SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 34
Formação do Estado Brasileiro Primeiro Reinado Período Regencial As Rebeliões Regenciais Transição para o Segundo Reinado
PILARES DO ESTADO BRASILEIRO (Século XIX): MONARQUIA ESCRAVISMO UNIDADE ELITISMO CENTRALIZAÇÃO
::: Primeiro Reinado (1822 - 1831) ::: - Diferente do que ocorreu nos EUA, o Brasil tornou-se uma monarquia; - Não se fez notar a fragmentação político-territorial verificada nas colônias espanholas; - Também não ocorreu ampla participação política das massas populares; - Ocorreu a  manutenção da estrutura socioeconômica do período colonial : escravismo, latifúndio, domínio da oligarquia rural e agro-exportação de produtos primários.
::: Primeiro Reinado (1822 - 1831) ::: - A separação não foi pacífica: D. Pedro I contratou mercenários, mobilizou milícias e comprou navios para enfrentar para lutar contra as forças metropolitanas (principalmente no Pará); - Os EUA foi o primeiro país a reconhecer a independência do Brasil ( Doutrina Monroe - “A América para os Americanos” ); - Inglaterra adotou postura mediadora: emprestou 2 milhões de libras esterlinas para o Brasil pagar indenização para Portugal;
 
 
::: Primeiro Reinado (1822 - 1831) ::: - Tratado de Paz e Aliança; - A Inglaterra transforma-se na tuteladora da nova monarquia. Havia interesse de explorar o mercado brasileiro e acabar com a escravidão; -  Política livre-cambista:  redução de taxas alfandegárias para as importações, o que inviabilizou o desenvolvimento da manufatura brasileira; - Endividamento do Estado brasileiro.
::: A Constituição de 1823 ::: - Assembleia Constituinte de 1823: 90 deputados da aristocracia/oligarquia rural brasileira; - Características da  “constituição da mandioca” :  classista  (defendia os interesses da oligarquia – voto censitário),  anticolonial  (exclusão de portugueses da administração),  antiabsolutista  (dividia os poderes do Imperador com o Parlamento); - D. Pedro I interrompeu os trabalhos da Assembleia, ordenou a prisão e exílio de muitos deputados.
::: A Constituição de 1824 ::: - Monarquia hereditária e divisão do território em províncias; - Quatro poderes:  executivo  (imperador e ministros),  legislativo  (Câmara de Deputados e Senado),  Judiciário  (juízes e tribunais),  moderador  (o imperador); - Eleições indiretas para os deputados (eleitores de paróquia e de província); - Voto censitário: 100 mil-réis (paróquia), 200 mil-réis (província), 400 mil-réis (deputado) e 800 mil-réis (senador);
 
 
::: A Constituição de 1824 ::: - Cidadãos em três grupos: a) Passivos: não alcançavam a renda suficiente para para ter direitos políticos; b) Ativos votantes: renda suficiente para votar; c) Ativos eleitores elegíveis: renda para votar e ser votado.
::: A Confederação do Equador ::: - Descontentamentos com o autoritarismo de D. Pedro I, dificuldades econômicas (crise de produtos como algodão e açúcar) e os crescentes impostos; - Caráter separatista, republicano, urbano e popular. Os revoltosos extinguiram o tráfico negreiro; - D. Pedro I reprimiu a rebelião com extrema severidade;
::: Abdicação do D. Pedro I ::: - Balança comercial deficitária, aumento da dívida externa, inflação (emissão e desvalorização da moeda nacional) e diminuição das receitas com o comércio exterior; - Repressão violenta contra a Confederação do Equador; - Guerra da Cisplatina (Uruguai, independente em 1828); - Autoritarismo de D. Pedro I, que governou de forma absolutista; - Possibilidade de D. Pedro I retornar ao trono português.
 
