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"Então, quando você vai dar a notícia ao mundo que você não está realmente noiva?"
Patrick perguntou a Ellen enquanto caminhavam pelo corredor na direção da sala de
conferência. O conhecimento de que estavam guardando um segredo potencialmente
perigoso, faziam-nos pensar como agir um com o outro em público. Havia uma enorme
lacuna entre seus corpos que normalmente não estava lá. Era tão anormal, que as
pessoas que caminhavam em sua direção tinham uma sobrancelha arqueada em
confusão.

"O que?" Ellen respondeu com um sorriso. Patrick fez a mesma pergunta de novo em
um tom mais sério.

"Quando você vai liberar uma declaração dizendo que não é verdade que está noiva?"

"Eu não sei se eu vou". Ela respondeu imediatamente, encolhendo os ombros. Sua
resposta rápida, provava que ela tinha entendido o que ele perguntou da primeira vez.
Parando de repente no centro do corredor acarpetado, ele pôs a mão no ombro dela para
impedi-la de andar.

"O que você quer dizer, que não sabe se vai fazer a declaração, ou não sabe que está
noiva? Seu tom de incredulidade fez Ellen torcer o nariz.

"Eu não sei o que estou fazendo ainda. Francamente, eu não acho que seja qualquer
negócio, se eu estou noiva ou não."

"Então você vai deixar todo mundo pensando que vai se casar com ele?" Patrick
questionou descrente. Ele não conseguia entender a idéia de as pessoas pensarem que
Chris ainda estava no quadro. Ele estava começando a perceber o quão difícil seria
fingir que Ellen era apenas uma amiga.

 "Eu já falei sobre isso com Jessica, minha assessora, e eu não estou certa do que eu
quero fazer ainda. Eu não vou liberar um comunicado toda vez que alguém começar um
boato." Uma nova escritora com a qual eles não estavam familiarizada passou por eles
com um sorriso cauteloso. Nenhum dos dois tinha visto ela chegando, e Patrick entrou
em pânico por um segundo e se afastou de Ellen como se ela estivesse doente.

 Alargando os olhos, Ellen assistiu como a mulher continuou pelo corredor.
Pigarreando, Patrick tentou obter o controle de suas emoções. "Este é um caso em que
uma declaração é necessária." Ele disse a ela, uma vez que ele se lembrou do que
estavam falando. "Por que você quer que todos pensem que você vai se casar com ele?"
Seu tom acusador a deixava louca, e ela cruzou os braços em defesa.

 Alguns de seus colegas de elenco e outros escritores, começaram a passar por eles,
fazendo o seu caminho pelo corredor em direção à sala para onde estavam se dirigindo,
assim Ellen manteve sua voz baixa, mesmo que ela tivesse certeza que ninguém estava
ouvindo.

 "Eu não me importo com o que as pessoas pensam! As pessoas perto de mim sabem a
verdade, isso é tudo que importa."

"Eu não gosto disto!" Ele respondeu como uma criança mimada. "Já é muito ruim eu ter
que fingir que não estou com você. Mas, ouvir todo mundo falar sobre seu noivado
imaginário? Isso é ridículo." Ambos estavam irritados e não pensavam com clareza
suficiente, para dar à situação qualquer pensamento racional.

 "Não é diferente de ouvir de todos sobre como seu casamento parece um conto de
fadas". Ela falou, só porque ela era louca. Ela havia feito um pacto com si mesma que
iria parar de jogar Jill em sua cara, mas as palavras tinham apenas disparado para fora
de sua boca como de hábito.

 Os olhos de Patrick estavam escurecidos de raiva e eles estavam se olhando de cima
para baixo, até que uma voz chamou da porta da sala de conferências.

"Ei, pombinhos, vamos ter a graça de contar com sua presença hoje?" Virando-se, Ellen
e Patrick viram o sorriso zombeteiro de TR.

 "Nós estaremos aí." Ellen respondeu, fingindo um tom alegre. Se TR estivesse perto o
suficiente, ele teria visto os dentes de Ellen rangendo. Estreitando os olhos, Patrick
suspirou.

"Será que ele sabe sobre nós?" Ele acusou, sabendo que ela era muito amiga dos seus
colegas co-estrelas. Jogando as mãos em desespero, ela balançou a cabeça.

 "Não. Desculpe eu não enviar um comunicado sobre nós também." O tom sarcástico o
irritava ainda mais.

"Bem, eu acho que essa é uma das coisas que teremos de trabalhar, eventualmente."
Patrick murmurou infeliz. Seu humor, que tinha sido tão bom desde que ele e Ellen
começaram a trabalhar o relacionamento, estava desaparecendo rapidamente.

"Eu acho que é." Ela bufou, e esperou que ele fosse embora, antes de o seguir em
silêncio.

 "Problemas no paraíso?" Sandra sussurrou quando Ellen passou por ela, em seu
caminho para a sala de conferências. Patrick já tinha entrado, e não podia ouvir a
conversa.

"Você não tem idéia". Ellen murmurou miseravelmente, ganhando um olhar curioso de
sua amiga.

"Parabéns!" Alguns dos seus colegas de trabalho disseram animados, quando Ellen
entrou na sala.

 "Assim, parece que temos um casamento na vida real em nosso meio." Shonda disse
com um sorriso curioso. Sua voz era sincera, mas o olhar no rosto dela era uma
confusão completa. Ellen e Chris se casarem definitivamente não era o que ela esperava.

Fingindo um sorriso, Ellen não sabia mais o que fazer. Seus olhos se encontraram com
os de Patrick como de hábito, e o ciúme intenso e incômodo que viu ali a fez sentir dor
no estômago.
- Um dia depois

 "Alô?" Patrick respondeu seu telefone e então fez uma pausa para recuperar o fôlego.
Ele tinha literalmente acabado de sair do banho e teve de correr para pegar o telefone,
antes que ele parasse de tocar. Ele não conversava com Ellen desde a sua briga no dia
anterior. Ambos tinham precisado de um tempo para se acalmar. Ele tinha esperado
pacientemente que ela ligasse para ele, sabendo que ela o faria, quando estivesse
pronta.

"Vá para a página inicial do Yahoo." A voz de Ellen declarou através do telefone.

"Eu nem sequer vou ganhar um Olá?" Ele amuou, mas apenas ouvir sua voz o fazia
sorrir.

"Faça isto". Ela falou em tom de comando, como ela não tivesse ouvido nada. Seu jeito
mandão divertiu-o, então ele decidiu provocá-la ainda mais.

 "Acabei de sair do chuveiro. Posso colocar roupas primeiro?" Um suspiro irritado foi
tudo o que ele teve de resposta. Sem contar a ela, ele foi em direção à cômoda que
estava servindo de mesa. Segurando o telefone em uma mão, ele abriu seu lap top com a
outra.

 "Basta ir à página inicial do Yahoo e clicar no entretenimento. Deve estar lá." Soltando
sua toalha, ele tremeu quando o ar frio soprou sobre a pele úmida. "Você já está lá?" Ela
perguntou, impaciente, depois de vários minutos.

"Eu sou do tipo ocupado ... você sabe que eu estou nu?" Ele brincou, na esperança de
obter uma risada dela. Mas, ele logo percebeu que ela não estava de bom humor quando
ela soltou um gemido.

 "Passei dez horas no set. Estou cansada e com fome, e gostaria de tomar um banho,
também. Assim vá logo à sua página do Yahoo, antes que eu chegue aí em sua casa e te
mate." Seu discurso retórico o fez rir.

