SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 18
Descargar para leer sin conexión
A Selva — Jornal da Escola Básica e Secundária Ferreira de Castro                              III Milénio | Nº 11           Janeiro 2011

Editorial
                                        Alunos do 11º e 12º Anos
A NOVA ERA DO JORNAL
                                             foram jornalistas no
Olá pessoal!
Chegou uma nova era para o                                                           ...e a seguir visitaram Serralves
nosso jornal. Com efeito, a tur-
ma do 12ºE assumiu a responsa-                                                                         No dia 19 de Janeiro os alunos do 11º de
bilidade de, na disciplina de                                                                          Artes Visuais e do 12º de Humanidades
Área de Projecto, editar o jornal                                                                      foram jornalistas num grande jornal nacional,
"A Selva" no presente ano lecti-                                                                       experiência que mereceu o agrado de todos
vo, iniciando um processo, a                                                                           os que a vivenciaram.
que se pretende dar continuida-                                                                        A iniciativa, inserida no projecto MEDIA-
de, de mais envolvimento de                                                                            LAB, constou de vários Workshops, nos
alunos na produção do nosso                    (Cont. p. 10)                                           quais os participantes tiveram oportunidade
jornal.                                                                                                de conhecer a história do JN, visionarem o
É nosso objectivo editar um                                                                            processo da sua realização diária e, por fim,
número do jornal no final de                                                                           de serem eles próprios a criarem a primeira
cada período lectivo, dando                                                                            página do jornal.     (Cont. p. 18)
continuidade à tradição do jor-
nal, sobretudo no que diz respei-
to à divulgação das actividades                       Campanha
e assuntos relacionados com a               para a Associação de Estudantes
nossa escola e, promovendo a
sua modernização, de modo a          Mais um ano lectivo que contou com a participação de novas listas
cativar mais a nossa comunida-       para a associação de estudantes.
de escolar, tanto para a sua lei-    Mas o que é isto de uma “associação de estudantes”?
tura como para colaborar na sua                                                            (Cont. p. 5)
                                                                                                                  Um dos momentos altos da campanha
produção.
Lê, colabora e divulga o teu
jornal, A Selva!                    Centenário da República
                                                                              Partir? Regressar?
                 A turma do 12ºE                                              Mais importante é estar…
                                                                                         Mais um ano escolar terminado, mais uma temporada em
  Nesta edição:                                                               Moçambique. Partir já se tornou um hábito. Regressar uma necessi-
                                                                              dade. Estar com as gentes, um modo de vida. Passar as férias cá
  Notícias                2-5                                                 deixou de fazer sentido. Entregar um pouco do meu tempo aos
                                                                              outros passou a fazer parte de mim, da minha maneira de ser, de
  Visitas de Estudo       6                                                   estar, de sentir…
                                                                                         Dia 10 de Julho, ao entrar no avião que me levaria uma vez
  Intercâmbio solidário   7                                                   mais a Moçambique, para aí passar cerca de 50 dias, lembrei-me do
                                                                              verso de Fernando Pessoa "Deus quer, o homem sonha, a obra nas-
  Crónicas                8-11                                                ce". E foi com este espírito que voltei a pisar solo Moçambicano.
                                                                              Não fazia muito calor, como das outras vezes e algumas aventuras
  Tradições               12-14                                               fizeram parte dos meus
                                    Comemorou-se o Centenário da              primeiros dias. Senti que
  Opinião/Reflexão        15        República. Ao longo do presente           estava a viver uma expe-
                                    ano, foram várias as iniciativas          riência diferente, apesar de
  Desporto Escolar        16                                                  estar no mesmo país. Senti
                                    promovidas por todo o país para
                                                                              que tinha que entrar no
                                    assinalar esta data com grande            espírito da missão, caso
  Passatempos             17
                                    importância histórica. Mas afinal o       contrário não valia a pena
  Diversos                18                                                  estar ali.
                                                               (Cont. p. 4)                 (Cont. p. 7)       Escola Profissional de Matundo Tete
Notícias                                                          III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011



Magusto de S. Martinho
                                              Como é habitual, a nossa escola comemorou, no dia 11 de Novembro, o dia de S.
                                              Martinho.
                                              Para o efeito pediu aos alunos, professores e funcionários que trouxessem casta-
                                              nhas de modo a ser possível a realização deste evento, o que se veio a verificar.
                                              Segundo vários membros da comunidade escolar, este magusto estava muito bem
                                              organizado, dispondo de mesas onde se encontravam castanhas e bebidas.
                                              A realização desta actividade alcançou os objectivos pretendidos, uma vez que
                                              todos participaram com alegria.



Semana da saúde
A escola participou no projecto da semana da saúde. Esta actividade consis-
tiu em sensibilizar os alunos a consumirem no bar da escola produtos mais
saudáveis nos primeiros intervalos da manhã, tendo, para o efeito, sido dis-
ponibilizada grande variedade de fruta e de pão.
Esta actividade teve um grande sucesso, uma vez que houve uma grande
adesão da comunidade escolar.


           Ficha Técnica
                                          Festa de Natal
Propriedade:
Escola Básica e Secundária Ferreira de                                          No dia 17 de Dezembro teve lugar na nossa
Castro - Rua Dr. Silva Lima                                                     Escola o tradicional Jantar de Natal, iniciativa
3720-298 Oliveira de Azeméis                                                    que, mais uma vez, proporcionou um importante
Tel. 256 666 070 | Fax. 256 681 314                                             momento de convívio entre professores, técnicos,
                                                                                assistentes operacionais e representantes dos
Directora: Ilda Ferreira                                                        encarregados de educação.
       http://www.esfcastro.net
       jornalaselva@gmail.com             Direitos Humanos
   Responsabilidade pela edição,
      redacção e composição               No final do 1º Período esteve patente ao
                                          público, em diversos espaços da Escola,
Alunos: Ana Carvalho, Sara Agosti-        uma exposição sobre os Direitos Huma-
nho, Tânia Paiva, Yhony Alves             nos, baseada em trabalhos dos alunos.
(edição); Cátia Fonte, Lorina Gaspar,
Mónica Pereira, Sílvia Choupeiro,
Vanessa Lima (redacção); Diana
Conceição, Diogo Silva, Miguel Tei-
xeira, Rosa Silva (composição).

Professores: Artur Ramísio (Área
Projecto) e Maria João Moreira
(Língua Portuguesa).

Impressão: Reprografia da Escola
Básica e Secundária Ferreira de Castro
Tiragem da versão impressa: 200 ex.
    Página 2
III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011                                                               Notícias


Presidente da Câmara visita a Escola
O Presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis, Dr. Hermínio Loureiro, visitou a
nossa Escola no passado mês de Dezembro.
Na Biblioteca, onde decorria a Feira do Livro, teve oportunidade de dialogar com os
alunos e de manifestar o seu agrado com a renovação realizada na escola, tendo dese-
jado que a melhoria das suas condições contribua para o sucesso educativo de todos
os alunos.

                                                   Inscrição conjunta nas Bibliotecas Escolares
                                                   e na Biblioteca Municipal
                                                   Para se poderem usar os serviços de emprés-     cimento) serão enviados para a Biblioteca
                                                   timo gratuito de documentos das Bibliotecas     Municipal. Quem não estiver interessado
                                                   Escolares e da Biblioteca Municipal, no         neste serviço deverá dirigir-se à Biblioteca
                                                   concelho de Oliveira de Azeméis, os dados       Municipal Ferreira de Castro e fazer a sua
                                                   de todos os elementos desta Escola (nome,       declaração para que os dados referidos
                                                   morada, telefone, n.º de BI/CC, data de nas-    sejam retirados.



 Vencedor do prémio “CNO Ferreira de Castro”
                                      Divulgada junto de todos os            amabilidade com que colaborou
                                      CNO`s da NUT III, Entre Dou-           neste evento.
“No âmbito do projecto Ler+,          ro e Vouga, esta iniciativa des-       A decisão unânime do júri
promovido pelo Plano Nacional         pertou o interesse de muitos           recaiu no poema, que revela
de Leitura, o Centro Novas            adultos que enviaram os seus           criatividade e talento literário,
Oportunidades (CNO) Ferreira de textos, em prosa ou poesia, os
                                                                             denominado Juventude, da
Castro promoveu um Concurso           quais foram apreciados por um
                                                                             autoria do adulto René Lopes
Literário com o objectivo de          júri presidido pela Directora da
                                      Escola, Dra. Ilda Ferreira, pela       dos Reis, em processo de Reco-
divulgar o talento literário de
                                      Coordenadora de Departamento           nhecimento, Validação e Certi-
adultos, já certificados ou que se
encontrem em Processo de              de Línguas, Dra. Maria João            ficação de Competências no
                                      Moreira, pela Representante da         CNO da Escola Secundária Dr.
Reconhecimento, Validação e           Área Disciplinar de Português,
Certificação de Competências                                                 Manuel Laranjeira de Espinho.
                                      Dra. Carmelinda Pires, pela
(RVCC), incentivando a sua                                                   Ao justo vencedor será atribuí-
                                      formadora de CLC/LC, Dra.
criatividade literária e o gosto pela Elisabete Tavares e pela Dra.          do um prémio em material
escrita, actividades essenciais       Ivone Ferreira, enquanto repre-        didáctico no valor de 200 €. A
para um bom desenvolvimento           sentante da Associação Literá-         todos os participantes será
intelectual.”                         ria Ferreira de Castro, a quem         enviado um certificado de parti-
                                      se agradece a disponibilidade e        cipação.

                     Sistema de RVCC — uma boa resposta para si !

O Sistema Nacional de Reconhecimento, Validação e Certificação de        Poderá aceder ao NÍVEL SECUN-
Competências pode ser uma resposta para si, caso não possua o nível      DÁRIO de educação (12º ano de
básico ou secundário de educação e tenha adquirido conhecimentos e       escolaridade) se tiver 18 anos ou
competências através da sua experiência de vida.                         mais de idade e cumprir o seguinte
Poderá aceder ao NÍVEL BÁSICO de educação (4º, 6º ou 9º ano de           requisito:
escolaridade) se:
                                                                                     se tem menos de 23 anos de idade e no mínimo de três
            tiver 18 anos ou mais de idade;                                          anos de experiência profissional devidamente comprova-
                                                                                      da.
            não concluiu o 4º, 6º ou 9º ano de escolaridade.

                                                                                                                                   Página 3
Notícias                                                                  III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011



                                          Centenário da República
(Cont. da pág. 1)
que é a Republica? O que fez       monarquia, tendo por várias          raram o regime que advogavam,     Nem tudo foi fácil, verificando-
com que fosse instaurada em        vezes tentado implementar a          tendo sido eleito por sufrágio,   se um período de instabilidade, a
Portugal a 5 de Outubro de         República, mas sem sucesso,          como primeiro Presidente da       todos os níveis (mas principal-
1910? Quais as principais          como aconteceu no dia 31 de          República, Manuel de Arriaga.     mente a nível político) do sufrá-
mudanças ocorridas no país?        Janeiro de 1891, no Porto.           Anteriormente, Teófilo Braga já   gio universal. As pessoas passa-
Eis um conjunto de questões                                             havia exercido funções simila-    ram a ser regidas por uma Cons-
                                   O descontentamento da popula-
que nos são colocadas quando o                                          res, embora provisoriamente. As   tituição e os poderes passaram a
                                   ção estava relacionado com a
assunto é a instauração da                                              diferenças em relação à monar-    ser divididos: poder legislativo,
                                   crise económico-financeira,
República.                                                              quia prendem-se com o facto de    poder executivo e poder judicial.
                                   assim como com a agitação
                                                                        a eleição deixar de ser feita
A República foi instaurada no      social. Este descontentamento
                                                                        por via hereditária, para
nosso país no dia 5 de Outubro     atingiu o seu extremo a 1 de
                                                                        passar a ser feita através do
de 1910, como já foi referido      Fevereiro de 1908 com o assas-
                                                                        sufrágio universal. As pes-
anteriormente, substituindo o      sinato do Rei D. Carlos e o
                                                                        soas passam a ser regidas
regime monárquico em vigor         príncipe herdeiro, D. Luís Fili-
                                                                        por uma Constituição e os
até então.                         pe, acontecimento conhecido
                                                                        poderes passam a ser divi-
                                   por Regicídio”.
Já desde os finais do século                                            didos: poder legislativo,
XIX (1890), a população se         A 5 de Outubro de 1910, em           poder executivo e poder
mostrava insatisfeita com a        Lisboa, os republicanos instau-      judicial.


                         CONCURSO UM POSTAL VALE MIL IDEIAS
O Plano Nacional de Leitura        pequeno texto adequado a um                 representação plástica;     pelo agrupamento ou escola não
lança, aos alunos do 2º e 3º       postal. Este postal será dirigido                                       agrupada deverão ser apresenta-
ciclo do ensino básico e do        ao autor do livro, ao seu ilustra-         a oportunidade e a ade-
                                                                                                           dos entre o dia 14 e o dia 18 de
ensino secundário, o desafio de    dor ou a uma das suas persona-              quação da mensagem
                                                                                                           Março de 2011, através do
criarem um postal ilustrado.       gens. Os alunos podem falar de              escrita relativamente ao
                                                                                                           preenchimento do formulário
Pede-se que elaborem um            aspectos que lhes tenham des-               livro a que se refere,
                                                                                                           “Um postal vale mil ideias “,
pequeno texto em que demons-       pertado interesse no livro ou               bem como ao contexto
                                                                                                           que estará disponível no Sistema
trem capacidade de síntese,        colocar questões ao destinatário            e às normas do concur-
                                                                                                           de Informação do Plano Nacio-
cruzando esta competência com      escolhido, utilizando mensa-                so;
                                                                                                           nal de Leitura, no seguinte ende-
as que se desenvolvem no           gens curtas e mostrando que as                                          r e ç o          h t t p : / /
                                                                              adequação dos elemen-
âmbito das artes plásticas.        poucas palavras do pequeno                                              sipnl.planonacionaldeleitura.gov
                                                                               tos utilizados para a
                                   texto de um postal podem con-                                           .pt/login.jsp
Tratando-se de um postal ilus-                                                 comunicação visual e
                                   ter mil ideias, que serão inter-
trado, pretende-se que se expe-                                                qualidade do resultado
                                   pretadas e representadas através
rimentem diversos meios                                                        final obtido;
                                   de elementos da comunicação
expressivos, pelo que a mensa-
                                   visual, com recurso a diversos             criatividade e qualidade
gem escrita deve ser interpreta-
                                   meios expressivos. A selecção               global do postal apre-
da e representada mobilizando-
                                   que o júri fará dos postais apre-           sentado a concurso.
se elementos da comunicação
                                   sentados a concurso terá em
visual. Terão que escrever o                                            Cada aluno poderá concorrer
                                   conta:
máximo de informação com o                                              apenas com um postal. Os tra-
mínimo de palavras e de serem             a correcção, adequação,      balhos realizados pelos alunos
capazes de expressar plastica-             tamanho e riqueza de         poderão ter que ser selecciona-
mente o sentido daquela.                   informação/ideias da         dos, pois cada agrupamento ou
                                           mensagem escrita;            escola não agrupada poderá
Os alunos deverão escolher um
                                                                        submeter no máximo 3 postais,
livro que tenham lido e, a pro-           a correlação da mensa-       sendo 1 por cada nível de ensi-
pósito deste, escreverem um                gem escrita com a sua        no. Os trabalhos seleccionados

    Página 4
III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011                                                                   Notícias



                                      Dia Mundial da Poesia                                                dade do tema e da linguagem.
                                                                                                           8. Os trabalhos que não corres-
                                                                                                           ponderem às cláusulas do presen-
                                     CONCURSO FAÇA LÁ UM                                                   te regulamento serão desclassifi-
                                                                                                           cados.
                                            POEMA                                                          9. Não haverá recurso das deci-
                                                                                                           sões do júri.
                                                                                                           10. Os prémios a atribuir aos três
Por ocasião da comemoração        • Ensino Secundário                 rio com os trabalhos seleccio-       primeiros classificados de cada
do Dia Mundial da Poesia          2. A participação no concurso       nados (máximo 4 por estabele-        nível de ensino serão anunciados
2011, que se realiza no CCB,      é individual, sendo que não         cimento, 1 poema por cada            oportunamente.
no dia 20 de Março, o Plano       serão contemplados trabalhos        nível de ensino) – até 4 de          11. As escolas dos alunos pre-
Nacional de Leitura e o Cen-      de pequeno grupo ou de turma.       Fevereiro de 2011.                   miados serão contempladas com
tro Cultural de Belém, numa       3. Calendarização das activi-       3. A submissão do formulário         um conjunto de livros.
iniciativa conjunta, lançam o     dades                               será feita no Sistema de Infor-      12. Os trabalhos premiados
desafio às escolas, convidando-   A selecção dos trabalhos, devi-     mação do Plano Nacional              serão divulgados no Sítio dos
as a participarem num Concur-     damente identificados, ficará ao    deLeitura                 (http://   Concursos no Portal do PNL
so de Poesia.                     critério de cada                    sipnl.planonacionaldeleitura.go      http://
Procurando incentivar o gosto     agrupamento/escola não agru-        v.pt/login.jsp) através do preen-    www.planonacionaldeleitura.go
pela leitura e pela escrita de    pada, sugerindo-se, no entanto,     chimento                             v.pt/Concursos/ e no sítio do
poesia, o concurso Faça lá um     que o processo seja dinamizado      Dos campos de identificação          CCB em http://www.ccb.pt
poema destina-se a quatro         e coordenado pelo(s) professor      necessários.                         13. Os premiados serão convida-
níveis de ensino, desde o 1º      (es) bibliotecário(s).              4. Não há qualquer tema obri-        dos a apresentar pessoalmente os
Ciclo ao Ensino Secundário, e     • Selecção dos melhores traba-      gatório para os poemas a con-        seus trabalhos na cerimónia
nele                              lhos pelas escolas agrupadas        curso. No entanto, a extensão        pública de entrega dos prémios, a
poderão participar quaisquer      (máximo de 1 poema por cada         máxima de cada texto não             realizar em 20 de Março de
alunos de escolas públicas ou     nível de ensino) e respectivo       poderá ultrapassar os 4000           2011 (Dia Mundial da Poesia),
privadas.                         envio para a sede do agrupa-        dígitos (caracteres, espaços).       no CCB – Centro Cultural de
A entrega de prémios terá lugar   mento – até 21 de Janeiro de        5. O formulário do concurso          Belém - Lisboa.
no CCB a 20 de Março de           2011.                               deverá ser devidamente preen-        14. Os encargos com o transporte
                  2011 e será     O Dia Mundial da Poesia é           chido e submetido por um pro-        e o alojamento dos premiados
                  integrada no    uma iniciativa do Plano             fessor responsável (designado        serão da responsabilidade da
                  programa        Nacional de Leitura e do            pelo agrupamento/escola não          organização do concurso.
                  do Dia Mun-     Centro Cultural de Belém            agrupada).                           Novembro 2010
dial da Poesia.                   com o apoio financeiro do           6. Só serão consideradas váli-       O Dia Mundial da Poesia é
REGULAMENTO                       Ministério da Educação.             das as inscrições com os dados       uma iniciativa do Plano Nacio-
1. O concurso Faça Lá um          Submissão do formulário pela        de identificação da escola e dos     nal de Leitura e do
Poema decorrerá entre Dezem-      sede do agrupamento, com os         participantes e submetidas den-      Centro Cultural de Belém com
bro de 2010 e Março de 2011,      trabalhos           seleccionados   tro do prazo.                        o apoio financeiro do Ministé-
destinando-se a premiar poemas    (máximo 4 por sede de agrupa-       7. Os trabalhos serão avaliados
                                  mento, 1 poema por cada nível                                            rio da Educação.
escritos por alunos dos seguin-                                       por um júri de cinco elementos,
tes níveis educativos:            de ensino) – até 4 de Fevereiro     designados pelo CCB e pelo
• 1º Ciclo do Ensino Básico       de 2011.                            PNL. O júri terá em conta a
• 2º Ciclo do Ensino Básico       • No caso de escolas não agru-      correcção da escrita, a rique-
• 3º Ciclo do Ensino Básico       padas, submissão do formulá-        za de conteúdo e a originali-


