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                SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
       SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS
                DIVISÃO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL



Atividade: Texto Clássico

Mediador pedagógico:

Cursista: Ana Maria de Almeida


O DESAFIO DO APRENDIZ AUTÔNOMO NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO
CONHECIMENTO.


       A escola atual esta passando por um período crítico, os índices das
avaliações externas ainda estão aquém do ideal e as aulas que não atraem o
interesse dos alunos.
De um lado temos professores que reclamam da falta de participação dos alunos em
suas aulas, de outro, os temos alunos que acham as aulas "chatas" e fazem tudo de
na sala de aula, menos estudar.
       É comum situações onde o professor está explicando o conteúdo em sua
aula expositiva e no mesmo momento o aluno está escrevendo um bilhete para o
colega, conversando paralelamente. Essa realidade demonstra o quanto a educação
está desatualizada frente as necessidades dos nossos alunos na sociedade
contemporânea.
       Muitas vezes, obrigado pelas exigências do professor, o aluno até faz silêncio
mas de nada adianta, se o pensamento dele não está ali, o interesse desse aluno
não é aquele mundo estático que é a maioria das salas de aula de hoje, que
representa o oposto da vivencia do aluno em seu cotidiano.

                     O aluno egresso dessa escola, será bem-recebido no mercado
                     de trabalho, pois aprendeu a silenciar mesmo discordando,
                     perante a autoridade do professor, a não reivindicar coisa
                     alguma, a submeter-se a fazer um mundo de coisas sem
                     sentido, sem reclamar. O produto pedagógico acabado dessa
                     escola é alguém que renunciou o direito de pensar e que,
                     portanto, desistiu da sua cidadania e do seu direito ao exercício
                     da política no seu mais pleno significado: qualquer projeto que

                                          1
vise alguma transformação social escapa ao seu horizonte,
                     pois ele deixou de acreditar que sua ação seja capaz de
                     qualquer mudança. Becker (2001).

       Se analisarmos a fundo, veremos que esse professor que pratica a
"Pedagogia Diretiva", denominada por Becker (2001), ensina como aprendeu, logo,
o professor, é uma vítima dessa formação. Será que esse professor também deixou
de acreditar que sua ação pode provocar a mudança?
       Só será possível instigar pensamentos críticos dos seu alunos em sala de
aula, se o professor acreditar que realmente ser crítico vale a pena e contribui para a
mudança.
Muitas vezes, nem ele age com criticidade, não é possível "ensinar" o que não
vivencia.
       Na angustia de encontrar o caminho alguns educadores tentam mudar, fugir
do tradicionalismo rígido. Por falta de conhecimento e segurança da sua concepção
pedagógica, alguns professores acabam com tentativas frustradas que não elevam o
nível da aprendizagem em seu ambiente de trabalho.
       Ao tentar fugir do tradicionalismo, educadores acabam caindo em outra visão,
também equivocada, que não contribui ara a construção do conhecimento, a
pedagogia não diretiva, que segundo Becker (2001), o professor "policia-se" para
interferir o mínimo possível na ação do aluno, para ele, o professor não-diretivo
acredita que o aluno aprende por si mesmo.
       Essa visão, como o próprio autor afirma, muitas vezes é praticada
inconscientemente pelo professor que deixa de agir com a interação necessária
entre o conhecimento do aluno e o novo conhecimento. A pedagogia não diretiva, o
apriorismo, é confundida por alguns educadores com o construtivismo de Piaget
que é bem diferente, os educadores acabam deixando o aluno descobrir tudo
sozinho. Embora esse aluno, tenha contato com um mundo repleto de informações,
ele não tem autonomia nem maturidade para buscar o novo, fazendo a conexão com
o conhecimento que já possui sem auxilio do professor, o que resulta no fracasso do
Ensino-aprendizagem.
       Já na Pedagogia racional, descrita pelo mesmo autor, o professor vai
aprendendo a ensinar, replanejando suas ações de acordo com o a realidade dos
seu alunos, essa, lembra o Construtivismo de Piaget onde o aluno constrói sim, seu
conhecimento a partir das suas estruturas e o papel do professor nesse contexto é
instigar o aluno por meio de suas ações com questionamentos intencionais que
direcionam à construção do novo conhecimento.

