SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 39
A água é o único composto químico que ocorre
naturalmente nos três estados físicos. Corresponde a uma
substância importantíssima, responsável por vários processos,
sendo, acima de tudo, a grande responsável pela manutenção da
vida na Terra.
A água é muito utilizada na indústria e pode ter várias
aplicações, sendo elas:
• Matéria prima, em que a água é incorporada ao produto final,
por exemplo, em indústrias de bebidas, cosméticos, entre
outras;
• Uso como fluido auxiliar, na preparação de soluções e
reagentes químicos ou em operações de lavagem; geração de
energia;
• Fluido de aquecimento e resfriamento
• Transporte e assimilação de contaminantes, entre outros.
A presença de materiais de diferentes características na
água exige que antes do uso industrial seja feito um tratamento
que visa ao atendimento das especificações adequadas a cada
tipo uso. As principais propriedades que determinam a qualidade
das águas são:
• Turbidez, medida da quantidade de materiais em suspensão;
• Cor;
• Odor;
• Alcalinidade, sendo o teor de equivalentes ao íon hidroxila
presentes no meio e sua medida pode ser indicada pelo pH;
• Salinidade;
• Dureza, se dá pela presença de sais alcalinos – terrosos a ela
dissolvidos, principalmente o cálcio e o magnésio;
• Teor em sílica;
• Gases dissolvidos;
• Oxidabilidade.
 Matéria-prima:

Em que a água é incorporada ao produto final, podem ser
citadas como exemplo indústrias de bebidas, cosméticos,
conservas, entre outras. Nestas aplicações, o grau de
qualidade da água pode variar bastante, podendo-se
admitir características equivalentes ou superiores às da
água para o consumo humano.
 Uso como fluido auxiliar:

Para preparação de soluções químicas, reagentes
químicos ou em operações de lavagem. O grau de
qualidade da água utilizada, da mesma forma quando
utilizada como matéria-prima depende do processo a
que se destina.
 Uso para geração de energia:

A água é utilizada em estado natural, podendo
ser utilizada a água bruta de um rio, lago ou outro
sistema de acúmulo, tomando cuidado para que
materiais como detritos e substâncias agressivas
não danifiquem os dispositivos do sistema.
 Uso como fluido de resfriamento e aquecimento:

Aqui a água é aquecida, principalmente na forma de
vapor, para remover o calor de misturas reativas que
exijam resfriamento devido à geração de calor já que a
elevação da temperatura pode comprometer o
desempenho do sistema e danificar os equipamentos.
 Transporte e assimilação de contaminantes:

É o uso da água em instalações sanitárias, na lavagem de
equipamentos e instalações ou ainda para a incorporação
de subprodutos sólidos, líquidos ou gasosos gerados por
processos industriais.
Quando a água é empregada para a
limpeza de equipamentos, é exigido um
elevado grau de pureza, pois alguns
processos em questão não toleram a
presença de outras substâncias químicas
ou microrganismos. Isso é bastante
comum em indústrias de química fina,
farmacêutica, fotográfica, entre outras.
Vários setores industriais apresentam um
considerável consumo de água, além disso geram
grande quantidade de efluentes.
O consumo de água em escala industrial, observa-se
um aumento de acordo
com o crescimento e
desenvolvimento
econômico do planeta,
contribuindo em muito
para a escassez deste
recurso.
Nesse sentido, pode-se observar que diferentes
tipos de atividade industrial apresentam
demanda hídrica e geração de efluentes com
características próprias que merecem destaque:
 A indústria têxtil consome recursos hídricos em seus processos.

