Este documento fornece um resumo histórico da jardinagem ao longo dos séculos, desde a Pré-História até a era moderna. Ele descreve os principais estilos de jardins em diferentes civilizações como o Egito Antigo, a Mesopotâmia, a Grécia Clássica, Roma, Idade Média, Renascimento, Barroco e os movimentos neoclássico e romântico. O documento também discute a introdução de novas plantas e abordagens paisagísticas nos séculos XVIII e XIX e
1. HISTÓRIA
DA
JARDINAGEM
arq. msc. glaucus cianciardi
2. JARDINAGEM:
‘A arte da transformação da paisagem’.
Quais são os princípios que regem as artes?
3. Princípios que regem as artes:
cor
linha
forma
volume
textura
padronagem
harmonia
equilíbrio
4.
5. Princípios que regem as artes
ESTILO
Condicionantes: sociais, econômicas, religiosas, culturais.
6. ‘Da anarquia às determinantes estilísticas’.
‘obra-prima’
‘decadência’
7. Dificuldades de registro histórico:
Guerras, mudança de estilo, reformas,
crescimento das cidades, ausência da
consciência de preservação histórica.
10. de 0 a 3.500 a.C.
ERA ÁGRAFA
arq. msc. glaucus cianciardi
11.
12. 1.0 PRÉ-HISTÓRIA
Mesolítico (12 000 a.C.) – vida mais sedentária, fase de
transição entre a coleta e a produção de alimentos.
Neolítico ( 7000 a.C.) – desenvolvimento da agricultura.
41. • Sumérios
• Assírios
• Babilônicos
• Caldeus
• Persas
Gravura do séc. XVIII representando a cidade de Babilônia
Iraque – 3500 a.C.
42. BABILÔNICOS
• Influência egípcia.
• Jardins murados e
fechados.
• Início de jardins irrigados
por canais.
• Utilização de fauna e flora
exótica.
Ruínas do Palácio de Nabucodonosor – séc. 6 a.C.
43.
44. PERSAS
• Persas tradição guerreira, vida
requintada, palácios ajardinados.
• Jardins servindo de cenário ao
descanso, prazer, diversão, luxo e
ao amor.
• Buscavam permeabilidade visual.
• Salas avarandadas.
45. •Grande preocupação com
os aspectos estéticos.
•Jardins com características
mais sensuais do que
utilitárias: ‘Jardim das
delícias’.
•Folhas e flores
perfumadas.
O Jardim das Delícias Terrenas, Hieronymus Bosch, 1500
48. Água elemento essencial no
jardim: refrigeração,
umidificação, efeito de
iluminação, ampliação e
dinamismo para as
composições.
Sistema de irrigação.
Canalização das águas do
degelo das montanhas para
regiões mais áridas.
Canais ladeados por árvores
frutíferas.
56. Caráter racionalista grego: ‘ Pensar é mais fácil que
sentir.’ Gosto contido, racional e sóbrio.
‘Jardins com influências egípcias e persas, com
composição geométrica ou não, centrando a
composição em um tanque que passou de utilitário
para ornamental.
Vegetação ornamental e utilitária.
As espécies podiam ser plantadas linearmente ou em
forma de manchas.
Residências com as aberturas voltadas para o pátio
interno.
62. • Monumentalidade.
• Gosto exuberante, emocional e
dramático.
• Jardim espiritual .
• Jardins internos e externos ao
edifício.
Perístilo romano
63. • Jardins mais planejados:
escadarias, pérgulas, pórticos.
• Jardins mais planejados
• Poderio econômico de seu
proprietário.
Villa de Adriano, 118-134 d.C.
71. 500 a 1500 d.C.
IDADE MÉDIA
arq. msc. glaucus cianciardi
72.
73.
74. Povos invasores:
• Arte de fácil transporte
• Floríferas de ciclo curto
• Jardineiras nas janelas
75. JARDINS DE MOSTEIROS
• Jardins rudes e pesados.
• Jardins de pátios:
Pomar-cemitério,
Jardim culinário,
Jardim físico (utilização de muretas com
buxos podados).
Mosteiro de Fontenay Abbey – França – 1139
• Nos pátios espécies floríferas eram
cultivadas em vasos.
• No cruzamento dos caminhos: fonte,
cruzeiro, arbusto simbólico.
76. TRADIÇÃO MOURA
• Persas + Romanos
• Pretendiam ser retrato do paraíso.
• Água possuía simbologia sagrada e
ornamental. A água quase nunca é
monumental, sempre ao nível do chão,
por vezes descendo degraus.
• Vegetação ornamental, muitas vezes
dominada pela topiaria. Alhambra, Granada – Espanha, 1238.
80. JARDINS DE CASTELOS
• Destinados mais às mulheres –
encontro com os amantes.
• Influenciados pelos jardins dos
mosteiros, depois pelo Jardim
das delícias herdado dos persas.
• Possuíam um pradinho
(gramado) poucos arbustos,
canteiros floridos retangulares e
quadrados.
• Banco relvado
• Mesa de pedra.
• Treliças.
81.
82. 1420 a 1600 d.C.
RENASCIMENTO
arq. msc. glaucus cianciardi
83.
84. Marco da transição dos Jardins
Clássicos Formais.
Revolução na arte da
Jardinagem dos jardins murados
aos jardins abertos.
85. Fonte de inspiração:
• as antigas villas
romanas,
• influência
espanhola (técnica
hidráulica),
• influência medieval
- ‘jardins físicos’,
• Jardins terraço.
O estilo italiano surge em Florença, logo sendo assimilado por Roma e no século XVI ganha toda a Europa.
97. Escola de Jardins do Renascimento Francês.
André Lê Nôtre, 1613 - 1700
98. Domínio do homem sobre a natureza.
Rei Sol: Luís XIV, 1638 - 1714
Apolo
99. TRÊS GRANDES MOMENTOS:
• o eixo central, salas verdejantes e os bosques
de caça.
• Terraços Cavaleiros para que se pudesse
observar os canteiros mosaicos (parterre de
broderie – padrões bordados).
• Mosaicos executados com floradas
exuberantes, folhagens diversas, minerais
variados, pedra tingida, tijolos moídos, terra. Vaux-le-Vicomte, André Lê Nôtre, 1661.
• Mini-jardins zoológicos.
111. • Estilo mais frívolo, mais intimista.
• Recuperação da grandiosidade do antigo
império romano.
• Ordenação geométrica, simetria, economia,
simplificação.
• Jardins mais verdes que coloridos, margeados
por bordaduras.
• Redução nos elementos hidráulicos,
escultóricos e arquitetônicos.
• Vasos floridos sobre pedestais.
122. Criar paisagens mais naturais do que a própria natureza.
• Lírico
• Gosto pelo exótico.
• Escapista
• Historicista.
• Nacionalista
• Valorização do indivíduo.
130. 11.0 MODERNIDADE SÉC. XIX E XX
Movimento eclético oriundo da liberdade romântica.
Jardins tornaram-se atrações turísticas.
Redução do tamanho dos jardins - popularização da arte da
jardinagem.
Busca de novas linguagens artísticas.
140. Tradição estilística em contraposição aos novos
modos de produção, novos parâmetros sociais e
florescimento científico.
Fallingwater House, Frank Lloyd Wright, Pensilvânia, 1934