2.
Quando ela era pequena gostava de
subir em muros e arvores, em sua grande
fazenda São Bernardo, a mesa do almoço
era sempre muito farta que ao redor
sentava Tarsila e seus irmãos na cabeceira
sempre seu pai que era fazendeiro e
conhecido como doutor Juca que adorava
tomar vinhos franceses e falar a língua
francesa e a mãe Lydia sempre sentada ao
seu lado.
A fazenda na qual Tarsila nasceu dia 1º de
setembro de 1886 era a São Bernardo na
cidade de Capivari. Foi ai que Tarsila
aprendeu a ler, escrever e bordar com a sua
professora Marie que era da Bélgica, e foi
contratada para ensinar as primeiras letras
à Tarsila e seus irmãos. Mas Tarsila sempre
tentava fugir para não fazer as lições de
Frances, pois ela preferia correr, saltar e
procurar maracujá no mato.
A Infância
3. Estudou em São Paulo,
no Colégio Sion e
depois em Barcelona,
na Espanha, onde fez
seu primeiro quadro,
'Sagrado Coração de
Jesus'. Quando voltou,
casou-se com André
Teixeira Pinto, com
quem teve a única
filha, Dulce.
Em 1904
4.
Separaram-se alguns anos depois e então iniciou seus
estudos em arte. Começou com escultura, passando a ter
aulas de desenho e pintura no ateliê de Pedro
Alexandrino, onde conheceu Anita Malfatti.
1918
5.
Foi estudar em Paris, na Academie Julien e com Émile Renard. Ficou lá até
junho de 1922 e soube da Semana de Arte Moderna (que aconteceu em
fevereiro) através das cartas da amiga Anita Malfatti. Quando voltou ao
Brasil, Anita a introduziu no grupo modernista e Tarsila começou a namorar
o escritor Oswald de Andrade. Formaram o grupo dos cinco: Tarsila, Anita,
Oswald, o também escritor Mário de Andrade e Menotti Del Picchia.
Agitaram culturalmente São Paulo com reuniões, festas, conferências.
Tarsila disse que entrou em contato com a arte moderna em São Paulo, pois
antes ela só havia feito estudos acadêmicos. Em dezembro de 22, ela voltou
a Paris e Oswald foi encontrá-la.
1920-1922
6.
Neste ano, Tarsila encontrava-se em Paris acompanhada do seu
namorado Oswald. Conheceram o poeta franco suíço Blaise
Cendrars, que apresentou toda a intelectualidade parisiense para
eles, pintou em seu ateliê, a tela 'A Negra'.. Com esta tela, Tarsila
entrou para a história da arte moderna brasileira. Cendrars também
apresentou a Tarsila pintores como Picasso, escultores como
Brancusi, músicos como Stravinsky e Eric Satie.
1923
7.
Tarsila oferecia almoços
bem brasileiros em seu
ateliê, servindo feijoada e
caipirinha. E era
convidada para jantares
como os do milionário
Rolf de Maré. E vestia-se
com os melhores
costureiros da época,
como Poiret e Patou. Em
uma homenagem a
Santos Dumont, usou
uma capa vermelha que
foi eternizada por ela no
auto-retrato 'Manteau
Rouge', de 1923.
Manteau Rouge
8. Tarsila fez sua primeira
Exposição individual em
Paris, com uma crítica bem
favorável. Neste mesmo ano,
ela casou-se com Oswald (o
pai de Tarsila conseguiu
anular em 1925 o primeiro
casamento da filha para que
ela pudesse se casar com
Oswald). Washington Luís, o
Presidente do Brasil na época
e Júlio Prestes, o Governador
de São Paulo na época, foram
os padrinhos deles.
1926
9. Tarsila queria
dar um
presente de
aniversário
especial ao seu
marido,
Oswald de
Andrade.
Pintou o
'Abaporu'.
Em janeiro de 1928
10.
teve a crise da bolsa de
Nova Iorque e a crise
do café no Brasil, e
assim a realidade de
Tarsila mudou. Seu pai
perdeu muito dinheiro,
teve as fazendas
hipotecadas e ela teve
que trabalhar. Separou-
se de Oswald.
