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TRABALHO E SOCIEDADE"
               Ariella Silva Araujo
           ariella.unesp@gmail.com
O QUE É O
TRABALHO?

Há    muitas definições na Sociologia sobre a categoria trabalho;

Historicamente   o trabalho assumiu diversas conotações

Categoria   trabalho torna-se pedra de toque na sociologia burguesa ou

sociologia marxista – Claus Offe;

Que   tipo de conceito adotaremos – o marxista

Trabalho   em Marx assume um significado ontológico,
O TRABALHO NAS DIFERENTES
SOCIEDADES – MODOS DE PRODUÇÃO
   Embora o trabalho seja um fenômeno essencialmente humano e
    realizado somente pelo homem, as formas como ele age sobre a
    natureza a fim de satisfazer suas necessidades variam com a história
    e com a sociedade;
   O trabalho é assim não só um processo entre um homem e a
    natureza mas supõe uma forma de sociedade”, dependência uns em
    relação aos outros, realizando-se em certas “condições sociais”, as
    “relações sociais de produção”.

   - Modo de produção

   Dessa forma, a humanidade conheceu diversos modos de produção
PRÉ CAPITALISTA

   São modos de produção que precederam o capitalista;
   São eles:
   Comunal-Primitivo;
   Escravista;
   Asiático
   Feudal
COMUNAL-
     PRIMITIVO


   Período muito longo, desde o aparecimento da sociedade humana. A
    comunidade primitiva existiu durante centenas de milhares de anos,
    enquanto o período compreendido pelo escravismo, pelo feudalismo e pelo
    capitalismo mal ultrapassa cinco milênios.
   Primeira forma de organização humana;
   Trabalho: conjunto.
   Meios de produção e os frutos do trabalho: propriedade coletiva, ou seja,
    de todos. Não existia ainda a idéia da propriedade privada dos meios de
    produção, nem havia a oposição proprietários x não proprietários.
COMUNAL-
      PRIMITIVO


   Estado: também não existia.
Este só passou a existir quando alguns homens começaram a dominar outros.
O estado surgiu como instrumento de organização social e de dominação.

Existiu em diversas partes do mundo. Pode-se ainda encontrar esta forma de
organizaçao social em países como África, Nova Zelândia, na região da
Amazonia e até mesmo no Brasil;
MODO DE
         PRODUÇÃO
         ESCRAVISTA




   Meios de produção + escravizados = propriedade do senhor.
    Relações de produção - relações de domínio e de sujeição: senhores x
    escravizados.
   Um pequeno número de senhores explorava a massa de escravizados, que
    não tinham nenhum direito.
   Os senhores eram proprietários da força de trabalho (os escravizados), dos
    meios de produção (terras, gado, minas, instrumentos de produção) e do
    produto de trabalho.
   No modo de produção comunal como os bens e a terra eram propriedade
    coletiva não havia a necessidade de qualquer tipo de coerção ou violência
    física, monopólio legítimo do Estado, segundo Max Weber
MODO DE
         PRODUÇÃO
         ESCRAVISTA




   Necessário o surgimento do Estado para garantir o direito dos senhores ;
   O modo de produção era essencialmente agrário;
   Tanto na Grécia quanto em Roma antiga o poder, o exercício da política, o
    conhecimento, a escrita, o teatro e todas as artes floresceram nas cidades;
   Na Grecia antiga, os cidadãos livres eleboravam teorias avançadas
    (políticia, filosofia); construíam templos, escreviam teatro etc;
   - Tudo era financiado pelo trabalho escravizado no campo. A cidade não era
    local para produção, exceto para os escravizados domésticos;
   Trabalho manual era ostensivamente desprezado pela cultura grega
   Sociedade Romana repetiu o mesmo modelo
MODO ASIÁTICO –
       SOCIEDADE
      HIDRÁULICA
   Predominou na India e no Egito da Antiguidade, bem como nas civilizações pré-
    colombianas dos incas (países andinos), maias (leste do México) e astecas (México-
    Nicarágua)

   Sociedades fechadas, caracterizadas por um Estado forte e uma burocracia eficiente,
    capaz de manter o poder total do Estado (sociedade subordinada)

