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COMUNICADO
Em reunião realizada no dia 07/03/2015, a Diretoria aprovou dentre outros pontos a publicação de
um boletim “Fatos Urgentes”. Estamos solicitando ajuda dos colegas na divulgação desse boletim,
na sugestão de LOGO e na periodicidade do mesmo. Solicitamos que as coordenações regionais e
professores em geral encaminhem textos, informes de interesse coletivo para a Comunicação os
quais serão divulgados e postados no facebook, no nosso site e também enviados por email. O
objetivo é dinamizar e socializar as informações, bem como as manifestações dos colegas
dispersos pelo Estado de São Saulo.
Com saudações filosóficas,
atenciosamente
DIRETORIA DA APROFFESP
APROFFESP solicita participação no
Foro Estadual de Educação
Ao Professor João Palma filho.
Vimos por meio deste solicitar nossa
participação no Foro Estadual de Educação,
como entidade representativa dos
professores de filosofia e filósofos do Estado
de são Paulo.
Sem mas.
Atenciosamente
Aldo Santos
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CARTA DE ALERTA E REPÚDIO
Tem esta a finalidade chamar a atenção para
dois fatos graves que ocorreram nos últimos tempos e
que colocam em perigo a permanência das disciplinas
Filosofia e Sociologia no currículo do ensino médio e
que apontam para a desvalorização das ciências
humanas em geral.
Primeiramente, repudiamos o Projeto de Lei
N° 6.003/2013, do deputado federal, Izalci Lucas
Ferreira, do PSDB/DF, que propõe alterar os artigos 9,
35 e 36 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, Nº 9.394/1996, de diretrizes e bases da
educação nacional, acabando com a obrigatoriedade do
ensino da Filosofia e da Sociologia como disciplinas no
currículo do Ensino Médio, aprovada que pela Lei
N°11.684/2008, depois de anos de lutas dos
professores em todo o Brasil!
Em seguida, vimos a Presidente da
República, Dilma Rousseff, durante a campanha, numa
entrevista no programa da Globo, “Bom dia Brasil”, em
22/09/2014, fazer uma declaração a respeito de futuras
alterações curriculares que deixou os educadores e
principalmente os professores de Filosofia muito
preocupados. Ao ser indagada pela repórter Ana Paula
Araújo sobre o baixo rendimento dos alunos nas últimas
séries do ensino fundamental e no ensino médio,
segundo as últimas pesquisas, a presidente defendeu a
necessidade de uma reforma curricular, dizendo que a
quantidade de “matérias” do EM é excessiva (doze) e
citou explicitamente as disciplinas Filosofia e Sociologia
como agravantes desse número.
Será que novamente os técnicos do Ministério
da Educação e secretarias estaduais tentarão resolver
os problemas da má qualidade do ensino com a retirada
da Filosofia ou da Sociologia do currículo, tornando-as
de novo o bode expiatório da incompetência pedagógica
e equívocos das políticas educacionais da União e dos
Estados? Iremos reeditar a Lei n° 5.692/71 da ditadura
militar?
Sabemos que os problemas da educação em
nosso país não se resumem na quantidade de
disciplinas no currículo, mas de concepção curricular, o
que supõe a discussão sobre os fundamentos teórico-
metodológicos da educação. E é claro que nós não
concordamos com as concepções tecnicistas
ou “neotecnicista” da educação, que contrapõem a
formação técnica à formação acadêmica, gerando essa
esquizofrenia dualista do sistema público de ensino, ora
enfatizando a preparação técnica para o “mercado de
trabalho”, ora enfatizando a preparação propedêutica
para a universidade, como se fossem coisas estanques
e antagônicas. O problema é outro e muito mais
embaixo!
Concordamos que deva haver uma reforma
profunda no ensino médio, envolvendo não somente os
conteúdos de ensino, mas as condições de trabalho dos
professores, a carreira, os salários, a formação docente,
a infraestrutura das escolas, o apoio, etc. Tirar ou
colocar disciplinas simplesmente não resolve os
problemas da má qualidade da educação brasileira. Se
assim fosse, quando a ditadura militar desobrigou as
escolas do ensino de Filosofia (Lei 5.692/71), a
educação teria melhorado em nosso país; ao contrário,
foi então que a qualidade piorou de forma vertiginosa,
principalmente pela degradação da carreira do
professor, sua péssima remuneração e formação
deficiente.
Portanto, a APROFFESP vem a público repudiar
toda reforma, federal ou estadual, que defenda o viés
tecnicista e tente retirar ou diminuir mais ainda a carga
horária de Filosofia, Sociologia ou qualquer disciplina
formativa do currículo do ensino médio; e conclamamos
todos os professores e educadores em geral para se
unirem em torno das bandeiras históricas que temos
defendido para uma real melhoria da qualidade da
educação pública em nosso país.
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Mês de empoderamento das Mulheres, nas ruas e nas lutas!”
Mais uma vez nos aproximamos aos 8 de março, dia da mulher. Coordenação Regional da
APROFFESP está organizando um mês de atividades, com debates e reflexões sobre o lugar
da mulher na sociedade de classe contemporânea. Sabe-se que a dominação masculina é
anterior ao modo de produção capitalista e ao longo do tempo ela foi responsável por silenciar à
mulher tanto na elaboração quanto na organização da vida social, é por isso que a francesa
Simone de Beauvoir classificou a mulher como o Segundo Sexo. Mesmo vivendo na França dos
anos cinquenta, numa condição de classe média, ela pode ver e viver a discriminação de gênero
daquela sociedade.
O processo histórico de opressão do sexo feminino pelo masculino anulou o papel da
mulher enquanto ser social em favor de uma dominação da sociedade patriarcal. Essa estrutura
de dominação é produto de uma construção social na qual contribuem os agentes específicos
do sexo masculino, os quais realizam diversas formas de violência favorecendo a mentalidade
de que eles têm maiores direitos do que as mulheres, sobretudo no que se refere a sua vida
privada.
Apesar de viver o segundo decênio do século XXI, é comum encontrar nas Redes
Sociais, importante instituição midiática de nosso tempo, páginas machistas intituladas: “eu não
mereço mãe solteira” ou “eu não mereço mulher rodada”. Junto a isso, recentemente o
Deputado Bolsonaro em entrevista ao jornal gaúcho Zero Hora declarou que as empresas
devem pagar menos às mulheres, pois o cuidado com os filhos é de responsabilidade da
mulher. Temas como parto normal, cesárea, interrupção de gravidez, criminalização devido ao
aborto, salários diferentes entre homens e mulheres que ocupam a mesma função no mundo do
trabalho, reacendem o debate e mostram-nos que a mentalidade patriarcal tem se fortalecido,
colocando a mulher num lugar secundário na sociedade contemporânea.
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Neste sentido, importantes instituições como Igrejas e Escolas por meio do aparato do
Estado em sua dinâmica patriarcal-falocêntrica se uniram na difusão de um sistema misógino e
machista que privilegia os homens em detrimento das mulheres. Os registros históricos
comprovam que as mulheres são discriminadas há milênios, com sua presença anulada da
memória social. Mais uma vez é hora de voltarmos às ruas e reivindicarmos a construção de
outra realidade, outro mundo é possível para as mulheres. Nossa busca perpassa por denunciar
e combater toda violência contra a mulher que se expressa nas mais variadas formas:
psicológica, simbólica, patrimonial, institucional, sexual, física, moral.
Reconhecemos que nossa luta é global, o feminismo sempre se posicionou contra as
desigualdades sociais, contra o racismo, a homofobia e o machismo que combinados seguem
explorando a humanidade, fundamentalmente, as mulheres, velhos e crianças. É na trincheira
feminista que nos colocamos! Afinal, nestes tempos neoliberais de perda de direitos sociais e
acumulação de riquezas por parte de poucos, a luta feminista e socialista se põe de modo
contundente e urgente.
Essa utopia orienta a vida de quem não se afastou de sua essência humana, somente
assim avançaremos no rompimento às crises mundiais originadas do modo de produção
capitalista definitivamente responsável pela divisão da humanidade, radicalizada pela divisão
sexual do trabalho.
Nesse contexto, a coordenação Regional da Aproffesp convida você para participar das
atividades do “Mês de Luta da Mulher” que se iniciará no dia.../.../..., com a apresentação do
documentário Acorda Raymundo, ou o filme Alexandria (sugestão), seguido de debate e
finalizado com o Sarau de poesias e músicas em homenagem às mulheres.
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VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
“A violência contra as mulheres
é uma manifestação de relações de poder
historicamente desiguais entre homens e mulheres
que conduzem à dominação e à discriminação
contra as mulheres pelos homens e impedem o
pleno avanço das mulheres” (Declaração sobre a
Eliminação da violência contra as mulheres,
Resolução da Assembleia Geral das Nações
Unidas, dezembro de 1993)
Na definição da Convenção de Belém do Pará
(Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e
Erradicar a Violência Contra a Mulher), adotada
pela Organização dos Estados Americanos (OEA),
em 1994, a violência contra a mulher é “qualquer
ato ou conduta baseada no gênero, que cause
morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou
psicológico à mulher, tanto na esfera pública como
na esfera privada”.
Estou sempre me perguntando: qual a razão de
tanta violência contra a mulher? De onde vêm
tantos motivos para tamanhas crueldades, que não
respeitam fronteiras entre classes sociais, grau de
escolaridade ou profissões?
Embora, muitas vezes, o álcool, as drogas
legais e ilegais, o ciúme e as separações sejam
apontados como fatores que desencadeiam a
violência contra a mulher, na raiz de tudo está a
maneira como a sociedade dá mais valor ao papel
masculino, o que acaba refletindo na educação de
meninos e meninas. A eles, incentivam a valorizar
a agressividade, a força física, a ação, a
dominação e a satisfação dos desejos, inclusive os
sexuais; a elas, a valorizar a beleza, a delicadeza,
a sedução, a submissão, a dependência, o
sentimentalismo, a passividade e o cuidado com os
outros.
Na escalada da violência contra a mulher,
apesar de leis que, teoricamente, visam coibir os
abusos e punir com rigor os agressores – como a
Lei Maria da Penha N. 11340, de 7 de agosto de
2006, por exemplo, e as Delegacias da Mulher -, a
violência contra ela é uma constante em nossa
sociedade e ganha destaque nas páginas policiais
dos veículos de comunicação de alcance nacional,
todos os dias. O que está faltando para que as leis
existentes sejam aplicadas e surtam um efeito
maior nesse trágico cenário da violência a mulher?
A mulher agredida ter coragem para denunciar,
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mas receber, de fato, a proteção do Estado; as
providências serem menos morosas, menos
burocráticas, as punições severas, não deixarem
espaço para a impunidade sobre esta violência? O
que mais está faltando fazer?
Além disso, temos que discutir e combater a
cultura da violência contra a mulher no seio da
própria família, onde os agressores são o pai, o
padrasto, o namorado ou parentes; discuti-la,
permanentemente, na escola, no âmbito dos
seguimentos religiosos, no mundo do trabalho, nos
movimentos sociais, nos sindicatos, nos debates do
parlamento, uma vez que essa violência perpassa
a nossa sociedade ao longo de sua história, para
além das leis que temos, das penas aplicadas,
desafiando a todos.
Por isso, insisto em perguntar: por que a
violência contra a mulher é algo tão forte e
constante em nossa sociedade, sem falar de outras
sociedades, em que também a situação é muito
grave também? Essa violência aterroriza, ganha as
ruas, afronta as leis, as autoridades constituídas,
porque são praticadas na calada na noite,
covardemente, ou à luz do dia, com disfarces
sofisticados ou não, para fugir das punições.
Esta análise que faço aqui é para que todos nós,
de alguma maneira, reflitamos, nos mobilizemos no
combate a esse monstro que apavora as mulheres,
atenta contra os Direitos Humanos, ceifa vidas em
todo o território nacional e parece nunca ter fim;
pelo contrário, está mais vivo do que nunca.
Será possível que essa situação vá continuar
do jeito que está? Não indignar a sociedade de tal
maneira que ela crie novos mecanismos mais
eficazes ainda para punir os agressores?
Infelizmente, o que a sociedade está fazendo
ainda é insuficiente para reverter esse quadro de
violência contra a mulher.
Mas, quando essa realidade irá se modificar
para valer?
Ivo Lima
Professor de Filosofia e Escritor
Autor dos livros: Como agir com sabedoria para ser feliz
A direção da vida: entre caminhos e descaminhos
Diretor de Políticas Pedagógicas da APROFFESP
E-mais: ivodos@yahoo.com.br
Facebook: Ivo Lima
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Lembramos as mulheres na filosofia:
uma homenagem à coragem!
Experiências Filosóficas
08 de março - Dia Internacional da Mulher
Lembramos as mulheres na filosofia: uma homenagem à
coragem!
