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1. A Terra Conta a
sua História

1.1. Os fósseis e a sua
importância para a
reconstituição da história da
Terra.

Onde está “escrita” a História da Terra?
TERRA EM
TRANSFORMAÇÃO

Terra – 4600 Milhões de anos
Primeiros seres vivos: há 3800 Milhões de anos
O n d e e s t á “ e s c r i t a ” a H i s t ó r i a d a v i d a n a Te r r a ?
O n d e e s t á “ e s c r i t a ” a H i s t ó r i a d a v i d a n a Te r r a ?
A História da Terra está escrita nas rochas.
As rochas constituem o "livro" onde se escreve a
história da Terra.
Os fósseis são as "palavras”.

As rochas sedimentares são
frequentemente fossilíferas.
O que são fósseis?

A ciência que se dedica ao estudo dos fósseis é a paleontologia e os cientistas que a
praticam são os paleontólogos.
O que são fósseis?
Espécies que viveram há muito tempo no nosso planeta (há mais
de 13 m.a.) e que se encontram extintas.

Organismo
complemente
preservado
Vestígios da
atividade dos
seres vivos

Resto de
seres vivos

Fóssil
Alguns Palentólogos distinguem entre:
Fósseis (espécies extintas)
Organismos fossilizados
As trilobites,
animais marinhos
protegidos por
carapaças, viveram
no passado,
durante a era
Paleozoica (de 542
M.a. A 251 M.a.)

Quando se
alimentavam nos
fundos marinhos, as
trilobites deixavam
pistas de
alimentação, as
Cruziana

3/4
?
Trilobite

?
Cruziana
(pista de alimentação das trilobites)

Somatofósseis – são restos de partes do corpo de formas vivas do
passado como ossos, dentes, conchas, carapaças, troncos ou
folhas.
Icnofósseis – são vestígios de atividade biológica de seres vivos
do passado como pegadas, excrementos, ovos, ninhos, túneis ou
galerias no solo.
E2

Como se formam os fósseis?
(Processo de fossilização)
Será que todos os fósseis se formam
através do mesmo processo?
Etapas do processo de fossilização
A fossilização é um acontecimento raro, muito complexo e tão lento que pode
demorar milhões de anos a decorrer, como no caso da fossilização do corpo de um
animal de grande porte.

Um organismo morre. O seu
corpo começa a ser coberto
por sedimentos.

As partes moles do organismo desaparecem, mas as partes duras resistem à decomposição.
Passam milhões de anos durante os quais
se depositam várias camadas de sedimentos que se transformam em rochas consolidadas.
Lentamente ocorre a mineralização
dos ossos do organismo transformamse em fósseis
Milhões de anos mais tarde um grupo
de paleontólogos desenterra os ossos
fossilizados.
A

B

C

D

Sucessivas fenómenos morto, de internos e externos, o
O corpo foi coberto o de geológicospreservando-se o conduz à formação
Por ação decamadas conjunto numprocessospredadoresesqueleto acaba
Um dinossauro tombou, sedimentos pressionaram e aplanaram
A fossilização é de sedimentos local sem que esqueleto o
esqueleto à medida que se foram convertendo em rochas sedimentares
por um fóssil a partir de um organismo. São processos complexos,
de aflorar à superfície

que podem durar milhões de anos e que ocorrem apenas em
condições especiais.
2/6
Para que se forme um fóssil é necessário
estarem reunidas algumas condições.
As belemnites eram animais marinhos
que possuíam um esqueleto interno carbonatado
que sustentava um corpo de tecidos moles

Osexistência demoles sofrem e uma
tecidos
A
partes duras
decomposição rápida, organismo por
rápida cobertura do sendo difíceis
de preservar e de fossilizar. a fossilisedimentos finos favorecem
Os tecidos duros, de decomposição
zação.
mais lenta, fossilizam com relativa
facilidade.
3/6
Para que se forme um fóssil é necessário estarem reunidas algumas
condições:
• O organismo, após a sua morte, deve ficar protegido da decomposição, ficando isolado
do ar, da água e da ação dos decompositores e dos agentes erosivos.
•Quanto mais finos forem os sedimentos de cobertura, maior a probabilidade de se
formarem fósseis.
•Os locais onde os organismos são mais facilmente cobertos por sedimentos finos são o
fundo do mar ou de lagoas e os pântanos.
• O organismo deve possuir partes duras, como ossos, dentes, escamas, conchas ou
carapaças, que resistam à decomposição.
Tipos de fossilização - Mineralização
Processo em que a matéria orgânica do organismo é substituída, muito lentamente,
por matéria mineral.
Uma árvore morre.
As partes mais duras da árvore (tronco)
resistem à decomposição
Lentamente a matéria orgânica é totalmente substituída por minerais existentes nos sedimentos que cobriram o tronco.

