torno da nova pátria, com menções ao passado
histórico do país. Também estão presentes temas como a exaltação do índio, considerado o herói
nacional por excelência, que deu nome à geração. O mito do bom selvagem, do filósofo Rousseau é
aqui traduzido na figura do índio que, além de valente e defensor da sua terra, é livre e incorruptível.
Seus principais autores são Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias e Araújo Porto-Alegre.
Gonçalves de Magalhães (1811 - 1882)
Estudou Medicina e viajou para a Europa, onde exerce a função de
diplomata e passa a ter contato com a produção literária do velho continente e
funda, em Paris, a revista literária Niterói, revista brasiliense, um dos marcos
iniciais do movimento romântico no país.
Suspiros poéticos e saudades (1836) inaugura o movimento com uma
literatura ufanista, celebrando a nacionalidade e também com temas religiosos,
repudiando a estética clássica e a temática da mitologia pagã. Além da poesia
lírica voltada para o sentimentalismo, nacionalismo e religiosidade, Magalhães
escreveu a Confederação dos Tamoios (1856), poema em dez cantos,
inspirado nos poemas épicos, em que versa sobre a rebelião dos indígenas
contra os colonizadores portugueses ocorrida entre os anos de 1554 e 1567.
Nele, o poeta defende os índios como bravos guerreiros empenhados na
defesa de sua terra. Logo, os índios seriam os primeiros heróis nacionais.
Gonçalves de
Magalhães nasceu em
Niterói (RJ) em 1811 e
faleceu em Roma, onde
exercia cargos
diplomáticos, no ano
de 1882.
Confederação dos Tamoios (1856)
O último tamoio (1883), de Rodolfo Amoedo
Obras - Gonçalves de Magalhães
● Suspiros poéticos e saudades, poesia (1836) — Considerada a obra inaugural do romantismo brasileiro
● Discurso sobre a história da literatura do Brasil, manifesto publicado na revista Nictheroy (1836)
● Antônio José ou O poeta e a Inquisição, peça de teatro (1838)
● A confederação dos Tamoios, poema épico (1856)
● Os mistérios, poesias (1857)
● Os fatos do espírito humano, tratado filosófico (1858) — Considerada obra pioneira da filosofia no Brasil
● Os indígenas do Brasil perante a História (1860)
● Urânia, poesias (1862)
● Cânticos fúnebres, poesias (1864)
● A alma e o cérebro, ensaios (1876)
● Comentários e pensamentos (1880)
Gonçalves Dias (1823-1864)
Gonçalves Dias nasceu em Caxias, no Maranhão e, com quinze anos,
vai a Coimbra estudar Direito. Longe do Brasil, toma contato com poetas
portugueses que cultivavam a Idade Média. É considerado o primeiro poeta
de fato brasileiro por dar vazão aos sentimentos de um povo com relação à
pátria.
Em 1843 escreve seu famoso poema Canção do Exílio, onde se
percebe algumas das principais características do Romantismo:
saudosismo, nacionalismo, exaltação da natureza, visão idealizada da pátria
e religiosidade.
Gonçalves Dias nasceu em
Caxias (MA) em 1823 e morre
em 1864, vítima do naufrágio
do navio Ville de Boulogne
quando retornava da Europa
para o Brasil.
Canção do exílio (1843)
I - Juca Pirama (1851)
Também fazem parte de seu trabalho a poesia indianista, representada pelo conhecido I-Juca
Pirama, e a poesia lírica, pelo poema Se se morre de amor!
O poema I-Juca Pirama é dividido em dez cantos e conta a história de um guerreiro tupi
capturado pela tribo inimiga, os Timbiras. Como seu pai estava velho e doente, o guerreiro chora e
pede clemência à tribo para que sua vida seja poupada e ele possa voltar à companhia do velho. Ao
saber disso, o pai, decepcionado, alega que seu filho é fraco e covarde por não ter aceitado seu
destino de morrer lutando como um verdadeiro guerreiro nas mãos da tribo inimiga.
Obras - Gonçalves Dias
Do próprio autor (cronológica)
● Primeiros Cantos, Rio de Janeiro, Laemmert, 1846.
● Leonor de Mendonça, Rio de Janeiro, J. Villeneuve & Cia, 1846.
● Segundos Cantos, Rio de Janeiro, Typographia Classica, 1848. (contém às Sextilhas de Frei Antão).
● Meditação (fragmentos in Guanabara, Rio de Janeiro, Ferreira Monteiro, 1848. (publicada completo postumamente).
● Últimos Cantos, Rio de Janeiro, Typographia de F. de Paula Brito, 1851.
● Cantos: collecção de poezias,2ª ed. Leipzig, Brockhaus, 1857. (todos os poemas e 16 inéditos).
● Os Tymbiras, Leipzig, Brockhaus, 1857.
● Dicionácio da Língua Tupi, Leipzig, Brockhaus, 1858.
Póstumas
● Obras posthumas de A. Gonçalves Dias, 6 Vls., Org. Antônio Henriques Leal, São Luís, B. de Matos, 1868.
● O Brazil e a Oceania, Rio de Janeiro, H. Garnier, 1909.
● Gonçalves Dias: Poesia e prosa completas, Org. Alexei Bueno, Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1998.
Araújo Porto Alegre (1806 - 1879)
Um dos principais autores da primeira geração romântica,
Manuel de Araújo Porto Alegre acompanhou Gonçalves de
Magalhães na Niterói, revista brasiliense, publicando poemas
desvelando um forte sentimento nacionalista. Porto Alegre também
era um conhecido pintor e cartunista, fazendo caricaturas e
desenhos satíricos sobre o Brasil.
Homem das artes e das Letras, deixou aproximadamente 150
obras entre poesias, peças de teatro e traduções. Dentre elas, as
mais famosas são: o livro de poesias Brasilianas (1863), o poema
épico Colombo (1866), e a peça de teatro Angélica e Firmino
(1845).
Araújo Porto Alegre (1848),
por Ferdinand Krumholz. O
autor nasceu em 1806, em
Rio Pardo e faleceu em
Lisboa no ano de 1879.
Araújo Porto Alegre (1806 - 1879)
Selva Brasileira, pintura de Araújo Porto-Alegre, representante da literatura e da pintura romântica brasileira
2ª Geração Romântica: mal-do-século
Inspirados nas obras dos poetas Lord Byron, Goethe, Chateaubriand e Alfred de Musset, os
autores dessa geração também são conhecidos como "byronianos". As principais características da
geração são: o individualismo, egocentrismo, negativismo, dúvida, desilusão, tédio e sentimentos
relacionados à fuga da realidade, que caracterizam o chamado ultrarromantismo. São temas
recorrentes nas obra dos autores da segunda geração: a idealização da infância, a representação das
mulheres virgens sonhadas e a exaltação da morte. Seus principais poetas são Álvares de Azevedo,
Casimiro de Abreu, Junqueira Freire e Fagundes Varela.
Quem foi Lord Byron? (1788 - 1824)
George Gordon Byron foi um poeta romântico inglês que influenciou
toda uma geração de escritores com sua poesia ultrarromântica. A ele estão
associados termos como o spleen, que significa tédio, mau humor e
melancolia, geralmente causados por amores não correspondidos ou pela
descrença na vida em razão da aproximação da morte, temáticas comuns na
poesia ultrarromântica.
De família aristocrática (porém, com dívidas), passava a vida a escrever
poesia e a gastar dinheiro, vivendo no ócio. Suas principais obras são Horas
de Lazer (1870), A Peregrinação de Childe Harrold (1812-1818) e Don Juan
(1819-1824).
Álvares de Azevedo (1831 - 1852)
Poeta romântico por excelência, Álvares de Azevedo nasceu em São
Paulo e estudou na Faculdade de Direito, porém, não chegou a concluir o curso.
Faleceu jovem, aos 21 anos, vítima da tuberculose e da infecção resultante de
um acidente de cavalo. A partir de então, desenvolveu verdadeira fixação com a
própria morte, escrevendo a respeito da passagem do tempo, do sentido da vida
e do amor - esse último, jamais realizado.
Seu livro de poesias, Lira dos Vinte Anos (publicada postumamente em
1853), carrega consigo a melancolia de um poeta empenhado em expressar
seus sentimentos mais profundos. O conjunto de poesias também evidencia um
poeta sensível, imaginativo e harmonioso.