1. Antiguidade (Séc. XIII a.C.)
1.1 Enheduana, Suméria
2. Antiguidade
2.1 Lopamudra, Ïndia
2.2 Temistocléia, profetisa e mestre de Pitágoras
2.3 Melissa, pitagórica
2.4 Safo de Lesbos(VII-VI a. C), poetisa e educadora
cretense
2.5 Aristocleia (Século V a. C.) tida como tutora de
Pitágoras
2.6 Theano (546 a. C. -), pitagórica, matemática, esposa
de Pitágoras
2.7 Aspásia de Mileto (470-410 a. C.), interlocutora de
Sócrates
2.8 Diotima de Mantineia (427- 347 a C), sacerdotisa,
personagem de Platão no "Banquete", que teria iniciado
Sócrates no conhecimento do amor.
2.9 Axioteia de Filos (393 – 270 a C), discípula de Platão
2.10 Lasteneia, discípula de Platão
2.11 Hipárquia de Maroneia, mencionada por Diógenes
Laércio
2.12 Maria, a judia, ou Miriam (séc. I d C), viveu em
Alexandria, ligada à alquimia.
2.13 Hipátia de Alexandria (415 d C), exímia matemática
e filósofa neo-platônica, mestre na Escola de Alexandria,
vide "post" nos comentários.
2.14. Leontiona, filósofa epicurista, 300 a.C.
2.15. Edésia de Alexandria, séc. V a.C.
3. Idade Média(Séc. V - XIV)
3.1 Hildegard von Bingen (1098-1179), botânica e
mística de inspiração neo-platônica
3.2 Heloísa de Paráclito (1101-1164), abadessa e
escritora, interlocutora e grande amor de Pedro
Abelardo
3.3 Akka Mahadevi (1130-1160), poetisa e sábia hindu
3.4 Catalina de Siena (1347-1380)
3.5 Cristina de Pizan (1365-1431)
4. Idade Moderna(Séc. XV - XVIII)
4.1 Teresa de Jesus (de Ávila) (1515-1582)
4.2 Louise Labé (1524-1566), erudita voltada às
questões femininas
4.3 Oliva Sabuco (1525/30), pioneira em medicina
psicossomática, aponta para a relação entre filosofia,
cosmologia e medicina.
4.4 Mary Astell (1666-1731), pensadora de visão
feminista
4.5 Maria Gaetana Agnesi (1718-1799), linguista, filósofa
e matemática italiana
4.6 Mary Wollstonecraft (1739- 1797), educadora e
feminista
4.7 Olímpia de Gouges (1748-1793)
4.8 Harriet Taylor (1807 – 1858), filósofa e interlocutora
de Stuart Mill
5. Idade Contemporânea (Séc. XIX - XX)
5.1 Rosa de Luxemburgo (1871-1919)
5.2 Lou Andreas-Salomé (1861-1937), vide "post" nos
comentários
5.3 Edith Stein (1891-1942)
5.4 Maria Zambrano (1904-1991)
5.5 Hannah Arendt (1906-1975)
5.6 Simone de Beauvoir (1908-1986)
5.7 Angela Davis (1944)
5.8 Susanne Langer (1895-1985)
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5.9 Ayn Rand (1905-1982)
5.10 Sarah Kofman (1934–1994)
5.11 Julia Kristeva (1941)
5.12. Martha Nussbaum (1947)
5.13. Simone Weil (1909-1943), filósofa e mística
francesa.
5.14. Isabelle Stengers, filósofa e prêmio nobel de
química, teórica do caos.
5.15. Agnes Heller (1929)
Quem esquecemos?
Foto: Hipátia de Alexandria (Rachel Weisz), envergando
a túnica dos filósofos, no filme “Ágora”.
Mulheres notáveis citadas nos comentários: Marie Curie
(prêmio Nobel de física e de química), Emma Goldman
(ativista e escritora lituana), Michelle Perrot
(historiadora que trabalhou ao lado de Foucault,
trabalha por uma cultura de paz). Sem dúvida, a lista é
enorme, sendo que muitas mulheres trabalharam
anonimamente. Lembrando também que na
Antiguidade os "oráculos", as pitonisas, eram mulheres.
#DiadaMulher #DiaInternacionaldaMulher #Mulheresna
filosofia.
A metamorfose da Educação.
Há um fenômeno que, cada vez mais,
parece se naturalizar na educação, isto é, uma
metamorfose produzida pelos novos valores
daquilo que temos por educação.Os novos valores
parecem vir , também, de novas políticas de gestão
escolar.
Há que se entender a gestão escolar como
prática conduzida rumo a benefícios imediatos do
dia a dia de uma escola. Tal política se prima pela
ordem e pelo aspecto de uma organização que
mais parece de fachada do que qualquer outra
coisa, onde o que se tem como núcleo é a situação
de dentro de cada sala de aula.
A ordem tem como núcleo , uma desordem, um
caos. A fachada parece ser inspirada de ambientes
severos e até mesmo, quiçá, monásticos -
idealizados, de corredores vazios e apenas
funcionários e inspetores da escola circulando pelo
ambiente escolar. Eis aqui a política promovida
pela gestão escolar. Uma aparência de uma escola
que já não é mais uma escola.
A metamorfose inspirada por tal prática
produz novos personagens que ocupam lugares
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daqueles que, outrora como professores se eram
conhecidos. Cada vez mais o professor da lugar ao
guardador, aquele que guarda e que passa a ter a
função de auxílio na construção de fachadas de
ordem. Porém, o que guarda esse guardador, cujo
sentido, melancolicamente se assume? Não
poderia ser alunos, pois, alunos ou a figura do
aluno se perfaz e se fundamenta em sua relação
com o professor, porém, professor, é o que parece
não haver mais. Mas, afinal, se não são alunos, o
que guarda tal guardador? Guardam pessoas que
por sua vez, não querem ser guardadas. Pessoas
que estão onde estão por obrigação e que
desprezam tudo aquilo que lhes parecem chegar
de uma dada altura que, primeiramente, não
reconhecem e portanto, não lhes fazem qualquer
sentido e, também, pelas precárias situações
espaciais pelas quais estão submetidos. O choque
de ambientes e sua resultante tem como amparo o
guardador que é aquele que guarda, aquele que
tem o domínio sobre as saídas de sala de aula,
aquele que guarda o silêncio frente a seu triste
destino.
O ambiente familiar de cada aluno parece
chocar-se com o ambiente escolar que , através de
longos períodos, foram construídos verticalmente,
de cima para baixo, tornando a educação elitizada
e cheia de caprichos advindos de intenções, cujas
origens , nos parecem remeter a sentidos de
configuração que apostam em uma divisão social
entre os bem nascidos e os não bem nascidos. Aos
primeiros , escola, que de qualquer maneira, são
tradicionais e excludentes, pois, formam
gladiadores e alpinistas sociais da meritocracia,
pela qual, se torna a bandeira de um movimento
que produz adultos infantilizados e muitas vezes,
imbecis e agressivos. Quanto ao resto, a cópia da
cópia, que produz as aberrações sociais. A escola
que não é escola , o professor que não é professor
e finalmente o aluno que não é mais aluno.
A escola se torna uma espécie de depósito
humano, ou se quisermos ser mais gentis, creche,
"crechões" que aliviam os pais da presença de
filhos por períodos que se tornam moedas de voto
e ainda, o retrocesso que se instala e se mostra
pelo recuo da escola para creche,
concomitantemente ao recuo da adolescência para
estágios infantilizados e a grosseira e desagradável
insistência em sua permanência.
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Pátria que parece reproduzir na educação a
posição que ocupa perante a "dita" ordem mundial,
pátria emergente mas, ainda excluída das
importantes decisões e portanto, do ambiente
adulto ou das pátrias que se reconhecem como
emancipadas.
O que fazer? Participar disto como um
autômato que tem como função a reprodução em
detrimento a criação? Desligar-se desta situação?
Como diria Drumond em seu poema "Os ombros
suportam o mundo": alguns, achando bárbaro o
espetáculo, prefeririam (os delicados) morrer -
porém , continua o poeta - Chegou um tempo em
que não adianta morrer.
Há que se admitir que a criação pode
ludibriar a reprodução, porém, com passos de
pombas, como nos inspira o filósofo Nietzsche,
silenciosos, mas que produzem ações que
caminham da simplicidade para a complexidade,
abandonando lentamente e sem estardalhaços a
estúpida reprodução. Aproveitando-se de um "dito"
religioso, quem tem olhos que veja, quem tem
ouvidos, que ouça,e finalmente , completaria, quem
tem bom senso, que o faça valer.
Anderson Araujo
ABREU E LIMA E A FILOSOFIA
BRASILEIRA.
O General das massas é uma leitura
importante para os militantes brasileiros,
pois trata-se de um personagem ainda
desconhecido para a maioria da
vanguarda e a população do nosso país.
Tomei conhecimento através da
publicação da editora expressão popular
que traça a trajetória de um importante
personagem brasileiro movido pelo
sentimento e consciência
internacionalista.
O presidente Hugo Chávez citou
várias vezes o nome e exemplo do
General Abreu e lima no lV Fórum social
mundial em porto alegre, uma vez que no
Brasil Abreu e Lima é um ilustre
desconhecido, enquanto na Venezuela
compõe o panteão dos Heróis da
independência juntamente com Simóm
Bolívar.
Foi fiel ao lado de Simóm Bolívar,
tendo destacada competência militar na
construção do projeto de integração e
libertação regional, livre do julgo dos
opressores e colonizadores.
Podemos entender Abreu e lima em
momentos distintos de sua atuação
militante.
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Na juventude, na militância e com morte
do pai José Ignácio Ribeiro de Abreu e
Lima que nasceu em 6 de abril de 1794 na
cidade de Recife, onde, ainda jovem
assimilou o contexto das revoltas
lideradas pelo seu pai, Padre Roma,
advogado e uma das lideranças da
revolução Pernambucana, Abreu toma
novos rumos e se lança a luta
revolucionária.
Estudou latim, filosofia, retórica
francesa e depois entra para a Academia
Real Militar no Rio de Janeiro. Foi
professor de matemática, Engenheiro,
escritor, militar e militante político.Seu
pai era militante e defensor da revolução
Pernambucana, que dentre outros
pontos, defendiam o fim da dominação
colonial e pela instauração da via
Republicana.
Abreu e Lima se encontrava preso na
fortaleza de São Pedro em Salvador por
envolvimento numa briga com oficiais
portugueses. Ao solicitar permissão para
ver seu pai que estava detido por conta
de sua liderança junto revolução
Pernambucana e sua atuação política de
ampliação da revolução na Bahia, para
seu espanto e indignação, Abreu e lima é
obrigado assistir o fuzilamento do Pai no
largo da Pólvora, Salvador/Bahia, no dia
29 de março de 1817, aos 23 anos de
idade.
Depois de fugir da prisão em 1818 e com
a proteção da maçonaria, ele e seu irmão
fogem para os Estados Unidos.
Estabelece contatos políticos e ação
internacionalista e nos estados Unidos
entra em contato com inúmeras
lideranças em luta pela independência da
América Latina.
Diante da morte do pai, ele toma a
histórica decisão de continuar lutando, e
em 18 de fevereiro de 1819 escreve
solicitando seu ingresso nas tropas do
exército de Simon Bolívar.
Como jornalista, ele vai atacar as
monarquias absolutistas, bem como
defende a ruptura e a revolução social
como condição necessária a libertação
das tiranias em todos lugares e momentos
históricos. Com sua participação militar,
lidera e comanda batalhas triunfais e
numa dessas batalhas é ferido no peito.
Pela sua coragem e valentia é promovido
à Tenente e depois a Coronel em 1823.
A marcha de Bolívar vai levar a
organização e criação da república Grã-
Colombiana, formada pela Venezuela,
Nova Granada e Quito.
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Profundas divergências assolam a unidade
com as disputas internas e conflitos de
interesses e leituras divergentes sobre o
processo revolucionário, levando a
realização do Congresso do Panamá.
Nesse congresso avançam no
fortalecimento regional contra o ataque
da Espanha, além de compromissos de
preservar a paz no continente, a abolição
da escravatura, além de adotarem outros
mecanismos de defesa mútua,
caracterizando-se esse momento como
importante período de apelo e
sentimento americano.
O Brasil por ser colônia de Portugal
não participou dessa manifestação latino-
americana por seus compromissos com a
metrópoles a serviço dos interesses
comerciais da Inglaterra.
Em 1827 os conflitos e interesses
ameaçam a unidade e mesmo tentando
unificar na condição de governador,
Bolívar é vítima de um atentado e em
1831 a Grã-Colombia, após a morte de
Bolívar, é dividida em três repúblicas:
“Venezuela, Equador e Colômbia, à qual
se integrava o Panamá”.
Fiel ao sonho de libertação latino-
americana e ao grande libertador Simom
Bolívar, em 1831 o patenteado General
Abreu e Lima é expulso com outros
militares estrangeiros e retornam ao
Brasil após 12 anos de lutas e resistências.
Contradição ou fidelidade a unidade
sonhada
Ao retornar ao Brasil, diferente do
país que tinha deixado, existiam várias
rebeliões e conflitos em relação ao poder
central.