Tronco mineralizado.

Todas as partes orgânicas
(sejam moles ou duras) são
totalmente substituídas por
matéria mineral.
Tipos de fossilização – Conservação ou mumificação
Processo de fossilização que ocorre quando o corpo fica envolvido por uma
substância impermeável como o gelo ou uma resina, preservando as partes
moles e duras
Tipos de fossilização - Moldagem

O desaparecimento das partes moles e
duras do organismo deixa na rocha um
molde ou impressão das partes duras.
Caso os sedimentos penetrem em
cavidades internas do organismo,
quando os seus restos desaparecem
fica apenas um molde da parte
interna – o molde interno.

Se o molde corresponder à parte
externa do organismo, dizemos que se
trata de um molde externo.
Por vezes, ocorre o preenchimento
com sedimentos do molde externo,
originando-se assim o contramolde.
Tipos de fossilização
Moldagem
Um animal marinho com concha morre.

As partes moles decompõem-se mas a concha resiste e é
soterrada por sedimentos.

Ao longo do tempo, os sedimentos preenchem a cavidade
interna da concha.

Por ação de agentes erosivos os moldes podem ser
expostos.

São depositados sedimentos no molde externo.

Forma-se um contramolde.
Tipos de fossilização
Moldagem
Embora, em geral, apenas as partes duras dos organismos sofram moldagem, por
vezes, em condições muito raras, também as partes moles podem originar moldes.
Tipos de fossilização
Tipos de fossilização
Vestígios ou marcas
Nem sempre os fósseis correspondem ao corpo de organismos. Por vezes, também
podem fossilizar vestígios ou marcas da sua atividade.
Como exemplos de vestígios fósseis ou marcas têm sido encontradas estruturas
reprodutoras (ovos, sementes e pólen), excrementos (coprólitos), construções
biológicas (ninhos e galerias) e marcas de locomoção (pegadas e rastos).
Qual a importância dos fósseis para a ciência?

Compreender a evolução dos seres vivos, as adaptações e extinções ao longo da
história da Terra.
Reconstituir os organismos numa dada época, o seu modo de vida, como é que
interagiam entre si e como se relacionavam com o meio ambiente onde viviam.

Reconstituir os ambientes do passado (paleoambientes).
Reconstituir os climas do passado (paleoclimas)
Datação relativa dos estratos rochosos.
Qual a importância dos fósseis para a ciência?
Estudo da evolução dos seres vivos
O estudo dos fósseis permite verificar que no passado os seres vivos eram
diferentes dos atuais. Como era o modo de vida desses organismos, como se
relacionavam entre si, as causas da sua morte ou da extinção de espécies, são
algumas das questões a que os paleontólogos tentam responder.
Qual a importância dos fósseis para a ciência?
Estudo da evolução dos seres vivos
Outro importante contributo do estudo dos fósseis é permitir reconstituir a
evolução das espécies até aos nossos dias.
Um dos casos mais bem estudados é o do cavalo atual, que evoluiu a partir de uma
linha evolutiva do Hyracohterium, um pequeno animal de 40 cm de altura que viveu
há cerca de 60 milhões de anos.
Qual a importância dos fósseis para a ciência?
Estudo da evolução dos seres vivos
Nos estudos de evolução são muito importantes os fósseis de transição, isto é,
fósseis de seres que apresentam características de dois grupos de organismos
atualmente distintos.
Um dos exemplos mais conhecidos é o do Archaeopteryx, considerado um elo de
transição entre os répteis e as aves atuais.
Qual a importância dos fósseis para a ciência?
Estudo da evolução dos seres vivos
Existem alguns casos de organismos que se mantiveram quase inalterados durante
muitos milhões de anos, uma vez que as suas formas fossilizadas são praticamente
idênticas a seres vivos atuais.
A estes seres, que não sofreram grandes transformações ao longo dos tempos, dáse o nome de fósseis vivos.
Fósseis Vivos