Pode-se dizer que sua obra possui características góticas, pois retratam
paisagens sombrias, donzelas em perigo, personagens misteriosas, envoltas em
vultos e véus entre outros.
Álvares de Azevedo (1831 - 1852)
Além de poeta, Álvares de Azevedo produziu a peça de teatro Macário (1852), escrita após
haver sonhado com o diabo. A peça conta a história de um personagem que, em uma viagem de
estudos, faz amizade com um desconhecido e descobre ser ninguém mais, ninguém menos que o
próprio satã. Não há menções sobre o nome da cidade em que eles se encontram, porém, há
referências diretas à cidade de São Paulo. Assim, o poeta aproveita para fazer uma crítica à
devassidão na qual a cidade estava imersa.
Azevedo também escreveu um romance chamado Noite na Taverna (publicada postumamente
em 1855), uma narrativa composta por cinco histórias paralelas sobre cinco homens que relatam, em
um bar, histórias de terror vivenciadas pelos mesmos. São eles: Solfieri, Bertram, Gennaro, Claudius
Hermann e Johann. Os nomes são claramente europeus e fazem referência aos romances
românticos produzidos naquele continente (especialmente os italianos e os alemães), bem como sua
temática macabra, inspirada nos romances góticos.
Noite na Taverna
Obras Álvares de Azevedo
● Lira dos Vinte Anos
● Poesias Diversas
● Poema do Frade
● O Conde Lopo
● Noite na Taverna (prosa)
● Macário (teatro)
Casimiro de Abreu (1839 - 1860)
Nasceu em Capivary (RJ) e aos quatorze anos embarcou com o pai para Portugal,
onde escreveu a maior parte de sua obra, em que denota a saudade da família e da
terra nativa. Poeta da segunda geração romântica, Casimiro escreveu poemas onde o
sentimento nativista e a busca pela inocência da infância estão presentes. Pertenceu,
graças à amizade com Machado de Assis, à então recém fundada Academia Brasileira
de Letras, ocupando a cadeira de número seis. Vítima da tuberculose, faleceu na cidade
de Nova Friburgo (RJ).
Os aspectos formais de sua obra são considerados fracos, porém, sua temática
revela grande importância no desenvolvimento da poesia romântica para as letras
brasileiras. Sua linguagem simples, acompanhada por um ritmo fácil, rima pobre e
repetitiva revelam um poeta empenhado na expressão dos sentimentos saudosistas com
relação à pátria e à infância. Essa última, em tom de profunda nostalgia, revela um
tempo em que a vida era mais prazerosa, junto à natureza e longe dos afazeres e das
responsabilidades da vida adulta.
Obras Casimiro de Abreu
Poesias e prosas
● Primaveras (1860)
Prosa
● Carolina, romance (1856)
● A Cabana (1858)
● A Virgem Loura, prosa poética
Teatro
● Camões e o Jau (1856)
Junqueira Freire (1832 - 1855)
Monge beneditino, sacerdote e poeta, é conhecido por seus versos em que a
tensão da vida religiosa está presente. Faleceu jovem, aos vinte e três anos e deixou
uma obra poética permeada pelo sofrimento em decorrência da saúde debilitada e da
vida clerical, que impunha severas restrições ao espírito do jovem sacerdote. Foi
escolhido patrono da Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira de número
vinte e cinco por indicação de Franklin Távora.
Sua obra é conhecida pela tensão presente nos versos, que oscilam entre a
vida espiritual, a religiosa e o mundo material. Junqueira Freire também é produto do
seu tempo, revelando interesse em aspectos então contemporâneos, como a postura
republicana e antimonárquica, fruto de sua desilusão com a vida religiosa. A busca
pela liberdade viria apenas com a morte. Sua obra mais famosa é Inspirações do
claustro (1855) cujo poema mais famoso é Louco.
Fagundes Varela (1841 - 1875)
Abandonou a faculdade de Direito, casou aos vinte e um anos e teve um filho.
A morte do filho, aos três meses de vida, que serviu de inspiração para a
composição de um dos seus poemas mais importantes, Cântico do Calvário. A
este fato também é atribuida a sua entrega ao alcoolismo, levando o poeta à
depressão e à vida boêmia pelos bares. Ocupante da cadeira número onze da
Academia Brasileira de Letras, por escolha de Lúcio de Mendonça.
Em contrapartida, sua obra cresce consideravelmente em função das
amarguras da vida causadas pelas perdas dos filhos (outro filho seu morre, também
prematuramente) e da esposa. Ela é variada e gira em torno da exaltação da
natureza e da pátria, da morte, do mal-do-século, do sentimento religioso, além de
poemas que tratam da abolição da escravatura em que prega uma América livre,
como é o caso dos poemas presentes no conjunto Vozes da América (1864).
Faleceu jovem, aos trinta e três anos.
Obras Fagundes Varela
● Noturnas - 1860
● Vozes da América - 1864
● Pendão Auri-verde - poemas patrióticos, acerca da Questão Christie.
● Cantos e Fantasias - 1865
● Cantos Meridionais - 1869
● Cantos do Ermo e da Cidade - 1869
● Anchieta ou O Evangelho nas Selvas - 1875 (publicação póstuma)
● Diário de Lázaro - 1880
3ª geração romântica: condoreira
A terceira geração romântica é caracterizada pela poesia
libertária influenciada, principalmente, pela obra político-social do
escritor e poeta francês Victor Hugo, que originou a expressão
"geração hugoana". Além disso, a ave símbolo da geração é o
condor, ave que habita o alto das cordilheiras dos Andes, e que
representa a liberdade daí o nome da geração ser condoeira. A
poesia dessa geração é combativa e prima pela denúncia das
condições dos escravos, decorrência do sistema econômico
brasileiro, baseado no trabalho escravo. Os poetas dessa geração
também clamam por uma poesia social em que a humanidade
trabalhe por igualdade, justiça e liberdade.
Castro Alves (1847 - 1871)
Considerado um dos poetas brasileiros mais brilhantes, Castro Alves tem sua
obra dividida em duas grandes temáticas: poesia lírico-amorosa e a poesia social e das
causas humanas.
Começou a escrever cedo e aos dezessete anos já tinha seus primeiros poemas
e peças declamados e encenados. Aos vinte e um já havia conseguido a consagração
entre os maiores escritores daquele tempo, como José de Alencar e Machado de Assis.
Uma das principais características de sua obra é a eloquência, de diversas
figuras de linguagem, além da sugestão de imagens e do apelo auditivo. O poeta
também faz referência a diversos fatos históricos ocorridos no país, tais como a
Independência da Bahia, a Inconfidência Mineira (presente na peça O Gonzaga ou a
Revolução de Minas),
Nasceu em Curralinho
e faleceu em Salvador
(ambas na Bahia) em
decorrência da
tuberculose e de uma
infecção no pé
causada por acidente
em uma caçada.
Castro Alves (1847 - 1871)
Diferentemente dos poetas da primeira geração, individualistas e preocupados com a expressão
dos próprios sentimentos, Castro Alves demonstra preocupação com os problemas sociais presentes
na sua época. Demonstra também um certo questionamento aos ideais de nacionalidade, pois, de
que adiantava louvar um país cuja economia estava baseada na exploração de sua população (mais
especificamente dos índios e dos negros)?
A visão do poeta demonstra paixão e fulgor pela vida, diferentemente dos poetas
ultrarromânticos da geração precedente.
Castro Alves: poesia lírico-amorosa
A poesia lírico-amorosa está associada ao período em que o poeta esteve envolvido com
a atriz portuguesa Eugênia Câmara. Assim, a virgem idealizada dá lugar a uma mulher de carne e
osso e sensualizada. No entanto, o poeta ainda é um jovem inocente e terno em face a sua amada
corporificada e cheia de desejo.
Seus poemas mais famosos dessa fase estão presentes em sua primeira publicação, Espumas
Flutuantes (1870), conjunto de 53 poemas que versam sobre a transitoriedade da vida frente à
morte, sobre o amor no plano espiritual e físico, que apela para o sentimental e para o sensual e
sensorial. Além disso, o romance com a atriz portuguesa acendeu no poeta o desejo de escrever
sobre esperança e desespero.