::: Regências (1831 - 1840) ::: - D. Pedro de Alcântara era menor de idade e obedecendo a Constituição de 1824 começaram as regências; - O parlamento esta em recesso, daí decidiu-se escolher uma regência provisória até a realização da eleição indireta; - As regências: Regência Trina Provisória (abril a junho de 1831); Regência Trina Permanente (1831-35); Regência Una de Feijó (1835-37); Regência Una de Araújo Lima (1837-40).
::: Regência Trina Provisória ::: - Anistia de prisioneiros políticos; - Suspensão do poder moderador; - Eleição da Regência Trina Permanente.
::: Regência Trina Permanente ::: - Criação da Guarda Nacional; -  Coronel:  patente geralmente vendida pelo governo aos grandes fazendeiros; -  Código de Processo Criminal:   plena autoridade judiciária e policial aos grandes proprietários, apesar da instituição do júri e do  habeas corpus ;
 
 
::: As correntes políticas do período ::: -  Restaurador ou caramuru:  defendia a volta de D. Pedro I – formado por funcionários públicos, militares conservadores e comerciantes portugueses; -  Liberal moderado ou chimango:  membros da aristocracia rual, defensores da ordem vigente, baseada na monarquia e na escravidão. Defendiam um governo centralizado e a manutenção da unidade territorial; -  Liberal exaltado:  tendência mais radical, participavam proprietários rurais, classes médias urbanas e exército, defendiam autonomia da províncias e a descentralização. Os mais radicais eram os  farroupilhas  (republicanos).
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
::: Regência Una de Feijó ::: - Movimentos regionais, como Cabanagem, Sabinada e Revolução Farroupilha; - Divisão do grupo moderado em: progressistas  (converteram-se em Partido Liberal, composto pela classe média urbana, clérigos e proprietários rurais do sul e sudeste – favoráveis a descentralização); regressistas  (tornou-se Partido Conservador, grandes proprietários rurais, comerciantes, magistrados e burocratas – favoráveis a centralização);
::: Regência Una de Araújo Lima ::: - Tendência conservadora, em oposição ao predomínio liberal do período regencial; -  Lei interpretativa do Ato Adicional de 1834:  devolvia o poder central o direito de nomear os funcionários públicos e o controle dos órgãos da polícia e da justiça; -  1840 – fundação do Clube da Maioridade e Golpe da Maioridade:  D. Pedro II, com 15 anos incompletos, é coroado e a monarquia restaurada.
 
::: Rebeliões Regenciais ::: -  Cabanagem (Pará, 1835-40):  contou com adesão popular (indígenas, mestiços e negros da região), que viviam em cabanas a beira dos rios, em condições miseráveis. Os revoltosos assumiram ao poder e proclamaram a independência da Província; -  Sabinada (Bahia, 1837-38):  o recrutamento forçado foi o estopim para a rebelião contra a situação de dificuldade econômica da província. Expressava o descontentamento dos grupos médios urbanos. Proclamaram a República Bahiense. Pretendiam libertar os escravos nascidos no Brasil e os apoiadores da revolução;
::: Rebeliões Regenciais ::: -  Balaiada (Maranhão, 1838-41):  a economia enfrentava dificuldades econômicas (algodão). Pobres, escravos e miseráveis questionavam os privilégios dos latifundiários locais e comerciantes portugueses. A divisão entre os líderes facilitou a repressão ao movimento; -  Revolução Farroupilha (Bahia, 1835-45):  a mais longa rebelião da história brasileira. Reivindicavam maior autonomia provincial e redução dos impostos que incidiam sobre o charque (produzido por escravos). Os estancieiros não tinham como competir com o charque platino (mão-de-obra assalariada, mais eficiente e produtiva);
 
 
::: A transição para o Segundo Reinado ::: - Defensores da descentralização, a oligarquia transformou-se em defensora da centralização política; - A luta contra a centralização nos primeiros anos após a independência significava lutar contra a elite administrativo-burocrática portuguesa; - A centralização, agora, passava a significar o controle do país pela oligarquia, principalmente a advinda do nordeste (em decadência);
 
::: A transição para o Segundo Reinado ::: - Nova riqueza nacional: o café; - A elite cafeicultora morava no Sudeste (Baixada Fluminense) e frequentava a corte imperial, mais um motivo para centralização; - A unidade territorial foi mantida em nome dos interesses da oligarquia rural, que precisava combater as rebeliões e movimentos subversivos; - A unidade cultural da elite brasileira: formada por membros educados na Europa ou letrados (diante de uma massa enorme de analfabetos e miseráveis);
 