"Eu não sabia que a mulher da minha vida é tão mal-humorada ..." O outro lado da linha
estava em silêncio, mas ele sabia que ela ainda estava lá por causa de sua respiração
pesada.

"Patrick ..." Ela avisou, e ele se rendeu.

"Tudo bem, tudo bem, eu estou lá. O que exatamente eu estou procurando?" Nada fora
do comum apareceu, e ele enrugou a testa em confusão.

 "Será que você foi para a seção de entretenimento?" Ele podia ouvir o esgotamento
completo em sua voz e se sentia mal de ter provocado ela. Ele só tinha trabalhado
algumas horas naquele dia, mas Ellen tinha mais cenas, e gastou muito mais tempo no
set do que ele.
"Sim, eu estou lá." Seus olhos passearam sobre o site. Várias manchetes foram
aparecendo em intervalos de dez segundos e ele esperou pacientemente, sabendo que
tinha de haver uma razão para que ela pedisse para ele entrar lá.

"Tudo bem, deve estar lá ...." Ela soltou um bocejo, e de repente, apareceu tudo o que
era falado entre eles, até um título com a sua imagem apareceu.

 "Ah ... estou vendo". Ele disse, antes de clicar no link. Demorou apenas alguns
segundos para o artigo carregar, e ele imediatamente lembrou-se quando ele tinha lido
sobre o seu noivado. Mesmo sabendo que provavelmente não seria nada ruim, as palmas
das suas mãos começaram a suar mesmo.

 "Estrela de Grey's Anatomy nega rumores de noivado." Ele leu em voz alta e, em
seguida, continuou a ler silenciosamente. O artigo tinha dois parágrafos, no máximo, e
era basicamente um comunicado de sua agente dizendo que Ellen não estava
definitivamente noiva. Ela não disse nada sobre ela não estar com Chris, mas Patrick
estava bem com isso. Deixando escapar um suspiro satisfeito, ele leu as palavras de
novo só para ter certeza.

"Você fez isso?" Ele perguntou incrédulo. Ele não esperava que ela fizesse.

"Eu fiz isso."

"Quando?"

"Esta manhã." Patrick não sabia o que dizer em primeiro lugar. Seu bom humor
repentinamente voltou. Era impossível ficar zangado com ela, mas a situação o tinha
incomodado.

 "Eu não tinha certeza que você faria". Ele admitiu, e ela riu, mas a voz dela tinha pouca
energia.

"Eu fiz isso por você." Sua confissão o fez sorrir.

"Obrigado."

"Eu não estava tentando feri-lo." Ela disse, após um longo silêncio.

"Eu sei". Suspirou Patrick, desejando que ela estivesse lá ao seu lado e não no telefone.
Ele queria tocar-lhe, para ver seu rosto, para segurá-la.

"Bom". A voz de Ellen estava sem energia, e apesar do tanto que ele queria falar com
ela, ele sabia que ela precisava dormir.

"Ellen, vá para a cama. Podemos nos falar amanhã."

"Você tem certeza?"

"Sim". Você precisa dormir um pouco. "
"Eu te amo". Ela murmurou, como se ela já estivesse meio adormecida. Eles já tinham
dito isso um para o outro antes, mas apenas ocasionalmente. Não era uma coisa que
diziam todo dia, e ouvir esta declaração da boca de Ellen fazia seu coração bater um
pouco mais rápido.

"Eu também te amo." Não demorou muito para ele perceber que ela tinha se afastado
para dormir, assim terminou o telefonema com um sorriso no rosto.




Um mês depois


 "Aí está você." Patrick exclamou antes de cruzar o trailer em três passos rápidos. O
script de Ellen caiu ao chão, quando ele a puxou para seus braços.

"Desculpe". Ellen riu, surpresa pela sua saudação. "Esse ensaio durou para sempre ...
então Katie queria ir almoçar, então eu tive que inventar uma desculpa para não sair
com ela. Espero que ela não ache estranho ..."

 "Ellen. Shhhh ..." Patrick parou sua explicação, pressionando os lábios contra os dela.
Gemendo em sua boca, ele deixou sua língua passear contra a dela. O beijo intensificou-
se rapidamente, mas eles se afastaram simultaneamente, depois de vários minutos para
recuperar o fôlego. O sexo era bom, e apaixonado, e surpreendente ... mas eles queriam
mais, precisavam de mais.

 "Tudo bem. Eu só estava com medo que você tivesse esquecido." Apontando para a
pequena mesa, ele apontou para o almoço que ele tinha feito para ela.

Seguindo o seu olhar, Ellen enxugou a umidade dos seus lábios e sorriu. "Esquecer-me
de almoçar com você? Nunca.” Pegando a sua mão, ela o levou para o outro lado da
sala. "Estou morrendo de fome."

"Eu também. Eu quase comi sem você."

"Mentiroso". Ela provocou, depois de terem se sentado em frente um do outro.

Era um desafio trabalhar os detalhes de seu complicado relacionamento. Não era fácil
esconder seus sentimentos, e não era fácil manter um segredo qualquer. Havia tantas
coisas que precisavam ser trabalhadas. Cada dia trazia novos desafios e surpresas. Mas,
eles estavam felizes e conseguiam resolver os problemas do relacionamento com
facilidade.

 Embora eles não pudessem fazer muitas das coisas que um casal normal faria, eles
usavam todas as chances que tinham para passar algum tempo juntos em particular, o
que era mais gratificante do que qualquer outra data romântica.

"Alguém achou estranho você estar aqui?" Ellen perguntou quando ele empurrou uma
salada e uma coca diet para ela. Patrick teve o dia de folga. Só ela e alguns outros foram
obrigados a estar no set ... e a maioria das pessoas não vão trabalhar, se não precisam.

 "Eric me falou alguma merda sobre eu ser um work-a-holic, mas eu disse a ele que
estava estudando um script com Shonda."

"Casual". Ellen respondeu, e começou a comer sua salada.

"É realmente foi." Ele disse com um aceno de cabeça, e sorriu quando ela literalmente
encheu a boca com alface. Ela não havia mentido quando disse que estava com fome.
"Todo mundo sabe que existem problemas em meu roteiro ... ninguém vai questionar-
me."

 Assentindo enfaticamente, Ellen tomou um gole de seu refrigerante. A declaração de
Patrick era verdade. Sua dislexia o obrigava a trabalhar duas vezes mais que os outros,
era mais difícil para ele ler e memorizar cada script.

 "Quem diria que a sua incapacidade de leitura viria a calhar? Ela provocou, só porque
ela sabia que não iria ofendê-lo.

"Eu sei."

"Hmm ... essa salada de atum está incrível. Você me conhece muito bem." Disse-lhe
com um sorriso encantado.

"Eu sei. Fiquei em dúvida entre atum ou galinha .... mas algo me disse que o atum seria
melhor."

"Bem, você estava certo. Eu não estava definitivamente no clima de frango. Obrigada."

"Você é bem-vinda. Quando você tem que estar de volta no set?" Olhando para o seu
BlackBerry ao seu lado, Ellen tentou não deixá-lo tão decepcionado. " em uma hora ...
desculpe-me."

 "Não se desculpe". Colocando o seu sanduíche para baixo, ele chegou na mesa e pegou
sua mão. "Eu tenho uma reunião com meu agente em 3 horas de qualquer maneira."

