SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 7
Curso de Engenharia Civil
Disciplina de Introdução à Construção - Professor Cláudio Cançado
ARGAMASSAS
CONCEITO
As argamassas são materiais de construção que tem na sua constituição aglomerantes, agregados minerais
e água. Quando recém misturadas, possuem boa plasticidade; enquanto que, quando endurecidas,
possuem rigidez, resistência e aderência.
Ex: cimento + areia + água; cal + areia + água; cimento + cal + areia + água
Aglomerantes são materiais que promovem a união dos grãos do material inerte (agregados). Funcionam
como elementos ativos nas argamassas, sofrendo transformação química. Ex.: cimento (utilizado em
argamassa de revestimento e assentamento), cal (utilizada em revestimento), e gesso (utilizado em
revestimento, decoração e modelagem).
Agregados são materiais pétreos fragmentados que atuam nas argamassas e concretos como elemento
inerte (que não sofre transformação química). Ex.: areia. O material inerte é incorporado para diminuir a
contração e tornar o material mais econômico.
Conforme a necessidade, pode-se adicionar outros componentes para melhorar ou dar outra propriedade ao
material. Um erro freqüente, contudo, é a superdosagem de aglomerantes na argamassa, o que resulta em
custos adicionais. Isso pode ser atribuído à pouca informação e prática tecnológica na orientação e
formação de profissionais. A conseqüência disso é o uso incorreto do material, que por vezes apresenta
características inadequadas para o fim ao qual se destina.
Aditivos para argamassas:
• Plastificantes - aumentam a resistência com menos água no preparo;
• Fluidificantes - mesmo efeito do plastificante, porém mais efetivo;
• Incorporadores de ar - incorporam bolhas de ar, aumentando a impermeabilidade;
• Impermeablizantes - repelem a água;
• Retardadores - retardam a pega;
• Aceleradores - aceleram a pega.
FUNÇÕES
• Unir com solidez elementos de alvenaria e ajudar a resistir aos esforços laterais.
• Distribuir com uniformidade as cargas que atuam na parede por toda a área resistente aos
elementos de alvenaria.
• Absorver as deformações que a alvenaria sofre naturalmente.
• Selar as juntas contra a penetração de água da chuva.
• Dar acabamento como reboco nos tetos, pisos, nos reparos de obras de concreto, etc.
Propriedades mecânicas
A argamassa resiste aos esforços horizontais que ocorrem em uma parede, como flexão e cisalhamento
causado pelo vento, perpendiculares ou paralelos ao plano das paredes. Entretanto, não resiste muito bem
à compressão, papel que cabe aos blocos de alvenaria.
Uma boa argamassa deve ter boa resistência mecânica, impermeabilidade, aderência, durabilidade e
volume constante. Na escolha da argamassa, essas qualidades são valorizadas de acordo com as
exigências da obra.
ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO
Propriedades
• Trabalhabilidade: uma argamassa tem boa trabalhabilidade quando distribui-se com facilidade ao
ser assentada, preenchendo todos os vazios. Não separa-se ao ser transportada, agarra a colher do
pedreiro, não endurece quando toca blocos de sucção alta, e permanece plástica por um bom
tempo.
• Retentividade de água: está relacionada com a manutenção da consistência da argamassa. É a
propriedade da argamassa de não perder a água que possui para o elemento onde foi assentada.
• Aderência: não é uma característica própria da argamassa. Depende das condições da mesma, e
da unidade da alvenaria. A aderência é um processo mecânico; a argamassa se ancora na
alvenaria pela penetração nas suas reentrâncias.
• Resistividade mecânica: o principal esforço que a argamassa de assentamento sofre é o de
compressão. Também sofre flexão e cisalhamento por esforços laterais nas paredes, porém em
menor quantidade.
Em relação aos seus aglomerantes, as argamassas de assentamento podem ser:
• Argamassa de cal: é uma mistura de areia e cal que preenche os vazios entre os blocos ou tijolos,
cimentando-os . A cal pode ser de dois tipos: a cal virgem e a cal hidratada. A primeira, para ser
usada, deve passar por um processo de hidratação; enquanto que a segunda pode ser comprada
pronta. A cal pode se apresentar em 3 estados para a mistura com o agregado na formação da
argamassa: pasta, leite de cal ou pó. A cal dá à argamassa uma boa trabalhabilidade e capacidade
de reter água, entretanto, quando está endurecida, apresenta baixa resistência.
• Argamassa de cimento: as argamassas de cimento e areia são indicadas para suportar maiores
cargas, pois possuem alta resistência. Argamassas ricas em cimento têm boa trabalhabilidade,
porém são pouco econômicas. Para ter-se o máximo de qualidade deve-se observar os cuidados
com a estocagem e o prazo de utilização.
• Argamassa mista de cimento e cal: tem proporções adequadas de cada componente, cada qual
contribuindo com suas características, formando uma mistura mais completa . A função da cal é
plastificante, por sua capacidade de reter água e ter trabalhabilidade . A função do cimento é dar
resistência e aumentar a velocidade de endurecimento. Esse tipo de argamassa se adapta e é
indicada para vários usos em alvenaria (seja ela estrutural ou não).
• Argamassa mista de cimento e saibro (muito utilizado em Santa Catarina): é uma argamassa de
cimento em que o saibro atua como plastificante, aumentando o volume da mistura e melhorando
sua trabalhabilidade. Não se sabe muito sobre o emprego do saibro nas argamassas, mas seu uso
vem de uma tradição herdada dos antigos mestres de obra. Vale também por sua economia.
ARGAMASSA DE REVESTIMENTO
Revestimento é o recobrimento de uma superfície lisa ou áspera com uma ou mais camadas superpostas
de argamassa em espessura, via de regra, uniforme, apta a receber, sem danos, uma decoração final.
Aderência é a propriedade do revestimento de resistir a tensões normais ou tangenciais nas superfícies de
interface com o substrato.
Nas edificações, uma das maiores razões de falha das argamassas de revestimento está relacionada com a
perda ou falta de aderência ao substrato. Assim, a capacidade da argamassa de atingir uma completa,
resistente e durável aderência com a base talvez seja a mais importante propriedade concernente ao
comportamento de um revestimento.
Funções
Ao longo do tempo, independente do tipo do material ou do uso à que se destina, devem-se exigir sempre
as mesmas funções básicas dos revestimentos argamassados:
• unir;
• vedar;
• regularizar;
• proteger.
As camadas de constituição dos revestimentos são denominadas de emboço e reboco, podendo-se, caso
necessário, aplicar previamente um suporte de revestimento (tela metálica, por exemplo) ou uma camada
de chapisco. A função unir é básica nas argamassas de assentamento, entretanto pode ser estendida às
argamassas de revestimento quando utilizamos o chapisco, responsável pela boa união entre os substratos
de concreto e as camadas posteriores do revestimento.
Usos Funções
chapisco unir camadas de revestimento ao substrato
emboço vedar a alvenaria, regularizar a superfície, e proteger a base
reboco vedar o emboço e dar um acabamento estético
Usos
Entre outros usos importantes dos revestimentos argamassados, podemos citar:
• estanqueidade à água;
• conforto térmico;
• isolamento acústico;
• resistência ao fogo;
• regularização da base;
• aparência e decoração;
• proteção da base.
Os revestimentos externos servem principalmente para aumentar a durabilidade da obra, reduzir a
penetração da água da chuva e em certos casos, melhorar a aparência das bases de alvenaria.
Propriedades da argamassa de revestimento
Quando fresca
• Adesão inicial: é a propriedade que a argamassa fresca de revestimento possui de permanecer
adequadamente unida à base de aplicação, após o seu lançamento manual ou mecânico, auxiliada
pela sua plasticidade - traduzida pela coesão entre as partículas sólidas - e dificultada pela
influência da força da gravidade. Adesão inicial é uma das principais propriedades tecnológicas para
a determinação de trabalhabilidade requerida às argamassas.
• Consistência e plasticidade: são os principais fatores condicionantes da trabalhabilidade das
argamassas, a qual pode garantir que o revestimento fique adequadamente aderido ao substrato e
dar o acabamento superficial conforme prescrito, caso essa propriedade não seja muito alterada
pelas características do substrato. A consistência e a plasticidade podem alterar-se completamente
em função da relação água/aglomerante, da relação aglomerante/areia, e da natureza e qualidade
do aglomerante. São vários os métodos empregados para a medida da consistência. Os métodos
que impõem à argamassa uma deformação através de vibração ou choque medem ao mesmo
tempo a consistência e a plasticidade.
• Retenção de água de consistência: define-se retenção de água de uma argamassa como a
propriedade que a mesma possui de reter mais ou menos água de amassamento ao entrar em
contato com uma superfície de maior nível de absorção. Nas argamassas mistas de cimento e cal,
os aglomerantes são os principais responsáveis pela capacidade de retenção de água. No entanto
as partículas de agregado também são responsáveis por essa propriedade.
Quando endurecida
• Resistência mecânica (capacidade de absorver deformações): É a propriedade das argamassas
endurecidas de acompanhar a deformação gerada por esforços internos ou externos de diversas
origens e de retornar à dimensão original quando cessam esse esforços sem se romperem, ou
através do surgimento de fissuras microscópicas que não comprometam o desempenho do
revestimento no que diz respeito à aderência, estanqueidade e durabilidade. A resistência mecânica
é uma das principais propriedades responsáveis pelo êxito das argamassas nas diversas funções
do revestimento, para tanto devem apresentar módulo de deformação compatível com cada função.
As solicitações às quais encontram-se submetidas as argamassas de revestimento são:
a. Movimentação volumétrica da base - a variação dimensional por umedecimento e secagem é a
mais comum, que ocorre por ação dos agentes externos, como temperatura e umidade;
b. Deformação da base - devido a deformação lenta do concreto da estrutura e recalques das funções;
c. Movimentação do revestimento - ligadas às condições climáticas, as variações de temperatura
provocam o fenômeno de dilatação e contração do revestimento;