 Campanha para a Associação de
 Estudantes       (Cont. da pág. 1)


Uma associação de estudantes é a organização dos alunos, dirigida pelos
seus representantes eleitos, os quais têm a obrigação de ouvir e de lutar pelos
seus interesses, entre os quais o de criar um bom ambiente para todos.
Surgiram duas listas concorrentes, a Lista M, cujo candidato a presidente foi
Daniel Ferreira do 12ºD, e da Lista O, cuja candidata foi Ana Paula Resende do
12ºC.
Nos dias 10, 11 e 12 de Novembro, decorreu a campanha eleitoral destas mesmas
listas, que se fizeram ouvir e apresentaram as suas ideias para proporcionar um
ano em cheio. Neste âmbito, realizou-se no dia 12 de Novembro o debate entre as
duas listas concorrentes. Este debate contou com a participação dos candidatos e
seus apoiantes e contribuiu para ajudar a esclarecer as dúvidas da comunidade
escolar.
No dia 15 de Novembro decorreram as eleições, em que os alunos votaram na
lista que mais os conquistou, a lista M.
                                                                                                                                   Página 5
Visitas de Estudo                                                                III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011



                                              Alunos do CEF Padaria e Pastelaria visitam Tentúgal e o
                                              projecto Reconstruir - Convívios Fraternos
                                              Alunos do CEF Panifica-       brincadeira, que pode levar a prejuízos enormes na vida, nomea-
                                              ção e Pastelaria visitam,     damente perder pessoas e momentos importantes.
                                              no dia 17 de Novembro,
                                                                            Alguns alunos demonstraram perplexidade por lá encontrarem
                                              a 1ª fase do projecto dos
                                                                            pessoas mais novas do que eles a fazerem tratamento. O aluno
                                              Convívios Fraternos –
                                                                            afirma: “vi coisas que nunca imaginei ver, um rapaz de 14 anos
                                              Reconstruir, em Avanca,
                                                                            metido na droga. Fiquei um bocado chocado.” E continua, “E
                                              no âmbito da disciplina
                                                                            também fiquei um bocado traumatizado com aqueles homens que
                                              de Cidadania e Mundo
                                                                            têm filhos e que não podem acompanhar a infância deles. É por
                                              Actual. Tinha como prin-
                                                                            isso que se deve dizer NÃO às drogas.” (Luís Martins)
                                              cipal objectivo conhecer
                                              o funcionamento de um         Uma outra aluna estava com receio de entrar na casa porque
                                              centro de recuperação de      “pensava que iam ser „brutos‟ ou „mal educados‟, mas não, são
                                              toxicodependentes.            pessoas como nós que caíram na asneira da droga. Escolheram o
                                                                            mau caminho. Pediram-nos para não nos metermos na droga, para
 Depois de uma manhã bem “doce”, na visita à fabricação dos conhe-
                                                                            não chegarmos à situação deles.” (Mónica Ribeiro)
 cidos pastéis de Tentúgal, no âmbito das disciplinas do formador
 Miguel Costa, a tarde não foi menos importante. Bem pelo contrário.        Com estes testemunhos compreende-se facilmente a importância
 Após as 15 horas, 16 alunos, 3 professores e o próprio motorista do        deste encontro que também ficou marcado pela simplicidade e
 autocarro, deram início a uma visita guiada pelas diversas partes da       naturalidade, salientadas pelos alunos, dos residentes em partilha-
 casa que acolhe as pessoas em recuperação, na qual se pode ver diver-      rem a sua vida de uma forma tão aberta.
 sos trabalhos realizados pelos residentes.
                                                                            A escola agradece a disponibilidade e simpatia com que foi rece-
 No final, realizou-se um momento muito importante e proveitoso que         bida a turma, tal como o momento de aprendizagem único nas
 foi o diálogo entre os residentes e os visitantes, porque, para além da    vidas dos alunos. Deseja os maiores sucessos para a recuperação
 curiosidade, alguns dos alunos têm, entre a família ou amigos, pes-        da vida dos toxicodependentes, tal como o encorajamento ao Pe
 soas que já viveram, ou vivem, este problema do consumo de drogas.         Valente para que continue esta obra extraordinária de recuperação
                                                                            de vidas perdidas, ao encontro de um novo sentido e de uma nova
 Analisados os relatórios, os alunos concluíram que as aprendizagens
                                                                            esperança.
 foram as seguintes: a droga não é um caminho a seguir, não é uma
 diversão; que se devem evitar ambientes propícios ao consumo; que,
 se já é difícil deixar de fumar, não se imagina o quão difícil será dei-                                Pela equipa formadora, Carlos Matos
 xar a droga; nunca experimentar; que o vício pode começar por uma


                           Alunos do 11º e do 12º E visitaram Serralves
A visita das turmas do 11º e do 12º E a
Serralves teve como principal alvo a
exposição “Às Artes, Cidadãos!” paten-
te no Museu de Arte Contemporânea da
instituição, cuja mensagem principal
tem por fundamento os direitos e deve-
res políticos e o conceito de cidadania
como base da democracia, ou seja, da
soberania do povo.

No final da visita houve ainda oportuni-
dade para apreciar a beleza do parque
de Serralves, em clima de alegre conví-
vio.

A participação no projecto MEDIALAB e a visita a Serralves têm neste número do jornal “A Selva” apenas uma breve referência,
    ficando para a próxima edição uma informação mais detalhada destas importantes visitas e dos desafios nelas lançados.
    Página 6
III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011                                                       Intercâmbio solidário


Partir? Regressar?                                                                                       ficou concluída, mas ainda tere-
                                                                                                         mos um longo caminho a percor-
                                                                      (Cont. da pág. 1)
Mais importante é estar…                                                                                 rer cá, com os Manuais de Proce-
                                                                                                         dimentos dos vários Sectores e
          As três primeiras        cem cogumelos                                    jovens vive em Departamentos.
semanas, passadas em Maputo,       e, ao longo da                                   palhotas, ao lado               Houve também oportu-
no Instituto Superior Dom Bos-     estrada, fervi-                                  da escola, sem nidade para estar com os jovens e
co, num trabalho técnico, da       lha a vida. Há                                   energia,      nem as gentes das paróquias onde os
minha área de formação, servi-     vendedores por                                   água. Não têm salesianos intervêm, nos bairros
ram para concluir os projectos     todo o lado,                                     camas, dormem periféricos do grande Maputo.
dos manuais de Português para      procura-se uma                                   em esteiras. Por- Visitei comunidades de bairros
o Ensino Profissional da Rede      saída para os                                    tanto, não vivem muito pobres, onde a maior parte
Salesiana. Estes foram, depois,    muitos proble-                                   como nós. Sobre- das pessoas sobrevive com cerca
apresentados nas três Escolas      mas. A minha                                     vivem.      Vê-los de 50 Euros por mês, onde as
Profissionais, experiência muito   ida a esta loca-                                 chegar,       pela escolas estão cheias de crianças
rica, pois desloquei-me à          lidade e escola                                  manhã, de sorriso (uma turma tem entre 50 a 60
Moamba (70 Km de Maputo), a        tinha dois pro-                                  nos lábios, fez- alunos), onde nem sempre é fácil
Tete (1600 Km da capital) e        pósitos: o con-                                  me perceber que aprender por faltar tudo: mesas,
Inharrime (420 Km de Mapu-         tacto com os                                     a minha, a nossa cadeiras, material escolar, ali-
to). A vivência, no seio das       professores de                                   missão       deve mentação. Também visitei alguns
escolas, no meio dos alunos,       Português, um                                    continuar.      A lugares mais parecidos com a
participando no Bom-Dia, em        pouco de for-       As palhotas do Internato da  ajuda será canali- nossa realidade. É aí que senti-
algumas actividades, por entre     mação,      mas       Escola Domingos Sávio      zada em vários mos alguma "revolta" pelas dife-
os professores em diálogos/        também         a                                 sentidos, desde a renças encontradas: uns com
formação que nos fizeram tro-      entrega       do                                 aquisição       de tudo, outros com quase nada.
car de saberes, a vida em comu-    dinheiro que foi angariado na material,                                             Muitas vezes, de
nidade, em cada casa por onde      Escola Básica e Secundária ao auxílio                                               um lado da rua
passei, torna a minha passagem     Ferreira de Castro - Oliveira de na alimen-                                         encontra-se o paraí-
por solo moçambicano uma           Azeméis, bem como junto dos tação. Não                                              so, do outro, o
experiência cada vez mais rica e   meus amigos e familiares, num podemos                                               inferno. E apetece-
faz com que o desejo de voltar     total de 2000 Euros. Este fruto parar. No                                           me            gritar
seja cada vez maior.               do empenho dos alunos, profes- regresso, a                                          "PORQUÊ?". Mas
          Maputo, uma cidade       sores, assistentes operacionais, viagem                                             ninguém me escuta-
em constante crescimento, mas      amigos e familiares (a quem durou              8                                    ria.
onde os contrastes continuam       dirijo um BEM HAJA!) foi horas.                                                     Por isso, fica o
muito visíveis.                    entregue ao director da Escola Sempre
                                                                                    Uma das oficinas/sala de aula da convite, mas tam-
          Tete, uma vez mais o     Profissional Domingos Sávio que                o                                    bém o desejo e a
                                                                                      EP Domingos Sávio Inharrime
reencontro com uma realidade       que, emocionado, referiu ser                                                        necessidade       de
muito diferente da grande capi-    um precioso auxílio, numa                                                           voltar. De partir, e
tal. Os embondeiros continuam      região tão carenciada, onde os "machimbombo" parava, entra- de estar com um povo que tem
com a sua imponência, a terra      alunos não conseguem fazer va alguém a sorrir, carregado de tão pouco, mas tanto para dar.
vermelha e seca, onde a vida       uma refeição diária e, muitas sacos de fruta, comida, molhos Cada experiência é única. É mais
nem sempre é fácil! Na Escola      vezes, para obter um pouco de de mandioca, galinhas e tudo o um degrau que subo na escada da
Profissional Dom Bosco traba-                                                         que aqui não minha vida. Sinto a necessidade
lha-se muito, estuda-se com                                                           podemos ima- de ir deixando pequenos grãos,
afinco e com gosto, pois os                                                           ginar.             que um dia podem dar frutos.
alunos e os seus formadores                                                           De regresso a Claro que não posso agir sozinha
acreditam que têm que mudar o                                                         Maputo, a últi- e conto, uma vez mais, com o
rumo das coisas. Estar entre                                                          ma semana foi apoio das duas escolas que inicia-
eles é como uma lufada de ar                                                          passada     uma ram este pequeno projecto de
fresco para a minha alma. Per-                                                        vez mais no Apadrinhamento.
ceber como vivem, como sen-                                                           Instituto Supe-               Termino com a famosa
tem cada dia que passa, ainda                                                         rior Dom Bos- frase de Martin Luther King:
que por vezes com dificuldades,                                                       co, a rever a "I have a dream". E quero conti-
é cada vez mais enriquecedor                                                          parte do Portu- nuar a partir, para estar com
para mim. Sempre que podia                                                            guês do Regu- aquela gente que me acolhe de
estava no meio dos alunos, ria                                                        lamento Interno braços abertos e de sorriso largo.
com eles, falava com eles ou,      A entrega do resultado do Projecto de Apa- desta Institui-                       Moçambique está no
simplesmente, escutava.            drinhamento EBS Ferreira de Castro ao ção de Ensino meu coração e o meu coração
          Inharrime, a primeira                                                       Superior, traba- está em Moçambique.
experiência. Ao longo de uma
                                   director da EP Domingos Sávio Inharrime            lho que parti-
viagem de autocarro, de cerca                                                         lhei com um                   Maria José Silva
de 7 horas, fui apreciando uma     arroz, fazem pequenos traba- padre Espanhol que se desloca
                                                                                                                    Setembro de 2010
paisagem onde predomina o          lhos na escola ou fora dela. a Moçambique, nas suas férias,
verde, onde os coqueiros pare-     Doeu ver que uma parte destes há 19 anos! Parte do trabalho

                                                                                                                                 Página 7
Crónicas                                                                     III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011



                            Computador                                                        A bola de papel
               Computador – s.m.          (seres humanos), passam a ser        Quem diria que um bocado de          de as esconderem, acabem com
Aparelho electrónico usado para           tão inteligentes quanto nós.         papel com rabiscos e todo ama-       tudo e sejam fiéis;
processar, guardar e tornar acessível     Para os mais cépticos, que           chucado poderia ser um símbolo       Terceiro- para os stressados,
informação de variados tipos.             acham isto uma barbaridade, e        do stress? Eu digo stress, mas       comprem uma daquelas espon-
Bem, eu tenho outra definição para        que acreditam na existência de       também poderia dizer discussão.      jas que se vendem na Natura.
esta palavra – ser não vivo, dotado       alma e que só ela dita a nossa       Gostava de saber porque raios é      Assim o Mundo estaria muito
de inteligência inferior à do Homem.      maneira de ser, aqui vai uma         que quando não gostamos do que       melhor, sem papel por todo o
Desde as suas origens, o computador       nova pergunta: o que é a alma?       escrevemos ou do que lemos, é        lado e pouparíamos a vida de
tem-se tornado muito útil para o ser      Uns respondem que é um corpo         sempre o papel que paga? Será        muitas árvores, não acham? No
humano: tornou o seu trabalho mais        espiritual em que estão              que as pessoas não sabem dar-lhe     fundo, o que eu quero é que as
fácil, rápido e cómodo, é fonte de        guardados         os       nossos    o devido valor? Seja como for, eu    pessoas deixem de culpar as
lazer e de bastante informação. De        sentimentos      e     a    nossa    tenho umas coisinhas para lhes       bolinhas de papel porque elas
facto, o computador é uma invenção        personalidade e que ascende          dizer:                               não têm culpa das asneiras que
fabulosa, que mudou completamente         quando nós morremos, podendo         Primeiro- para os compositores e     fazemos, ou então que as reci-
a vida do Homem.                          reencarnar      noutra    pessoa,    escritores, pensem antes de escre-   clem.
Falemos do que é importante: o que        outros não sabem sequer              ver;                                              Dreamer
é a inteligência? É claro que a           responder.                           Segundo- para aqueles que rece-
resposta a esta pergunta é muito          Para os primeiros, eu pergunto-      bem cartas das amantes, em vez
subjectiva e varia de pessoa para         lhes: de que é feito esse corpo?
pessoa. Contudo, eu digo que é a
capacidade de fazer raciocínios
                                          De facto, tudo o que existe em
                                          nosso redor é feito de matéria.
                                                                                         Uma simples maçã ou o
complexos.                                Tudo mesmo. Desde uma                             “fruto proibido”
Ou seja, se é a capacidade de fazer       simples pedra, até ao Universo,
raciocínios complexos, o Homem é          passando pelo ser humano. Não
um ser bastante inteligente. Se não o     existe nada que não possua           Uma maçã ou o “fruto proibi-         bem assim. A maçã propor-
fosse, não teríamos toda a tecnologia     matéria.     A     partir   disto,   do”, pode ter vários significa-      ciona, às mulheres, um senti-
que temos hoje, não nasceriam             conseguimos afirmar que os           dos, pode representar a perdição     mento de “êxtase”, sendo para
grandes génios que revolucionaram         sentimentos nada têm que ver         ou algo que não é permitido ou,      muitas das mulheres uma
o mundo, etc. Mas, acima de tudo,         com a alma, pois esta não            para pessoas mais “passivas”,        verdadeira prova de adrenali-
se não fôssemos dotados de                existe. Não é feita de matéria.      apenas uma fonte de obtenção         na. Já para os homens, comer
inteligência,        não      teríamos    Para os segundos, a única coisa      de energia que se come, quando       uma maçã, é algo comum
sentimentos        nem     saberíamos     que tenho a dizer é que              se tem fome.                         podendo vir a ser perigoso,
reflectir acerca do que é melhor para     considero que não se pode            A maçã vermelha do Paraíso,          visto que, quando Adão ten-
nós, isto é, é necessário um certo        acreditar em algo que não se         que Eva comeu, representava o        tou comer a maçã do Paraíso
grau de inteligência para se              sabe do que se trata. Pelo           pecado. Eva foi avisada de que       não obteve sucesso, pois ficou
conseguir       ter     e    transmitir   menos, é o que eu acho.              não poderia, de maneira algu-        com o caroço da maçã entala-
sentimentos e emoções e fazer             Voltemos,         então,      aos    ma, comer a dita maçã. Mas nós       do na garganta, característica
escolhas certas.                          computadores. Se aumentarmos         sabemos como as mulheres são         que se mantém nos homens
Podemos, então, dizer que um cão é        o grau de inteligência desses        teimosas, pois quando metem          até aos dias de hoje.
inteligente. Se perguntarmos ao           aparelhos, podemos vir a ter         algo na cabeça não descansam
dono se ele tem sentimentos, o            “pessoas”        como        nós,    até o fazer, mesmo que não lhes               Sara Lourenço 10ºD
primeiro responde-nos, prontamente,       emocionais. E é isso que vai,        seja permitido. Neste caso, foi a
que sim. Os cães têm medo quando          certamente,      acontecer.     À    maçã a culpada, pois sendo tão
se sentem em perigo, ficam                velocidade           que         o   vermelhinha e tendo um aspecto
furuiosos quando os perturbam. E          desenvolvimento tecnológico se       tão apetitoso como poderia Eva
atenção, os cães não fazem                encontra, é muito provável           resistir? Afinal as mulheres são
raciocínios tão complexos como os         criarmos seres mais inteligentes     um ser “fraco”!
nossos. Nem sabemos sequer se os          que nós, enquanto seres              A expressão “fruto proibido” é
fazem.                                    humanos.                             também uma expressão que os
O que dizer, então, sobre os              É complicado pensarmos que           homens, quando são infiéis para
computadores? Estes até já nos            vamos       ser    ultrapassados,    com as suas mulheres, utilizam
ultrapassam no que diz respeito à         quando      consideramos      que    para caracterizar as amantes.
capacidade e velocidade de cálculo.       somos perfeitos e que nada é         Mas o que é que uma amante
Eu defendo que estes aparelhos            igual a nós. O pensamento            tem em comum com uma
electrónicos       podem      vir     a   humano é intocável, é um             maçã? Tudo, as amantes (tal
desenvolver sentimentos. Confuso,         alarme que tem de estar,             como todas as mulheres) são,
não? É difícil imaginarmos um ser         forçosamente, inactivo.              assim como as maçãs, suculen-
que consideramos não vivo possuir         É caso para dizer: “É preciso ter    tas, apetitosas, saborosas e com
sentimentos. No entanto, é o que          inteligência para aceitarmos         as “curvas” todas… e proibidas!
pode vir a acontecer. A partir do         certas evidências”.                  Para as pessoas mais “passivas”
momento em que eles consigam                                                   que pensam que a maçã é ape-
manter uma conversa connosco              Por:    Diamantino        Espiga     nas um fruto, digo que não é
                                          (Pseudónimo)
    Página 8
III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011                                                               Crónicas

