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ANTONIO FERNANDO NAVARRO, M.SC1
EUNICE MANCEBO, M.SC2
MIRIAM PICININI MEXAS, M.SC3
ORLANDO LONGO, D.SC.4
ANA L. T. SEROA DA MOTTA, D.SC.5

INDICADORES DE ACESSIBILIDADE PARA
EDIFICAÇÕES COMERCIAIS E RESIDENCIAIS

A

CLASSIFICAÇÃO

DAS

Trabalho realizado para a disciplina de Habitação
Sustentável, ministrada pela Profª. Drª. Ana Lúcia
Torres Seroa da Motta, professora do curso de
Doutorado em Engenharia Civil da Universidade
Federal Fluminense.

Niterói-RJ
30/Nov/2009

1

Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho, Mestre em Saúde e Meio Ambiente, Especialista em Gerenciamento
de Riscos, Doutorando do programa de pós-graduaçao em Engenharia Civil da Universidade Federal Fluminense
2
Docente e Chefe do Departamento de Turismo e Patrimonio da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro,
doutoranda do programa de pós-graduaçao em Engenharia Civil da Universidade Federal Fluminense
3
Doutoranda do programa de pós-graduaçao em Engenharia Civil da Universidade Federal Fluminense
4
Docente e Coordenador do Programa de Pós-Graduaçao em Engenharia Civil da Universidade Federal Fluminense
5
Docente do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal Fluminense
1
INDICADORES DE ACESSIBILIDADE PARA
EDIFICAÇÕES COMERCIAIS E RESIDENCIAIS

A

CLASSIFICAÇÃO

DAS

1. RESUMO:
As questões relativas a acessibilidade nunca foram objeto de consenso, principalmente em
projetos de edificações, como as voltadas ao ramo de hotelaria, isso porque o que poderia ser
normal, o ir e vir de executivos durante um período e famílias em outros períodos, não levava em
consideração as eventuais restrições que uma pessoa poderia ter. E quais seriam essas? A
resposta em primeiro lugar era a da cegueira. Ocorre que existem inúmeras outras, temporárias
ou permanentes, parciais ou totais que devem ser consideradas. Um recém operado de catarata
(opacificação do cristalino do olho por traumatismo, como o causado por radiação ou
eletricidade, ou por idade), possui uma restrição momentânea até que possa tirar sua venda e
poder enxergar. Uma pessoa que faça uso de uma muleta em função de uma cirurgia e também
uma restrição temporária. Hoje é mais comum perceber-se que quando se faz a mesma pergunta
anterior vêm à mente das pessoas o “cadeirante”, tido como a pessoa que faz uso de uma cadeira
de rodas para sua locomoção. A norma da ABNT, NBR 9050, em sua última versão
(30/12/2005), trata da Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos,
buscando traçar um guia para o tratamento dessas questões. Com base nessa norma, e nas
avaliações de indicadores de edificações definidos CASBEE (Comprehensive Assessment
System for Building Environmental Efficiency) Technical Manual 2007 Edition, for Home
(detached House), e em vista da existência de lacunas que pudessem ser melhor exploradas na
avaliação da eficiência de edificações, procurou-se estabelecer alguns indicadores de indicadores
de acessibilidade para a avaliação das construções à adequação de seus projetos a essas
necessidades específicas. O artigo aborda, com maior ênfase, esses aspectos voltados a hotéis,
por serem construções que recebem pessoas com vários tipos de restrições, motoras, intelectuais
ou físicas. Aos indicadores apresentados podem ser agregados outros relativos à análise de
demais fatores construtivos e os relacionados às questões de sustentabilidade.
PALAVRAS-CHAVES: Acessibilidade, edificações, critérios de avaliação da eficiência das
edificações

2
ABSTRACT:
The issue of accessibility to buildings has always been more with a sense of obligation or favor
than with the sense of the right to citizenship, and the right to "come and go". Many of the
actions started with public authorities through punctual actions, such as ramps at corners of
streets for the descent of the wheelchair accessible, construction of physical obstacles so that the
visually impaired were not with poles with public telephones (pay phones), the placement of
podotacteis floors, to alert and signalling of people with visual impairments, among others. Great
of the ramps did not the width of a wheelchair, considering the wheelbase, and the need of these
people can be assisted or accompanied by other people. In other cases, the slope of the ramps
made those who did not have the physical strength needed to travel alone, so that they should
seek the help of third parties, which the embarrassed him. Still realizes that the question of
accessibility is strongly associated with the disabled, hemiplégicos or requiring paraplegics move
through wheelchairs. However, there are other human beings who have accessibility problems,
either due to blindness or visual impairment, chronic lack of physical strength that disable an
offset through stairs, or congenital physical defects caused by accidents, among other disabling
injuries. The ABNT NBR 9050 which deals with the accessibility to buildings, furniture, urban
equipment and spaces, defines disability as: reduction, limitation or lack of perception of the
characteristics of the environment or of mobility and use of buildings, space, furniture, urban
equipment and elements, in a temporary or permanent basis. It stands to reason that, for each
type of disability are distinct solutions. In this article will be a snip of the situation covering only
one category of disabled people, that require the use of wheelchairs to his mobility aid.
KEYWORDS: Accessibility, buildings, evaluation criteria of efficiency of buildings

3
1.

INTRODUÇÃO
A questão de Acessibilidade às edificações sempre foi vista mais com o sentido da

obrigação ou o favor do que com o sentido do direito à Cidadania, e do direito de "ir e vir".
Muitas das ações se iniciaram com o Poder Público através de ações pontuais, como por
exemplo, rampas em esquinas de ruas para a descida dos cadeirantes, construção de obstáculos
físicos para que os deficientes visuais não colidissem com postes com telefones públicos
(Orelhões), a colocação de pisos podotacteis, para alerta e sinalização dos portadores de
deficiências visuais, entre outras. Grande das rampas não comportava a largura de uma cadeira
de rodas, considerando a distância entre eixos, e a necessidade de essas pessoas poderem ser
assistidas ou acompanhadas por outras pessoas. Em outros casos, a inclinação das rampas
dificultava aqueles que não tinham a força física necessária para se deslocarem sozinhos,
fazendo com que viessem a solicitar a ajuda de terceiros, situação essa que os constrangia em
demasia. Ainda se percebe que a questão de acessibilidade está fortemente associada aos
deficientes físicos, hemiplégicos ou paraplégicos que necessitem se deslocar através de cadeiras
de rodas. Contudo, há outros seres humanos que têm problemas de acessibilidade, seja em
função de cegueira ou deficiência visual crônica, da falta de vigor físico que o incapacite a um
deslocamento através de escadas, de defeitos físicos congênitos ou provocados por acidentes,
entre outras lesões incapacitantes. A Norma da ABNT NBR 9050 que trata da Acessibilidade a
edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, define a deficiência como: Redução,
limitação ou inexistência das condições de percepção das características do ambiente ou de
mobilidade e de utilização de edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano e elementos,
em caráter temporário ou permanente. É lógico que, para cada tipo de deficiência as soluções são
distintas. Neste artigo far-se-á um recorte da situação abrangendo apenas uma categoria de
deficientes físicos, que necessitam do emprego de cadeiras de rodas para sua locomoção.
1.1 Contexto da questão
De acordo com Lima et al (2007), os vários tipos de deficientes (motores, mentais,
visuais, auditivos etc.) estão classificados em dois grandes grupos:
•

Aqueles que têm ciência de sua condição e de suas possibilidades (pouco dependentes);