1929
11.
Com um novo
namorado, o médico
comunista Osório Cesar,
Tarsila foi presa por
participar de reuniões
no Partido Comunista
Brasileiro com o
namorado. Depois deste
episódio, nunca mais se
envolveu com política.
Em 1931
12.
Pintou a tela
'Operários'. E a tela
'Segunda Classe'. Pois
estava passando por
uma triste fase social .
Em 1949, sua única neta
Beatriz morreu
afogada, tentando
salvar uma amiga em
um lago em Petrópolis.
Em 1933...
13.
A figura da Negra tinha muita ligação
com sua infância, pois essas negras
eram filhas de escravos que tomavam
conta das crianças e, algumas vezes,
serviam até de amas de leite
INFLUÊNCIA DA NEGRA
14. Tarsila do Amaral, a
artista-símbolo do
modernismo brasileiro,
faleceu no Hospital da
Beneficência Portuguesa,
em São Paulo, em 17 de
janeiro de 1973 devido a
depressão. Foi enterrada
no Cemitério da
Consolação de vestido
branco, conforme seu
desejo.
A Morte
15.
Certa vez Tarsila chegou de viagem da Europa,
desembarcou no porto de Santos e foi comprar
doces caseiros em uma casinha bem simples de
pescadores. Ao entrar observou um pequeno altar
com vários santinhos, enfeitados por vasinhos e
flores de papel crepom. Achou aquilo tão pitoresco e
pintou esta maravilhosa tela.
Religião Brasileira -
Obras
16.
Foi pintado por Tarsila do Amaral em 1928, oferecido como presente de aniversário ao escritor
Oswaldo de Andrade, que era marido de Tarsila na época. Quando viu a tela, assustou-se e
chamou seu amigo, o também escritor Raul Bopp. Ficaram olhando aquela figura estranha e
acharam que ela representava algo de excepcional. Tarsila lembrou-se então de seu dicionário
tupi-guarani e batizaram o quadro como Abaporu (o homem que come). Foi aí que Oswald
escreveu o Manifesto Antropófago e criaram o Movimento Antropofágico, com a intenção de
"deglutir" a cultura europeia e transformá-la em algo bem brasileiro. Este Movimento, apesar
de radical, foi muito importante para a arte brasileira e significou uma síntese do Movimento
Modernista brasileiro, que queria modernizar a nossa cultura, mas de um modo bem brasileiro.
Atualmente abaporu está exposto no museu de arte Latino-americana de Buenos Aries.
O "Abaporu" foi a tela mais cara vendida até hoje no Brasil, alcançando o valor de US$1,43
milhões e foi comprada pelo colecionador argentino Eduardo Costantini em 1995 e que nos
últimos anos, recusou propostas de dezenas de milhões de dólares por ela.
A artista contou que o Abaporu era uma imagem do seu inconsciente, e tinha a ver com as
estórias de monstros que comiam gente que as negras contavam para ela em sua infância. Em
1929 Tarsila fez sua primeira Exposição Individual no Brasil, e a crítica dividiu-se, pois ainda
muitas pessoas ainda não entendiam sua arte.
Abaporu -Obras
17.
Tarsila pintou este quadro no começo de 1924 e
escreveu à sua filha dizendo que estava fazendo uns
quadros "bem brasileiros", e a descreveu como "um
bicho esquisito, no meio do mato, com um sapo, um
tatu, e outro bicho inventado". Este quadro é
também considerado um prenúncio da Antropofagia
na obra de Tarsila e foi doado por ela ao Museu de
Grenoble na França.
A Cuca - Obras
18.
Nesta tela temos símbolos muito importantes da
Antropofagia. A cobra grande é um bicho que
assusta e tem um poder de "deglutição". A partir
daí, o ovo é uma gênese, o nascimento de algo
novo e esta era a proposta da Antropofagia. Esta
tela pertence ao importante acervo de Gilberto
Chateaubriand e está sempre sendo exibida em
grandes exposições.
O Ovo ou Urutu -
Obras
19. O quadro “A cuca” feita em 1924, teve influencias pela infância de Tarsila que na
escuridão da noite ela ouvia barulhos estranhos e imaginava que eram sacis, mula sem
cabeça ou algumas assombrações misteriosas que passava pelo mato e pelo pomar.