Castro Alves: poesia social
Poeta da liberdade, Castro denuncia as desigualdades sociais e a situação da escravidão no
país, além de solidarizar-se com os negros, que eram trazidos de modo precário dentro dos navios
negreiros. Castro clamava à natureza e às entidades divinas para que vissem a injustiça cometida
pelos homens sobre os homens e intervissem para que a viagem rumo ao Brasil fosse interrompida.
Graças a sua obra empenhada na denúncia das condições dos negros, ficou conhecido como "o
poeta dos escravos", por solidarizar-se com a situação dos que aqui vinham e eram submetidos a
todo tipo de trabalho em condições desumanas.
As obras mais importantes dessa fase são:
Vozes D'África: Navio Negreiro (1869)
A Cachoeira de Paulo Afonso (1876)
Os Escravos (1883)
Curiosidades
● A poesia de Castro Alves já demonstra aspectos, temáticas e tendências do
movimento chamado Realista, que "nega" os preceitos românticos embora sua obra
seja romântica.
● Em 1941 o escritor baiano Jorge Amado escreveu o ABC de Castro Alves, uma
biografia sobre o poeta e sua obra.
Sousândrade (1833 - 1902)
O aspecto que mais o diferencia dos outros poetas brasileiros é a originalidade da
sua poesia, principalmente com relação à ousadia de vocabulário com o uso de palavras
em inglês e neologismos, bem como de palavras indígenas.
Seu trabalho, então esquecido, foi resgatado na década de 1960 pela crítica
literária, principalmente pelos poetas Haroldo e Augusto de Campos, responsáveis pela
análise de sua obra.
Seu poema mais famoso é o Guesa Errante, escrito entre 1858 e 1888, composto
por treze cantos e inspirado em uma lenda andina na qual um adolescente, o Guesa,
seria sacrificado em oferecimento aos deuses. O índio, porém, consegue fugir e passa a
morar em uma das maiores ruas de Nova York, a Wall Street. Os sacerdotes que o
perseguiam estão agora transformados em capitalistas da grande cidade de Nova York e
ainda querem o sangue do Guesa, que vê o capitalismo consolidado como uma doença.
Segunda metade do século XIX
Cronologicamente, o primeiro romance romântico publicado no Brasil foi O filho do
pescador (1843), de Teixeira de Souza, porém, como o romance apresenta enredo
confuso e foi considerado pelo público como "sentimentalóide", A Moreninha (1844), de
Joaquim Manoel Macedo, viria a ser considerado o primeiro romance efetivamente
brasileiro por receber uma maior aceitação do público e por definir as linhas dos
romance brasileiro.
Os principais autores do período são: Joaquim Manuel de Macedo, Manuel
Antônio de Almeida, José de Alencar e, constituindo o teatro nacional, Martins Pena.
Joaquim Manuel de Macedo (1820- 1882)
É considerado um dos romancistas mais importantes do período por ter
inaugurado o romance romântico brasileiro, em termos de temática, estrutura e
desenvolvimento de enredo. Este último se desenvolve da seguinte maneira, com o
seguinte movimento: descrição do ambiente, surgimento de um conflito, resolução
do mistério e restabelecimento do ambiente pacífico inicial.
Seu principal romance é A Moreninha (1844), em que estão representados os
costumes da elite carioca da década de 1840, bem como suas festas e tradições
(viajar para o litoral era um costume das famílias pertencentes à elite), e hábitos da
juventude burguesa do Rio de Janeiro. Ainda, segundo o professor Roger Rouffiax,
"a fidelidade com que o romancista descreveu os ambientes e costumes serviu
como um documentário sobre a vida urbana na capital do Império."
Outras obras do autor são O Moço Loiro (1845) e A Luneta Mágica (1869).
Nasceu e faleceu na
cidade do Rio de
Janeiro. Formado
em medicina,
exerceu a carreira
por pouco tempo
dedicando-se
posteriormente à
vida literária e ao
ensino.
A moreninha (1844)
● A Moreninha é um exemplo de Metalinguagem,
pois é um romance supostamente escrito por um de
seus personagens. A metalinguagem é caracterizada
pela propriedade que a língua tem de falar sobre si
mesma e de mesclar o que existe na ficção com a
realidade.
● Muitos dos aspectos encontrados no romance são
considerados clichês nos dias de hoje. Isto é, são
situações e/ou frases que se tornaram lugar-comum
na literatura principalmente no que diz respeito às
histórias de amor, criadas pelos romancistas
brasileiros cujos enredos sempre terminam em um
final feliz.
Obras
Romances
● A Moreninha (1844)
● O Moço Loiro (1845)
● Os Dois Amores (1848)
● Rosa (1849)
● Vicentina (1853)
● O Forasteiro (1855)
● Os Romances da Semana (1861)
● O Rio do Quarto (1869)
● A Luneta Mágica (1869)
● As Vítimas-Algozes (1869)
Manuel Antônio de Almeida (1830 - 1861)
Nascido e falecido no Rio de Janeiro, Manuel Antônio de Almeida foi um
importante fomentador das letras brasileiras. Seu romance mais famoso,
Memórias de um Sargento de Milícias, foi publicado em formato de folhetim entre
os anos de 1852 e 1853 no periódico Correio Mercantil do Rio de Janeiro. A ideia
para a composição do romance surgiu após ouvir as histórias de um colega de
jornal, um antigo sargento comandado pelo Major que inspirou o personagem
homônimo do livro.
O romance é uma obra inovadora para sua época pois rompe com o retrato
exclusivo da vida e dos hábitos da aristocracia para retratar o ambiente e a
linguagem do povo em sua simplicidade. Além disso, Leonardinho, o
protagonista, não é o protótipo do herói romântico, mas sim, um menino travesso
que mais tarde se transforma em um jovem pícaro, dado à vadiagem e à
malandragem no lugar de procurar uma ocupação.
Memórias de um Sargento de Milícias
(1852)
Publicado em formato de folhetim, o romance narra a história
de Leonardinho, filho dos portugueses Leonardo Pataca e Maria-
da-Hortaliça que chegam ao Rio de Janeiro. Na viagem em direção
ao Brasil, Leonardo dá uma pisadela em Maria, que retruca com
um beliscão. "Nove meses depois, filho de uma pisadela e um
beliscão, nascia Leonardo." Porém, abandonado pelos pais, acaba
sendo criado pelo compadre barbeiro. Largado à vagabundagem, o
personagem é o protótipo do malandro brasileiro.
José de Alencar (1829-1877)
Primeiro escritor romântico a desenvolver o romance com temas mais
variados e abrangentes do que seus sucessores. Alencar empenhou-se em
retratar diversas esferas e incluir o maior número de tipos de personagens até
então vistos na literatura brasileira. Alencar não se contentou somente com a
sociedade burguesa carioca de seu tempo mas, também, empenhou-se nos
tipos brasileiros como o gaúcho e o sertanejo. Sua intenção era de retratar
um painel geral do país, de norte a sul, além de tentar estabelecer uma
linguagem brasileira.
Nasceu em
Messejana, no Ceará
e faleceu no Rio de
Janeiro. Era
advogado, jornalista
e romancista
José de Alencar (1829-1877)
Os críticos costumam dividir em quatro as fases principais de sua produção:
a) urbana ou social: Cinco Minutos (1856), A viuvinha (1860), Lucíola (1862), Diva (1864), A pata da
gazela (1870), Sonhos d'ouro (1872), Senhora (1875), Encarnação (1893);
b) indianista: O Guarani (1857), Iracema (1865), Ubirajara (1874);
c) histórico: As Minas de Prata (1865), Guerra dos Mascates (1873);
d) regionalista: O gaúcho (1870), O Tronco do Ipê (1871), Til (1872), O Sertanejo (1875);
Romances urbanos ou sociais
- final feliz ou ideal;
- prevalência do amor verdadeiro;
- protagonistas femininas (que refletem um "ideal de feminilidade");
- retrato das relações familiares;
- ambiente doméstico;
- casamentos;
- questões financeiras (heranças, dotes, títulos, falências...);
Os três romances mais conhecidos dessa fase são: Lucíola (1862), Diva (1864) e Senhora (1875) que
fazem parte da chamada trilogia "perfis de mulheres".
Romances indianistas
- nacionalistas;
- exaltação da natureza;
- idealização do índio;
- temas históricos;
- resgate de lendas;
- índio como um herói, europeizado, quase medieval;
- contato do índio com o europeu colonizador;
Os romances mais conhecidos da fase são O Guarani (1857), Iracema (1865) e Ubirajara (1874).