O processo de tingimento é um dos responsáveis pelo excessivo
consumo de água e o gerenciamento incorreto desta atividade
causa impactos diretos na natureza. Avalia-se que a indústria
têxtil consome 15% de toda a água industrial do mundo,
perfazendo um total da ordem de 30 milhões de m3 ao ano.
 A agua é utilizada nas:
 Operações de lavagem;
 Operações de resfriamento;
 Operações de tingimento;
Padrões de higiene das autoridades sanitárias em áreas
críticas dos frigoríficos, resultam no uso de grande
quantidade de água. Os principais usos de água são para:
 Limpeza de pisos, paredes, equipamentos e bancadas;
 Limpeza e esterilização de facas e equipamentos;
 Operações de industrialização da carne, como
eventuais descongelamento
 lavagem da carne, cozimento, pasteurização,
esterilização e resfriamento;
 Transporte de subprodutos e resíduos;
 Geração de vapor;
 Resfriamento de compressores e condensadores
Etapas de curtimento:
 Ribeira;
 Curtimento;
 Acabamento
Molhado;
 Acabamento.
A Ribeira é composta por operações em meio
aquoso nas quais há um grande consumo de
água, pois nessa fase devem ser removidos todos
os materiais não formadores do couro. Para
realizar esta limpeza são efetuados
procedimentos com água e com auxiliares
químicos e operações mecânicas.
O maior uso de Agua esta no Remolho, sub processo da
Ribeira.
Remolho: é um processo de limpeza e reidratação das
peles que foram desidratadas para sua conservação. Os
principais objetivos do remolho são: interromper a
conservação da pele e retorná-la o máximo possível ao
estado de pele fresca, reidratar a pele uniformemente
em toda a sua superfície e espessura, extrair as
proteínas globulares, retirar os produtos químicos
eventualmente adicionados durante a conservação,
extrair materiais (como sangue, sujeiras e esterco) e
preparar as peles adequadamente para as operações e
processos seguintes.
Matéria-prima básica da
indústria do papel, a celulose
está presente na madeira e
nos vegetais em geral. No
processo de fabricação,
primeiro a madeira é
descascada e picada em lascas (cavacos), depois é cozida
com produtos químicos, para separar a celulose da lignina
e demais componentes vegetais. O líquido resultante do
cozimento, chamado licor negro, é armazenado em
lagoas de decantação, onde recebe tratamento antes de
retornar aos corpos d'água.
• Branqueamento da Celulose, um processo que
envolve várias lavagens para retirar impurezas e
clarear a pasta que será usada para fazer o papel.
 Sistema de branqueamento
 O reagente de branqueamento mais

importante:








Transporta a massa
Dissolve os reagentes
Reage
Dissolve os resíduos
Lava a celulose
Aquece como vapor
 As pesquisas na reutilização de água são importantes

para um menor consumo de água na produção, sendo
um fator importante para a proteção do meio ambiente
Tipo de unidade industrial

Uso (m3/t.cana)

peso

Usina 100% açúcar

30

143%

Usina c/ destilaria anexa (50% açúcar e 50%
álcool)

21

100%

Destilaria autônoma de álcool (100%álcool)

15

72%

• O uso específico de água é maior na produção do açúcar (30m3/t.cana),
caso de uma usina que só produza açúcar (o que atualmente é muito
raro).
• Já destilaria autônoma de produção de álcool tem a menor necessidade
relativa de água para o seu processo industrial, cerca de 15 m3/tonelada
de cana processada.
• Usinas com destilaria anexa usa cerca de 21 m3/t.cana, tipo de unidades
que representam a maioria do parque industrial, com a produção de
cerca de 50% de cana para açúcar e 50% para a produção do álcool.
 Na indústria de conserva a água na

