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Adesão ao tratamento
Uma abordagem multidisciplinar
ADESÃO AO TRATAMENTO
“Medida com que o comportamento de uma pessoa – como

tomar a sua medicação, seguir a dieta e/ ou mudar seu estilo de
vida – corresponde às recomendações de um profissional de
saúde” (OMS, 1979)
Sistema e equipe de
saúde

Fatores relacionados ao
paciente

ADESÃO
É
MULTIDIMENSIONAL

Fatores
relacionados a
doença

Fatores
socioeconômicos
Fatores relacionados
ao tratamento

Modificado de Haynes RB. Johns Hopkins University Press, 1979.
FATORES
INFLUENCIADORES
DA ADESÃO

Gusmao JL. Rev Bras Hipertens vol.13(1): 23-25, 2006.
ADESÃO AO TRATAMENTO
ENVOLVE
 Ações preventivas
 Comparecimento as consultas agendadas
 Seguimento de orientações de auto-cuidado
 Administração das medicações na forma que foram prescritas
 Mudança de estilo de vida
NÃO ADESÃO
Não seguimento das orientações, causando efeitos danosos à saúde

ou redução da efetividade das medicações prescritas (Vermeire,E.
2001)

Baixa adesão consiste em um problema mundial. (OMS, 2005)
PREVALÊNCIA DE NÃO ADESÃO
Doenças crônicas diversas: 24,8% (DiMatteo MR, 2004)
Receptores de transplante de órgãos sólidos: 22,6% (Rim –

36,6%) (Dew MA, 2007)
Adolescentes versus crianças: 30 – 53% vs 3 – 19%
(Dobbles,F. 2005; Rianthavorn,P. 2005)
FATORES DE RISCO PARA
NÃO ADESÃO
Histórico de não adesão
Doenças psiquiátricas
Suporte social deficiente
Etilismo/uso de drogas ilícitas
Adolescentes/Idosos
Efeitos colaterais da medicação
Relação médico paciente deficiente
Falta de informação sobre a doença
Analfabetos
Chisholm, MA. Am J Health Syst Pharm. 62: 1775-1781. 2005
POR QUE OS PACIENTES NÃO
SEGUEM AS ORIENTAÇÕES?
Esquecimento – gostariam de tomar mas esquecem
Discordam do diagnóstico ou regime terapêutico
Deliberadamente tomam mais ou menos do recomendado.
MOTIVOS DE NÃO ADESÃO

Cramer JA, New York: Raven Press: 387-392, 1991
IMPACTO DA NÃO ADESÃO
Rejeição
Perda do Enxerto
Morte
Econômico
Rejeição do Enxerto

Nevins,TE. Kidney Int . 60: 1565-1570, 2001
Rejeição do Enxerto – HCFMUSP
Porcentagem de perda do enxerto no grupo NA

n= 41 pacientes

Silva, DS. Congresso ABTO 2009
IMPACTO ECONÔMICO DA
NÃO ADESÃO
Custo da não adesão
doenças crônicas: US$ 100 a 300 bilhões anuais.
Transplante órgãos sólidos: U$$ 15 a 100 milhões anuais
Custo anual Medicare:
 Rim funcionante: US$ 855
 Falência enxerto: US$ 50 938

Sabate, E. WHO, 2003
Hansen,R. Transplant Proc. 39: 1287-1300, 2007
IMPACTO ECONÔMICO DA
NÃO ADESÃO - HCFMUSP
n=720 pacientes
Grupo NA
N=41

Grupo A
N=679

P

Necessidade de
internação

85,4%

70,2%

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71%

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39%

19,8%

0,003

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21,9%

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Cr sérica > 1,5

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70,9%

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Silva, DS. Congresso ABTO 2009
RAZÕES PARA MELHORAR
ADESÃO AO TRATAMENTO
Para OMS, consiste no “melhor investimento para gerenciar

as condições crônicas de maneira efetiva”
Seu benefício se estende ao paciente, família, sistema de

saúde e economia do país.
COMO AVALIAR A ADESÃO?
Relato do paciente
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Dosagem urinária ou sanguínea da medicação
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Orientação fornecida ao paciente
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Silva, DS. J Bras Nefrol. 31(2):139-146, 2009
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Adesão ao tratamento