Romances históricos
São os romances de fundo histórico, voltados para o período colonial brasileiro propondo uma
nova interpretação para fatos marcantes do período colonial do século XVII, como a busca por ouro e
as lutas pela expansão territorial. Seus enredos denotam, em vários momentos, nacionalismo
exaltado e a importância da construção histórica da pátria através da literatura.
O romance As Minas de Prata (1865) retrata o início pelas minas de prata e a corrida por metais
preciosos e A guerra dos Mascates (1873) trata dos conflitos entre as cidades históricas de Olinda e
Recife.
Romances regionalistas
Nesses romances, Alencar procurou dar conta da diversidade brasileira e das regiões que se
encontravam distantes da corte e das principais cidades que receberam forte influência europeia. O
autor desejava cobrir os territórios de maneira a mostrar como a vida de seus habitantes estava
intimamente ligada ao meio físico no qual travavam contato.
Porém, há controvérsias sobre o retrato feito por Alencar de seus homens: quando trata do
nordestino e do sertanejo, Alencar consegue ser fiel à realidade por conhecer mais profundamente a
região e seus habitantes. Porém, quando retrata o gaúcho o autor incorre em uma série de falhas,
provenientes da falta de familiaridade com o tipo retratado e com a distância que separava Alencar do
sul do país.
Os romances mais conhecidos desta fase são: O gaúcho (1870), O Tronco do Ipê (1871), Til
(1872) e O Sertanejo (1875);
Bernardo Guimarães (1827 - 1884)
Seu livro mais conhecido é A escrava Isaura (1875), romance com
pretensões abolicionistas que conta a história de Isaura, uma escrava branca,
nobre e educada que é perseguida por Leôncio, seu senhor, um homem marcado
pelos vícios sociais. A moça é salva pelo herói Álvaro, que a retira das garras do
vilão.
Embora aborde a temática escravista, o romance mostra uma ideologia
patriarcal, ao retratar uma escrava branca e que segue a educação dos moldes
da elite. A questão dos escravos aparece de maneira superficial, não revelando a
verdadeira condição dos negros que eram submetidos ao sistema social
escravista.
Escreveu também outros romances, como O Seminarista (1872) e O
Garimpeiro (1872).
Alfredo Taunay (1842 - 1899)
Autor do romance Inocência (1872), considerado um romance
romântico regionalista, Visconde de Taunay empenhou-se em descrever o
cenário sertanejo e a retratar a vida no campo. Inocência é uma moça que,
por imposição do pai autoritário, deve se casar com Manecão, um sertanejo
bruto e negociante de gado criado. A moça adoece e é salva por Cirino,
estudante de farmácia, e os dois se apaixonam, convergindo em um final
trágico.
Franklin Távora (1842 - 1888)
Autor também empenhado no retrato da realidade nordestina e do
cangaceiro, evidenciando a vida com as secas no sertão. Acredita que o
Norte ainda tem muito o que oferecer para a formação da literatura
brasileira, tendo em vista que, diferentemente do Sul do país, ainda não
foi totalmente invadido, e ainda possui muito o que ser explorado. O
Cabeleira (1876), seu romance mais famoso, trata do cangaceiro José
Gomes (o Cabeleira). A narrativa, embora com tons realistas e
combativa, recai na estrutura melodramática dos romances românticos.
O Cabeleira, ao reencontrar seu amor de infância, Luisinha, abandona
sua vida de criminoso e dispõe-se a total regeneração pelo amor da
amada. A moça, porém, morre de uma enfermidade e o cangaceiro
acaba preso e enforcado na prisão.
Martins Pena (1815 - 1848)
Suas obras estão classificadas no gênero "comédia de costumes",
inaugurado por ele.
No retrato do ambiente urbano, Pena trabalha na sátira dos
costumes da classe média carioca do século XIX, principalmente, com
relação aos relacionamentos amorosos e a busca pela ascenção social.
Pena escreve para as camadas mais populares, decorrendo daí a sua
popularidade. Escreveu, durante sua curta vida, cerca de 28 peças tendo
19 delas sido encenadas na época.
Suas peças mais famosas são: O juiz de paz na roça (1842),
Casadas solteiras (1845) e Os dois ou o inglês maquinista (1871).
Resumo Romantismo: séc.
XIXCONTEXTO HISTÓRICO
- Revolução da Imprensa e ascenção do romance;
- Vinda da Família Real para o Brasil (em 1808);
- Independência do Brasil (em 1822).
CARACTERÍSTICAS
- Individualismo;
- Subjetivismo;
- Verso livre e verso branco;
- Sentimento de nacionalidade;
- Culto à natureza.
Principais autores
Poesia
1a Geração Romântica: Nacionalista ou
Indianista
- Gonçalves de Magalhães
- Gonçalves Dias
- Araújo Porto-Alegre
2a Geração Romântica: Mal do Século
- Álvares de Azevedo
- Casimiro de Abreu
- Junqueira Freire
- Fagundes Varela
3a Geração Romântica: Condoreira
- Castro Alves
- Sousândrade
Prosa
- Joaquim Manoel Macedo
- Manoel Antônio de Almeida
- José de Alencar
Teatro
- Martins Pena

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Romantismo

  • 2. Período de transição (1808 -1836) Simultaneamente ao final das últimas produções do movimento árcade, ocorreu a vinda da Família Real portuguesa para o Brasil. Esse acontecimento, no ano de 1808, significou, o início do processo de Independencia da Colônia. O período compreendido entre 1808 e 1836 é considerado de transição na literatura brasileira devido à transferência do poder de Portugal para as terras brasileiras que trouxe consigo, além da corte e da realeza, as novidades e modelos literários do Velho Continente nos moldes franceses e ingleses. Houve também a mudança de foco artístico e cultural, da Bahia para o Rio de Janeiro, capital da colônia desde o ano de 1763. Com a vinda da Família Real, os livros puderam ser impressos no território, dando início não apenas ao desenvolvimento da literatura mas, também, a um sentimento de nacionalidade no território, uma das principais características do período romântico brasileiro. Considera-se que o período romântico no Brasil inicia em 1836, com a publicação da obra Suspiros Poéticos e Saudades, do poeta Gonçalves de Magalhães e vai até o ano de 1881, com a publicação do romance realista Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis.
  • 3. Contexto histórico europeu - a ascensão da tipografia, inventada pelo alemão Johannes Gutenberg, que possibilitou o desenvolvimento da impressão em grandes quantidades de jornais e romances; - ascensão dos romances impressos, popularizando o artefato e proporcionando um largo alcance da literatura às camadas inferiores da sociedade; - considera-se o marco inicial do romantismo na Europa a publicação do romance Os sofrimentos do jovem Werther, do escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe no ano de 1774. Nessa obra, Goethe apresenta a ideia central do Romantismo: a de que a força mais poderosa da vida é o sentimento, e não a razão. Por isso, o movimento romântico pode ser entendido como uma reação contra a onda de racionalismo provocada pelo Iluminismo; - Com o processo de industrialização dos grandes centros, houve um delineamento das classes sociais: a burguesia, com riquezas provenientes do comércio, e os operários das indústrias. Logo, a literatura do período foi produzida pela classe dominante e para a classe dominante, deixando claro qual a ideologia defendida por seus autores.
  • 4. Contexto histórico no Brasil - a vinda da Família Real para o Rio de Janeiro gerou um forte desenvolvimento artístico e cultural na colônia, agora afinado com a produção literária europeia. Porém, a insatisfação das classes dominantes com o Império fez com que surgissem tentativas de independência da metrópole, produzindo um sentimento de nacionalismo que culminaria com a Declaração da Independência, em 1822, por Dom Pedro I; - escravidão dos negros: o Brasil era uma das poucas colônias americanas que ainda sustentava o sistema econômico baseado do trabalho escravo, o que gerou opiniões controversas por parte dos autores daquela época; Chegada da Família Real Portuguesa a Bahia (1952), de Candido Portinari
  • 5. Contexto histórico no Brasil - A independência das colônias latino-americanas impulsionou um sentimento de nacionalidade diretamente refletida pela literatura. A formação dessas literaturas esteve a cargo de autores que projetavam os ideais de uma nação em crescimento e desenvolvimento e que até hoje são considerados constitutivos da história da nação; - O que causa uma sensação de estranhamento é o paradoxo observado no período: ao mesmo tempo em que ideias sobre o sentimento de nacionalidade aflorava nos corações dos brasileiros (e demais latino-americanos), parte da população permanecia na miséria e/ou em situações de escravidão, sem acesso à emancipação e aos direitos humanos básicos.