manipulação dos alimentos apenas
pode ser utilizada a água potável,
com exceção da água a ser utilizada
para produção de vapor, sistema de
refrigeração, controle de incêndio e
outros fins não relacionados com
alimentos desde que aprovados pelo
órgão competente.
• As etapas para a fabricação de conservas que utilizam
água são lavagens de matérias primas, limpeza dos
equipamentos, vapor para a esterilização e cozimento.
A cerveja é fabricada a partir do
mosto resultante do cozimento
do malte e do lúpulo. Como
indústria de bebida, consome
grande quantidade de água.
Da mesma maneira, grande
quantidade de água é liberada,
seja por lavagens de equipamentos,
por centrífugas ou por separação das leveduras.
Em média, uma indústria cervejeira ocupa 10L de água, para
cada litro de cerveja produzido.
A indústria cervejeira divide a água
usada no processo em Água Cervejeira
(nobre ou de fabricação) e
Água de Serviço.
Água Cervejeira: É a água incorporada ao produto e
utilizada para condicionamento do malte, moagem,
carga e descarga de produtos em elaboração. Em
geral, usa-se água com pH entre 6,0 e 6,5 e diversos
requisitos de qualidade físico-químicos, quando
para incorporação ao produto.
Isso resultará na formulação de cerveja com um
teor de água de 85% proveniente do preparo do
mosto.
Água de Serviço : Trata-se da água usada em
lugares e equipamentos onde não há contato com o
produto, por exemplo: lavagem de vasilhames,
pisos e equipamentos e resfriamento. Em diversas
ocasiões é permitido o reuso desta água desde que,
para garantia da qualidade do produto, bem como
para atendimento de legislação específica.
Dependendo da origem da água, todas ou apenas algumas
das seguintes operações são efetuadas na cervejaria:
• Aeração - oxidação: para remover odores;
• Clarificação: adição de produtos químicos para a
aglomeração ou coagulação de material em suspensão,
que será decantado ou filtrado;
• Filtração: remoção de sólidos em suspensão, filtrandose sobre a areia;
• Cloração: para eliminação de microorganismos;
• Desmineralização: para a remoção de sais em águas
que contenham alto teor de sais dissolvidos.
Existem dois conjuntos de técnicas para o
tratamento das águas para o uso
industrial, sendo:

• Das técnicas convencionais;
• Das técnicas específicas.
• Menor quantidade possível de sais e óxidos
dissolvidos
• Ausência de oxigênio e outros gases dissolvidos
• Isenta de materiais em suspensão
• Ausência de materiais orgânicos
• Temperatura elevada
• pH adequado (faixa alcalina)
Técnicas Convencionais:
As técnicas convencionais promovem a
adequação das características físicas,
químicas e biológicas da água a padrões
estéticos, econômicos e de higiene.
Técnicas Específicas:
As técnicas específicas permitem adequar a
água a usos industriais mais selecionados,
como processos de Abrandamento pela rota
térmica, de Precipitação Química com
condicionamento de fosfatos e de troca iônica;
de Degaseificação; e de Remoção de Sílica gel.
 Abrandamento da água
 Consiste na remoção de cátions bivalentes de cálcio e

magnésio. Esse processo pode ser realizado por meio de
três rotas :
o Meio Térmico – Correção da dureza temporária da
água. Esse processo consiste no aquecimento da água até
a ebulição, quando os bicarbonatos de cálcio e magnésio
se decompões na forma de carbonatos, gás carbônico e
água.
o Precipitação química – Uso de reagentes contendo

âniosn, os quais , em contato com a água , formam
carbonatos insolúveis. Os produtos mais comumente
empregados na correção de dureza por precipitação
química são cal e a barrilha.
o Troca iônica – Compreende a substituição de íons

móveis presentes em um sólido com estrutura aberta
em forma de rede, por aqueles presentes na água. O
mais difundido é aquele que promove a substituição
de cátions bivalentes de cálcio e magnésio
solubilizados na fase líquida por sólidos disponível na
resina.
 Degaseificação
 Este método trata de remover gases como Oxigênio, o

gás carbônico e o sulfeto de Hidrogênio dissolvidos na
agua. Pois esses compostos presentes na agua atuam
favorecendo a corrosão de equipamentos onde a água é
empregada.
 Remoção por métodos Físicos, aquecimento ou
Pulverização da água; ou métodos Químicos, usos de
agentes quimicos de mesma natureza da impureza, no
caso de oxigenio usa-se Sulfito de Sódio e Hidrazina.
 Remoção Sílica Solúvel
 A Sílica é removida atraves de reações químicas.
 Utiliza-se Óxido de magnésio, com o qual a sílica se

combina para formar silicatos insoluveis, que são
removidos após a preciptação.
 FRACACIO, N.; USO DA ÁGUA EM ATIVIDADES INDUSTRIAIS; Instituto de Biociências,
Letras e Ciências Exatas – São José do Rio Preto.
 ANDRADE, A. A. de; REDUÇÃO DO CONSUMO DE ÁGUA NA ETAPA DE
BRANQUEAMENTO DE CELULOSE VIA REUTILIZAÇÃO DE EFRLUETES INDUSTRIAIS;
Campinas, SP- 2006.
 NETO, A. E.; ÁGUA NA INDÚSTRIA DA CANA-DE-ACÚCAR; CTC – Centro de Tecnologia
Canavieira; São Paulo, SP, 16 de abril de 2008
 MIERZWA, J. C. & HESPANHOL I. Água na indústria: uso racional e reúso. São Paulo:
Oficina de Textos. 2005. 143 p.