                     O professor construirá, a cada dia, a sua docência,
                     dinamizando seu processo de aprender. Os alunos construirão
                     a cada dia, a sua "discência", ensinando, aos colegas e ao
                     professor, novas coisas, noções, objetos culturais. Mas o que
                     avança mesmo nesse processo é a condição prévia de todo
                     aprender ou de todo conhecimento, isto é, a capacidade

                                          2
construída de, por um lado, apropriar-se criticamente da
                    realidade física ou social e, por outro, de construir sempre mais
                    e novos conhecimentos. Becker (2001)

       Nesta dinâmica, nem professor nem aluno terminam a aula da mesma forma
que iniciaram, o professor adquiriu novos conhecimentos a partir da relação com o
aluno e vice e versa, o aluno além de descobrir-se, mesmo que inconsciente, como
sujeito atuante na construção do conhecimento, encontra outras possibilidades de
aprender além da fala professor.
       Aquela visão de que o professor sabe tudo cai por terra, mas não se perde o
respeito, nesse ambiente, professor e aluno crescem na construção do
conhecimento a cada aula realizada.
       Somente com a segurança de uma prática reflexiva o professor poderá
proporcionar ambientes de cooperação por meio de trabalhos em grupos onde um
aluno poderá interferir positivamente na sua aprendizagem e na aprendizagem de
seus pares.
                     Para a escola, o trabalho em grupo cooperativo não é somente
                     um motor para a aprendizagem significativa e uma potente
                     estratégia de ensino de atenção à diversidade, mas, além
                     disso, um recurso para a aprendizagem de habilidades pró-
                     sociais e uma aprendizagem em si mesma altamente funcional
                     para a sociedade do conhecimento. Duran e Vidal (2007)

       De acordo com a análise de Duran e Vidal (2007), tanto abordagem
construtivista, quanto a sociocultural, demonstram a importância das relações
interpessoais para a construção do conhecimento. Dessa forma, tanto no
construtivismo que considera a interação do sujeito com o objeto de conhecimento e
a relação entre os iguais (alunos), quanto na abordagem sociocultural que enfatiza a
influência das relações sociais e a importância da mediação do adulto, nesse caso,
do Professor.
       Aulas mais dinâmicas que proporcionem a colaboração e a interação entre os
alunos, favorecem a criatividade e ultrapassam a aprendizagem dos conteúdos.
Nessas relações os alunos vão se descobrindo como atuantes e capazes,
desenvolvendo as habilidades necessárias para agir criticamente na sociedade que
os espera.
        Porém, a mudança de concepção do educador, deve caminhar com uma
estreita relação entre leituras, pesquisas e reflexão da própria prática.
Somente com muito estudo, o professor poderá reconhecer e acreditar que o
conhecimento não se passa de um indivíduo para outro, mas se constrói na
interação deste indivíduo com objeto de conhecimento e na relação com seus pares.

                    ...a ruptura acontece se o professor para a sua prática e reflete
                    sobre ela. O que acontece por força dessa reflexão? O
                    professor dá-se conta (tome consciência = apropria-se das

                                         3
próprias ações) de que a extensão da estrutura do seu pensar
                    é muito limitada, de que ele precisa ampliar essa estrutura ou,
                    até, construir uma nova. Becker (2001)

       Para que esse professor possa agir proporcionando um ambiente de
construção do conhecimento, ele primeiro, precisa ser autônomo e ter acima de
tudo, consciência da sua ação em sala de aula. Para construir essa autonomia o
educador deve ter um perfil de pesquisador, buscar novos conhecimentos a cada
dia, só é possível analisar criticamente, quem é conhecedor de sua realidade e está
aberto a um movimento constante de busca de novos conhecimentos.
       Demo (2011), demonstra inúmeros recursos tecnológicos presentes na mídia
por meio das plataformas digitais que podem auxiliar o ensino aprendizagem e
tornar as aulas mais atrativas aos alunos.
       Para realizar um trabalho com tarefas que aproveitem as habilidades
existentes e potencialize novas habilidades em suas aulas, o educador precisa
dominar além dos conteúdos de sua disciplina. Esse, precisa ter uma visão
maiêutica buscando recursos com os quais seus alunos possam produzir textos
multimodais descrevendo os conteúdos construídos em sala de aula.