::: Bibliografia ::: - www.google.com.br/imagens - VICENTINO, C. História do Ensino Médio: história geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2008.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Revolução russa slide
Revolução russa slideRevolução russa slide
Revolução russa slide
Isabel Aguiar
 
Ditaduras na america latina
Ditaduras na america latinaDitaduras na america latina
Ditaduras na america latina
Isabel Aguiar
 
República Velha (Oligárquica)
República Velha (Oligárquica)República Velha (Oligárquica)
República Velha (Oligárquica)
eiprofessor
 
Imperialismo e neocolonialismo
Imperialismo e neocolonialismoImperialismo e neocolonialismo
Imperialismo e neocolonialismo
Paulo Alexandre
 

Mais procurados (20)

Primeiro Reinado
Primeiro ReinadoPrimeiro Reinado
Primeiro Reinado
 
A Era Vargas (1930 1945)-aulão
A Era Vargas (1930 1945)-aulãoA Era Vargas (1930 1945)-aulão
A Era Vargas (1930 1945)-aulão
 
Revoltas na República Velha
Revoltas na República VelhaRevoltas na República Velha
Revoltas na República Velha
 
Conjuração Mineira e Baiana
Conjuração Mineira e BaianaConjuração Mineira e Baiana
Conjuração Mineira e Baiana
 
Ditadura Militar (1964-1985)
Ditadura Militar (1964-1985)Ditadura Militar (1964-1985)
Ditadura Militar (1964-1985)
 
Era vargas
Era vargasEra vargas
Era vargas
 
A Revolução Mexicana (1910)
A Revolução Mexicana (1910)A Revolução Mexicana (1910)
A Revolução Mexicana (1910)
 
8 2º reinado
8  2º reinado8  2º reinado
8 2º reinado
 
O governo Jânio Quadros (1961)
O governo Jânio Quadros (1961)O governo Jânio Quadros (1961)
O governo Jânio Quadros (1961)
 
A EUROPA NO SÉCULO XIX
A EUROPA NO SÉCULO XIXA EUROPA NO SÉCULO XIX
A EUROPA NO SÉCULO XIX
 
Descolonização Afro-Asiática
Descolonização Afro-AsiáticaDescolonização Afro-Asiática
Descolonização Afro-Asiática
 
Revolução de 1930
Revolução de 1930Revolução de 1930
Revolução de 1930
 
Revolução russa slide
Revolução russa slideRevolução russa slide
Revolução russa slide
 
Ditaduras na america latina
Ditaduras na america latinaDitaduras na america latina
Ditaduras na america latina
 
Revolução chinesa
Revolução chinesaRevolução chinesa
Revolução chinesa
 
República Populista (1946-1964)
República Populista (1946-1964)República Populista (1946-1964)
República Populista (1946-1964)
 
A proclamação da república no brasil
A proclamação da república no brasilA proclamação da república no brasil
A proclamação da república no brasil
 
Primeira República
Primeira RepúblicaPrimeira República
Primeira República
 
República Velha (Oligárquica)
República Velha (Oligárquica)República Velha (Oligárquica)
República Velha (Oligárquica)
 
Imperialismo e neocolonialismo
Imperialismo e neocolonialismoImperialismo e neocolonialismo
Imperialismo e neocolonialismo
 

Destaque

O conceito político de povo no período regencial
O conceito político de povo no período regencialO conceito político de povo no período regencial
O conceito político de povo no período regencial
Wlamir Silva
 

Destaque (20)

Primeiro Reinado (1822-1831)
Primeiro Reinado (1822-1831)Primeiro Reinado (1822-1831)
Primeiro Reinado (1822-1831)
 
Primeiro reinado e período regencial
Primeiro reinado e período regencialPrimeiro reinado e período regencial
Primeiro reinado e período regencial
 
Período regencial
Período regencialPeríodo regencial
Período regencial
 
Brasil Império: Primeiro Reinado (1822-1831)
Brasil Império:   Primeiro Reinado (1822-1831)Brasil Império:   Primeiro Reinado (1822-1831)
Brasil Império: Primeiro Reinado (1822-1831)
 
