O documento discute os erros de execução e projeto em obras de engenharia civil, fornecendo exemplos de cada um. Erros de execução incluem traço incorreto de concreto, falta de adensamento, quantidade incorreta de aço, emendas mal feitas em seções de concreto e barras de aço. Erros de projeto são mais raros e difíceis de detectar, podendo incluir revisões ou desenhos incorretos. Ambos os tipos de erros podem comprometer a segurança de uma estrutura.
Os métodos de prospecção de cenários e sua importância nas organizações apl...
Fenaseg: Acidentes na Construção Civil - Erro de Execução versus Erro de Projeto
1. ANO XVII RIO DE JANEIRO, 17 DE JUNHO DE 1985 N9 814
Por decisão do Conselho Monetário Nacional (divulgada atraves da Resolução
1 n2 1 024 do Banco_Central), foram alterados os percentuais m;nimos de aplic~
çao de reservas tecnicas das companhias de seguros em ORTNse LTNs. (Ver se-
ção CNSP)
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A UNESPAcomunica que foi prorrogado, ate o dia 19 de julho vindouro, o prazo
de inscrição de candidatos ao "11 Curso de Formação de Executivos - Ãrea
FIDES.
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Not;cia da publicação L'Argus International, n9 32: "Une societe bresilienne
etablie ã Bilbao (Espagne) vient de lancer sur le marche une assurance en
cas de divorce. En cas de dissolution d'un mariage, 1lassurance verse une; nrlomV'l;+~ ~IIV rlr.!IllV I"~V'+;O 11
" '-llIl..1 I ,'- ,AUA ..I'-U"- pu. "" 1'-.
4
telites
Na forma da Resolução n9 1 014
não há incidência do IOF sobre
no mercado interno, dos riscos
Brasilsat I e 11.
do Banco Central (D.O.U., Seção I, de 07.06.8~,
os prêmios de seguros relativos ã cobertura,
referentes ao lançamento e ã operação dos sa-
O mercado venezuelano de seguros teve em 1983 arrecadação de prêmios no mon-
5 tante de 7.031 milhões de bollvares (428.,8 milhões em prêmios de resseguro).
No "underwriting" houve prejuizo de 268,6 milhões, mas o produto de inversões
cobriu aquele preju;zot dando ainda origem ao lucro final de 391t3 milhõest corres-
pondente a 5t5% da receita de prêmios. Os prêmios de seguros diretost no montante
de 6.602 milhões de bol;varest correspondem a pouco mais de 1t5 bilhão de dõlare~ co
locando a Venezuela no 219 lugar do "ranking" mundial. -
O Lloyd's de Londres concedeu a Medalha de Prata aos astronautas norte-ame-
6 ricanos Joseph P. Alle,n e Dale A. Gardne,rt porteremrecuperadodoissatelitesque haviam sido indenizados pelo seguro mundial: o "Palapa 2" e o "Westar. 6".
Aquela honraria foi criada em 1893 et depois da 11 Guerra Mundial t somente foi conce
dida cinco vezes.
Acaba de completar 15 anos de atividades o Instituto Universitário de Segu-
~ ros, da V~nezuela, ~nt~dade que se dedica à formaçã~ de erofission~is ~e nl-vel superlort especlallzados nos ramos que, entre nos, tem a denomlnaçao de
ramos elementares. Nossas congratulações ao mercado segurador daquele pa;st pelo im
portante eventot de tanto proveito paraainstituição do seguro. -
Na ultima segunda-feira, dia 10 do corrente, o Sr. Sergio Charles Tubero foi
f3 empossado na Presidência da CPCG(Comissão de Planejamento e Coordenação Ge-ral) da FENASEG. Sergiot que e competente e experimentado profissional do
seguro, substitui naquela Presidência o Sr. Antônio Paulo Noronha, que deixou o exer
clcio da atividade seguradora para dedicar-se à'direção de empresas industriais.