No Brasil, contrário ao que pregava
na luta pela república da Grã-Colômbia, se
filiou ao partido Caramuru, defensor da
monarquia e da família real. Transportou
para o país o sentimento e ação de
unidade que lutou até o fim ao lado de
Simom Bolívar.Essa unidade para ele se
materializava na monarquia através da
família real, caracterizando dessa forma
uma contradição de projetos em curto
tempo de existência.
Evaristo da Veiga, Januário da Cunha
Barbosa, desferiram fortes ataques a esse
comportamento monarquista,
questionaram inclusive o título de general
de forma depreciativa. Como bom
escritor, Abreu e Lima reafirma o título de
“General das massas” como também as
inúmeras contribuições concretas e títulos
de libertador da Venezuela, da nova-
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Granada, sempre tendo como causa a
liberdade e a independência da América.
Além de se envolver com outras
polêmicas com o deputado Antonio
Ferreira França que era favorável a
revogação do regime monárquico,
escreveu um significativo relato de
história do Brasil, sendo refutado a partir
do parecer de Francisco Adolfo de
Varnhagem. Essa polêmica final expõe o
debate sobre a independência ou não do
Brasil de Portugal.
Enquanto Francisco Adolfo de
Varnhagem defendia um império luso-
brasileiro, voltado a civilizar a América do
sul, essa postura diferenciava de Abreu e
lima que buscava entender o Brasil e seus
conflitos internos do que mirar e olhar
para a Europa.
A memória da revolução é retomada
Ao se sentir cansado, doente e sem
recursos financeiros, retorna ao Recife,
depois de quase três décadas e lá mais
uma vez retoma as manifestações que
estão acontecendo com a Revolução
Praieira de 1848 à 1850 .
Em 1817 tinha acontecido a
Revolução Pernambucana, cujas cicatrizes
ainda estavam abertas pelos episódios e
memórias históricas e mais uma vez a
ousadia revolucionária é despertada no
General das Massas. A pauta é
semelhante a defendida na revolução
Pernambucana, como o voto livre e
universal, a liberdade de imprensa, a
abolição do trabalho escravo e a
proclamação da República, dentre outras.
Em 1848, ano da publicação do
manifesto comunista de Marx e Engels,
mais uma vez, o General Abreu e Lima,
juntamente com o capitão Pedro Ivo
Veloso da Silveira, Antonio Borges da
Fonseca e Joaquim Nunes Machado com o
apoio e participação dos praieiros iniciam
a revolução contra o governo da
província, que se alastrou a partir de
Olinda pela Zona da Mata Pernambucana.
Um dos pontos de partida de Abreu e lima
era a busca da unidade.
Foi assim ao solicitar o ingresso no
exército de Bolívar, buscando e lutando
pela unidade da America do sul, foi assim
na defesa do Brasil mesmo no período da
monarquia e da família real e no
federalismo contido no manifesto ao
mundo no dia 1° e maio de 1849, onde
defendia o voto livre e universal, o
federalismo, a independência dos poderes
constituídos, a liberdade de imprensa, o
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trabalho como garantia, dentre outros
pontos.
Mesmo marchando sobre Recife
com cerca de 2.5 mil combatentes, a
revolução praieira que defendia a divisão
das riquezas foi derrotada.
Nas relações econômicas o pais passa a
viver um novo ciclo de exportadora do
café.
Com o novo ciclo de expansão a
classe dominante institui a primeira lei da
terra em 1850, dificultando ainda mais a
vida do povo do campo e da cidade.
O General das massas foi condenado
à prisão perpetua em 1850 sob a acusação
de comandar a revolução e deveria ser
preso em Fernando de Noronha, não
fosse a intervenção de Nabuco Araujo, pai
de Joaquim Nabuco, marcante advogado
e defensor do fim da escravidão
Socialismo de novo tipo?
Já debilitado pelas sucessivas lutas e
derrotas desenvolveu ação de saúde
pública atendendo os empobrecidos com
atendimento homeopático em um
consultório na sua casa.
Enfrentou os debates propondo medidas
de desportuguesar o país, excluindo-os
dos poderes, diversificar a igreja, criando
universidades, priorizando as atividades
de expansão do Brasil pelos próprios
brasileiros.
O debate sobre o socialismo foi
apresentado através de um livro escrito
por Abreu e lima, intitulado O Socialismo,
publicado em 1855, onde para ele o
socialismo era como uma evolução
natural que não dependia da vontade e
do enfrentamento dos homens e
mulheres. Mesmo tido como um socialista
utópico, ele já criticava os utópicos Saint-
Simon, Fourier e Owen, qualificando-os de
sectários. O socialismo para ele era uma
grande família, formada por uma única
raça, pela religião cristã tendo como
símbolo a cruz.
Para aprofundar as contradições em
relação a proposta de Marx, ele difere e
afirma que socialismo não tem nada a ver
com comunismo, pois a propriedade
privada e a família são instituições divinas
e não poderiam ser discutidas.
Republica de Platão
Mais uma vez tenta transportar para
o mundo do poder político as ideias do
filosofo grego Platão que é considerado
por Abreu e Lima como uma divindade
socialista. Para ele a metodologia usada
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por Platão não poderia ser comparado a
outro homem, pois Platão propõe em sua
república uma espécie de paz universal.
Embora seu pensamento seja um
mesclado do pensamento cristão com
princípios medievais, ele certamente tinha
contato com o pensamento europeu, com
o iluminismo e liberais e com os
enunciados de Marx e Engels, além de
conter elementos do positivismo bastante
presente nos ciclo intelectuais desse
período.
É preciso aprofundar o
conhecimento e debater sobre as ideias
motivadoras de sua ação revolucionaria,
num primeiro momento com o apoio da
maçonaria, sua fidelidade ao liberador
Simom Bolívar que também era maçônico,
depois sua defesa da monarquia e da
família real, da revolução praieira, da
solidariedade para com os pobres como
as receitas de medicamentos
homeopatas, a defesa do “socialismo
cristão” a retomada dos ideais da
republica de Platão, num contexto de
mudanças estabelecidas com as ciências
sociais explicando a mecânica do
capitalismo emergente na Europa e da
influência do positivismo Frances interna
e externamente.
Polêmicas até a morte.
Isolado, pobre e muito doente, aos
75 enfrentava, dentro de seus limites, os
debates e provocações de toda ordem.
Como liberal religioso defendia que os
protestantes tinham o direito de ler,
estudar e divulgar sua bíblia, levando-o a
mais um confronto com monsenhor
Joaquim Pinto de Campos e, não
recuando em suas ideias, o mesmo foi
impedido de ser enterrado em 1869 no
cemitério de Recife, sendo, portanto
enterrado no cemitério dos Ingleses em
Santo Amaro, uma vez que esse cemitério
era considerado território internacional.
Contrariando tudo isso, numa placa em
seu túmulo está escrito: “Aqui jaz o
cidadão brasileiro general José Inácio de
Abreu e lima, propugnador esforçado da
liberdade de consciência”
No livro Abreu e Lima, General das
Massas, página 65 está explicitado:
“Finalmente, toda sua trajetória é
motivada pela capacidade de indignação e
inquietação diante das injustiças. Foram
assim, desde o fuzilamento de seu pai,
que lhe imprimia os ideais revolucionários
15
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e o motivará, mais tarde, a seguir para a
Venezuela e ingressar no exército
Libertador. Da mesma maneira, de volta
ao Brasil, não deixou de denunciar as
desigualdades e injustiças do segundo
reinado, somando-se a revolução
Praieira”.
É nesse contexto filosófico que
devemos estudar sua obra e ação, pois,
mesmo reproduzindo ideias e
pensamentos de outras experiências
vividas, certamente ele procura imprimir
elementos de sua observação e ação
cotidiana, mormente, a sua proposta de
poder político comprometido com a
transformação da sociedade em que
vivemos.
Aldo Santos: Presidente da
Associação dos Professores de Filosofia e
Filósofos do Estado de São Paulo.
Referência Bibliográfica: (Angelo
Diogo Mazin,Miguel Enrique Stedile-
1.ed,Abreu e lima- General das massas--
São Paulo:expressão popular,2006).
MOVIMENTO EM DEFESA DAS CIÊNCIAS
HUMANAS
Segue ata da nossa última reunião.
Ata da reunião de nosso encontro do
Movimento em Defesa das Ciências
Humanas, do dia 28 de fevereiro de 2015
na Casa do Professor, escrita pelos
Professor Ivo Lima dos Santos – Professor
de Filosofia e Diretor de Políticas
Pedagógicas da APROFFESP e Cristiane
Gandolfi – membro do Movimento em
Defesa das Ciências Humanas.
Dando continuidade aos debates em
torno da Reforma do Ensino Médio, que
tramita no Congresso Nacional, através
dos trabalhos já realizados, tendo como
relator o Deputado Federal reeleito do PT-
MG, Reginaldo Lopes, um grupo de
professores do Estado de São Paulo ,
através de encaminhamentos da
APROFFESP, APEOESP E SINDICATO DOS
SOCIÓLOGOS , se encontraram
novamente para debaterem o PL
substitutivo ao PL 6840/13, cujo tema é a
Reforma do Ensino Médio.
1. A professora Cristiane Gandolfi, da
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Faculdade Metodista do Grande ABC,
apresentou as alterações que o PL
6840/13 sofreu graças a mobilização de
várias entidades, entre outras: ANPED /
CEDES. Essas trouxeram contribuições
relativas ao Projeto na medida que não
desconsideram a historicidade e cultura
da educação formal via unidade escolar e
buscam a melhoria do Ensino Médio. Elas
formam um grupo de entidades que sedia
o Movimento em Defesa do Ensino
Médio, o qual apresentou o documento
que se tornou base do substitutivo. Foi
realizada a audiência com o Ministro
Henrique Paim, em 13/12/14, em Brasília,
fato fundamental na constituição da
contra-proposta ao PL 6840/13 em
questão.
2. O ministro Cid Gomes, ao propor a
reforma do Ensino Médio, aponta
claramente para interesses que dizem
respeito a uma escola de tempo integral
em dialogo com o Ensino Médio
profissionalizante. Nós, sociedade civil
organizada, devemos questionar: que
modelo de escola é esse? Como fazer isso
em um prazo curto de tempo, sem contar
com a participação dos educadores de
forma ampla e de entidades
representativas da educação?
Na escola em que você trabalha, que
seus filhos estudam, que você dirige, o
tema Projeto de Lei 6840/13 já se
enraizou no cotidiano de debates e vida
escolar?
Nesse sentido, é que está posto o
debate que estamos relatando. Além de
chamar a atenção dos professores de
todas as áreas, sobre o procedimento do
MEC diante dessa reforma, é muito
interessante que intelectuais comecem
escrever sobre os caminhos e
descaminhos do Ensino Médio diante do
PL 6840/13 na sociedade contemporânea
brasileira.
É preciso debater junto e apontar
aspectos problemáticos que
comprometem o papel da escola.
Importante lembrar que ela não é uma
Ong, com todo o respeito conferido à
Educação Não-Formal, importante estaca
educativa de nossa sociedade.
Entendemos que tanto a Educação Formal
(escola) quanto a Não-formal (Ongs,
entidades, terceiro setor) são
fundamentais na formação das novas
gerações, contudo, uma não deve
substituir a outra. Entendemos inclusive
que deve haver uma verba obrigatória,
um financiamento para a Educação Não-
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formal via Terceiro Setor, tal como há
para a Formal, fato conquistado pelas
lutas e mobilizações dos educadores
sobretudo nas décadas de setenta e
oitenta do século XX. Ali se conquistou
uma verba obrigatória para a Política
Social de maior enraizamento social, visto
que o direito à educação é direito de
todos. No entanto, a não centralidade da
verba obrigatória para os insumos básicos
da educação tem produzido muita
precarização nesta Política social, visto
que sequer o magistério tem sido
valorizado quando cotejado as demais
profissões de nível superior do mercado
de trabalho.
Como bem sabemos, a escola
trabalha com Ciência, Cultura, Trabalho e
Tecnologia, tal como se põe nas Diretrizes
Curriculares do Ensino Médio. Por isso, o
movimento em defesa da reforma do
ensino médio faz a defesa de uma escola
pública de qualidade para os filhos da
classe trabalhadora, fato que nos põe em
acordo e aponta o somar de nossos
esforços em defesa de outra escola de
Ensino Médio.
3. Outro destaque do debate foi a
relação entre a proposta de currículo do
ensino médio feita pelas entidades
acadêmicas e da sociedade civil sob o
crivo do PNE, visto que este destina o
período de 2 anos para que haja um
amplo debate junto a comunidade
escolar/sociedade civil organizada sobre o
Currículo do Ensino Médio. É interessante
que o Substitutivo valoriza mais a Base
comum do Currículo do que os eixos
transversais ditos no PL 6840/13, fato que
nos põe em acordo. Ele mantém a carga
horária de 1400 horas, conforme artigo 24
da LDB 9394/96, inciso VIII e ao mesmo
tempo chama atenção para os eixos do
PNE que devem dialogar com o novo
texto escrito, na medida em que a
Reforma do Ensino Médio deve considerar
as diretrizes, objetivos, metas e
estratégias do Plano Nacional de
Educação ( Lei 13.005/14).