   Meios de produção e a força de trabalho – pertenciam ao Estado, encarnado no
    Imperador . Abaixo dele sacerdotes, nobres e guerreiros. Grupo mais poderoso –
    administradores públicos (atuavam em nome do Estado)

   Sucumbiram aos próprios excessos, mas também por conta das invaçoes estrangeiras;

   No caso da sociedade asteca e inca, a conquista de seu território pelos invasores
    espanhóis, no século XVI, determinou seu desaparecimento;
MODO DE
PRODUÇÃO FEUDAL
   Predominou na Europa ocidental entre o século V-XVI
   Em alguns casos prolongou-se pelo XVIII-XIX;
   Mas nem todos os países europeus experiementaram esse modo de
    produção (cidades-estado italianas – Veneza/Florença; península Ibérica –
    Portugal/Espanha)
   Estruturou-se sobre a divisao entre senhores e servos
   Relações de produção - propriedade do senhor sobre a terra e no trabalho
    agrícola do servo;
   Os servos não viviam como os escravizados, pois possuíam o direito de
    cultivar um pedaço de terra cedido pelo senhor, sendo obrigado a pagar-lhe
    impostos (renda ou trabalho)
MODO DE
PRODUÇÃO FEUDAL
   O servo tinha direito do usufruto da terra (não podia comprá-la ou vendê-la)
   O senhor feudal tinha o poder econômico (terra) e político (produziam suas
    leis)
   Economia essencialmente agrária
   A produção no feudalismo era voltada para a satisfação das necessidades
    imediatas;
   Servo diferentemente do escravizado, não era propriedade do seu senhor,
    mas estava ligado à terra. Caso o senhor vendesse esse lote a outra pessoa,
    esta era obrigada a manter o servo na propriedade
   (estratificação baseada em castas)
AS BASES DO TRABALHO NA
    SOCIEDADE MODERNA – O MODO
      DE PRODUÇÃO CAPITALISTA

   Modo de produção capitalista: relações assalariadas de produção +
    propriedade privada dos meios de produção
   Trabalho assalariado ocupa o lugar do trabalho servil
   A burguesia é proprietária dos meios de produção e da circulação de
    riquezas
   Trabalhador é livre para trabalhar onde quiser, o que não acontecia com o
    servo, que esta diretamente ligado a terra;
   A produção – movido pelo desejo de lucro. É para aumentar seus
    rendimentos e expandir seus lucros/baixo custo. Para isso, recorrem a
    técnicas racionalizadoras do trabalho
ETAPAS DO CAPITALISMO

   Das origem, final da I. Média, aos dias de hoje, o
    capitalismo passou
   pelas seguintes fases:
   Pré-capitalismo.
   Capitalismo comercial ou mercantil
   Capitalismo industrial
   Capitalismo financeiro
   Sociedade pós-industrial
PRÉ-CAPITALISMO

   Do século XI ao XV
   O comércio e a produçao artesanal começam a se
    Expandir, mas o trabalho assalariado ainda é uma
    exceção: predomina o trabalho independente dos
    artesãos, donos dos meios de produção (oficinas e
    ferramentas), bem como da matéria-prima;
   Nos campos, prossegue ainda o trabalho servil, que
    começa a ser substituído pelo trabalho assalariado por
    formas de arrendamento da terra;
CAPITALISMO COMERCIAL OU
        MERCANTIL



Do   século XV ao XVIII
O   trabalho independente ainda predomina;
Mas   se expande o regime assalariado;
A maior   parte dos lucros concentra-se na mão dos
comerciantes
CAPITALISMO INDUSTRIAL


 Do   século XVIII ao XX
 Com   a Revolução Industrial, o capital passa a ser
 investido basicamente na indústria, que se torna
 a atividade econômica dominante;
O   trabalho assalariado firma-se definitivamente;
CAPITALISMO FINANCEIRO