 "Eu pensei que teríamos, pelo menos, mais de uma hora ..." Ellen raramente se
queixava sobre a sua situação. Era o que ela queria afinal de contas, mas, às vezes era
tão difícil passar uma quantidade razoável de tempo juntos. Mesmo no set, quando
ambos estavam filmando, eles estavam cercados por membros da equipe e colegas de
trabalho.

"Eu sei. Eu desejava ir para sua casa a noite passada."

 "Sua filha estava doente, eu entendo." Ela garantiu com um olhar sério. Ela não
esperava ou desejava que seu relacionamento com sua filha sofresse por causa dela.
Sorrindo com a maneira como ela parecia sempre manter a cabeça racional sobre as
coisas, ele apertou a mão dela.
"Pelo menos vamos nos ver amanhã".

"Ohhh certo ... ... O Globo de Ouro". Patrick falou, fingindo que ele tinha esquecido.

"Oh, por favor. Não aja como se você não estivesse animado." Mastigando a comida,
ele sorriu como um idiota.

 "Eu sou o tipo animado. Não é todo dia que você começa a fazer parte de um programa
que recebe uma indicação ao Globo de Ouro. Você está animada?"

Houve um lampejo de hesitação em seus olhos. Ele viu claramente, por um segundo,
seus olhos mudaram de volta para sua salada e quando se levantaram para ele
novamente, tinha desaparecido. Suas emoções mudaram tão rapidamente, e ele não
suspeitava o que ela estava escondendo dele.

"Estou animada. Embora, eu pudesse vomitar se vencermos. Aparentemente, eu fui
eleita porta-voz para o show e eu não estou ansiosa para fazer esse discurso todo."

"Não posso culpá-la. Eu estaria nervoso também. Você é boa no discurso, porém, eu
acho que você vai fazer bem. Além disso, eu estarei lá com você." Ele viu algo de novo
em seus olhos verdes que o fez balançar a cabeça de preocupação. "Há algo de errado?"

"Não." Ela respondeu rápido demais para ser crível.

"Ellen ..."

"Nada está errado." Ela garantiu, porque realmente não estava. Sua mente estava apenas
enlouquecendo e sabia que era bobagem.

"Algo está claramente errado. Você estava ridiculamente animada para esta última
semana ... você experimentou vários vestidos esta semana." Descartando seu sanduíche
para o prato, ele fixou seu olhar com um questionamento.

"Não é nada. Estou começando a ficar nervosa, você sabe?"

 "Sobre o discurso?" Patrick perguntou, mesmo sabendo que não era isso. O discurso
não era tão grande, nada que Ellen não conseguisse segurar.

"Isso ... e o fato de que a imprensa vai estar assistindo cada movimento nosso."

"Não mais que de costume." Ele deu de ombros em resposta, e ela revirou os olhos.

 "Patrick, vamos ser fotografados a cada dez segundos. Vou ficar muito paranóica para
sequer chegar perto de você. Sinto que todo mundo vai saber ... assim que nos virem."
Patrick começou a rir, mas percebeu que era sério e parou abruptamente.

"Ninguém vai pensar nada. Nós somos Meredith e Derek, eles esperam nos fotografar
juntos. Você não acha que iria ficar estranho se nós não ficarmos juntos?"

"Eu acho".
"Então, não se preocupe." Ele garantiu com um sorriso, começando a comer novamente,
mas ela permaneceu em silêncio, quase contemplativa, e ele sabia que havia algo
incomodando. Engolindo em seco, ele respirou fundo.

 "O que é que está acontecendo?" Ele perguntou preocupado. Ela sorriu em resposta,
tentando impedi-lo de preocupar-se, mas o sorriso mal atingiu seu rosto. Ela estava
hesitante em falar o que quer que fosse, ele sabia, e isso o deixava nervoso. Finalmente,
como se tivesse adquirido um pouco de força interior, ela olhou para suas mãos, e então
olhou de volta até seu rosto.

 "Você vai estar lá com Jill." Ela disse com uma voz tão suave que se ele não tivesse se
sentado tão perto, ele não teria ouvido. Ellen sabia que ele não tinha outra alternativa.
Se não levasse Jill, todo mundo ia desconfiar. Mas, isso não a ajudava a não se sentir
decepcionada sobre o assunto.

 Franzindo a testa, ele acenou com a cabeça em simpatia. Patrick não estava ansioso
para isso. Fingir ser feliz casado, enquanto sua namorada assistia, não era algo que ele
queria fazer. "Eu sei". Ele suspirou, infeliz. "Você vai ficar bem?"

 "Sim". Ellen assentiu, esperando tranquilizá-lo. Ela ficaria bem, só tinha que se
acostumar. "Eu vou ter que praticar o meu sorriso feliz."

"Eu também". Concordou Patrick. "Se isso faz você se sentir melhor, Jill não está
exatamente feliz por estar indo."

"Tenho certeza". Ellen não poderia imaginar como Jill devia estar se sentindo, e ela não
queria tanto. Se ela pensasse, a culpa a consumiria.

 "Ela nunca gostou desses eventos. Ela não gosta de estar no centro das atenções. Ela só
está fazendo isso agora, porque ela sabe que seus clientes querem vê-la comigo." Ellen
estava olhando para ele com uma expressão ilegível, e ele percebeu que estava falando
demais sobre Jillian.

 Pegando a mão de Ellen, ele apertou-a com suavidade. "Vai ser bom, El. Nós vamos
caminhar no tapete vermelho ... deixar que eles tenham suas fotos e então poderemos
descansar."

"Sim, eu espero que sim."

"Será". Ele disse, deixando o polegar passear sobre o dorso de sua mão.

 "Eu vou ter uma surpresa esperando por você, se você puder atravessar a noite ..." Ele
disse a ela, seus olhos brilhando com a travessura. Ellen deu um sorriso genuíno, pela
primeira vez naquele dia e ergueu a sobrancelha.

"Que tipo de surpresa?"
"Bem, você vai ter que esperar até amanhã para descobrir."

"... Ou você poderia simplesmente dizer-me agora. Iria me dar forças para passar por
tudo amanhã ...."

"Hmmm .... boa tentativa. Você vai saber em breve." Ellen estava prestes a discutir,
mas uma explosão de som ecoou através do alto-falante.

"Ellen precisamos de você no set."

Carrancuda, Ellen se levantou. "Eu acho que você está salvo."

"Você apenas tem que ser paciente." Ele brincou, e viu como ela amarrou o cabelo loiro
escuro em um rabo de cavalo.

"Eu vou tirar isso de você, mais cedo ou mais tarde".

"Eu duvido. Comeu o suficiente?"

"Sim". Obrigada. "

"Eu te ligo mais tarde?" Ele questionou, sem saber se o tempo permitiria.

"Claro." Inclinando-se, beijou-o suavemente nos lábios. Patrick tentou intensificar o
beijo, mas ela se afastou. "Eu nunca vou conseguir ir para o set, se você continuar
fazendo isso".

"Então não vá". Ele brincou, e agarrou-a de volta.

 "E qual seria a minha desculpa? Desculpe .... eu estava fazendo sexo com o meu
Patrick?" Seus olhos brilharam de felicidade quando ela pegou o roteiro e caminhou até
a porta.

"Um dia você poderá dizer isso, minha lindeza". Ele falou suavemente.

"Eu mal posso esperar por ele".