 VON SPERLING, M. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos. Belo
Horizonte: Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental; Universidade Federal de Minas
Gerais, 1996
 BUCKMAN: INTRODUÇÃO AO TRATAMENTO DE ÁGUAS INDUSTRIAIS. Por Luis W. B.
Pace. Campinas. Buckman Laboratórios Ltda. 1997

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

A preservação do meio ambiente começa em casa
A preservação do meio ambiente começa em casaA preservação do meio ambiente começa em casa
A preservação do meio ambiente começa em casa
ALVARO RAMOS
 
50 experimentos simples de química
50 experimentos simples de química50 experimentos simples de química
50 experimentos simples de química
Emiliano Alvarez
 

La actualidad más candente (20)

Aula 11 petroquimica - prof. nelson (area 1) - 15.04.11
Aula 11   petroquimica - prof. nelson (area 1) - 15.04.11Aula 11   petroquimica - prof. nelson (area 1) - 15.04.11
Aula 11 petroquimica - prof. nelson (area 1) - 15.04.11
 
Funções da água
Funções da águaFunções da água
Funções da água
 
Meio ambiente
Meio ambienteMeio ambiente
Meio ambiente
 
Manual Técnico Para Coleta de Amostras de Água
Manual Técnico Para Coleta de Amostras de ÁguaManual Técnico Para Coleta de Amostras de Água
Manual Técnico Para Coleta de Amostras de Água
 
TECNOLOGIAS PARA SANEAMENTO BÁSICO RURAL
TECNOLOGIAS PARA SANEAMENTO BÁSICO  RURALTECNOLOGIAS PARA SANEAMENTO BÁSICO  RURAL
TECNOLOGIAS PARA SANEAMENTO BÁSICO RURAL
 
Qualidade aa água
Qualidade aa águaQualidade aa água
Qualidade aa água
 
A importância da água
A importância da águaA importância da água
A importância da água
 
Slides agua
Slides   aguaSlides   agua
Slides agua
 
SEDIMENTAÇÃO
SEDIMENTAÇÃOSEDIMENTAÇÃO
SEDIMENTAÇÃO
 
Teli 1
Teli 1Teli 1
Teli 1
 
Branqueamento
BranqueamentoBranqueamento
Branqueamento
 
Parâmetros Físico-Químicos-Biológicos de Águas Residuais
Parâmetros Físico-Químicos-Biológicos de Águas ResiduaisParâmetros Físico-Químicos-Biológicos de Águas Residuais
Parâmetros Físico-Químicos-Biológicos de Águas Residuais
 
Processamento de sucos de frutas
Processamento de sucos de frutasProcessamento de sucos de frutas
Processamento de sucos de frutas
 
Tecnologia de cereais
Tecnologia de cereaisTecnologia de cereais
Tecnologia de cereais
 
Aula 06 tecnologia da engenharia química - reações industriais - 11.03.11
Aula 06   tecnologia da engenharia química - reações industriais - 11.03.11Aula 06   tecnologia da engenharia química - reações industriais - 11.03.11
Aula 06 tecnologia da engenharia química - reações industriais - 11.03.11
 
Floresta amazônica
Floresta amazônicaFloresta amazônica
Floresta amazônica
 
A preservação do meio ambiente começa em casa
A preservação do meio ambiente começa em casaA preservação do meio ambiente começa em casa
A preservação do meio ambiente começa em casa
 
50 experimentos simples de química
50 experimentos simples de química50 experimentos simples de química
50 experimentos simples de química
 
Tratamento da água
Tratamento da águaTratamento da água
Tratamento da água
 
Sustentabilidade
SustentabilidadeSustentabilidade
Sustentabilidade
 

Similar a Aguas industriais

áGua para cosméticos
áGua para cosméticosáGua para cosméticos
áGua para cosméticos
Robson Raduan
 