 Maior   parte do século XX
 Os   bancos e outras instituições financeiras
 passam     a   controlar   as   demais   atividades
 econômicas por meio de financiamentos à
 agricultura, à pecuária, à indústria e ao
 comércio;
SOCIEDADE PÓS-
            INDUSTRIAL
Do século XX ao XXI
O   capital financeiro continua a dominar os outros setores da
economia como na fase anterior;
Com    a globalização e o desenvolvimento das redes de computadores,
grandes massas de capital passam a ser aplicadas nos países que
oferecem maior lucratividade, reiterando-se deles ao menor sinal de
crise; ao mesmo tempo, a indústria e a agricultura perdem importância
em relaçao ao setor de serviços;
Além    disso, crescem gigantescamente os meios de comunição e o
setor da informática, assim como a automação e a indústria de alta
tecnologia
SOCIALISMO: UM NOVO MODO DE
PRODUÇÃO?


   Fundamento da sociedade socialista é a propriedade social (coletiva)dos
    meios de produção
   Nao existe empresa privada (ou apenas pequena parcela) já que os meios são
    coletivos/públicos
   Objetivo: satisfação completa das necessidades materiais e culturais da
    sociedade
   Desaparece a seração entre proprietários do capital e força de trabalho;
   Ainda assim, permacene diferenças individuais e saláriais, já que há a
    sepraçao de qualificação
   Economia planificada (necessidade e não lucro)
   Marx e Engels – Comunismo (fim das classes) ultima etapa do processo
    histórico; fim do Estado
CONCLUSÃ
    O




   Podemos perceber atraves da exposição que o percepção
    sobre a categoria trabalho muda de acordo com o tempo e a
    com a sociedade;
CONCLUSÃ
    O


 Sociedade greco-romanas – o trabalho escravizado era a
  base da economia da sociedade;
 Sociedade feudal – base da produção era o feudo, sendo
  responsável o servo;
 Sociedade Capitalista – a produção está vinculada ao
  burguês e ao proletariado, que vende sua força de trabalho
  (mercadoria)
CONCLUSÃ
    O

 Diferença entre Trabalho e Emprego
 , às vezes consideradas sinônimos;

 Trabalhar – atividade humana, consciente, deliberada
  (necessidade não só material, mas simbólica - artística e
  cultural);
 O trabalho existiu em todas as sociedades humanas,
  enquanto que o emprego é uma característica da sociedade
  capitalista (homens livres e iguais perante a lei)
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Trabalho e sociedade