Primeiro reinado (1822 1831)
Primeiro reinado (1822 1831)Primeiro reinado (1822 1831)
Primeiro reinado (1822 1831)
 
Período Regencial
Período RegencialPeríodo Regencial
Período Regencial
 
Período Regencial
Período RegencialPeríodo Regencial
Período Regencial
 
Brasil império período regencial (1831-1840)
Brasil império   período regencial (1831-1840)Brasil império   período regencial (1831-1840)
Brasil império período regencial (1831-1840)
 
Período regencial
Período regencialPeríodo regencial
Período regencial
 
O Primeiro Reinado
O Primeiro Reinado O Primeiro Reinado
O Primeiro Reinado
 
2° ano - Brasil Império: Segundo Reinado
2° ano  - Brasil Império: Segundo Reinado2° ano  - Brasil Império: Segundo Reinado
2° ano - Brasil Império: Segundo Reinado
 
PeríOdo RegêNcial
PeríOdo RegêNcialPeríOdo RegêNcial
PeríOdo RegêNcial
 
Período Regencial
Período Regencial Período Regencial
Período Regencial
 
Brasil Império (Primeiro Reinado / Regências / Segundo Reinado)
Brasil Império (Primeiro Reinado / Regências / Segundo Reinado)Brasil Império (Primeiro Reinado / Regências / Segundo Reinado)
Brasil Império (Primeiro Reinado / Regências / Segundo Reinado)
 
O conceito político de povo no período regencial
O conceito político de povo no período regencialO conceito político de povo no período regencial
O conceito político de povo no período regencial
 
A Formação do Estado Nacional
A Formação do Estado NacionalA Formação do Estado Nacional
A Formação do Estado Nacional
 
O Estado Brasileiro
O Estado BrasileiroO Estado Brasileiro
O Estado Brasileiro
 
3° ano - Revoltas do Período Regencial
3° ano - Revoltas do Período Regencial3° ano - Revoltas do Período Regencial
3° ano - Revoltas do Período Regencial
 
3º ano era vargas
3º ano   era vargas3º ano   era vargas
3º ano era vargas
 
3º ano segunda guerra mundial (1939 – 1945)
3º ano   segunda guerra mundial (1939 – 1945)3º ano   segunda guerra mundial (1939 – 1945)
3º ano segunda guerra mundial (1939 – 1945)
 

Semelhante a Primeiro Reinado e Regencias

1º reinado e período regencial
1º reinado e período regencial1º reinado e período regencial
1º reinado e período regencial
Auxiliadora
 
Primeiro Reinado e Período Regencial.
Primeiro Reinado e Período Regencial.Primeiro Reinado e Período Regencial.
Primeiro Reinado e Período Regencial.
Marcos Judice
 
As fases da revolução francesa profnelia
As fases da revolução francesa profneliaAs fases da revolução francesa profnelia
As fases da revolução francesa profnelia
historiando
 
As fases da revolução francesa profnelia
As fases da revolução francesa profneliaAs fases da revolução francesa profnelia
As fases da revolução francesa profnelia
historiando
 
As fases da revolução francesa profnelia
As fases da revolução francesa profneliaAs fases da revolução francesa profnelia
As fases da revolução francesa profnelia
Nelia Salles Nantes
 
A Partir De D. Joao VI
A Partir De D. Joao VIA Partir De D. Joao VI
A Partir De D. Joao VI
guest923616
 
A Partir De D. Joao VI
A Partir De D. Joao VIA Partir De D. Joao VI
A Partir De D. Joao VI
guest923616
 
A Partir Da Regencia
A Partir Da RegenciaA Partir Da Regencia
A Partir Da Regencia
guest923616
 
A Partir Da Regencia Site
A Partir Da Regencia   SiteA Partir Da Regencia   Site
A Partir Da Regencia Site
Carlos Glufke
 

Semelhante a Primeiro Reinado e Regencias (20)

2° ano Primeiro Reinado e Regências
2° ano   Primeiro Reinado e Regências2° ano   Primeiro Reinado e Regências
2° ano Primeiro Reinado e Regências
 
Brasil Império2018
Brasil Império2018Brasil Império2018
Brasil Império2018
 
1º reinado
1º reinado1º reinado
1º reinado
 
1º reinado e período regencial
1º reinado e período regencial1º reinado e período regencial
1º reinado e período regencial
 
Primeiro Reinado e Período Regencial.
Primeiro Reinado e Período Regencial.Primeiro Reinado e Período Regencial.
Primeiro Reinado e Período Regencial.
 