•

Aqueles que não têm consciência sequer da própria debilidade (muito dependentes).
As pessoas situadas no grupo de “pouco dependentes” poderiam ter suas vidas bem

mais fáceis se houvesse uma maior preocupação com os equipamentos a eles dispostos,
consubstanciados por uma adequada acessibilidade aos mesmos.
4
Atualmente, o trabalho e a autonomia são cada vez mais importantes na vida dos
seres humanos, onde o estresse e as várias obrigações do dia a dia estão gerando pessoas cada
vez mais ocupadas e necessárias de independência.
Esse projeto teve como foco essa questão, com o qual se buscou realizar uma análise
das condições de acessibilidade no ambiente externo e interno a prédios / residências, que serão
descritos a seguir.
1.2 Objetivo
Analisar a acessibilidade no ambiente externo e interno a prédios / residências, tendo
como base a norma ABNT NBR 9050.
Descrever os quesitos de acessibilidade a serem considerados em uma avaliação de
um prédio / residência de modo a contribuir para a sustentabilidade, com foco na restrição de
acesso a esses locais.
Em seguida pontuar esses quesitos, explicando a importância de cada pontuação e
usando informações contidas no artigo de Vasconcellos e Motta (2008), que determina
indicadores de sustentabilidade com relação à acessibilidade fazendo um paralelo com o
CASBEE.
2.

REVISÃO DA LITERATURA SOBRE O INDICADOR DE ACESSIBILIDADE

2.1 Definições Básicas
De acordo com a norma brasileira ABNT NBR 9050, seguem as seguintes definições
básicas:
Acessibilidade: Possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização
com segurança e autonomia de edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano e elementos.
Acessível: Espaço, edificação, mobiliário, equipamento urbano ou elemento que possa ser
alcançado, acionado, utilizado e vivenciado por qualquer pessoa, inclusive aquelas com
mobilidade reduzida. O termo acessível implica tanto acessibilidade física como de
comunicação.
2.2 Pesquisa de Indicadores de Sustentabilidade em Edificações
Parafraseando Vasconcellos e Motta (2008), o Decreto-lei 5296 de 2004 que
regulamenta a Lei 10098 de 19/12/2000, e que dá “força de Lei” a norma brasileira NBR 9050,
5
que trata das questões relativas à acessibilidade no espaço urbano e espaço arquitetônico,
conceitua e estabelece parâmetros com vistas a atender simultaneamente a todas as pessoas, com
diferentes características antropométricas e sensoriais de forma autônoma, segura e confortável.
Coloca o foco em especial, nos elementos ou soluções que compõem a acessibilidade, entendida
como: possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, dos
espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e dos sistemas e
meios de comunicação, por pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.
Vasconcellos e Motta (2008) redigiu um artigo cujo objetivo era a elaboração de uma
análise entre o CASBEE - Comprehensive Assessment System for Building Environmental
Efficiency – e os parâmetros brasileiros que regem a questão da acessibilidade nas edificações
brasileiras.
De acordo com o contido na Cartilha Promovendo acessibilidade espacial nos
edifícios públicos, editada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), em 2012, a
Constituição Brasileira de 1988 garante o direito de igualdade a todos os cidadãos sem nenhuma
forma de discriminação. Esse direito inclui o acesso à moradia, ao trabalho e a serviços
essenciais como educação e saúde para todas as pessoas, independentemente do sexo, idade, cor,
credo, condição social ou deficiência. Para permitir a inclusão, são necessárias mudanças
culturais e de atitude, além de ações políticas e legislativas, sendo obrigação do Estado garantir
esse direito por meio de sua implementação. Entre as ações necessárias, é fundamental promover
mudanças no ambiente físico para atingir melhores condições de acessibilidade espacial e
permitir a todas as pessoas a realização de atividades desejadas. É importante levar em conta que
um grande número de brasileiros enfrenta diariamente diversos tipos de obstáculos, ou barreiras,
para obter informações, deslocar-se, comunicar-se e utilizar equipamentos e serviços públicos.
Entre esses cidadãos, encontram-se as pessoas com algum tipo de deficiência, que, segundo o
Censo realizado em 2000 são 24,5 milhões de brasileiros e representam 14,5% de nossa
população. Além dessas pessoas, devemos pensar que qualquer um está sujeito, em algum
momento de sua vida, a enfrentar dificuldades para a realização de atividades devido a acidentes,
doenças ou, simplesmente, pelo processo natural de envelhecimento. Utilizar o transporte
público e passar por uma roleta quando se é obeso, usar um terminal bancário com eficiência
tendo dificuldades de visão e mobilidade devido à idade avançada, ou atravessar uma rua mal
pavimentada com um carrinho de bebê, são exemplos de dificuldades que podem atingir
qualquer um.

6
Ainda considerando a mesma Cartilha do MPSC (2012): no caso de pessoas com
deficiências, as dificuldades são permanentes e, muitas vezes, intransponíveis, afetando suas
condições de independência e acesso à cidadania. Devemos ainda considerar que elementos que
passam despercebidos para a maioria das pessoas – tais como um degrau de apenas dez
centímetros de altura numa calçada ou um interfone – podem, respectivamente, impedir o
deslocamento de uma pessoa em cadeira de rodas e barrar o acesso de uma pessoa surda a um
edifício. A maioria dos edifícios, em nossas cidades, foi construída sem considerar as questões
de sua acessibilidade espacial. Essa situação perdura apesar da aprovação recente de novas leis e
normas técnicas devido tanto à complexidade do problema quanto à dificuldade de acesso ao
conhecimento técnico necessário para a sua solução. A falta de uma formação profissional que
contemple esses conteúdos dificulta a compreensão das necessidades advindas das diferentes
deficiências, assim como a elaboração de soluções para organizações espaciais diversas. A
facilidade em compreender os problemas ligados à mobilidade faz com que, muitas vezes, seja
desconsiderada a busca de soluções para problemas mais complexos, tais como acesso à
informação e orientação espacial, especialmente relevante para pessoas com deficiências visuais
ou cognitivas. Para os profissionais de projeto essa lacuna, em seu conhecimento, dificulta,
muitas vezes, colocar em prática as soluções técnicas apresentadas na norma Brasileira de
Acessibilidade (NBR 9050/2004) assim como desenvolver novas soluções para problemas ainda
não normatizados. Por exemplo, a entrada de um edifício de uso público, como um hospital,
além de atender à norma e propiciar boas condições de deslocamento, incluindo rampas e
corrimãos, deve ainda fornecer informação acessível a todos, como pictogramas e textos em
Braille, que podem ser reconhecidos por analfabetos, crianças e pessoas com deficiência visual.
Foi observada nesta pesquisa que a avaliação da acessibilidade no edifício encontrase parametrizada no método CASBEE no item relacionado à avaliação “qualidade do serviço”
(Q-2 Quality of Service), no que ser refere à funcionalidade e usabilidade (1.1 Functionality &
Usability). Apresenta-se detalhado no sub item 1.1.3 , referente à ausência de barreiras e
concepções do Universal design (1.1.3 Barrier-free Planning / universal design).
Segundo esses mesmos autores, o método contempla ainda a forma como a
edificação é percebida pelo seu usuário. Aspectos subjetivos como a promoção da sensação
satisfação e de bem estar, relacionadas à promoção de conforto, são contemplados nesta análise.
Estes aspectos, entretanto, por serem subjetivos, ainda apresentam dificuldades quanto à aferição
(item: “qualidade dos serviços”). Verificou-se que o método CASBEE contempla a análise de
fatores ergonômicos nas edificações, de forma ampla e abrangente, propondo-se à avaliação de
aspectos relevantes à saúde humana inclusive os concernentes à influência de fatores subjetivos
7
tais como: nível de stress, e a influência de aspectos psicológicos. Para locais de trabalho, o
método orienta a observar a existência de áreas para relaxamento, por exemplo.
3.