  • 6. Principais características • Liberdade de criação e de expressão; • Nacionalismo (exaltação dos valores e os heróis nacionais, ambientando seu passado histórico, principalmente o período medieval); • Historicismo; • Medievalismo; • Tradições populares (os autores buscavam inspiração nas narrativas orais e nas canções populares, manifestação do nacionalismo romântico); • Individualismo, egocentrismo; • Confessionalismo (os sentimentos pessoais do autor em dado momento de sua vida são expressos nas obras);
  • 7. Principais características • Pessimismo - A melancolia do poeta inglês Lord Byron se faz presente em todas as literaturas, portanto a presença do individualismo e do egocentrismo adquirem traços doentios de adaptação. O “mal do século” ou tédio de viver conduz: - ambiente exótico ou passado misterioso. - narrativas fantásticas (envolvendo o sobrenatural) - morte (como última solução); • Escapismo; • Crítica social (o Romantismo pode assumir um caráter combativo de oposição e crítica social, observamos sua ocorrência na sua última fase). Lord Byron
  • 8. Conceitos importantes a) Subjetivismo e Individualismo - A individualidade como refúgio proporciona também a evasão para mundos distantes como forma de escapar a sua realidade. Essa característica está associada, principalmente, aos autores da chamada Geração Mal-do-Século - autores acometidos pela tuberculose (a doença considerada o mal do século XIX) - que almejavam uma vida de prazeres em países e territórios distantes para escapar à dor e à morte.
  • 9. Conceitos importantes b) Patriarcalismo - o século XIX também é conhecido por refletir em sua literatura canônica uma sociedade conservadora e patriarcalista. Neste modelo, a família é o núcleo da sociedade burguesa, cujo poder está centrado na figura do pai. Os enredo giram basicamente em torno dela, de suas relações, seus costumes e seus desejos. Embora no Brasil o modelo de sociedade patriarcal sempre esteve presente desde o início da colonização, aparecia na literatura como reflexo da ideologia dominante e para estabelecer os costumes esperados na sociedade e destinados principalmente às mulheres. Com o advento do Realismo (movimento literário seguinte) muitos autores dedicam-se a criticar este modelo e a retratar (da forma mais realista possível) as mazelas que se encontravam por trás da família burguesa, como a submissão das mulheres, a violência praticada contra esposas e filhas e a própria condição dessas personagens, moedas de troca a fim de garantir a situação financeira das famílias.
  • 10. Conceitos importantes c) Nacionalismo - Nas colônias, o sentimento de nacionalidade surgiu como reação à política mercantil restritiva das metrópoles e do desejo de liberdade econômica e política. No Brasil, os escritores produziram obras importantes motivadas pelo ideal nacionalista no sentido de delinear uma literatura que fosse considerada brasileira e não mais submissa à colônia.
  • 11. Primeira metade do século XIX As primeiras manifestações do período romântico aconteceram em forma de poesia. Suspiros poéticos e saudades, de Gonçalves de Magalhães inaugura o movimento romântico no Brasil, no ano de 1836. Além disso, diversos outros autores desenvolveram suas temáticas por meio da poesia, o que permitiu aos críticos agruparem as manifestações literárias do gênero em três principais gerações.
  • 12. 1ª geração romântica: nacionalista ou indianista Nessa geração, os temas principais giram em torno da nova pátria, com menções ao passado histórico do país. Também estão presentes temas como a exaltação do índio, considerado o herói nacional por excelência, que deu nome à geração. O mito do bom selvagem, do filósofo Rousseau é aqui traduzido na figura do índio que, além de valente e defensor da sua terra, é livre e incorruptível. Seus principais autores são Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias e Araújo Porto-Alegre.
  • 13. Gonçalves de Magalhães (1811 - 1882) Estudou Medicina e viajou para a Europa, onde exerce a função de diplomata e passa a ter contato com a produção literária do velho continente e funda, em Paris, a revista literária Niterói, revista brasiliense, um dos marcos iniciais do movimento romântico no país. Suspiros poéticos e saudades (1836) inaugura o movimento com uma literatura ufanista, celebrando a nacionalidade e também com temas religiosos, repudiando a estética clássica e a temática da mitologia pagã. Além da poesia lírica voltada para o sentimentalismo, nacionalismo e religiosidade, Magalhães escreveu a Confederação dos Tamoios (1856), poema em dez cantos, inspirado nos poemas épicos, em que versa sobre a rebelião dos indígenas contra os colonizadores portugueses ocorrida entre os anos de 1554 e 1567. Nele, o poeta defende os índios como bravos guerreiros empenhados na defesa de sua terra. Logo, os índios seriam os primeiros heróis nacionais. Gonçalves de Magalhães nasceu em Niterói (RJ) em 1811 e faleceu em Roma, onde exercia cargos diplomáticos, no ano de 1882.
  • 14. Confederação dos Tamoios (1856) O último tamoio (1883), de Rodolfo Amoedo
  • 15. Obras - Gonçalves de Magalhães ● Suspiros poéticos e saudades, poesia (1836) — Considerada a obra inaugural do romantismo brasileiro ● Discurso sobre a história da literatura do Brasil, manifesto publicado na revista Nictheroy (1836) ● Antônio José ou O poeta e a Inquisição, peça de teatro (1838) ● A confederação dos Tamoios, poema épico (1856) ● Os mistérios, poesias (1857) ● Os fatos do espírito humano, tratado filosófico (1858) — Considerada obra pioneira da filosofia no Brasil ● Os indígenas do Brasil perante a História (1860) ● Urânia, poesias (1862) ● Cânticos fúnebres, poesias (1864) ● A alma e o cérebro, ensaios (1876) ● Comentários e pensamentos (1880)
  • 16. Gonçalves Dias (1823-1864) Gonçalves Dias nasceu em Caxias, no Maranhão e, com quinze anos, vai a Coimbra estudar Direito. Longe do Brasil, toma contato com poetas portugueses que cultivavam a Idade Média. É considerado o primeiro poeta de fato brasileiro por dar vazão aos sentimentos de um povo com relação à pátria. Em 1843 escreve seu famoso poema Canção do Exílio, onde se percebe algumas das principais características do Romantismo: saudosismo, nacionalismo, exaltação da natureza, visão idealizada da pátria e religiosidade. Gonçalves Dias nasceu em Caxias (MA) em 1823 e morre em 1864, vítima do naufrágio do navio Ville de Boulogne quando retornava da Europa para o Brasil.
  • 18. I - Juca Pirama (1851) Também fazem parte de seu trabalho a poesia indianista, representada pelo conhecido I-Juca Pirama, e a poesia lírica, pelo poema Se se morre de amor! O poema I-Juca Pirama é dividido em dez cantos e conta a história de um guerreiro tupi capturado pela tribo inimiga, os Timbiras. Como seu pai estava velho e doente, o guerreiro chora e pede clemência à tribo para que sua vida seja poupada e ele possa voltar à companhia do velho. Ao saber disso, o pai, decepcionado, alega que seu filho é fraco e covarde por não ter aceitado seu destino de morrer lutando como um verdadeiro guerreiro nas mãos da tribo inimiga.
  • 19. Obras - Gonçalves Dias Do próprio autor (cronológica) ● Primeiros Cantos, Rio de Janeiro, Laemmert, 1846. ● Leonor de Mendonça, Rio de Janeiro, J. Villeneuve & Cia, 1846. ● Segundos Cantos, Rio de Janeiro, Typographia Classica, 1848. (contém às Sextilhas de Frei Antão). ● Meditação (fragmentos in Guanabara, Rio de Janeiro, Ferreira Monteiro, 1848. (publicada completo postumamente). ● Últimos Cantos, Rio de Janeiro, Typographia de F. de Paula Brito, 1851. ● Cantos: collecção de poezias,2ª ed. Leipzig, Brockhaus, 1857. (todos os poemas e 16 inéditos). ● Os Tymbiras, Leipzig, Brockhaus, 1857. ● Dicionácio da Língua Tupi, Leipzig, Brockhaus, 1858. Póstumas ● Obras posthumas de A. Gonçalves Dias, 6 Vls., Org. Antônio Henriques Leal, São Luís, B. de Matos, 1868. ● O Brazil e a Oceania, Rio de Janeiro, H. Garnier, 1909. ● Gonçalves Dias: Poesia e prosa completas, Org. Alexei Bueno, Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1998.
