3. - São parasitas externos (Ectoparasitas) de mamíferos, aves e répteis.
- São conhecidas cerca de 800 espécies de carrapatos.
-Considerados importantes vetores no ciclo evolutivo de várias
enfermidades como a Doença de Lyme e a Febre Maculosa ,entre outras.
-São aracnídeos: apresentam quatro pares de patas, um par de palpos,mas
dificilmente visualizamos a divisão cefalotórax e abdômen.
*Família Ixodidae:
- Escudo rígido, quitinoso (“carrapatos duros”);
- Desenvolvimento em duas fases: parasitária e vida livre (após abandonar
o hospedeiro);
- Necessita de um ou mais hospedeiros para completar o ciclo de vida;
- Ciclo de vida: Larva – Ninfa – Adulto;
- Neste grupo estão incluídos a maioria dos carrapatos de interesse médico –
veterinário.
4. *Família Argasidae
- Não possuem escudo (“carrapatos moles”);
- Ciclo de vida compreende: Ovo – Larva – Ninfas (vários estágios) – Adulto;
- Seus habitats são intimamente ligados aos seres humanos e animais
domésticos;
- A maioria das espécies está associada às aves e algumas aos cães;
- Abundante em regiões áridas, com longas estações secas
ARGASIDAE IXODIDAE
5. * Biologia dos Ixodídeos:
1) Larva:
- Após saírem do ovo, as larvas possuem aspecto semelhante ao do carrapato
adulto.
- Apresentam dois pares de patas.
- Sexualmente imaturas.
-Permanecem inativas no solo e vegetação por vários dias, até a cutícula
endurecer ,quando estarão aptas para infestar animais.
2) Ninfas:
- Após a primeira ecdise (muda), as larvas originam as ninfas, com quatro
pares de patas.
- Imaturas sexualmente.
6. 3) Adultos:
- Após a última muda,as ninfas originam os adultos jovens que poderão ser
machos ou fêmeas.
- Os machos permanecem no hospedeiro por várias semanas ou meses.
- Após o acasalamento, as fêmeas se ingurgitam de sangue completamente
para iniciarem a postura dos ovos.
- O encontro dos ixodídeos com os hospedeiros no campo, se dá ao acaso,
muitos morrendo antes de encontrar seu hospedeiro.
- O tempo necessário para que o carrapato complete seu ciclo biológico
depende do tipo de ciclo e condições climáticas, podendo variar de alguns
meses (países tropicais) a anos (países de clima frio).
8. * Biologia dos Argasídeos:
1) Larvas:
- Fixam-se em seus hospedeiros por aproximadamente 7 a 10 dias.
2) Ninfas:
- Passam por varias mudas e a cada muda ocorre 1 repasto sanguíneo.
- Se alimentam muito rapidamente, como no caso dos adultos.
3) Adultos:
- Fixam-se em seus hospedeiros por aproximadamente 7 a 10 dias.
- Durante seu ciclo de vida, se reproduzem continuamente ao longo do ano.
- Acasalam-se fora do hospedeiro.
- A fêmea realiza postura após cada repasto sanguíneo.
10. * Carrapato do Cavalo ou Carrapato Estrela (Amblyoma cajannense,
Fabricius, 1787):
- Hospedeiros favoritos na fase adulta são os equinos e bovinos podendo
parasitar também outros animais domésticos e também os silvestres
(Capivara).
11. - Esta espécie ataca o ser humano nas estações secas e frias e em qual quer
estágio de seu ciclo de vida.
- Suas larvas e ninfas são comumente conhecidas como:
* “Micuim”;
* “Carrapato pólvora”;
* “Carrapato-fogo”;
* “Carrapato meio-chumbo”;
* “Carrapatinho”.
Amblyoma cajannese
12. * As larvas e ninfas provocam no ser humano:
→Prurido interno;
→Lesão granulomatosa ao redor da cintura e nas pernas, que pode levar
vários meses para cicatrizar.