- Um dia depois

"Eu mal posso esperar para ver você ..." Ellen leu a mensagem no celular e enviou uma
resposta rápida. Nervosa, ela esfregou as palmas das mãos contra o seu vestido e
respirou fundo. Antes de guardar o celular, a mão dela roçou contra a chave de um
cartão do hotel.

 Lembrando-se do envelope que tinha encontrado em sua caixa de correio ontem, ela
sorriu. Dentro havia encontrado uma nota, e o cartão chave. A nota dizia simplesmente:
"San Marino Hotel. 11:30. Quarto 314" Não estava assinado. Mas, não precisava de
assinatura. Ela sabia de quem era.

Enquanto a limusine avançava mais e mais em direção ao tapete vermelho, Ellen podia
ver os fotógrafos em torno da calçada. As janelas coloridas a escondiam, mas ela ainda
se sentia como se estivessem olhando direto para ela.

 A limusine chegou ao final com uma guinada, e seu estômago fez um flip flop
completo. "Você está pronta?" o homem perguntou ao seu lado, e sua mão veio
descansar contra sua coxa. Voltando-se para ele, ela tentou sorrir.

"Sim". E você? "

 "Definitivamente. Eu tenho a garota mais bonita de Hollywood ao meu lado, como
posso não estar?" TR brincou, e aliviou um pouco o seu desconforto. Se as pessoas
presumissem que ela ainda estava namorando Chris, agora teriam certeza de que isto
estava fora de cogitação, uma vez que ela saiu da limusine acompanhada pelo TR. Ela
não se importava. TR era um bom amigo. Quando ele pediu a ela para ir com ele, ela
não tinha sequer hesitado em dizer sim.

"Você vai primeiro." Ela disse nervosa, evitando o olhar confuso que ele mandou.

"Você tem certeza?"

"Sim."

 "Certo ..." Ele deu de ombros, ainda que praticamente tivesse que passar por cima dela
para chegar até a porta. Ellen podia ouvir os cânticos. Ela podia ouvir os fotógrafos e
fãs gritando os nomes. Eles não a tinham visto ainda, mas logo veriam. Patrick estava
lá fora em algum lugar ... com Jill. Sorrindo, rindo, tendo um bom tempo. Ela não tinha
certeza de que ela poderia lidar com isso, e por uma fração de segundo, ela pensou em
não sair de dentro do carro.

 Seus nervos estavam completamente fora de controle. Era ridículo. Certamente não era
a primeira premiação a que ela tinha ido, mas sentia como se fosse. Seu estômago
estava cheio de um sentimento desconfortável que durou mais tempo do que ela queria.

"Ellen? Você tem certeza que está bem?" TR perguntou. Seu rosto tinha empalidecido
significativamente.

Descansando a cabeça nas mãos, ela respirou profundamente. "Estou nervosa".

"Você quer um pouco de água ou qualquer outra coisa? Podemos levar o tempo que
você precisar. As pessoas atrás de nós provavelmente vão ficar chateadas ... mas azar."
Antes que Ellen pudesse responder, o motorista empurrou a porta aberta do lado de fora
e de repente a limusine estava cheia de flashes de câmeras e gritos de pessoas. Pedindo-
lhe silenciosamente o que ela queria fazer, Ellen apenas balançou a cabeça. Ela não
tinha escolha. Tomando um último suspiro profundo, ela rezava para ter confiança. Ela
poderia fazê-lo. Ela tinha que fazer.

 TR saiu primeiro, e antes de qualquer coisa, ele estendeu a mão e puxou a dela. "Não se
preocupe Ellie." Era difícil não acreditar em seu sorriso acolhedor, então ela
cuidadosamente saiu da limusine.

Sua entrada no tapete vermelho foi como um borrão. Passou rápido. Ela não teve tempo
para pensar em qualquer coisa, enquanto as luzes focavam seu rosto, os fãs gritavam e
as pessoas estavam a empurrando em todas as direções. Foi uma completa loucura, e
não parecia haver nenhum fim para ela.

 Apertando a mão dela, TR permaneceu ao seu lado, enquanto fotos após fotos eram
tiradas. "Ellen, aqui. TR, por aqui. Sorriam, mostra-nos o seu vestido." Os gritos nunca
paravam, e acostumando-se àquilo, Ellen lembrou-se de sorrir e acenar.

No meio do caminho, Ellen foi finalmente relaxando, e ela foi capaz de aproveitar a
experiência um pouco mais. "Isso não é assim tão mau!" TR disse feliz ao seu lado.

 "Não, não é realmente." Ela concordou sem parar de sorrir. Com o canto do olho, ela
viu Patrick. Seu estômago começou a se agitar novamente em antecipação nervosa.
Virando a cabeça para um outro fotógrafo, ela deu de cara com Patrick. Ele virou a
cabeça ao mesmo tempo, e seus olhares se encontraram por um segundo. Sorrindo de
orelha a orelha, seus olhos brilhavam de amor e adoração. Um flash de cabelos loiros
brilhantes passou sobre ele, e Ellen viu Jillian, que tinha vindo para ficar ao lado de
Patrick.

 As mãos de Ellen começaram a tremer e percebendo, TR a segurou ainda mais
apertado. Ela estava pronta, tinha se preparado, mas vendo Patrick com Jillian fez seu
coração gritar de dor e ciúme. Ele se virou para o outro lado, como se ele não a tivesse
visto, e ela fez o mesmo, esperando que o seu sorriso fosse o suficiente para enganar os
fotógrafos, fazendo-os acreditar que ela estava feliz.

 Continuando sua caminhada, Ellen e TR agora estavam logo atrás de Patrick e Jill, e ela
tentou manter a respiração constante. Mesmo quando a mão de Patrick foi parar acima
das costas de Jill, ela lembrou que ele tinha que fazê-lo. A partir da perspectiva da
mídia, Jillian era sua esposa, e seria estranho se Patrick não a tratasse dessa forma.

 Apesar de seu sorriso, Ellen sentia-se como gado sendo levado para o matadouro. O sol
estava batendo em cima dela e ela já podia sentir o suor formando no seu bonito vestido
verde-claro.

A fila de pessoas na frente deles parou de se mover, e Ellen notou que ela estava bem
nas costas de Patrick. TR largou sua mão para cumprimentar alguém que chamava por
ele, e assim Ellen não tinha nada para fazer, senão cumprimentar o casal que se virou
para encará-la.
"Ellen, você está aqui." Patrick disse, como se ele não a tivesse visto chegar. Seus olhos
eram quase brilhantes. Ele estava em seu elemento. Era evidente que ele gostava dos
holofotes e atenção. Patrick a olhou de cima para baixo, prestando atenção em sua
aparência. "Você está linda". Ele disse, sem pensar, e ela poderia dizer pelo olhar de
pânico que apareceu em seus olhos, que ele não queria ter dito aquilo bem ali.

 "Assim como você". Ela se recuperou rapidamente de uma forma provocadora. Jillian
colocou a mão contra o braço de Patrick, e foi então que Ellen lembrou-se da mulher
que estava ao lado dele.

"Levou três horas para ele escolher a roupa. Ele deve estar bem." Jillian comentou
levemente. Ellen sorriu, porque ela não sabia mais o que fazer.

"Não demorou assim". Argumentou Patrick, o tempo todo com os olhos firmemente
colados sobre Ellen. Vê-la linda assim, na sua frente, tirava o seu fôlego. Suas esferas
azuis estavam dizendo a ela que estava tudo bem, mas quanto mais tempo ela estava lá,
apenas falando com eles, mais não se sentia bem.