Trab efa ambiente finalissima
Trab efa ambiente finalissimaTrab efa ambiente finalissima
Trab efa ambiente finalissima
ecoescolasebsdla
 
Poluição das aguas
Poluição das aguasPoluição das aguas
Poluição das aguas
Estado do RS
 
áGua para análises químicas e clínicas
áGua para análises químicas e clínicasáGua para análises químicas e clínicas
áGua para análises químicas e clínicas
Ana Patrícia
 

Similar a Aguas industriais (20)

M2 - 4499 - Operações Unitárias na Industria.pdf
M2 - 4499 - Operações Unitárias na Industria.pdfM2 - 4499 - Operações Unitárias na Industria.pdf
M2 - 4499 - Operações Unitárias na Industria.pdf
 
áGua para cosméticos
áGua para cosméticosáGua para cosméticos
áGua para cosméticos
 
Trab efa ambiente finalissima
Trab efa ambiente finalissimaTrab efa ambiente finalissima
Trab efa ambiente finalissima
 
Poluição das aguas
Poluição das aguasPoluição das aguas
Poluição das aguas
 
Artigo tratamento
Artigo tratamentoArtigo tratamento
Artigo tratamento
 
Rec agua 1
Rec agua 1Rec agua 1
Rec agua 1
 
Palestra principais usos da água na indústria e técnicas
Palestra    principais usos da água na indústria e técnicasPalestra    principais usos da água na indústria e técnicas
Palestra principais usos da água na indústria e técnicas
 
aula_2_2022.2.pptx
aula_2_2022.2.pptxaula_2_2022.2.pptx
aula_2_2022.2.pptx
 
áGua para análises químicas e clínicas
áGua para análises químicas e clínicasáGua para análises químicas e clínicas
áGua para análises químicas e clínicas
 
Tratamento de água industrial
Tratamento de água industrialTratamento de água industrial
Tratamento de água industrial
 
Manual operador de eta
Manual operador de etaManual operador de eta
Manual operador de eta
 
Manual operador de eta
Manual operador de etaManual operador de eta
Manual operador de eta
 
Aula 5 residuos
Aula 5 residuosAula 5 residuos
Aula 5 residuos
 
Etanol apresentacao
Etanol apresentacaoEtanol apresentacao
Etanol apresentacao
 
Fabricação de Refrigerantes - Coca Cola
Fabricação de Refrigerantes - Coca ColaFabricação de Refrigerantes - Coca Cola
Fabricação de Refrigerantes - Coca Cola
 
Etar
EtarEtar
Etar
 
Dejetos Na Propriedade Rural
Dejetos Na Propriedade RuralDejetos Na Propriedade Rural
Dejetos Na Propriedade Rural
 
Consumo de água e geração de efluentes líquidos na indústria de papel e celulose
Consumo de água e geração de efluentes líquidos na indústria de papel e celuloseConsumo de água e geração de efluentes líquidos na indústria de papel e celulose
Consumo de água e geração de efluentes líquidos na indústria de papel e celulose
 
ETAR
ETARETAR
ETAR
 
Aula 2 Higiene e segurança dos alimentos.pptx
Aula 2 Higiene e segurança dos alimentos.pptxAula 2 Higiene e segurança dos alimentos.pptx
Aula 2 Higiene e segurança dos alimentos.pptx
 

Último

Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
TailsonSantos1
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
sh5kpmr7w7
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
HELENO FAVACHO
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
PatriciaCaetano18
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
tatianehilda
 

Último (20)

Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
 
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdfTCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
TCC_MusicaComoLinguagemNaAlfabetização-ARAUJOfranklin-UFBA.pdf
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
 