O quadro “A Feira 2” pintado em 1925, teve influencias pelas viagens que Tarsila e
sua família faziam que ia da Fazenda São Bernardo até a cidade de Capivari com
seu carro trole. O vento e os cheiros iam se misturando pelo caminho, o cheiro verde
do mato, o aroma dos cafezais; e o colorido de algumas casinhas espalhadas pela
região, pintadas de rosa e azul, a terra com as folhas verdes e os grãos miúdos e
vermelhinhos dos pés de cafés.
O quadro “Abaporu” foi criado em 1928 depois que Tarsila se mudou para a outra
fazenda que se chamava Santa Tereza do alto em Jundiaí uma fazenda que havia
uma paisagem muito estranha com pedras arredondadas às vezes compridas e
finas, enormes, monstruosas e tinha muitos cactos. O significado da palavra
“Abaporu” é indígena que significa antropófago (individuo que come carne humana).
O Lago (1928)
Influência
20.
Em 1924, Tarsila disse que foi em Minas que ela viu as
cores que gostava desde sua infância, mas que seus
mestres diziam que eram caipiras e ela não devia usar em
seus quadros. “Encontrei em Minas as cores que adorava
em criança. Ensinaram-me depois que eram feias e
caipiras. Mas depois vinguei-me da opressão, passando-
as para as minhas telas: o azul puríssimo, rosa violáceo,
amarelo vivo, verde cantante, ...” E essas cores tornaram-
se a marca da sua obra, assim como a temática brasileira,
com as paisagens rurais e urbanas do nosso país, além da
nossa fauna, flora e folclore.
INFLUENCIAS EM
SUAS CORES
21.
Em suas obras percebemos uma grande simplicidade. Mas o
que hoje é tão familiar, no início do século era um choque.
Muito se discutiu e se criticou até que pinturas como as de
Tarsila fossem consideradas obras de arte de importância.
Na época, predominava no Brasil a pintura acadêmica, com
regras para tudo: que cores usar, o que devia ser pintado,
como os quadros de natureza-morta. O modo de retratar devia
ser realista. Os modernistas, o grupo de artistas ao qual Tarsila
pertencia, achavam que este era um tipo de arte que não
refletia a cultura brasileira. Eles se encontravam, conversavam,
escreviam em jornais e publicavam revistas.
Morro da Favela (1925)
Antes da semana arte
moderna
22.
O movimento modernista mudou toda a arte no
Brasil e teve como evento principal a Semana de 22,
que tem esse nome porque aconteceu em fevereiro
de 1922, da qual Tarsila não participou porque
estava estudando em Paris.
O Pescador (1925)
Por que modificaram..
23. -Uso de cores vivas
- Influência do cubismo (uso de formas geométricas)
- Abordagem de temas sociais, cotidianos e paisagens
do Brasil
- Estética fora do padrão (influência do surrealismo na
fase antropofágica).
Retrata tempos históricos e operários
Retrata fazendas de café do século XIX, a mão-de-obra
Seus quadros foram pintados entre a década de XX, em
1922 houve no Brasil a semana de arte moderna.
Antropofagia (1929)
Características de suas
obras
25. Tarsila nasceu em Capivari e aprendeu a ler,
bordar, escrever na fazenda que morava. Estudou
em São Paulo e depois em Barcelona, onde fez seu
primeiro quadro.
Casou e teve uma filha, logo depois separou e foi
para Paris estudar arte.
Voltou ao Brasil entrou para o grupo Modernista.
Envolveu – se em política onde foi presa e depois
disso nunca mais opinou pela política.
Sua telas representavam cada momento vivido na
sua vida.
Conclusão
26. Foi considerada como símbolo do modernismo
Brasileiro, foi muito criticada no inicio do século,
pois na época predominava a pintura acadêmica.
Sua obras ficaram mais conhecida na Semana de 22
da arte moderna, onde mudou a historia da arte no
Brasil.
Morreu em 1973, mas foi conhecida como uma
figura importante na historia da arte moderna e
sempre será lembrada.
Conclusão