 "Paddy, demorou sim. Tenho certeza de que Ellen entende." O apelido que Ellen usava,
frequentemente, bateu nela como uma tonelada de tijolos. Ela não esperava se sentir tão
derrotada. Mas, não havia nenhuma outra emoção para se sentir.

Olhando nos olhos de Ellen cuidadosamente, Patrick riu com uma voz cheia de tensão.
Jillian não parecia nem um pouco afetada pela tensão crescente. Na verdade, parecia
que ela era a mais confortável de todos eles. Seria realmente a mesma mulher que tinha
sido tão ciumenta, que havia proibido Patrick de falar com ela? Isso não parecia ser ela.
Patrick disse que Jill tinha um namorado ... talvez ela só não estava amarga sobre a
situação por mais tempo? Mas Ellen não achava que fazia muito sentido.

As engrenagens em sua cabeça estavam girando, mas o caos ao seu redor tornou quase
impossível entender coisa alguma. Patrick, tão lindo, continuou brincando com sua
gravata borboleta nervosamente. Todo mundo ainda estava gritando e pedindo-lhes
fotografias. Ela podia ver o fim do tapete vermelho, e não poderia esperar pra tudo
acabar.

 "Ellen, Patrick, fiquem juntos!" Os dois ouviram simultanemente, e como se eles
tivessem lido a mente um do outro, eles se reuniram para a foto. Depois que seus braços
estavam ao seu redor, parecia que o mundo inteiro tinha se dissipado. Ambos fizeram
seus melhores sorrisos, mas sabiam que seus olhos estavam contando uma história
diferente.

"Você está absolutamente linda." Ele disse e a puxou para mais perto dele, tonto de
vontade de beijá-la na boca. "Você está se saindo bem?"

"Sim, tentando." Ela sussurrou. Para qualquer outra pessoa, seria como se fosse apenas
troca de gentilezas e é assim que eles queriam. “Você também está lindo.”

"Basta pensar em todas as coisas divertidas que tenho planejado para mais tarde." Ele
disse em seguida, sorrindo perversamente quando a câmera jogou flashes em seu rosto.
"Ah ... confie em mim, eu vou." Eles ficaram juntos mais tempo do que deveriam. Só ...
uma fração de segundo a mais e pelo canto do olho, Ellen notou que Jill olhava para
eles. Por um minuto, Jillian pode ver o olhar de adoração entre os dois. Seu rosto estava
ilegível à primeira vista, e então, como uma lâmpada tivesse acendido em sua cabeça,
seus olhos ficaram escuros e cheios de dor.

 Balançando a cabeça levemente, ela disparou para Ellen um olhar de descrença que
bastou para colocar uma distância notável entre ela e Patrick. Ele ainda estava sorrindo
para a câmera, completamente alheio ao que havia acontecido. A cabeça de Ellen estava
tonta. Jillian olhava para eles devastada. Mas, por que? Ela tinha um namorado ... ela
sabia de tudo. E então, como uma lâmpada tinha acendido na cabeça de Jillian, a clareza
também chegou a Ellen.

 Jillian não sabia sobre seu relacionamento. Ele não tinha dito a ela. Eles eram um casal
há mais de um mês e ele não havia pensado em contar a Jill? Com certeza ... tinha que
haver alguma outra explicação, mas vendo a dor nos olhos de Jillian, sabia que não
havia.

 Jillian não sabia. E agora ... ela tinha sacado tudo. Sentindo-se subitamente mais doente
do que antes, Ellen pensou que iria desmaiar, mas um braço forte a agarrou e ela olhou
para trás para ver TR ao seu lado.

 "Você quer se sentar? Você está prestes a cair?" Ele provocou, mas falou alto o
suficiente para chamar a atenção de Patrick de volta para ela. Ellen não conseguia olhar
para ele. Ela simplesmente não podia. A raiva estava começando a chegar até a
superfície e ela sabia que olhar para ele seria uma má idéia. Eles não podiam discutir
qualquer coisa ali ... eles não podiam fazer uma cena ... então era melhor evitá-lo. Pelo
menos, era o que ela pensava.

 "Sim, eu estou bem." Sua mentira só fez os dois homens ficar olhando para ela com
mais preocupação ainda. Jillian moveu-se para ficar ao lado de Patrick. Olhando-a por
apenas um segundo, Ellen podia ver que o rosto de Jillian tinha mudado completamente.
Todas as emoções dolorosas que ela tinha demonstrado se foram. Ela as estava
escondendo deles.

"Nós vamos seguir em frente, eu acho que deveria tê-la forçado a beber mais água antes
de sair da limusine". TR disse a Patrick, percebendo que alguma coisa estava
definitivamente acontecendo.

 "Nós nos encontraremos lá dentro." Ellen ouviu a resposta de Patrick. Ela sabia por sua
voz que ele queria que ela olhasse para ele, mas ela não podia. Assim, sem sequer um
olhar em sua direção, ela permitiu que TR a puxasse para longe das câmaras, e
entrassem no edifício.

Olhando para ela, Patrick sentiu-se irritado e impotente. Algo estava errado com ela e
ele era o único que podia descobrir o que era. Ele não estava mais com vontade de tirar
fotos, não havia nenhuma maneira de fazer uma cara feliz. Jillian tinha estado
extraordinariamente quieta ao seu lado. Olhando para ela pela primeira vez, ele
percebeu a linha irritada que seus lábios formavam.

 Ele não entendeu o que estava se passando, e o olhar que ela mandou-lhe disse para não
perguntar. Ele tentou pegar sua mão, mais por hábito do que qualquer outra coisa, mas,
Jillian moveu-se para longe dela antes que ele pudesse. Algo definitivamente não estava
certo. Eles eram civilizados, e não tinha sido tão difícil como ele pensou que fosse,
segurar em sua mão e manter um sorriso no rosto. Foi então que ele percebeu como
estavam presos na rotina de proteger sua imagem, e que isso tinha começado muito
antes de sua separação.

"Você está pronta para entrar?" Ele perguntou, e quase podia sentir seu brilho diminuir.


"Eu acho que você deveria ter feito esta pergunta para sua namorada." Ela falou, e
Patrick sentiu sua respiração presa na garganta. Ele não tinha dito a ela. Porém, ele já
havia tentado, várias vezes. Mas, era quase como se quisesse viver em sua bolha feliz
com Ellen, antes que tudo virasse um inferno. A última coisa que ele queria era
machucar Jillian, mas ele sabia que ele tinha feito aquilo para seu bem.

"Jill .... Eu ..."

"Não". Sussurrou ela com firmeza, com a voz trêmula apenas o suficiente para trair seu
exterior irritado.

"Eu posso explicar ..." Ele disse enquanto caminhavam, na esperança de, pelo menos,
manter a situação sob controle. Jillian nunca faria nada que pudesse chamar a atenção
para si, ele não estava preocupado que ela fizesse uma cena, ele estava preocupado com
o que ela faria com ele depois da premiação. Ele tinha falado tudo, mas prometeu-lhe
que não tinha tido um caso com Ellen. E, era a verdade. Não, fisicamente, de qualquer
maneira, mas ele tinha certeza de que Jillian nunca iria acreditar nisto agora.

 “É melhor que sim." Ela respondeu com raiva e ele se sentiu sobrecarregado. Eles
tinham finalmente chegado no final do tapete vermelho. Em vez de alívio, sentiu-se
completamente tomado de pânico. Não havia nada que ele pudesse fazer naquele
momento. Embora a maioria das câmeras estivessem longe deles, havia pessoas em toda
parte.