  • 20. Araújo Porto Alegre (1806 - 1879) Um dos principais autores da primeira geração romântica, Manuel de Araújo Porto Alegre acompanhou Gonçalves de Magalhães na Niterói, revista brasiliense, publicando poemas desvelando um forte sentimento nacionalista. Porto Alegre também era um conhecido pintor e cartunista, fazendo caricaturas e desenhos satíricos sobre o Brasil. Homem das artes e das Letras, deixou aproximadamente 150 obras entre poesias, peças de teatro e traduções. Dentre elas, as mais famosas são: o livro de poesias Brasilianas (1863), o poema épico Colombo (1866), e a peça de teatro Angélica e Firmino (1845). Araújo Porto Alegre (1848), por Ferdinand Krumholz. O autor nasceu em 1806, em Rio Pardo e faleceu em Lisboa no ano de 1879.
  • 21. Araújo Porto Alegre (1806 - 1879) Selva Brasileira, pintura de Araújo Porto-Alegre, representante da literatura e da pintura romântica brasileira
  • 22. 2ª Geração Romântica: mal-do-século Inspirados nas obras dos poetas Lord Byron, Goethe, Chateaubriand e Alfred de Musset, os autores dessa geração também são conhecidos como "byronianos". As principais características da geração são: o individualismo, egocentrismo, negativismo, dúvida, desilusão, tédio e sentimentos relacionados à fuga da realidade, que caracterizam o chamado ultrarromantismo. São temas recorrentes nas obra dos autores da segunda geração: a idealização da infância, a representação das mulheres virgens sonhadas e a exaltação da morte. Seus principais poetas são Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Junqueira Freire e Fagundes Varela.
  • 23. Quem foi Lord Byron? (1788 - 1824) George Gordon Byron foi um poeta romântico inglês que influenciou toda uma geração de escritores com sua poesia ultrarromântica. A ele estão associados termos como o spleen, que significa tédio, mau humor e melancolia, geralmente causados por amores não correspondidos ou pela descrença na vida em razão da aproximação da morte, temáticas comuns na poesia ultrarromântica. De família aristocrática (porém, com dívidas), passava a vida a escrever poesia e a gastar dinheiro, vivendo no ócio. Suas principais obras são Horas de Lazer (1870), A Peregrinação de Childe Harrold (1812-1818) e Don Juan (1819-1824).
  • 24. Álvares de Azevedo (1831 - 1852) Poeta romântico por excelência, Álvares de Azevedo nasceu em São Paulo e estudou na Faculdade de Direito, porém, não chegou a concluir o curso. Faleceu jovem, aos 21 anos, vítima da tuberculose e da infecção resultante de um acidente de cavalo. A partir de então, desenvolveu verdadeira fixação com a própria morte, escrevendo a respeito da passagem do tempo, do sentido da vida e do amor - esse último, jamais realizado. Seu livro de poesias, Lira dos Vinte Anos (publicada postumamente em 1853), carrega consigo a melancolia de um poeta empenhado em expressar seus sentimentos mais profundos. O conjunto de poesias também evidencia um poeta sensível, imaginativo e harmonioso. Pode-se dizer que sua obra possui características góticas, pois retratam paisagens sombrias, donzelas em perigo, personagens misteriosas, envoltas em vultos e véus entre outros.
  • 25. Álvares de Azevedo (1831 - 1852) Além de poeta, Álvares de Azevedo produziu a peça de teatro Macário (1852), escrita após haver sonhado com o diabo. A peça conta a história de um personagem que, em uma viagem de estudos, faz amizade com um desconhecido e descobre ser ninguém mais, ninguém menos que o próprio satã. Não há menções sobre o nome da cidade em que eles se encontram, porém, há referências diretas à cidade de São Paulo. Assim, o poeta aproveita para fazer uma crítica à devassidão na qual a cidade estava imersa. Azevedo também escreveu um romance chamado Noite na Taverna (publicada postumamente em 1855), uma narrativa composta por cinco histórias paralelas sobre cinco homens que relatam, em um bar, histórias de terror vivenciadas pelos mesmos. São eles: Solfieri, Bertram, Gennaro, Claudius Hermann e Johann. Os nomes são claramente europeus e fazem referência aos romances românticos produzidos naquele continente (especialmente os italianos e os alemães), bem como sua temática macabra, inspirada nos romances góticos.
  • 27. Obras Álvares de Azevedo ● Lira dos Vinte Anos ● Poesias Diversas ● Poema do Frade ● O Conde Lopo ● Noite na Taverna (prosa) ● Macário (teatro)
  • 28. Casimiro de Abreu (1839 - 1860) Nasceu em Capivary (RJ) e aos quatorze anos embarcou com o pai para Portugal, onde escreveu a maior parte de sua obra, em que denota a saudade da família e da terra nativa. Poeta da segunda geração romântica, Casimiro escreveu poemas onde o sentimento nativista e a busca pela inocência da infância estão presentes. Pertenceu, graças à amizade com Machado de Assis, à então recém fundada Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira de número seis. Vítima da tuberculose, faleceu na cidade de Nova Friburgo (RJ). Os aspectos formais de sua obra são considerados fracos, porém, sua temática revela grande importância no desenvolvimento da poesia romântica para as letras brasileiras. Sua linguagem simples, acompanhada por um ritmo fácil, rima pobre e repetitiva revelam um poeta empenhado na expressão dos sentimentos saudosistas com relação à pátria e à infância. Essa última, em tom de profunda nostalgia, revela um tempo em que a vida era mais prazerosa, junto à natureza e longe dos afazeres e das responsabilidades da vida adulta.
  • 29. Obras Casimiro de Abreu Poesias e prosas ● Primaveras (1860) Prosa ● Carolina, romance (1856) ● A Cabana (1858) ● A Virgem Loura, prosa poética Teatro ● Camões e o Jau (1856)
  • 30. Junqueira Freire (1832 - 1855) Monge beneditino, sacerdote e poeta, é conhecido por seus versos em que a tensão da vida religiosa está presente. Faleceu jovem, aos vinte e três anos e deixou uma obra poética permeada pelo sofrimento em decorrência da saúde debilitada e da vida clerical, que impunha severas restrições ao espírito do jovem sacerdote. Foi escolhido patrono da Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira de número vinte e cinco por indicação de Franklin Távora. Sua obra é conhecida pela tensão presente nos versos, que oscilam entre a vida espiritual, a religiosa e o mundo material. Junqueira Freire também é produto do seu tempo, revelando interesse em aspectos então contemporâneos, como a postura republicana e antimonárquica, fruto de sua desilusão com a vida religiosa. A busca pela liberdade viria apenas com a morte. Sua obra mais famosa é Inspirações do claustro (1855) cujo poema mais famoso é Louco.
  • 31. Fagundes Varela (1841 - 1875) Abandonou a faculdade de Direito, casou aos vinte e um anos e teve um filho. A morte do filho, aos três meses de vida, que serviu de inspiração para a composição de um dos seus poemas mais importantes, Cântico do Calvário. A este fato também é atribuida a sua entrega ao alcoolismo, levando o poeta à depressão e à vida boêmia pelos bares. Ocupante da cadeira número onze da Academia Brasileira de Letras, por escolha de Lúcio de Mendonça. Em contrapartida, sua obra cresce consideravelmente em função das amarguras da vida causadas pelas perdas dos filhos (outro filho seu morre, também prematuramente) e da esposa. Ela é variada e gira em torno da exaltação da natureza e da pátria, da morte, do mal-do-século, do sentimento religioso, além de poemas que tratam da abolição da escravatura em que prega uma América livre, como é o caso dos poemas presentes no conjunto Vozes da América (1864). Faleceu jovem, aos trinta e três anos.