                          ...um projeto de intervenção só tem a ganhar se for orientado
                    devidamente pela teoria, bem como a teoria, para ser deste mundo,
                    precisa confrontar-se com a prática. Demo(1998).

       Esse processo dinâmico que envolve experiências pessoais e profissionais,
contato com novos conhecimentos, análise e reestruturação da prática, deve
incondicionalmente, fazer parte do ambiente educacional e imprescindivelmente da
vivência do educador que deseja contribuir para a verdadeira educação de
qualidade.
       O próprio autor afirma que a inovação permanente exige retorno à teoria,
como a teoria exige confrontar-se com a prática. Embora estejamos dando humildes
passos em direção para esta realidade, a educação tem um longo caminho a
percorrer rumo a construção do conhecimento e à redução do tradicionalismo que
impede a efetiva aprendizagem.




                                         4
REFERÊNCIAS

DEMO, Pedro - Chances de aprender bem
http://pedrodemo.sites.uol.com.br/textos/remix43.html - 07-04-2012 12:00

DEMO, Pedro - Aprender: o Desafio Reconstrutivo
Boletim Técnico do SENAC, Rio de Janeiro, 1998 - senac.br
http://www.senac.br/BTS/243/boltec243c.htm - 07 - 04 - 2012 - 15:00

BECKER, Fernando - Educação e Construção do Conhecimento
Ed. ARTMED - 2001 - Porto Alegre - RS

SILVIA, Monica Ribeiro da - Currículo e competências: a formação administrada

São Paulo - SP - Ed. Cortez - 2008
http://www.google.com.br/search?sourceid=chrome&ie=UTF-
8&q=SILVIA%2C+Monica+Ribeiro+da+-
+Curr%C3%ADculo+e+compet%C3%AAncias%3A+a+forma%C3%A7%C3%A3o+administradaS
%C3%A3o+Paulo+-+SP+-+Ed.+Cortez+-+2008 - 08 - 04 - 2012 - 18:00




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Uma releitura dos indicadores da qualidade na educação no contexto de na esco...
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A construção do conhecimento na escola contemporânea por meio dos recursos te...
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ABERTURA DO PROJETO - DIGA NÃO ÀS DROGAS"Debora sunen
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TRABALHO DE ABERTURA DO PROJETO DIGA NÃO AS DROGAS
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O desafio do aprendiz autônomo na construção do conhecimento