Ellen desejava que a cerimônia acabasse logo. O Globo de Ouro constava de um jantar e
em seguida, uma apresentação de premiação. Ela tinha originalmente que ficar sentada
ao lado de Patrick, mas em pânico, ela tinha mudado antes que ele chegasse lá. Não
havia nenhuma maneira que ela pudesse sentar ao lado dele. Durante o jantar, ela mal
conseguia olhar em seus olhos.

Nem ele, nem Jillian tinham dito uma palavra um ao outro, e Ellen poderia dizer pela
sua expressão de culpa, que Jill tinha dito que ela, agora, sabia dos dois. Patrick,
obviamente, não percebeu que Ellen sabia que ele não tinha contado sobre eles a Jillian.
Ela não iria olhar para ele o tempo suficiente para que ele descobrisse.
Embora os outros membros do elenco à sua mesa com certeza soubessem que algo não
estava certo, ninguém disse nada sobre isso. Os prêmios deixaram todo mundo
conversando informalmente, até que Grey’s Anatomy tinha sido anunciado para o
melhor drama.

Ellen foi conduzida para o palco por uma mão familiar. Era Patrick, e com a emoção de
vencer, em conjunto, Ellen não deu a mínima que ele estava levando-a para o palco. Seu
discurso saiu tão bem, toda a luz estava brilhando em seu rosto.

Foi depois do jantar, após a premiação, após o discurso, que Ellen teve tempo para se
recompor, e realmente pensar sobre tudo o que tinha acontecido. Ela tinha um Globo de
Ouro. Um real, a premiação da vida real que ela e os membros do elenco estavam
exibindo orgulhosamente para os fotógrafos. Não era difícil ficar feliz. E, ela estava
feliz. Mas, de vez em quando, seus olhos eram atraídos para os de Patrick e o descuido
completo que ela viu lá, a fez ficar com raiva.

Ele não tinha dito a Jill sobre eles. Não que ele havia afirmado que tinha, mas Ellen
tinha acabado de assumir o que tinha. Por que não? Depois de pegar no seu pé sobre
dizer a Chris, ela pensou que ele iria dizer a Jillian, mais cedo ou mais tarde. O prêmio
em sua mão ficou pesado, mais pesado do que ela esperava, e seus braços logo se
cansaram de segurá-lo. Os olhos felizes de Patrick a fez querer jogar a maldita coisa na
cabeça dele.

Jillian tinha o olhar devastado. Completamente quebrado. Ellen sentiu-se uma pessoa
horrível, pior ainda, uma mulher horrível. Se Jill tivesse sabido antes, ela teria tido
tempo para lidar com isso. Não era justo que ela tivesse que descobrir isso no tapete
vermelho com centenas de pessoas assistindo cada movimento seu. Por que Patrick não
entendia isso?

A sala tinha começado a esvaziar. Cada um dos seus amigos tinham ido para o salão de
baile para encontrar seus cônjuges ou namorados. Apenas Patrick e alguns outros
ficaram para trás. Ellen viu TR disparar um olhar de interrogação para ela, mas ela
acenou para ele ir sem ela.

Aproximando-se dela, Patrick colocou seu braço ao redor dela em um abraço que quase
não parecia nem um pouco anormal. "Eu não posso acreditar que realmente ganhamos."
Ele disse a ela, sua voz tão cheia de descrença e de felicidade que ela quase lamentou
estourá-la.

"Fique longe de mim." Ellen disse friamente, enquanto escondia a expressão de raiva.
Rindo, Patrick achava que ela estava brincando e chegou ainda mais perto.

"Ninguém vai achar isto estranho. Nós vencemos". Ele tinha interpretado mal as
palavras dela, e isto só a fez mais irritada.

"Eu quero dizer isso." A emoção em sua voz lhe disse que ela não estava brincando, e
ele olhou para ela com uma expressão vazia.
"Ellen ... o que foi?" Ele realmente não sabia e ela espantou-se. Como ele poderia ser
tão estúpido?

Decidindo dizer o que a perturbava, para que ela pudesse ficar longe dele, ela
respondeu: "Não disse a ela sobre nós? Todo esse tempo ... e ela não sabia?" A ficha de
Patrick caiu, e seu rosto ficou imediatamente claro. Patrick só tinha pensado nas
ramificações de Jillian ter descoberto. Ele ainda não tinha clicado em sua cabeça que
Ellen não ficaria satisfeita com o fato de ele não ter contado a Jillian. Estava tudo
confuso. Ele estava confuso e ele sabia pela expressão de dor de Ellen, que ele não ia
conseguir ajuda.

"Eu simplesmente não posso acreditar em você. Toda a merda que você me falou por eu
não ter contado a Chris ... e você ainda não disse a Jill? Ela tinha que descobrir sobre o
tapete vermelho, Patrick. O deus maldito tapete vermelho!" Ellen manteve a voz baixa,
mas estava perigosamente com raiva. Ele sabia que Jillian não iria fazer uma cena, mas
não estava de todo certo se Ellen não.

"Ellen ... acalme-se." Ele disse em uma voz suave. "Nós não podemos discutir isso
aqui ..." Foi só então que ele sentiu como a situação havia se tornado horrível. Jillian
ficou ferida e irritada, e Ellen estava ferida e com raiva ... tudo por causa dele. O peso
da percepção lhe casou um pouco de pânico. Havia ainda pessoas circulando com
câmeras. Olhando ao redor, ele percebeu que não havia sequer um canto onde poderiam
desaparecer.

“Eu não vou me acalmar!" Ela falou e, em seguida, olhou em volta para ver se alguém
estava prestando atenção. Ninguém parecia estar, então ela se virou para ele. "Você me
colocou nessa situação horrível. Ela agora provavelmente vai pensar que ficamos juntos
o tempo todo. Nada que você diga vai mudar sua mente agora. Eu sou uma mulher
maldita Patrick, você acha que eu não sei o quão ruim ela deve sentir-se?"

"Eu sei. Eu deveria ter dito a ela. Sinto muito, mas podemos discutirr isso depois ... uma
vez que formos para o hotel, podemos falar sobre isso ..." Ele estava tentando explicar,
tentando mantê-la calma e manter a sua própria mente de explodir. O cuidado da vida
dupla que ele estava tendo, estava desabando em torno dele e ele não sabia o que fazer
para pará-lo.

"Não conte com isso". Ela começou a se afastar. A raiva foi subindo para o seu rosto, e
ela tinha certeza de que ele estava vermelho de rubor.

"Ellen, por favor." Ele implorou, não importando que outras pessoas estivessem ao
redor. Atingindo-a, ele se recusou a deixá-la chegar mais longe. "Por favor, venha para
o hotel. Vou explicar ... você pode gritar e dizer o que quiser lá. Mas, por favor, não fuja
disso." Balançando a cabeça, Ellen se recusou a ouvir e caminhou de volta para o salão
sem ele.

- Algumas horas mais tarde
Ignorando o estacionamento, Patrick levou sua Ferrari vermelha até a parte de trás do
hotel. Tinha sido um bocado difícil arranjar a surpresa para Ellen. Um velho amigo seu
era gerente do Hotel San Marina e tinha concordado em ajudar Patrick a entrar sem ser
visto.

 Jake, seu amigo, não pediu qualquer explicação, ele sabia que isso era comum entre as
celebridades.