As fases da revolução francesa profnelia
As fases da revolução francesa profneliaAs fases da revolução francesa profnelia
As fases da revolução francesa profnelia
 
I reinado - Período Regencial e II Reinado
I reinado -  Período Regencial e II ReinadoI reinado -  Período Regencial e II Reinado
I reinado - Período Regencial e II Reinado
 
3° ano período regencial
3° ano   período regencial3° ano   período regencial
3° ano período regencial
 
3º ano Período Regencial
3º ano Período Regencial3º ano Período Regencial
3º ano Período Regencial
 
O Império Brasileiro - Prof. Medeiros
O Império Brasileiro - Prof. MedeirosO Império Brasileiro - Prof. Medeiros
O Império Brasileiro - Prof. Medeiros
 
As fases da revolução francesa profnelia
As fases da revolução francesa profneliaAs fases da revolução francesa profnelia
As fases da revolução francesa profnelia
 
As fases da revolução francesa profnelia
As fases da revolução francesa profneliaAs fases da revolução francesa profnelia
As fases da revolução francesa profnelia
 
A Partir De D. Joao VI
A Partir De D. Joao VIA Partir De D. Joao VI
A Partir De D. Joao VI
 
A Partir De D. Joao VI
A Partir De D. Joao VIA Partir De D. Joao VI
A Partir De D. Joao VI
 
Brasil regencia e 2º império 2012
Brasil regencia e 2º império 2012Brasil regencia e 2º império 2012
Brasil regencia e 2º império 2012
 
A Partir Da Regencia
A Partir Da RegenciaA Partir Da Regencia
A Partir Da Regencia
 
A Partir Da Regencia Site
A Partir Da Regencia   SiteA Partir Da Regencia   Site
A Partir Da Regencia Site
 
3ano-perodoregencial2018-190516173129.pptx
3ano-perodoregencial2018-190516173129.pptx3ano-perodoregencial2018-190516173129.pptx
3ano-perodoregencial2018-190516173129.pptx
 
2º ano - Período Regencial e Revoltas
2º ano - Período Regencial e Revoltas2º ano - Período Regencial e Revoltas
2º ano - Período Regencial e Revoltas
 
Primeiro Reinado (25 03 2010)
Primeiro Reinado (25 03 2010)Primeiro Reinado (25 03 2010)
Primeiro Reinado (25 03 2010)
 

Mais de Alexandre Protásio

Mudanca, revolucao e transformacao social
Mudanca, revolucao e transformacao socialMudanca, revolucao e transformacao social
Mudanca, revolucao e transformacao social
Alexandre Protásio
 
Breve ensaio sobre o metodo dialetico
Breve ensaio sobre o metodo dialeticoBreve ensaio sobre o metodo dialetico
Breve ensaio sobre o metodo dialetico
Alexandre Protásio
 
Prefacio da Contribuicao a Critica da Economia Politica de Karl Marx
Prefacio da Contribuicao a Critica da Economia Politica de Karl MarxPrefacio da Contribuicao a Critica da Economia Politica de Karl Marx
Prefacio da Contribuicao a Critica da Economia Politica de Karl Marx
Alexandre Protásio
 
Brasil Colonial - expansao e diversidade economica
Brasil Colonial - expansao e diversidade economicaBrasil Colonial - expansao e diversidade economica
Brasil Colonial - expansao e diversidade economica
Alexandre Protásio
 
Brasil Republica Velha - declinio
Brasil Republica Velha - declinioBrasil Republica Velha - declinio
Brasil Republica Velha - declinio
Alexandre Protásio
 
Imperialismo do seculo XIX - Neocolonialismo
Imperialismo do seculo XIX - NeocolonialismoImperialismo do seculo XIX - Neocolonialismo
Imperialismo do seculo XIX - Neocolonialismo
Alexandre Protásio
 