Já o artigo 36 da LDB 9394/96 mantém as
quatro áreas do conhecimento: I.
Linguagens; II. Matemática; III. Ciência da
Natureza e IV. Humanas. Ou seja, está
idêntico ao PL 6840/13. Mas no PL
6840/13 temos o Profissionalizante como
quinto eixo, ainda não temos acumulo de
leitura que clareie qual o lugar deste
quinto eixo na Reforma.
Outro questionamento levantado
nesse debate é o seguinte: “Devemos,
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também, perguntar aos estudantes o que
eles acham do Ensino Médio. Deverá
haver uma sintonia entre esse movimento
que defenda os interesses da educação e
os próprios estudantes, frisa Aldo
Santos”, presidente da APROFFESP. O
filósofo Aldo Santos chama atenção para
o fato de que sem a participação dos
estudantes e a valorização da formação
educativa dos professores para além das
certificações, não avançaremos na
finalidade da atividade-fim da educação
básica. Professor é intelectual e precisa se
ver e ser tratado como tal. Aldo ainda
exemplificou com a escuta aos estudantes
no Encontro Estadual de professores de
Filosofia do Estado de São Paulo, realizado
em agosto de 2014, pela APROFFESP,
onde muitos deles apresentaram
trabalhos/comunicações no Encontro.
E, por fim, seguindo o debate, a
diretora de escola da rede municipal de
São Bernardo do Campo e educadora
comprometida com o chão da escola, Cida
Santos, chamou a atenção sobre a
importância dos alunos, dos professores,
dos pais e dos diretores, tomarem parte
desse debate sobre esta reforma. Falou
de sua experiência em debates passados
que diziam respeito ao Plano Nacional de
Educação e os encaminhamentos no
Estado de São Paulo. Ela defendeu com
veemência que temos necessidade de
conhecermos o conteúdo desse projeto,
debatermos para que consigamos
aproveitar as brechas para propor
mudanças significativas. Ressaltou, ainda,
as 20 metas do Plano atual, as 11
estratégias, a necessidade das
articulações políticas, em vista de fazer
valer os reais interesses da educação e
dos educadores. Levantou-se, também,
porque não se investe em um ensino
médio de qualidade, e faz-se o mesmo
com a qualificação técnicas dos jovens,
investindo em escolas técnicas que
realmente cumpram com esse papel. Daí
a urgência desse debate para fazer a
correção de rota do projeto de lei
6840/14 o qual apresenta a reforma do
Ensino Médio. Do encontro levantamos
alguns temas de debate essenciais:
1. Fazer a discussão sobre o
currículo; como ampliar a carga horária de
800 para 1400 horas na estrutura
precarizada que temos em diversas
escolas? Como superar a precarização da
base material das escolas bem como de
muitas relações interpessoais impactadas
pela precarização humana/social. Vale
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lembrar que a lei 11.738/01( lei do Piso
nacional do professor ainda não foi
universalizada no Brasil).
2. Que Ensino Profissionalizante está
se propondo? Em que medida se
relacionará com o Ensino Médio, última
etapa da Educação Básica, portanto de
caráter universalizante, de base comum
curricular pois favorece um currículo
orientado pela Ciência, Cultura, Trabalho
e Tecnologia. Vale lembrar que o Ensino
Médio não é modalidade de educação
profissionalizante, dialogam, mas são
diferentes.
3. O professor João Palma discorreu
sobre o Fórum Estadual da Educação, o
historicizou e apresentou suas
preocupações educativas com a Educação
Básica. O Fórum Estadual de Educação foi
constituído em 1983, por meio da ação do
governo Franco Montoro. Atualmente, o
professor Palma vem coordenando o
Fórum e está sob a tarefa de mobilizar a
sociedade civil do Estado de São Paulo
para a escrita do Plano Estadual de
Educação. Palma sublinhou que este
trabalho é árduo e exige mobilização de
todos os seguimentos da educação,
somente assim teremos saltos qualitativos
na direção da concretização de uma
proposta educacional adequada à
realidade e aos desafios que estão postos
em nosso estado. Nesse trabalho,
segundo Palma, realizou-se um
diagnóstico, levando-se em conta: 1-
Valorização do magistério; 2-
Financiamentos para a educação; e 3-
Gestão democrática. Os trabalhos
continuam e os objetivos precisam ser
perseguidos com afinco para se
concretizar os objetivos.
4. Francisco Gretter divulgou o mais
recente Boletim da APROFFESP e fez a
denúncia sobre a violência da PM, ao
invadir uma escola estadual localizada na
zona Oeste da cidade de São Paulo, onde
infelizmente um professor foi agredido.
5. Por fim, o sociólogo Silvio
representando o Sindicato dos Sociologos,
falou sobre as dificuldades que temos
para mobilizar a categoria dos
professores, mesmo quando
apresentamos novas propostas para a
educação. Devido o desinteresse desse
governo que temos, que simplesmente
engaveta os projetos e as coisas não
avançam. Aponta que devemos nos
articular de maneira muito forte, para
romper com essa realidade que
enfrentamos no Estado de São Paulo e
20
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daí, frisa a importância das manifestações
nas ruas, o envolvimento dos sindicatos e
de outras entidades que possam se somar
aos educadores. E conclui: a política do
governo estadual em vigência é muito
clara: destruir a carreira do magistério,
precarizando cada vez mais as escolas e o
trabalho dos educadores, tendo sempre
por objeto o dividir a categoria para
governar. Portanto, não há uma saída
mágica, mas é a luta que vai possibilitar
vislumbrar outro horizonte para a
educação, porque esse quadro que temos
é caótico.Neste ponto houve a breve
discussão sobre Escola de Tempo integral
pois o companheiro Tarcísio lembrou que
a classe trabalhadora necessita de uma
escola de tempo integral, pois essa tem
sofrido com a precarização do trabalho e
necessidade de uma instituição que se
responsabilize pelas novas gerações no
momento em que os trabalhadores estão
em seus postos de trabalho. Este tema é
extremamente concreto mas certamente
produzirá no movimento muito debate a
frente, pois há diversas opiniões sobre
tempo pedagógico integral e o tempo
cronológico em questão, necessário à
classe trabalhadora.
6. Professora Cristiane sugeriu
constituirmos 3 frentes de atuação:
primeiramente levar este debate para o
maior número de escolas possível,
debater o PL 6840/13 nos HTPCs, iniciar
com as escolas ali presentes. Passar
vídeos sobre as falas de Cid Gomes e dos
parlamentares, apresentar os Power-
points explicativos postos na página do
facebook grupo em defesa das ciências
humanas. Em segundo lugar, constituir
uma ação parlamentar com os deputados
votados pelos participantes do
movimento em defesa das ciências
humanas, buscar apoio parlamentar para
que o PL 6840/13 seja revogado. E, em
terceiro lugar, paralelamente, deve-se
horizontar uma ação popular de rua que
enfrente a proposta do governo tomando
as ruas da capital de São Paulo em
oposição ao PL na medida em que este
não representa o chão da escola. Na
reunião ficou claro que temos muitos
pontos em acordo com o Projeto de Lei
Substitutivo ao Pl 6840/13 e na próxima
reunião debateremos com quais pontos
somamos e quais deles nos distanciamos,
sempre na perspectiva de somar nossas
ações, produzindo consensos.
21
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7. A professora Erika propôs que na
próxima reunião seja constituída uma
Carta do Movimento para todos os
Deputados Federais, logo, a reunião
deverá ter este ponto de pauta, bem
como encaminhamentos a respeito da
difusão da carta na sociedade política e
civil.
A data da próxima reunião é 28 de
março, às 9:00 horas da manhã, na Casa
do Professor.
São Paulo, 28 de março de 2015.
Comissão organizadora dos eventos.
CONVITE
CAFÉ FILOSÓFICO
Exibição e debate sobre o Alexandria.
Dia: 21 de março
Horário: 18 horas
Local: Subsede APEOESP São Bernardo do Campo
A DIRETORIA DA APROFFESP
Presidente: Aldo Josias dos Santos - São Bernardo
do Campo
Vice-Presidente: Francisco Gretter – Lapa
Tesoureiro: Anízio Batista de Oliveira-Centro sul
Primeiro tesoureiro: Francisco Venâncio Feitosa-
Taboão da Serra
Secretário: José de Jesus Costa - Osasco
Primeiro secretário: Marcos Silva - Santo André
Diretor de Comunicação e Propaganda:
José Carlos Carneiro dos Santos- SBcampo
Diretor Adjunto de Comunicação e Propaganda:
André Sapanos- Mauá
Diretor de Políticas Pedagógicas: Ivo Lima dos
Santos - Zona Norte
Diretor Adjunto de Políticas Pedagógicas: Aldo
Xavier Monteiro-Taboão da Serra
Diretor de Relações Institucionais: Rita Diniz - Salto
Diretor Adjunto de relações Institucionais: Eduardo
de Carvalho-Osasco
Diretor de Relações Sociais e Movimentos
Sindicais: Nayara Navarro- SBCampo
Diretor Adjunto de Relações Sociais e Movimentos
Sindicais: Cícero Rodrigues- Zona Sul
Diretor Organizativo da Capital: Alba Valéria -
Itaquera
22
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Diretor Adjunto Organizativo da Capital: Rubens
Roque e Souza - Zona Sul
Diretor Organizativo da Grande São Paulo: Gilmar
Soares- Santo André
Diretor Adjunto Organizativo da Grande São Paulo:
Antonio Élson Oliveira- Guarulhos
Diretor Adjunto Organizativo da Grande São Paulo:
Valmir João Schmitt-Osasco
Diretor Organizativo do Interior: Ademir Alves de
Lima, (Vale do Paraíba)
Diretor Adjunto Organizativo do Interior: Gabriel
Bistafa (Sorocaba e região)
Diretor Adjunto Organizativo do Interior: Maria
Lucia B.V. de Brito (Região Metropolitana de
Campinas)
Diretor Adjunto Organizativo do Interior: Antonio
Fernando Capellari, Jaú.
Diretor de relações Acadêmicas: Hugo Allan,
Professor da rede Estadual e da Universidade
Metodista.