ANÁLISE DE INDICADORES DE ACESSIBILIDADE

3.1 Critérios de Pontuação para os Quesitos de Acessibilidade
O grupo analisou as normas existentes e avaliou as condições de acesso dos
cadeirantes a uma série de edificações, moradias térreas, moradias de dois pavimentos (sobrados)
e apartamentos, com vistas à facilidade de deslocamento das pessoas nos vários ambientes dessas
construções. O grupo considera também que somente essa avaliação não contempla todas as
questões. Porém, restringiu, nesse primeiro momento, a avaliação dos itens comuns às
construções.
Para os casos em que a restrição de acesso seja em função da capacidade de
locomoção, por hemiplegia ou tetraplegia, podem ser utilizados os quesitos abaixo. Nesse tópico
pontua-se, de 1 a 3, os quesitos, sendo 1 a pior pontuação e 3 a melhor pontuação. Para a
obtenção do indicador final dividiu-se o ambiente em três áreas:
Acessos ao prédio/residência
Ambientes internos
Ambientes externos
Os quesitos principais considerados para cada um desses ambientes, são:
3.1.1

Acesso ao prédio / residência

a) Acesso ao prédio
escada

:

ponto

rampa

:

pontos

escada e rampa

:

pontos

b) Acesso à residência
escada

:

ponto

rampa de acesso

:

pontos

elevador

:

pontos

8
c) Corredores de acesso ao imóvel
Largura dos Corredores

Nota

> 150
≥ 110 e ≤ 140
> 80 e < 100
3.1.2

Ambientes internos

a) Cozinhas
Altura da pia

Nota

> 80
≥ 70 e ≤ 80
> 50 e < 70
Nota: Havendo barra junto à pia acrescentar à pontuação acima:

pontos

b) Área de serviço
b.1) Tanque de lavar roupas
Altura do tanque

Nota

> 80
≥ 70 e ≤ 80
> 50 e < 70
Nota: Havendo barra junto ao tanque acrescentar à pontuação acima:

pontos

b.2) Máquina de lavar roupas
Adaptação

Nota

Sem adaptação
Parcialmente adaptada
Adaptada à deficiência
b.3) Tábua de passar roupa
Adaptação

Nota

Sem adaptação
Parcialmente adaptada
9
Adaptada à deficiência
b.4) Armários
Adaptação

Nota

Sem adaptação
Parcialmente adaptados
Adaptados à deficiência
c) Sala
c.1. Acessos
Largura das Portas

Nota

> 110
≥ 100 e ≤ 110
> 90 e < 100
Nota: Se a porta for provida de barra anti pânico acrescentar à pontuação acima:
c.2) Dimensões internas
Circulações entre o mobiliário

Nota

> 110
≥ 100 e ≤ 110
> 90 e < 100
c.3) Adaptabilidade do mobiliário às deficiências
Adaptação

Nota

Sem adaptação
Parcialmente adaptados
Adaptados à deficiência
d) Quartos

10
d.1) Acessos
Largura das Portas

Nota

> 110
≥ 100 e ≤ 110
> 90 e < 100
Nota: Se a porta for provida de barra ao invés de maçaneta o acrescentar à pontuação acima:
pontos
d.2) Dimensões internas
Circulação entre cama, armário e paredes

Nota

> 110
≥ 100 e ≤ 110
> 90 e < 100
d.3) Armários
Adaptação

Nota

Sem adaptação
Parcialmente adaptados
Adaptados à deficiência
e)

Banheiro
Largura das Portas

Nota

> 110
≥ 100 e ≤ 110
> 90 e < 100
e.1) Box
Dimensões do box

Nota

≥ 120 x 150
≥ 90 x 110
≥ 80 x 90
Nota: Se o Box possuir corrimão de apoio acrescentar à pontuação:

pontos

11
e.2) Vaso sanitário
Altura do Vaso Sanitário

Nota

De 40 a 50cm
De 50 a 60cm
Nota: Se houver barra de apoio ao redor do vaso sanitário acrescentar à pontuação:
Se o vaso sanitário for adaptado acrescentar à pontuação:

pontos

pontos

e.3) Lavatório
Altura do Lavatório

Nota

> 80
≥ 70 e ≤ 80
> 50 e < 70
Nota: Se houver barra de apoio ao redor do vaso sanitário acrescentar à pontuação:
Se o lavatório for adaptado acrescentar à pontuação:

pontos

pontos

e.4) Armários
Adaptação

Nota

Sem adaptação
Parcialmente adaptados
Adaptados à deficiência
Nota: Se os armários forem adaptados, acrescentar à pontuação:

pontos

f) Circulações
Largura do Corredor

Nota

> 120
≥ 100 e ≤ 120
> 80 e < 100
Nota: Se o corredor tiver corrimão acrescentar à pontuação acima:
para corrimão em apenas um lado
para corrimãos em cada lado
Largura das Portas

Nota

> 110
≥ 100 e ≤ 110
12
> 90 e < 100
Nota: Se a porta for provida de barra ao invés de maçaneta acrescenta-se à pontuação acima:
pontos
3.1.3

Ambiente externo

a) Calçada a toda a volta da edificação
Largura da calçada

Nota

> 120
≥ 100 e ≤ 120
> 80 e < 100
b) Característica do piso externo
Piso

Nota

Calçamento Liso
Paralelepípedo
Terra batida
Grama

-

Piso irregular

-

A melhor situação para aquelas pessoas com deficiência de locomoção é a residência
do tipo loft, onde não há compartimentações entre os cômodos, apenas no banheiro, permitindo o
fácil deslocar. Porém, esse tipo de construção ainda é elitizada, razão pela qual a opção pela
avaliação dos cômodos, de per-sí ainda é a melhor.

13
A composição final dos pontos da edificação, de acordo com a proposta, pode ser
obtida através do somatório das pontuações individuais, como a tabela:
Locais

Item Avaliado

Pontuação Atribuída

Corredores de acesso à unidade
Ambiente Interno
Área de Serviço
Tanque de Lavar Roupas
Cozinha
Máquina de Lavar Roupas
Tábua de Passar
Armários
Acessos
Sala
Dimensões internas
Adaptabilidade do mobiliário
Acessos
Quartos
Dimensões internas
Armários
Box
Vaso Sanitário
Banheiro
Lavatório
Armários
Circulações
Calçamento à toda volta
Ambiente Externo
Piso externo
Total de Pontos (incluindo os fatores de ampliação de pontos)
Acesso à edificação