Aguas industriais

  • 1.
  • 2. A água é o único composto químico que ocorre naturalmente nos três estados físicos. Corresponde a uma substância importantíssima, responsável por vários processos, sendo, acima de tudo, a grande responsável pela manutenção da vida na Terra. A água é muito utilizada na indústria e pode ter várias aplicações, sendo elas: • Matéria prima, em que a água é incorporada ao produto final, por exemplo, em indústrias de bebidas, cosméticos, entre outras; • Uso como fluido auxiliar, na preparação de soluções e reagentes químicos ou em operações de lavagem; geração de energia; • Fluido de aquecimento e resfriamento • Transporte e assimilação de contaminantes, entre outros.
  • 3. A presença de materiais de diferentes características na água exige que antes do uso industrial seja feito um tratamento que visa ao atendimento das especificações adequadas a cada tipo uso. As principais propriedades que determinam a qualidade das águas são: • Turbidez, medida da quantidade de materiais em suspensão; • Cor; • Odor; • Alcalinidade, sendo o teor de equivalentes ao íon hidroxila presentes no meio e sua medida pode ser indicada pelo pH; • Salinidade; • Dureza, se dá pela presença de sais alcalinos – terrosos a ela dissolvidos, principalmente o cálcio e o magnésio; • Teor em sílica; • Gases dissolvidos; • Oxidabilidade.
  • 4.
  • 5.  Matéria-prima: Em que a água é incorporada ao produto final, podem ser citadas como exemplo indústrias de bebidas, cosméticos, conservas, entre outras. Nestas aplicações, o grau de qualidade da água pode variar bastante, podendo-se admitir características equivalentes ou superiores às da água para o consumo humano.
  • 6.  Uso como fluido auxiliar: Para preparação de soluções químicas, reagentes químicos ou em operações de lavagem. O grau de qualidade da água utilizada, da mesma forma quando utilizada como matéria-prima depende do processo a que se destina.  Uso para geração de energia: A água é utilizada em estado natural, podendo ser utilizada a água bruta de um rio, lago ou outro sistema de acúmulo, tomando cuidado para que materiais como detritos e substâncias agressivas não danifiquem os dispositivos do sistema.
  • 7.  Uso como fluido de resfriamento e aquecimento: Aqui a água é aquecida, principalmente na forma de vapor, para remover o calor de misturas reativas que exijam resfriamento devido à geração de calor já que a elevação da temperatura pode comprometer o desempenho do sistema e danificar os equipamentos.  Transporte e assimilação de contaminantes: É o uso da água em instalações sanitárias, na lavagem de equipamentos e instalações ou ainda para a incorporação de subprodutos sólidos, líquidos ou gasosos gerados por processos industriais.
  • 8. Quando a água é empregada para a limpeza de equipamentos, é exigido um elevado grau de pureza, pois alguns processos em questão não toleram a presença de outras substâncias químicas ou microrganismos. Isso é bastante comum em indústrias de química fina, farmacêutica, fotográfica, entre outras.
  • 9. Vários setores industriais apresentam um considerável consumo de água, além disso geram grande quantidade de efluentes. O consumo de água em escala industrial, observa-se um aumento de acordo com o crescimento e desenvolvimento econômico do planeta, contribuindo em muito para a escassez deste recurso.
  • 10. Nesse sentido, pode-se observar que diferentes tipos de atividade industrial apresentam demanda hídrica e geração de efluentes com características próprias que merecem destaque:
  • 11.  A indústria têxtil consome recursos hídricos em seus processos. O processo de tingimento é um dos responsáveis pelo excessivo consumo de água e o gerenciamento incorreto desta atividade causa impactos diretos na natureza. Avalia-se que a indústria têxtil consome 15% de toda a água industrial do mundo, perfazendo um total da ordem de 30 milhões de m3 ao ano.  A agua é utilizada nas:  Operações de lavagem;  Operações de resfriamento;  Operações de tingimento;