d. Retração do revestimento - tensões internas são provocadas pelo movimento de retração em
conseqüência de uma diminuição de volume devido à perda de água para a base, por evaporação,
e ainda devido às reações de hidratação do cimento. Quando as tensões internas atuantes no
revestimento superam a sua resistência à tração, surge a fissura. A retração pode ocorrer após a
secagem do revestimento, por variações no ambiente.
Caracteristícas de algumas argamassas
As argamassas de cal aéreas possuem mais coesão do que as de cimento, por esse motivo precisam de
menor quantidade de aglomerantes para se obter uma massa com trabalhabilidade adequada para
rejuntamentos e revestimentos.
Já argamassas magras de cimento, com acréscimo de cal, ficam mais trabalháveis.
As argamassas de cal retêm a água de amassamento por mais tempo. Quando estão secos, as pedras, os
tijolos e os blocos de alvenaria absorvem com maior rapidez a água das argamassas de cimento do que das
argamassas de cal.
Quando a argamassa de cal seca e endurece, geralmente ocorre uma diminuição de volume do material.
Essa diminuição do volume será maior proporcionalmente à quantidade de cal e água usadas na mistura.
Pode ocorrer o aparecimento de fissuras nesse tipo de argamassa quando o processo de secagem torna-se
demasiadamente rápido devido à ação do sol e do vento ou quando a sua retração ( quando endurecido) for
impedida.
Também pode haver danificação dos revestimentos externos de argamassa cal em locais atingidos pela
água.
Uma argamassa com qualidade deve ter todos os grãos do material inerte (o agregado miúdo) envolvidos e
aderidos pelo material ativo (a pasta) e os espaços entre os grãos do agregado miúdo devem ser
preenchidos pela pasta. Para uma boa aderência entre o agregado e o aglomerante, é necessário que o
primeiro esteja limpo e molhado pela água.
No caso das argamassas mistas o cimento é o aglomerado que tem maior resistência.
O desempenho das argamassas de revestimento
O desempenho de um produto é definido pelo grau de satisfação das necessidades do usuário. No caso dos
revestimentos, a principal exigência de desempenho é a durabilidade, deve ser entendida como a aptidão
de um produto em atender às necessidades de seus usuários, ao longo do tempo, no ambiente específico
em que é empregado. Para a utilização de revestimentos com bom desempenho é preciso compreender as
funções e propriedades das argamassas que os constituem e dos substratos que lhes servem de base. A
avaliação de desempenho deve abranger a fase de construção e de uso do edifício.
Fatores que afetam o desempenho na fase de construção
O desempenho durante a fase de construção está ligado à facilidade de aplicação das argamassas, a qual
está relacionada com os seguintes fatores:
• Grau de umedecimento da base
• Adesão inicial
• Espessura final do revestimento
• Facilidade de produção
• Facilidade de acabamento
• Método de aplicação
• Tempo disponível entre a mistura e a aplicação
• Tempo disponível entre a aplicação e o desempenamento
• Risco de fissuração
• Desperdícios
• Adequação à estrutura produtiva da obra
Fatores que afetam o desempenho da fase de uso
Como exposto acima, a durabilidade é o principal requisito de desempenho exigido das argamassas de
revestimento, que depende dos seguintes fatores:
• Exposição a intempéries
• Efeitos da poluição atmosférica
• Especificações de acabamentos
• Detalhes arquitetônicos
• Características da base
• Propriedades da argamassa fresca e endurecida
• Características e proporção dos materiais constituintes
• Danos causados por abrasão ou impacto
• Manutenção periódica
Em cada um desses itens há um grande número de variáveis que não devem ser estudas em um único
programa de testes. As manifestações patológicas dos edifícios tem mostrado que a aderência, em
particular, tem efeito marcante na durabilidade dos revestimentos argamassados. E Os fatores que afetam a
aderência podem ser divididos em três grupos:
• Fatores ligados ao projeto
• Fatores inerentes aos materiais
• Fatores que dependem da mão-de-obra
Fatores que influem na resistência dos revestimentos e na sua evolução:
• Quantidade de cimento - a resistência mecânica das argamassas (tração, compressão, abrasão e
aderência) são melhoradas com o aumento do consumo de cimento.
• Teor de cal - a resistência mecânica aumenta com pequenos volumes de cal na argamassa e
decresce significativamente com teores mais elevados. Um teor equilibrado de Cal (0,25 a 1,0),
confere ao revestimento um ganho de aderência, pois esse aglomerante aumenta a capacidade dos
revestimentos de resistir a deformações. Há contudo que se ter cuidado com a cura pois a cal tem
um endurecimento lento em presença o gás carbônico contido no ar. Somente após 30 dias ocorre
a recarbonatação superficial completa do hidróxido de cálcio.
• Incorporação de ar - esta propriedade diminui a massa volumétrica aparente da argamassa, tendo
por conseqüência menor resistência mecânica.
• Relação água/cimento - é um fator determinante de resistência mecânica. No entanto deve ser
interpretado com reserva quando se trata de revestimentos. Nas argamassas ricas em aglomerante,
maiores valores de aderência poderão ser conseguidos com um aumento de plasticidade (maior
teor de água). Em revestimentos com argamassa pobre em aglomerante, só um ponto ótimo no
fator água/cimento poderá incrementar a resistência mecânica sem prejuízo da trabalhabilidade,
resultando na otimização da aderência.
Exemplos de argamassas de revestimento para fins decorativos
Atualmente dispõe-se de uma infinidade de opções de argamassas texturizadas. Muitas são encontradas
prontas para a aplicação, algumas necessitam de preparo.
A aplicação das argamassas decorativas geralmente é feita sobre a parede já rebocada, geralmente
seguem uma composição básica:
• Resina Acrílica: Assemelha-se às massas corridas, seu uso é indispensável. É diluída em água.
• Hidrorrepelente: Tem função de repelir a água, funcionando como uma espécie de
impermeabilizante.
• Biocida: Usados em misturas onde não há cal. Evitam o surgimento de fungos e bactérias que
causam mofo.
• Minerais: São os agregados da argamassa, as texturas são formadas conforme as dimensões dos
grânulos.
• Pigmento: É o que confere cor à argamassa, conforme a resina acrílica utilizada, dispõe-se de um
certo número de cores oferecidas pelo fabricante.
Algumas argamassas texturizadas podem receber pintura posterior à aplicação, qualidade esta que
varia conforme a composição. A maioria dessas argamassas pode ser aplicada tanto em interiores
como em exteriores.
Os efeitos texturizados são dados durante a aplicação da massa, com o auxílio de ferramentas
como: rolos texturizados, rolos comuns, luvas, espátulas, rodos, desempenadeiras, etc...
Proporções
Proporções adequadas às argamassas e seus usos
Tipo/uso cimento cal Areia
Alvenarias
Tijolo Comum/Alicerce
1 2 8
Laminado(1 tijolo de espessura) 1 1 6
Tijolo Furado 1 2 8
Bloco de Concreto de Enchimento-19cm 1 0,5 8
6,5cm 1 0,5 6
Blocos de Vidro 1 0,5 5
Pedras Irregulares 1 - 4
Chapisco
Sobre Concreto
1 - 3
Para Impermeabilização 1 - 2
Sobre Alvenaria 1 - 4
Emboço(Massa Grossa)
Uso Externo
1 2 9
Uso Interno - 1 4
Assentamento de Cerâmica ou Pastilhas 1 2 8
Assentamento de Azulejos ou Ladrilhos - 1 4
Emboço de Forros 1 2 9
Reboco(Massa Fina)
Reboco de Forros
- 1 2
Reboco para Pintura/Colagem - 1 4
Reboco Externo para Pintura - 1 3
Reboco para Cimento Alisado 1 - 1,5
Assentamento Interno de Azulejos e Ladrilhos 1 1 5
Assentamento Externo de Pastilhas 1 1 6
Assentamento Externo
Litocerâmica
1 0,5 5
Pisos
Piso Cimentado
1 - 3
Piso para receber Tacos 1 - 4
Piso/Base Niveladora para Ladrilhos 1 - 5
Piso/Colocação de Ladrilhos 1 0,5 5
Fonte: A&C, Ano7 - N
o
6, Ed. Abril São Paulo. 1991
ARGAMASSA COLANTE
Existem 4 tipos de argamassa colante – rígida, flexível, flexível aditivada e bicomponente -, classificadas em
dois grupos conforme o uso: interno e externo. O cuidado com esse material, contudo, não se restringe à
escolha. Também pede atenção na hora de ser aplicado – quando esticada no piso ou na parede de
ambientes fechados, a argamassa fica no ponto (com liga de fixação) para receber as placas por no máximo
15 minutos. Em espaços abertos, bem ventilados ou ensolarados, a secagem é ainda mais rápida. E, como
não se pode trabalhar com material seco, é importante assentar pequenas superfícies de cada vez.
ARGAMASSA
COLANTE
CARACTERÍSTICA PRÓPRIA PARA
ACI Rígida Ambientes internos e secos
ACII
Flexível, com capacidade de acomodar
deformações
Ambientes internos úmidos ou revestimento de porcelanato e
áreas externas (cozinha, box de banheiro e piscina)
ACIII Flexível e aditivada, mais flexível que a anterior
No uso residencial, é necessário apenas no porcelanato
assentado ao ar livre
ACIIIe Bicomponente (seca mais devagar) Destinado ao uso em áreas industriais
Como Assentar
Pisos
• Verifique se o contrapiso está nivelado, aprumado, curado (seco) e, nas áreas úmidas e externas,
se tem caimento para o ralo.
• Alguns profissionais preferem iniciar o assentamento das placas do fundo do ambiente em direção à
porta de saída. Eles argumentam que, durante o trabalho, não precisarão atravessar o piso recém
assentado. Outros dizem que começar pela porta de entrada é melhor porque esta parte do
revestimento fica muito exposta e, portanto, merece peças inteiras, sem recortes. A solução para
não pisotear a parte já revestida, nesse caso, é ir assentando as placas no contorno das paredes e
deixar a área de passagem para o final. Sempre lembrar de seguir a paginação proposta pelo
profissinal.
• Se o piso cerâmico for escolhido para vários ambientes internos da casa, o ideal é iniciar pelo
assentamento do cômodo mais interno.
Paredes
• O assentamento deve ser feito de baixo para cima, deixando-se os eventuais cortes para as placas
junto ao teto – jamais deve-se cortar as que estão próximas ao piso (fiada inferior da parede), que
ficam mais aparentes.
• É recomendável prever uma junta entre a parede e o piso por causa das possíveis variações das
peças.
• Caso não esteja previsto um rodapé, as placas da fiada inferior da parede devem ser assentadas
depois do piso. Assim, ficarão acima daquelas que revestem o piso, impedindo infiltrações no
rejuntamento, caso escorra água pela parede. Isso vale para áreas internas e externas.

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Aula 16 impermeabilizacao
Aula 16   impermeabilizacaoAula 16   impermeabilizacao
Aula 16 impermeabilizacaoMayara Marques
 
Aula revestimentos
Aula   revestimentos Aula   revestimentos
Aula revestimentos wendellnml
 
Cimento Portland - Materiais de Construção
Cimento Portland - Materiais de ConstruçãoCimento Portland - Materiais de Construção
Cimento Portland - Materiais de ConstruçãoDavid Grubba
 
Concreto: Introdução
Concreto: IntroduçãoConcreto: Introdução
Concreto: IntroduçãoDavid Grubba
 
Madeira (Resistência dos materiais)
Madeira (Resistência dos materiais)Madeira (Resistência dos materiais)
Madeira (Resistência dos materiais)Lais Ferraz
 
Aula 01 - Introdução aos materiais de construção...pptx
Aula 01 - Introdução aos materiais de construção...pptxAula 01 - Introdução aos materiais de construção...pptx
Aula 01 - Introdução aos materiais de construção...pptxjoelsonvidalvidal
 
Propriedades do Concreto - Materiais de Construção
Propriedades do Concreto - Materiais de ConstruçãoPropriedades do Concreto - Materiais de Construção
Propriedades do Concreto - Materiais de ConstruçãoDavid Grubba
 
Aula - Aglomerantes.pdf
Aula - Aglomerantes.pdfAula - Aglomerantes.pdf
Aula - Aglomerantes.pdfrodrigo428042
 
Materiais aglomerantes, agregados e adições minerais.pptx
Materiais aglomerantes, agregados e adições minerais.pptxMateriais aglomerantes, agregados e adições minerais.pptx
Materiais aglomerantes, agregados e adições minerais.pptxCleisianne Barbosa
 
Materiais de construção civil. materiais cerâmicos
Materiais de construção civil. materiais cerâmicosMateriais de construção civil. materiais cerâmicos
Materiais de construção civil. materiais cerâmicosThiagoSantos694
 
Ferramentas Utilizadas na Construção de Edificações
Ferramentas Utilizadas na Construção de EdificaçõesFerramentas Utilizadas na Construção de Edificações
Ferramentas Utilizadas na Construção de EdificaçõesMarcelo Magalhaes Barbosa
 
Concreto: Execução
Concreto: ExecuçãoConcreto: Execução
Concreto: ExecuçãoDavid Grubba
 
Aula 2 materiais de construcao i-aglomerantes
Aula 2 materiais de construcao i-aglomerantesAula 2 materiais de construcao i-aglomerantes
Aula 2 materiais de construcao i-aglomerantesRafael Erdmann
 
Apresentação completa
Apresentação completaApresentação completa
Apresentação completaMauro De Couet
 

La actualidad más candente (20)

Aula 16 impermeabilizacao
Aula 16   impermeabilizacaoAula 16   impermeabilizacao
Aula 16 impermeabilizacao
 
Concreto armado 1
Concreto armado 1Concreto armado 1
Concreto armado 1
 
Aula revestimentos
Aula   revestimentos Aula   revestimentos
Aula revestimentos
 
Aulas de concreto armado
Aulas de concreto armadoAulas de concreto armado
Aulas de concreto armado
 
Cimento Portland - Materiais de Construção
Cimento Portland - Materiais de ConstruçãoCimento Portland - Materiais de Construção
Cimento Portland - Materiais de Construção
 
Agregados
AgregadosAgregados
Agregados
 
Concreto: Introdução
Concreto: IntroduçãoConcreto: Introdução
Concreto: Introdução
 
Madeira (Resistência dos materiais)
Madeira (Resistência dos materiais)Madeira (Resistência dos materiais)
Madeira (Resistência dos materiais)
 
Aula 01 - Introdução aos materiais de construção...pptx
Aula 01 - Introdução aos materiais de construção...pptxAula 01 - Introdução aos materiais de construção...pptx
Aula 01 - Introdução aos materiais de construção...pptx
 
Propriedades do Concreto - Materiais de Construção
Propriedades do Concreto - Materiais de ConstruçãoPropriedades do Concreto - Materiais de Construção
Propriedades do Concreto - Materiais de Construção
 
Aula - Aglomerantes.pdf
Aula - Aglomerantes.pdfAula - Aglomerantes.pdf
Aula - Aglomerantes.pdf
 
Aula 06 cimento
Aula 06  cimentoAula 06  cimento
Aula 06 cimento
 
Materiais aglomerantes, agregados e adições minerais.pptx
Materiais aglomerantes, agregados e adições minerais.pptxMateriais aglomerantes, agregados e adições minerais.pptx
Materiais aglomerantes, agregados e adições minerais.pptx
 
Materiais de construção civil. materiais cerâmicos
Materiais de construção civil. materiais cerâmicosMateriais de construção civil. materiais cerâmicos
Materiais de construção civil. materiais cerâmicos
 
Nbr 13281 2005
Nbr 13281 2005Nbr 13281 2005
Nbr 13281 2005
 
Ferramentas Utilizadas na Construção de Edificações
Ferramentas Utilizadas na Construção de EdificaçõesFerramentas Utilizadas na Construção de Edificações
Ferramentas Utilizadas na Construção de Edificações
 
Concreto: Execução
Concreto: ExecuçãoConcreto: Execução
Concreto: Execução
 
Aula 2 materiais de construcao i-aglomerantes
Aula 2 materiais de construcao i-aglomerantesAula 2 materiais de construcao i-aglomerantes
Aula 2 materiais de construcao i-aglomerantes
 
Aula 03 sistemas estruturais 1 alexandre
Aula 03 sistemas estruturais 1  alexandreAula 03 sistemas estruturais 1  alexandre
Aula 03 sistemas estruturais 1 alexandre
 
Apresentação completa
Apresentação completaApresentação completa
Apresentação completa
 

Destacado

Metodologia de aplicação de argamassas colantes e suas patologias
Metodologia de aplicação de argamassas colantes e suas patologiasMetodologia de aplicação de argamassas colantes e suas patologias
Metodologia de aplicação de argamassas colantes e suas patologiasargamassasantarita
 
Relacão água e cimento materiais de construção
Relacão água e cimento   materiais de construçãoRelacão água e cimento   materiais de construção
Relacão água e cimento materiais de construçãoAndre Amaral
 
concreto e argamassas
concreto e argamassasconcreto e argamassas
concreto e argamassasfbnseabra
 
Materiais revestimentos ceramicos
Materiais   revestimentos ceramicosMateriais   revestimentos ceramicos
Materiais revestimentos ceramicosJosé Borba
 
Manual de Assentamento de Revestimentos Cerâmicos
Manual de Assentamento de Revestimentos CerâmicosManual de Assentamento de Revestimentos Cerâmicos
Manual de Assentamento de Revestimentos CerâmicosGail Pisos
 
Patologia das estruturas, piso concreto e revestimentos.
Patologia das estruturas, piso concreto e revestimentos.Patologia das estruturas, piso concreto e revestimentos.
Patologia das estruturas, piso concreto e revestimentos.Thiagoooooo
 
4º lista de exercício avaliativo sobre argamassas
4º lista de exercício avaliativo sobre argamassas4º lista de exercício avaliativo sobre argamassas
4º lista de exercício avaliativo sobre argamassasprofNICODEMOS
 
5º lista de exercício avaliativo sobre aços, materiais cerâmicos, tintas
5º lista de exercício avaliativo sobre aços, materiais cerâmicos, tintas5º lista de exercício avaliativo sobre aços, materiais cerâmicos, tintas
5º lista de exercício avaliativo sobre aços, materiais cerâmicos, tintasprofNICODEMOS
 
Abnt nbr 12654 1992 - controle tecnológico de materiais componentes do conc...
Abnt nbr 12654   1992 - controle tecnológico de materiais componentes do conc...Abnt nbr 12654   1992 - controle tecnológico de materiais componentes do conc...
Abnt nbr 12654 1992 - controle tecnológico de materiais componentes do conc...Dandara Santos
 
Unidade 9 - A Contabilidade Nacional
Unidade 9 - A Contabilidade NacionalUnidade 9 - A Contabilidade Nacional
Unidade 9 - A Contabilidade Nacionalduartealbuquerque
 
Trabalho Individual
Trabalho IndividualTrabalho Individual
Trabalho Individualangeldenis21
 
Resumos Economia A 11º ano: Contabilidade nacional
Resumos Economia A 11º ano: Contabilidade nacionalResumos Economia A 11º ano: Contabilidade nacional
Resumos Economia A 11º ano: Contabilidade nacionalRaffaella Ergün
 
2º lista de exercício avaliativo sobre agregados
2º lista de exercício avaliativo sobre agregados2º lista de exercício avaliativo sobre agregados
2º lista de exercício avaliativo sobre agregadosprofNICODEMOS
 
Grupo 09 construção civil
Grupo 09 construção civilGrupo 09 construção civil
Grupo 09 construção civilFelipeforest
 

Destacado (20)

Argamassas
ArgamassasArgamassas
Argamassas
 
Metodologia de aplicação de argamassas colantes e suas patologias
Metodologia de aplicação de argamassas colantes e suas patologiasMetodologia de aplicação de argamassas colantes e suas patologias
Metodologia de aplicação de argamassas colantes e suas patologias
 
Relacão água e cimento materiais de construção
Relacão água e cimento   materiais de construçãoRelacão água e cimento   materiais de construção
Relacão água e cimento materiais de construção
 
Flow table e ica
Flow table e icaFlow table e ica
Flow table e ica
 
Assentamento de placas cerâmicas
Assentamento de placas cerâmicasAssentamento de placas cerâmicas
Assentamento de placas cerâmicas
 
concreto e argamassas
concreto e argamassasconcreto e argamassas
concreto e argamassas
 
Materiais revestimentos ceramicos
Materiais   revestimentos ceramicosMateriais   revestimentos ceramicos
Materiais revestimentos ceramicos
 
Manual de Assentamento de Revestimentos Cerâmicos
Manual de Assentamento de Revestimentos CerâmicosManual de Assentamento de Revestimentos Cerâmicos
Manual de Assentamento de Revestimentos Cerâmicos
 
Patologia das estruturas, piso concreto e revestimentos.
Patologia das estruturas, piso concreto e revestimentos.Patologia das estruturas, piso concreto e revestimentos.
Patologia das estruturas, piso concreto e revestimentos.
 
4º lista de exercício avaliativo sobre argamassas
4º lista de exercício avaliativo sobre argamassas4º lista de exercício avaliativo sobre argamassas
4º lista de exercício avaliativo sobre argamassas
 
Abnt nbr 7175 cal hidratada para argamassas
Abnt nbr 7175   cal hidratada para argamassasAbnt nbr 7175   cal hidratada para argamassas
Abnt nbr 7175 cal hidratada para argamassas
 
5º lista de exercício avaliativo sobre aços, materiais cerâmicos, tintas
5º lista de exercício avaliativo sobre aços, materiais cerâmicos, tintas5º lista de exercício avaliativo sobre aços, materiais cerâmicos, tintas
5º lista de exercício avaliativo sobre aços, materiais cerâmicos, tintas
 
Abnt nbr 12654 1992 - controle tecnológico de materiais componentes do conc...
Abnt nbr 12654   1992 - controle tecnológico de materiais componentes do conc...Abnt nbr 12654   1992 - controle tecnológico de materiais componentes do conc...
Abnt nbr 12654 1992 - controle tecnológico de materiais componentes do conc...
 
Unidade 9 - A Contabilidade Nacional
Unidade 9 - A Contabilidade NacionalUnidade 9 - A Contabilidade Nacional
Unidade 9 - A Contabilidade Nacional
 
Trabalho Individual
Trabalho IndividualTrabalho Individual
Trabalho Individual
 
Resumos Economia A 11º ano: Contabilidade nacional
Resumos Economia A 11º ano: Contabilidade nacionalResumos Economia A 11º ano: Contabilidade nacional
Resumos Economia A 11º ano: Contabilidade nacional
 
Arte gótica
Arte góticaArte gótica
Arte gótica
 
2º lista de exercício avaliativo sobre agregados
2º lista de exercício avaliativo sobre agregados2º lista de exercício avaliativo sobre agregados
2º lista de exercício avaliativo sobre agregados
 
Grupo 09 construção civil
Grupo 09 construção civilGrupo 09 construção civil
Grupo 09 construção civil
 
Contabilidade nacional
Contabilidade nacionalContabilidade nacional
Contabilidade nacional
 

Similar a Argamassas

Apresentação
ApresentaçãoApresentação
ApresentaçãoKaoanee
 
Trabalho Técnicas Construtivas II parte 02
Trabalho Técnicas Construtivas II parte 02Trabalho Técnicas Construtivas II parte 02
Trabalho Técnicas Construtivas II parte 02TobiasAndrade
 
Apresentação ceramica
Apresentação ceramica Apresentação ceramica
Apresentação ceramica grupo9mateus
 
Materiais de construções
Materiais de construçõesMateriais de construções
Materiais de construçõescharlessousa192
 
Edificacoes materiais de_construcoes
Edificacoes materiais de_construcoesEdificacoes materiais de_construcoes
Edificacoes materiais de_construcoesErica Bastos
 
Revestimentos
RevestimentosRevestimentos
RevestimentosDandaEDF
 
Apresentação ceramica
Apresentação ceramica Apresentação ceramica
Apresentação ceramica Henriqued
 
Apresentação ceramica
Apresentação ceramica Apresentação ceramica
Apresentação ceramica Henriqued
 
argamasass e formas de apliação metodo executivo
argamasass e formas de apliação metodo executivoargamasass e formas de apliação metodo executivo
argamasass e formas de apliação metodo executivobiamorais10
 
Materiais construtivos e cerâmicas
Materiais construtivos e cerâmicasMateriais construtivos e cerâmicas
Materiais construtivos e cerâmicasMatheus Garcia
 
Apostila de gesseiro
Apostila de gesseiroApostila de gesseiro
Apostila de gesseiropauloweimann
 

Similar a Argamassas (20)

Apresentação
ApresentaçãoApresentação
Apresentação
 
Resumo cons edificios2
Resumo cons edificios2Resumo cons edificios2
Resumo cons edificios2
 
Apres. construção
Apres. construçãoApres. construção
Apres. construção
 
Trabalho Técnicas Construtivas II parte 02
Trabalho Técnicas Construtivas II parte 02Trabalho Técnicas Construtivas II parte 02
Trabalho Técnicas Construtivas II parte 02
 
Apresentação ceramica
Apresentação ceramica Apresentação ceramica
Apresentação ceramica
 
Materiais de construções
Materiais de construçõesMateriais de construções
Materiais de construções
 
Edificacoes materiais de_construcoes
Edificacoes materiais de_construcoesEdificacoes materiais de_construcoes
Edificacoes materiais de_construcoes
 
Dicas
DicasDicas
Dicas
 
Aula 03 argamassa
Aula 03  argamassaAula 03  argamassa
Aula 03 argamassa
 
Revestimentos
RevestimentosRevestimentos
Revestimentos
 
Apresentação ceramica
Apresentação ceramica Apresentação ceramica
Apresentação ceramica
 
Apresentação ceramica
Apresentação ceramica Apresentação ceramica
Apresentação ceramica
 
2011 fulget luísgabardo
2011 fulget luísgabardo2011 fulget luísgabardo
2011 fulget luísgabardo
 
argamasass e formas de apliação metodo executivo
argamasass e formas de apliação metodo executivoargamasass e formas de apliação metodo executivo
argamasass e formas de apliação metodo executivo
 
Materiais construtivos e cerâmicas
Materiais construtivos e cerâmicasMateriais construtivos e cerâmicas
Materiais construtivos e cerâmicas
 
8 apostila de gesseiro
8 apostila de gesseiro8 apostila de gesseiro
8 apostila de gesseiro
 
9 apostila de gesseiro
9 apostila de gesseiro9 apostila de gesseiro
9 apostila de gesseiro
 
Aula1concretomatec 120507165933-phpapp01
Aula1concretomatec 120507165933-phpapp01Aula1concretomatec 120507165933-phpapp01
Aula1concretomatec 120507165933-phpapp01
 
Apostila de gesseiro
Apostila de gesseiroApostila de gesseiro
Apostila de gesseiro
 
concretos1.pdf
concretos1.pdfconcretos1.pdf
concretos1.pdf
 

Más de Augusto Magalhães

Más de Augusto Magalhães (6)

Método científico indutivo
Método científico   indutivoMétodo científico   indutivo
Método científico indutivo
 
Capacitores de duas camadas
Capacitores de duas camadasCapacitores de duas camadas
Capacitores de duas camadas
 
Pavimentação
PavimentaçãoPavimentação
Pavimentação
 
Terraplanagem e fundação
Terraplanagem e fundaçãoTerraplanagem e fundação
Terraplanagem e fundação
 
Transmissão Automotiva
Transmissão AutomotivaTransmissão Automotiva
Transmissão Automotiva
 
5 sist. escapamento
5 sist. escapamento5 sist. escapamento
5 sist. escapamento
 

Último

Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmicolourivalcaburite
 
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XVExpansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XVlenapinto
 
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...marcelafinkler
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdfjacquescardosodias
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptssuser2b53fe
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptjricardo76
 
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdfatividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdfAutonoma
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdfmarlene54545
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...MariaCristinaSouzaLe1
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*Viviane Moreiras
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxAntonioVieira539017
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxJustinoTeixeira1
 
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .pptAula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .pptNathaliaFreitas32
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...azulassessoria9
 
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptxCópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptxSilvana Silva
 
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptxMarlene Cunhada
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxTailsonSantos1
 
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.docGUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.docPauloHenriqueGarciaM
 
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geralQUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geralAntonioVieira539017
 

Último (20)

Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
 
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XVExpansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
 
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
 
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdfatividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
 
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .pptAula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
 
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptxCópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
 
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
 
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.docGUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
 
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geralQUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
 

Argamassas

  • 1. Curso de Engenharia Civil Disciplina de Introdução à Construção - Professor Cláudio Cançado ARGAMASSAS CONCEITO As argamassas são materiais de construção que tem na sua constituição aglomerantes, agregados minerais e água. Quando recém misturadas, possuem boa plasticidade; enquanto que, quando endurecidas, possuem rigidez, resistência e aderência. Ex: cimento + areia + água; cal + areia + água; cimento + cal + areia + água Aglomerantes são materiais que promovem a união dos grãos do material inerte (agregados). Funcionam como elementos ativos nas argamassas, sofrendo transformação química. Ex.: cimento (utilizado em argamassa de revestimento e assentamento), cal (utilizada em revestimento), e gesso (utilizado em revestimento, decoração e modelagem). Agregados são materiais pétreos fragmentados que atuam nas argamassas e concretos como elemento inerte (que não sofre transformação química). Ex.: areia. O material inerte é incorporado para diminuir a contração e tornar o material mais econômico. Conforme a necessidade, pode-se adicionar outros componentes para melhorar ou dar outra propriedade ao material. Um erro freqüente, contudo, é a superdosagem de aglomerantes na argamassa, o que resulta em custos adicionais. Isso pode ser atribuído à pouca informação e prática tecnológica na orientação e formação de profissionais. A conseqüência disso é o uso incorreto do material, que por vezes apresenta características inadequadas para o fim ao qual se destina. Aditivos para argamassas: • Plastificantes - aumentam a resistência com menos água no preparo; • Fluidificantes - mesmo efeito do plastificante, porém mais efetivo; • Incorporadores de ar - incorporam bolhas de ar, aumentando a impermeabilidade; • Impermeablizantes - repelem a água; • Retardadores - retardam a pega; • Aceleradores - aceleram a pega. FUNÇÕES • Unir com solidez elementos de alvenaria e ajudar a resistir aos esforços laterais. • Distribuir com uniformidade as cargas que atuam na parede por toda a área resistente aos elementos de alvenaria. • Absorver as deformações que a alvenaria sofre naturalmente. • Selar as juntas contra a penetração de água da chuva. • Dar acabamento como reboco nos tetos, pisos, nos reparos de obras de concreto, etc. Propriedades mecânicas A argamassa resiste aos esforços horizontais que ocorrem em uma parede, como flexão e cisalhamento causado pelo vento, perpendiculares ou paralelos ao plano das paredes. Entretanto, não resiste muito bem à compressão, papel que cabe aos blocos de alvenaria. Uma boa argamassa deve ter boa resistência mecânica, impermeabilidade, aderência, durabilidade e volume constante. Na escolha da argamassa, essas qualidades são valorizadas de acordo com as exigências da obra. ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO Propriedades • Trabalhabilidade: uma argamassa tem boa trabalhabilidade quando distribui-se com facilidade ao ser assentada, preenchendo todos os vazios. Não separa-se ao ser transportada, agarra a colher do pedreiro, não endurece quando toca blocos de sucção alta, e permanece plástica por um bom tempo. • Retentividade de água: está relacionada com a manutenção da consistência da argamassa. É a propriedade da argamassa de não perder a água que possui para o elemento onde foi assentada.
  • 2. • Aderência: não é uma característica própria da argamassa. Depende das condições da mesma, e da unidade da alvenaria. A aderência é um processo mecânico; a argamassa se ancora na alvenaria pela penetração nas suas reentrâncias. • Resistividade mecânica: o principal esforço que a argamassa de assentamento sofre é o de compressão. Também sofre flexão e cisalhamento por esforços laterais nas paredes, porém em menor quantidade. Em relação aos seus aglomerantes, as argamassas de assentamento podem ser: • Argamassa de cal: é uma mistura de areia e cal que preenche os vazios entre os blocos ou tijolos, cimentando-os . A cal pode ser de dois tipos: a cal virgem e a cal hidratada. A primeira, para ser usada, deve passar por um processo de hidratação; enquanto que a segunda pode ser comprada pronta. A cal pode se apresentar em 3 estados para a mistura com o agregado na formação da argamassa: pasta, leite de cal ou pó. A cal dá à argamassa uma boa trabalhabilidade e capacidade de reter água, entretanto, quando está endurecida, apresenta baixa resistência. • Argamassa de cimento: as argamassas de cimento e areia são indicadas para suportar maiores cargas, pois possuem alta resistência. Argamassas ricas em cimento têm boa trabalhabilidade, porém são pouco econômicas. Para ter-se o máximo de qualidade deve-se observar os cuidados com a estocagem e o prazo de utilização. • Argamassa mista de cimento e cal: tem proporções adequadas de cada componente, cada qual contribuindo com suas características, formando uma mistura mais completa . A função da cal é plastificante, por sua capacidade de reter água e ter trabalhabilidade . A função do cimento é dar resistência e aumentar a velocidade de endurecimento. Esse tipo de argamassa se adapta e é indicada para vários usos em alvenaria (seja ela estrutural ou não). • Argamassa mista de cimento e saibro (muito utilizado em Santa Catarina): é uma argamassa de cimento em que o saibro atua como plastificante, aumentando o volume da mistura e melhorando sua trabalhabilidade. Não se sabe muito sobre o emprego do saibro nas argamassas, mas seu uso vem de uma tradição herdada dos antigos mestres de obra. Vale também por sua economia. ARGAMASSA DE REVESTIMENTO Revestimento é o recobrimento de uma superfície lisa ou áspera com uma ou mais camadas superpostas de argamassa em espessura, via de regra, uniforme, apta a receber, sem danos, uma decoração final. Aderência é a propriedade do revestimento de resistir a tensões normais ou tangenciais nas superfícies de interface com o substrato. Nas edificações, uma das maiores razões de falha das argamassas de revestimento está relacionada com a perda ou falta de aderência ao substrato. Assim, a capacidade da argamassa de atingir uma completa, resistente e durável aderência com a base talvez seja a mais importante propriedade concernente ao comportamento de um revestimento. Funções Ao longo do tempo, independente do tipo do material ou do uso à que se destina, devem-se exigir sempre as mesmas funções básicas dos revestimentos argamassados: • unir; • vedar; • regularizar; • proteger. As camadas de constituição dos revestimentos são denominadas de emboço e reboco, podendo-se, caso necessário, aplicar previamente um suporte de revestimento (tela metálica, por exemplo) ou uma camada de chapisco. A função unir é básica nas argamassas de assentamento, entretanto pode ser estendida às argamassas de revestimento quando utilizamos o chapisco, responsável pela boa união entre os substratos de concreto e as camadas posteriores do revestimento.
  • 3. Usos Funções chapisco unir camadas de revestimento ao substrato emboço vedar a alvenaria, regularizar a superfície, e proteger a base reboco vedar o emboço e dar um acabamento estético Usos Entre outros usos importantes dos revestimentos argamassados, podemos citar: • estanqueidade à água; • conforto térmico; • isolamento acústico; • resistência ao fogo; • regularização da base; • aparência e decoração; • proteção da base. Os revestimentos externos servem principalmente para aumentar a durabilidade da obra, reduzir a penetração da água da chuva e em certos casos, melhorar a aparência das bases de alvenaria. Propriedades da argamassa de revestimento Quando fresca • Adesão inicial: é a propriedade que a argamassa fresca de revestimento possui de permanecer adequadamente unida à base de aplicação, após o seu lançamento manual ou mecânico, auxiliada pela sua plasticidade - traduzida pela coesão entre as partículas sólidas - e dificultada pela influência da força da gravidade. Adesão inicial é uma das principais propriedades tecnológicas para a determinação de trabalhabilidade requerida às argamassas. • Consistência e plasticidade: são os principais fatores condicionantes da trabalhabilidade das argamassas, a qual pode garantir que o revestimento fique adequadamente aderido ao substrato e dar o acabamento superficial conforme prescrito, caso essa propriedade não seja muito alterada pelas características do substrato. A consistência e a plasticidade podem alterar-se completamente em função da relação água/aglomerante, da relação aglomerante/areia, e da natureza e qualidade do aglomerante. São vários os métodos empregados para a medida da consistência. Os métodos que impõem à argamassa uma deformação através de vibração ou choque medem ao mesmo tempo a consistência e a plasticidade. • Retenção de água de consistência: define-se retenção de água de uma argamassa como a propriedade que a mesma possui de reter mais ou menos água de amassamento ao entrar em contato com uma superfície de maior nível de absorção. Nas argamassas mistas de cimento e cal, os aglomerantes são os principais responsáveis pela capacidade de retenção de água. No entanto as partículas de agregado também são responsáveis por essa propriedade. Quando endurecida • Resistência mecânica (capacidade de absorver deformações): É a propriedade das argamassas endurecidas de acompanhar a deformação gerada por esforços internos ou externos de diversas origens e de retornar à dimensão original quando cessam esse esforços sem se romperem, ou através do surgimento de fissuras microscópicas que não comprometam o desempenho do revestimento no que diz respeito à aderência, estanqueidade e durabilidade. A resistência mecânica é uma das principais propriedades responsáveis pelo êxito das argamassas nas diversas funções do revestimento, para tanto devem apresentar módulo de deformação compatível com cada função. As solicitações às quais encontram-se submetidas as argamassas de revestimento são: a. Movimentação volumétrica da base - a variação dimensional por umedecimento e secagem é a mais comum, que ocorre por ação dos agentes externos, como temperatura e umidade; b. Deformação da base - devido a deformação lenta do concreto da estrutura e recalques das funções; c. Movimentação do revestimento - ligadas às condições climáticas, as variações de temperatura provocam o fenômeno de dilatação e contração do revestimento; d. Retração do revestimento - tensões internas são provocadas pelo movimento de retração em conseqüência de uma diminuição de volume devido à perda de água para a base, por evaporação,
  • 4. e ainda devido às reações de hidratação do cimento. Quando as tensões internas atuantes no revestimento superam a sua resistência à tração, surge a fissura. A retração pode ocorrer após a secagem do revestimento, por variações no ambiente. Caracteristícas de algumas argamassas As argamassas de cal aéreas possuem mais coesão do que as de cimento, por esse motivo precisam de menor quantidade de aglomerantes para se obter uma massa com trabalhabilidade adequada para rejuntamentos e revestimentos. Já argamassas magras de cimento, com acréscimo de cal, ficam mais trabalháveis. As argamassas de cal retêm a água de amassamento por mais tempo. Quando estão secos, as pedras, os tijolos e os blocos de alvenaria absorvem com maior rapidez a água das argamassas de cimento do que das argamassas de cal. Quando a argamassa de cal seca e endurece, geralmente ocorre uma diminuição de volume do material. Essa diminuição do volume será maior proporcionalmente à quantidade de cal e água usadas na mistura. Pode ocorrer o aparecimento de fissuras nesse tipo de argamassa quando o processo de secagem torna-se demasiadamente rápido devido à ação do sol e do vento ou quando a sua retração ( quando endurecido) for impedida. Também pode haver danificação dos revestimentos externos de argamassa cal em locais atingidos pela água. Uma argamassa com qualidade deve ter todos os grãos do material inerte (o agregado miúdo) envolvidos e aderidos pelo material ativo (a pasta) e os espaços entre os grãos do agregado miúdo devem ser preenchidos pela pasta. Para uma boa aderência entre o agregado e o aglomerante, é necessário que o primeiro esteja limpo e molhado pela água. No caso das argamassas mistas o cimento é o aglomerado que tem maior resistência. O desempenho das argamassas de revestimento O desempenho de um produto é definido pelo grau de satisfação das necessidades do usuário. No caso dos revestimentos, a principal exigência de desempenho é a durabilidade, deve ser entendida como a aptidão de um produto em atender às necessidades de seus usuários, ao longo do tempo, no ambiente específico em que é empregado. Para a utilização de revestimentos com bom desempenho é preciso compreender as funções e propriedades das argamassas que os constituem e dos substratos que lhes servem de base. A avaliação de desempenho deve abranger a fase de construção e de uso do edifício. Fatores que afetam o desempenho na fase de construção O desempenho durante a fase de construção está ligado à facilidade de aplicação das argamassas, a qual está relacionada com os seguintes fatores: • Grau de umedecimento da base • Adesão inicial • Espessura final do revestimento • Facilidade de produção • Facilidade de acabamento • Método de aplicação • Tempo disponível entre a mistura e a aplicação • Tempo disponível entre a aplicação e o desempenamento • Risco de fissuração • Desperdícios • Adequação à estrutura produtiva da obra Fatores que afetam o desempenho da fase de uso Como exposto acima, a durabilidade é o principal requisito de desempenho exigido das argamassas de revestimento, que depende dos seguintes fatores: • Exposição a intempéries • Efeitos da poluição atmosférica • Especificações de acabamentos
  • 5. • Detalhes arquitetônicos • Características da base • Propriedades da argamassa fresca e endurecida • Características e proporção dos materiais constituintes • Danos causados por abrasão ou impacto • Manutenção periódica Em cada um desses itens há um grande número de variáveis que não devem ser estudas em um único programa de testes. As manifestações patológicas dos edifícios tem mostrado que a aderência, em particular, tem efeito marcante na durabilidade dos revestimentos argamassados. E Os fatores que afetam a aderência podem ser divididos em três grupos: • Fatores ligados ao projeto • Fatores inerentes aos materiais • Fatores que dependem da mão-de-obra Fatores que influem na resistência dos revestimentos e na sua evolução: • Quantidade de cimento - a resistência mecânica das argamassas (tração, compressão, abrasão e aderência) são melhoradas com o aumento do consumo de cimento. • Teor de cal - a resistência mecânica aumenta com pequenos volumes de cal na argamassa e decresce significativamente com teores mais elevados. Um teor equilibrado de Cal (0,25 a 1,0), confere ao revestimento um ganho de aderência, pois esse aglomerante aumenta a capacidade dos revestimentos de resistir a deformações. Há contudo que se ter cuidado com a cura pois a cal tem um endurecimento lento em presença o gás carbônico contido no ar. Somente após 30 dias ocorre a recarbonatação superficial completa do hidróxido de cálcio. • Incorporação de ar - esta propriedade diminui a massa volumétrica aparente da argamassa, tendo por conseqüência menor resistência mecânica. • Relação água/cimento - é um fator determinante de resistência mecânica. No entanto deve ser interpretado com reserva quando se trata de revestimentos. Nas argamassas ricas em aglomerante, maiores valores de aderência poderão ser conseguidos com um aumento de plasticidade (maior teor de água). Em revestimentos com argamassa pobre em aglomerante, só um ponto ótimo no fator água/cimento poderá incrementar a resistência mecânica sem prejuízo da trabalhabilidade, resultando na otimização da aderência. Exemplos de argamassas de revestimento para fins decorativos Atualmente dispõe-se de uma infinidade de opções de argamassas texturizadas. Muitas são encontradas prontas para a aplicação, algumas necessitam de preparo. A aplicação das argamassas decorativas geralmente é feita sobre a parede já rebocada, geralmente seguem uma composição básica: • Resina Acrílica: Assemelha-se às massas corridas, seu uso é indispensável. É diluída em água. • Hidrorrepelente: Tem função de repelir a água, funcionando como uma espécie de impermeabilizante. • Biocida: Usados em misturas onde não há cal. Evitam o surgimento de fungos e bactérias que causam mofo. • Minerais: São os agregados da argamassa, as texturas são formadas conforme as dimensões dos grânulos. • Pigmento: É o que confere cor à argamassa, conforme a resina acrílica utilizada, dispõe-se de um certo número de cores oferecidas pelo fabricante. Algumas argamassas texturizadas podem receber pintura posterior à aplicação, qualidade esta que varia conforme a composição. A maioria dessas argamassas pode ser aplicada tanto em interiores como em exteriores. Os efeitos texturizados são dados durante a aplicação da massa, com o auxílio de ferramentas como: rolos texturizados, rolos comuns, luvas, espátulas, rodos, desempenadeiras, etc...
  • 6. Proporções Proporções adequadas às argamassas e seus usos Tipo/uso cimento cal Areia Alvenarias Tijolo Comum/Alicerce 1 2 8 Laminado(1 tijolo de espessura) 1 1 6 Tijolo Furado 1 2 8 Bloco de Concreto de Enchimento-19cm 1 0,5 8 6,5cm 1 0,5 6 Blocos de Vidro 1 0,5 5 Pedras Irregulares 1 - 4 Chapisco Sobre Concreto 1 - 3 Para Impermeabilização 1 - 2 Sobre Alvenaria 1 - 4 Emboço(Massa Grossa) Uso Externo 1 2 9 Uso Interno - 1 4 Assentamento de Cerâmica ou Pastilhas 1 2 8 Assentamento de Azulejos ou Ladrilhos - 1 4 Emboço de Forros 1 2 9 Reboco(Massa Fina) Reboco de Forros - 1 2 Reboco para Pintura/Colagem - 1 4 Reboco Externo para Pintura - 1 3 Reboco para Cimento Alisado 1 - 1,5 Assentamento Interno de Azulejos e Ladrilhos 1 1 5 Assentamento Externo de Pastilhas 1 1 6 Assentamento Externo Litocerâmica 1 0,5 5 Pisos Piso Cimentado 1 - 3 Piso para receber Tacos 1 - 4 Piso/Base Niveladora para Ladrilhos 1 - 5 Piso/Colocação de Ladrilhos 1 0,5 5 Fonte: A&C, Ano7 - N o 6, Ed. Abril São Paulo. 1991 ARGAMASSA COLANTE Existem 4 tipos de argamassa colante – rígida, flexível, flexível aditivada e bicomponente -, classificadas em dois grupos conforme o uso: interno e externo. O cuidado com esse material, contudo, não se restringe à escolha. Também pede atenção na hora de ser aplicado – quando esticada no piso ou na parede de ambientes fechados, a argamassa fica no ponto (com liga de fixação) para receber as placas por no máximo 15 minutos. Em espaços abertos, bem ventilados ou ensolarados, a secagem é ainda mais rápida. E, como não se pode trabalhar com material seco, é importante assentar pequenas superfícies de cada vez.
  • 7. ARGAMASSA COLANTE CARACTERÍSTICA PRÓPRIA PARA ACI Rígida Ambientes internos e secos ACII Flexível, com capacidade de acomodar deformações Ambientes internos úmidos ou revestimento de porcelanato e áreas externas (cozinha, box de banheiro e piscina) ACIII Flexível e aditivada, mais flexível que a anterior No uso residencial, é necessário apenas no porcelanato assentado ao ar livre ACIIIe Bicomponente (seca mais devagar) Destinado ao uso em áreas industriais Como Assentar Pisos • Verifique se o contrapiso está nivelado, aprumado, curado (seco) e, nas áreas úmidas e externas, se tem caimento para o ralo. • Alguns profissionais preferem iniciar o assentamento das placas do fundo do ambiente em direção à porta de saída. Eles argumentam que, durante o trabalho, não precisarão atravessar o piso recém assentado. Outros dizem que começar pela porta de entrada é melhor porque esta parte do revestimento fica muito exposta e, portanto, merece peças inteiras, sem recortes. A solução para não pisotear a parte já revestida, nesse caso, é ir assentando as placas no contorno das paredes e deixar a área de passagem para o final. Sempre lembrar de seguir a paginação proposta pelo profissinal. • Se o piso cerâmico for escolhido para vários ambientes internos da casa, o ideal é iniciar pelo assentamento do cômodo mais interno. Paredes • O assentamento deve ser feito de baixo para cima, deixando-se os eventuais cortes para as placas junto ao teto – jamais deve-se cortar as que estão próximas ao piso (fiada inferior da parede), que ficam mais aparentes. • É recomendável prever uma junta entre a parede e o piso por causa das possíveis variações das peças. • Caso não esteja previsto um rodapé, as placas da fiada inferior da parede devem ser assentadas depois do piso. Assim, ficarão acima daquelas que revestem o piso, impedindo infiltrações no rejuntamento, caso escorra água pela parede. Isso vale para áreas internas e externas.