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Luís Vaz de Camões Nascimento 1524 ou 1525 Falecimento  1580
Obra Épica “ Os Lusíadas” 3 gêneros Teatro Autos Lírica Sonetos
O teatro camoniano ,[object Object],[object Object],[object Object],O teatro de Camões é inferior à sua lírica e à sua épica. Ele deixou três autos: com características vicentinas uma composição à moda clássica.
a Lírica   ,[object Object],A poesia de Camões marca a transição da  medida velha  (usada na tradição medieval)  para a  medida nova  (soneto).  Luís Vaz de Camões  é considerado o maior poeta renascentista português e uma das mais expressivas vozes de nossa língua.
Cantiga          A este mote alheio:         Menina dos olhos verdes,         por que me não vedes? Eles verdes são,         e têm por usança         na cor, esperança e         nas obras, não.         Vossa condição         não é d’olhos verdes,         porque me não vedes. Haviam de ser,         por que possa vê-los         que uns olhos tão belos         não se hão de esconder;         mas fazeis-me crer         que já não são verdes,         porque me não vedes. Verdes não o são         no que alcanço deles;         verdes são aqueles         que esperança dão,         Se na condição está serem verdes Por que não me vedes?  Nem sempre os poemas em medida velha desenvolvem temas ingênuos e graciosos, como o da “menina dos olhos verdes”. Camões freqüentemente versa em redondilhas os mesmos temas graves e dramáticos de seus sonetos.  *medida   velha
*Medida Nova: 2 quartetos 2 tercetos ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],4 versos 4 versos 3 versos 3 versos
Os temas de Camões Observando a temática utilizada por Camões em sua poesia, pode-se dividi-la em: Neoplatonismo Amoroso Reflexão Filosófica Temas
Platão  +   Camões Amor , no ideal platônico, não se fundamenta num interesse material, mas na  virtude .  Platão  defendia que o verdadeiro Amor nunca deveria ser concretizado, pois quando se ama tende-se a cultuar a pessoa amada com as virtudes do que é perfeito.  Quando esse amor é concretizado, aparecem os  defeitos de caráter da pessoa amada.
Neo platonismo Camões cultivou o ideal  Platônico  (de Platão): o Amor -com maiúscula- é um ideal superior, único e perfeito, o Bem supremo pelo qual ansiamos.  Mas, seres decaídos e imperfeitos, somos incapazes de atingir esse ideal. Resta-nos a contingência do amor físico (com minúscula), simples imitação do Amor ideal.  A constante  tensão  entre esses dois pólos gera toda a angústia e insatisfação da alma humana.        Amor  x  amor Superior Perfeito Divino Físico Superficial humano
Amor platônico Eu sou apenas alguém ou ate mesmo ninguém talvez alguém invisível que a admira a distancia sem a menor esperança de um dia tornar-me visível e você? você é o motivo do meu amanhecer e a minha angustia ao anoitecer você é o brinquedo caro e eu a criança pobre o menino solitário  que quer ter o que não pode dono de um amor sublime mas culpado por querê-la como quem a olha na vitrine mas jamais poderá tê-la eu sei de todas as suas tristezas e alegrias mas você nada sabe... nem da minha fraqueza nem da minha covardia nem sequer que eu existo e como um filme banal entre o figurante e a atriz principal meu papel era irrelevante para contracenar no final no final no final
Soneto A mulher, objeto do desejo, também ela um ser imperfeito, é  espiritualizada  ,  tornando-se a imagem da  Mulher ideal.   Transforma-se o amador na cousa amada, por virtude do muito imaginar; não tenho, logo, mais que desejar, pois em mim tenho a parte desejada. Se nela está minha alma transformada, que mais deseja o corpo de alcançar? Em si somente pode descansar, pois consigo tal alma está ligada. Mas esta linda e pura semidéia, que, como um acidente em seu sujeito, assim como a alma minha se conforma, está no pensamento como idéia: [e] o vivo e puro amor de que sou feito, como a matéria simples busca a forma.