  • 1. PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS DIVISÃO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL Atividade: Texto Clássico Mediador pedagógico: Cursista: Ana Maria de Almeida O DESAFIO DO APRENDIZ AUTÔNOMO NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO. A escola atual esta passando por um período crítico, os índices das avaliações externas ainda estão aquém do ideal e as aulas que não atraem o interesse dos alunos. De um lado temos professores que reclamam da falta de participação dos alunos em suas aulas, de outro, os temos alunos que acham as aulas "chatas" e fazem tudo de na sala de aula, menos estudar. É comum situações onde o professor está explicando o conteúdo em sua aula expositiva e no mesmo momento o aluno está escrevendo um bilhete para o colega, conversando paralelamente. Essa realidade demonstra o quanto a educação está desatualizada frente as necessidades dos nossos alunos na sociedade contemporânea. Muitas vezes, obrigado pelas exigências do professor, o aluno até faz silêncio mas de nada adianta, se o pensamento dele não está ali, o interesse desse aluno não é aquele mundo estático que é a maioria das salas de aula de hoje, que representa o oposto da vivencia do aluno em seu cotidiano. O aluno egresso dessa escola, será bem-recebido no mercado de trabalho, pois aprendeu a silenciar mesmo discordando, perante a autoridade do professor, a não reivindicar coisa alguma, a submeter-se a fazer um mundo de coisas sem sentido, sem reclamar. O produto pedagógico acabado dessa escola é alguém que renunciou o direito de pensar e que, portanto, desistiu da sua cidadania e do seu direito ao exercício da política no seu mais pleno significado: qualquer projeto que 1
  • 2. vise alguma transformação social escapa ao seu horizonte, pois ele deixou de acreditar que sua ação seja capaz de qualquer mudança. Becker (2001). Se analisarmos a fundo, veremos que esse professor que pratica a "Pedagogia Diretiva", denominada por Becker (2001), ensina como aprendeu, logo, o professor, é uma vítima dessa formação. Será que esse professor também deixou de acreditar que sua ação pode provocar a mudança? Só será possível instigar pensamentos críticos dos seu alunos em sala de aula, se o professor acreditar que realmente ser crítico vale a pena e contribui para a mudança. Muitas vezes, nem ele age com criticidade, não é possível "ensinar" o que não vivencia. Na angustia de encontrar o caminho alguns educadores tentam mudar, fugir do tradicionalismo rígido. Por falta de conhecimento e segurança da sua concepção pedagógica, alguns professores acabam com tentativas frustradas que não elevam o nível da aprendizagem em seu ambiente de trabalho. Ao tentar fugir do tradicionalismo, educadores acabam caindo em outra visão, também equivocada, que não contribui ara a construção do conhecimento, a pedagogia não diretiva, que segundo Becker (2001), o professor "policia-se" para interferir o mínimo possível na ação do aluno, para ele, o professor não-diretivo acredita que o aluno aprende por si mesmo. Essa visão, como o próprio autor afirma, muitas vezes é praticada inconscientemente pelo professor que deixa de agir com a interação necessária entre o conhecimento do aluno e o novo conhecimento. A pedagogia não diretiva, o apriorismo, é confundida por alguns educadores com o construtivismo de Piaget que é bem diferente, os educadores acabam deixando o aluno descobrir tudo sozinho. Embora esse aluno, tenha contato com um mundo repleto de informações, ele não tem autonomia nem maturidade para buscar o novo, fazendo a conexão com o conhecimento que já possui sem auxilio do professor, o que resulta no fracasso do Ensino-aprendizagem. Já na Pedagogia racional, descrita pelo mesmo autor, o professor vai aprendendo a ensinar, replanejando suas ações de acordo com o a realidade dos seu alunos, essa, lembra o Construtivismo de Piaget onde o aluno constrói sim, seu conhecimento a partir das suas estruturas e o papel do professor nesse contexto é instigar o aluno por meio de suas ações com questionamentos intencionais que direcionam à construção do novo conhecimento. O professor construirá, a cada dia, a sua docência, dinamizando seu processo de aprender. Os alunos construirão a cada dia, a sua "discência", ensinando, aos colegas e ao professor, novas coisas, noções, objetos culturais. Mas o que avança mesmo nesse processo é a condição prévia de todo aprender ou de todo conhecimento, isto é, a capacidade 2