  • 1. TRABALHO E SOCIEDADE" Ariella Silva Araujo ariella.unesp@gmail.com
  • 2. O QUE É O TRABALHO? Há muitas definições na Sociologia sobre a categoria trabalho; Historicamente o trabalho assumiu diversas conotações Categoria trabalho torna-se pedra de toque na sociologia burguesa ou sociologia marxista – Claus Offe; Que tipo de conceito adotaremos – o marxista Trabalho em Marx assume um significado ontológico,
  • 3. O TRABALHO NAS DIFERENTES SOCIEDADES – MODOS DE PRODUÇÃO  Embora o trabalho seja um fenômeno essencialmente humano e realizado somente pelo homem, as formas como ele age sobre a natureza a fim de satisfazer suas necessidades variam com a história e com a sociedade;  O trabalho é assim não só um processo entre um homem e a natureza mas supõe uma forma de sociedade”, dependência uns em relação aos outros, realizando-se em certas “condições sociais”, as “relações sociais de produção”.  - Modo de produção  Dessa forma, a humanidade conheceu diversos modos de produção
  • 4. PRÉ CAPITALISTA  São modos de produção que precederam o capitalista;  São eles:  Comunal-Primitivo;  Escravista;  Asiático  Feudal
  • 5. COMUNAL- PRIMITIVO  Período muito longo, desde o aparecimento da sociedade humana. A comunidade primitiva existiu durante centenas de milhares de anos, enquanto o período compreendido pelo escravismo, pelo feudalismo e pelo capitalismo mal ultrapassa cinco milênios.  Primeira forma de organização humana;  Trabalho: conjunto.  Meios de produção e os frutos do trabalho: propriedade coletiva, ou seja, de todos. Não existia ainda a idéia da propriedade privada dos meios de produção, nem havia a oposição proprietários x não proprietários.
  • 6. COMUNAL- PRIMITIVO  Estado: também não existia. Este só passou a existir quando alguns homens começaram a dominar outros. O estado surgiu como instrumento de organização social e de dominação. Existiu em diversas partes do mundo. Pode-se ainda encontrar esta forma de organizaçao social em países como África, Nova Zelândia, na região da Amazonia e até mesmo no Brasil;
  • 7. MODO DE PRODUÇÃO ESCRAVISTA  Meios de produção + escravizados = propriedade do senhor.  Relações de produção - relações de domínio e de sujeição: senhores x escravizados.  Um pequeno número de senhores explorava a massa de escravizados, que não tinham nenhum direito.  Os senhores eram proprietários da força de trabalho (os escravizados), dos meios de produção (terras, gado, minas, instrumentos de produção) e do produto de trabalho.  No modo de produção comunal como os bens e a terra eram propriedade coletiva não havia a necessidade de qualquer tipo de coerção ou violência física, monopólio legítimo do Estado, segundo Max Weber
  • 8. MODO DE PRODUÇÃO ESCRAVISTA  Necessário o surgimento do Estado para garantir o direito dos senhores ;  O modo de produção era essencialmente agrário;  Tanto na Grécia quanto em Roma antiga o poder, o exercício da política, o conhecimento, a escrita, o teatro e todas as artes floresceram nas cidades;  Na Grecia antiga, os cidadãos livres eleboravam teorias avançadas (políticia, filosofia); construíam templos, escreviam teatro etc;  - Tudo era financiado pelo trabalho escravizado no campo. A cidade não era local para produção, exceto para os escravizados domésticos;  Trabalho manual era ostensivamente desprezado pela cultura grega  Sociedade Romana repetiu o mesmo modelo
  • 9. MODO ASIÁTICO – SOCIEDADE HIDRÁULICA  Predominou na India e no Egito da Antiguidade, bem como nas civilizações pré- colombianas dos incas (países andinos), maias (leste do México) e astecas (México- Nicarágua)  Sociedades fechadas, caracterizadas por um Estado forte e uma burocracia eficiente, capaz de manter o poder total do Estado (sociedade subordinada)  Meios de produção e a força de trabalho – pertenciam ao Estado, encarnado no Imperador . Abaixo dele sacerdotes, nobres e guerreiros. Grupo mais poderoso – administradores públicos (atuavam em nome do Estado)  Sucumbiram aos próprios excessos, mas também por conta das invaçoes estrangeiras;  No caso da sociedade asteca e inca, a conquista de seu território pelos invasores espanhóis, no século XVI, determinou seu desaparecimento;
  • 10. MODO DE PRODUÇÃO FEUDAL  Predominou na Europa ocidental entre o século V-XVI  Em alguns casos prolongou-se pelo XVIII-XIX;  Mas nem todos os países europeus experiementaram esse modo de produção (cidades-estado italianas – Veneza/Florença; península Ibérica – Portugal/Espanha)  Estruturou-se sobre a divisao entre senhores e servos  Relações de produção - propriedade do senhor sobre a terra e no trabalho agrícola do servo;  Os servos não viviam como os escravizados, pois possuíam o direito de cultivar um pedaço de terra cedido pelo senhor, sendo obrigado a pagar-lhe impostos (renda ou trabalho)