  • 1. Adesão ao tratamento Uma abordagem multidisciplinar
  • 2. ADESÃO AO TRATAMENTO “Medida com que o comportamento de uma pessoa – como tomar a sua medicação, seguir a dieta e/ ou mudar seu estilo de vida – corresponde às recomendações de um profissional de saúde” (OMS, 1979)
  • 3. Sistema e equipe de saúde Fatores relacionados ao paciente ADESÃO É MULTIDIMENSIONAL Fatores relacionados a doença Fatores socioeconômicos Fatores relacionados ao tratamento Modificado de Haynes RB. Johns Hopkins University Press, 1979.
  • 4. FATORES INFLUENCIADORES DA ADESÃO Gusmao JL. Rev Bras Hipertens vol.13(1): 23-25, 2006.
  • 5. ADESÃO AO TRATAMENTO ENVOLVE  Ações preventivas  Comparecimento as consultas agendadas  Seguimento de orientações de auto-cuidado  Administração das medicações na forma que foram prescritas  Mudança de estilo de vida
  • 6. NÃO ADESÃO Não seguimento das orientações, causando efeitos danosos à saúde ou redução da efetividade das medicações prescritas (Vermeire,E. 2001) Baixa adesão consiste em um problema mundial. (OMS, 2005)
  • 7. PREVALÊNCIA DE NÃO ADESÃO Doenças crônicas diversas: 24,8% (DiMatteo MR, 2004) Receptores de transplante de órgãos sólidos: 22,6% (Rim – 36,6%) (Dew MA, 2007) Adolescentes versus crianças: 30 – 53% vs 3 – 19% (Dobbles,F. 2005; Rianthavorn,P. 2005)
  • 8. FATORES DE RISCO PARA NÃO ADESÃO Histórico de não adesão Doenças psiquiátricas Suporte social deficiente Etilismo/uso de drogas ilícitas Adolescentes/Idosos Efeitos colaterais da medicação Relação médico paciente deficiente Falta de informação sobre a doença Analfabetos Chisholm, MA. Am J Health Syst Pharm. 62: 1775-1781. 2005
  • 9. POR QUE OS PACIENTES NÃO SEGUEM AS ORIENTAÇÕES? Esquecimento – gostariam de tomar mas esquecem Discordam do diagnóstico ou regime terapêutico Deliberadamente tomam mais ou menos do recomendado.
  • 10. MOTIVOS DE NÃO ADESÃO Cramer JA, New York: Raven Press: 387-392, 1991
  • 11. IMPACTO DA NÃO ADESÃO Rejeição Perda do Enxerto Morte Econômico
  • 12. Rejeição do Enxerto Nevins,TE. Kidney Int . 60: 1565-1570, 2001
  • 13. Rejeição do Enxerto – HCFMUSP Porcentagem de perda do enxerto no grupo NA n= 41 pacientes Silva, DS. Congresso ABTO 2009
  • 14. IMPACTO ECONÔMICO DA NÃO ADESÃO Custo da não adesão doenças crônicas: US$ 100 a 300 bilhões anuais. Transplante órgãos sólidos: U$$ 15 a 100 milhões anuais Custo anual Medicare:  Rim funcionante: US$ 855  Falência enxerto: US$ 50 938 Sabate, E. WHO, 2003 Hansen,R. Transplant Proc. 39: 1287-1300, 2007
  • 15. IMPACTO ECONÔMICO DA NÃO ADESÃO - HCFMUSP n=720 pacientes Grupo NA N=41 Grupo A N=679 P Necessidade de internação 85,4% 70,2% 0,03 Biópsia 71% 55% 0,04 Rejeição aguda 39% 19,8% 0,003 Perda do enxerto 21,9% 7,9% 0,006 Cr sérica > 1,5 36,5% 70,9% <0,0001 Silva, DS. Congresso ABTO 2009
  • 16. RAZÕES PARA MELHORAR ADESÃO AO TRATAMENTO Para OMS, consiste no “melhor investimento para gerenciar as condições crônicas de maneira efetiva” Seu benefício se estende ao paciente, família, sistema de saúde e economia do país.
  • 17. COMO AVALIAR A ADESÃO? Relato do paciente Contagem de comprimidos Dosagem urinária ou sanguínea da medicação Auto-relato como estimativa da adesão (Morisky et al, 1986)
  • 18. ESTRATÉGIAS NA ADESÃO Orientação fornecida ao paciente Redução do número de doses diárias de medicação Comunicação médico-paciente Monitoramento eletrônico Estímulo ao apoio do cuidador e ao autocuidado Intervenção psicológica Silva, DS. J Bras Nefrol. 31(2):139-146, 2009
  • 19. Taxa de Adesão (%) ADESÃO A MEDICAMENTOS Uma vez dia Duas vezes dia Três vezes dia Quatro vezes dia Esquema Terapêutico Modificado de Ostenberg, L. N Eng J Med 2005; 353: 487-97
  • 20. ADESÃO VS IMUNOSSUPRESSÃO Doesch,AO. Transplantation Proceedings. 42: 4238-4242. 2010
  • 21. ADESÃO É UM TRABALHO MULTIDISCIPLINAR PACIENTE
  • 22. ADESÃO É UM PROCESSO CONTÍNUO Pré Transplante Transplante Pós Transplante Identificação dos fatores de risco Assistência Personalizada Educação em saúde

Notas del editor

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