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O CABO SAGRADO – SAGRES | VILA DO BISPO
UM SANTUÁRIO NATURAL, UM TEMPLO INTEMPORAL
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PICK UP VALE PARAÍSO
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Boas-vindas e introdução ao território, aproveitando a ocasião para uma visita à
Exposição “Paisagens Condutoras”, um cruzamento entre arte, cultura gastronómica
e património histórico e arqueológico do Algarve, com algumas curiosas passagens
sobre o legado omíada.
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AS MAIS REMOTAS PAISAGENS SAGRADAS – O MENIR DO PADRÃO
O tema Megalitismo e a sacralização das paisagens com os primeiros monumentos de
pedra erguida. Encontramo-nos na área da maior concentração de menires do
ocidente europeu, provavelmente os mais antigos... os primeiros! Visita ao Menir do
Padrão (Raposeira), o monumento megalítico melhor preservado e com mais
informação associada entre os cerca de 250 conhecidos no Concelho de Vila do Bispo.
12h00
A COSTA SUL – A FINISTERRA MEDITERRÂNICA
Passagem às praias da Ingrina, do Zavial, da Salema e da Boca do Rio. Na Boca do Rio
será possível sentir o impacto de uma paisagem de primeira grandeza natural e
contactar com uma série de apontamentos de elevado interesse do ponto de vista
cultural: um trilho de interpretação da biodiversidade sobre o Paul da Lontreira; uma
villa romana originalmente dedicada à industria conserveira; uma fortificação do
século XVII construída para proteção das almadravas de atum; uma armação de pesca
de época pombalina; um naufrágio do século XVIII...
13h30
ALMOÇO NO FORTE DE SANTO ANTÓNIO DE BELICHE
Rumo a Sagres, almoço no Forte de Santo António de Beliche, com vista privilegiada
sobre a Ponta de Sagres e o Cabo de São Vicente. Trata-se de uma importante
arquitetura militar erigida em data indeterminada. Pelo facto de nela existir um
escudo atribuído ao Rei D. Sebastião, poderá ter sido erguida no século XVI, mas há
quem defenda que a sua construção tenha ocorrido no reinado de Manuel I ou do seu
sucessor, D. João III, seguramente antes de 1587, uma vez que este edifício se
encontra desenhado num mapa desta região produzido aquando do ataque do
corsário inglês Francis Drake, que o destruiu. Tinha como função controlar aquele
ancoradouro e proteger os pescadores que ali exploravam uma armação de pesca de
atum. A fortificação atual remonta a uma reconstrução ordenada por Filipe III de
Portugal (1621-1640), tendo sido reinaugurada em 1632, conforme inscrição
epigráfica sobre o portão de armas.
O almoço apresentará alguns dos tradicionais sabores desta terra e destes mares,
temperados com algumas evocações ao marcante legado omíada.
15h00
O CABO DE SÃO VICENTE E A ERMIDA DO CORVO
No “fim-do-mundo mediterrâneo”, segundo a cosmovisão greco-romana, visita
interpretativa ao palimpsesto cultural do grande Cabo de São Vicente. Algumas
histórias sobre a origem toponímica de Sagres, a sacralização da paisagem do grande
Cabo, o culto de São Vicente e a presumível localização da Kanisat al-Gurab, a mítica
Ermida do Corvo. Segundo a tradição histórica e religiosa (hagiográfica), entre o século
VIII e o século XII, algures na zona de Sagres, existiu um templo dedicado ao culto de
São Vicente, naquela época um dos santuários mais concorridos nas rotas de
peregrinação moçárabe da Península Ibérica. No século XII, o geógrafo árabe Al-Idrisi
documenta esta “Igreja dos Corvos” (Kanisat al-Gurab) nos seus relatos acerca da
finisterra mediterrânica. Entretanto desaparecida, presume-se que a mítica Ermida do
Corvo terá sido edificada precisamente na ponta mais sudoeste da Europa
Continental, denominada desde então de “Cabo de São Vicente”.
VISITA AO FAROL DOM FERNANDO
VESTÍGIOS DE UM CONVENTO MEDIEVAL
O FORTE MILITAR DO SÉCULO XVI-XVII
17:15
PÔR-DO-SOL NO CABO SAGRADO
Por fim, o convite a apreciar o mágico pôr-do-sol no Cabo de São Vicente, será
exatamente às 17:15h! Poeticamente descrito por autores clássicos romanos, hoje
ainda se verifica uma singular romaria que converge para esta extremidade da Europa.
Diariamente centenas de pessoas ali se juntam para assistir ao fenómeno celeste,
aplaudindo o momento em que o astro rei se extingue no “mar sideral”.