14
4. CONCLUSÃO
Vários são os aspectos que devem ser considerados na vida de um deficiente físico,
ou melhor, de pessoas que apresentem algum tipo de restrição motora, auditiva, visual, sensorial,
neurológica, ou outra. São pessoas estigmatizadas pela vida ou pelas circunstâncias e que, têm
como nós, todos os direitos, igualmente, inclusive o de se locomoverem.
Restringir-lhes a locomoção é restringir-lhes a ACESSIBILIDADE. Por serem em
menor número do que as pessoas ditas ”normais” quase sempre as regras não são aplicadas se
não houver pressão.
Constroem-se prédios com varandas cada vez mais imponentes e quartos onde as
portas dos armários terminam por encostar-se às camas ou mesas de cabeceira. Cozinhas onde
quando a porta da geladeira é aberta o acesso à área de serviço é dificultado. A lógica é que se
privilegiam as áreas mais nobres ou as ditas sociais, em detrimento das demais. Como os quartos
são utilizados somente para dormir o espaço é redistribuído para a sala ou varanda. É a lógica do
mercado imobiliário, que define o produto que quer comprar. Poucos são os projetos voltados às
pessoas com algum tipo de restrição. Os hotéis, como nas demais edificações também
apresentam esse tipo de restrição, talvez em menor proporção, já que o objetivo primeiro é o de
oferecer adequadas condições de conforto aos seus hóspedes. Mas, ainda se encontram banheiros
com banheiras ao invés de box, banheiros com pisos escorregadios, quartos com carpetes
espessos, que dificultam o trânsito das cadeiras de rodas. Um dos cadeirantes entrevistados
chegou a dizer: (...) para nós, mulheres que somos obrigadas a usar cadeiras de rodas, qualquer
obstáculo é um esforço a mais. As cadeiras de rodas são projetadas com rodas pequenas à frente.
Algumas vezes, até um palito de fósforo no chão dificulta a locomoção. Os tapetes, quanto mais
felpudos mais atrapalham a nossa locomoção. (...)
Navarro (1991) mencionava: O risco para um grande hotel é toda uma situação
capazes de provocar acidentes, perdas materiais, humanas ou de imagem, afetando não só os
hóspedes como toda uma coletividade que coabita em seu interior e redondezas. Algumas
atividades existentes em hotéis, gerenciadas pelos próprios ou sob sua supervisão ou arrendados
a terceiros são:
O hóspede, itinerante por todas essas áreas, está constantemente sujeito a riscos de toda espécie,
causados não somente pelo próprio ambiente como também devido à sua falta de cuidado ou
atenção. Alguns dos acidentes relatados, mais comuns, são:

15
Na conclusão do artigo é dito: Em todo projeto de um novo hotel e mesmo durante
revisões de projetos para ampliações, nunca é demais preocupar-se com os riscos e suas
consequências. Muitas vezes uma situação absurda é a que termina ocorrendo. (...)
A legislação brasileira que rege a questão da acessibilidade no Brasil apresenta
conceitos sobre os critérios de avaliação de sustentabilidade apresentados em panorama mundial,
como no caso do método CASBEE.
Sendo assim, a acessibilidade encontra-se inserida indiretamente como critério de
pontuação de edificações sustentáveis no método CASBEE, conforme apresentado no item 2.2
deste documento. De acordo com Vasconcellos e Motta (2008), o método CASBEE apresenta-se
como uma ferramenta interessante para a avaliação de edificações sustentáveis quanto ao critério
de acessibilidade e Desenho Universal.
Diante da importância do tema aqui abordado, foi elaborada uma relação de quesitos
de acessibilidade a serem considerados em uma avaliação de um prédio / residência de modo a
contribuir para a sustentabilidade. Em seguida, esses quesitos foram pontuados levando em
consideração a norma ABNT NBR 9050.
Torna-se importante recordar que a questão de acessibilidade deve ser ampliada para
a análise do mobiliário e dos acessórios das construções, pois são tão importantes quanto a
avaliação física da construção. A mesma dificuldade que o cadeirante tem ao entrar em um
banheiro de pequenas dimensões terá também ao passar ferro elétrico em uma tábua de passar
não apropriada, assim como de ter que guardar a louça lavada nos armários, ou trazer as compras
do supermercado e as guardas nos armários. Essa visão de acessibilidade deve levar em
consideração que esse ser humano tem que ter qualidade de vida e agir como todos os demais
seres têm capacidade de fazê-lo.
A melhor situação para aquelas pessoas com deficiência de locomoção é a residência
do tipo loft, onde não há compartimentações entre os cômodos, apenas no banheiro, permitindo o
fácil deslocar. Porém, esse tipo de construção ainda é elitizada, razão pela qual a opção pela
avaliação dos cômodos, de per-sí ainda é a melhor.
A acessibilidade deve ser vista sob todos os ângulos quando são elaborados os
projetos. Na área de hotelaria, será que os hóspedes são identificados em função da restrição que
apresentam? Será que durante uma evacuação do edifício decorrente de um princípio de incêndio
os hóspedes que têm restrições são os primeiros a ser assistidos e sair do prédio? Para onde irão
aqueles que têm restrição em caso de incêndio ou outro sinistro? Essa é uma pergunta que todos
16
devem se fazer. Não adianta apenas dotar os espaços de meios que possibilitem a locomoção.
Deve-se pensar também na questão de deslocar-se esses seres humanos em momentos críticos.
Um cadeirante pode frequentar uma sauna de hotel? Um cadeirante pode frequentar uma piscina
de hotel? Se for assistido, talvez. Caso não, será bem difícil.
Concluiu-se que, uma vez que as edificações brasileiras estejam atendendo as
determinações estabelecidas pela legislação e normas brasileiras no que concerne à
acessibilidade, estas estarão em boas condições para obterem pontuação como edificações
sustentáveis pelo método CASBEE, com relação ao quesito de acessibilidade.
O tema acessibilidade ainda é vista como uma questão relacionada a acessos, ou
seja, locomoção, ir e vir. Ocorre que como a questão é bem ampla, podendo contemplar outros
aspectos como o da permanência da pessoa portadora de algum tipo de deficiência ou de
necessidades especiais. Assim, a lista de itens a serem avaliados passa a ser bem maior, como
por exemplo:
∗

Os elevadores possuem indicações adequadas nos botões de comando e esses se encontram a
altura que possibilite o controle por qualquer pessoa? (antigamente os botões de comando
situavam-se a maior altura para evitar que as crianças pudessem toca-los);

∗

Os interruptores e tomadas estão posicionados de maneira que sejam facilmente acessados?

∗

Os quadros elétricos, registros e outros dispositivos de controle e comando do ambiente
estão posicionados em local de fácil acesso? (há registros posicionados acima das pias,
painéis elétricos atrás de portas, etc.)
A lista de necessidades é bem grande, já que é grande também a quantidade de

sintomatologias e problemas físicos, mentais e outros, que terminam por restringir as pessoas.
Desta maneira, a visão deve ser estendida, principalmente em ambientes públicos, dentre os
quais os hotéis e restaurantes. Especificamente quanto a esses, ainda se privilegiam a quantidade
de mesas nos ambientes, ao invés de alternativas que levem em consideração as condições de
conforto/ergonomia e de trânsito entre essas, que terminam por reduzir a oferta de mesas. Há que
se considerar que deve existir um meio termo, que, infelizmente, provoca segregação ou
constrangimento, quando se disponibilizam espaços especiais. Talvez esse seja o ônus da
questão.
Os quesitos de certificação, qualquer que seja a técnica adotada, deve servir apenas
como um parâmetro que irá balizar um projeto, da mesma forma que o atendimento a uma
legislação. Quando se menciona acessibilidade está se referindo a um conjunto de conceitos onde
17
se sela em consideração a possibilidade da pessoa portadora de necessidades especiais
locomover-se com segurança. As normas não devem apenas servir para serem cumpridas, e sim,
para serem suplantadas.