Transicao do Feudalismo para o Capitalismo II
Transicao do Feudalismo para o Capitalismo IITransicao do Feudalismo para o Capitalismo II
Transicao do Feudalismo para o Capitalismo II
Alexandre Protásio
 

Mais de Alexandre Protásio (20)

Os caminhos do Ensino Politecnico
Os caminhos do Ensino PolitecnicoOs caminhos do Ensino Politecnico
Os caminhos do Ensino Politecnico
 
Mudanca, revolucao e transformacao social
Mudanca, revolucao e transformacao socialMudanca, revolucao e transformacao social
Mudanca, revolucao e transformacao social
 
Breve ensaio sobre o metodo dialetico
Breve ensaio sobre o metodo dialeticoBreve ensaio sobre o metodo dialetico
Breve ensaio sobre o metodo dialetico
 
Prefacio da Contribuicao a Critica da Economia Politica de Karl Marx
Prefacio da Contribuicao a Critica da Economia Politica de Karl MarxPrefacio da Contribuicao a Critica da Economia Politica de Karl Marx
Prefacio da Contribuicao a Critica da Economia Politica de Karl Marx
 
Brasil Ditadura Militar
Brasil Ditadura MilitarBrasil Ditadura Militar
Brasil Ditadura Militar
 
II Guerra Mundial
II Guerra MundialII Guerra Mundial
II Guerra Mundial
 
Brasil Colonial - expansao e diversidade economica
Brasil Colonial - expansao e diversidade economicaBrasil Colonial - expansao e diversidade economica
Brasil Colonial - expansao e diversidade economica
 
Importancia do Trabalho
Importancia do TrabalhoImportancia do Trabalho
Importancia do Trabalho
 
Desigualdades Sociais
Desigualdades SociaisDesigualdades Sociais
Desigualdades Sociais
 
Brasil Era Vargas (1930 - 45)
Brasil Era Vargas (1930 - 45)Brasil Era Vargas (1930 - 45)
Brasil Era Vargas (1930 - 45)
 
Descolonizacao da Africa e Asia
Descolonizacao da Africa e AsiaDescolonizacao da Africa e Asia
Descolonizacao da Africa e Asia
 
Diaspora Africana
Diaspora AfricanaDiaspora Africana
Diaspora Africana
 
Brasil Republica Velha - declinio
Brasil Republica Velha - declinioBrasil Republica Velha - declinio
Brasil Republica Velha - declinio
 
Brasil Republica Velha - apogeu
Brasil Republica Velha - apogeuBrasil Republica Velha - apogeu
Brasil Republica Velha - apogeu
 
Idade Media - cultura
Idade Media - culturaIdade Media - cultura
Idade Media - cultura
 
Imperialismo do seculo XIX - Neocolonialismo
Imperialismo do seculo XIX - NeocolonialismoImperialismo do seculo XIX - Neocolonialismo
Imperialismo do seculo XIX - Neocolonialismo
 
Segundo Reinado
Segundo ReinadoSegundo Reinado
Segundo Reinado
 
Brasil Colonial XVI - XVII
Brasil Colonial   XVI - XVIIBrasil Colonial   XVI - XVII
Brasil Colonial XVI - XVII
 
Transicao do Feudalismo para o Capitalismo II
Transicao do Feudalismo para o Capitalismo IITransicao do Feudalismo para o Capitalismo II
Transicao do Feudalismo para o Capitalismo II
 