Alma minha gentil, que te partiste         tão cedo desta vida descontente,         repousa lá no Céu eternamente         e viva eu cá na terra sempre triste.        Se lá no assento etéreo, onde subiste,         memória desta vida se consente,         não te esqueças daquele amor ardente         que já nos olhos meus tão puro viste.        E se vires que pode merecer-te         alguma cousa a dor que me ficou         da mágoa, sem remédio, de perder-te,         roga a Deus, que teus anos encurtou,         que tão cedo de cá me leve a ver-te,         quão cedo de meus olhos te levou.  Este soneto  tem sido freqüentemente interpretado como um soneto autobiográfico, dedicado a Dinamene, a namorada chinesa de Camões, morta em um naufrágio.
Amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói, e não se sente; é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer. É um não querer mais que bem querer; é um andar solitário entre a gente; é nunca contentar-se de contente; é um cuidar que ganha em se perder. É querer estar preso por vontade; é servir a quem vence, o vencedor; é ter com quem nos mata, lealdade. Mas como causar pode seu favor nos corações humanos amizade, se tão contrário a si é o mesmo Amor? Soneto XI
Monte Castelo Ainda que eu falasse a língua do homens.  E falasse a língua do anjos, sem amor eu nada seria.  É só o amor, é só o amor.  Que conhece o que é verdade.  O amor é bom, não quer o mal.  Não sente inveja ou se envaidece.  O amor é o fogo que arde sem se ver.  É ferida que dói e não se sente.  É um contentamento descontente.  É dor que desatina sem doer.  Ainda que eu falasse a língua dos homens.  E falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.  É um não querer mais que bem querer.  É solitário andar por entre a gente.  É um não contentar-se de contente.  É cuidar que se ganha em se perder.  É um estar-se preso por vontade.  É servir a quem vence, o vencedor;  É um ter com quem nos mata a lealdade.  Tão contrário a si é o mesmo amor.  Estou acordado e todos dormem todos dormem todos dormem.  Agora vejo em parte, mas então veremos face a face.  É só o amor, é só o amor.  Que conhece o que é verdade.  Ainda que eu falasse a língua dos homens.  E falasse a língua do anjos, sem amor.. eu nada seria...  Adapt. "I Coríntios 13" e "Soneto 11" de Luís de Camões
Camões contrapõe a perfeição do mundo das Idéias (neoplatonismo) às imperfeições do mundo terreno.  Disso resulta uma visão  pessimista da vida
Ao desconcerto do mundo Os bons vi sempre passar No mundo graves tormentos; E para mais me espantar, Os maus vi sempre nadar Em mar de contentamentos. Cuidando alcançar assim O bem tão mal ordenado, Fui mau, mas fui castigado. Assim que, só para mim, Anda o mundo concertado.  Reflexão Filosófica
Épica Camoniana
Os Lusíadas é uma obra poética do escritor Luís Vaz de Camões, considerada a epopéia portuguesa por excelência. Provavelmente concluída em 1556, foi publicada pela primeira vez em 1572 no período literário do classicismo, três anos após o regresso do autor do Oriente .
[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object]
Os Lusíadas publicado em 1572  A obra é composta de : dez cantos de 8.816 versos com 1.102 estrofes que são oitavas decassílabas. Com o esquema rítmico fixo ( AB AB AB CC ). Veja a seguir:
Canto IX,64. ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],*Argonautas  são, na mitologia grega, tripulantes da nau  Argo  que, segundo a lenda  grega, foi até à Cólquida  em busca da lã do carneiro alado (velo de ouro).  1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 10 sílabas poéticas em cada verso
Visão Geral    Descrição do mundo pela deusa Tétis Canto X Ilha dos Amores  Canto IX  Calecute Cantos VII, VIII  De Melinde a Calecute  Canto VI Gama relata ao rei de Melinde a sua viagem até ali: a armada vai de Lisboa à Ilha de Santiago, passa o equador, toca na Angra de Santa Helena, dobra o Cabo, surge em Moçambique, chega a Melinde Canto V História de Portugal relatada por Gama ao rei de Melinde  Cantos III, IV De uma cilada em Mombaça a uma recepção calorosa em Melinde Canto II A frota viaja do Canal de Moçambique a Mombaça Canto I
O Modelo Clássico ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],As divisões da epopéia (clássica) encontradas em  Os Lusíadas : Proposição: Canto I Invocação: Canto I Dedicatória: Canto I Narração: Canto I a Canto X  (até a estrofe 144) Epílogo: Canto X, estrofes 145 a 156 Afinal, é  Classicismo
A ação central é a descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama, à volta da qual se vão descrevendo outros  episódios da história de Portugal , glorificando o povo português.