                                                                                O Relógio
                                            Longe vão os tempos        pelo de água e de areia, sem        turísticos devido à concentração
                                            em que as populações       esquecer aqueles de madeira,        de vendedores, compradores e
                                            regulavam as suas          ocultos no campanário de algu-      coleccionadores destas peque-
                                            vidas pela posição         mas igrejas. Com a evolução         nas relíquias cujos preços são
                                            relativa do sol ao lon-    dos tempos, foram-se desenvol-      compatíveis com a sua raridade.
                                            go do dia ou até mes-      vendo novas tecnologias que         Agora, um pequeno aparte.
                                            mo pelos toques meló-      fazem com que os cidadãos           Colecções ou manias? De certe-
                                            dicos dos sinos das        estejam muito mais a par dos        za que já todos coleccionámos
                                            igrejas. É certo que o     seus horários. O modelo actual      algo em alguma fase da nossa
                                            Homem, desde cedo,         ajuda-nos a não nos atrasamos       vida. Em crianças, pedrinhas do
                                            começou a sentir a         para os nossos compromissos, a      pátio da escola ou cromos de
                                            necessidade de contro-     acordar cedo para ir à escola ou    personagens de banda desenha-
                                            lar o tempo. Essa          até mesmo a não chegar a casa       da. Na adolescência, entradas
                                            noção metafísica que       depois da meia-noite, durante       ou bilhetes de shows de rock.
Legenda que descreve a                      nos fornece a com-         uma pequena festa com amigos.       Em adultos, porque não reló-
imagem ou gráfico.                          preensão do passado,       Enfim, chegamos à adolescên-        gios? Eu, pessoalmente, apoio a
                                            presente e futuro. O       cia e é sempre a mesma coisa.       100% os coleccionadores, uma
                                            tempo é igual para         As mães não se cansam de nos        vez que a graça em coleccionar
                                            todos. Ninguém tem         controlar, especialmente, quan-     não está em acumular itens de
                                            mais ou menos do que       do se trata de saídas à noite.      uma forma solitária, mas sim
                                            o outro. Ninguém           Será que têm medo que sejamos       em interagir com pessoas que
                                            pode acumular ou           assaltados? Que experimente-        compartilham a mesma paixão
                                            gastar mais do que         mos coisas novas? Que não           e interesse pelo assunto.
    “Nos elevadores, o             dispõe. Talvez isso possa           andemos com as melhores com-        Nos elevadores, o relógio é um
     relógio é um bom              demonstrar a ansiedade que as       panhias? Não sei. Mas volte-        bom companheiro para tímidos,
     companheiro para              pessoas demonstram ao tentar        mos aos relógios.                   inseguros ou stressados. É
                                   geri-lo. Nenhuma unidade que        É, sem dúvida, um objecto que       comum que, em vez de cumpri-
  tímidos, inseguros ou            lhe pertença é insignificante e     a maioria da população estima       mentarem ou esboçarem um
   stressados. É comum             até as mais pequenas fracções       bastante. Hoje em dia, toda a       sorriso de convívio social, con-
       que, em vez de              temporais podem mudar a nossa       gente os usa, quer no pulso         sultem o relógio a cada segundo
                                   vida. Por outro lado, algumas       (com um estilo moderno e prá-       (um gesto que se repete até ao
   cumprimentarem ou               pessoas costumam ter a sensa-       tico), quer no bolso, quer até      momento de desembarque). A
  esboçarem um sorriso             ção que o tempo passa muito         nas paredes lá de casa (como é      vida moderna distancia-nos
     de convívio social,           depressa e que a nossa estadia      o caso daqueles relógios mais       mesmo uns dos outros!
                                   no planeta é muito curta. Isto é,   antigos, utilizados pelas pessoas   E é isto. As pessoas correm de
  consultem o relógio a            ninguém nega que milésimas de       mais idosas). O primeiro que eu     um lado para o outro, com os
 cada segundo (um gesto            segundo determinam o vence-         mencionei é o mais usual e          seus relógios, de uma forma
    que se repete até ao           dor de uma competição mas,          talvez seja o objecto com as        agitada, vivendo atormentados
                                   por vezes, até as horas parecem     mais variadas formas de apre-       pelos horários que devem cum-
        momento de                 voar quando estamos perto de        sentação, funcionalidade e esté-    prir escrupulosamente. Eu digo:
  desembarque). A vida             quem gostamos.                      tica. Nas montras, conquistam       “Qual é a pressa?”.
  moderna distancia-nos            O relógio surge-nos como a          sempre o melhor lugar. São até
                                   melhor maneira para medir o         realçados com focos de luz que      João Ferreira Freitas de Olivei-
 mesmo uns dos outros!”            tempo à escala humana. Diver-       lhes dão um ar de jóias. Em         ra e Silva
                                   sos modelos foram criados           alguns países, existem ruas que     10º D
                                   desde o relógio de sol, passando    se transformam em pontos            Nº 11574

                                                                   Retalhos de uma vida
                                              Passe-partout? Muitas pessoas perguntam o que é isto e eu respondo que é aquele objecto
                                              no qual colocamos as nossas fotografias.
                                              Esta peça de decoração é uma verdadeira relíquia, pois pode contar a vida de uma ou de
                                              várias pessoas.
                                              O Passe-partout é como um livro, contém histórias no seu interior, mas em imagens, uma
                                              visualização do passado e do presente da vida de uma família feliz, de uma grande amizade,
                                              de uma grande paixão ou de um grande sentimento por algo de alguém de quem gostamos.
                                              Este objecto pode ter vários formatos, tamanhos e cores. As pessoas decoram os comparti-
                                              mentos das suas casas com este, com uma fotografia de um grande momento da sua vida,
                                              mostrando aos seus convidados pedacinhos da sua história.
                                              Esta peça tem uma grande honra, pois pode representar os momentos mais felizes da vida
                                              de uma pessoa como o casamento, o nascimento de um filho, o seu baptizado, o final do
                                              curso superior, a realização de um sonho ou o jogo de futebol da sua vida.

                                                                                                                               Página 9
Crónicas                                                                III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011



                               O objecto indesejado
Este objecto desperta, em todos         tado porque acontece a todos,      assaltam-nos a mente e ator-
nós, um sentimento de melan-            mais cedo ou mais tarde, quer      mentam-nos mais frequente-
colia… talvez melancolia não            queiramos quer não.                mente que o desejado.
seja o termo mais adequado,             Uma urna pode ser um objecto       O que eu acho irónico, na maio-
talvez apatia o seja.                   do quotidiano,    mas porque       ria das pessoas que conheço, é
Quando souber o objecto ao              motivo, grande parte de nós,       o facto delas se inquietarem
                                                                                                               que a nossa vida tem um fim (por
qual me estou a referir, o leitor,      não o admite? Bom, eu tenho        tanto com o que lhes aconteceu
                                                                                                               vezes mais próximo que o espera-
certamente, pensará que tenho           uma ideia… Porque uma urna é       antes de nascerem e tão pouco
                                                                                                               do) e que o que importa, ao fim e
gostos comummente denomina-             incomodativa, uma vez que está     com o que lhes acontecerá
                                                                                                               ao cabo, não é se fomos pessoa
dos por «estranhos», ou melhor,         associada à morte e, sempre que    depois de morrerem. Quero
                                                                                                               engraçada, se o nosso rendimento
«relacionados com o mundo               nos lembramos de morte, tenta-     dizer, anda por aí tão boa gente
                                                                                                               escolar era bom (ou mesmo o
obscuro». Pois bem, está total-         mos apagar esse pensamento,        apoquentada com a formação
                                                                                                               financeiro), ou se a nossa atitude
mente enganado!                         com todas as nossas forças, o      da Terra, mas que não se preo-
                                                                                                               perante a vida foi aceitável. O que
Com       esta     minha      crónica   mais rápido possível. Tentamos     cupa como é que a Terra irá
                                                                                                               importa é em que medida a nossa
(poderá     este    simples     texto   até fingir que nunca pensamos      acabar para eles. E também
                                                                                                               vida correspondeu ao Propósito, e
baseado nas minhas simples              nisso, ou claro, damos explica-    existem aqueles que afirmam
                                                                                                               em que medida influenciará o que
opiniões designar-se crónica?)          ções que nos satisfazem, dize-     que temos de assegurar o nosso
                                                                                                               irá acontecer depois do que conhe-
quero apenas expressar o que            mos a nós próprios o que quere-    futuro mas que não se preocu-
                                                                                                               cemos.
penso sobre este objecto, que           mos ouvir. E essa atitude que      pam com o futuro que terão. Há
                                                                                                               Em relação à referida, e quase
por mais que o Homem deseje             adoptamos em relação à inevi-      que deixar referência àqueles
                                                                                                               esquecida, urna eu acho que não
ignorar faz parte do nosso quo-         tável morte deve-se ao medo        que não se ralam com nenhuma
                                                                                                               tem de ser evitada, nem tão-pouco
tidiano: a urna. Um objecto tão         (ou insegurança) instalado o       das três situações (às vezes,
                                                                                                               ignorada, com a devida reflexão e
comum, tão evitado, tão triste:         mais íntimo de nós.                pergunto-me como será viver
                                                                                                               consciência poderá até ser aceite, e
triste porque é a última imagem         Questões como: “Que acontece-      assim… tão livre de desassosse-
                                                                                                               quem sabe compreendida e vista
que temos do osso ente querido;         rá depois de eu morrer? Haverá     gos!).
                                                                                                               com uma dor mais apaziguada.
evitado porque a última despe-          vida depois da morte? Haverá o     Eu considero que devemos estar
dida é sempre angustiante; evi-         Paraíso, haverá o Inferno?”        minimamente conscientes de


                                        Fascínio Móvel
Era apenas o primeiro dia de             As portas abriram-se e foi aí      aula…) nos queríamos separar
muitos. Estávamos todos à porta          que eu os vislumbrei. Eram         deles! Estavam ali para o bem e
da sala e havia uma grande mis-          altos, esguios, modernos, sim-     para o menos bem, nas boas
tura de estados de espírito: viam        plesmente perfeitos! Havia         notas e nas não tão boas.
-se rostos entediados, rostos que        vários, em diferentes locais da    Eu sei que pode parecer exage-
deixavam antever curiosidade e           sala, todos dispostos a receber    ro, mas se tivessem a oportuni-     sionamos uma alavanca que se
ainda sorrisos nos quais se              um de nós. Corri para o primei-    dade de se sentarem neles tam-      encontra estrategicamente posi-
observava estampada a palavra            ro. Era meu! As minhas amigas      bém sentiriam o mesmo. Ainda        cionada sob o assento. Ou seja,
“entusiasmo”.                            seguiram-me e apoderaram-se        não nos instalámos e já estamos     pode-se optar pela versão carros-
A juntar a esta salada de frutas,        cada uma do seu.                   a ser assaltados por uma súbita     sel ou elevador.
aquele nervoso miudinho que              A partir desse momento e           e incontrolável vontade de          Estas comodidades só demons-
caracteriza o primeiro dia numa          durante aquelas duas horas e       rodopiarmos neles.                  tram o quão úteis e agradáveis
nova turma e numa nova escola.           um quarto eram nossos. Nem         E para quem sofrer de enjoos e      os bancos de laboratório podem
Finalmente, o professor chegou.          sequer precisávamos de partilhá    dispensar andar às voltinhas, os    ser, especialmente naquelas
Tínhamos aula de Geologia num            -los! Eram os nossos bancos de     bancos de laboratório oferecem      aulas em que a generalidade dos
dos impecáveis laboratórios da           laboratório e nunca mais (ou       outro formato de diversão:          alunos começa a sentir os olhos
recém - restaurada escola.               pelo menos até ao final da         sobem e descem, quando pres-        cansados, as pálpebras pesadas e

    Página 10                                                                                                                  (Cont. pág. 11)
III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011                                                                   Crónicas

                                                       O significado das canetas
                                   Uma caneta. Algo que à primei-      mãos, quando o utilizador se         Porto, Sport Lisboa e Benfica,
                                   ra vista parece insignificante.     descuidava. Com o tempo foi-         …); canetas de bico fino ou
                                   Mas não é bem assim. Posso          se alterando o aspecto, a cor da     bico grosso; canetas de gel;
                                   mesmo afirmar que, hoje em          tinta, o formato das canetas…        entre muitas outras.
                                   dia, são indispensáveis ao dia-a    Hoje em dia existem canetas de       As canetas que são usadas
                                   -dia de qualquer pessoa mesmo       todos os feitios; canetas de uma     podem significar diferentes
                                   com a evolução das novas tec-       só cor; canetas com tinta bri-       estados de espírito, diferentes
                                   nologias. A princípio existiam      lhante; canetas permanentes;         tipos de escrita. Olho a meu
                                   as canetas de aparo, que tinham     canetas com as personagens           redor e vejo canetas a serem
                                   um bico triangular e tinha que      preferidas e os heróis das crian-    usadas, canetas sobre as mesas,
                                   se colocar a extremidade trian-     ças; canetas enormes com mais        canetas em “stand by”.
                                   gular num pequeno boião cheio       de vinte e oito centímetros que      Uma rapariga jovem escreve de
                                   de tinta. Tinta essa que era cara   têm, normalmente, como tema          uma forma lenta e cuidadosa
                                   e muito difícil de se tirar das     os clubes (Futebol Clube do          com várias canetas de gel, de
                                                                                                                                (Cont. pág. 13)


                                   Dinheiro: matéria-prima da actualidade
                                   "Money makes the world go           conseguimos sem dinheiro? Mui-       são os ignorantes, pois são os
                                   round", como costuma dizer o        tas vezes, nem o indispensável       que menos se importam com o
                                   inglês. Em português: "o            para garantir condições de vida      que não têm, tanto mais porque
  Pegando                          dinheiro é que faz o mundo          mínimas! Por exemplo, como           desconhecem a sua existência.
  parcialmente nas                 girar". E é verdade! Na nossa       pode um mendigo ser feliz se         Entendo, portanto, que não é a
palavras de Fernando               sociedade contemporânea, qua-       nem a sua sobrevivência pode         falta de dinheiro a raíz de todos
Pessoa, o respeito ou              se tudo requer, directa ou indi-    garantir? Como pode ser feliz        os males, mas sim os ideais da
                                   rectamente, a participação de       passando, muitas vezes, fome?        nossa sociedade. Será que não
  a amizade são tão                capitais financeiros: desde com-    Isto é possível, porém para tal      há nada mais importante que
    belas como um                  prar uma casa a garantir uma        suceder é preciso ter-se uma per-    uma casa de férias ou um carro
 Ferrari, há é poucas              boa saúde. A questão é se con-      sonalidade muito rara.               novo? Pegando parcialmente
    pessoas para o                 seguimos garantir a nossa feli-     Só quem se distancia das triviali-   nas palavras de Fernando Pes-
                                   cidade sem usufruir do "quase       dades deste mundo é que pode         soa, o respeito ou a amizade são
      perceber!
                                   tudo" que o dinheiro nos dá.        encontrar plena felicidade no        tão belas como um Ferrari, há é
                                   Há quem admita peremptoria-         pouco que tem e não se desmora-      poucas pessoas para o perceber!
                                   mente que tal coisa é impossí-      lizar por não ter ou não conseguir
                                   vel. De facto, o que é que nós      ter nada mais. De facto, felizes     Rafael Garcia 12º C



                                                  Fascínio Móvel
              (Cont. da pág. 10)
                                   o João Pestana a bater à porta       por mais uma voltinha é geral e     comum que até as almas mais
                                   (coisa rara, verdade seja dita),     há sempre aquele engraçadinho       enfadadas dêem por si a desejar
                                   pois um pouco de movimento           que está sentado ao nosso lado      prolongar o tempo de aula, só
                                   faz maravilhas e todos, ou qua-      e tem uma tendência duvidosa        para continuarem ali alapadas.
                                   se todos, se recompõem ao fim        para, assim que nos apanha          E acreditem em mim quando
                                   de uns quantos “giros”.              mais atentos à lição e menos ao     digo que tenho a minha quota-
                                   Eu cá admito que usufruo das         banco, puxar o mecanismo da         parte de “instinto de lapa”.
                                   vantagens desta excelente peça       alavanca do vizinho e sobres-       Vá, gozem lá com o meu fascí-
                                   de mobiliário, sendo frequente       saltar-nos.                         nio por bancos de laboratório
                                   aperceber-me a meio da aula de       É certo e sabido que apesar das     mas cada um tem a sua propen-
                                   que estou a dificultar a visão       inigualáveis características dos    são mais ou menos esquisita e
                                   para o quadro a meia dúzia de        bancos supracitados, os ditos       quiçá se a vossa não é algo de
                                   inocentes, à custa de não parar      cujos causam, naqueles que não      natureza verdadeiramente estra-
                                   quieta com o banco.                  resistem a sentar-se, uma terrí-    nha (ao contrário da minha,
                                   Mas pronto, mais desculpa            vel inércia de se levantarem ou,    diga-se de passagem…) como
                                   menos rodopio e eu lá paro com       como é vulgar dizer-se, uma         manias com bancas de cozinha
                                   a agitação. No entanto, o apetite    preguiça bem aguda, sendo           ou cadeiras de sala de espera…
                                                                                                                               Página 11
Tradições                                                                    III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011