18
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NBR 9050. Acessibilidade de
Pessoas Portadores de Deficiências a Edificações, Espaço, Mobiliário e Equipamentos Urbanos.
Comprehensive Assessment System for Building Environmental Efficiency CASBEE for New
Construction - Technical Manual 2004 Edition
Dischinger, M.. Promovendo acessibilidade espacial nos edifícios públicos: Programa de
Acessibilidade às Pessoas com Deficiência ou Mobilidade Reduzida nas Edificações de Uso
Público / Marta Dischinger, Vera Helena Moro Bins Ely, Sonia Maria Demeda Groisman Piardi.
– Florianópolis : MPSC, 2012. 161 p.: il., tabs., mapas
LIMA, João Ademar de Andrade, LUCAS, Eduardo Araújo, NETO, Francisco Fernandes da
Cunha, DUDA, Glauco Feitosa. Análise de Acessibilidade a Prédios Públicos de Campina
Grande com Base na ABNT Nbr 9050. EnPAC – Encontro de Produção Acadêmico-Científica,
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Indicadores de acessibilidade para avaliação de edificações

  • 1. ANTONIO FERNANDO NAVARRO, M.SC1 EUNICE MANCEBO, M.SC2 MIRIAM PICININI MEXAS, M.SC3 ORLANDO LONGO, D.SC.4 ANA L. T. SEROA DA MOTTA, D.SC.5 INDICADORES DE ACESSIBILIDADE PARA EDIFICAÇÕES COMERCIAIS E RESIDENCIAIS A CLASSIFICAÇÃO DAS Trabalho realizado para a disciplina de Habitação Sustentável, ministrada pela Profª. Drª. Ana Lúcia Torres Seroa da Motta, professora do curso de Doutorado em Engenharia Civil da Universidade Federal Fluminense. Niterói-RJ 30/Nov/2009 1 Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho, Mestre em Saúde e Meio Ambiente, Especialista em Gerenciamento de Riscos, Doutorando do programa de pós-graduaçao em Engenharia Civil da Universidade Federal Fluminense 2 Docente e Chefe do Departamento de Turismo e Patrimonio da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, doutoranda do programa de pós-graduaçao em Engenharia Civil da Universidade Federal Fluminense 3 Doutoranda do programa de pós-graduaçao em Engenharia Civil da Universidade Federal Fluminense 4 Docente e Coordenador do Programa de Pós-Graduaçao em Engenharia Civil da Universidade Federal Fluminense 5 Docente do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal Fluminense 1
  • 2. INDICADORES DE ACESSIBILIDADE PARA EDIFICAÇÕES COMERCIAIS E RESIDENCIAIS A CLASSIFICAÇÃO DAS 1. RESUMO: As questões relativas a acessibilidade nunca foram objeto de consenso, principalmente em projetos de edificações, como as voltadas ao ramo de hotelaria, isso porque o que poderia ser normal, o ir e vir de executivos durante um período e famílias em outros períodos, não levava em consideração as eventuais restrições que uma pessoa poderia ter. E quais seriam essas? A resposta em primeiro lugar era a da cegueira. Ocorre que existem inúmeras outras, temporárias ou permanentes, parciais ou totais que devem ser consideradas. Um recém operado de catarata (opacificação do cristalino do olho por traumatismo, como o causado por radiação ou eletricidade, ou por idade), possui uma restrição momentânea até que possa tirar sua venda e poder enxergar. Uma pessoa que faça uso de uma muleta em função de uma cirurgia e também uma restrição temporária. Hoje é mais comum perceber-se que quando se faz a mesma pergunta anterior vêm à mente das pessoas o “cadeirante”, tido como a pessoa que faz uso de uma cadeira de rodas para sua locomoção. A norma da ABNT, NBR 9050, em sua última versão (30/12/2005), trata da Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, buscando traçar um guia para o tratamento dessas questões. Com base nessa norma, e nas avaliações de indicadores de edificações definidos CASBEE (Comprehensive Assessment System for Building Environmental Efficiency) Technical Manual 2007 Edition, for Home (detached House), e em vista da existência de lacunas que pudessem ser melhor exploradas na avaliação da eficiência de edificações, procurou-se estabelecer alguns indicadores de indicadores de acessibilidade para a avaliação das construções à adequação de seus projetos a essas necessidades específicas. O artigo aborda, com maior ênfase, esses aspectos voltados a hotéis, por serem construções que recebem pessoas com vários tipos de restrições, motoras, intelectuais ou físicas. Aos indicadores apresentados podem ser agregados outros relativos à análise de demais fatores construtivos e os relacionados às questões de sustentabilidade. PALAVRAS-CHAVES: Acessibilidade, edificações, critérios de avaliação da eficiência das edificações 2
  • 3. ABSTRACT: The issue of accessibility to buildings has always been more with a sense of obligation or favor than with the sense of the right to citizenship, and the right to "come and go". Many of the actions started with public authorities through punctual actions, such as ramps at corners of streets for the descent of the wheelchair accessible, construction of physical obstacles so that the visually impaired were not with poles with public telephones (pay phones), the placement of podotacteis floors, to alert and signalling of people with visual impairments, among others. Great of the ramps did not the width of a wheelchair, considering the wheelbase, and the need of these people can be assisted or accompanied by other people. In other cases, the slope of the ramps made those who did not have the physical strength needed to travel alone, so that they should seek the help of third parties, which the embarrassed him. Still realizes that the question of accessibility is strongly associated with the disabled, hemiplégicos or requiring paraplegics move through wheelchairs. However, there are other human beings who have accessibility problems, either due to blindness or visual impairment, chronic lack of physical strength that disable an offset through stairs, or congenital physical defects caused by accidents, among other disabling injuries. The ABNT NBR 9050 which deals with the accessibility to buildings, furniture, urban equipment and spaces, defines disability as: reduction, limitation or lack of perception of the characteristics of the environment or of mobility and use of buildings, space, furniture, urban equipment and elements, in a temporary or permanent basis. It stands to reason that, for each type of disability are distinct solutions. In this article will be a snip of the situation covering only one category of disabled people, that require the use of wheelchairs to his mobility aid. KEYWORDS: Accessibility, buildings, evaluation criteria of efficiency of buildings 3
  • 4. 1. INTRODUÇÃO A questão de Acessibilidade às edificações sempre foi vista mais com o sentido da obrigação ou o favor do que com o sentido do direito à Cidadania, e do direito de "ir e vir". Muitas das ações se iniciaram com o Poder Público através de ações pontuais, como por exemplo, rampas em esquinas de ruas para a descida dos cadeirantes, construção de obstáculos físicos para que os deficientes visuais não colidissem com postes com telefones públicos (Orelhões), a colocação de pisos podotacteis, para alerta e sinalização dos portadores de deficiências visuais, entre outras. Grande das rampas não comportava a largura de uma cadeira de rodas, considerando a distância entre eixos, e a necessidade de essas pessoas poderem ser assistidas ou acompanhadas por outras pessoas. Em outros casos, a inclinação das rampas dificultava aqueles que não tinham a força física necessária para se deslocarem sozinhos, fazendo com que viessem a solicitar a ajuda de terceiros, situação essa que os constrangia em demasia. Ainda se percebe que a questão de acessibilidade está fortemente associada aos deficientes físicos, hemiplégicos ou paraplégicos que necessitem se deslocar através de cadeiras de rodas. Contudo, há outros seres humanos que têm problemas de acessibilidade, seja em função de cegueira ou deficiência visual crônica, da falta de vigor físico que o incapacite a um deslocamento através de escadas, de defeitos físicos congênitos ou provocados por acidentes, entre outras lesões incapacitantes. A Norma da ABNT NBR 9050 que trata da Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, define a deficiência como: Redução, limitação ou inexistência das condições de percepção das características do ambiente ou de mobilidade e de utilização de edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano e elementos, em caráter temporário ou permanente. É lógico que, para cada tipo de deficiência as soluções são distintas. Neste artigo far-se-á um recorte da situação abrangendo apenas uma categoria de deficientes físicos, que necessitam do emprego de cadeiras de rodas para sua locomoção. 