Os argonautas O Barco! Meu coração não aguenta Tanta tormenta, alegria Meu coração não contenta  O dia, o marco, meu coração O porto, não!... Navegar é preciso Viver não é preciso...(2x) O Barco! Noite no teu, tão bonito Sorriso solto perdido  Horizonte, madrugada  O riso, o arco da madrugada  O porto, nada!... Navegar é preciso Viver não é preciso (2x) O Barco! O automóvel brilhante  O trilho solto, o barulho  Do meu dente em tua veia  O sangue, o charco, barulho lento  O porto, silêncio!... Navegar é preciso Viver não é preciso...(6x)
Inês de  Castro ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Canto III Inês de Castro  foi uma nobre galega,  amante e talvez esposa do futuro Pedro I de Portugal, tendo sido executada às ordens do pai deste, Afonso IV.
Velho do  Restelo ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Canto IV
O Gigante Adamastor ,[object Object],[object Object],Canto V É o próprio cabo das Tormentas
Ilha dos  Amores Todo o episódio tem um caráter simbólico.  Representa a glorificação do povo português. Trata-se de uma ilha paradisíaca onde receberão o prêmio do seu esforço: a imortalidade  Canto IX
Quem descobriu o Brasil? Vedes a grande terra que continua Vai de Calisto ao seu contrário Pólo, Que soberba a fará a luzente mina Do metal que a cor tem do louro  Apolo. Castela, vossa amiga, será digna De lançar-lhe o colar ao rudo colo. Várias províncias tem de várias gentes, Em ritos e costumes, diferentes. Mas cá onde mais se alarga, ali tereis Parte também,  co´ pau vermelho nota; De Santa Cruz o nome lhe poreis; Descobri-la-á a primeira vossa frota. Ao longo desta costa, que tereis, Irá buscando a parte mais remota O Magalhães, no feito, com verdade, Português, porém não na lealdade.   No canto X, Camões coloca nas palavras de Tétis a “profecia” da descoberta do Brasil, o que comprova que o território já era de conhecimento dos navegantes antes da chegada de Cabral, afinal,  o poema trata da viagem de Vasco da Gama, que se iniciara em  1497 , levando 2 anos, um mês e 21 dias até retornar da partida rumo à Índia .
Homenagens Estátua do poeta na Praça Luís de Camões, ao Bairro Alto em Lisboa
Túmulo de Camões , Mosteiro dos Jerónimos
Filmografia Indicada Cartaz de "Camões", de Leitão de Barros (col. Cinemateca Portuguesa)  Longa Metragem; 1946
Fontes: ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Prof ªAmélia  Pereira de Barros

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Luis de camões 1

  • 1. Luís Vaz de Camões Nascimento 1524 ou 1525 Falecimento 1580
  • 2. Obra Épica “ Os Lusíadas” 3 gêneros Teatro Autos Lírica Sonetos
  • 3.
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  • 5. Cantiga       A este mote alheio:       Menina dos olhos verdes,       por que me não vedes? Eles verdes são,       e têm por usança       na cor, esperança e       nas obras, não.       Vossa condição       não é d’olhos verdes,       porque me não vedes. Haviam de ser,       por que possa vê-los       que uns olhos tão belos       não se hão de esconder;       mas fazeis-me crer       que já não são verdes,       porque me não vedes. Verdes não o são       no que alcanço deles;       verdes são aqueles       que esperança dão,       Se na condição está serem verdes Por que não me vedes? Nem sempre os poemas em medida velha desenvolvem temas ingênuos e graciosos, como o da “menina dos olhos verdes”. Camões freqüentemente versa em redondilhas os mesmos temas graves e dramáticos de seus sonetos. *medida velha
  • 6.
  • 7. Os temas de Camões Observando a temática utilizada por Camões em sua poesia, pode-se dividi-la em: Neoplatonismo Amoroso Reflexão Filosófica Temas
  • 8. Platão + Camões Amor , no ideal platônico, não se fundamenta num interesse material, mas na virtude . Platão defendia que o verdadeiro Amor nunca deveria ser concretizado, pois quando se ama tende-se a cultuar a pessoa amada com as virtudes do que é perfeito. Quando esse amor é concretizado, aparecem os defeitos de caráter da pessoa amada.