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2. DIVERSOS
A ETERNADISCUSSAO
ERRODE EXECUÇAOX ERRODE PROJETO
Engq ANTONIOFERNANVODE A. NAVARROPEREIRA*
Quando se executa uma obra de engenharia civil, desde uma simples
residência, ate um grande porto, corre-se o risco de construir-se e, a seguir, ver to-
da uma construção que consumiu meses, ou anos, esperanças, empregos, sonhos, alegrias
e dissabores, ir ao chão, completamente arruinada, colapsada. O que ocasionou esse c~
lapso? Sera que foi um erro de execução, ou talvez um erro de projeto? Quemsabe não
foi o emprego inadequado de materiais?
A punição dos culpados de nada ira contribuir para a recuperaçao
total dos prejuizos apurados, ou ressuscitar os mortos.
Infelizmente, a memória popular é bem curta, e dificilmente lem-
brar-se-a de todos os acidentes ocorridos. Alguns talvez não tenham se esquecido do
desastre do Elevado Paulo de Frontin, ou do Pavilhão da Gameleira, e de muitas outras
obras. Mais recentemente, em Niterõi, um grande prédio residencial, em fase final de
acabamento, desmoronou.
A fim de amenizar esses prejuizos, existem alguns tipos
ros, bastante especificos, como, por exemplo, o de Riscos de Engenharia. A
para este seguro é do tipo "All Risks", abrangendo as perdas e danos que o
vier a sofrer, decorrentes de:
de segu-
cobertura
segurado
acidentes provocados por falhas de construção e de montagem;
desmoronamentos;
incêndio, queda de raio e explosão;
roubo e furto qualificado;
alagamento;
danos da natureza;
impacto de veiculas e equipamentos em operação, bem como a queda
de aeronaves e engenhos espaciais.
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3. Essas vãrias coberturas podem ser complementadas com a inclusão de
clãusulas adi(~unais, tais como:
tumultos;
operações de manutenção (simples e ampla);
despesas extraordinãrias a que o segurado estiver obrigado, qua~
do originadas por sinistros cobertos;
afretamento de aeronaves;
desentulho do local;
equipamentos fixos e móveis no interior do canteiro de obras;
obras concluldas;
propriedades circunvizinhas;
riscos do fabricante;
erros de projeto;
responsabilidade civil, incluindo a responsabilidade cruzada, a
qual considera os vários segurados como terceiros entre si.
Dentre essas várias coberturas, algumas são facilmente confundidas,
devido aos .ãrios aspectos tecnicos envolvidos. São as de erro de execução e erro de
projeto.
Chama-se erro de execução a falha ou descuido cometido no desenro-
lar, ou no desenvolvimento de uma construção. A caracterização do erro de execução
dã-se quando, ao se analisar o sinistro ocorrido, são verificadas incompatibilidades
com os serV1ços projetados. Algumas vezes, a caracterização do sinistro fica dificil,
devido a ins~f'ci~ncia de informações e dados, e mesmo, da complexidade do projeto ou
da execuçao. As causas que normalmente podem gerar sinistros, são:
a) Traço do concreto diferente do especificado.
Chama-se traço do concreto a mistura de componentes .como: areia,
cimento, dcJUd. dgregados e aditivos, feita de forma tecnica e com dosagem especificas.
A simples "IUO.i!<:,.ade percentual de algum componente poderã fazer com que a estrutura
entre em (r)l(jf.- . Normalmente, o que se verifica eo aparecimento de trincas e racha-
duras.
b) Falta de adensamento do concreto.
precisa ser
ao redor de
Comotoda mistura plástica, o concreto ao ser lançado numa forma
ad~nsado, por processo mecânico ou manual, de modo que todos os vazios, e
todas as ferragens exista quantidades exatas de concreto. A falta de um
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4. adensamento faz comque apareçam buracos na estrutura, denominados brocas. O surgimen-
to de "buracos" ~ indTcio de estrutura pouco resistente â compressão.
c) Falta de aço na estrutura.