                                                                           Costumbres Navideñas
                                                                           Gallo“ a las 12 de la noche.           compás de las campanadas
                                                                           El día de Navidad se celebra           del reloj, que indican el final
                                                                           con una comida similar a la            del año. A continuación se
                                                                           cena de Nochebuena, que suele          felicitan el Año Nuevo y
                                                                           tener lugar en casa de otro            brindan con champán.
LA LOTERÍA DE NAVIDAD (22                                                  familiar, seguida de una larga
                                                                                                                  El lugar típico por excelencia
de diciembre)                                                              s o b r e m e s a . E n a l gu n a s
                                                                                                                  en Madrid, para tomar las
                                                                           c o m u n i d a d e s , c o mo e n
                                                                                                                  uvas, es la Puerta del Sol. La
Las fiestas de Navidad comienzan el                                        Cataluña, esta comida es más
                                        NOCHEBUENA Y NAVIDAD                                                      televisión retransmite las doce
22 de diciembre con el sorteo de la                                        importante que la cena de
                                        (24 y 25 de diciembre)                                                    campanadas del reloj de la
lotería de Navidad.                                                        Navidad.
                                                                                                                  Puerta del Sol y los españoles
Casi todos los españoles compran        El día 24 de diciembre, las        Se está incorporando la
                                                                                                                  suelen tomar las doce uvas
décimos para ese sorteo, aunque no      familias españolas se reúnen       costumbre de que los niños
                                                                                                                  siguiendo esta retransmisión.
sean aficionados a jugar y no lo        para celebrar la cena más          reciban algunos regalos el día
hagan normalmente a lo largo del        importante del año. Por lo         de Navidad, porque algunos             Las personas que salen a
año. Un décimo corresponde a una        general, se juntan no sólo los     padres piensan que los niños           cenar fuera de casa esta noche
de las diez partes que tiene cada uno   padres y los hijos que viven       disfrutan más tiempo de los            celebran la llegada del año
de los números de la lotería. El        juntos habitualmente, sino         juguetes si los reciben este día       nuevo bailando durante toda
sorteo de la lotería de Navidad         también los abuelos, tíos,         que si los reciben el día 6 de         la noche. Algunos, antes de
concede un primer premio de             primos y el resto de los           enero.                                 retirarse a casa, ya por la
muchos millones de euros. A este        parientes.                                                                mañana, toman chocolate con
premio se le llama ”el gordo“.          La cena tiene lugar                                                       churros. La comida de Año
Es una costumbre muy frecuente          normalmente en casa de los                                                Nuevo es una comida
comprar un número entre todos los       abuelos, aunque a veces se                                                familiar.
compañeros de trabajo y repartirse      celebra en casa de alguno de los
entre ellos los décimos. También los    hijos. Suele ser una cena
distintos miembros de las familias se   exquisita y abundante, en la que
reparten participaciones del mismo      no faltan los mariscos, el         NOCHEVIEJA             Y     AÑO
décimo.                                                                    NUEVO
                                        cordero, el jamón, el besugo, el
El sorteo se celebra durante la         pavo, el vino y el champán.
                                                                           La noche del 31 de diciembre,
mañana del día 22. De un bombo          Aunque los platos típicos varían                                          LOS REYES MAGOS
                                                                           Nochevieja, no tiene el carácter
salen los números y de otro los         mucho de unas regiones a otras,
                                                                           familiar de la Nochebuena. En          El día 6 de enero se celebra la
premios. Dos niños del colegio de       todas ellas tienen en común los
                                                                           algunos casos comienza con             festividad de los Reyes
San Ildefonso se encargan de cantar     dulces característicos de
                                                                           una cena en familia pero, a            Magos. Según la tradición,
números y premios. El sorteo se         Navidad: el turrón, los
                                                                           continuación, los miembros más         Melchor, Gaspar y Baltasar le
retransmite por radio y televisión y,   mazapanes, los polvorones, las
                                                                           jóvenes celebran la despedida          llevaron al niño Jesús oro,
al día siguiente, aparecen los          peladillas, las frutas
                                                                           del año viejo y la llegada del         incienso y mirra.
resultados en los periódicos.           escarchadas, los frutos secos
                                                                           año nuevo en alguna fiesta con
Normalmente, el día 22 de               (nueces,         avellanas,                                               El día 5 de enero por la tarde
                                                                           amigos.
diciembre es el último día de clase     almendras...), las pasas, los                                             se celebra, en todas las
en los colegios e institutos            higos secos…                       Otras personas prefieren               ciudades y en los pueblos
españoles. Empiezan las vacaciones      Durante esa noche se escuchan      despedir el año en uno de los          grandes, la cabalgata de los
de Navidad. Los estudiantes se          y se cantan villancicos, y se      muchos restaurantes que                Reyes Magos. Los niños salen
incorporan a las clases un día o dos    aprovecha la ocasión para          ofrecen cena y cotillón. Todos         a la calle para verla y recoger
después de Reyes.                       ponerse al día en las noticias     los españoles coinciden en una         los caramelos que los pajes
Normalmente este primer día de          familiares, sobre todo si los      costumbre a la hora de terminar        les     van
vacaciones se aprovecha para            miembros de la familia no          el año viejo: toman las doce           tirando. La
adornar la casa. Se suele poner el      viven en la misma ciudad           uvas de la suerte. Las uvas            cabalgata
nacimiento o belén, y el árbol de       durante el año. Algunas            están preparadas de antemano y         consiste en
Navidad.                                familias asisten a la ”Misa del    se toman de una en una al              un desfile
    Página 12                                                                                                                       (Cont. pág. 13)
III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011                                                                 Tradições

en el que participan los tres Reyes
Magos y su séquito. Los Reyes van       Costumbres Navideñas                                                      (Cont. da pág. 12)
montados en caballos o en
camellos y llevan cajas con
                                       espalda.                             piel muy tirante que tiene en     sigue montando el belén.
grandes lazos que figuran los          Los medios de comunicación,          el centro, bien sujeto, un        Normalmente los belenes tienen
regalos que van a dejarles a los       prensa, radio y televisión, se       palo), las castañuelas (piezas    las figuras de María, José, el
niños.                                 suman a esta celebración dando       de madera cóncava en forma        Niño, la mula y el buey. Pero
                                       noticias falsas, que casi siempre    de castaña que suenan al          hay también belenes que son
Esa noche, los niños dejan los         carecen de importancia.              chocar unas con otras), etc...    verdaderos pueblos en miniatura
zapatos cerca de la puerta de la                                            Es frecuente que en el colegio    y tienen ríos, montañas,
calle o de una ventana y preparan                                           se aprendan villancicos y que     cascadas, estanques, pastores,
un plato con alimentos para los                                             las familias los transmitan       o v e j a s ,
Reyes y sus pajes; se acuestan                                              también a sus hijos. En los       lavanderas... En
temprano y esperan que los Reyes                                            pueblos españoles es              m u c h a s
les traigan lo que han pedido en la                                         costumbre que un grupo de         ciudades      se
carta que han escrito.                                                      amigos vaya por las casas         organizan
Si han sido buenos, recibirán los      LOS VILLANCICOS                      cantando villancicos y, a         concursos     de
juguetes que han pedido; si no lo                                           cambio, reciben el aguinaldo.     belenes.
han sido, recibirán carbón dulce.                                           El aguinaldo consiste en
El día 6, los niños se levantan muy    Los villancicos son canciones        pequeños regalos o dinero. No
temprano para ver los regalos;         populares de Navidad, que            sólo reciben el aguinaldo los     EXPRESIONES NAVIDEÑAS
juegan con los juguetes recibidos y    cuentan hechos relativos a           niños que cantan villancicos,
visitan a sus familiares para          Belén o a la familia de Jesús.       también lo reciben las
                                                                                                                     Feliz Navidad!
recoger los regalos que los Reyes      La mayoría de los villancicos        personas que ejercen ciertos
han dejado en sus casas. Las           surgieron del pueblo, por eso el     oficios: los barrenderos, los            Felices Pascuas y
personas mayores también reciben       acompañamiento musical es            carteros y los porteros cuando            próspero Año Nuevo!
              regalos.                 bastante sencillo. Algunos           felicitan las Pascuas a la               Que paséis unas felices
                                       instrumentos musicales que           gente.                                    fiestas!
                                       acompañan a este tipo de                                                      Feliz Nochebuena!
                                       canciones son: la pandereta                                                   Que paséis una buena
              LAS                      (especie de tambor que lleva                                                   noche!
              INOCENTADAS              sonajas en el aro), el almirez                                                    - Vosotros también.
                                       (recipiente de material duro que                                              Que os traigan muchas
                                       se usa en las cocinas para                                                     cosas los Reyes!
El día 28 de diciembre, festividad     machacar los                                                                      - A ti también.
de los Santos Inocentes, es el día     ajos      y   el
de las ”inocentadas“. Consisten en
gastar bromas a otras personas
                                       perejil),
                                       botellas
                                                    las
                                                     de
                                                         ♪ ♫
haciéndoles creer algo que no es
c i e r t o      u
                                       anís
                                       producen
                                                   que
                                                         ♪                  LOS BELENES
obligándolas     a                     sonidos al ser
hacer        algo                      rascadas con un palo, la
ridículo,    como                      zambomba (instrumento                Aunque cada año se extiende
pasearse con un                        musical compuesto de una caja        más la costumbre anglosajona
muñeco de papel                        redonda abierta por un extremo       de adornar el árbol de
pegado en la                           y cerrada por el otro con una        Navidad, en muchas casas se

                                        O significado das canetas
(Cont. pág. 11)
várias cores. Talvez esteja a         arruma tudo e volta a sair para      escrever     sozinha.   Outros,
escrever uma carta para o seu         ir aproveitar o que lhe resta do     rodam a caneta entre as mãos,
mais recente amor. Um adoles-         intervalo. Uma mulher jovem          talvez por usarem demasiadas
cente entra, senta-se, pega rapi-     usa uma caneta de tinta perma-       vezes a caneta, ela já esteja a
damente numa caneta de bico           nente e escreve lentamente.          ficar sem tinta ou talvez não;
grosso e começa a escrever de         Talvez esteja a definir o seu        talvez a usem pouco e a tinta já
forma rápida (muito rápida!) e        futuro e quer que ele permaneça      esteja seca.
descuidada. E, em menos de            tal como o está a escrever.          Talvez as canetas perdurem nos
cinco minutos, acaba o que tinha      Também se encontram outros           tempos. Talvez as canetas não
a fazer (talvez um trabalho de        que apenas olham para o papel
                                                                           sejam esquecidas. Ou talvez
casa que se tenha esquecido),         e esperam que a caneta, pousa-
                                                                           não.
                                      da na mesa, se erga e comece a
                                                                                         Ana Aguiar, 10ºD                          Página 13
Tradições                                                     III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011




Three Little Ghosts
                                                              with the help of his friend Igor, who had little to say.
Three little ghosts on Halloween night
                                                              Finally, when all was assembled like a bike,
Saw a witch and freaked in fright
                                                              a bolt of lightning gave dear Frank his new life.
The witch just laughed and shouted, "Boo!"
                                                              He sat up from the table where he laid for months,
One ghost ran home and then there were two.
                                                              scratched his square head, and said "I'm ready for
Two little ghosts who shiver and shook
                                                              lunch!"
With every single step they took.                             He crashed through the door, and went into town,
When the door opened wide                                     where he arrived at the diner and tried to sit down.
A goblin said to the other...                                 But everyone screamed, and left their plates hot.
“I'm going home and stay with my mother”.                     Even the cooks ran away without their prized pots.
One little ghost can't have much fun, so he ran home, and     So Frank could have nothing to quell his belly's rum-
then … there were none.                                       ble,
                                                              not a burger, or fries, or even Apple Pie Crumble.
                                               the teachers
                                                              He was almost in tears, and very, very sad,
                                                              and walked into the streets where everyone went mad,
CREATE A GHOST STORY:                                         and screamed in horror at Frank's sight.
I saw a house in the middle of a swamp,                       No one had seen such a thing in their life.
Nature, birds and squirrels in jumps                          Frank tried to explain, "I'm just hungry, that's all.
Kids playing in huge house trees                              I mean you no harm, even though I am tall."
Lovely bears eating honey of bees.                            A little girl saw him where she sat on the corner,
But, suddenly, one scary wolfman appears                      and thought, he's not so scary, in fact he might be an
And children started to fall in tears                         orphan.
All the animals ran away
                                                              So she walked up to Frank and tugged at his sleeve,
And the wolfman said: “I have something to say.
                                                              and said, "My name is Cynthia, Cindy if you please."
I’m shrek, so don’t be afraid.”
The shock turns to surprise                                   He said, "I'm just a little hungry, and don't know
And a smile, on their faces, rises…                           where I am."
The ogre is not a freak                                       "That's O.K.," Cindy answered, and pulled out some
So he screamed: “Trick or treat!”                             ham--
11th form B+C                                                 ham for a sandwich she was waiting to make,
                                                              and she pulled out two slices of bread freshly baked.
                   Authors: Nelson Gonçalves, Telmo Marques
                                                              They sat on the corner to a half sandwich each,
                                          29th October 2010
                                                              both happy, and smiling as a sunny day peach.

THE MONSTER WHO WAS MIS-
UNDERSTOOD…


This is a tale of poor old Frank --
Frank the monster, not Tom, Rich, or Hank.
He was created by a scientist in a great house.
A house on a mountain, much too big for a mouse.
There in the basement, the doctor toiled night and
day,

    Página 14
Jornal da Escola Básica e Secundária Ferreira de Castro
Jornal da Escola Básica e Secundária Ferreira de Castro
Jornal da Escola Básica e Secundária Ferreira de Castro
Jornal da Escola Básica e Secundária Ferreira de Castro

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

2ª EDIÇÃO DO JORNAL ESCOLAR MAIS EDUCAÇÃO: JULHO/AGOSTO DE 2011
2ª EDIÇÃO DO JORNAL ESCOLAR MAIS EDUCAÇÃO: JULHO/AGOSTO DE 20112ª EDIÇÃO DO JORNAL ESCOLAR MAIS EDUCAÇÃO: JULHO/AGOSTO DE 2011
2ª EDIÇÃO DO JORNAL ESCOLAR MAIS EDUCAÇÃO: JULHO/AGOSTO DE 2011JornalEscolar
 
Boletim X.Pub
Boletim X.PubBoletim X.Pub
Boletim X.Pubjoaopita
 
3.jornal seixal notícia
3.jornal seixal notícia3.jornal seixal notícia
3.jornal seixal notíciacomeniusebvm
 
6 anol portuguesaaluno3cadernonovo - aluno
6 anol portuguesaaluno3cadernonovo - aluno6 anol portuguesaaluno3cadernonovo - aluno
6 anol portuguesaaluno3cadernonovo - alunoelannialins
 
Unidos na fé - Boletim Informativo do Terreiro de Mina Nagô de Xangô e José T...
Unidos na fé - Boletim Informativo do Terreiro de Mina Nagô de Xangô e José T...Unidos na fé - Boletim Informativo do Terreiro de Mina Nagô de Xangô e José T...
Unidos na fé - Boletim Informativo do Terreiro de Mina Nagô de Xangô e José T...Marcel Franco
 
Publicação retrospectiva
Publicação retrospectivaPublicação retrospectiva
Publicação retrospectivaPastora Vanessa
 
Boletim 3 Projeto Alfabetizar
Boletim 3 Projeto AlfabetizarBoletim 3 Projeto Alfabetizar
Boletim 3 Projeto AlfabetizarCasa da Rocha
 
Jornal E.M. Professora Lerinéa Figueiredo
Jornal   E.M. Professora Lerinéa FigueiredoJornal   E.M. Professora Lerinéa Figueiredo
Jornal E.M. Professora Lerinéa FigueiredoCidade Digital
 
Dois cafés e a conta
Dois cafés e a contaDois cafés e a conta
Dois cafés e a contaSergyo Vitro
 
Jornal Convívio Janeiro/Março 2010
Jornal Convívio Janeiro/Março 2010Jornal Convívio Janeiro/Março 2010
Jornal Convívio Janeiro/Março 2010casadopovopombalinho
 

La actualidad más candente (17)

2ª EDIÇÃO DO JORNAL ESCOLAR MAIS EDUCAÇÃO: JULHO/AGOSTO DE 2011
2ª EDIÇÃO DO JORNAL ESCOLAR MAIS EDUCAÇÃO: JULHO/AGOSTO DE 20112ª EDIÇÃO DO JORNAL ESCOLAR MAIS EDUCAÇÃO: JULHO/AGOSTO DE 2011
2ª EDIÇÃO DO JORNAL ESCOLAR MAIS EDUCAÇÃO: JULHO/AGOSTO DE 2011
 
Acontece no Franklin
Acontece no FranklinAcontece no Franklin
Acontece no Franklin
 
Boletim X.Pub
Boletim X.PubBoletim X.Pub
Boletim X.Pub
 
3.jornal seixal notícia
3.jornal seixal notícia3.jornal seixal notícia
3.jornal seixal notícia
 
6 anol portuguesaaluno3cadernonovo - aluno
6 anol portuguesaaluno3cadernonovo - aluno6 anol portuguesaaluno3cadernonovo - aluno
6 anol portuguesaaluno3cadernonovo - aluno
 
Unidos na fé - Boletim Informativo do Terreiro de Mina Nagô de Xangô e José T...
Unidos na fé - Boletim Informativo do Terreiro de Mina Nagô de Xangô e José T...Unidos na fé - Boletim Informativo do Terreiro de Mina Nagô de Xangô e José T...
Unidos na fé - Boletim Informativo do Terreiro de Mina Nagô de Xangô e José T...
 