1.1 Contexto da questão De acordo com Lima et al (2007), os vários tipos de deficientes (motores, mentais, visuais, auditivos etc.) estão classificados em dois grandes grupos: • Aqueles que têm ciência de sua condição e de suas possibilidades (pouco dependentes); • Aqueles que não têm consciência sequer da própria debilidade (muito dependentes). As pessoas situadas no grupo de “pouco dependentes” poderiam ter suas vidas bem mais fáceis se houvesse uma maior preocupação com os equipamentos a eles dispostos, consubstanciados por uma adequada acessibilidade aos mesmos. 4
  • 5. Atualmente, o trabalho e a autonomia são cada vez mais importantes na vida dos seres humanos, onde o estresse e as várias obrigações do dia a dia estão gerando pessoas cada vez mais ocupadas e necessárias de independência. Esse projeto teve como foco essa questão, com o qual se buscou realizar uma análise das condições de acessibilidade no ambiente externo e interno a prédios / residências, que serão descritos a seguir. 1.2 Objetivo Analisar a acessibilidade no ambiente externo e interno a prédios / residências, tendo como base a norma ABNT NBR 9050. Descrever os quesitos de acessibilidade a serem considerados em uma avaliação de um prédio / residência de modo a contribuir para a sustentabilidade, com foco na restrição de acesso a esses locais. Em seguida pontuar esses quesitos, explicando a importância de cada pontuação e usando informações contidas no artigo de Vasconcellos e Motta (2008), que determina indicadores de sustentabilidade com relação à acessibilidade fazendo um paralelo com o CASBEE. 2. REVISÃO DA LITERATURA SOBRE O INDICADOR DE ACESSIBILIDADE 2.1 Definições Básicas De acordo com a norma brasileira ABNT NBR 9050, seguem as seguintes definições básicas: Acessibilidade: Possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização com segurança e autonomia de edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano e elementos. Acessível: Espaço, edificação, mobiliário, equipamento urbano ou elemento que possa ser alcançado, acionado, utilizado e vivenciado por qualquer pessoa, inclusive aquelas com mobilidade reduzida. O termo acessível implica tanto acessibilidade física como de comunicação. 2.2 Pesquisa de Indicadores de Sustentabilidade em Edificações Parafraseando Vasconcellos e Motta (2008), o Decreto-lei 5296 de 2004 que regulamenta a Lei 10098 de 19/12/2000, e que dá “força de Lei” a norma brasileira NBR 9050, 5
  • 6. que trata das questões relativas à acessibilidade no espaço urbano e espaço arquitetônico, conceitua e estabelece parâmetros com vistas a atender simultaneamente a todas as pessoas, com diferentes características antropométricas e sensoriais de forma autônoma, segura e confortável. Coloca o foco em especial, nos elementos ou soluções que compõem a acessibilidade, entendida como: possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e dos sistemas e meios de comunicação, por pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. Vasconcellos e Motta (2008) redigiu um artigo cujo objetivo era a elaboração de uma análise entre o CASBEE - Comprehensive Assessment System for Building Environmental Efficiency – e os parâmetros brasileiros que regem a questão da acessibilidade nas edificações brasileiras. De acordo com o contido na Cartilha Promovendo acessibilidade espacial nos edifícios públicos, editada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), em 2012, a Constituição Brasileira de 1988 garante o direito de igualdade a todos os cidadãos sem nenhuma forma de discriminação. Esse direito inclui o acesso à moradia, ao trabalho e a serviços essenciais como educação e saúde para todas as pessoas, independentemente do sexo, idade, cor, credo, condição social ou deficiência. Para permitir a inclusão, são necessárias mudanças culturais e de atitude, além de ações políticas e legislativas, sendo obrigação do Estado garantir esse direito por meio de sua implementação. Entre as ações necessárias, é fundamental promover mudanças no ambiente físico para atingir melhores condições de acessibilidade espacial e permitir a todas as pessoas a realização de atividades desejadas. É importante levar em conta que um grande número de brasileiros enfrenta diariamente diversos tipos de obstáculos, ou barreiras, para obter informações, deslocar-se, comunicar-se e utilizar equipamentos e serviços públicos. Entre esses cidadãos, encontram-se as pessoas com algum tipo de deficiência, que, segundo o Censo realizado em 2000 são 24,5 milhões de brasileiros e representam 14,5% de nossa população. Além dessas pessoas, devemos pensar que qualquer um está sujeito, em algum momento de sua vida, a enfrentar dificuldades para a realização de atividades devido a acidentes, doenças ou, simplesmente, pelo processo natural de envelhecimento. Utilizar o transporte público e passar por uma roleta quando se é obeso, usar um terminal bancário com eficiência tendo dificuldades de visão e mobilidade devido à idade avançada, ou atravessar uma rua mal pavimentada com um carrinho de bebê, são exemplos de dificuldades que podem atingir qualquer um. 6
  • 7. Ainda considerando a mesma Cartilha do MPSC (2012): no caso de pessoas com deficiências, as dificuldades são permanentes e, muitas vezes, intransponíveis, afetando suas condições de independência e acesso à cidadania. Devemos ainda considerar que elementos que passam despercebidos para a maioria das pessoas – tais como um degrau de apenas dez centímetros de altura numa calçada ou um interfone – podem, respectivamente, impedir o deslocamento de uma pessoa em cadeira de rodas e barrar o acesso de uma pessoa surda a um edifício. A maioria dos edifícios, em nossas cidades, foi construída sem considerar as questões de sua acessibilidade espacial. Essa situação perdura apesar da aprovação recente de novas leis e normas técnicas devido tanto à complexidade do problema quanto à dificuldade de acesso ao conhecimento técnico necessário para a sua solução. A falta de uma formação profissional que contemple esses conteúdos dificulta a compreensão das necessidades advindas das diferentes deficiências, assim como a elaboração de soluções para organizações espaciais diversas. A facilidade em compreender os problemas ligados à mobilidade faz com que, muitas vezes, seja desconsiderada a busca de soluções para problemas mais complexos, tais como acesso à informação e orientação espacial, especialmente relevante para pessoas com deficiências visuais ou cognitivas. Para os profissionais de projeto essa lacuna, em seu conhecimento, dificulta, muitas vezes, colocar em prática as soluções técnicas apresentadas na norma Brasileira de Acessibilidade (NBR 9050/2004) assim como desenvolver novas soluções para problemas ainda não normatizados. Por exemplo, a entrada de um edifício de uso público, como um hospital, além de atender à norma e propiciar boas condições de deslocamento, incluindo rampas e corrimãos, deve ainda fornecer informação acessível a todos, como