  • 32. Obras Fagundes Varela ● Noturnas - 1860 ● Vozes da América - 1864 ● Pendão Auri-verde - poemas patrióticos, acerca da Questão Christie. ● Cantos e Fantasias - 1865 ● Cantos Meridionais - 1869 ● Cantos do Ermo e da Cidade - 1869 ● Anchieta ou O Evangelho nas Selvas - 1875 (publicação póstuma) ● Diário de Lázaro - 1880
  • 33. 3ª geração romântica: condoreira A terceira geração romântica é caracterizada pela poesia libertária influenciada, principalmente, pela obra político-social do escritor e poeta francês Victor Hugo, que originou a expressão "geração hugoana". Além disso, a ave símbolo da geração é o condor, ave que habita o alto das cordilheiras dos Andes, e que representa a liberdade daí o nome da geração ser condoeira. A poesia dessa geração é combativa e prima pela denúncia das condições dos escravos, decorrência do sistema econômico brasileiro, baseado no trabalho escravo. Os poetas dessa geração também clamam por uma poesia social em que a humanidade trabalhe por igualdade, justiça e liberdade.
  • 34. Castro Alves (1847 - 1871) Considerado um dos poetas brasileiros mais brilhantes, Castro Alves tem sua obra dividida em duas grandes temáticas: poesia lírico-amorosa e a poesia social e das causas humanas. Começou a escrever cedo e aos dezessete anos já tinha seus primeiros poemas e peças declamados e encenados. Aos vinte e um já havia conseguido a consagração entre os maiores escritores daquele tempo, como José de Alencar e Machado de Assis. Uma das principais características de sua obra é a eloquência, de diversas figuras de linguagem, além da sugestão de imagens e do apelo auditivo. O poeta também faz referência a diversos fatos históricos ocorridos no país, tais como a Independência da Bahia, a Inconfidência Mineira (presente na peça O Gonzaga ou a Revolução de Minas), Nasceu em Curralinho e faleceu em Salvador (ambas na Bahia) em decorrência da tuberculose e de uma infecção no pé causada por acidente em uma caçada.
  • 35. Castro Alves (1847 - 1871) Diferentemente dos poetas da primeira geração, individualistas e preocupados com a expressão dos próprios sentimentos, Castro Alves demonstra preocupação com os problemas sociais presentes na sua época. Demonstra também um certo questionamento aos ideais de nacionalidade, pois, de que adiantava louvar um país cuja economia estava baseada na exploração de sua população (mais especificamente dos índios e dos negros)? A visão do poeta demonstra paixão e fulgor pela vida, diferentemente dos poetas ultrarromânticos da geração precedente.
  • 36. Castro Alves: poesia lírico-amorosa A poesia lírico-amorosa está associada ao período em que o poeta esteve envolvido com a atriz portuguesa Eugênia Câmara. Assim, a virgem idealizada dá lugar a uma mulher de carne e osso e sensualizada. No entanto, o poeta ainda é um jovem inocente e terno em face a sua amada corporificada e cheia de desejo. Seus poemas mais famosos dessa fase estão presentes em sua primeira publicação, Espumas Flutuantes (1870), conjunto de 53 poemas que versam sobre a transitoriedade da vida frente à morte, sobre o amor no plano espiritual e físico, que apela para o sentimental e para o sensual e sensorial. Além disso, o romance com a atriz portuguesa acendeu no poeta o desejo de escrever sobre esperança e desespero.
  • 37. Castro Alves: poesia social Poeta da liberdade, Castro denuncia as desigualdades sociais e a situação da escravidão no país, além de solidarizar-se com os negros, que eram trazidos de modo precário dentro dos navios negreiros. Castro clamava à natureza e às entidades divinas para que vissem a injustiça cometida pelos homens sobre os homens e intervissem para que a viagem rumo ao Brasil fosse interrompida. Graças a sua obra empenhada na denúncia das condições dos negros, ficou conhecido como "o poeta dos escravos", por solidarizar-se com a situação dos que aqui vinham e eram submetidos a todo tipo de trabalho em condições desumanas. As obras mais importantes dessa fase são: Vozes D'África: Navio Negreiro (1869) A Cachoeira de Paulo Afonso (1876) Os Escravos (1883)
  • 38. Curiosidades ● A poesia de Castro Alves já demonstra aspectos, temáticas e tendências do movimento chamado Realista, que "nega" os preceitos românticos embora sua obra seja romântica. ● Em 1941 o escritor baiano Jorge Amado escreveu o ABC de Castro Alves, uma biografia sobre o poeta e sua obra.
  • 39. Sousândrade (1833 - 1902) O aspecto que mais o diferencia dos outros poetas brasileiros é a originalidade da sua poesia, principalmente com relação à ousadia de vocabulário com o uso de palavras em inglês e neologismos, bem como de palavras indígenas. Seu trabalho, então esquecido, foi resgatado na década de 1960 pela crítica literária, principalmente pelos poetas Haroldo e Augusto de Campos, responsáveis pela análise de sua obra. Seu poema mais famoso é o Guesa Errante, escrito entre 1858 e 1888, composto por treze cantos e inspirado em uma lenda andina na qual um adolescente, o Guesa, seria sacrificado em oferecimento aos deuses. O índio, porém, consegue fugir e passa a morar em uma das maiores ruas de Nova York, a Wall Street. Os sacerdotes que o perseguiam estão agora transformados em capitalistas da grande cidade de Nova York e ainda querem o sangue do Guesa, que vê o capitalismo consolidado como uma doença.
  • 40. Segunda metade do século XIX Cronologicamente, o primeiro romance romântico publicado no Brasil foi O filho do pescador (1843), de Teixeira de Souza, porém, como o romance apresenta enredo confuso e foi considerado pelo público como "sentimentalóide", A Moreninha (1844), de Joaquim Manoel Macedo, viria a ser considerado o primeiro romance efetivamente brasileiro por receber uma maior aceitação do público e por definir as linhas dos romance brasileiro. Os principais autores do período são: Joaquim Manuel de Macedo, Manuel Antônio de Almeida, José de Alencar e, constituindo o teatro nacional, Martins Pena.
  • 41. Joaquim Manuel de Macedo (1820- 1882) É considerado um dos romancistas mais importantes do período por ter inaugurado o romance romântico brasileiro, em termos de temática, estrutura e desenvolvimento de enredo. Este último se desenvolve da seguinte maneira, com o seguinte movimento: descrição do ambiente, surgimento de um conflito, resolução do mistério e restabelecimento do ambiente pacífico inicial. Seu principal romance é A Moreninha (1844), em que estão representados os costumes da elite carioca da década de 1840, bem como suas festas e tradições (viajar para o litoral era um costume das famílias pertencentes à elite), e hábitos da juventude burguesa do Rio de Janeiro. Ainda, segundo o professor Roger Rouffiax, "a fidelidade com que o romancista descreveu os ambientes e costumes serviu como um documentário sobre a vida urbana na capital do Império." Outras obras do autor são O Moço Loiro (1845) e A Luneta Mágica (1869). Nasceu e faleceu na cidade do Rio de Janeiro. Formado em medicina, exerceu a carreira por pouco tempo dedicando-se posteriormente à vida literária e ao ensino.
  • 42. A moreninha (1844) ● A Moreninha é um exemplo de Metalinguagem, pois é um romance supostamente escrito por um de seus personagens. A metalinguagem é caracterizada pela propriedade que a língua tem de falar sobre si mesma e de mesclar o que existe na ficção com a realidade. ● Muitos dos aspectos encontrados no romance são considerados clichês nos dias de hoje. Isto é, são situações e/ou frases que se tornaram lugar-comum na literatura principalmente no que diz respeito às histórias de amor, criadas pelos romancistas brasileiros cujos enredos sempre terminam em um final feliz.
  • 43. Obras Romances ● A Moreninha (1844) ● O Moço Loiro (1845) ● Os Dois Amores (1848) ● Rosa (1849) ● Vicentina (1853) ● O Forasteiro (1855) ● Os Romances da Semana (1861) ● O Rio do Quarto (1869) ● A Luneta Mágica (1869) ● As Vítimas-Algozes (1869)
  • 44. Manuel Antônio de Almeida (1830 - 1861) Nascido e falecido no Rio de Janeiro, Manuel Antônio de Almeida foi um importante fomentador das letras brasileiras. Seu romance mais famoso, Memórias de um Sargento de Milícias, foi publicado em formato de folhetim entre os anos de 1852 e 1853 no periódico Correio Mercantil do Rio de Janeiro. A ideia para a composição do romance surgiu após ouvir as histórias de um colega de jornal, um antigo sargento comandado pelo Major que inspirou o personagem homônimo do livro. O romance é uma obra inovadora para sua época pois rompe com o retrato exclusivo da vida e dos hábitos da aristocracia para retratar o ambiente e a linguagem do povo em sua simplicidade. Além disso, Leonardinho, o protagonista, não é o protótipo do herói romântico, mas sim, um menino travesso que mais tarde se transforma em um jovem pícaro, dado à vadiagem e à malandragem no lugar de procurar uma ocupação.