  • 9. Neo platonismo Camões cultivou o ideal Platônico (de Platão): o Amor -com maiúscula- é um ideal superior, único e perfeito, o Bem supremo pelo qual ansiamos. Mas, seres decaídos e imperfeitos, somos incapazes de atingir esse ideal. Resta-nos a contingência do amor físico (com minúscula), simples imitação do Amor ideal. A constante tensão entre esses dois pólos gera toda a angústia e insatisfação da alma humana.       Amor x amor Superior Perfeito Divino Físico Superficial humano
  • 10. Amor platônico Eu sou apenas alguém ou ate mesmo ninguém talvez alguém invisível que a admira a distancia sem a menor esperança de um dia tornar-me visível e você? você é o motivo do meu amanhecer e a minha angustia ao anoitecer você é o brinquedo caro e eu a criança pobre o menino solitário que quer ter o que não pode dono de um amor sublime mas culpado por querê-la como quem a olha na vitrine mas jamais poderá tê-la eu sei de todas as suas tristezas e alegrias mas você nada sabe... nem da minha fraqueza nem da minha covardia nem sequer que eu existo e como um filme banal entre o figurante e a atriz principal meu papel era irrelevante para contracenar no final no final no final
  • 11. Soneto A mulher, objeto do desejo, também ela um ser imperfeito, é espiritualizada , tornando-se a imagem da Mulher ideal. Transforma-se o amador na cousa amada, por virtude do muito imaginar; não tenho, logo, mais que desejar, pois em mim tenho a parte desejada. Se nela está minha alma transformada, que mais deseja o corpo de alcançar? Em si somente pode descansar, pois consigo tal alma está ligada. Mas esta linda e pura semidéia, que, como um acidente em seu sujeito, assim como a alma minha se conforma, está no pensamento como idéia: [e] o vivo e puro amor de que sou feito, como a matéria simples busca a forma.
  • 12. Alma minha gentil, que te partiste       tão cedo desta vida descontente,       repousa lá no Céu eternamente       e viva eu cá na terra sempre triste.       Se lá no assento etéreo, onde subiste,       memória desta vida se consente,       não te esqueças daquele amor ardente       que já nos olhos meus tão puro viste.       E se vires que pode merecer-te       alguma cousa a dor que me ficou       da mágoa, sem remédio, de perder-te,       roga a Deus, que teus anos encurtou,       que tão cedo de cá me leve a ver-te,       quão cedo de meus olhos te levou. Este soneto tem sido freqüentemente interpretado como um soneto autobiográfico, dedicado a Dinamene, a namorada chinesa de Camões, morta em um naufrágio.
  • 13. Amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói, e não se sente; é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer. É um não querer mais que bem querer; é um andar solitário entre a gente; é nunca contentar-se de contente; é um cuidar que ganha em se perder. É querer estar preso por vontade; é servir a quem vence, o vencedor; é ter com quem nos mata, lealdade. Mas como causar pode seu favor nos corações humanos amizade, se tão contrário a si é o mesmo Amor? Soneto XI
  • 14. Monte Castelo Ainda que eu falasse a língua do homens. E falasse a língua do anjos, sem amor eu nada seria. É só o amor, é só o amor. Que conhece o que é verdade. O amor é bom, não quer o mal. Não sente inveja ou se envaidece. O amor é o fogo que arde sem se ver. É ferida que dói e não se sente. É um contentamento descontente. É dor que desatina sem doer. Ainda que eu falasse a língua dos homens. E falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria. É um não querer mais que bem querer. É solitário andar por entre a gente. É um não contentar-se de contente. É cuidar que se ganha em se perder. É um estar-se preso por vontade. É servir a quem vence, o vencedor; É um ter com quem nos mata a lealdade. Tão contrário a si é o mesmo amor. Estou acordado e todos dormem todos dormem todos dormem. Agora vejo em parte, mas então veremos face a face. É só o amor, é só o amor. Que conhece o que é verdade. Ainda que eu falasse a língua dos homens. E falasse a língua do anjos, sem amor.. eu nada seria... Adapt. "I Coríntios 13" e "Soneto 11" de Luís de Camões
  • 15. Camões contrapõe a perfeição do mundo das Idéias (neoplatonismo) às imperfeições do mundo terreno. Disso resulta uma visão pessimista da vida
  • 16. Ao desconcerto do mundo Os bons vi sempre passar No mundo graves tormentos; E para mais me espantar, Os maus vi sempre nadar Em mar de contentamentos. Cuidando alcançar assim O bem tão mal ordenado, Fui mau, mas fui castigado. Assim que, só para mim, Anda o mundo concertado. Reflexão Filosófica
  • 18. Os Lusíadas é uma obra poética do escritor Luís Vaz de Camões, considerada a epopéia portuguesa por excelência. Provavelmente concluída em 1556, foi publicada pela primeira vez em 1572 no período literário do classicismo, três anos após o regresso do autor do Oriente .