Publicação retrospectiva
Publicação retrospectivaPublicação retrospectiva
Publicação retrospectiva
 
Boletim 3 Projeto Alfabetizar
Boletim 3 Projeto AlfabetizarBoletim 3 Projeto Alfabetizar
Boletim 3 Projeto Alfabetizar
 
Mb news jornal
Mb news   jornalMb news   jornal
Mb news jornal
 
61
6161
61
 
Jornal da escola 3
Jornal da escola 3Jornal da escola 3
Jornal da escola 3
 
Jornal EM FOCO - Mar.09
Jornal EM FOCO - Mar.09Jornal EM FOCO - Mar.09
Jornal EM FOCO - Mar.09
 
3ª Edição
3ª Edição3ª Edição
3ª Edição
 
Jornal E.M. Professora Lerinéa Figueiredo
Jornal   E.M. Professora Lerinéa FigueiredoJornal   E.M. Professora Lerinéa Figueiredo
Jornal E.M. Professora Lerinéa Figueiredo
 
Dois cafés e a conta
Dois cafés e a contaDois cafés e a conta
Dois cafés e a conta
 
Jornal Convívio Janeiro/Março 2010
Jornal Convívio Janeiro/Março 2010Jornal Convívio Janeiro/Março 2010
Jornal Convívio Janeiro/Março 2010
 
Ed362 15.09.2011
Ed362   15.09.2011Ed362   15.09.2011
Ed362 15.09.2011
 

Destacado

Destacado (7)

Ferreira de castro
Ferreira de castroFerreira de castro
Ferreira de castro
 
Ferreira de Castro: Biografia
Ferreira de Castro: BiografiaFerreira de Castro: Biografia
Ferreira de Castro: Biografia
 
Livro da selva pt
Livro da selva ptLivro da selva pt
Livro da selva pt
 
Leitura+
Leitura+Leitura+
Leitura+
 
Casa ferreira de castro
Casa ferreira de castroCasa ferreira de castro
Casa ferreira de castro
 
Floresta amazônica
Floresta amazônicaFloresta amazônica
Floresta amazônica
 
LA SELVA
LA SELVALA SELVA
LA SELVA
 

Similar a Jornal da Escola Básica e Secundária Ferreira de Castro

Jornal da Escola Secundária de Vendas Novas
Jornal  da Escola Secundária de Vendas NovasJornal  da Escola Secundária de Vendas Novas
Jornal da Escola Secundária de Vendas Novasadelinafonseca
 
(Jornal escolar palavras d'encanta 8.ª edição
(Jornal escolar   palavras d'encanta 8.ª edição(Jornal escolar   palavras d'encanta 8.ª edição
(Jornal escolar palavras d'encanta 8.ª ediçãomaxteles2004
 
(Jornal escolar palavras d'encanta 8.ª edição
(Jornal escolar   palavras d'encanta 8.ª edição(Jornal escolar   palavras d'encanta 8.ª edição
(Jornal escolar palavras d'encanta 8.ª ediçãomaxteles2004
 
Jornal escolar palavras d'encantar 10.º edição
Jornal escolar   palavras d'encantar 10.º ediçãoJornal escolar   palavras d'encantar 10.º edição
Jornal escolar palavras d'encantar 10.º ediçãoMax Teles Teles
 
Jornal Escola Padre Ezequiel Ramanin - edição 10
Jornal Escola Padre Ezequiel Ramanin - edição 10Jornal Escola Padre Ezequiel Ramanin - edição 10
Jornal Escola Padre Ezequiel Ramanin - edição 10maikezaniolo
 
Jornal escolar junho 2012
Jornal escolar junho 2012Jornal escolar junho 2012
Jornal escolar junho 2012Ana Pereira
 
(Jornal escolar palavras d'encanta 5.º ed.
(Jornal escolar   palavras d'encanta 5.º ed.(Jornal escolar   palavras d'encanta 5.º ed.
(Jornal escolar palavras d'encanta 5.º ed.maxteles2004
 
Jornal júnior 4
Jornal júnior 4Jornal júnior 4
Jornal júnior 4bibabbe
 
Jornal da escola dep jose de assis
Jornal da escola dep jose de assisJornal da escola dep jose de assis
Jornal da escola dep jose de assisbarbaragratao
 

Similar a Jornal da Escola Básica e Secundária Ferreira de Castro (20)

Jornal da Escola Secundária de Vendas Novas
Jornal  da Escola Secundária de Vendas NovasJornal  da Escola Secundária de Vendas Novas
Jornal da Escola Secundária de Vendas Novas
 
4ª Edição
4ª Edição4ª Edição
4ª Edição
 
Soletrar - 2010/2011 - N.º 1
Soletrar - 2010/2011 - N.º 1Soletrar - 2010/2011 - N.º 1
Soletrar - 2010/2011 - N.º 1
 
1ª Edição
1ª Edição1ª Edição
1ª Edição
 
Jornal Unidos pela Noticia
Jornal Unidos pela NoticiaJornal Unidos pela Noticia
Jornal Unidos pela Noticia
 
(Jornal escolar palavras d'encanta 8.ª edição
(Jornal escolar   palavras d'encanta 8.ª edição(Jornal escolar   palavras d'encanta 8.ª edição
(Jornal escolar palavras d'encanta 8.ª edição
 
(Jornal escolar palavras d'encanta 8.ª edição
(Jornal escolar   palavras d'encanta 8.ª edição(Jornal escolar   palavras d'encanta 8.ª edição
(Jornal escolar palavras d'encanta 8.ª edição
 
Jornal escolar palavras d'encantar 10.º edição
Jornal escolar   palavras d'encantar 10.º ediçãoJornal escolar   palavras d'encantar 10.º edição
Jornal escolar palavras d'encantar 10.º edição
 
Jornal Escola Padre Ezequiel Ramanin - edição 10
Jornal Escola Padre Ezequiel Ramanin - edição 10Jornal Escola Padre Ezequiel Ramanin - edição 10
Jornal Escola Padre Ezequiel Ramanin - edição 10
 
Boletim Junho
Boletim JunhoBoletim Junho
Boletim Junho
 
Jornal escolar junho 2012
Jornal escolar junho 2012Jornal escolar junho 2012
Jornal escolar junho 2012
 
(Jornal escolar palavras d'encanta 5.º ed.
(Jornal escolar   palavras d'encanta 5.º ed.(Jornal escolar   palavras d'encanta 5.º ed.
(Jornal escolar palavras d'encanta 5.º ed.
 
Jornal júnior 4
Jornal júnior 4Jornal júnior 4
Jornal júnior 4
 
Jornal júnior 4
Jornal júnior 4Jornal júnior 4
Jornal júnior 4
 
Boletim Montelongo2
Boletim Montelongo2Boletim Montelongo2
Boletim Montelongo2
 
Jornal da escola dep jose de assis
Jornal da escola dep jose de assisJornal da escola dep jose de assis
Jornal da escola dep jose de assis
 
Jan
JanJan
Jan
 
Jornal 12
Jornal 12Jornal 12
Jornal 12
 
Jornal Conv
Jornal ConvJornal Conv
Jornal Conv
 
Jornal Convívio
Jornal ConvívioJornal Convívio
Jornal Convívio
 

Más de arturramisio

Reflexao critica formacao_fa_avaliacao_web_artur_ramisio
Reflexao critica formacao_fa_avaliacao_web_artur_ramisioReflexao critica formacao_fa_avaliacao_web_artur_ramisio
Reflexao critica formacao_fa_avaliacao_web_artur_ramisioarturramisio
 
Aula 1 2-apresentacao_conceitos
Aula 1 2-apresentacao_conceitosAula 1 2-apresentacao_conceitos
Aula 1 2-apresentacao_conceitosarturramisio
 
Aula 1 2-pca_tic_8-c
Aula 1 2-pca_tic_8-cAula 1 2-pca_tic_8-c
Aula 1 2-pca_tic_8-carturramisio
 
Artigo3 grupo6 artur_aldina_final
Artigo3 grupo6 artur_aldina_finalArtigo3 grupo6 artur_aldina_final
Artigo3 grupo6 artur_aldina_finalarturramisio
 
Recensao moran mod&avaliacao_ead__final_arturramísio_dmme
Recensao moran mod&avaliacao_ead__final_arturramísio_dmmeRecensao moran mod&avaliacao_ead__final_arturramísio_dmme
Recensao moran mod&avaliacao_ead__final_arturramísio_dmmearturramisio
 
Artigo3 grupo6 artur_aldina_final
Artigo3 grupo6 artur_aldina_finalArtigo3 grupo6 artur_aldina_final
Artigo3 grupo6 artur_aldina_finalarturramisio
 
Ferramentas web 2_0_apresentacao
Ferramentas web 2_0_apresentacaoFerramentas web 2_0_apresentacao
Ferramentas web 2_0_apresentacaoarturramisio
 
Portef ad tcrd_a_ramisio
Portef ad tcrd_a_ramisioPortef ad tcrd_a_ramisio
Portef ad tcrd_a_ramisioarturramisio
 
Criação de páginas web 3
Criação de páginas web 3Criação de páginas web 3
Criação de páginas web 3arturramisio
 
Criação de páginas web 3
Criação de páginas web 3Criação de páginas web 3
Criação de páginas web 3arturramisio
 
Mapa mental 20_10_2011
Mapa mental 20_10_2011Mapa mental 20_10_2011
Mapa mental 20_10_2011arturramisio
 
Criação de páginas web 2
Criação de páginas web 2Criação de páginas web 2
Criação de páginas web 2arturramisio
 
Criação de páginas web 1
Criação de páginas web 1Criação de páginas web 1
Criação de páginas web 1arturramisio
 
Criação de páginas web
Criação de páginas webCriação de páginas web
Criação de páginas webarturramisio
 
Artigo blearning apr
Artigo blearning aprArtigo blearning apr
Artigo blearning aprarturramisio
 
Tecnicas investig questionario
Tecnicas investig questionarioTecnicas investig questionario
Tecnicas investig questionarioarturramisio
 
Tecnicas investig entrevista
Tecnicas investig entrevistaTecnicas investig entrevista
Tecnicas investig entrevistaarturramisio
 
Tecnicas investig livros-internet...
Tecnicas investig livros-internet...Tecnicas investig livros-internet...
Tecnicas investig livros-internet...arturramisio
 

Más de arturramisio (20)

Reflexao critica formacao_fa_avaliacao_web_artur_ramisio
Reflexao critica formacao_fa_avaliacao_web_artur_ramisioReflexao critica formacao_fa_avaliacao_web_artur_ramisio
Reflexao critica formacao_fa_avaliacao_web_artur_ramisio
 
Aula 1 2-apresentacao_conceitos
Aula 1 2-apresentacao_conceitosAula 1 2-apresentacao_conceitos
Aula 1 2-apresentacao_conceitos
 
Aula 1 2-pca_tic_8-c
Aula 1 2-pca_tic_8-cAula 1 2-pca_tic_8-c
Aula 1 2-pca_tic_8-c
 
Artigo3 grupo6 artur_aldina_final
Artigo3 grupo6 artur_aldina_finalArtigo3 grupo6 artur_aldina_final
Artigo3 grupo6 artur_aldina_final
 
Recensao moran mod&avaliacao_ead__final_arturramísio_dmme
Recensao moran mod&avaliacao_ead__final_arturramísio_dmmeRecensao moran mod&avaliacao_ead__final_arturramísio_dmme
Recensao moran mod&avaliacao_ead__final_arturramísio_dmme
 
Artigo3 grupo6 artur_aldina_final
Artigo3 grupo6 artur_aldina_finalArtigo3 grupo6 artur_aldina_final
Artigo3 grupo6 artur_aldina_final
 
Ferramentas web 2_0_apresentacao
Ferramentas web 2_0_apresentacaoFerramentas web 2_0_apresentacao
Ferramentas web 2_0_apresentacao
 
Portef ad tcrd_a_ramisio
Portef ad tcrd_a_ramisioPortef ad tcrd_a_ramisio
Portef ad tcrd_a_ramisio
 
Criação de páginas web 3
Criação de páginas web 3Criação de páginas web 3
Criação de páginas web 3
 
Criação de páginas web 3
Criação de páginas web 3Criação de páginas web 3
Criação de páginas web 3
 
Mapa mental 20_10_2011
Mapa mental 20_10_2011Mapa mental 20_10_2011
Mapa mental 20_10_2011
 
Criação de páginas web 2
Criação de páginas web 2Criação de páginas web 2
Criação de páginas web 2
 
Jornal selva 13
Jornal selva 13Jornal selva 13
Jornal selva 13
 
Criação de páginas web 1
Criação de páginas web 1Criação de páginas web 1
Criação de páginas web 1
 
Criação de páginas web
Criação de páginas webCriação de páginas web
Criação de páginas web
 
Artigo blearning apr
Artigo blearning aprArtigo blearning apr
Artigo blearning apr
 
Boletim pcpob 1
Boletim pcpob 1Boletim pcpob 1
Boletim pcpob 1
 
Tecnicas investig questionario
Tecnicas investig questionarioTecnicas investig questionario
Tecnicas investig questionario
 
Tecnicas investig entrevista
Tecnicas investig entrevistaTecnicas investig entrevista
Tecnicas investig entrevista
 
Tecnicas investig livros-internet...
Tecnicas investig livros-internet...Tecnicas investig livros-internet...
Tecnicas investig livros-internet...
 

Jornal da Escola Básica e Secundária Ferreira de Castro

  • 1. A Selva — Jornal da Escola Básica e Secundária Ferreira de Castro III Milénio | Nº 11 Janeiro 2011 Editorial Alunos do 11º e 12º Anos A NOVA ERA DO JORNAL foram jornalistas no Olá pessoal! Chegou uma nova era para o ...e a seguir visitaram Serralves nosso jornal. Com efeito, a tur- ma do 12ºE assumiu a responsa- No dia 19 de Janeiro os alunos do 11º de bilidade de, na disciplina de Artes Visuais e do 12º de Humanidades Área de Projecto, editar o jornal foram jornalistas num grande jornal nacional, "A Selva" no presente ano lecti- experiência que mereceu o agrado de todos vo, iniciando um processo, a os que a vivenciaram. que se pretende dar continuida- A iniciativa, inserida no projecto MEDIA- de, de mais envolvimento de LAB, constou de vários Workshops, nos alunos na produção do nosso (Cont. p. 10) quais os participantes tiveram oportunidade jornal. de conhecer a história do JN, visionarem o É nosso objectivo editar um processo da sua realização diária e, por fim, número do jornal no final de de serem eles próprios a criarem a primeira cada período lectivo, dando página do jornal. (Cont. p. 18) continuidade à tradição do jor- nal, sobretudo no que diz respei- to à divulgação das actividades Campanha e assuntos relacionados com a para a Associação de Estudantes nossa escola e, promovendo a sua modernização, de modo a Mais um ano lectivo que contou com a participação de novas listas cativar mais a nossa comunida- para a associação de estudantes. de escolar, tanto para a sua lei- Mas o que é isto de uma “associação de estudantes”? tura como para colaborar na sua (Cont. p. 5) Um dos momentos altos da campanha produção. Lê, colabora e divulga o teu jornal, A Selva! Centenário da República Partir? Regressar? A turma do 12ºE Mais importante é estar… Mais um ano escolar terminado, mais uma temporada em Nesta edição: Moçambique. Partir já se tornou um hábito. Regressar uma necessi- dade. Estar com as gentes, um modo de vida. Passar as férias cá Notícias 2-5 deixou de fazer sentido. Entregar um pouco do meu tempo aos outros passou a fazer parte de mim, da minha maneira de ser, de Visitas de Estudo 6 estar, de sentir… Dia 10 de Julho, ao entrar no avião que me levaria uma vez Intercâmbio solidário 7 mais a Moçambique, para aí passar cerca de 50 dias, lembrei-me do verso de Fernando Pessoa "Deus quer, o homem sonha, a obra nas- Crónicas 8-11 ce". E foi com este espírito que voltei a pisar solo Moçambicano. Não fazia muito calor, como das outras vezes e algumas aventuras Tradições 12-14 fizeram parte dos meus Comemorou-se o Centenário da primeiros dias. Senti que Opinião/Reflexão 15 República. Ao longo do presente estava a viver uma expe- ano, foram várias as iniciativas riência diferente, apesar de Desporto Escolar 16 estar no mesmo país. Senti promovidas por todo o país para que tinha que entrar no assinalar esta data com grande espírito da missão, caso Passatempos 17 importância histórica. Mas afinal o contrário não valia a pena Diversos 18 estar ali. (Cont. p. 4) (Cont. p. 7) Escola Profissional de Matundo Tete
  • 2. Notícias III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011 Magusto de S. Martinho Como é habitual, a nossa escola comemorou, no dia 11 de Novembro, o dia de S. Martinho. Para o efeito pediu aos alunos, professores e funcionários que trouxessem casta- nhas de modo a ser possível a realização deste evento, o que se veio a verificar. Segundo vários membros da comunidade escolar, este magusto estava muito bem organizado, dispondo de mesas onde se encontravam castanhas e bebidas. A realização desta actividade alcançou os objectivos pretendidos, uma vez que todos participaram com alegria. Semana da saúde A escola participou no projecto da semana da saúde. Esta actividade consis- tiu em sensibilizar os alunos a consumirem no bar da escola produtos mais saudáveis nos primeiros intervalos da manhã, tendo, para o efeito, sido dis- ponibilizada grande variedade de fruta e de pão. Esta actividade teve um grande sucesso, uma vez que houve uma grande adesão da comunidade escolar. Ficha Técnica Festa de Natal Propriedade: Escola Básica e Secundária Ferreira de No dia 17 de Dezembro teve lugar na nossa Castro - Rua Dr. Silva Lima Escola o tradicional Jantar de Natal, iniciativa 3720-298 Oliveira de Azeméis que, mais uma vez, proporcionou um importante Tel. 256 666 070 | Fax. 256 681 314 momento de convívio entre professores, técnicos, assistentes operacionais e representantes dos Directora: Ilda Ferreira encarregados de educação. http://www.esfcastro.net jornalaselva@gmail.com Direitos Humanos Responsabilidade pela edição, redacção e composição No final do 1º Período esteve patente ao público, em diversos espaços da Escola, Alunos: Ana Carvalho, Sara Agosti- uma exposição sobre os Direitos Huma- nho, Tânia Paiva, Yhony Alves nos, baseada em trabalhos dos alunos. (edição); Cátia Fonte, Lorina Gaspar, Mónica Pereira, Sílvia Choupeiro, Vanessa Lima (redacção); Diana Conceição, Diogo Silva, Miguel Tei- xeira, Rosa Silva (composição). Professores: Artur Ramísio (Área Projecto) e Maria João Moreira (Língua Portuguesa). Impressão: Reprografia da Escola Básica e Secundária Ferreira de Castro Tiragem da versão impressa: 200 ex. Página 2
  • 3. III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011 Notícias Presidente da Câmara visita a Escola O Presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis, Dr. Hermínio Loureiro, visitou a nossa Escola no passado mês de Dezembro. Na Biblioteca, onde decorria a Feira do Livro, teve oportunidade de dialogar com os alunos e de manifestar o seu agrado com a renovação realizada na escola, tendo dese- jado que a melhoria das suas condições contribua para o sucesso educativo de todos os alunos. Inscrição conjunta nas Bibliotecas Escolares e na Biblioteca Municipal Para se poderem usar os serviços de emprés- cimento) serão enviados para a Biblioteca timo gratuito de documentos das Bibliotecas Municipal. Quem não estiver interessado Escolares e da Biblioteca Municipal, no neste serviço deverá dirigir-se à Biblioteca concelho de Oliveira de Azeméis, os dados Municipal Ferreira de Castro e fazer a sua de todos os elementos desta Escola (nome, declaração para que os dados referidos morada, telefone, n.º de BI/CC, data de nas- sejam retirados. Vencedor do prémio “CNO Ferreira de Castro” Divulgada junto de todos os amabilidade com que colaborou CNO`s da NUT III, Entre Dou- neste evento. “No âmbito do projecto Ler+, ro e Vouga, esta iniciativa des- A decisão unânime do júri promovido pelo Plano Nacional pertou o interesse de muitos recaiu no poema, que revela de Leitura, o Centro Novas adultos que enviaram os seus criatividade e talento literário, Oportunidades (CNO) Ferreira de textos, em prosa ou poesia, os denominado Juventude, da Castro promoveu um Concurso quais foram apreciados por um autoria do adulto René Lopes Literário com o objectivo de júri presidido pela Directora da Escola, Dra. Ilda Ferreira, pela dos Reis, em processo de Reco- divulgar o talento literário de Coordenadora de Departamento nhecimento, Validação e Certi- adultos, já certificados ou que se encontrem em Processo de de Línguas, Dra. Maria João ficação de Competências no Moreira, pela Representante da CNO da Escola Secundária Dr. Reconhecimento, Validação e Área Disciplinar de Português, Certificação de Competências Manuel Laranjeira de Espinho. Dra. Carmelinda Pires, pela (RVCC), incentivando a sua Ao justo vencedor será atribuí- formadora de CLC/LC, Dra. criatividade literária e o gosto pela Elisabete Tavares e pela Dra. do um prémio em material escrita, actividades essenciais Ivone Ferreira, enquanto repre- didáctico no valor de 200 €. A para um bom desenvolvimento sentante da Associação Literá- todos os participantes será intelectual.” ria Ferreira de Castro, a quem enviado um certificado de parti- se agradece a disponibilidade e cipação. Sistema de RVCC — uma boa resposta para si ! O Sistema Nacional de Reconhecimento, Validação e Certificação de Poderá aceder ao NÍVEL SECUN- Competências pode ser uma resposta para si, caso não possua o nível DÁRIO de educação (12º ano de básico ou secundário de educação e tenha adquirido conhecimentos e escolaridade) se tiver 18 anos ou competências através da sua experiência de vida. mais de idade e cumprir o seguinte Poderá aceder ao NÍVEL BÁSICO de educação (4º, 6º ou 9º ano de requisito: escolaridade) se:  se tem menos de 23 anos de idade e no mínimo de três  tiver 18 anos ou mais de idade; anos de experiência profissional devidamente comprova- da.  não concluiu o 4º, 6º ou 9º ano de escolaridade. Página 3
  • 4. Notícias III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011 Centenário da República (Cont. da pág. 1) que é a Republica? O que fez monarquia, tendo por várias raram o regime que advogavam, Nem tudo foi fácil, verificando- com que fosse instaurada em vezes tentado implementar a tendo sido eleito por sufrágio, se um período de instabilidade, a Portugal a 5 de Outubro de República, mas sem sucesso, como primeiro Presidente da todos os níveis (mas principal- 1910? Quais as principais como aconteceu no dia 31 de República, Manuel de Arriaga. mente a nível político) do sufrá- mudanças ocorridas no país? Janeiro de 1891, no Porto. Anteriormente, Teófilo Braga já gio universal. As pessoas passa- Eis um conjunto de questões havia exercido funções simila- ram a ser regidas por uma Cons- O descontentamento da popula- que nos são colocadas quando o res, embora provisoriamente. As tituição e os poderes passaram a ção estava relacionado com a assunto é a instauração da diferenças em relação à monar- ser divididos: poder legislativo, crise económico-financeira, República. quia prendem-se com o facto de poder executivo e poder judicial. assim como com a agitação a eleição deixar de ser feita A República foi instaurada no social. Este descontentamento por via hereditária, para nosso país no dia 5 de Outubro atingiu o seu extremo a 1 de passar a ser feita através do de 1910, como já foi referido Fevereiro de 1908 com o assas- sufrágio universal. As pes- anteriormente, substituindo o sinato do Rei D. Carlos e o soas passam a ser regidas regime monárquico em vigor príncipe herdeiro, D. Luís Fili- por uma Constituição e os até então. pe, acontecimento conhecido poderes passam a ser divi- por Regicídio”. Já desde os finais do século didos: poder legislativo, XIX (1890), a população se A 5 de Outubro de 1910, em poder executivo e poder mostrava insatisfeita com a Lisboa, os republicanos instau- judicial. CONCURSO UM POSTAL VALE MIL IDEIAS O Plano Nacional de Leitura pequeno texto adequado a um representação plástica; pelo agrupamento ou escola não lança, aos alunos do 2º e 3º postal. Este postal será dirigido agrupada deverão ser apresenta- ciclo do ensino básico e do ao autor do livro, ao seu ilustra-  a oportunidade e a ade- dos entre o dia 14 e o dia 18 de ensino secundário, o desafio de dor ou a uma das suas persona- quação da mensagem Março de 2011, através do criarem um postal ilustrado. gens. Os alunos podem falar de escrita relativamente ao preenchimento do formulário Pede-se que elaborem um aspectos que lhes tenham des- livro a que se refere, “Um postal vale mil ideias “, pequeno texto em que demons- pertado interesse no livro ou bem como ao contexto que estará disponível no Sistema trem capacidade de síntese, colocar questões ao destinatário e às normas do concur- de Informação do Plano Nacio- cruzando esta competência com escolhido, utilizando mensa- so; nal de Leitura, no seguinte ende- as que se desenvolvem no gens curtas e mostrando que as r e ç o h t t p : / /  adequação dos elemen- âmbito das artes plásticas. poucas palavras do pequeno sipnl.planonacionaldeleitura.gov tos utilizados para a texto de um postal podem con- .pt/login.jsp Tratando-se de um postal ilus- comunicação visual e ter mil ideias, que serão inter- trado, pretende-se que se expe- qualidade do resultado pretadas e representadas através rimentem diversos meios final obtido; de elementos da comunicação expressivos, pelo que a mensa- visual, com recurso a diversos  criatividade e qualidade gem escrita deve ser interpreta- meios expressivos. A selecção global do postal apre- da e representada mobilizando- que o júri fará dos postais apre- sentado a concurso. se elementos da comunicação sentados a concurso terá em visual. Terão que escrever o Cada aluno poderá concorrer conta: máximo de informação com o apenas com um postal. Os tra- mínimo de palavras e de serem  a correcção, adequação, balhos realizados pelos alunos capazes de expressar plastica- tamanho e riqueza de poderão ter que ser selecciona- mente o sentido daquela. informação/ideias da dos, pois cada agrupamento ou mensagem escrita; escola não agrupada poderá Os alunos deverão escolher um submeter no máximo 3 postais, livro que tenham lido e, a pro-  a correlação da mensa- sendo 1 por cada nível de ensi- pósito deste, escreverem um gem escrita com a sua no. Os trabalhos seleccionados Página 4
  • 5. III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011 Notícias Dia Mundial da Poesia dade do tema e da linguagem. 8. Os trabalhos que não corres- ponderem às cláusulas do presen- CONCURSO FAÇA LÁ UM te regulamento serão desclassifi- cados. POEMA 9. Não haverá recurso das deci- sões do júri. 10. Os prémios a atribuir aos três Por ocasião da comemoração • Ensino Secundário rio com os trabalhos seleccio- primeiros classificados de cada do Dia Mundial da Poesia 2. A participação no concurso nados (máximo 4 por estabele- nível de ensino serão anunciados 2011, que se realiza no CCB, é individual, sendo que não cimento, 1 poema por cada oportunamente. no dia 20 de Março, o Plano serão contemplados trabalhos nível de ensino) – até 4 de 11. As escolas dos alunos pre- Nacional de Leitura e o Cen- de pequeno grupo ou de turma. Fevereiro de 2011. miados serão contempladas com tro Cultural de Belém, numa 3. Calendarização das activi- 3. A submissão do formulário um conjunto de livros. iniciativa conjunta, lançam o dades será feita no Sistema de Infor- 12. Os trabalhos premiados desafio às escolas, convidando- A selecção dos trabalhos, devi- mação do Plano Nacional serão divulgados no Sítio dos as a participarem num Concur- damente identificados, ficará ao deLeitura (http:// Concursos no Portal do PNL so de Poesia. critério de cada sipnl.planonacionaldeleitura.go http:// Procurando incentivar o gosto agrupamento/escola não agru- v.pt/login.jsp) através do preen- www.planonacionaldeleitura.go pela leitura e pela escrita de pada, sugerindo-se, no entanto, chimento v.pt/Concursos/ e no sítio do poesia, o concurso Faça lá um que o processo seja dinamizado Dos campos de identificação CCB em http://www.ccb.pt poema destina-se a quatro e coordenado pelo(s) professor necessários. 13. Os premiados serão convida- níveis de ensino, desde o 1º (es) bibliotecário(s). 4. Não há qualquer tema obri- dos a apresentar pessoalmente os Ciclo ao Ensino Secundário, e • Selecção dos melhores traba- gatório para os poemas a con- seus trabalhos na cerimónia nele lhos pelas escolas agrupadas curso. No entanto, a extensão pública de entrega dos prémios, a poderão participar quaisquer (máximo de 1 poema por cada máxima de cada texto não realizar em 20 de Março de alunos de escolas públicas ou nível de ensino) e respectivo poderá ultrapassar os 4000 2011 (Dia Mundial da Poesia), privadas. envio para a sede do agrupa- dígitos (caracteres, espaços). no CCB – Centro Cultural de A entrega de prémios terá lugar mento – até 21 de Janeiro de 5. O formulário do concurso Belém - Lisboa. no CCB a 20 de Março de 2011. deverá ser devidamente preen- 14. Os encargos com o transporte 2011 e será O Dia Mundial da Poesia é chido e submetido por um pro- e o alojamento dos premiados integrada no uma iniciativa do Plano fessor responsável (designado serão da responsabilidade da programa Nacional de Leitura e do pelo agrupamento/escola não organização do concurso. do Dia Mun- Centro Cultural de Belém agrupada). Novembro 2010 dial da Poesia. com o apoio financeiro do 6. Só serão consideradas váli- O Dia Mundial da Poesia é REGULAMENTO Ministério da Educação. das as inscrições com os dados uma iniciativa do Plano Nacio- 1. O concurso Faça Lá um Submissão do formulário pela de identificação da escola e dos nal de Leitura e do Poema decorrerá entre Dezem- sede do agrupamento, com os participantes e submetidas den- Centro Cultural de Belém com bro de 2010 e Março de 2011, trabalhos seleccionados tro do prazo. o apoio financeiro do Ministé- destinando-se a premiar poemas (máximo 4 por sede de agrupa- 7. Os trabalhos serão avaliados mento, 1 poema por cada nível rio da Educação. escritos por alunos dos seguin- por um júri de cinco elementos, tes níveis educativos: de ensino) – até 4 de Fevereiro designados pelo CCB e pelo • 1º Ciclo do Ensino Básico de 2011. PNL. O júri terá em conta a • 2º Ciclo do Ensino Básico • No caso de escolas não agru- correcção da escrita, a rique- • 3º Ciclo do Ensino Básico padas, submissão do formulá- za de conteúdo e a originali- Campanha para a Associação de Estudantes (Cont. da pág. 1) Uma associação de estudantes é a organização dos alunos, dirigida pelos seus representantes eleitos, os quais têm a obrigação de ouvir e de lutar pelos seus interesses, entre os quais o de criar um bom ambiente para todos. Surgiram duas listas concorrentes, a Lista M, cujo candidato a presidente foi Daniel Ferreira do 12ºD, e da Lista O, cuja candidata foi Ana Paula Resende do 12ºC. Nos dias 10, 11 e 12 de Novembro, decorreu a campanha eleitoral destas mesmas listas, que se fizeram ouvir e apresentaram as suas ideias para proporcionar um ano em cheio. Neste âmbito, realizou-se no dia 12 de Novembro o debate entre as duas listas concorrentes. Este debate contou com a participação dos candidatos e seus apoiantes e contribuiu para ajudar a esclarecer as dúvidas da comunidade escolar. No dia 15 de Novembro decorreram as eleições, em que os alunos votaram na lista que mais os conquistou, a lista M. Página 5
  • 6. Visitas de Estudo III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011 Alunos do CEF Padaria e Pastelaria visitam Tentúgal e o projecto Reconstruir - Convívios Fraternos Alunos do CEF Panifica- brincadeira, que pode levar a prejuízos enormes na vida, nomea- ção e Pastelaria visitam, damente perder pessoas e momentos importantes. no dia 17 de Novembro, Alguns alunos demonstraram perplexidade por lá encontrarem a 1ª fase do projecto dos pessoas mais novas do que eles a fazerem tratamento. O aluno Convívios Fraternos – afirma: “vi coisas que nunca imaginei ver, um rapaz de 14 anos Reconstruir, em Avanca, metido na droga. Fiquei um bocado chocado.” E continua, “E no âmbito da disciplina também fiquei um bocado traumatizado com aqueles homens que de Cidadania e Mundo têm filhos e que não podem acompanhar a infância deles. É por Actual. Tinha como prin- isso que se deve dizer NÃO às drogas.” (Luís Martins) cipal objectivo conhecer o funcionamento de um Uma outra aluna estava com receio de entrar na casa porque centro de recuperação de “pensava que iam ser „brutos‟ ou „mal educados‟, mas não, são toxicodependentes. pessoas como nós que caíram na asneira da droga. Escolheram o mau caminho. Pediram-nos para não nos metermos na droga, para Depois de uma manhã bem “doce”, na visita à fabricação dos conhe- não chegarmos à situação deles.” (Mónica Ribeiro) cidos pastéis de Tentúgal, no âmbito das disciplinas do formador Miguel Costa, a tarde não foi menos importante. Bem pelo contrário. Com estes testemunhos compreende-se facilmente a importância Após as 15 horas, 16 alunos, 3 professores e o próprio motorista do deste encontro que também ficou marcado pela simplicidade e autocarro, deram início a uma visita guiada pelas diversas partes da naturalidade, salientadas pelos alunos, dos residentes em partilha- casa que acolhe as pessoas em recuperação, na qual se pode ver diver- rem a sua vida de uma forma tão aberta. sos trabalhos realizados pelos residentes. A escola agradece a disponibilidade e simpatia com que foi rece- No final, realizou-se um momento muito importante e proveitoso que bida a turma, tal como o momento de aprendizagem único nas foi o diálogo entre os residentes e os visitantes, porque, para além da vidas dos alunos. Deseja os maiores sucessos para a recuperação curiosidade, alguns dos alunos têm, entre a família ou amigos, pes- da vida dos toxicodependentes, tal como o encorajamento ao Pe soas que já viveram, ou vivem, este problema do consumo de drogas. Valente para que continue esta obra extraordinária de recuperação de vidas perdidas, ao encontro de um novo sentido e de uma nova Analisados os relatórios, os alunos concluíram que as aprendizagens esperança. foram as seguintes: a droga não é um caminho a seguir, não é uma diversão; que se devem evitar ambientes propícios ao consumo; que, se já é difícil deixar de fumar, não se imagina o quão difícil será dei- Pela equipa formadora, Carlos Matos xar a droga; nunca experimentar; que o vício pode começar por uma Alunos do 11º e do 12º E visitaram Serralves A visita das turmas do 11º e do 12º E a Serralves teve como principal alvo a exposição “Às Artes, Cidadãos!” paten- te no Museu de Arte Contemporânea da instituição, cuja mensagem principal tem por fundamento os direitos e deve- res políticos e o conceito de cidadania como base da democracia, ou seja, da soberania do povo. No final da visita houve ainda oportuni- dade para apreciar a beleza do parque de Serralves, em clima de alegre conví- vio. A participação no projecto MEDIALAB e a visita a Serralves têm neste número do jornal “A Selva” apenas uma breve referência, ficando para a próxima edição uma informação mais detalhada destas importantes visitas e dos desafios nelas lançados. Página 6
  • 7. III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011 Intercâmbio solidário Partir? Regressar? ficou concluída, mas ainda tere- mos um longo caminho a percor- (Cont. da pág. 1) Mais importante é estar… rer cá, com os Manuais de Proce- dimentos dos vários Sectores e As três primeiras cem cogumelos jovens vive em Departamentos. semanas, passadas em Maputo, e, ao longo da palhotas, ao lado Houve também oportu- no Instituto Superior Dom Bos- estrada, fervi- da escola, sem nidade para estar com os jovens e co, num trabalho técnico, da lha a vida. Há energia, nem as gentes das paróquias onde os minha área de formação, servi- vendedores por água. Não têm salesianos intervêm, nos bairros ram para concluir os projectos todo o lado, camas, dormem periféricos do grande Maputo. dos manuais de Português para procura-se uma em esteiras. Por- Visitei comunidades de bairros o Ensino Profissional da Rede saída para os tanto, não vivem muito pobres, onde a maior parte Salesiana. Estes foram, depois, muitos proble- como nós. Sobre- das pessoas sobrevive com cerca apresentados nas três Escolas mas. A minha vivem. Vê-los de 50 Euros por mês, onde as Profissionais, experiência muito ida a esta loca- chegar, pela escolas estão cheias de crianças rica, pois desloquei-me à lidade e escola manhã, de sorriso (uma turma tem entre 50 a 60 Moamba (70 Km de Maputo), a tinha dois pro- nos lábios, fez- alunos), onde nem sempre é fácil Tete (1600 Km da capital) e pósitos: o con- me perceber que aprender por faltar tudo: mesas, Inharrime (420 Km de Mapu- tacto com os a minha, a nossa cadeiras, material escolar, ali- to). A vivência, no seio das professores de missão deve mentação. Também visitei alguns escolas, no meio dos alunos, Português, um continuar. A lugares mais parecidos com a participando no Bom-Dia, em pouco de for- As palhotas do Internato da ajuda será canali- nossa realidade. É aí que senti- algumas actividades, por entre mação, mas Escola Domingos Sávio zada em vários mos alguma "revolta" pelas dife- os professores em diálogos/ também a sentidos, desde a renças encontradas: uns com formação que nos fizeram tro- entrega do aquisição de tudo, outros com quase nada. car de saberes, a vida em comu- dinheiro que foi angariado na material, Muitas vezes, de nidade, em cada casa por onde Escola Básica e Secundária ao auxílio um lado da rua passei, torna a minha passagem Ferreira de Castro - Oliveira de na alimen- encontra-se o paraí- por solo moçambicano uma Azeméis, bem como junto dos tação. Não so, do outro, o experiência cada vez mais rica e meus amigos e familiares, num podemos inferno. E apetece- faz com que o desejo de voltar total de 2000 Euros. Este fruto parar. No me gritar seja cada vez maior. do empenho dos alunos, profes- regresso, a "PORQUÊ?". Mas Maputo, uma cidade sores, assistentes operacionais, viagem ninguém me escuta- em constante crescimento, mas amigos e familiares (a quem durou 8 ria. onde os contrastes continuam dirijo um BEM HAJA!) foi horas. Por isso, fica o muito visíveis. entregue ao director da Escola Sempre Uma das oficinas/sala de aula da convite, mas tam- Tete, uma vez mais o Profissional Domingos Sávio que o bém o desejo e a EP Domingos Sávio Inharrime reencontro com uma realidade que, emocionado, referiu ser necessidade de muito diferente da grande capi- um precioso auxílio, numa voltar. De partir, e tal. Os embondeiros continuam região tão carenciada, onde os "machimbombo" parava, entra- de estar com um povo que tem com a sua imponência, a terra alunos não conseguem fazer va alguém a sorrir, carregado de tão pouco, mas tanto para dar. vermelha e seca, onde a vida uma refeição diária e, muitas sacos de fruta, comida, molhos Cada experiência é única. É mais nem sempre é fácil! Na Escola vezes, para obter um pouco de de mandioca, galinhas e tudo o um degrau que subo na escada da Profissional Dom Bosco traba- que aqui não minha vida. Sinto a necessidade lha-se muito, estuda-se com podemos ima- de ir deixando pequenos grãos, afinco e com gosto, pois os ginar. que um dia podem dar frutos. alunos e os seus formadores De regresso a Claro que não posso agir sozinha acreditam que têm que mudar o Maputo, a últi- e conto, uma vez mais, com o rumo das coisas. Estar entre ma semana foi apoio das duas escolas que inicia- eles é como uma lufada de ar passada uma ram este pequeno projecto de fresco para a minha alma. Per- vez mais no Apadrinhamento. ceber como vivem, como sen- Instituto Supe- Termino com a famosa tem cada dia que passa, ainda rior Dom Bos- frase de Martin Luther King: que por vezes com dificuldades, co, a rever a "I have a dream". E quero conti- é cada vez mais enriquecedor parte do Portu- nuar a partir, para estar com para mim. Sempre que podia guês do Regu- aquela gente que me acolhe de estava no meio dos alunos, ria lamento Interno braços abertos e de sorriso largo. com eles, falava com eles ou, A entrega do resultado do Projecto de Apa- desta Institui- Moçambique está no simplesmente, escutava. drinhamento EBS Ferreira de Castro ao ção de Ensino meu coração e o meu coração Inharrime, a primeira Superior, traba- está em Moçambique. experiência. Ao longo de uma director da EP Domingos Sávio Inharrime lho que parti- viagem de autocarro, de cerca lhei com um Maria José Silva de 7 horas, fui apreciando uma arroz, fazem pequenos traba- padre Espanhol que se desloca Setembro de 2010 paisagem onde predomina o lhos na escola ou fora dela. a Moçambique, nas suas férias, verde, onde os coqueiros pare- Doeu ver que uma parte destes há 19 anos! Parte do trabalho Página 7
  • 8. Crónicas III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011 Computador A bola de papel Computador – s.m. (seres humanos), passam a ser Quem diria que um bocado de de as esconderem, acabem com Aparelho electrónico usado para tão inteligentes quanto nós. papel com rabiscos e todo ama- tudo e sejam fiéis; processar, guardar e tornar acessível Para os mais cépticos, que chucado poderia ser um símbolo Terceiro- para os stressados, informação de variados tipos. acham isto uma barbaridade, e do stress? Eu digo stress, mas comprem uma daquelas espon- Bem, eu tenho outra definição para que acreditam na existência de também poderia dizer discussão. jas que se vendem na Natura. esta palavra – ser não vivo, dotado alma e que só ela dita a nossa Gostava de saber porque raios é Assim o Mundo estaria muito de inteligência inferior à do Homem. maneira de ser, aqui vai uma que quando não gostamos do que melhor, sem papel por todo o Desde as suas origens, o computador nova pergunta: o que é a alma? escrevemos ou do que lemos, é lado e pouparíamos a vida de tem-se tornado muito útil para o ser Uns respondem que é um corpo sempre o papel que paga? Será muitas árvores, não acham? No humano: tornou o seu trabalho mais espiritual em que estão que as pessoas não sabem dar-lhe fundo, o que eu quero é que as fácil, rápido e cómodo, é fonte de guardados os nossos o devido valor? Seja como for, eu pessoas deixem de culpar as lazer e de bastante informação. De sentimentos e a nossa tenho umas coisinhas para lhes bolinhas de papel porque elas facto, o computador é uma invenção personalidade e que ascende dizer: não têm culpa das asneiras que fabulosa, que mudou completamente quando nós morremos, podendo Primeiro- para os compositores e fazemos, ou então que as reci- a vida do Homem. reencarnar noutra pessoa, escritores, pensem antes de escre- clem. Falemos do que é importante: o que outros não sabem sequer ver; Dreamer é a inteligência? É claro que a responder. Segundo- para aqueles que rece- resposta a esta pergunta é muito Para os primeiros, eu pergunto- bem cartas das amantes, em vez subjectiva e varia de pessoa para lhes: de que é feito esse corpo? pessoa. Contudo, eu digo que é a capacidade de fazer raciocínios De facto, tudo o que existe em nosso redor é feito de matéria. Uma simples maçã ou o complexos. Tudo mesmo. Desde uma “fruto proibido” Ou seja, se é a capacidade de fazer simples pedra, até ao Universo, raciocínios complexos, o Homem é passando pelo ser humano. Não um ser bastante inteligente. Se não o existe nada que não possua Uma maçã ou o “fruto proibi- bem assim. A maçã propor- fosse, não teríamos toda a tecnologia matéria. A partir disto, do”, pode ter vários significa- ciona, às mulheres, um senti- que temos hoje, não nasceriam conseguimos afirmar que os dos, pode representar a perdição mento de “êxtase”, sendo para grandes génios que revolucionaram sentimentos nada têm que ver ou algo que não é permitido ou, muitas das mulheres uma o mundo, etc. Mas, acima de tudo, com a alma, pois esta não para pessoas mais “passivas”, verdadeira prova de adrenali- se não fôssemos dotados de existe. Não é feita de matéria. apenas uma fonte de obtenção na. Já para os homens, comer inteligência, não teríamos Para os segundos, a única coisa de energia que se come, quando uma maçã, é algo comum sentimentos nem saberíamos que tenho a dizer é que se tem fome. podendo vir a ser perigoso, reflectir acerca do que é melhor para considero que não se pode A maçã vermelha do Paraíso, visto que, quando Adão ten- nós, isto é, é necessário um certo acreditar em algo que não se que Eva comeu, representava o tou comer a maçã do Paraíso grau de inteligência para se sabe do que se trata. Pelo pecado. Eva foi avisada de que não obteve sucesso, pois ficou conseguir ter e transmitir menos, é o que eu acho. não poderia, de maneira algu- com o caroço da maçã entala- sentimentos e emoções e fazer Voltemos, então, aos ma, comer a dita maçã. Mas nós do na garganta, característica escolhas certas. computadores. Se aumentarmos sabemos como as mulheres são que se mantém nos homens Podemos, então, dizer que um cão é o grau de inteligência desses teimosas, pois quando metem até aos dias de hoje. inteligente. Se perguntarmos ao aparelhos, podemos vir a ter algo na cabeça não descansam dono se ele tem sentimentos, o “pessoas” como nós, até o fazer, mesmo que não lhes Sara Lourenço 10ºD primeiro responde-nos, prontamente, emocionais. E é isso que vai, seja permitido. Neste caso, foi a que sim. Os cães têm medo quando certamente, acontecer. À maçã a culpada, pois sendo tão se sentem em perigo, ficam velocidade que o vermelhinha e tendo um aspecto furuiosos quando os perturbam. E desenvolvimento tecnológico se tão apetitoso como poderia Eva atenção, os cães não fazem encontra, é muito provável resistir? Afinal as mulheres são raciocínios tão complexos como os criarmos seres mais inteligentes um ser “fraco”! nossos. Nem sabemos sequer se os que nós, enquanto seres A expressão “fruto proibido” é fazem. humanos. também uma expressão que os O que dizer, então, sobre os É complicado pensarmos que homens, quando são infiéis para computadores? Estes até já nos vamos ser ultrapassados, com as suas mulheres, utilizam ultrapassam no que diz respeito à quando consideramos que para caracterizar as amantes. capacidade e velocidade de cálculo. somos perfeitos e que nada é Mas o que é que uma amante Eu defendo que estes aparelhos igual a nós. O pensamento tem em comum com uma electrónicos podem vir a humano é intocável, é um maçã? Tudo, as amantes (tal desenvolver sentimentos. Confuso, alarme que tem de estar, como todas as mulheres) são, não? É difícil imaginarmos um ser forçosamente, inactivo. assim como as maçãs, suculen- que consideramos não vivo possuir É caso para dizer: “É preciso ter tas, apetitosas, saborosas e com sentimentos. No entanto, é o que inteligência para aceitarmos as “curvas” todas… e proibidas! pode vir a acontecer. A partir do certas evidências”. Para as pessoas mais “passivas” momento em que eles consigam que pensam que a maçã é ape- manter uma conversa connosco Por: Diamantino Espiga nas um fruto, digo que não é (Pseudónimo) Página 8
  • 9. III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011 Crónicas O Relógio Longe vão os tempos pelo de água e de areia, sem turísticos devido à concentração em que as populações esquecer aqueles de madeira, de vendedores, compradores e regulavam as suas ocultos no campanário de algu- coleccionadores destas peque- vidas pela posição mas igrejas. Com a evolução nas relíquias cujos preços são relativa do sol ao lon- dos tempos, foram-se desenvol- compatíveis com a sua raridade. go do dia ou até mes- vendo novas tecnologias que Agora, um pequeno aparte. mo pelos toques meló- fazem com que os cidadãos Colecções ou manias? De certe- dicos dos sinos das estejam muito mais a par dos za que já todos coleccionámos igrejas. É certo que o seus horários. O modelo actual algo em alguma fase da nossa Homem, desde cedo, ajuda-nos a não nos atrasamos vida. Em crianças, pedrinhas do começou a sentir a para os nossos compromissos, a pátio da escola ou cromos de necessidade de contro- acordar cedo para ir à escola ou personagens de banda desenha- lar o tempo. Essa até mesmo a não chegar a casa da. Na adolescência, entradas noção metafísica que depois da meia-noite, durante ou bilhetes de shows de rock. Legenda que descreve a nos fornece a com- uma pequena festa com amigos. Em adultos, porque não reló- imagem ou gráfico. preensão do passado, Enfim, chegamos à adolescên- gios? Eu, pessoalmente, apoio a presente e futuro. O cia e é sempre a mesma coisa. 100% os coleccionadores, uma tempo é igual para As mães não se cansam de nos vez que a graça em coleccionar todos. Ninguém tem controlar, especialmente, quan- não está em acumular itens de mais ou menos do que do se trata de saídas à noite. uma forma solitária, mas sim o outro. Ninguém Será que têm medo que sejamos em interagir com pessoas que pode acumular ou assaltados? Que experimente- compartilham a mesma paixão gastar mais do que mos coisas novas? Que não e interesse pelo assunto. “Nos elevadores, o dispõe. Talvez isso possa andemos com as melhores com- Nos elevadores, o relógio é um relógio é um bom demonstrar a ansiedade que as panhias? Não sei. Mas volte- bom companheiro para tímidos, companheiro para pessoas demonstram ao tentar mos aos relógios. inseguros ou stressados. É geri-lo. Nenhuma unidade que É, sem dúvida, um objecto que comum que, em vez de cumpri- tímidos, inseguros ou lhe pertença é insignificante e a maioria da população estima mentarem ou esboçarem um stressados. É comum até as mais pequenas fracções bastante. Hoje em dia, toda a sorriso de convívio social, con- que, em vez de temporais podem mudar a nossa gente os usa, quer no pulso sultem o relógio a cada segundo vida. Por outro lado, algumas (com um estilo moderno e prá- (um gesto que se repete até ao cumprimentarem ou pessoas costumam ter a sensa- tico), quer no bolso, quer até momento de desembarque). A esboçarem um sorriso ção que o tempo passa muito nas paredes lá de casa (como é vida moderna distancia-nos de convívio social, depressa e que a nossa estadia o caso daqueles relógios mais mesmo uns dos outros! no planeta é muito curta. Isto é, antigos, utilizados pelas pessoas E é isto. As pessoas correm de consultem o relógio a ninguém nega que milésimas de mais idosas). O primeiro que eu um lado para o outro, com os cada segundo (um gesto segundo determinam o vence- mencionei é o mais usual e seus relógios, de uma forma que se repete até ao dor de uma competição mas, talvez seja o objecto com as agitada, vivendo atormentados por vezes, até as horas parecem mais variadas formas de apre- pelos horários que devem cum- momento de voar quando estamos perto de sentação, funcionalidade e esté- prir escrupulosamente. Eu digo: desembarque). A vida quem gostamos. tica. Nas montras, conquistam “Qual é a pressa?”. moderna distancia-nos O relógio surge-nos como a sempre o melhor lugar. São até melhor maneira para medir o realçados com focos de luz que João Ferreira Freitas de Olivei- mesmo uns dos outros!” tempo à escala humana. Diver- lhes dão um ar de jóias. Em ra e Silva sos modelos foram criados alguns países, existem ruas que 10º D desde o relógio de sol, passando se transformam em pontos Nº 11574 Retalhos de uma vida Passe-partout? Muitas pessoas perguntam o que é isto e eu respondo que é aquele objecto no qual colocamos as nossas fotografias. Esta peça de decoração é uma verdadeira relíquia, pois pode contar a vida de uma ou de várias pessoas. O Passe-partout é como um livro, contém histórias no seu interior, mas em imagens, uma visualização do passado e do presente da vida de uma família feliz, de uma grande amizade, de uma grande paixão ou de um grande sentimento por algo de alguém de quem gostamos. Este objecto pode ter vários formatos, tamanhos e cores. As pessoas decoram os comparti- mentos das suas casas com este, com uma fotografia de um grande momento da sua vida, mostrando aos seus convidados pedacinhos da sua história. Esta peça tem uma grande honra, pois pode representar os momentos mais felizes da vida de uma pessoa como o casamento, o nascimento de um filho, o seu baptizado, o final do curso superior, a realização de um sonho ou o jogo de futebol da sua vida. Página 9
  • 10. Crónicas III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011 O objecto indesejado Este objecto desperta, em todos tado porque acontece a todos, assaltam-nos a mente e ator- nós, um sentimento de melan- mais cedo ou mais tarde, quer mentam-nos mais frequente- colia… talvez melancolia não queiramos quer não. mente que o desejado. seja o termo mais adequado, Uma urna pode ser um objecto O que eu acho irónico, na maio- talvez apatia o seja. do quotidiano, mas porque ria das pessoas que conheço, é Quando souber o objecto ao motivo, grande parte de nós, o facto delas se inquietarem que a nossa vida tem um fim (por qual me estou a referir, o leitor, não o admite? Bom, eu tenho tanto com o que lhes aconteceu vezes mais próximo que o espera- certamente, pensará que tenho uma ideia… Porque uma urna é antes de nascerem e tão pouco do) e que o que importa, ao fim e gostos comummente denomina- incomodativa, uma vez que está com o que lhes acontecerá ao cabo, não é se fomos pessoa dos por «estranhos», ou melhor, associada à morte e, sempre que depois de morrerem. Quero engraçada, se o nosso rendimento «relacionados com o mundo nos lembramos de morte, tenta- dizer, anda por aí tão boa gente escolar era bom (ou mesmo o obscuro». Pois bem, está total- mos apagar esse pensamento, apoquentada com a formação financeiro), ou se a nossa atitude mente enganado! com todas as nossas forças, o da Terra, mas que não se preo- perante a vida foi aceitável. O que Com esta minha crónica mais rápido possível. Tentamos cupa como é que a Terra irá importa é em que medida a nossa (poderá este simples texto até fingir que nunca pensamos acabar para eles. E também vida correspondeu ao Propósito, e baseado nas minhas simples nisso, ou claro, damos explica- existem aqueles que afirmam em que medida influenciará o que opiniões designar-se crónica?) ções que nos satisfazem, dize- que temos de assegurar o nosso irá acontecer depois do que conhe- quero apenas expressar o que mos a nós próprios o que quere- futuro mas que não se preocu- cemos. penso sobre este objecto, que mos ouvir. E essa atitude que pam com o futuro que terão. Há Em relação à referida, e quase por mais que o Homem deseje adoptamos em relação à inevi- que deixar referência àqueles esquecida, urna eu acho que não ignorar faz parte do nosso quo- tável morte deve-se ao medo que não se ralam com nenhuma tem de ser evitada, nem tão-pouco tidiano: a urna. Um objecto tão (ou insegurança) instalado o das três situações (às vezes, ignorada, com a devida reflexão e comum, tão evitado, tão triste: mais íntimo de nós. pergunto-me como será viver consciência poderá até ser aceite, e triste porque é a última imagem Questões como: “Que acontece- assim… tão livre de desassosse- quem sabe compreendida e vista que temos do osso ente querido; rá depois de eu morrer? Haverá gos!). com uma dor mais apaziguada. evitado porque a última despe- vida depois da morte? Haverá o Eu considero que devemos estar dida é sempre angustiante; evi- Paraíso, haverá o Inferno?” minimamente conscientes de Fascínio Móvel Era apenas o primeiro dia de As portas abriram-se e foi aí aula…) nos queríamos separar muitos. Estávamos todos à porta que eu os vislumbrei. Eram deles! Estavam ali para o bem e da sala e havia uma grande mis- altos, esguios, modernos, sim- para o menos bem, nas boas tura de estados de espírito: viam plesmente perfeitos! Havia notas e nas não tão boas. -se rostos entediados, rostos que vários, em diferentes locais da Eu sei que pode parecer exage- deixavam antever curiosidade e sala, todos dispostos a receber ro, mas se tivessem a oportuni- sionamos uma alavanca que se ainda sorrisos nos quais se um de nós. Corri para o primei- dade de se sentarem neles tam- encontra estrategicamente posi- observava estampada a palavra ro. Era meu! As minhas amigas bém sentiriam o mesmo. Ainda cionada sob o assento. Ou seja, “entusiasmo”. seguiram-me e apoderaram-se não nos instalámos e já estamos pode-se optar pela versão carros- A juntar a esta salada de frutas, cada uma do seu. a ser assaltados por uma súbita sel ou elevador. aquele nervoso miudinho que A partir desse momento e e incontrolável vontade de Estas comodidades só demons- caracteriza o primeiro dia numa durante aquelas duas horas e rodopiarmos neles. tram o quão úteis e agradáveis nova turma e numa nova escola. um quarto eram nossos. Nem E para quem sofrer de enjoos e os bancos de laboratório podem Finalmente, o professor chegou. sequer precisávamos de partilhá dispensar andar às voltinhas, os ser, especialmente naquelas Tínhamos aula de Geologia num -los! Eram os nossos bancos de bancos de laboratório oferecem aulas em que a generalidade dos dos impecáveis laboratórios da laboratório e nunca mais (ou outro formato de diversão: alunos começa a sentir os olhos recém - restaurada escola. pelo menos até ao final da sobem e descem, quando pres- cansados, as pálpebras pesadas e Página 10 (Cont. pág. 11)
  • 11. III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011 Crónicas O significado das canetas Uma caneta. Algo que à primei- mãos, quando o utilizador se Porto, Sport Lisboa e Benfica, ra vista parece insignificante. descuidava. Com o tempo foi- …); canetas de bico fino ou Mas não é bem assim. Posso se alterando o aspecto, a cor da bico grosso; canetas de gel; mesmo afirmar que, hoje em tinta, o formato das canetas… entre muitas outras. dia, são indispensáveis ao dia-a Hoje em dia existem canetas de As canetas que são usadas -dia de qualquer pessoa mesmo todos os feitios; canetas de uma podem significar diferentes com a evolução das novas tec- só cor; canetas com tinta bri- estados de espírito, diferentes nologias. A princípio existiam lhante; canetas permanentes; tipos de escrita. Olho a meu as canetas de aparo, que tinham canetas com as personagens redor e vejo canetas a serem um bico triangular e tinha que preferidas e os heróis das crian- usadas, canetas sobre as mesas, se colocar a extremidade trian- ças; canetas enormes com mais canetas em “stand by”. gular num pequeno boião cheio de vinte e oito centímetros que Uma rapariga jovem escreve de de tinta. Tinta essa que era cara têm, normalmente, como tema uma forma lenta e cuidadosa e muito difícil de se tirar das os clubes (Futebol Clube do com várias canetas de gel, de (Cont. pág. 13) Dinheiro: matéria-prima da actualidade "Money makes the world go conseguimos sem dinheiro? Mui- são os ignorantes, pois são os round", como costuma dizer o tas vezes, nem o indispensável que menos se importam com o inglês. Em português: "o para garantir condições de vida que não têm, tanto mais porque Pegando dinheiro é que faz o mundo mínimas! Por exemplo, como desconhecem a sua existência. parcialmente nas girar". E é verdade! Na nossa pode um mendigo ser feliz se Entendo, portanto, que não é a palavras de Fernando sociedade contemporânea, qua- nem a sua sobrevivência pode falta de dinheiro a raíz de todos Pessoa, o respeito ou se tudo requer, directa ou indi- garantir? Como pode ser feliz os males, mas sim os ideais da rectamente, a participação de passando, muitas vezes, fome? nossa sociedade. Será que não a amizade são tão capitais financeiros: desde com- Isto é possível, porém para tal há nada mais importante que belas como um prar uma casa a garantir uma suceder é preciso ter-se uma per- uma casa de férias ou um carro Ferrari, há é poucas boa saúde. A questão é se con- sonalidade muito rara. novo? Pegando parcialmente pessoas para o seguimos garantir a nossa feli- Só quem se distancia das triviali- nas palavras de Fernando Pes- cidade sem usufruir do "quase dades deste mundo é que pode soa, o respeito ou a amizade são perceber! tudo" que o dinheiro nos dá. encontrar plena felicidade no tão belas como um Ferrari, há é Há quem admita peremptoria- pouco que tem e não se desmora- poucas pessoas para o perceber! mente que tal coisa é impossí- lizar por não ter ou não conseguir vel. De facto, o que é que nós ter nada mais. De facto, felizes Rafael Garcia 12º C Fascínio Móvel (Cont. da pág. 10) o João Pestana a bater à porta por mais uma voltinha é geral e comum que até as almas mais (coisa rara, verdade seja dita), há sempre aquele engraçadinho enfadadas dêem por si a desejar pois um pouco de movimento que está sentado ao nosso lado prolongar o tempo de aula, só faz maravilhas e todos, ou qua- e tem uma tendência duvidosa para continuarem ali alapadas. se todos, se recompõem ao fim para, assim que nos apanha E acreditem em mim quando de uns quantos “giros”. mais atentos à lição e menos ao digo que tenho a minha quota- Eu cá admito que usufruo das banco, puxar o mecanismo da parte de “instinto de lapa”. vantagens desta excelente peça alavanca do vizinho e sobres- Vá, gozem lá com o meu fascí- de mobiliário, sendo frequente saltar-nos. nio por bancos de laboratório aperceber-me a meio da aula de É certo e sabido que apesar das mas cada um tem a sua propen- que estou a dificultar a visão inigualáveis características dos são mais ou menos esquisita e para o quadro a meia dúzia de bancos supracitados, os ditos quiçá se a vossa não é algo de inocentes, à custa de não parar cujos causam, naqueles que não natureza verdadeiramente estra- quieta com o banco. resistem a sentar-se, uma terrí- nha (ao contrário da minha, Mas pronto, mais desculpa vel inércia de se levantarem ou, diga-se de passagem…) como menos rodopio e eu lá paro com como é vulgar dizer-se, uma manias com bancas de cozinha a agitação. No entanto, o apetite preguiça bem aguda, sendo ou cadeiras de sala de espera… Página 11
  • 12. Tradições III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011 Costumbres Navideñas Gallo“ a las 12 de la noche. compás de las campanadas El día de Navidad se celebra del reloj, que indican el final con una comida similar a la del año. A continuación se cena de Nochebuena, que suele felicitan el Año Nuevo y tener lugar en casa de otro brindan con champán. LA LOTERÍA DE NAVIDAD (22 familiar, seguida de una larga El lugar típico por excelencia de diciembre) s o b r e m e s a . E n a l gu n a s en Madrid, para tomar las c o m u n i d a d e s , c o mo e n uvas, es la Puerta del Sol. La Las fiestas de Navidad comienzan el Cataluña, esta comida es más NOCHEBUENA Y NAVIDAD televisión retransmite las doce 22 de diciembre con el sorteo de la importante que la cena de (24 y 25 de diciembre) campanadas del reloj de la lotería de Navidad. Navidad. Puerta del Sol y los españoles Casi todos los españoles compran El día 24 de diciembre, las Se está incorporando la suelen tomar las doce uvas décimos para ese sorteo, aunque no familias españolas se reúnen costumbre de que los niños siguiendo esta retransmisión. sean aficionados a jugar y no lo para celebrar la cena más reciban algunos regalos el día hagan normalmente a lo largo del importante del año. Por lo de Navidad, porque algunos Las personas que salen a año. Un décimo corresponde a una general, se juntan no sólo los padres piensan que los niños cenar fuera de casa esta noche de las diez partes que tiene cada uno padres y los hijos que viven disfrutan más tiempo de los celebran la llegada del año de los números de la lotería. El juntos habitualmente, sino juguetes si los reciben este día nuevo bailando durante toda sorteo de la lotería de Navidad también los abuelos, tíos, que si los reciben el día 6 de la noche. Algunos, antes de concede un primer premio de primos y el resto de los enero. retirarse a casa, ya por la muchos millones de euros. A este parientes. mañana, toman chocolate con premio se le llama ”el gordo“. La cena tiene lugar churros. La comida de Año Es una costumbre muy frecuente normalmente en casa de los Nuevo es una comida comprar un número entre todos los abuelos, aunque a veces se familiar. compañeros de trabajo y repartirse celebra en casa de alguno de los entre ellos los décimos. También los hijos. Suele ser una cena distintos miembros de las familias se exquisita y abundante, en la que reparten participaciones del mismo no faltan los mariscos, el NOCHEVIEJA Y AÑO décimo. NUEVO cordero, el jamón, el besugo, el El sorteo se celebra durante la pavo, el vino y el champán. La noche del 31 de diciembre, mañana del día 22. De un bombo Aunque los platos típicos varían LOS REYES MAGOS Nochevieja, no tiene el carácter salen los números y de otro los mucho de unas regiones a otras, familiar de la Nochebuena. En El día 6 de enero se celebra la premios. Dos niños del colegio de todas ellas tienen en común los algunos casos comienza con festividad de los Reyes San Ildefonso se encargan de cantar dulces característicos de una cena en familia pero, a Magos. Según la tradición, números y premios. El sorteo se Navidad: el turrón, los continuación, los miembros más Melchor, Gaspar y Baltasar le retransmite por radio y televisión y, mazapanes, los polvorones, las jóvenes celebran la despedida llevaron al niño Jesús oro, al día siguiente, aparecen los peladillas, las frutas del año viejo y la llegada del incienso y mirra. resultados en los periódicos. escarchadas, los frutos secos año nuevo en alguna fiesta con Normalmente, el día 22 de (nueces, avellanas, El día 5 de enero por la tarde amigos. diciembre es el último día de clase almendras...), las pasas, los se celebra, en todas las en los colegios e institutos higos secos… Otras personas prefieren ciudades y en los pueblos españoles. Empiezan las vacaciones Durante esa noche se escuchan despedir el año en uno de los grandes, la cabalgata de los de Navidad. Los estudiantes se y se cantan villancicos, y se muchos restaurantes que Reyes Magos. Los niños salen incorporan a las clases un día o dos aprovecha la ocasión para ofrecen cena y cotillón. Todos a la calle para verla y recoger después de Reyes. ponerse al día en las noticias los españoles coinciden en una los caramelos que los pajes Normalmente este primer día de familiares, sobre todo si los costumbre a la hora de terminar les van vacaciones se aprovecha para miembros de la familia no el año viejo: toman las doce tirando. La adornar la casa. Se suele poner el viven en la misma ciudad uvas de la suerte. Las uvas cabalgata nacimiento o belén, y el árbol de durante el año. Algunas están preparadas de antemano y consiste en Navidad. familias asisten a la ”Misa del se toman de una en una al un desfile Página 12 (Cont. pág. 13)
  • 13. III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011 Tradições en el que participan los tres Reyes Magos y su séquito. Los Reyes van Costumbres Navideñas (Cont. da pág. 12) montados en caballos o en camellos y llevan cajas con espalda. piel muy tirante que tiene en sigue montando el belén. grandes lazos que figuran los Los medios de comunicación, el centro, bien sujeto, un Normalmente los belenes tienen regalos que van a dejarles a los prensa, radio y televisión, se palo), las castañuelas (piezas las figuras de María, José, el niños. suman a esta celebración dando de madera cóncava en forma Niño, la mula y el buey. Pero noticias falsas, que casi siempre de castaña que suenan al hay también belenes que son Esa noche, los niños dejan los carecen de importancia. chocar unas con otras), etc... verdaderos pueblos en miniatura zapatos cerca de la puerta de la Es frecuente que en el colegio y tienen ríos, montañas, calle o de una ventana y preparan se aprendan villancicos y que cascadas, estanques, pastores, un plato con alimentos para los las familias los transmitan o v e j a s , Reyes y sus pajes; se acuestan también a sus hijos. En los lavanderas... En temprano y esperan que los Reyes pueblos españoles es m u c h a s les traigan lo que han pedido en la costumbre que un grupo de ciudades se carta que han escrito. amigos vaya por las casas organizan Si han sido buenos, recibirán los LOS VILLANCICOS cantando villancicos y, a concursos de juguetes que han pedido; si no lo cambio, reciben el aguinaldo. belenes. han sido, recibirán carbón dulce. El aguinaldo consiste en El día 6, los niños se levantan muy Los villancicos son canciones pequeños regalos o dinero. No temprano para ver los regalos; populares de Navidad, que sólo reciben el aguinaldo los EXPRESIONES NAVIDEÑAS juegan con los juguetes recibidos y cuentan hechos relativos a niños que cantan villancicos, visitan a sus familiares para Belén o a la familia de Jesús. también lo reciben las  Feliz Navidad! recoger los regalos que los Reyes La mayoría de los villancicos personas que ejercen ciertos han dejado en sus casas. Las surgieron del pueblo, por eso el oficios: los barrenderos, los  Felices Pascuas y personas mayores también reciben acompañamiento musical es carteros y los porteros cuando próspero Año Nuevo! regalos. bastante sencillo. Algunos felicitan las Pascuas a la  Que paséis unas felices instrumentos musicales que gente. fiestas! acompañan a este tipo de  Feliz Nochebuena! canciones son: la pandereta  Que paséis una buena LAS (especie de tambor que lleva noche! INOCENTADAS sonajas en el aro), el almirez - Vosotros también. (recipiente de material duro que  Que os traigan muchas se usa en las cocinas para cosas los Reyes! El día 28 de diciembre, festividad machacar los - A ti también. de los Santos Inocentes, es el día ajos y el de las ”inocentadas“. Consisten en gastar bromas a otras personas perejil), botellas las de ♪ ♫ haciéndoles creer algo que no es c i e r t o u anís producen que ♪ LOS BELENES obligándolas a sonidos al ser hacer algo rascadas con un palo, la ridículo, como zambomba (instrumento Aunque cada año se extiende pasearse con un musical compuesto de una caja más la costumbre anglosajona muñeco de papel redonda abierta por un extremo de adornar el árbol de pegado en la y cerrada por el otro con una Navidad, en muchas casas se O significado das canetas (Cont. pág. 11) várias cores. Talvez esteja a arruma tudo e volta a sair para escrever sozinha. Outros, escrever uma carta para o seu ir aproveitar o que lhe resta do rodam a caneta entre as mãos, mais recente amor. Um adoles- intervalo. Uma mulher jovem talvez por usarem demasiadas cente entra, senta-se, pega rapi- usa uma caneta de tinta perma- vezes a caneta, ela já esteja a damente numa caneta de bico nente e escreve lentamente. ficar sem tinta ou talvez não; grosso e começa a escrever de Talvez esteja a definir o seu talvez a usem pouco e a tinta já forma rápida (muito rápida!) e futuro e quer que ele permaneça esteja seca. descuidada. E, em menos de tal como o está a escrever. Talvez as canetas perdurem nos cinco minutos, acaba o que tinha Também se encontram outros tempos. Talvez as canetas não a fazer (talvez um trabalho de que apenas olham para o papel sejam esquecidas. Ou talvez casa que se tenha esquecido), e esperam que a caneta, pousa- não. da na mesa, se erga e comece a Ana Aguiar, 10ºD Página 13
  • 14. Tradições III Milénio | Nº 11 | Janeiro 2011 Three Little Ghosts with the help of his friend Igor, who had little to say. Three little ghosts on Halloween night Finally, when all was assembled like a bike, Saw a witch and freaked in fright a bolt of lightning gave dear Frank his new life. The witch just laughed and shouted, "Boo!" He sat up from the table where he laid for months, One ghost ran home and then there were two. scratched his square head, and said "I'm ready for Two little ghosts who shiver and shook lunch!" With every single step they took. He crashed through the door, and went into town, When the door opened wide where he arrived at the diner and tried to sit down. A goblin said to the other... But everyone screamed, and left their plates hot. “I'm going home and stay with my mother”. Even the cooks ran away without their prized pots. One little ghost can't have much fun, so he ran home, and So Frank could have nothing to quell his belly's rum- then … there were none. ble, not a burger, or fries, or even Apple Pie Crumble. the teachers He was almost in tears, and very, very sad, and walked into the streets where everyone went mad, CREATE A GHOST STORY: and screamed in horror at Frank's sight. I saw a house in the middle of a swamp, No one had seen such a thing in their life. Nature, birds and squirrels in jumps Frank tried to explain, "I'm just hungry, that's all. Kids playing in huge house trees I mean you no harm, even though I am tall." Lovely bears eating honey of bees. A little girl saw him where she sat on the corner, But, suddenly, one scary wolfman appears and thought, he's not so scary, in fact he might be an And children started to fall in tears orphan. All the animals ran away So she walked up to Frank and tugged at his sleeve, And the wolfman said: “I have something to say. and said, "My name is Cynthia, Cindy if you please." I’m shrek, so don’t be afraid.” The shock turns to surprise He said, "I'm just a little hungry, and don't know And a smile, on their faces, rises… where I am." The ogre is not a freak "That's O.K.," Cindy answered, and pulled out some So he screamed: “Trick or treat!” ham-- 11th form B+C ham for a sandwich she was waiting to make, and she pulled out two slices of bread freshly baked. Authors: Nelson Gonçalves, Telmo Marques They sat on the corner to a half sandwich each, 29th October 2010 both happy, and smiling as a sunny day peach. THE MONSTER WHO WAS MIS- UNDERSTOOD… This is a tale of poor old Frank -- Frank the monster, not Tom, Rich, or Hank. He was created by a scientist in a great house. A house on a mountain, much too big for a mouse. There in the basement, the doctor toiled night and day, Página 14