  • 45. Memórias de um Sargento de Milícias (1852) Publicado em formato de folhetim, o romance narra a história de Leonardinho, filho dos portugueses Leonardo Pataca e Maria- da-Hortaliça que chegam ao Rio de Janeiro. Na viagem em direção ao Brasil, Leonardo dá uma pisadela em Maria, que retruca com um beliscão. "Nove meses depois, filho de uma pisadela e um beliscão, nascia Leonardo." Porém, abandonado pelos pais, acaba sendo criado pelo compadre barbeiro. Largado à vagabundagem, o personagem é o protótipo do malandro brasileiro.
  • 46. José de Alencar (1829-1877) Primeiro escritor romântico a desenvolver o romance com temas mais variados e abrangentes do que seus sucessores. Alencar empenhou-se em retratar diversas esferas e incluir o maior número de tipos de personagens até então vistos na literatura brasileira. Alencar não se contentou somente com a sociedade burguesa carioca de seu tempo mas, também, empenhou-se nos tipos brasileiros como o gaúcho e o sertanejo. Sua intenção era de retratar um painel geral do país, de norte a sul, além de tentar estabelecer uma linguagem brasileira. Nasceu em Messejana, no Ceará e faleceu no Rio de Janeiro. Era advogado, jornalista e romancista
  • 47. José de Alencar (1829-1877) Os críticos costumam dividir em quatro as fases principais de sua produção: a) urbana ou social: Cinco Minutos (1856), A viuvinha (1860), Lucíola (1862), Diva (1864), A pata da gazela (1870), Sonhos d'ouro (1872), Senhora (1875), Encarnação (1893); b) indianista: O Guarani (1857), Iracema (1865), Ubirajara (1874); c) histórico: As Minas de Prata (1865), Guerra dos Mascates (1873); d) regionalista: O gaúcho (1870), O Tronco do Ipê (1871), Til (1872), O Sertanejo (1875);
  • 48. Romances urbanos ou sociais - final feliz ou ideal; - prevalência do amor verdadeiro; - protagonistas femininas (que refletem um "ideal de feminilidade"); - retrato das relações familiares; - ambiente doméstico; - casamentos; - questões financeiras (heranças, dotes, títulos, falências...); Os três romances mais conhecidos dessa fase são: Lucíola (1862), Diva (1864) e Senhora (1875) que fazem parte da chamada trilogia "perfis de mulheres".
  • 49. Romances indianistas - nacionalistas; - exaltação da natureza; - idealização do índio; - temas históricos; - resgate de lendas; - índio como um herói, europeizado, quase medieval; - contato do índio com o europeu colonizador; Os romances mais conhecidos da fase são O Guarani (1857), Iracema (1865) e Ubirajara (1874).
  • 50. Romances históricos São os romances de fundo histórico, voltados para o período colonial brasileiro propondo uma nova interpretação para fatos marcantes do período colonial do século XVII, como a busca por ouro e as lutas pela expansão territorial. Seus enredos denotam, em vários momentos, nacionalismo exaltado e a importância da construção histórica da pátria através da literatura. O romance As Minas de Prata (1865) retrata o início pelas minas de prata e a corrida por metais preciosos e A guerra dos Mascates (1873) trata dos conflitos entre as cidades históricas de Olinda e Recife.
  • 51. Romances regionalistas Nesses romances, Alencar procurou dar conta da diversidade brasileira e das regiões que se encontravam distantes da corte e das principais cidades que receberam forte influência europeia. O autor desejava cobrir os territórios de maneira a mostrar como a vida de seus habitantes estava intimamente ligada ao meio físico no qual travavam contato. Porém, há controvérsias sobre o retrato feito por Alencar de seus homens: quando trata do nordestino e do sertanejo, Alencar consegue ser fiel à realidade por conhecer mais profundamente a região e seus habitantes. Porém, quando retrata o gaúcho o autor incorre em uma série de falhas, provenientes da falta de familiaridade com o tipo retratado e com a distância que separava Alencar do sul do país. Os romances mais conhecidos desta fase são: O gaúcho (1870), O Tronco do Ipê (1871), Til (1872) e O Sertanejo (1875);
  • 52. Bernardo Guimarães (1827 - 1884) Seu livro mais conhecido é A escrava Isaura (1875), romance com pretensões abolicionistas que conta a história de Isaura, uma escrava branca, nobre e educada que é perseguida por Leôncio, seu senhor, um homem marcado pelos vícios sociais. A moça é salva pelo herói Álvaro, que a retira das garras do vilão. Embora aborde a temática escravista, o romance mostra uma ideologia patriarcal, ao retratar uma escrava branca e que segue a educação dos moldes da elite. A questão dos escravos aparece de maneira superficial, não revelando a verdadeira condição dos negros que eram submetidos ao sistema social escravista. Escreveu também outros romances, como O Seminarista (1872) e O Garimpeiro (1872).
  • 53. Alfredo Taunay (1842 - 1899) Autor do romance Inocência (1872), considerado um romance romântico regionalista, Visconde de Taunay empenhou-se em descrever o cenário sertanejo e a retratar a vida no campo. Inocência é uma moça que, por imposição do pai autoritário, deve se casar com Manecão, um sertanejo bruto e negociante de gado criado. A moça adoece e é salva por Cirino, estudante de farmácia, e os dois se apaixonam, convergindo em um final trágico.
  • 54. Franklin Távora (1842 - 1888) Autor também empenhado no retrato da realidade nordestina e do cangaceiro, evidenciando a vida com as secas no sertão. Acredita que o Norte ainda tem muito o que oferecer para a formação da literatura brasileira, tendo em vista que, diferentemente do Sul do país, ainda não foi totalmente invadido, e ainda possui muito o que ser explorado. O Cabeleira (1876), seu romance mais famoso, trata do cangaceiro José Gomes (o Cabeleira). A narrativa, embora com tons realistas e combativa, recai na estrutura melodramática dos romances românticos. O Cabeleira, ao reencontrar seu amor de infância, Luisinha, abandona sua vida de criminoso e dispõe-se a total regeneração pelo amor da amada. A moça, porém, morre de uma enfermidade e o cangaceiro acaba preso e enforcado na prisão.
  • 55. Martins Pena (1815 - 1848) Suas obras estão classificadas no gênero "comédia de costumes", inaugurado por ele. No retrato do ambiente urbano, Pena trabalha na sátira dos costumes da classe média carioca do século XIX, principalmente, com relação aos relacionamentos amorosos e a busca pela ascenção social. Pena escreve para as camadas mais populares, decorrendo daí a sua popularidade. Escreveu, durante sua curta vida, cerca de 28 peças tendo 19 delas sido encenadas na época. Suas peças mais famosas são: O juiz de paz na roça (1842), Casadas solteiras (1845) e Os dois ou o inglês maquinista (1871).
  • 56. Resumo Romantismo: séc. XIXCONTEXTO HISTÓRICO - Revolução da Imprensa e ascenção do romance; - Vinda da Família Real para o Brasil (em 1808); - Independência do Brasil (em 1822). CARACTERÍSTICAS - Individualismo; - Subjetivismo; - Verso livre e verso branco; - Sentimento de nacionalidade; - Culto à natureza.
  • 57. Principais autores Poesia 1a Geração Romântica: Nacionalista ou Indianista - Gonçalves de Magalhães - Gonçalves Dias - Araújo Porto-Alegre 2a Geração Romântica: Mal do Século - Álvares de Azevedo - Casimiro de Abreu - Junqueira Freire - Fagundes Varela 3a Geração Romântica: Condoreira - Castro Alves - Sousândrade Prosa - Joaquim Manoel Macedo - Manoel Antônio de Almeida - José de Alencar Teatro - Martins Pena