→É o vetor e reservatório da FEBRE MACULOSA.em humanos, causada
pela Rickettsia rickettsii,zoonose que circula entre carrapatos e hospedeiros
vertebrados.
*FEBRE MACULOSA:
I – Introdução:
- Doença infecciosa febril aguda, que pode ser de difícil diagnóstico;
- Seu quadro clínico pode variar e os sintomas iniciais são inespecíficos:
→ Febre;
→ Cefaleia;
→Mialgia Intensa;
→ Mal estar generalizado;
13. →Náuseas e vômitos;
→Hexantema maculopapular após 6º dia da doença.
→ Nos casos graves, é comum o aparecimento de:
→Edema de membros inferiores;
→Hepatoesplenomegalia;
→ Manifestações GI;
→Manifestações renais;
→ Manifestações pulmonares;
→ Manifestações neurológicas;
→ Manifestações Hemorrágicas
* Pacientes não tratados precocemente podem evoluir para formas graves
e cerca de 80% se não diagnosticados e tratados a tempo podem
evoluir para óbito.
14. * Vetores:
- Carrapatos do gênero Amblyoma (Amblyoma cajannense; Amblyoma
cooperi; Amblyoma aoreolatum).
* Reservatórios:
- Os equídeos, além de transportadores dos carrapatos, podem atuar como
sentinelas quando altamente infectados, semelhante ao cão que é um
reservatório doméstico potencial.
- Acredita-se que a capivara, também possa estar envolvida neste ciclo,
embora não existam estudos comprovando se este roedor é um reservatório
silvestre de Rickettsia.
15. *CICLO EVOLUTIVO:
1) Larva faz o repasto no 1º hospedeiro, período que dura aproximadamente 5
dias e após vai para o solo novamente.
2) Após os 25 dias, sofre ecdise e se transforma em Ninfa.
3) Dentro de 1 período que pode variar em até um ano, a ninfa procura um
novo hospedeiro permanecendo neste e por 1 período de 5 a 7 dias fazendo
o repasto . E após este período vai para o solo.
4) Cai no solo novamente e dentro de 25 dias sofre nova ecdise gerando
formas adultas jovens fêmeas ou machos.
5) Dentro de 7 dias estas formas adultas jovens estarão aptas para iniciar o 3º
estagio parasitário, podendo permanecer sem alimento durante 1 período
de 24 meses, até encontrarem 1 novo hospedeiro.
16. II – Medidas Preventivas:
- Higiene e monitoramento dos locais onde os carrapatos podem ser
encontrados.
- Apara mato ou gramado próximos à locais de criação animal, para expor os
carrapatos à condições adversas.
- Ao entrar em locais sabidamente infestados, utilizar roupas claras que
facilitem a visualização dos carrapatos.
- Evitar sentar no solo e expor partes do corpos desprotegidas à vegetação
infestada.
- Nunca arrancar o carrapato. Remove-lo com movimento rotatório .
17. III – Métodos de Controle
*Controle Químico:
- Existem no mercado produtos veterinários de diferentes grupos químicos;
- As medidas de controle dependem da espécie e da região onde se encontram;
- É importante a descontaminação dos animais, regulamente para que haja
eliminação das várias fases do carrapato e para impedir a reprodução no
hospedeiro.
18. *Caso Suípa* : Abril de 2011
“Secretaria de Saúde investiga caso de febre maculosa no Rio
Em abril, funcionária da Suipa morreu vítima da doença.
Secretaria orientou Suipa a suspender doação de animais.”
*Caso de Petrópolis*:
“Confirmados três casos de febre maculosa no Rio
07 de novembro de 2005 • 20h49 • atualizado às 21h41”
19. CURSO TÉCNICO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
MÓDULO 6 - SETEMBRO 2012
LUCIANA ASSUMPÇÃO BORGES DE OLIVEIRA
CRMV RJ 3567