DIRETORIA DE BASE DA APROFFESP
Yoshinori Miura - Vale do Ribeira
Wilson Cristovan- Presidente Prudente
Fernando Henrique de Paula- Ourinhos
Marcelle Pereira Bernardo- Guarulhos
Creuza lima da Silva- Taboão, Itapecerica e Embu
Miguel Moreira da Silva – Osasco
Alexandra Sousa Barros- Diadema
André Aparecido da Silva Barbosa- Avaré
Adilson Nogueira Soares- Ipiranga
Aline Rodrigues Teixeira- Campinas
Hécio Peres Filho- Região Leste 4
Wellington Cruz- São Bernardo do Campo
Victor Henrique Neri da Mata- Lapa-
Adeval Santos-Zona Norte da Capital
Adriano Soares da Silva- Sumaré/Hortolândia
Amauriso Umbelino da Silva – Itapevi
Carlete Diana Nery de Oliveira Lanza- Salto e
Região
Luis Carlos Antoniazzi – Jaù
Vanderlei Nunes Junior- Mogi Mirim
Marcos Rogério Muniz- Penápolis
Osmar Francisco de Almeida- Itaquera
Fernando F. de Oliveira- Santo André
Elton Silva Santana-Itaquaquecetuba
Sandra Braga Freire- Carapicuiba
Simone Suelene- Taubaté
Humberto Almeida Pereira-Caragatatuba
Edson Genaro Maciel-Araçatuba
Álvaro Augusto dias Junior- Mogi das Cruzes
Fábia Cristina Hildebrand Pastori- Pirassununga
Jorge Julio Ide- Zona Sul
Emanoel Ferreira da Silva Lima- Carapicuiba
Fábio P. Mendes - Região de Pindamonhangaba
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  • 1. FATOS URGENTES ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO ESTADO DE SÃO PAULO APROFFESP BOLETIM INFORMATIVO Nº 1 – 14 de março de 2015 www.aproffesp.pro.br COMUNICADO Em reunião realizada no dia 07/03/2015, a Diretoria aprovou dentre outros pontos a publicação de um boletim “Fatos Urgentes”. Estamos solicitando ajuda dos colegas na divulgação desse boletim, na sugestão de LOGO e na periodicidade do mesmo. Solicitamos que as coordenações regionais e professores em geral encaminhem textos, informes de interesse coletivo para a Comunicação os quais serão divulgados e postados no facebook, no nosso site e também enviados por email. O objetivo é dinamizar e socializar as informações, bem como as manifestações dos colegas dispersos pelo Estado de São Saulo. Com saudações filosóficas, atenciosamente DIRETORIA DA APROFFESP APROFFESP solicita participação no Foro Estadual de Educação Ao Professor João Palma filho. Vimos por meio deste solicitar nossa participação no Foro Estadual de Educação, como entidade representativa dos professores de filosofia e filósofos do Estado de são Paulo. Sem mas. Atenciosamente Aldo Santos 1
  • 2. FATOS URGENTES ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO ESTADO DE SÃO PAULO APROFFESP BOLETIM INFORMATIVO Nº 1 – 14 de março de 2015 www.aproffesp.pro.br CARTA DE ALERTA E REPÚDIO Tem esta a finalidade chamar a atenção para dois fatos graves que ocorreram nos últimos tempos e que colocam em perigo a permanência das disciplinas Filosofia e Sociologia no currículo do ensino médio e que apontam para a desvalorização das ciências humanas em geral. Primeiramente, repudiamos o Projeto de Lei N° 6.003/2013, do deputado federal, Izalci Lucas Ferreira, do PSDB/DF, que propõe alterar os artigos 9, 35 e 36 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Nº 9.394/1996, de diretrizes e bases da educação nacional, acabando com a obrigatoriedade do ensino da Filosofia e da Sociologia como disciplinas no currículo do Ensino Médio, aprovada que pela Lei N°11.684/2008, depois de anos de lutas dos professores em todo o Brasil! Em seguida, vimos a Presidente da República, Dilma Rousseff, durante a campanha, numa entrevista no programa da Globo, “Bom dia Brasil”, em 22/09/2014, fazer uma declaração a respeito de futuras alterações curriculares que deixou os educadores e principalmente os professores de Filosofia muito preocupados. Ao ser indagada pela repórter Ana Paula Araújo sobre o baixo rendimento dos alunos nas últimas séries do ensino fundamental e no ensino médio, segundo as últimas pesquisas, a presidente defendeu a necessidade de uma reforma curricular, dizendo que a quantidade de “matérias” do EM é excessiva (doze) e citou explicitamente as disciplinas Filosofia e Sociologia como agravantes desse número. Será que novamente os técnicos do Ministério da Educação e secretarias estaduais tentarão resolver os problemas da má qualidade do ensino com a retirada da Filosofia ou da Sociologia do currículo, tornando-as de novo o bode expiatório da incompetência pedagógica e equívocos das políticas educacionais da União e dos Estados? Iremos reeditar a Lei n° 5.692/71 da ditadura militar? Sabemos que os problemas da educação em nosso país não se resumem na quantidade de disciplinas no currículo, mas de concepção curricular, o que supõe a discussão sobre os fundamentos teórico- metodológicos da educação. E é claro que nós não concordamos com as concepções tecnicistas ou “neotecnicista” da educação, que contrapõem a formação técnica à formação acadêmica, gerando essa esquizofrenia dualista do sistema público de ensino, ora enfatizando a preparação técnica para o “mercado de trabalho”, ora enfatizando a preparação propedêutica para a universidade, como se fossem coisas estanques e antagônicas. O problema é outro e muito mais embaixo! Concordamos que deva haver uma reforma profunda no ensino médio, envolvendo não somente os conteúdos de ensino, mas as condições de trabalho dos professores, a carreira, os salários, a formação docente, a infraestrutura das escolas, o apoio, etc. Tirar ou colocar disciplinas simplesmente não resolve os problemas da má qualidade da educação brasileira. Se assim fosse, quando a ditadura militar desobrigou as escolas do ensino de Filosofia (Lei 5.692/71), a educação teria melhorado em nosso país; ao contrário, foi então que a qualidade piorou de forma vertiginosa, principalmente pela degradação da carreira do professor, sua péssima remuneração e formação deficiente. Portanto, a APROFFESP vem a público repudiar toda reforma, federal ou estadual, que defenda o viés tecnicista e tente retirar ou diminuir mais ainda a carga horária de Filosofia, Sociologia ou qualquer disciplina formativa do currículo do ensino médio; e conclamamos todos os professores e educadores em geral para se unirem em torno das bandeiras históricas que temos defendido para uma real melhoria da qualidade da educação pública em nosso país. 2
  • 3. FATOS URGENTES ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO ESTADO DE SÃO PAULO APROFFESP BOLETIM INFORMATIVO Nº 1 – 14 de março de 2015 www.aproffesp.pro.br Mês de empoderamento das Mulheres, nas ruas e nas lutas!” Mais uma vez nos aproximamos aos 8 de março, dia da mulher. Coordenação Regional da APROFFESP está organizando um mês de atividades, com debates e reflexões sobre o lugar da mulher na sociedade de classe contemporânea. Sabe-se que a dominação masculina é anterior ao modo de produção capitalista e ao longo do tempo ela foi responsável por silenciar à mulher tanto na elaboração quanto na organização da vida social, é por isso que a francesa Simone de Beauvoir classificou a mulher como o Segundo Sexo. Mesmo vivendo na França dos anos cinquenta, numa condição de classe média, ela pode ver e viver a discriminação de gênero daquela sociedade. O processo histórico de opressão do sexo feminino pelo masculino anulou o papel da mulher enquanto ser social em favor de uma dominação da sociedade patriarcal. Essa estrutura de dominação é produto de uma construção social na qual contribuem os agentes específicos do sexo masculino, os quais realizam diversas formas de violência favorecendo a mentalidade de que eles têm maiores direitos do que as mulheres, sobretudo no que se refere a sua vida privada. Apesar de viver o segundo decênio do século XXI, é comum encontrar nas Redes Sociais, importante instituição midiática de nosso tempo, páginas machistas intituladas: “eu não mereço mãe solteira” ou “eu não mereço mulher rodada”. Junto a isso, recentemente o Deputado Bolsonaro em entrevista ao jornal gaúcho Zero Hora declarou que as empresas devem pagar menos às mulheres, pois o cuidado com os filhos é de responsabilidade da mulher. Temas como parto normal, cesárea, interrupção de gravidez, criminalização devido ao aborto, salários diferentes entre homens e mulheres que ocupam a mesma função no mundo do trabalho, reacendem o debate e mostram-nos que a mentalidade patriarcal tem se fortalecido, colocando a mulher num lugar secundário na sociedade contemporânea. 3
  • 4. FATOS URGENTES ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO ESTADO DE SÃO PAULO APROFFESP BOLETIM INFORMATIVO Nº 1 – 14 de março de 2015 www.aproffesp.pro.br Neste sentido, importantes instituições como Igrejas e Escolas por meio do aparato do Estado em sua dinâmica patriarcal-falocêntrica se uniram na difusão de um sistema misógino e machista que privilegia os homens em detrimento das mulheres. Os registros históricos comprovam que as mulheres são discriminadas há milênios, com sua presença anulada da memória social. Mais uma vez é hora de voltarmos às ruas e reivindicarmos a construção de outra realidade, outro mundo é possível para as mulheres. Nossa busca perpassa por denunciar e combater toda violência contra a mulher que se expressa nas mais variadas formas: psicológica, simbólica, patrimonial, institucional, sexual, física, moral. Reconhecemos que nossa luta é global, o feminismo sempre se posicionou contra as desigualdades sociais, contra o racismo, a homofobia e o machismo que combinados seguem explorando a humanidade, fundamentalmente, as mulheres, velhos e crianças. É na trincheira feminista que nos colocamos! Afinal, nestes tempos neoliberais de perda de direitos sociais e acumulação de riquezas por parte de poucos, a luta feminista e socialista se põe de modo contundente e urgente. Essa utopia orienta a vida de quem não se afastou de sua essência humana, somente assim avançaremos no rompimento às crises mundiais originadas do modo de produção capitalista definitivamente responsável pela divisão da humanidade, radicalizada pela divisão sexual do trabalho. Nesse contexto, a coordenação Regional da Aproffesp convida você para participar das atividades do “Mês de Luta da Mulher” que se iniciará no dia.../.../..., com a apresentação do documentário Acorda Raymundo, ou o filme Alexandria (sugestão), seguido de debate e finalizado com o Sarau de poesias e músicas em homenagem às mulheres. 4
  • 5. FATOS URGENTES ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO ESTADO DE SÃO PAULO APROFFESP BOLETIM INFORMATIVO Nº 1 – 14 de março de 2015 www.aproffesp.pro.br VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER “A violência contra as mulheres é uma manifestação de relações de poder historicamente desiguais entre homens e mulheres que conduzem à dominação e à discriminação contra as mulheres pelos homens e impedem o pleno avanço das mulheres” (Declaração sobre a Eliminação da violência contra as mulheres, Resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, dezembro de 1993) Na definição da Convenção de Belém do Pará (Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher), adotada pela Organização dos Estados Americanos (OEA), em 1994, a violência contra a mulher é “qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública como na esfera privada”. Estou sempre me perguntando: qual a razão de tanta violência contra a mulher? De onde vêm tantos motivos para tamanhas crueldades, que não respeitam fronteiras entre classes sociais, grau de escolaridade ou profissões? Embora, muitas vezes, o álcool, as drogas legais e ilegais, o ciúme e as separações sejam apontados como fatores que desencadeiam a violência contra a mulher, na raiz de tudo está a maneira como a sociedade dá mais valor ao papel masculino, o que acaba refletindo na educação de meninos e meninas. A eles, incentivam a valorizar a agressividade, a força física, a ação, a dominação e a satisfação dos desejos, inclusive os sexuais; a elas, a valorizar a beleza, a delicadeza, a sedução, a submissão, a dependência, o sentimentalismo, a passividade e o cuidado com os outros. Na escalada da violência contra a mulher, apesar de leis que, teoricamente, visam coibir os abusos e punir com rigor os agressores – como a Lei Maria da Penha N. 11340, de 7 de agosto de 2006, por exemplo, e as Delegacias da Mulher -, a violência contra ela é uma constante em nossa sociedade e ganha destaque nas páginas policiais dos veículos de comunicação de alcance nacional, todos os dias. O que está faltando para que as leis existentes sejam aplicadas e surtam um efeito maior nesse trágico cenário da violência a mulher? A mulher agredida ter coragem para denunciar, 5