  • 12. Padrões de higiene das autoridades sanitárias em áreas críticas dos frigoríficos, resultam no uso de grande quantidade de água. Os principais usos de água são para:  Limpeza de pisos, paredes, equipamentos e bancadas;  Limpeza e esterilização de facas e equipamentos;  Operações de industrialização da carne, como eventuais descongelamento  lavagem da carne, cozimento, pasteurização, esterilização e resfriamento;  Transporte de subprodutos e resíduos;  Geração de vapor;  Resfriamento de compressores e condensadores
  • 13.
  • 14. Etapas de curtimento:  Ribeira;  Curtimento;  Acabamento Molhado;  Acabamento.
  • 15. A Ribeira é composta por operações em meio aquoso nas quais há um grande consumo de água, pois nessa fase devem ser removidos todos os materiais não formadores do couro. Para realizar esta limpeza são efetuados procedimentos com água e com auxiliares químicos e operações mecânicas.
  • 16. O maior uso de Agua esta no Remolho, sub processo da Ribeira. Remolho: é um processo de limpeza e reidratação das peles que foram desidratadas para sua conservação. Os principais objetivos do remolho são: interromper a conservação da pele e retorná-la o máximo possível ao estado de pele fresca, reidratar a pele uniformemente em toda a sua superfície e espessura, extrair as proteínas globulares, retirar os produtos químicos eventualmente adicionados durante a conservação, extrair materiais (como sangue, sujeiras e esterco) e preparar as peles adequadamente para as operações e processos seguintes.
  • 17. Matéria-prima básica da indústria do papel, a celulose está presente na madeira e nos vegetais em geral. No processo de fabricação, primeiro a madeira é descascada e picada em lascas (cavacos), depois é cozida com produtos químicos, para separar a celulose da lignina e demais componentes vegetais. O líquido resultante do cozimento, chamado licor negro, é armazenado em lagoas de decantação, onde recebe tratamento antes de retornar aos corpos d'água.
  • 18. • Branqueamento da Celulose, um processo que envolve várias lavagens para retirar impurezas e clarear a pasta que será usada para fazer o papel.
  • 19.  Sistema de branqueamento  O reagente de branqueamento mais importante:       Transporta a massa Dissolve os reagentes Reage Dissolve os resíduos Lava a celulose Aquece como vapor
  • 20.
  • 21.  As pesquisas na reutilização de água são importantes para um menor consumo de água na produção, sendo um fator importante para a proteção do meio ambiente
  • 22. Tipo de unidade industrial Uso (m3/t.cana) peso Usina 100% açúcar 30 143% Usina c/ destilaria anexa (50% açúcar e 50% álcool) 21 100% Destilaria autônoma de álcool (100%álcool) 15 72% • O uso específico de água é maior na produção do açúcar (30m3/t.cana), caso de uma usina que só produza açúcar (o que atualmente é muito raro). • Já destilaria autônoma de produção de álcool tem a menor necessidade relativa de água para o seu processo industrial, cerca de 15 m3/tonelada de cana processada. • Usinas com destilaria anexa usa cerca de 21 m3/t.cana, tipo de unidades que representam a maioria do parque industrial, com a produção de cerca de 50% de cana para açúcar e 50% para a produção do álcool.
  • 23.
  • 24.
  • 25.  Na indústria de conserva a água na manipulação dos alimentos apenas pode ser utilizada a água potável, com exceção da água a ser utilizada para produção de vapor, sistema de refrigeração, controle de incêndio e outros fins não relacionados com alimentos desde que aprovados pelo órgão competente. • As etapas para a fabricação de conservas que utilizam água são lavagens de matérias primas, limpeza dos equipamentos, vapor para a esterilização e cozimento.
  • 26. A cerveja é fabricada a partir do mosto resultante do cozimento do malte e do lúpulo. Como indústria de bebida, consome grande quantidade de água. Da mesma maneira, grande quantidade de água é liberada, seja por lavagens de equipamentos, por centrífugas ou por separação das leveduras. Em média, uma indústria cervejeira ocupa 10L de água, para cada litro de cerveja produzido.
  • 27. A indústria cervejeira divide a água usada no processo em Água Cervejeira (nobre ou de fabricação) e Água de Serviço.
  • 28. Água Cervejeira: É a água incorporada ao produto e utilizada para condicionamento do malte, moagem, carga e descarga de produtos em elaboração. Em geral, usa-se água com pH entre 6,0 e 6,5 e diversos requisitos de qualidade físico-químicos, quando para incorporação ao produto. Isso resultará na formulação de cerveja com um teor de água de 85% proveniente do preparo do mosto.