  • 11. MODO DE PRODUÇÃO FEUDAL  O servo tinha direito do usufruto da terra (não podia comprá-la ou vendê-la)  O senhor feudal tinha o poder econômico (terra) e político (produziam suas leis)  Economia essencialmente agrária  A produção no feudalismo era voltada para a satisfação das necessidades imediatas;  Servo diferentemente do escravizado, não era propriedade do seu senhor, mas estava ligado à terra. Caso o senhor vendesse esse lote a outra pessoa, esta era obrigada a manter o servo na propriedade  (estratificação baseada em castas)
  • 12. AS BASES DO TRABALHO NA SOCIEDADE MODERNA – O MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA  Modo de produção capitalista: relações assalariadas de produção + propriedade privada dos meios de produção  Trabalho assalariado ocupa o lugar do trabalho servil  A burguesia é proprietária dos meios de produção e da circulação de riquezas  Trabalhador é livre para trabalhar onde quiser, o que não acontecia com o servo, que esta diretamente ligado a terra;  A produção – movido pelo desejo de lucro. É para aumentar seus rendimentos e expandir seus lucros/baixo custo. Para isso, recorrem a técnicas racionalizadoras do trabalho
  • 13. ETAPAS DO CAPITALISMO  Das origem, final da I. Média, aos dias de hoje, o capitalismo passou  pelas seguintes fases:  Pré-capitalismo.  Capitalismo comercial ou mercantil  Capitalismo industrial  Capitalismo financeiro  Sociedade pós-industrial
  • 14. PRÉ-CAPITALISMO  Do século XI ao XV  O comércio e a produçao artesanal começam a se Expandir, mas o trabalho assalariado ainda é uma exceção: predomina o trabalho independente dos artesãos, donos dos meios de produção (oficinas e ferramentas), bem como da matéria-prima;  Nos campos, prossegue ainda o trabalho servil, que começa a ser substituído pelo trabalho assalariado por formas de arrendamento da terra;
  • 15. CAPITALISMO COMERCIAL OU MERCANTIL Do século XV ao XVIII O trabalho independente ainda predomina; Mas se expande o regime assalariado; A maior parte dos lucros concentra-se na mão dos comerciantes
  • 16. CAPITALISMO INDUSTRIAL  Do século XVIII ao XX  Com a Revolução Industrial, o capital passa a ser investido basicamente na indústria, que se torna a atividade econômica dominante; O trabalho assalariado firma-se definitivamente;
  • 17. CAPITALISMO FINANCEIRO  Maior parte do século XX  Os bancos e outras instituições financeiras passam a controlar as demais atividades econômicas por meio de financiamentos à agricultura, à pecuária, à indústria e ao comércio;
  • 18. SOCIEDADE PÓS- INDUSTRIAL Do século XX ao XXI O capital financeiro continua a dominar os outros setores da economia como na fase anterior; Com a globalização e o desenvolvimento das redes de computadores, grandes massas de capital passam a ser aplicadas nos países que oferecem maior lucratividade, reiterando-se deles ao menor sinal de crise; ao mesmo tempo, a indústria e a agricultura perdem importância em relaçao ao setor de serviços; Além disso, crescem gigantescamente os meios de comunição e o setor da informática, assim como a automação e a indústria de alta tecnologia
  • 19. SOCIALISMO: UM NOVO MODO DE PRODUÇÃO?  Fundamento da sociedade socialista é a propriedade social (coletiva)dos meios de produção  Nao existe empresa privada (ou apenas pequena parcela) já que os meios são coletivos/públicos  Objetivo: satisfação completa das necessidades materiais e culturais da sociedade  Desaparece a seração entre proprietários do capital e força de trabalho;  Ainda assim, permacene diferenças individuais e saláriais, já que há a sepraçao de qualificação  Economia planificada (necessidade e não lucro)  Marx e Engels – Comunismo (fim das classes) ultima etapa do processo histórico; fim do Estado
  • 20. CONCLUSÃ O  Podemos perceber atraves da exposição que o percepção sobre a categoria trabalho muda de acordo com o tempo e a com a sociedade;
  • 21. CONCLUSÃ O  Sociedade greco-romanas – o trabalho escravizado era a base da economia da sociedade;  Sociedade feudal – base da produção era o feudo, sendo responsável o servo;  Sociedade Capitalista – a produção está vinculada ao burguês e ao proletariado, que vende sua força de trabalho (mercadoria)
  • 22. CONCLUSÃ O  Diferença entre Trabalho e Emprego  , às vezes consideradas sinônimos;  Trabalhar – atividade humana, consciente, deliberada (necessidade não só material, mas simbólica - artística e cultural);  O trabalho existiu em todas as sociedades humanas, enquanto que o emprego é uma característica da sociedade capitalista (homens livres e iguais perante a lei)  Emprego – relação contratual entre trabalhador e empregador