  • 6. FATOS URGENTES ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO ESTADO DE SÃO PAULO APROFFESP BOLETIM INFORMATIVO Nº 1 – 14 de março de 2015 www.aproffesp.pro.br mas receber, de fato, a proteção do Estado; as providências serem menos morosas, menos burocráticas, as punições severas, não deixarem espaço para a impunidade sobre esta violência? O que mais está faltando fazer? Além disso, temos que discutir e combater a cultura da violência contra a mulher no seio da própria família, onde os agressores são o pai, o padrasto, o namorado ou parentes; discuti-la, permanentemente, na escola, no âmbito dos seguimentos religiosos, no mundo do trabalho, nos movimentos sociais, nos sindicatos, nos debates do parlamento, uma vez que essa violência perpassa a nossa sociedade ao longo de sua história, para além das leis que temos, das penas aplicadas, desafiando a todos. Por isso, insisto em perguntar: por que a violência contra a mulher é algo tão forte e constante em nossa sociedade, sem falar de outras sociedades, em que também a situação é muito grave também? Essa violência aterroriza, ganha as ruas, afronta as leis, as autoridades constituídas, porque são praticadas na calada na noite, covardemente, ou à luz do dia, com disfarces sofisticados ou não, para fugir das punições. Esta análise que faço aqui é para que todos nós, de alguma maneira, reflitamos, nos mobilizemos no combate a esse monstro que apavora as mulheres, atenta contra os Direitos Humanos, ceifa vidas em todo o território nacional e parece nunca ter fim; pelo contrário, está mais vivo do que nunca. Será possível que essa situação vá continuar do jeito que está? Não indignar a sociedade de tal maneira que ela crie novos mecanismos mais eficazes ainda para punir os agressores? Infelizmente, o que a sociedade está fazendo ainda é insuficiente para reverter esse quadro de violência contra a mulher. Mas, quando essa realidade irá se modificar para valer? Ivo Lima Professor de Filosofia e Escritor Autor dos livros: Como agir com sabedoria para ser feliz A direção da vida: entre caminhos e descaminhos Diretor de Políticas Pedagógicas da APROFFESP E-mais: ivodos@yahoo.com.br Facebook: Ivo Lima 6
  • 7. FATOS URGENTES ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO ESTADO DE SÃO PAULO APROFFESP BOLETIM INFORMATIVO Nº 1 – 14 de março de 2015 www.aproffesp.pro.br Lembramos as mulheres na filosofia: uma homenagem à coragem! Experiências Filosóficas 08 de março - Dia Internacional da Mulher Lembramos as mulheres na filosofia: uma homenagem à coragem! 1. Antiguidade (Séc. XIII a.C.) 1.1 Enheduana, Suméria 2. Antiguidade 2.1 Lopamudra, Ïndia 2.2 Temistocléia, profetisa e mestre de Pitágoras 2.3 Melissa, pitagórica 2.4 Safo de Lesbos(VII-VI a. C), poetisa e educadora cretense 2.5 Aristocleia (Século V a. C.) tida como tutora de Pitágoras 2.6 Theano (546 a. C. -), pitagórica, matemática, esposa de Pitágoras 2.7 Aspásia de Mileto (470-410 a. C.), interlocutora de Sócrates 2.8 Diotima de Mantineia (427- 347 a C), sacerdotisa, personagem de Platão no "Banquete", que teria iniciado Sócrates no conhecimento do amor. 2.9 Axioteia de Filos (393 – 270 a C), discípula de Platão 2.10 Lasteneia, discípula de Platão 2.11 Hipárquia de Maroneia, mencionada por Diógenes Laércio 2.12 Maria, a judia, ou Miriam (séc. I d C), viveu em Alexandria, ligada à alquimia. 2.13 Hipátia de Alexandria (415 d C), exímia matemática e filósofa neo-platônica, mestre na Escola de Alexandria, vide "post" nos comentários. 2.14. Leontiona, filósofa epicurista, 300 a.C. 2.15. Edésia de Alexandria, séc. V a.C. 3. Idade Média(Séc. V - XIV) 3.1 Hildegard von Bingen (1098-1179), botânica e mística de inspiração neo-platônica 3.2 Heloísa de Paráclito (1101-1164), abadessa e escritora, interlocutora e grande amor de Pedro Abelardo 3.3 Akka Mahadevi (1130-1160), poetisa e sábia hindu 3.4 Catalina de Siena (1347-1380) 3.5 Cristina de Pizan (1365-1431) 4. Idade Moderna(Séc. XV - XVIII) 4.1 Teresa de Jesus (de Ávila) (1515-1582) 4.2 Louise Labé (1524-1566), erudita voltada às questões femininas 4.3 Oliva Sabuco (1525/30), pioneira em medicina psicossomática, aponta para a relação entre filosofia, cosmologia e medicina. 4.4 Mary Astell (1666-1731), pensadora de visão feminista 4.5 Maria Gaetana Agnesi (1718-1799), linguista, filósofa e matemática italiana 4.6 Mary Wollstonecraft (1739- 1797), educadora e feminista 4.7 Olímpia de Gouges (1748-1793) 4.8 Harriet Taylor (1807 – 1858), filósofa e interlocutora de Stuart Mill 5. Idade Contemporânea (Séc. XIX - XX) 5.1 Rosa de Luxemburgo (1871-1919) 5.2 Lou Andreas-Salomé (1861-1937), vide "post" nos comentários 5.3 Edith Stein (1891-1942) 5.4 Maria Zambrano (1904-1991) 5.5 Hannah Arendt (1906-1975) 5.6 Simone de Beauvoir (1908-1986) 5.7 Angela Davis (1944) 5.8 Susanne Langer (1895-1985) 7
  • 8. FATOS URGENTES ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO ESTADO DE SÃO PAULO APROFFESP BOLETIM INFORMATIVO Nº 1 – 14 de março de 2015 www.aproffesp.pro.br 5.9 Ayn Rand (1905-1982) 5.10 Sarah Kofman (1934–1994) 5.11 Julia Kristeva (1941) 5.12. Martha Nussbaum (1947) 5.13. Simone Weil (1909-1943), filósofa e mística francesa. 5.14. Isabelle Stengers, filósofa e prêmio nobel de química, teórica do caos. 5.15. Agnes Heller (1929) Quem esquecemos? Foto: Hipátia de Alexandria (Rachel Weisz), envergando a túnica dos filósofos, no filme “Ágora”. Mulheres notáveis citadas nos comentários: Marie Curie (prêmio Nobel de física e de química), Emma Goldman (ativista e escritora lituana), Michelle Perrot (historiadora que trabalhou ao lado de Foucault, trabalha por uma cultura de paz). Sem dúvida, a lista é enorme, sendo que muitas mulheres trabalharam anonimamente. Lembrando também que na Antiguidade os "oráculos", as pitonisas, eram mulheres. #DiadaMulher #DiaInternacionaldaMulher #Mulheresna filosofia. A metamorfose da Educação. Há um fenômeno que, cada vez mais, parece se naturalizar na educação, isto é, uma metamorfose produzida pelos novos valores daquilo que temos por educação.Os novos valores parecem vir , também, de novas políticas de gestão escolar. Há que se entender a gestão escolar como prática conduzida rumo a benefícios imediatos do dia a dia de uma escola. Tal política se prima pela ordem e pelo aspecto de uma organização que mais parece de fachada do que qualquer outra coisa, onde o que se tem como núcleo é a situação de dentro de cada sala de aula. A ordem tem como núcleo , uma desordem, um caos. A fachada parece ser inspirada de ambientes severos e até mesmo, quiçá, monásticos - idealizados, de corredores vazios e apenas funcionários e inspetores da escola circulando pelo ambiente escolar. Eis aqui a política promovida pela gestão escolar. Uma aparência de uma escola que já não é mais uma escola. A metamorfose inspirada por tal prática produz novos personagens que ocupam lugares 8
  • 9. FATOS URGENTES ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO ESTADO DE SÃO PAULO APROFFESP BOLETIM INFORMATIVO Nº 1 – 14 de março de 2015 www.aproffesp.pro.br daqueles que, outrora como professores se eram conhecidos. Cada vez mais o professor da lugar ao guardador, aquele que guarda e que passa a ter a função de auxílio na construção de fachadas de ordem. Porém, o que guarda esse guardador, cujo sentido, melancolicamente se assume? Não poderia ser alunos, pois, alunos ou a figura do aluno se perfaz e se fundamenta em sua relação com o professor, porém, professor, é o que parece não haver mais. Mas, afinal, se não são alunos, o que guarda tal guardador? Guardam pessoas que por sua vez, não querem ser guardadas. Pessoas que estão onde estão por obrigação e que desprezam tudo aquilo que lhes parecem chegar de uma dada altura que, primeiramente, não reconhecem e portanto, não lhes fazem qualquer sentido e, também, pelas precárias situações espaciais pelas quais estão submetidos. O choque de ambientes e sua resultante tem como amparo o guardador que é aquele que guarda, aquele que tem o domínio sobre as saídas de sala de aula, aquele que guarda o silêncio frente a seu triste destino. O ambiente familiar de cada aluno parece chocar-se com o ambiente escolar que , através de longos períodos, foram construídos verticalmente, de cima para baixo, tornando a educação elitizada e cheia de caprichos advindos de intenções, cujas origens , nos parecem remeter a sentidos de configuração que apostam em uma divisão social entre os bem nascidos e os não bem nascidos. Aos primeiros , escola, que de qualquer maneira, são tradicionais e excludentes, pois, formam gladiadores e alpinistas sociais da meritocracia, pela qual, se torna a bandeira de um movimento que produz adultos infantilizados e muitas vezes, imbecis e agressivos. Quanto ao resto, a cópia da cópia, que produz as aberrações sociais. A escola que não é escola , o professor que não é professor e finalmente o aluno que não é mais aluno. A escola se torna uma espécie de depósito humano, ou se quisermos ser mais gentis, creche, "crechões" que aliviam os pais da presença de filhos por períodos que se tornam moedas de voto e ainda, o retrocesso que se instala e se mostra pelo recuo da escola para creche, concomitantemente ao recuo da adolescência para estágios infantilizados e a grosseira e desagradável insistência em sua permanência. 9
  • 10. FATOS URGENTES ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO ESTADO DE SÃO PAULO APROFFESP BOLETIM INFORMATIVO Nº 1 – 14 de março de 2015 www.aproffesp.pro.br Pátria que parece reproduzir na educação a posição que ocupa perante a "dita" ordem mundial, pátria emergente mas, ainda excluída das importantes decisões e portanto, do ambiente adulto ou das pátrias que se reconhecem como emancipadas. O que fazer? Participar disto como um autômato que tem como função a reprodução em detrimento a criação? Desligar-se desta situação? Como diria Drumond em seu poema "Os ombros suportam o mundo": alguns, achando bárbaro o espetáculo, prefeririam (os delicados) morrer - porém , continua o poeta - Chegou um tempo em que não adianta morrer. Há que se admitir que a criação pode ludibriar a reprodução, porém, com passos de pombas, como nos inspira o filósofo Nietzsche, silenciosos, mas que produzem ações que caminham da simplicidade para a complexidade, abandonando lentamente e sem estardalhaços a estúpida reprodução. Aproveitando-se de um "dito" religioso, quem tem olhos que veja, quem tem ouvidos, que ouça,e finalmente , completaria, quem tem bom senso, que o faça valer. Anderson Araujo ABREU E LIMA E A FILOSOFIA BRASILEIRA. O General das massas é uma leitura importante para os militantes brasileiros, pois trata-se de um personagem ainda desconhecido para a maioria da vanguarda e a população do nosso país. Tomei conhecimento através da publicação da editora expressão popular que traça a trajetória de um importante personagem brasileiro movido pelo sentimento e consciência internacionalista. O presidente Hugo Chávez citou várias vezes o nome e exemplo do General Abreu e lima no lV Fórum social mundial em porto alegre, uma vez que no Brasil Abreu e Lima é um ilustre desconhecido, enquanto na Venezuela compõe o panteão dos Heróis da independência juntamente com Simóm Bolívar. Foi fiel ao lado de Simóm Bolívar, tendo destacada competência militar na construção do projeto de integração e libertação regional, livre do julgo dos opressores e colonizadores. Podemos entender Abreu e lima em momentos distintos de sua atuação militante. 10
  • 11. FATOS URGENTES ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO ESTADO DE SÃO PAULO APROFFESP BOLETIM INFORMATIVO Nº 1 – 14 de março de 2015 www.aproffesp.pro.br Na juventude, na militância e com morte do pai José Ignácio Ribeiro de Abreu e Lima que nasceu em 6 de abril de 1794 na cidade de Recife, onde, ainda jovem assimilou o contexto das revoltas lideradas pelo seu pai, Padre Roma, advogado e uma das lideranças da revolução Pernambucana, Abreu toma novos rumos e se lança a luta revolucionária. Estudou latim, filosofia, retórica francesa e depois entra para a Academia Real Militar no Rio de Janeiro. Foi professor de matemática, Engenheiro, escritor, militar e militante político.Seu pai era militante e defensor da revolução Pernambucana, que dentre outros pontos, defendiam o fim da dominação colonial e pela instauração da via Republicana. Abreu e Lima se encontrava preso na fortaleza de São Pedro em Salvador por envolvimento numa briga com oficiais portugueses. Ao solicitar permissão para ver seu pai que estava detido por conta de sua liderança junto revolução Pernambucana e sua atuação política de ampliação da revolução na Bahia, para seu espanto e indignação, Abreu e lima é obrigado assistir o fuzilamento do Pai no largo da Pólvora, Salvador/Bahia, no dia 29 de março de 1817, aos 23 anos de idade. Depois de fugir da prisão em 1818 e com a proteção da maçonaria, ele e seu irmão fogem para os Estados Unidos. Estabelece contatos políticos e ação internacionalista e nos estados Unidos entra em contato com inúmeras lideranças em luta pela independência da América Latina. Diante da morte do pai, ele toma a histórica decisão de continuar lutando, e em 18 de fevereiro de 1819 escreve solicitando seu ingresso nas tropas do exército de Simon Bolívar. Como jornalista, ele vai atacar as monarquias absolutistas, bem como defende a ruptura e a revolução social como condição necessária a libertação das tiranias em todos lugares e momentos históricos. Com sua participação militar, lidera e comanda batalhas triunfais e numa dessas batalhas é ferido no peito. Pela sua coragem e valentia é promovido à Tenente e depois a Coronel em 1823. A marcha de Bolívar vai levar a organização e criação da república Grã- Colombiana, formada pela Venezuela, Nova Granada e Quito. 11