pictogramas e textos em Braille, que podem ser reconhecidos por analfabetos, crianças e pessoas com deficiência visual. Foi observada nesta pesquisa que a avaliação da acessibilidade no edifício encontrase parametrizada no método CASBEE no item relacionado à avaliação “qualidade do serviço” (Q-2 Quality of Service), no que ser refere à funcionalidade e usabilidade (1.1 Functionality & Usability). Apresenta-se detalhado no sub item 1.1.3 , referente à ausência de barreiras e concepções do Universal design (1.1.3 Barrier-free Planning / universal design). Segundo esses mesmos autores, o método contempla ainda a forma como a edificação é percebida pelo seu usuário. Aspectos subjetivos como a promoção da sensação satisfação e de bem estar, relacionadas à promoção de conforto, são contemplados nesta análise. Estes aspectos, entretanto, por serem subjetivos, ainda apresentam dificuldades quanto à aferição (item: “qualidade dos serviços”). Verificou-se que o método CASBEE contempla a análise de fatores ergonômicos nas edificações, de forma ampla e abrangente, propondo-se à avaliação de aspectos relevantes à saúde humana inclusive os concernentes à influência de fatores subjetivos 7
  • 8. tais como: nível de stress, e a influência de aspectos psicológicos. Para locais de trabalho, o método orienta a observar a existência de áreas para relaxamento, por exemplo. 3. ANÁLISE DE INDICADORES DE ACESSIBILIDADE 3.1 Critérios de Pontuação para os Quesitos de Acessibilidade O grupo analisou as normas existentes e avaliou as condições de acesso dos cadeirantes a uma série de edificações, moradias térreas, moradias de dois pavimentos (sobrados) e apartamentos, com vistas à facilidade de deslocamento das pessoas nos vários ambientes dessas construções. O grupo considera também que somente essa avaliação não contempla todas as questões. Porém, restringiu, nesse primeiro momento, a avaliação dos itens comuns às construções. Para os casos em que a restrição de acesso seja em função da capacidade de locomoção, por hemiplegia ou tetraplegia, podem ser utilizados os quesitos abaixo. Nesse tópico pontua-se, de 1 a 3, os quesitos, sendo 1 a pior pontuação e 3 a melhor pontuação. Para a obtenção do indicador final dividiu-se o ambiente em três áreas: Acessos ao prédio/residência Ambientes internos Ambientes externos Os quesitos principais considerados para cada um desses ambientes, são: 3.1.1 Acesso ao prédio / residência a) Acesso ao prédio escada : ponto rampa : pontos escada e rampa : pontos b) Acesso à residência escada : ponto rampa de acesso : pontos elevador : pontos 8
  • 9. c) Corredores de acesso ao imóvel Largura dos Corredores Nota > 150 ≥ 110 e ≤ 140 > 80 e < 100 3.1.2 Ambientes internos a) Cozinhas Altura da pia Nota > 80 ≥ 70 e ≤ 80 > 50 e < 70 Nota: Havendo barra junto à pia acrescentar à pontuação acima: pontos b) Área de serviço b.1) Tanque de lavar roupas Altura do tanque Nota > 80 ≥ 70 e ≤ 80 > 50 e < 70 Nota: Havendo barra junto ao tanque acrescentar à pontuação acima: pontos b.2) Máquina de lavar roupas Adaptação Nota Sem adaptação Parcialmente adaptada Adaptada à deficiência b.3) Tábua de passar roupa Adaptação Nota Sem adaptação Parcialmente adaptada 9
  • 10. Adaptada à deficiência b.4) Armários Adaptação Nota Sem adaptação Parcialmente adaptados Adaptados à deficiência c) Sala c.1. Acessos Largura das Portas Nota > 110 ≥ 100 e ≤ 110 > 90 e < 100 Nota: Se a porta for provida de barra anti pânico acrescentar à pontuação acima: c.2) Dimensões internas Circulações entre o mobiliário Nota > 110 ≥ 100 e ≤ 110 > 90 e < 100 c.3) Adaptabilidade do mobiliário às deficiências Adaptação Nota Sem adaptação Parcialmente adaptados Adaptados à deficiência d) Quartos 10
  • 11. d.1) Acessos Largura das Portas Nota > 110 ≥ 100 e ≤ 110 > 90 e < 100 Nota: Se a porta for provida de barra ao invés de maçaneta o acrescentar à pontuação acima: pontos d.2) Dimensões internas Circulação entre cama, armário e paredes Nota > 110 ≥ 100 e ≤ 110 > 90 e < 100 d.3) Armários Adaptação Nota Sem adaptação Parcialmente adaptados Adaptados à deficiência e) Banheiro Largura das Portas Nota > 110 ≥ 100 e ≤ 110 > 90 e < 100 e.1) Box Dimensões do box Nota ≥ 120 x 150 ≥ 90 x 110 ≥ 80 x 90 Nota: Se o Box possuir corrimão de apoio acrescentar à pontuação: pontos 11
  • 12. e.2) Vaso sanitário Altura do Vaso Sanitário Nota De 40 a 50cm De 50 a 60cm Nota: Se houver barra de apoio ao redor do vaso sanitário acrescentar à pontuação: Se o vaso sanitário for adaptado acrescentar à pontuação: pontos pontos e.3) Lavatório Altura do Lavatório Nota > 80 ≥ 70 e ≤ 80 > 50 e < 70 Nota: Se houver barra de apoio ao redor do vaso sanitário acrescentar à pontuação: Se o lavatório for adaptado acrescentar à pontuação: pontos pontos e.4) Armários Adaptação Nota Sem adaptação Parcialmente adaptados Adaptados à deficiência Nota: Se os armários forem adaptados, acrescentar à pontuação: pontos f) Circulações Largura do Corredor Nota > 120 ≥ 100 e ≤ 120 > 80 e < 100 Nota: Se o corredor tiver corrimão acrescentar à pontuação acima: para corrimão em apenas um lado para corrimãos em cada lado Largura das Portas Nota > 110 ≥ 100 e ≤ 110 12
  • 13. > 90 e < 100 Nota: Se a porta for provida de barra ao invés de maçaneta acrescenta-se à pontuação acima: pontos 3.1.3 Ambiente externo a) Calçada a toda a volta da edificação Largura da calçada Nota > 120 ≥ 100 e ≤ 120 > 80 e < 100 b) Característica do piso externo Piso Nota Calçamento Liso Paralelepípedo Terra batida Grama - Piso irregular - A melhor situação para aquelas pessoas com deficiência de locomoção é a residência do tipo loft, onde não há compartimentações entre os cômodos, apenas no banheiro, permitindo o fácil deslocar. Porém, esse tipo de construção ainda é elitizada, razão pela qual a opção pela avaliação dos cômodos, de per-sí ainda é a melhor. 13
  • 14. A composição final dos pontos da edificação, de acordo com a proposta, pode ser obtida através do somatório das pontuações individuais, como a tabela: Locais Item Avaliado Pontuação Atribuída Corredores de acesso à unidade Ambiente Interno Área de Serviço Tanque de Lavar Roupas Cozinha Máquina de Lavar Roupas Tábua de Passar Armários Acessos Sala Dimensões internas Adaptabilidade do mobiliário Acessos Quartos Dimensões internas Armários Box Vaso Sanitário Banheiro Lavatório Armários Circulações Calçamento à toda volta Ambiente Externo Piso externo Total de Pontos (incluindo os fatores de ampliação de pontos) Acesso à edificação 14
  • 15. 4. CONCLUSÃO Vários são os aspectos que devem ser considerados na vida de um deficiente físico, ou melhor, de pessoas que apresentem algum tipo de restrição motora, auditiva, visual, sensorial, neurológica, ou outra. São pessoas estigmatizadas pela vida ou pelas circunstâncias e que, têm como nós, todos os direitos, igualmente, inclusive o de se locomoverem. Restringir-lhes a locomoção é restringir-lhes a ACESSIBILIDADE. Por serem em menor número do que as pessoas ditas ”normais” quase sempre as regras não são aplicadas se não houver pressão. Constroem-se prédios com varandas cada vez mais imponentes e quartos onde as portas dos armários terminam por encostar-se às camas ou mesas de cabeceira. Cozinhas onde quando a porta da geladeira é aberta o acesso à área de serviço é dificultado. A lógica é que se privilegiam as áreas mais nobres ou as ditas sociais, em detrimento das demais. Como os quartos são utilizados somente para dormir o espaço é redistribuído para a sala ou varanda. É a lógica do mercado imobiliário, que define o produto que quer comprar. Poucos são os projetos voltados às pessoas com algum tipo de restrição. Os hotéis, como nas demais edificações também apresentam esse tipo de restrição, talvez em menor proporção, já que o objetivo primeiro é o de oferecer adequadas