  • 29. Água de Serviço : Trata-se da água usada em lugares e equipamentos onde não há contato com o produto, por exemplo: lavagem de vasilhames, pisos e equipamentos e resfriamento. Em diversas ocasiões é permitido o reuso desta água desde que, para garantia da qualidade do produto, bem como para atendimento de legislação específica.
  • 30. Dependendo da origem da água, todas ou apenas algumas das seguintes operações são efetuadas na cervejaria: • Aeração - oxidação: para remover odores; • Clarificação: adição de produtos químicos para a aglomeração ou coagulação de material em suspensão, que será decantado ou filtrado; • Filtração: remoção de sólidos em suspensão, filtrandose sobre a areia; • Cloração: para eliminação de microorganismos; • Desmineralização: para a remoção de sais em águas que contenham alto teor de sais dissolvidos.
  • 31. Existem dois conjuntos de técnicas para o tratamento das águas para o uso industrial, sendo: • Das técnicas convencionais; • Das técnicas específicas.
  • 32. • Menor quantidade possível de sais e óxidos dissolvidos • Ausência de oxigênio e outros gases dissolvidos • Isenta de materiais em suspensão • Ausência de materiais orgânicos • Temperatura elevada • pH adequado (faixa alcalina)
  • 33. Técnicas Convencionais: As técnicas convencionais promovem a adequação das características físicas, químicas e biológicas da água a padrões estéticos, econômicos e de higiene.
  • 34. Técnicas Específicas: As técnicas específicas permitem adequar a água a usos industriais mais selecionados, como processos de Abrandamento pela rota térmica, de Precipitação Química com condicionamento de fosfatos e de troca iônica; de Degaseificação; e de Remoção de Sílica gel.
  • 35.  Abrandamento da água  Consiste na remoção de cátions bivalentes de cálcio e magnésio. Esse processo pode ser realizado por meio de três rotas : o Meio Térmico – Correção da dureza temporária da água. Esse processo consiste no aquecimento da água até a ebulição, quando os bicarbonatos de cálcio e magnésio se decompões na forma de carbonatos, gás carbônico e água.
  • 36. o Precipitação química – Uso de reagentes contendo âniosn, os quais , em contato com a água , formam carbonatos insolúveis. Os produtos mais comumente empregados na correção de dureza por precipitação química são cal e a barrilha. o Troca iônica – Compreende a substituição de íons móveis presentes em um sólido com estrutura aberta em forma de rede, por aqueles presentes na água. O mais difundido é aquele que promove a substituição de cátions bivalentes de cálcio e magnésio solubilizados na fase líquida por sólidos disponível na resina.
  • 37.  Degaseificação  Este método trata de remover gases como Oxigênio, o gás carbônico e o sulfeto de Hidrogênio dissolvidos na agua. Pois esses compostos presentes na agua atuam favorecendo a corrosão de equipamentos onde a água é empregada.  Remoção por métodos Físicos, aquecimento ou Pulverização da água; ou métodos Químicos, usos de agentes quimicos de mesma natureza da impureza, no caso de oxigenio usa-se Sulfito de Sódio e Hidrazina.
  • 38.  Remoção Sílica Solúvel  A Sílica é removida atraves de reações químicas.  Utiliza-se Óxido de magnésio, com o qual a sílica se combina para formar silicatos insoluveis, que são removidos após a preciptação.
  • 39.  FRACACIO, N.; USO DA ÁGUA EM ATIVIDADES INDUSTRIAIS; Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas – São José do Rio Preto.  ANDRADE, A. A. de; REDUÇÃO DO CONSUMO DE ÁGUA NA ETAPA DE BRANQUEAMENTO DE CELULOSE VIA REUTILIZAÇÃO DE EFRLUETES INDUSTRIAIS; Campinas, SP- 2006.  NETO, A. E.; ÁGUA NA INDÚSTRIA DA CANA-DE-ACÚCAR; CTC – Centro de Tecnologia Canavieira; São Paulo, SP, 16 de abril de 2008  MIERZWA, J. C. & HESPANHOL I. Água na indústria: uso racional e reúso. São Paulo: Oficina de Textos. 2005. 143 p.  VON SPERLING, M. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos. Belo Horizonte: Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental; Universidade Federal de Minas Gerais, 1996  BUCKMAN: INTRODUÇÃO AO TRATAMENTO DE ÁGUAS INDUSTRIAIS. Por Luis W. B. Pace. Campinas. Buckman Laboratórios Ltda. 1997