  • 12. FATOS URGENTES ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO ESTADO DE SÃO PAULO APROFFESP BOLETIM INFORMATIVO Nº 1 – 14 de março de 2015 www.aproffesp.pro.br Profundas divergências assolam a unidade com as disputas internas e conflitos de interesses e leituras divergentes sobre o processo revolucionário, levando a realização do Congresso do Panamá. Nesse congresso avançam no fortalecimento regional contra o ataque da Espanha, além de compromissos de preservar a paz no continente, a abolição da escravatura, além de adotarem outros mecanismos de defesa mútua, caracterizando-se esse momento como importante período de apelo e sentimento americano. O Brasil por ser colônia de Portugal não participou dessa manifestação latino- americana por seus compromissos com a metrópoles a serviço dos interesses comerciais da Inglaterra. Em 1827 os conflitos e interesses ameaçam a unidade e mesmo tentando unificar na condição de governador, Bolívar é vítima de um atentado e em 1831 a Grã-Colombia, após a morte de Bolívar, é dividida em três repúblicas: “Venezuela, Equador e Colômbia, à qual se integrava o Panamá”. Fiel ao sonho de libertação latino- americana e ao grande libertador Simom Bolívar, em 1831 o patenteado General Abreu e Lima é expulso com outros militares estrangeiros e retornam ao Brasil após 12 anos de lutas e resistências. Contradição ou fidelidade a unidade sonhada Ao retornar ao Brasil, diferente do país que tinha deixado, existiam várias rebeliões e conflitos em relação ao poder central. No Brasil, contrário ao que pregava na luta pela república da Grã-Colômbia, se filiou ao partido Caramuru, defensor da monarquia e da família real. Transportou para o país o sentimento e ação de unidade que lutou até o fim ao lado de Simom Bolívar.Essa unidade para ele se materializava na monarquia através da família real, caracterizando dessa forma uma contradição de projetos em curto tempo de existência. Evaristo da Veiga, Januário da Cunha Barbosa, desferiram fortes ataques a esse comportamento monarquista, questionaram inclusive o título de general de forma depreciativa. Como bom escritor, Abreu e Lima reafirma o título de “General das massas” como também as inúmeras contribuições concretas e títulos de libertador da Venezuela, da nova- 12
  • 13. FATOS URGENTES ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO ESTADO DE SÃO PAULO APROFFESP BOLETIM INFORMATIVO Nº 1 – 14 de março de 2015 www.aproffesp.pro.br Granada, sempre tendo como causa a liberdade e a independência da América. Além de se envolver com outras polêmicas com o deputado Antonio Ferreira França que era favorável a revogação do regime monárquico, escreveu um significativo relato de história do Brasil, sendo refutado a partir do parecer de Francisco Adolfo de Varnhagem. Essa polêmica final expõe o debate sobre a independência ou não do Brasil de Portugal. Enquanto Francisco Adolfo de Varnhagem defendia um império luso- brasileiro, voltado a civilizar a América do sul, essa postura diferenciava de Abreu e lima que buscava entender o Brasil e seus conflitos internos do que mirar e olhar para a Europa. A memória da revolução é retomada Ao se sentir cansado, doente e sem recursos financeiros, retorna ao Recife, depois de quase três décadas e lá mais uma vez retoma as manifestações que estão acontecendo com a Revolução Praieira de 1848 à 1850 . Em 1817 tinha acontecido a Revolução Pernambucana, cujas cicatrizes ainda estavam abertas pelos episódios e memórias históricas e mais uma vez a ousadia revolucionária é despertada no General das Massas. A pauta é semelhante a defendida na revolução Pernambucana, como o voto livre e universal, a liberdade de imprensa, a abolição do trabalho escravo e a proclamação da República, dentre outras. Em 1848, ano da publicação do manifesto comunista de Marx e Engels, mais uma vez, o General Abreu e Lima, juntamente com o capitão Pedro Ivo Veloso da Silveira, Antonio Borges da Fonseca e Joaquim Nunes Machado com o apoio e participação dos praieiros iniciam a revolução contra o governo da província, que se alastrou a partir de Olinda pela Zona da Mata Pernambucana. Um dos pontos de partida de Abreu e lima era a busca da unidade. Foi assim ao solicitar o ingresso no exército de Bolívar, buscando e lutando pela unidade da America do sul, foi assim na defesa do Brasil mesmo no período da monarquia e da família real e no federalismo contido no manifesto ao mundo no dia 1° e maio de 1849, onde defendia o voto livre e universal, o federalismo, a independência dos poderes constituídos, a liberdade de imprensa, o 13
  • 14. FATOS URGENTES ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO ESTADO DE SÃO PAULO APROFFESP BOLETIM INFORMATIVO Nº 1 – 14 de março de 2015 www.aproffesp.pro.br trabalho como garantia, dentre outros pontos. Mesmo marchando sobre Recife com cerca de 2.5 mil combatentes, a revolução praieira que defendia a divisão das riquezas foi derrotada. Nas relações econômicas o pais passa a viver um novo ciclo de exportadora do café. Com o novo ciclo de expansão a classe dominante institui a primeira lei da terra em 1850, dificultando ainda mais a vida do povo do campo e da cidade. O General das massas foi condenado à prisão perpetua em 1850 sob a acusação de comandar a revolução e deveria ser preso em Fernando de Noronha, não fosse a intervenção de Nabuco Araujo, pai de Joaquim Nabuco, marcante advogado e defensor do fim da escravidão Socialismo de novo tipo? Já debilitado pelas sucessivas lutas e derrotas desenvolveu ação de saúde pública atendendo os empobrecidos com atendimento homeopático em um consultório na sua casa. Enfrentou os debates propondo medidas de desportuguesar o país, excluindo-os dos poderes, diversificar a igreja, criando universidades, priorizando as atividades de expansão do Brasil pelos próprios brasileiros. O debate sobre o socialismo foi apresentado através de um livro escrito por Abreu e lima, intitulado O Socialismo, publicado em 1855, onde para ele o socialismo era como uma evolução natural que não dependia da vontade e do enfrentamento dos homens e mulheres. Mesmo tido como um socialista utópico, ele já criticava os utópicos Saint- Simon, Fourier e Owen, qualificando-os de sectários. O socialismo para ele era uma grande família, formada por uma única raça, pela religião cristã tendo como símbolo a cruz. Para aprofundar as contradições em relação a proposta de Marx, ele difere e afirma que socialismo não tem nada a ver com comunismo, pois a propriedade privada e a família são instituições divinas e não poderiam ser discutidas. Republica de Platão Mais uma vez tenta transportar para o mundo do poder político as ideias do filosofo grego Platão que é considerado por Abreu e Lima como uma divindade socialista. Para ele a metodologia usada 14
  • 15. FATOS URGENTES ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO ESTADO DE SÃO PAULO APROFFESP BOLETIM INFORMATIVO Nº 1 – 14 de março de 2015 www.aproffesp.pro.br por Platão não poderia ser comparado a outro homem, pois Platão propõe em sua república uma espécie de paz universal. Embora seu pensamento seja um mesclado do pensamento cristão com princípios medievais, ele certamente tinha contato com o pensamento europeu, com o iluminismo e liberais e com os enunciados de Marx e Engels, além de conter elementos do positivismo bastante presente nos ciclo intelectuais desse período. É preciso aprofundar o conhecimento e debater sobre as ideias motivadoras de sua ação revolucionaria, num primeiro momento com o apoio da maçonaria, sua fidelidade ao liberador Simom Bolívar que também era maçônico, depois sua defesa da monarquia e da família real, da revolução praieira, da solidariedade para com os pobres como as receitas de medicamentos homeopatas, a defesa do “socialismo cristão” a retomada dos ideais da republica de Platão, num contexto de mudanças estabelecidas com as ciências sociais explicando a mecânica do capitalismo emergente na Europa e da influência do positivismo Frances interna e externamente. Polêmicas até a morte. Isolado, pobre e muito doente, aos 75 enfrentava, dentro de seus limites, os debates e provocações de toda ordem. Como liberal religioso defendia que os protestantes tinham o direito de ler, estudar e divulgar sua bíblia, levando-o a mais um confronto com monsenhor Joaquim Pinto de Campos e, não recuando em suas ideias, o mesmo foi impedido de ser enterrado em 1869 no cemitério de Recife, sendo, portanto enterrado no cemitério dos Ingleses em Santo Amaro, uma vez que esse cemitério era considerado território internacional. Contrariando tudo isso, numa placa em seu túmulo está escrito: “Aqui jaz o cidadão brasileiro general José Inácio de Abreu e lima, propugnador esforçado da liberdade de consciência” No livro Abreu e Lima, General das Massas, página 65 está explicitado: “Finalmente, toda sua trajetória é motivada pela capacidade de indignação e inquietação diante das injustiças. Foram assim, desde o fuzilamento de seu pai, que lhe imprimia os ideais revolucionários 15
  • 16. FATOS URGENTES ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO ESTADO DE SÃO PAULO APROFFESP BOLETIM INFORMATIVO Nº 1 – 14 de março de 2015 www.aproffesp.pro.br e o motivará, mais tarde, a seguir para a Venezuela e ingressar no exército Libertador. Da mesma maneira, de volta ao Brasil, não deixou de denunciar as desigualdades e injustiças do segundo reinado, somando-se a revolução Praieira”. É nesse contexto filosófico que devemos estudar sua obra e ação, pois, mesmo reproduzindo ideias e pensamentos de outras experiências vividas, certamente ele procura imprimir elementos de sua observação e ação cotidiana, mormente, a sua proposta de poder político comprometido com a transformação da sociedade em que vivemos. Aldo Santos: Presidente da Associação dos Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo. Referência Bibliográfica: (Angelo Diogo Mazin,Miguel Enrique Stedile- 1.ed,Abreu e lima- General das massas-- São Paulo:expressão popular,2006). MOVIMENTO EM DEFESA DAS CIÊNCIAS HUMANAS Segue ata da nossa última reunião. Ata da reunião de nosso encontro do Movimento em Defesa das Ciências Humanas, do dia 28 de fevereiro de 2015 na Casa do Professor, escrita pelos Professor Ivo Lima dos Santos – Professor de Filosofia e Diretor de Políticas Pedagógicas da APROFFESP e Cristiane Gandolfi – membro do Movimento em Defesa das Ciências Humanas. Dando continuidade aos debates em torno da Reforma do Ensino Médio, que tramita no Congresso Nacional, através dos trabalhos já realizados, tendo como relator o Deputado Federal reeleito do PT- MG, Reginaldo Lopes, um grupo de professores do Estado de São Paulo , através de encaminhamentos da APROFFESP, APEOESP E SINDICATO DOS SOCIÓLOGOS , se encontraram novamente para debaterem o PL substitutivo ao PL 6840/13, cujo tema é a Reforma do Ensino Médio. 1. A professora Cristiane Gandolfi, da 16
  • 17. FATOS URGENTES ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO ESTADO DE SÃO PAULO APROFFESP BOLETIM INFORMATIVO Nº 1 – 14 de março de 2015 www.aproffesp.pro.br Faculdade Metodista do Grande ABC, apresentou as alterações que o PL 6840/13 sofreu graças a mobilização de várias entidades, entre outras: ANPED / CEDES. Essas trouxeram contribuições relativas ao Projeto na medida que não desconsideram a historicidade e cultura da educação formal via unidade escolar e buscam a melhoria do Ensino Médio. Elas formam um grupo de entidades que sedia o Movimento em Defesa do Ensino Médio, o qual apresentou o documento que se tornou base do substitutivo. Foi realizada a audiência com o Ministro Henrique Paim, em 13/12/14, em Brasília, fato fundamental na constituição da contra-proposta ao PL 6840/13 em questão. 2. O ministro Cid Gomes, ao propor a reforma do Ensino Médio, aponta claramente para interesses que dizem respeito a uma escola de tempo integral em dialogo com o Ensino Médio profissionalizante. Nós, sociedade civil organizada, devemos questionar: que modelo de escola é esse? Como fazer isso em um prazo curto de tempo, sem contar com a participação dos educadores de forma ampla e de entidades representativas da educação? Na escola em que você trabalha, que seus filhos estudam, que você dirige, o tema Projeto de Lei 6840/13 já se enraizou no cotidiano de debates e vida escolar? Nesse sentido, é que está posto o debate que estamos relatando. Além de chamar a atenção dos professores de todas as áreas, sobre o procedimento do MEC diante dessa reforma, é muito interessante que intelectuais comecem escrever sobre os caminhos e descaminhos do Ensino Médio diante do PL 6840/13 na sociedade contemporânea brasileira. É preciso debater junto e apontar aspectos problemáticos que comprometem o papel da escola. Importante lembrar que ela não é uma Ong, com todo o respeito conferido à Educação Não-Formal, importante estaca educativa de nossa sociedade. Entendemos que tanto a Educação Formal (escola) quanto a Não-formal (Ongs, entidades, terceiro setor) são fundamentais na formação das novas gerações, contudo, uma não deve substituir a outra. Entendemos inclusive que deve haver uma verba obrigatória, um financiamento para a Educação Não- 17