condições de conforto aos seus hóspedes. Mas, ainda se encontram banheiros com banheiras ao invés de box, banheiros com pisos escorregadios, quartos com carpetes espessos, que dificultam o trânsito das cadeiras de rodas. Um dos cadeirantes entrevistados chegou a dizer: (...) para nós, mulheres que somos obrigadas a usar cadeiras de rodas, qualquer obstáculo é um esforço a mais. As cadeiras de rodas são projetadas com rodas pequenas à frente. Algumas vezes, até um palito de fósforo no chão dificulta a locomoção. Os tapetes, quanto mais felpudos mais atrapalham a nossa locomoção. (...) Navarro (1991) mencionava: O risco para um grande hotel é toda uma situação capazes de provocar acidentes, perdas materiais, humanas ou de imagem, afetando não só os hóspedes como toda uma coletividade que coabita em seu interior e redondezas. Algumas atividades existentes em hotéis, gerenciadas pelos próprios ou sob sua supervisão ou arrendados a terceiros são: O hóspede, itinerante por todas essas áreas, está constantemente sujeito a riscos de toda espécie, causados não somente pelo próprio ambiente como também devido à sua falta de cuidado ou atenção. Alguns dos acidentes relatados, mais comuns, são: 15
  • 16. Na conclusão do artigo é dito: Em todo projeto de um novo hotel e mesmo durante revisões de projetos para ampliações, nunca é demais preocupar-se com os riscos e suas consequências. Muitas vezes uma situação absurda é a que termina ocorrendo. (...) A legislação brasileira que rege a questão da acessibilidade no Brasil apresenta conceitos sobre os critérios de avaliação de sustentabilidade apresentados em panorama mundial, como no caso do método CASBEE. Sendo assim, a acessibilidade encontra-se inserida indiretamente como critério de pontuação de edificações sustentáveis no método CASBEE, conforme apresentado no item 2.2 deste documento. De acordo com Vasconcellos e Motta (2008), o método CASBEE apresenta-se como uma ferramenta interessante para a avaliação de edificações sustentáveis quanto ao critério de acessibilidade e Desenho Universal. Diante da importância do tema aqui abordado, foi elaborada uma relação de quesitos de acessibilidade a serem considerados em uma avaliação de um prédio / residência de modo a contribuir para a sustentabilidade. Em seguida, esses quesitos foram pontuados levando em consideração a norma ABNT NBR 9050. Torna-se importante recordar que a questão de acessibilidade deve ser ampliada para a análise do mobiliário e dos acessórios das construções, pois são tão importantes quanto a avaliação física da construção. A mesma dificuldade que o cadeirante tem ao entrar em um banheiro de pequenas dimensões terá também ao passar ferro elétrico em uma tábua de passar não apropriada, assim como de ter que guardar a louça lavada nos armários, ou trazer as compras do supermercado e as guardas nos armários. Essa visão de acessibilidade deve levar em consideração que esse ser humano tem que ter qualidade de vida e agir como todos os demais seres têm capacidade de fazê-lo. A melhor situação para aquelas pessoas com deficiência de locomoção é a residência do tipo loft, onde não há compartimentações entre os cômodos, apenas no banheiro, permitindo o fácil deslocar. Porém, esse tipo de construção ainda é elitizada, razão pela qual a opção pela avaliação dos cômodos, de per-sí ainda é a melhor. A acessibilidade deve ser vista sob todos os ângulos quando são elaborados os projetos. Na área de hotelaria, será que os hóspedes são identificados em função da restrição que apresentam? Será que durante uma evacuação do edifício decorrente de um princípio de incêndio os hóspedes que têm restrições são os primeiros a ser assistidos e sair do prédio? Para onde irão aqueles que têm restrição em caso de incêndio ou outro sinistro? Essa é uma pergunta que todos 16
  • 17. devem se fazer. Não adianta apenas dotar os espaços de meios que possibilitem a locomoção. Deve-se pensar também na questão de deslocar-se esses seres humanos em momentos críticos. Um cadeirante pode frequentar uma sauna de hotel? Um cadeirante pode frequentar uma piscina de hotel? Se for assistido, talvez. Caso não, será bem difícil. Concluiu-se que, uma vez que as edificações brasileiras estejam atendendo as determinações estabelecidas pela legislação e normas brasileiras no que concerne à acessibilidade, estas estarão em boas condições para obterem pontuação como edificações sustentáveis pelo método CASBEE, com relação ao quesito de acessibilidade. O tema acessibilidade ainda é vista como uma questão relacionada a acessos, ou seja, locomoção, ir e vir. Ocorre que como a questão é bem ampla, podendo contemplar outros aspectos como o da permanência da pessoa portadora de algum tipo de deficiência ou de necessidades especiais. Assim, a lista de itens a serem avaliados passa a ser bem maior, como por exemplo: ∗ Os elevadores possuem indicações adequadas nos botões de comando e esses se encontram a altura que possibilite o controle por qualquer pessoa? (antigamente os botões de comando situavam-se a maior altura para evitar que as crianças pudessem toca-los); ∗ Os interruptores e tomadas estão posicionados de maneira que sejam facilmente acessados? ∗ Os quadros elétricos, registros e outros dispositivos de controle e comando do ambiente estão posicionados em local de fácil acesso? (há registros posicionados acima das pias, painéis elétricos atrás de portas, etc.) A lista de necessidades é bem grande, já que é grande também a quantidade de sintomatologias e problemas físicos, mentais e outros, que terminam por restringir as pessoas. Desta maneira, a visão deve ser estendida, principalmente em ambientes públicos, dentre os quais os hotéis e restaurantes. Especificamente quanto a esses, ainda se privilegiam a quantidade de mesas nos ambientes, ao invés de alternativas que levem em consideração as condições de conforto/ergonomia e de trânsito entre essas, que terminam por reduzir a oferta de mesas. Há que se considerar que deve existir um meio termo, que, infelizmente, provoca segregação ou constrangimento, quando se disponibilizam espaços especiais. Talvez esse seja o ônus da questão. Os quesitos de certificação, qualquer que seja a técnica adotada, deve servir apenas como um parâmetro que irá balizar um projeto, da mesma forma que o atendimento a uma legislação. Quando se menciona acessibilidade está se referindo a um conjunto de conceitos onde 17
  • 18. se sela em consideração a possibilidade da pessoa portadora de necessidades especiais locomover-se com segurança. As normas não devem apenas servir para serem cumpridas, e sim, para serem suplantadas. 18
  • 19. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NBR 9050. Acessibilidade de Pessoas Portadores de Deficiências a Edificações, Espaço, Mobiliário e Equipamentos Urbanos. Comprehensive Assessment System for Building Environmental Efficiency CASBEE for New Construction - Technical Manual 2004 Edition Dischinger, M.. Promovendo acessibilidade espacial nos edifícios públicos: Programa de Acessibilidade às Pessoas com Deficiência ou Mobilidade Reduzida nas Edificações de Uso Público / Marta Dischinger, Vera Helena Moro Bins Ely, Sonia Maria Demeda Groisman Piardi. – Florianópolis : MPSC, 2012. 161 p.: il., tabs., mapas LIMA, João Ademar de Andrade, LUCAS, Eduardo Araújo, NETO, Francisco Fernandes da Cunha, DUDA, Glauco Feitosa. Análise de Acessibilidade a Prédios Públicos de Campina Grande com Base na ABNT Nbr 9050. EnPAC – Encontro de Produção Acadêmico-Científica, 8 e 9 de novembro de 2007- Facisa – FCM. VASCONCELLOS, Beatriz Cunha, MOTTA, Ana Lúcia Torres Seroa da. Indicadores de Sustentabilidade em Edificações. IV Congresso Nacional de Excelência em Gestão. Niterói RJ. Em 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008. 19