Jogando a mochila no ombro, Patrick seguiu o homem mais velho por uma porta
privada e em um elevador de manutenção. "Obrigado por fazer isso." Patrick disse a ele,
contente por ele não ter que ser visto atravessando o átrio do hotel.

 "Oh, não há problema." Jake respondeu, com um sorriso. "Então, você está reunido
com sua equipe de corridas aqui esse fim-de-semana?" Jake perguntou, mas saiu mais
como uma afirmação em vez de uma pergunta. Confuso, Patrick franziu a testa até que
ele percebeu o que seu amigo estava fazendo.

"Sim ... nós estaremos repassando a programação para o verão. Nunca é cedo demais".
Ele concordou, e Jake acenou com a aprovação.

 "Bom, bom." Nenhuma palavra mais precisava ser dita entre os dois. Jake tinha
entendido a necessidade de Patrick em não ter uma reportagem de capa para o caso ... e
Patrick foi grato por isso. "Aproveite a sua estada". O homem disse, quando o elevador
chegou ao seu destino.

 Acenando adeus, Patrick saiu do elevador e viu que as portas se fechavam atrás dele.
Pegando o cartão chave no bolso, ele ficava cada vez mais nervoso. Ele não tinha falado
com Ellen desde que ela tinha andado para longe dele. Ela evitou-o como uma praga
depois da cerimônia terminar, e ele não sabia o que fazer com isso. Ele não tinha certeza
se ela viria ... e esse pensamento o deixava ansioso.

Em vez de ir para a festa, ele tinha ido para casa com Jill e tentado explicar porque ele
não tinha dito a ela antes. Ela não aceitou bem, ele sabia que sua discussão com ela não
tinha acabado ... e ele sabia que era apenas o começo das complicações. Mas, ele
esperava que ela pudesse perdoá-lo eventualmente. Ele queria ser amigo dela para o
bem de sua filha.

Encontrando o número do quarto, parou à porta. Era quase meia-noite, se Ellen tivesse
vindo, ela estaria lá dentro. Sua cabeça correu quando ele respirou fundo e enfiou a
chave na porta. O bloqueio clicou e fez um barulho no corredor quieto. Sem hesitação,
ele empurrou a porta aberta.

Olhando em volta da suíte aconchegante, viu que as luzes estavam apagadas. As rosas
amarelas que pediu a Jake para colocar em toda a sala estavam intocadas em seus vasos.
As champanhes geladas que estavam em baldes cheios de gelo há muito haviam
derretido. Nada tinha sido movido. Não havia nenhum sinal de que Ellen tivesse estado
ali. Percebendo que ela não tinha chegado ... seu coração afundou.
Patrick realmente esperava que Ellen lhe desse a chance de se explicar. Ele não tinha
certeza se poderia esperar a noite inteira para falar com ela. Suspirando em decepção,
ele deixou sua bolsa cair do ombro para o chão.

Seus joelhos dobraram, e ele se sentou na beira da cama e descansou a cabeça em suas
mãos. Segundos depois, o som da descarga do banheiro o fez levantar a cabeça e olhar
curioso para a porta do banheiro fechada.

Ele podia ouvir a água a correr, e então o que parecia uma eternidade depois, a porta se
abriu para revelar sua Ellen. Abrindo a boca em estado de choque, Patrick não sabia o
que dizer. Sua maquiagem e cabelo ainda estavam perfeitos, mas ela tinha vestido um
pijama de seda.

"Eu não ouvi você entrar". Ela disse a ele, chocada também ao encontrá-lo sentado ali.

"Eu cheguei aqui agora. Eu não achava que você viria ..."

"Eu quase não vinha. Mas, pensei que era bem capaz de você acampar na minha
varanda, se eu não viesse."

"Você está certa." Ele respondeu de ânimo leve, incapaz de manter o sorriso aliviado
fora de seu rosto. Olhando para ela, Patrick percebeu imediatamente como sua pele era
pálida. Ele podia ver que só os olhos e o nariz estavam vermelhos. Mesmo os lábios
dela pareciam uma pálida sombra de rosa.

"Você está bem?" Ele ficou preocupado, não acostumado a ver o seu olhar tão mal. Ele
esperava que ela risse, ou dissesse "sim" apenas para agradá-lo, mas sua resposta não foi
nenhuma dessas.

"Não, realmente." Ellen admitiu com um sorriso tímido. Carrancudo, Patrick levantou-
se. Mas, antes que ele pudesse atravessar a sala, ela deixou a porta e deu passos
cautelosos para a cama.

"Você está doente?" Balançando a cabeça em negativa, ela lhe ignorou completamente e
sentou-se no lado oposto da cama. Confuso, Patrick tirou os sapatos e recostou-se na
cama para que ele pudesse vê-la.

“Acho que estou desidratada. Eu não bebi tanta água como eu deveria ter bebido antes
do show." Enquanto ela falava, ela virou seu corpo para que ela pudesse vê-lo bem.

"Isso pode ser." Ele respondeu, ainda um pouco preocupado. Observando atentamente
seu rosto, ele percebeu que a raiva que ele havia visto anteriormente tinha desaparecido.
"Você vomitou."

"Infelizmente".   Ela   murmurou,     segurando    a   mão   sobre    seu   estômago.

"Talvez tenha sido algo que você comeu."
"Eu comi a mesma coisa que você no jantar." Ela disse a ele, duvidando que fosse
intoxicação alimentar. Ela não estava violentamente doente.

"O que você comeu antes disso?" Ellen desviou os olhos por um segundo, sabendo que
ele ficaria decepcionado com a sua resposta.

"Eu só fiz um pequeno lanche". Ela não teve que olhar para cima, para ver sua careta de
desaprovação. "Eu estava nervosa demais para comer ... eu certamente não queria
vomitar no tapete vermelho." Ela se defendeu, mas quando ela finalmente olhou para
ele, ela só viu a culpa em seus olhos.

"Ellen ..." Ele suspirou, sentindo-se horrível.

"Eu sei ... não foi a idéia mais inteligente". Inclinando a cabeça, ele olhou para ela com
simpatia.

"Eu sinto muito. Eu não percebi que você estava nervosa ... e eu deveria ter dito que eu
não tinha contado nada a Jillian sobre nós."

"Você deveria ter dito para Jillian." Ela falou de imediato, mas suas palavras eram
fracas. Ela estava com raiva, estava claro para ele, mas ela só estava cansada demais
para exibi-la.

"Eu sei. Eu deveria. Mas, é complicado. Eu não quero que ela pense que o divórcio
fosse sobre você ... Eu não quero você no meio dessa droga." Fechando os olhos e
voltando a abri-los, Ellen viu sua expressão de culpa.

"Eu não quero falar sobre isso agora." Franzindo as sobrancelhas, Patrick sentiu-se
nervoso. Ele quis explicar. Ele não queria brigar sobre isso. Ele tinha medo que ela não
desse a ele a oportunidade de corrigi-lo.

"Nós devemos falar sobre isso." Ele insistiu. "Eu falei com Jill, que não aceitou bem ...
eu estava esperando que você, pelo menos, deixasse-me explicar." Desde a premiação,
ele havia desistido de sua fantasia de uma noite romântica com Ellen. Após a desastrosa
noite, ele estava feliz por tê-la ali.

"Patrick ..." Ela declarou: "Eu realmente não quero discutir sobre isso agora."