I Guerra Mundial
I Guerra MundialI Guerra Mundial
I Guerra Mundial
 

Primeiro Reinado e Regencias

  • 1. Formação do Estado Brasileiro Primeiro Reinado Período Regencial As Rebeliões Regenciais Transição para o Segundo Reinado
  • 2. PILARES DO ESTADO BRASILEIRO (Século XIX): MONARQUIA ESCRAVISMO UNIDADE ELITISMO CENTRALIZAÇÃO
  • 3. ::: Primeiro Reinado (1822 - 1831) ::: - Diferente do que ocorreu nos EUA, o Brasil tornou-se uma monarquia; - Não se fez notar a fragmentação político-territorial verificada nas colônias espanholas; - Também não ocorreu ampla participação política das massas populares; - Ocorreu a manutenção da estrutura socioeconômica do período colonial : escravismo, latifúndio, domínio da oligarquia rural e agro-exportação de produtos primários.
  • 4. ::: Primeiro Reinado (1822 - 1831) ::: - A separação não foi pacífica: D. Pedro I contratou mercenários, mobilizou milícias e comprou navios para enfrentar para lutar contra as forças metropolitanas (principalmente no Pará); - Os EUA foi o primeiro país a reconhecer a independência do Brasil ( Doutrina Monroe - “A América para os Americanos” ); - Inglaterra adotou postura mediadora: emprestou 2 milhões de libras esterlinas para o Brasil pagar indenização para Portugal;
  • 5.  
  • 6.  
  • 7. ::: Primeiro Reinado (1822 - 1831) ::: - Tratado de Paz e Aliança; - A Inglaterra transforma-se na tuteladora da nova monarquia. Havia interesse de explorar o mercado brasileiro e acabar com a escravidão; - Política livre-cambista: redução de taxas alfandegárias para as importações, o que inviabilizou o desenvolvimento da manufatura brasileira; - Endividamento do Estado brasileiro.
  • 8. ::: A Constituição de 1823 ::: - Assembleia Constituinte de 1823: 90 deputados da aristocracia/oligarquia rural brasileira; - Características da “constituição da mandioca” : classista (defendia os interesses da oligarquia – voto censitário), anticolonial (exclusão de portugueses da administração), antiabsolutista (dividia os poderes do Imperador com o Parlamento); - D. Pedro I interrompeu os trabalhos da Assembleia, ordenou a prisão e exílio de muitos deputados.
  • 9. ::: A Constituição de 1824 ::: - Monarquia hereditária e divisão do território em províncias; - Quatro poderes: executivo (imperador e ministros), legislativo (Câmara de Deputados e Senado), Judiciário (juízes e tribunais), moderador (o imperador); - Eleições indiretas para os deputados (eleitores de paróquia e de província); - Voto censitário: 100 mil-réis (paróquia), 200 mil-réis (província), 400 mil-réis (deputado) e 800 mil-réis (senador);
  • 10.  
  • 11.  
  • 12. ::: A Constituição de 1824 ::: - Cidadãos em três grupos: a) Passivos: não alcançavam a renda suficiente para para ter direitos políticos; b) Ativos votantes: renda suficiente para votar; c) Ativos eleitores elegíveis: renda para votar e ser votado.
  • 13. ::: A Confederação do Equador ::: - Descontentamentos com o autoritarismo de D. Pedro I, dificuldades econômicas (crise de produtos como algodão e açúcar) e os crescentes impostos; - Caráter separatista, republicano, urbano e popular. Os revoltosos extinguiram o tráfico negreiro; - D. Pedro I reprimiu a rebelião com extrema severidade;
  • 14. ::: Abdicação do D. Pedro I ::: - Balança comercial deficitária, aumento da dívida externa, inflação (emissão e desvalorização da moeda nacional) e diminuição das receitas com o comércio exterior; - Repressão violenta contra a Confederação do Equador; - Guerra da Cisplatina (Uruguai, independente em 1828); - Autoritarismo de D. Pedro I, que governou de forma absolutista; - Possibilidade de D. Pedro I retornar ao trono português.
  • 15.  
  • 16. ::: Regências (1831 - 1840) ::: - D. Pedro de Alcântara era menor de idade e obedecendo a Constituição de 1824 começaram as regências; - O parlamento esta em recesso, daí decidiu-se escolher uma regência provisória até a realização da eleição indireta; - As regências: Regência Trina Provisória (abril a junho de 1831); Regência Trina Permanente (1831-35); Regência Una de Feijó (1835-37); Regência Una de Araújo Lima (1837-40).
  • 17. ::: Regência Trina Provisória ::: - Anistia de prisioneiros políticos; - Suspensão do poder moderador; - Eleição da Regência Trina Permanente.