Celacanto
Latimeria chalumnae
Fósseis Vivos

Gingko
Gingko biloba L.
Qual a importância dos fósseis para a ciência?
Qual a importância dos fósseis para a ciência?
Reconstituição de paleoambientes
Quando uma rocha possui fósseis de organismos que apenas sobrevivem em
condições ambientais restritas, os paleontólogos podem reconstituir o ambiente
existente na altura da sua formação — paleoambiente.
Os fósseis que permitem obter informações sobre os paleoambientes designam-se
por fósseis de fácies ou fósseis de ambiente. Estes organismos viveram em
ambientes com condições muito específicas. Os corais são um bom exemplo de
fósseis de fácies.
Qual a importância dos fósseis para a ciência?
Fosseis de fácies
Qual a importância dos fósseis para a ciência?
Reconstituição de paleoambientes
Os fósseis de fácies permitem ainda estudar aspetos geográficos da Terra no
passado, como a extensão de mares, praias, lagos ou desertos, e caracterizar
antigos climas (paleoclimas).
Qual a importância dos fósseis para a ciência?
Turritella
são características de
Corais
águas pouco profundas
Vivem em águas pouco
ou lagunares
profundas, com
temperaturas tropicais
Pegadas de dinossauros
são características de
ambientes terrestres litorais

Amonites e belemnites
Habitavam as águas mais
profundas das plataformas
marinhas.

Os fósseis de ambiente ou de fácies pertencem a seres vivos que
viveram em ambientes muito específicos pelo que a sua presença
permite recriar os ambientes do passado.
3/6
Qual a importância dos fósseis para a ciência?

Datação das rochas
Os fósseis de idade permitem datar rochas.
Qual a importância dos fósseis para a ciência?
Os fósseis que permitem datar rochas designam-se por fósseis de idade ou
característicos e os seres vivos que lhes deram origem:

Existiram durante intervalos de tempo
relativamente curtos na história da Terra

Existiram em grande número

Tiveram uma ampla distribuição
geográfica

Evolução rápida e curta distribuição temporal
Coluna estratigráfica

Os fósseis de idade correspondem a organismos
que viveram durante curtosMau fóssil de idade tempo
períodos de
Bom grande dispersão
geológico mas alcançaram uma fóssil de idade
geográfica. Permitem, por isso, datar as rochas
onde estão contidos.

5/6
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  • 1. 1. A Terra Conta a sua História 1.1. Os fósseis e a sua importância para a reconstituição da história da Terra. Onde está “escrita” a História da Terra? TERRA EM TRANSFORMAÇÃO Terra – 4600 Milhões de anos Primeiros seres vivos: há 3800 Milhões de anos
  • 2. O n d e e s t á “ e s c r i t a ” a H i s t ó r i a d a v i d a n a Te r r a ?
  • 3. O n d e e s t á “ e s c r i t a ” a H i s t ó r i a d a v i d a n a Te r r a ? A História da Terra está escrita nas rochas. As rochas constituem o "livro" onde se escreve a história da Terra. Os fósseis são as "palavras”. As rochas sedimentares são frequentemente fossilíferas.
  • 4.
  • 5.
  • 6. O que são fósseis? A ciência que se dedica ao estudo dos fósseis é a paleontologia e os cientistas que a praticam são os paleontólogos.
  • 7. O que são fósseis? Espécies que viveram há muito tempo no nosso planeta (há mais de 13 m.a.) e que se encontram extintas. Organismo complemente preservado Vestígios da atividade dos seres vivos Resto de seres vivos Fóssil Alguns Palentólogos distinguem entre: Fósseis (espécies extintas) Organismos fossilizados
  • 8. As trilobites, animais marinhos protegidos por carapaças, viveram no passado, durante a era Paleozoica (de 542 M.a. A 251 M.a.) Quando se alimentavam nos fundos marinhos, as trilobites deixavam pistas de alimentação, as Cruziana 3/4
  • 9. ? Trilobite ? Cruziana (pista de alimentação das trilobites) Somatofósseis – são restos de partes do corpo de formas vivas do passado como ossos, dentes, conchas, carapaças, troncos ou folhas. Icnofósseis – são vestígios de atividade biológica de seres vivos do passado como pegadas, excrementos, ovos, ninhos, túneis ou galerias no solo.
  • 10. E2 Como se formam os fósseis? (Processo de fossilização) Será que todos os fósseis se formam através do mesmo processo?
  • 11. Etapas do processo de fossilização A fossilização é um acontecimento raro, muito complexo e tão lento que pode demorar milhões de anos a decorrer, como no caso da fossilização do corpo de um animal de grande porte. Um organismo morre. O seu corpo começa a ser coberto por sedimentos. As partes moles do organismo desaparecem, mas as partes duras resistem à decomposição. Passam milhões de anos durante os quais se depositam várias camadas de sedimentos que se transformam em rochas consolidadas. Lentamente ocorre a mineralização dos ossos do organismo transformamse em fósseis Milhões de anos mais tarde um grupo de paleontólogos desenterra os ossos fossilizados.
  • 12. A B C D Sucessivas fenómenos morto, de internos e externos, o O corpo foi coberto o de geológicospreservando-se o conduz à formação Por ação decamadas conjunto numprocessospredadoresesqueleto acaba Um dinossauro tombou, sedimentos pressionaram e aplanaram A fossilização é de sedimentos local sem que esqueleto o esqueleto à medida que se foram convertendo em rochas sedimentares por um fóssil a partir de um organismo. São processos complexos, de aflorar à superfície que podem durar milhões de anos e que ocorrem apenas em condições especiais. 2/6
  • 13. Para que se forme um fóssil é necessário estarem reunidas algumas condições. As belemnites eram animais marinhos que possuíam um esqueleto interno carbonatado que sustentava um corpo de tecidos moles Osexistência demoles sofrem e uma tecidos A partes duras decomposição rápida, organismo por rápida cobertura do sendo difíceis de preservar e de fossilizar. a fossilisedimentos finos favorecem Os tecidos duros, de decomposição zação. mais lenta, fossilizam com relativa facilidade. 3/6
  • 14. Para que se forme um fóssil é necessário estarem reunidas algumas condições: • O organismo, após a sua morte, deve ficar protegido da decomposição, ficando isolado do ar, da água e da ação dos decompositores e dos agentes erosivos. •Quanto mais finos forem os sedimentos de cobertura, maior a probabilidade de se formarem fósseis. •Os locais onde os organismos são mais facilmente cobertos por sedimentos finos são o fundo do mar ou de lagoas e os pântanos. • O organismo deve possuir partes duras, como ossos, dentes, escamas, conchas ou carapaças, que resistam à decomposição.
  • 15. Tipos de fossilização - Mineralização Processo em que a matéria orgânica do organismo é substituída, muito lentamente, por matéria mineral. Uma árvore morre. As partes mais duras da árvore (tronco) resistem à decomposição Lentamente a matéria orgânica é totalmente substituída por minerais existentes nos sedimentos que cobriram o tronco. Tronco mineralizado. Todas as partes orgânicas (sejam moles ou duras) são totalmente substituídas por matéria mineral.
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  • 17. Tipos de fossilização – Conservação ou mumificação Processo de fossilização que ocorre quando o corpo fica envolvido por uma substância impermeável como o gelo ou uma resina, preservando as partes moles e duras
  • 18. Tipos de fossilização - Moldagem O desaparecimento das partes moles e duras do organismo deixa na rocha um molde ou impressão das partes duras.
  • 19. Caso os sedimentos penetrem em cavidades internas do organismo, quando os seus restos desaparecem fica apenas um molde da parte interna – o molde interno. Se o molde corresponder à parte externa do organismo, dizemos que se trata de um molde externo. Por vezes, ocorre o preenchimento com sedimentos do molde externo, originando-se assim o contramolde.
  • 20. Tipos de fossilização Moldagem Um animal marinho com concha morre. As partes moles decompõem-se mas a concha resiste e é soterrada por sedimentos. Ao longo do tempo, os sedimentos preenchem a cavidade interna da concha. Por ação de agentes erosivos os moldes podem ser expostos. São depositados sedimentos no molde externo. Forma-se um contramolde.
  • 21. Tipos de fossilização Moldagem Embora, em geral, apenas as partes duras dos organismos sofram moldagem, por vezes, em condições muito raras, também as partes moles podem originar moldes.
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  • 24. Tipos de fossilização Vestígios ou marcas Nem sempre os fósseis correspondem ao corpo de organismos. Por vezes, também podem fossilizar vestígios ou marcas da sua atividade. Como exemplos de vestígios fósseis ou marcas têm sido encontradas estruturas reprodutoras (ovos, sementes e pólen), excrementos (coprólitos), construções biológicas (ninhos e galerias) e marcas de locomoção (pegadas e rastos).
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  • 28. Qual a importância dos fósseis para a ciência? Compreender a evolução dos seres vivos, as adaptações e extinções ao longo da história da Terra. Reconstituir os organismos numa dada época, o seu modo de vida, como é que interagiam entre si e como se relacionavam com o meio ambiente onde viviam. Reconstituir os ambientes do passado (paleoambientes). Reconstituir os climas do passado (paleoclimas) Datação relativa dos estratos rochosos.
  • 29. Qual a importância dos fósseis para a ciência? Estudo da evolução dos seres vivos O estudo dos fósseis permite verificar que no passado os seres vivos eram diferentes dos atuais. Como era o modo de vida desses organismos, como se relacionavam entre si, as causas da sua morte ou da extinção de espécies, são algumas das questões a que os paleontólogos tentam responder.
  • 30. Qual a importância dos fósseis para a ciência? Estudo da evolução dos seres vivos Outro importante contributo do estudo dos fósseis é permitir reconstituir a evolução das espécies até aos nossos dias. Um dos casos mais bem estudados é o do cavalo atual, que evoluiu a partir de uma linha evolutiva do Hyracohterium, um pequeno animal de 40 cm de altura que viveu há cerca de 60 milhões de anos.
  • 31. Qual a importância dos fósseis para a ciência? Estudo da evolução dos seres vivos Nos estudos de evolução são muito importantes os fósseis de transição, isto é, fósseis de seres que apresentam características de dois grupos de organismos atualmente distintos. Um dos exemplos mais conhecidos é o do Archaeopteryx, considerado um elo de transição entre os répteis e as aves atuais.
  • 32. Qual a importância dos fósseis para a ciência? Estudo da evolução dos seres vivos Existem alguns casos de organismos que se mantiveram quase inalterados durante muitos milhões de anos, uma vez que as suas formas fossilizadas são praticamente idênticas a seres vivos atuais. A estes seres, que não sofreram grandes transformações ao longo dos tempos, dáse o nome de fósseis vivos.
  • 35. Qual a importância dos fósseis para a ciência?
  • 36. Qual a importância dos fósseis para a ciência? Reconstituição de paleoambientes Quando uma rocha possui fósseis de organismos que apenas sobrevivem em condições ambientais restritas, os paleontólogos podem reconstituir o ambiente existente na altura da sua formação — paleoambiente. Os fósseis que permitem obter informações sobre os paleoambientes designam-se por fósseis de fácies ou fósseis de ambiente. Estes organismos viveram em ambientes com condições muito específicas. Os corais são um bom exemplo de fósseis de fácies.
  • 37. Qual a importância dos fósseis para a ciência? Fosseis de fácies
  • 38. Qual a importância dos fósseis para a ciência? Reconstituição de paleoambientes Os fósseis de fácies permitem ainda estudar aspetos geográficos da Terra no passado, como a extensão de mares, praias, lagos ou desertos, e caracterizar antigos climas (paleoclimas).
  • 39. Qual a importância dos fósseis para a ciência?
  • 40. Turritella são características de Corais águas pouco profundas Vivem em águas pouco ou lagunares profundas, com temperaturas tropicais Pegadas de dinossauros são características de ambientes terrestres litorais Amonites e belemnites Habitavam as águas mais profundas das plataformas marinhas. Os fósseis de ambiente ou de fácies pertencem a seres vivos que viveram em ambientes muito específicos pelo que a sua presença permite recriar os ambientes do passado. 3/6
  • 41. Qual a importância dos fósseis para a ciência? Datação das rochas Os fósseis de idade permitem datar rochas.
  • 42. Qual a importância dos fósseis para a ciência? Os fósseis que permitem datar rochas designam-se por fósseis de idade ou característicos e os seres vivos que lhes deram origem: Existiram durante intervalos de tempo relativamente curtos na história da Terra Existiram em grande número Tiveram uma ampla distribuição geográfica Evolução rápida e curta distribuição temporal
  • 43. Coluna estratigráfica Os fósseis de idade correspondem a organismos que viveram durante curtosMau fóssil de idade tempo períodos de Bom grande dispersão geológico mas alcançaram uma fóssil de idade geográfica. Permitem, por isso, datar as rochas onde estão contidos. 5/6