  • 18. FATOS URGENTES ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO ESTADO DE SÃO PAULO APROFFESP BOLETIM INFORMATIVO Nº 1 – 14 de março de 2015 www.aproffesp.pro.br formal via Terceiro Setor, tal como há para a Formal, fato conquistado pelas lutas e mobilizações dos educadores sobretudo nas décadas de setenta e oitenta do século XX. Ali se conquistou uma verba obrigatória para a Política Social de maior enraizamento social, visto que o direito à educação é direito de todos. No entanto, a não centralidade da verba obrigatória para os insumos básicos da educação tem produzido muita precarização nesta Política social, visto que sequer o magistério tem sido valorizado quando cotejado as demais profissões de nível superior do mercado de trabalho. Como bem sabemos, a escola trabalha com Ciência, Cultura, Trabalho e Tecnologia, tal como se põe nas Diretrizes Curriculares do Ensino Médio. Por isso, o movimento em defesa da reforma do ensino médio faz a defesa de uma escola pública de qualidade para os filhos da classe trabalhadora, fato que nos põe em acordo e aponta o somar de nossos esforços em defesa de outra escola de Ensino Médio. 3. Outro destaque do debate foi a relação entre a proposta de currículo do ensino médio feita pelas entidades acadêmicas e da sociedade civil sob o crivo do PNE, visto que este destina o período de 2 anos para que haja um amplo debate junto a comunidade escolar/sociedade civil organizada sobre o Currículo do Ensino Médio. É interessante que o Substitutivo valoriza mais a Base comum do Currículo do que os eixos transversais ditos no PL 6840/13, fato que nos põe em acordo. Ele mantém a carga horária de 1400 horas, conforme artigo 24 da LDB 9394/96, inciso VIII e ao mesmo tempo chama atenção para os eixos do PNE que devem dialogar com o novo texto escrito, na medida em que a Reforma do Ensino Médio deve considerar as diretrizes, objetivos, metas e estratégias do Plano Nacional de Educação ( Lei 13.005/14). Já o artigo 36 da LDB 9394/96 mantém as quatro áreas do conhecimento: I. Linguagens; II. Matemática; III. Ciência da Natureza e IV. Humanas. Ou seja, está idêntico ao PL 6840/13. Mas no PL 6840/13 temos o Profissionalizante como quinto eixo, ainda não temos acumulo de leitura que clareie qual o lugar deste quinto eixo na Reforma. Outro questionamento levantado nesse debate é o seguinte: “Devemos, 18
  • 19. FATOS URGENTES ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO ESTADO DE SÃO PAULO APROFFESP BOLETIM INFORMATIVO Nº 1 – 14 de março de 2015 www.aproffesp.pro.br também, perguntar aos estudantes o que eles acham do Ensino Médio. Deverá haver uma sintonia entre esse movimento que defenda os interesses da educação e os próprios estudantes, frisa Aldo Santos”, presidente da APROFFESP. O filósofo Aldo Santos chama atenção para o fato de que sem a participação dos estudantes e a valorização da formação educativa dos professores para além das certificações, não avançaremos na finalidade da atividade-fim da educação básica. Professor é intelectual e precisa se ver e ser tratado como tal. Aldo ainda exemplificou com a escuta aos estudantes no Encontro Estadual de professores de Filosofia do Estado de São Paulo, realizado em agosto de 2014, pela APROFFESP, onde muitos deles apresentaram trabalhos/comunicações no Encontro. E, por fim, seguindo o debate, a diretora de escola da rede municipal de São Bernardo do Campo e educadora comprometida com o chão da escola, Cida Santos, chamou a atenção sobre a importância dos alunos, dos professores, dos pais e dos diretores, tomarem parte desse debate sobre esta reforma. Falou de sua experiência em debates passados que diziam respeito ao Plano Nacional de Educação e os encaminhamentos no Estado de São Paulo. Ela defendeu com veemência que temos necessidade de conhecermos o conteúdo desse projeto, debatermos para que consigamos aproveitar as brechas para propor mudanças significativas. Ressaltou, ainda, as 20 metas do Plano atual, as 11 estratégias, a necessidade das articulações políticas, em vista de fazer valer os reais interesses da educação e dos educadores. Levantou-se, também, porque não se investe em um ensino médio de qualidade, e faz-se o mesmo com a qualificação técnicas dos jovens, investindo em escolas técnicas que realmente cumpram com esse papel. Daí a urgência desse debate para fazer a correção de rota do projeto de lei 6840/14 o qual apresenta a reforma do Ensino Médio. Do encontro levantamos alguns temas de debate essenciais: 1. Fazer a discussão sobre o currículo; como ampliar a carga horária de 800 para 1400 horas na estrutura precarizada que temos em diversas escolas? Como superar a precarização da base material das escolas bem como de muitas relações interpessoais impactadas pela precarização humana/social. Vale 19
  • 20. FATOS URGENTES ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO ESTADO DE SÃO PAULO APROFFESP BOLETIM INFORMATIVO Nº 1 – 14 de março de 2015 www.aproffesp.pro.br lembrar que a lei 11.738/01( lei do Piso nacional do professor ainda não foi universalizada no Brasil). 2. Que Ensino Profissionalizante está se propondo? Em que medida se relacionará com o Ensino Médio, última etapa da Educação Básica, portanto de caráter universalizante, de base comum curricular pois favorece um currículo orientado pela Ciência, Cultura, Trabalho e Tecnologia. Vale lembrar que o Ensino Médio não é modalidade de educação profissionalizante, dialogam, mas são diferentes. 3. O professor João Palma discorreu sobre o Fórum Estadual da Educação, o historicizou e apresentou suas preocupações educativas com a Educação Básica. O Fórum Estadual de Educação foi constituído em 1983, por meio da ação do governo Franco Montoro. Atualmente, o professor Palma vem coordenando o Fórum e está sob a tarefa de mobilizar a sociedade civil do Estado de São Paulo para a escrita do Plano Estadual de Educação. Palma sublinhou que este trabalho é árduo e exige mobilização de todos os seguimentos da educação, somente assim teremos saltos qualitativos na direção da concretização de uma proposta educacional adequada à realidade e aos desafios que estão postos em nosso estado. Nesse trabalho, segundo Palma, realizou-se um diagnóstico, levando-se em conta: 1- Valorização do magistério; 2- Financiamentos para a educação; e 3- Gestão democrática. Os trabalhos continuam e os objetivos precisam ser perseguidos com afinco para se concretizar os objetivos. 4. Francisco Gretter divulgou o mais recente Boletim da APROFFESP e fez a denúncia sobre a violência da PM, ao invadir uma escola estadual localizada na zona Oeste da cidade de São Paulo, onde infelizmente um professor foi agredido. 5. Por fim, o sociólogo Silvio representando o Sindicato dos Sociologos, falou sobre as dificuldades que temos para mobilizar a categoria dos professores, mesmo quando apresentamos novas propostas para a educação. Devido o desinteresse desse governo que temos, que simplesmente engaveta os projetos e as coisas não avançam. Aponta que devemos nos articular de maneira muito forte, para romper com essa realidade que enfrentamos no Estado de São Paulo e 20
  • 21. FATOS URGENTES ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO ESTADO DE SÃO PAULO APROFFESP BOLETIM INFORMATIVO Nº 1 – 14 de março de 2015 www.aproffesp.pro.br daí, frisa a importância das manifestações nas ruas, o envolvimento dos sindicatos e de outras entidades que possam se somar aos educadores. E conclui: a política do governo estadual em vigência é muito clara: destruir a carreira do magistério, precarizando cada vez mais as escolas e o trabalho dos educadores, tendo sempre por objeto o dividir a categoria para governar. Portanto, não há uma saída mágica, mas é a luta que vai possibilitar vislumbrar outro horizonte para a educação, porque esse quadro que temos é caótico.Neste ponto houve a breve discussão sobre Escola de Tempo integral pois o companheiro Tarcísio lembrou que a classe trabalhadora necessita de uma escola de tempo integral, pois essa tem sofrido com a precarização do trabalho e necessidade de uma instituição que se responsabilize pelas novas gerações no momento em que os trabalhadores estão em seus postos de trabalho. Este tema é extremamente concreto mas certamente produzirá no movimento muito debate a frente, pois há diversas opiniões sobre tempo pedagógico integral e o tempo cronológico em questão, necessário à classe trabalhadora. 6. Professora Cristiane sugeriu constituirmos 3 frentes de atuação: primeiramente levar este debate para o maior número de escolas possível, debater o PL 6840/13 nos HTPCs, iniciar com as escolas ali presentes. Passar vídeos sobre as falas de Cid Gomes e dos parlamentares, apresentar os Power- points explicativos postos na página do facebook grupo em defesa das ciências humanas. Em segundo lugar, constituir uma ação parlamentar com os deputados votados pelos participantes do movimento em defesa das ciências humanas, buscar apoio parlamentar para que o PL 6840/13 seja revogado. E, em terceiro lugar, paralelamente, deve-se horizontar uma ação popular de rua que enfrente a proposta do governo tomando as ruas da capital de São Paulo em oposição ao PL na medida em que este não representa o chão da escola. Na reunião ficou claro que temos muitos pontos em acordo com o Projeto de Lei Substitutivo ao Pl 6840/13 e na próxima reunião debateremos com quais pontos somamos e quais deles nos distanciamos, sempre na perspectiva de somar nossas ações, produzindo consensos. 21
  • 22. FATOS URGENTES ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO ESTADO DE SÃO PAULO APROFFESP BOLETIM INFORMATIVO Nº 1 – 14 de março de 2015 www.aproffesp.pro.br 7. A professora Erika propôs que na próxima reunião seja constituída uma Carta do Movimento para todos os Deputados Federais, logo, a reunião deverá ter este ponto de pauta, bem como encaminhamentos a respeito da difusão da carta na sociedade política e civil. A data da próxima reunião é 28 de março, às 9:00 horas da manhã, na Casa do Professor. São Paulo, 28 de março de 2015. Comissão organizadora dos eventos. CONVITE CAFÉ FILOSÓFICO Exibição e debate sobre o Alexandria. Dia: 21 de março Horário: 18 horas Local: Subsede APEOESP São Bernardo do Campo A DIRETORIA DA APROFFESP Presidente: Aldo Josias dos Santos - São Bernardo do Campo Vice-Presidente: Francisco Gretter – Lapa Tesoureiro: Anízio Batista de Oliveira-Centro sul Primeiro tesoureiro: Francisco Venâncio Feitosa- Taboão da Serra Secretário: José de Jesus Costa - Osasco Primeiro secretário: Marcos Silva - Santo André Diretor de Comunicação e Propaganda: José Carlos Carneiro dos Santos- SBcampo Diretor Adjunto de Comunicação e Propaganda: André Sapanos- Mauá Diretor de Políticas Pedagógicas: Ivo Lima dos Santos - Zona Norte Diretor Adjunto de Políticas Pedagógicas: Aldo Xavier Monteiro-Taboão da Serra Diretor de Relações Institucionais: Rita Diniz - Salto Diretor Adjunto de relações Institucionais: Eduardo de Carvalho-Osasco Diretor de Relações Sociais e Movimentos Sindicais: Nayara Navarro- SBCampo Diretor Adjunto de Relações Sociais e Movimentos Sindicais: Cícero Rodrigues- Zona Sul Diretor Organizativo da Capital: Alba Valéria - Itaquera 22
  • 23. FATOS URGENTES ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DE FILOSOFIA E FILÓSOFOS DO ESTADO DE SÃO PAULO APROFFESP BOLETIM INFORMATIVO Nº 1 – 14 de março de 2015 www.aproffesp.pro.br Diretor Adjunto Organizativo da Capital: Rubens Roque e Souza - Zona Sul Diretor Organizativo da Grande São Paulo: Gilmar Soares- Santo André Diretor Adjunto Organizativo da Grande São Paulo: Antonio Élson Oliveira- Guarulhos Diretor Adjunto Organizativo da Grande São Paulo: Valmir João Schmitt-Osasco Diretor Organizativo do Interior: Ademir Alves de Lima, (Vale do Paraíba) Diretor Adjunto Organizativo do Interior: Gabriel Bistafa (Sorocaba e região) Diretor Adjunto Organizativo do Interior: Maria Lucia B.V. de Brito (Região Metropolitana de Campinas) Diretor Adjunto Organizativo do Interior: Antonio Fernando Capellari, Jaú. Diretor de relações Acadêmicas: Hugo Allan, Professor da rede Estadual e da Universidade Metodista. DIRETORIA DE BASE DA APROFFESP Yoshinori Miura - Vale do Ribeira Wilson Cristovan- Presidente Prudente Fernando Henrique de Paula- Ourinhos Marcelle Pereira Bernardo- Guarulhos Creuza lima da Silva- Taboão, Itapecerica e Embu Miguel Moreira da Silva – Osasco Alexandra Sousa Barros- Diadema André Aparecido da Silva Barbosa- Avaré Adilson Nogueira Soares- Ipiranga Aline Rodrigues Teixeira- Campinas Hécio Peres Filho- Região Leste 4 Wellington Cruz- São Bernardo do Campo Victor Henrique Neri da Mata- Lapa- Adeval Santos-Zona Norte da Capital Adriano Soares da Silva- Sumaré/Hortolândia Amauriso Umbelino da Silva – Itapevi Carlete Diana Nery de Oliveira Lanza- Salto e Região Luis Carlos Antoniazzi – Jaù Vanderlei Nunes Junior- Mogi Mirim Marcos Rogério Muniz- Penápolis Osmar Francisco de Almeida- Itaquera Fernando F. de Oliveira- Santo André Elton Silva Santana-Itaquaquecetuba Sandra Braga Freire- Carapicuiba Simone Suelene- Taubaté Humberto Almeida Pereira-Caragatatuba Edson Genaro Maciel-Araçatuba Álvaro Augusto dias Junior- Mogi das Cruzes Fábia Cristina Hildebrand Pastori- Pirassununga Jorge Julio Ide- Zona Sul Emanoel Ferreira da Silva Lima- Carapicuiba Fábio P. Mendes - Região de Pindamonhangaba 23