"Nós não temos de discutir." Ele respondeu com firmeza. Revirando os olhos, Ellen
ajustou-se na cama e levantou as palavras.

"Vamos discutir porque você é hipócrita, e eu não vou comprar qualquer desculpa que
você tenha, para não contar tudo para Jill. Logo que concordamos em ser um casal, você
devia ter dito a ela. Se você não planejasse lhe dizer, você poderia ter, pelo menos, me
falado, que eu não teria me sentido uma cadela destruidora de lares, quando ela
descobriu. "

A voz de Ellen estava alta, mostrando o quanto ela estava com raiva, mas uma vez que
ela falou tudo o que queria, seu corpo inteiro pareceu desinflar. Ela se sentiu mais
exausta do que antes. A expressão de Patrick estava ilegível à primeira vista. Ele tinha
suas razões para não dizer a Jillian, e ele realmente sentia como se tivesse sido a coisa
certa a fazer no momento. Mas, a dor que ele tinha claramente causado em ambas as
mulheres foi esmagadora, e ele se sentia como um idiota completo.

Sabendo que Ellen não iria ouvi-lo, ele levantou-se saindo da cama. "Aonde você está
indo?" Ela perguntou em confusão.

"Para casa ... eu acho." Sentiu pena de si mesmo e não conseguia esconder a sua
infelicidade. Ele não queria ir para casa. Sua casa, nos arredores de Beverly Hills, nem
sequer se sentia como uma casa. Além de sua filha, que nunca deixou de iluminar o seu
dia, não havia nada lá para ele. Casa ... era onde estava Ellen.

"Eu acho que nós podemos conversar quando você estiver pronta ..." Ele não estava
olhando para ela, então ele não poderia vê-la agitar incrédula sua cabeça.

"O que se passa com os meninos e meninas assumindo que querem ser deixados
sozinhos no meio de uma luta." Virando a cabeça na direção dela, seus movimentos
pararam.

"O que?"

 "Só porque eu não sinto vontade de falar sobre isso, não significa que eu quero ser
deixada sozinha num quarto romântico de hotel. Eu não teria vindo aqui se eu quisesse
ficar sozinha." Completamente estupefato, Patrick não sabia o que dizer em primeiro
lugar.

"Eu só percebi ... você queria que eu fosse embora. Você não estava exatamente feliz
por ter-me aqui." Soltando um suspiro alto, Ellen fechou os olhos.

"Quando você chegou, eu tinha acabado de por o meu jantar para fora, como você
queria que estivesse? Pena que eu não consegui fazer um número de dança e música em
sua chegada. Eu gostaria que você apenas me segurasse ..." Sorrindo para sua pequena
explosão, a decepção de Patrick começou a ir embora.

"Isso eu posso fazer." Ele disse, e se arrastou até ela. Passando para o lado dela, Ellen
deixou-o aconchegar-se atrás dela. Passando seu braço através de seu corpo, ele
acariciou seu estômago.

"Lamento que você não se sinta bem." Ele gostava da maneira como seu corpo estava
relaxado.

"Eu vou ficar bem na parte da manhã, tenho certeza. Eu só preciso dormir um pouco."
Ela garantiu, na esperança de que fosse verdade, porque ela não podia ficar doente. As
filmagens, entrevistas e reuniões não paravam por causa de doenças.
"Então ... nós estamos tendo uma briga?" Ele perguntou, lembrando as palavras que ela
havia falado anteriormente.

"Estamos brigando." Ela resmungou com sono, fazendo-o sorrir. Ele deu um beijo na
curva do pescoço dela. Ele nunca esteve em uma briga com uma garota e ainda ser
capaz de enrolar-se com ela.

"Ok". Ele respondeu aceitando. Enquanto ela estivesse lá com ele, ele poderia lidar com
uma briga.



A manhã chegou mais rápida do que qualquer um deles teria gostado. Percebendo que
tinha esquecido de fechar as cortinas, Patrick gemeu quando o sol bateu em seu olho e
ele acordou de um sono profundo.

"Bom dia ...." Ellen murmurou em seu travesseiro, ainda meio adormecida. Seus
movimentos a tinham acordado, e ela não parecia nada feliz com isso.

"Hmm ... dia." Ele respondeu rispidamente. Eles tinham dormido tão profundamente,
que acordaram na mesma posição que tinham adormecido, Patrick ainda estava enrolado
contra a traseira de Ellen. Ele passou o queixo no pescoço dela para que ela movesse a
cabeça. "Como você está se sentindo?" Perguntou depois de algum tempo.

"Melhor". Ellen respondeu quando ela limpou sua garganta.

"Isso é bom. Vou pedir serviço de quarto, você provavelmente deve comer alguma
coisa."

"Uggg ... sem comida." Ela gemia, lembrando quão horrível se sentira na noite anterior.

"Você tem que comer". Ele insistiu e a beijou na bochecha.

"Não, eu não." Ellen argumentou, ainda que sua barriga estivesse começando a gemer
bastante alto.

"Não comer não vai ajudar." Ele zombou, pensando que a idéia era ridícula. "Vou pedir
algumas panquecas ... brindes ... talvez alguns ovos mexidos e você pode comer o que
você conseguir." Afastando-se, ele não esperou sua resposta. Os alimentos que tinha
listado fizeram um bom som, e de repente o almoço soou mais atraente do que antes.

Brinde francês." Ela disse, murmurando através de seu travesseiro.

"O que?" Patrick olhou para ela antes de pegar o telefone. "Você quer brinde francês?"

"Sim". Ela encolheu os ombros com indiferença.

Sorrindo, ele ligou para o restaurante. "É isso?"
"Com açúcar sobre eles com o xarope."

"Com açúcar."

"Obrigada." Ela sorriu em sua direção antes de voltar a se deitar.

"El?" Patrick sussurrou. Sentado ao lado dela, ele gentilmente tirou um pedaço de
cabelo fora do rosto. Ela tinha voltado a dormir. Ela estava em paz, ele odiava acordá-
la, mas ele sabia que tinha que fazer. "Ellen, acorda."

"Mmmm não". Ela disse, sem abrir os olhos.

"Sério". Ele riu.

"Eu não quero." Seu lamento lembrou-lhe de seus seis anos de idade e ele revirou os
olhos. "Eu odeio fazer isso com você ... mas você vai ter que esperar no banheiro
quando o serviço de quarto chegar aqui."

"O que?" Seus olhos se abriram. Seu cérebro estava muito distorcido para compreender
por que ele estava pedindo para ela sair da cama quente para o banheiro frio.

"Eu não sei se eles vão me reconhecer. Mas, se eles fizerem isso, eu não vou ser capaz
de explicar por que você está na minha cama."

"Eles apenas vão supor que eu sou sua mulher." Ela fechou os olhos novamente,
teimosa. Ela estava cansada, e nesse momento não se importava se alguém visse ou não.


"De alguma forma ... Eu duvido disso". Ele provocou e arrancou as cobertas de seu
corpo.

"Patrick!" Ela soltou um grito em tom alto. Houve uma batida na porta, e ele olhou para
ela com expressão de pânico.

"Ellen". Ele sussurrou a sério. "Você tem que ir!" Patrick lamentou o tom, mas não
havia realmente alternativa, e ela estava testando sua paciência.

"Eu vou, eu vou." Ela bufou dramaticamente quando ela saiu da cama e caminhou em
direção ao banheiro. "Eu te odeio ... e seu pequeno-almoço também."

"Eu nunca soube que você era tão mal-humorada de manhã." