O documento discute os Jogos Olímpicos do Rio de 2016. Ele fornece estimativas de custos de R$22 bilhões, áreas de investimento como transporte público e infraestrutura, e o uso de parcerias público-privadas. Também discute as metas do governo de melhorar o transporte público e tornar o Rio um dos melhores lugares para se viver, e o desempenho do Brasil nas Olimpíadas de Londres 2012.
1. AULA 1 - OLIMPÍADAS
PARTE 1
Olimpíada – Rio de Janeiro
- Custo estimado: R$ 22 bilhões (O COB não divulga o montante de investimentos)
- Áreas de investimento: transporte público (metrô, rodovias); infraestrutura (reforma
da região portuária, parque olímpico, centro de mídia, parque dos atletas etc.)
- Não inclui o que está sendo feito para a Copa do Mundo e que será utulizado na
Olimpíada.
- A conta não inclui:
- Reforma do Maracanã
- Reforma do Aeroporto do Galeão
- Corredor de ônibus ligando o aeroporto ao centro
- A conta completa só deve ser divulgada em meados de 2013
A reforma do Porto do Rio, os corredores de ônibus Transcarioca e Transolímpica já
começaram. Todos devem ficar prontos antes de 2016. O mesmo acontece com a
infraestrutura do Parque Olímpico, que será viabilizada por meio de uma parceria
público-privada (PPP).
O que é uma PPP?
É uma parceria entre o poder público e a iniciativa privada para a viabilização de
projetos de interesse público. Ao final da execução de um determinado projeto, a
empresa privada obtém uma série de benefícios financeiros, como por exemplo,
explorar comercialmente a obra durante um longo período previsto em contrato. O
lado positivo é que fica mais fácil a captação de recursos para a execução das obras. O
fator negativo é a questão de favorecimento a determinados grupos e o campo fértil
para a existência de corrupção.
2. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse que a intenção do governo é usar o mínimo de
dinheiro público possível nas obras. Por isso, as PPPs estão sendo priorizadas nas obras
para os Jogos.
Legado
A expectativa da Prefeitura é que a Olimpíada sirva como um catalisador de
investimentos necessários para o desenvolvimento do Rio de Janeiro. De acordo com o
prefeito, quando os Jogos acabarem, a cidade terá um novo sistema de transporte,
novos parques, centros esportivos e o dobro de sua capacidade hoteleira atual.(FSP)
Metas do governo
- o governo espera que a quantidade de pessoas que utilizam o transporte público de
massa no Rio passe de 18% para 63% da população da cidade
- que o Rio se torne um dos lugares mais visitados do mundo e que, em 2020, a capital
fluminense seja o melhor lugar para se viver no hemisfério sul.
Efeito olímpico
O desempenho de Espanha e Grécia em Londres acendeu um alerta para o COB. A
preocupação de Carlos Arthur Nuzman para Rio-16 e as Olimpíadas seguintes é estar
entre os dez melhores no ranking de medalhas e permanecer por lá. Países como
Grécia e Espanha, sedes de Jogos recentes, não conseguiram se manter no topo.
Declínio das sedes. Em Londres-2012, a Espanha, sede da Olimpíada de 1992,
conseguiu apenas a 21ª posição no quadro de medalhas -uma à frente do Brasil. Já a
Grécia, que sediou os Jogos de 2004, amargou a 75ª colocação.
3. PARTE 2 - BALANÇO OLÍMPICO
PARTICIPAÇÃO DO BRASIL NA OLIMPÍADA DE LONDRES
BRASIL: 22. LUGAR - 3 ouros; 5 pratas e 9 bronzes
Foram 258 brasileiros nos Jogos. Entre os países que mandaram aos menos 200
atletas, só Canadá e Polônia foram menos premiados. Pior ainda é a colocação do
Brasil nos rankings de produtividade por tamanho da população e pelo PIB (produto
interno bruto). No primeiro, o país seria apenas o 68º, e, no segundo, o 70º. Tanto em
população quanto no tamanho da economia o Brasil está entre os dez maiores do
mundo.
Com a exceção das potências Estados Unidos e China, nenhum país que terminou a
Olimpíada de Londres com mais medalhas do que o Brasil tem uma população maior
do que a brasileira. Oito nações que superaram o Brasil têm menos de 20 milhões de
habitantes, ou população menor do que a residente na Grande São Paulo.
Mesmo decadente esportivamente e com um PIB que não chega a 2,3% do brasileiro,
Cuba ficou sete posições à frente no quadro, com duas medalhas de ouro a mais.
A equipe enviada pelo COB não pode se orgulhar de formar um time competitivo na
maioria das modalidades. O Brasil subiu ao pódio em oito esportes diferentes, número
idêntico ao registrado em Pequim, há quatro anos. A Espanha, que ganhou as mesmas
17 medalhas que o Brasil, foi premiada em 11 modalidades diferentes.
Expectativas
O governo federal esperava melhor desempenho do país: entre 18 e 23 medalhas. O
ministro do Esporte, Aldo Rebelo, falou em 20.
O COB divulgou ontem que a Lei Piva repassou R$ 331 milhões para a entidade e as
federações prepararem os atletas para Londres nos últimos quatro anos. O valor tem
descontados impostos e verba destinada às olimpíadas escolares e universitárias.
No ciclo de Pequim-08, o COB recebeu R$ 230 milhões. O número de brasileiros em
finais caiu de 41 para 35.
4. Países como Austrália, Grã-Bretanha e Alemanha, gastaram mais no atual ciclo,
segundo o COB. Respectivamente, cerca de R$ 1,7 bilhão, R$ 2 bilhões e R$ 3,8 bilhões.
O Brasil gastou quase R$ 2 bilhões de investimento no esporte neste ciclo olímpico. A
cifra abarca o Bolsa-Atleta, repasses da Lei Piva, patrocínios estatais e recursos vindos
diretos do governo.
O COB quer, pensando em 2016, investir em esportes individuais, que crê terem
potencial, como canoagem, ciclismo BMX, boxe e ginástica.
(informações extraídas de: http://www1.folha.uol.com.br/esporte/1136253-brasil-e-
22-em-medalhas-e-pode-ser-pior-por-equipe-pib-ou-populacao.shtml)