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Programa

  • 1. ITINERÁRIO_FAM TRIP “Redescobrir os Segredos do Algarve / Rota Omíada”_Vila do Bispo_06.12.2016 O CABO SAGRADO – SAGRES | VILA DO BISPO UM SANTUÁRIO NATURAL, UM TEMPLO INTEMPORAL 08h30 SAÍDA FARO 09h30 PICK UP VALE PARAÍSO 10h00 PONTO DE ENCONTRO Praça da República, junto à Igreja Matriz de Vila do Bispo. 10h30 CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DE VILA DO BISPO Boas-vindas e introdução ao território, aproveitando a ocasião para uma visita à Exposição “Paisagens Condutoras”, um cruzamento entre arte, cultura gastronómica e património histórico e arqueológico do Algarve, com algumas curiosas passagens sobre o legado omíada. 11h00 INTERVALO PARA CAFÉ 11h30 AS MAIS REMOTAS PAISAGENS SAGRADAS – O MENIR DO PADRÃO O tema Megalitismo e a sacralização das paisagens com os primeiros monumentos de pedra erguida. Encontramo-nos na área da maior concentração de menires do ocidente europeu, provavelmente os mais antigos... os primeiros! Visita ao Menir do Padrão (Raposeira), o monumento megalítico melhor preservado e com mais informação associada entre os cerca de 250 conhecidos no Concelho de Vila do Bispo. 12h00 A COSTA SUL – A FINISTERRA MEDITERRÂNICA Passagem às praias da Ingrina, do Zavial, da Salema e da Boca do Rio. Na Boca do Rio será possível sentir o impacto de uma paisagem de primeira grandeza natural e contactar com uma série de apontamentos de elevado interesse do ponto de vista cultural: um trilho de interpretação da biodiversidade sobre o Paul da Lontreira; uma villa romana originalmente dedicada à industria conserveira; uma fortificação do
  • 2. século XVII construída para proteção das almadravas de atum; uma armação de pesca de época pombalina; um naufrágio do século XVIII... 13h30 ALMOÇO NO FORTE DE SANTO ANTÓNIO DE BELICHE Rumo a Sagres, almoço no Forte de Santo António de Beliche, com vista privilegiada sobre a Ponta de Sagres e o Cabo de São Vicente. Trata-se de uma importante arquitetura militar erigida em data indeterminada. Pelo facto de nela existir um escudo atribuído ao Rei D. Sebastião, poderá ter sido erguida no século XVI, mas há quem defenda que a sua construção tenha ocorrido no reinado de Manuel I ou do seu sucessor, D. João III, seguramente antes de 1587, uma vez que este edifício se encontra desenhado num mapa desta região produzido aquando do ataque do corsário inglês Francis Drake, que o destruiu. Tinha como função controlar aquele ancoradouro e proteger os pescadores que ali exploravam uma armação de pesca de atum. A fortificação atual remonta a uma reconstrução ordenada por Filipe III de Portugal (1621-1640), tendo sido reinaugurada em 1632, conforme inscrição epigráfica sobre o portão de armas. O almoço apresentará alguns dos tradicionais sabores desta terra e destes mares, temperados com algumas evocações ao marcante legado omíada. 15h00 O CABO DE SÃO VICENTE E A ERMIDA DO CORVO No “fim-do-mundo mediterrâneo”, segundo a cosmovisão greco-romana, visita interpretativa ao palimpsesto cultural do grande Cabo de São Vicente. Algumas histórias sobre a origem toponímica de Sagres, a sacralização da paisagem do grande Cabo, o culto de São Vicente e a presumível localização da Kanisat al-Gurab, a mítica Ermida do Corvo. Segundo a tradição histórica e religiosa (hagiográfica), entre o século VIII e o século XII, algures na zona de Sagres, existiu um templo dedicado ao culto de São Vicente, naquela época um dos santuários mais concorridos nas rotas de peregrinação moçárabe da Península Ibérica. No século XII, o geógrafo árabe Al-Idrisi documenta esta “Igreja dos Corvos” (Kanisat al-Gurab) nos seus relatos acerca da finisterra mediterrânica. Entretanto desaparecida, presume-se que a mítica Ermida do Corvo terá sido edificada precisamente na ponta mais sudoeste da Europa Continental, denominada desde então de “Cabo de São Vicente”. VISITA AO FAROL DOM FERNANDO VESTÍGIOS DE UM CONVENTO MEDIEVAL O FORTE MILITAR DO SÉCULO XVI-XVII 17:15 PÔR-DO-SOL NO CABO SAGRADO Por fim, o convite a apreciar o mágico pôr-do-sol no Cabo de São Vicente, será exatamente às 17:15h! Poeticamente descrito por autores clássicos romanos, hoje ainda se verifica uma singular romaria que converge para esta extremidade da Europa. Diariamente centenas de pessoas ali se juntam para assistir ao fenómeno celeste, aplaudindo o momento em que o astro rei se extingue no “mar sideral”.