Denomina-se concreto armado ao concreto que contem, emseu interior,
vergalhões, arames, barras ou cabos de aço. Quando se faz um cálculo estrutural para
umaedificação, verifica-se quais os esforços a que a mesmaestará sujeira. - Em função
desses esforços, determina-se uma área de concreto e uma área de aço, para cada peça e~
trutural. Pode ocorrer que, no momento da execução, a distribuição das ferragens não
fique de acordo com o projetado, ou o projeto não leve em consideração certos esforços
adicionais a que a estrutura estará sujeita. Nesses casos, a estrutura poderá entrar
em colapso lentamente, deformando-se aos poucos, ou desmoronar-se subitamente.
d) Emendas nas seções de concreto armado mal executadas.
A situação
e concretada de uma unica vez.
de lajes de edif;cios vizinhos
ideal ~ aquela em que uma estrutura de concreto armado
Quantos de nós já não foi importunado com a concretagem
pela noite adentro?
Algumas estruturas, entretanto, devido ao grande volume a ser con -
cretado, são divididas em seções, para esse fim. Essa divisão poderá ocorrer tamb~m c~
so a concretagem seja de grande complexidade. Emcada face dessas fases deverá existir
um trabalho todo especial de limpeza e preparação para a concretagem seguinte, de forma
que, ao final dos serviços, a estrutura comporte-se como um unico elemento, e não como
um monte de elementos colados. Os danos decorrentes dessas operações inadequadas sao
completamente imprevis;veis.
e) Emendas mal executadas nas barras de aço.
As barras de aço utilizadas em uma estrutura de concreto armado po~
suem um comprimento máximo de 11 metros. Esse comprimento nem sempre ~ aproveitado em
seu máximo. Muitas vezes, na concretagem de colunas ou pilares são utilizados compri -
mentos bem inferiores a esse. Entretanto, devido a detalhes construtivos ou ao compri-
mento das peças há necessidade de emendar-se as barras de aço para se obter o comprime~
to desejado. Caso uma das muitas formas de emendas adotadas não seja bem executada,
ter-se-á uma estrutura com capacidade de carga diferente da especificada. O resultado
final poderá ser um completo desastre.
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5. f). Barras de aço com grande percentagem de graxa ou impurezas.
Barras de aço contendo õleo de lubrificação~ ou graxa~ não irão fi
car bem ancoradas nas estruturas. Emalgumas situações~ esse õleo poderâ comprometer
a qualidade do concreto. t quase certo o sinistro quando ocorrem situações como essa
em peças estruturais de grande responsabilidade.
A fim de não tornar nosso artigo cansativo, ou tecnico demais, dej
xamos de enumerar umaserie de outras situações comprometedoras para umaestrutura de
umaedificação. Entretanto~ todos os exemplos apresentados referem-se a erros de exe-
cução encontrados emmuitos predios sinistrados. Esses erros não são dif;ceis de se-
rem encontrados~ ou detectados. A forma mais correta de apuração dessas falhas e atra
ves de ensaios laboratoriais.
o erro de projeto~ alem de ser mais dif;cil de ocorrer~ tambem o e
de detecção. As causas de erro são as mais diversas poss;veis~ variando desde uma re-. .
visão incorreta, umdesenho mal executado~ informações mal dadas~ ou mal entendidas,
aplicação incorreta de fõrmulas~ ate a falta de unificação de grandezas. A probabili-
dade da ocorrência de umerro de projeto e bempequena~ podendo envolver grandes e pe-
quenas empresas de engenharia.
* Antô.u.o FVtnando de. A. Na.vaNto PVUdAa. ê. e.nge.nhww c.ivil, pÓ-6-gJLa.dua.doem Se.gUlumça.
do TJta.baf.ho, c.om c.uMO-6 de. e.-6pe.c.-úLüza.çã.o em Se.gUlumça. I ndU6tJU..af. e. PJtote.çã.o de. I Yl.-6ta.-
la.çõe.-6.
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