  • 3. construída de, por um lado, apropriar-se criticamente da realidade física ou social e, por outro, de construir sempre mais e novos conhecimentos. Becker (2001) Nesta dinâmica, nem professor nem aluno terminam a aula da mesma forma que iniciaram, o professor adquiriu novos conhecimentos a partir da relação com o aluno e vice e versa, o aluno além de descobrir-se, mesmo que inconsciente, como sujeito atuante na construção do conhecimento, encontra outras possibilidades de aprender além da fala professor. Aquela visão de que o professor sabe tudo cai por terra, mas não se perde o respeito, nesse ambiente, professor e aluno crescem na construção do conhecimento a cada aula realizada. Somente com a segurança de uma prática reflexiva o professor poderá proporcionar ambientes de cooperação por meio de trabalhos em grupos onde um aluno poderá interferir positivamente na sua aprendizagem e na aprendizagem de seus pares. Para a escola, o trabalho em grupo cooperativo não é somente um motor para a aprendizagem significativa e uma potente estratégia de ensino de atenção à diversidade, mas, além disso, um recurso para a aprendizagem de habilidades pró- sociais e uma aprendizagem em si mesma altamente funcional para a sociedade do conhecimento. Duran e Vidal (2007) De acordo com a análise de Duran e Vidal (2007), tanto abordagem construtivista, quanto a sociocultural, demonstram a importância das relações interpessoais para a construção do conhecimento. Dessa forma, tanto no construtivismo que considera a interação do sujeito com o objeto de conhecimento e a relação entre os iguais (alunos), quanto na abordagem sociocultural que enfatiza a influência das relações sociais e a importância da mediação do adulto, nesse caso, do Professor. Aulas mais dinâmicas que proporcionem a colaboração e a interação entre os alunos, favorecem a criatividade e ultrapassam a aprendizagem dos conteúdos. Nessas relações os alunos vão se descobrindo como atuantes e capazes, desenvolvendo as habilidades necessárias para agir criticamente na sociedade que os espera. Porém, a mudança de concepção do educador, deve caminhar com uma estreita relação entre leituras, pesquisas e reflexão da própria prática. Somente com muito estudo, o professor poderá reconhecer e acreditar que o conhecimento não se passa de um indivíduo para outro, mas se constrói na interação deste indivíduo com objeto de conhecimento e na relação com seus pares. ...a ruptura acontece se o professor para a sua prática e reflete sobre ela. O que acontece por força dessa reflexão? O professor dá-se conta (tome consciência = apropria-se das 3
  • 4. próprias ações) de que a extensão da estrutura do seu pensar é muito limitada, de que ele precisa ampliar essa estrutura ou, até, construir uma nova. Becker (2001) Para que esse professor possa agir proporcionando um ambiente de construção do conhecimento, ele primeiro, precisa ser autônomo e ter acima de tudo, consciência da sua ação em sala de aula. Para construir essa autonomia o educador deve ter um perfil de pesquisador, buscar novos conhecimentos a cada dia, só é possível analisar criticamente, quem é conhecedor de sua realidade e está aberto a um movimento constante de busca de novos conhecimentos. Demo (2011), demonstra inúmeros recursos tecnológicos presentes na mídia por meio das plataformas digitais que podem auxiliar o ensino aprendizagem e tornar as aulas mais atrativas aos alunos. Para realizar um trabalho com tarefas que aproveitem as habilidades existentes e potencialize novas habilidades em suas aulas, o educador precisa dominar além dos conteúdos de sua disciplina. Esse, precisa ter uma visão maiêutica buscando recursos com os quais seus alunos possam produzir textos multimodais descrevendo os conteúdos construídos em sala de aula. ...um projeto de intervenção só tem a ganhar se for orientado devidamente pela teoria, bem como a teoria, para ser deste mundo, precisa confrontar-se com a prática. Demo(1998). Esse processo dinâmico que envolve experiências pessoais e profissionais, contato com novos conhecimentos, análise e reestruturação da prática, deve incondicionalmente, fazer parte do ambiente educacional e imprescindivelmente da vivência do educador que deseja contribuir para a verdadeira educação de qualidade. O próprio autor afirma que a inovação permanente exige retorno à teoria, como a teoria exige confrontar-se com a prática. Embora estejamos dando humildes passos em direção para esta realidade, a educação tem um longo caminho a percorrer rumo a construção do conhecimento e à redução do tradicionalismo que impede a efetiva aprendizagem. 4
  • 5. REFERÊNCIAS DEMO, Pedro - Chances de aprender bem http://pedrodemo.sites.uol.com.br/textos/remix43.html - 07-04-2012 12:00 DEMO, Pedro - Aprender: o Desafio Reconstrutivo Boletim Técnico do SENAC, Rio de Janeiro, 1998 - senac.br http://www.senac.br/BTS/243/boltec243c.htm - 07 - 04 - 2012 - 15:00 BECKER, Fernando - Educação e Construção do Conhecimento Ed. ARTMED - 2001 - Porto Alegre - RS SILVIA, Monica Ribeiro da - Currículo e competências: a formação administrada São Paulo - SP - Ed. Cortez - 2008 http://www.google.com.br/search?sourceid=chrome&ie=UTF- 8&q=SILVIA%2C+Monica+Ribeiro+da+- +Curr%C3%ADculo+e+compet%C3%AAncias%3A+a+forma%C3%A7%C3%A3o+administradaS %C3%A3o+Paulo+-+SP+-+Ed.+Cortez+-+2008 - 08 - 04 - 2012 - 18:00 5