  • 18. ::: Regência Trina Permanente ::: - Criação da Guarda Nacional; - Coronel: patente geralmente vendida pelo governo aos grandes fazendeiros; - Código de Processo Criminal: plena autoridade judiciária e policial aos grandes proprietários, apesar da instituição do júri e do habeas corpus ;
  • 19.  
  • 20.  
  • 21. ::: As correntes políticas do período ::: - Restaurador ou caramuru: defendia a volta de D. Pedro I – formado por funcionários públicos, militares conservadores e comerciantes portugueses; - Liberal moderado ou chimango: membros da aristocracia rual, defensores da ordem vigente, baseada na monarquia e na escravidão. Defendiam um governo centralizado e a manutenção da unidade territorial; - Liberal exaltado: tendência mais radical, participavam proprietários rurais, classes médias urbanas e exército, defendiam autonomia da províncias e a descentralização. Os mais radicais eram os farroupilhas (republicanos).
  • 22.
  • 23. ::: Regência Una de Feijó ::: - Movimentos regionais, como Cabanagem, Sabinada e Revolução Farroupilha; - Divisão do grupo moderado em: progressistas (converteram-se em Partido Liberal, composto pela classe média urbana, clérigos e proprietários rurais do sul e sudeste – favoráveis a descentralização); regressistas (tornou-se Partido Conservador, grandes proprietários rurais, comerciantes, magistrados e burocratas – favoráveis a centralização);
  • 24. ::: Regência Una de Araújo Lima ::: - Tendência conservadora, em oposição ao predomínio liberal do período regencial; - Lei interpretativa do Ato Adicional de 1834: devolvia o poder central o direito de nomear os funcionários públicos e o controle dos órgãos da polícia e da justiça; - 1840 – fundação do Clube da Maioridade e Golpe da Maioridade: D. Pedro II, com 15 anos incompletos, é coroado e a monarquia restaurada.
  • 25.  
  • 26. ::: Rebeliões Regenciais ::: - Cabanagem (Pará, 1835-40): contou com adesão popular (indígenas, mestiços e negros da região), que viviam em cabanas a beira dos rios, em condições miseráveis. Os revoltosos assumiram ao poder e proclamaram a independência da Província; - Sabinada (Bahia, 1837-38): o recrutamento forçado foi o estopim para a rebelião contra a situação de dificuldade econômica da província. Expressava o descontentamento dos grupos médios urbanos. Proclamaram a República Bahiense. Pretendiam libertar os escravos nascidos no Brasil e os apoiadores da revolução;
  • 27. ::: Rebeliões Regenciais ::: - Balaiada (Maranhão, 1838-41): a economia enfrentava dificuldades econômicas (algodão). Pobres, escravos e miseráveis questionavam os privilégios dos latifundiários locais e comerciantes portugueses. A divisão entre os líderes facilitou a repressão ao movimento; - Revolução Farroupilha (Bahia, 1835-45): a mais longa rebelião da história brasileira. Reivindicavam maior autonomia provincial e redução dos impostos que incidiam sobre o charque (produzido por escravos). Os estancieiros não tinham como competir com o charque platino (mão-de-obra assalariada, mais eficiente e produtiva);
  • 28.  
  • 29.  
  • 30. ::: A transição para o Segundo Reinado ::: - Defensores da descentralização, a oligarquia transformou-se em defensora da centralização política; - A luta contra a centralização nos primeiros anos após a independência significava lutar contra a elite administrativo-burocrática portuguesa; - A centralização, agora, passava a significar o controle do país pela oligarquia, principalmente a advinda do nordeste (em decadência);
  • 31.  
  • 32. ::: A transição para o Segundo Reinado ::: - Nova riqueza nacional: o café; - A elite cafeicultora morava no Sudeste (Baixada Fluminense) e frequentava a corte imperial, mais um motivo para centralização; - A unidade territorial foi mantida em nome dos interesses da oligarquia rural, que precisava combater as rebeliões e movimentos subversivos; - A unidade cultural da elite brasileira: formada por membros educados na Europa ou letrados (diante de uma massa enorme de analfabetos e miseráveis);
  • 33.  
  • 34. ::: Bibliografia ::: - www.google.com.br/imagens - VICENTINO, C. História do Ensino Médio: história geral e do Brasil. São Paulo: Scipione, 2008.