  • 19.
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  • 21. Os Lusíadas publicado em 1572 A obra é composta de : dez cantos de 8.816 versos com 1.102 estrofes que são oitavas decassílabas. Com o esquema rítmico fixo ( AB AB AB CC ). Veja a seguir:
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  • 23. Visão Geral   Descrição do mundo pela deusa Tétis Canto X Ilha dos Amores Canto IX Calecute Cantos VII, VIII De Melinde a Calecute Canto VI Gama relata ao rei de Melinde a sua viagem até ali: a armada vai de Lisboa à Ilha de Santiago, passa o equador, toca na Angra de Santa Helena, dobra o Cabo, surge em Moçambique, chega a Melinde Canto V História de Portugal relatada por Gama ao rei de Melinde Cantos III, IV De uma cilada em Mombaça a uma recepção calorosa em Melinde Canto II A frota viaja do Canal de Moçambique a Mombaça Canto I
  • 24.
  • 25. A ação central é a descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama, à volta da qual se vão descrevendo outros episódios da história de Portugal , glorificando o povo português.
  • 26. Os argonautas O Barco! Meu coração não aguenta Tanta tormenta, alegria Meu coração não contenta O dia, o marco, meu coração O porto, não!... Navegar é preciso Viver não é preciso...(2x) O Barco! Noite no teu, tão bonito Sorriso solto perdido Horizonte, madrugada O riso, o arco da madrugada O porto, nada!... Navegar é preciso Viver não é preciso (2x) O Barco! O automóvel brilhante O trilho solto, o barulho Do meu dente em tua veia O sangue, o charco, barulho lento O porto, silêncio!... Navegar é preciso Viver não é preciso...(6x)
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  • 30. Ilha dos Amores Todo o episódio tem um caráter simbólico. Representa a glorificação do povo português. Trata-se de uma ilha paradisíaca onde receberão o prêmio do seu esforço: a imortalidade Canto IX
  • 31. Quem descobriu o Brasil? Vedes a grande terra que continua Vai de Calisto ao seu contrário Pólo, Que soberba a fará a luzente mina Do metal que a cor tem do louro Apolo. Castela, vossa amiga, será digna De lançar-lhe o colar ao rudo colo. Várias províncias tem de várias gentes, Em ritos e costumes, diferentes. Mas cá onde mais se alarga, ali tereis Parte também, co´ pau vermelho nota; De Santa Cruz o nome lhe poreis; Descobri-la-á a primeira vossa frota. Ao longo desta costa, que tereis, Irá buscando a parte mais remota O Magalhães, no feito, com verdade, Português, porém não na lealdade. No canto X, Camões coloca nas palavras de Tétis a “profecia” da descoberta do Brasil, o que comprova que o território já era de conhecimento dos navegantes antes da chegada de Cabral, afinal, o poema trata da viagem de Vasco da Gama, que se iniciara em 1497 , levando 2 anos, um mês e 21 dias até retornar da partida rumo à Índia .
  • 32. Homenagens Estátua do poeta na Praça Luís de Camões, ao Bairro Alto em Lisboa
  • 33. Túmulo de Camões , Mosteiro dos Jerónimos
  • 34. Filmografia Indicada Cartaz de "Camões", de Leitão de Barros (col. Cinemateca Portuguesa) Longa Metragem; 1946
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