O documento descreve as origens e tradições associadas ao Dia dos Namorados (14 de fevereiro), começando pelos Celtas e passando pela Idade Média na França e Inglaterra. Explica como as tradições foram evoluindo ao longo dos séculos, com a troca de presentes e a popularização dos cartões e bilhetes apaixonados a partir do século XV. Por fim, apresenta brevemente a figura mitológica de Cupido.
2. S. Valentim – DIA DOS NAMORADOS
Muitas são as tradições associadas ao dia de São Valentim, variando de país
para país. Nas Ilhas Britânicas na altura dos Celtas, as crianças costumavam vestir-se
de adultos e cantavam de porta em porta, celebrando o amor.
No actual País de Gales, os apaixonados trocavam entre si prendas como
colheres de madeira com corações gravados, chaves e fechaduras, o que significava
«Só tu tens a chave do meu coração».
Em França e na actual Inglaterra, já na Idade Média, , no dia 14 de Fevereiro, os
jovens sorteavam os nomes dos seus pares e estes eram cosidos nas mangas durante
uma semana. Se alguém trouxesse um coração costurado na camisola, isso significava
que essa pessoa estava apaixonada.
Ao longo dos tempos, as tradições de São Valentim foram adquirindo um grau
de complexidade cada vez maior. A cada ano que passava, foram-se criando novas
tradições, lendas e brincadeiras, como é o caso das mensagens apaixonadas.
A tradicional troca de cartões, cartas e bilhetes apaixonados no dia 14 de
Fevereiro teve origem na altura da própria lenda de São Valentim, quando este teria
deixado um bilhete à filha do seu carcereiro. No entanto, não há qualquer facto que
comprove esta lenda. Porém, é certo que, no século XV, Charles, o jovem duque de
Orleães, terá sido o primeiro a utilizar cartões de São Valentim. Isto porque,
enquanto esteve aprisionado na Tower of London, após a batalha de Agincourt em
1945, terá enviado, por altura do São Valentim, vários poemas e bilhetes de amor à sua
mulher que se encontrava em França.
Durante o século XVII sabe-se que era costume os enamorados escreverem
poemas originais, ou não, em pequenos cartões que enviavam às pessoas por quem
estavam apaixonados. Mas, foi a partir de 1840, na Inglaterra vitoriana, que as
mensagens de São Valentim passaram a ser uniformizadas. Os cartões passaram a ser
enfeitados com fitas de tecido e papel especial e continham escritos que ainda hoje
nos são familiares, como é o caso de «would you be my Valentine».
Nos dias de hoje, é entre os mais novos que estas mensagens de São Valentim são mais
populares, sendo uma forma de expressarem a sua paixão.
3. Cupido também conhecido por deus
do amor, segundo a mitologia grega, era
filho de Vénus e de Marte.
Cupido encarnava a paixão e o amor
em todas as suas manifestações. Logo que
nasceu, Júpiter, sabedor das perturbações
que iria provocar, tentou obrigar Vénus a
desfazer-se dele. Mas Vénus decidiu
protegê-lo escondeu-o num bosque, onde
ele se alimentou com leite de animais
selvagens.
Cupido é representado com um arco e
uma flecha. Os ferimentos provocados
pelas suas flechas despertam amor e paixão
nas suas vítimas.