2. ::: Introdução ::: Com o desenvolvimento da “mão”, desenvolveu-se o cérebro humano. Com o aperfeiçoamento das ferramentas, os homens passaram a caçar mais e consumir mais carne (proteína). O desenvolvimento das ferramentas (tecnologias) e das estruturas sociais possibilitam o sedentarismo e a produção de excedentes. Através do trabalho o homem produz mercadorias e bens necessários a sua sobrevivência.
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4. ::: Os Modos de Produção ::: Modo de Produção: forma de produção + relações de produção (infraestrutura) e sociedade civil + tipo de Estado. Conceito marxista. Escravista: o trabalho é propriedade do senhor de escravos; sem direitos; foram utilizados principalmente nas plantation (grande propriedade agro-exportadora). Feudal: sistema de servidão; servo dependente do senhor feudal e preso à terra; sistema de obrigações (o servo trabalho, o clero reza, o nobre protege).
5. ::: Os Modos de Produção ::: Capitalista: propriedade privada dos meios de produção (terras, indústrias, equipamentos, etc); divisão social do trabalho; surgimento das classes sociais; trabalhadores são donos da força de trabalho (proletariado); alienação no trabalho (a mercadoria se torna “independente” em relação ao seu produtor (proletário); trabalhadores assalariados; Socialista: propriedade estatal dos meios de produção; a finalidade do Estado e da propriedade é a satisfação das necessidades da população e não dos interesses individuais;
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7. ::: Trabalho Escravo no Brasil ::: Apesar do desenvolvimento industrial e do mercado de trabalho e consumidor, ainda persiste o trabalho escravo em determinadas regiões do país; O trabalho escravo ainda é forte no latifúndio exportador, apesar do alto índice de mecanização. A OIT (Organização Internacional do Trabalho) aponta que a escravidão no Brasil deve ser combatida com políticas públicas e projetos de desenvolvimento sustentável nas regiões pobres.
8. ::: Trecho: Relatório da OIT sobre trabalho Escravo no Brasil ::: “ A pele de Manuel se transformou em couro, curtida anos a fio pelo sol da Amazônia e pelo suor de seu rosto. No Sudeste do Pará, onde boi vale mais que gente, talvez isso lhe fosse útil. Mas acabou servente dos próprios bois, com a tarefa de limpar o pasto. ‘Fizeram açude para o gado beber e nós bebíamos e usávamos também’. Trabalhava de domingo a domingo, mas nada de pagamento, só feijão, arroz e a lona para cobrir-se de noite. Um outro tipo de cerca, com farpas que iam mais fundo, o impedia de desistir: ‘o fiscal de serviço andava armado. Se o pessoal quisesse ir embora sem terminar a tarefa, eles ameaçavam, e aí o sujeito voltava ’”.
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11. ::: “Cidadão” (letra de Lúcio Barbosa)::: Tá vendo aquele edifício moço Ajudei a levantar Foi um tempo de aflição Eram quatro condução Duas prá ir, duas prá voltar Hoje depois dele pronto Olho prá cima e fico tonto Mas me vem um cidadão E me diz desconfiado "Tu tá aí admirado? Ou tá querendo roubar?" Meu domingo tá perdido Vou prá casa entristecido Dá vontade de beber E prá aumentar meu tédio Eu nem posso olhar pro prédio Que eu ajudei a fazer... Hié! Hié! Hié! Hié! Hié! Oh! Oh! Oh!
12. Tá vendo aquele colégio moço Eu também trabalhei lá Lá eu quase me arrebento Fiz a massa, pus cimento Ajudei a rebocar Minha filha inocente Vem prá mim toda contente "Pai vou me matricular" Mas me diz um cidadão: "Criança de pé no chão Aqui não pode estudar" Essa dor doeu mais forte Por que é que eu deixei o norte Eu me pus a me dizer Lá a seca castigava Mas o pouco que eu plantava Tinha direito a comer... Tá vendo aquela igreja moço Onde o padre diz amém Pus o sino e o badalo Enchi minha mão de calo Lá eu trabalhei também Lá foi que valeu a pena Tem quermesse, tem novena E o padre me deixa entrar Foi lá que Cristo me disse: "Rapaz deixe de tolice Não se deixe amedrontar Fui eu quem criou a terra Enchi o rio, fiz a serra Não deixei nada faltar Hoje o homem criou asa E na maioria das casas Eu também não posso entrar Fui eu quem criou a terra Enchi o rio, fiz a serra Não deixei nada faltar Hoje o homem criou asas E na maioria das casas Eu também não posso entrar"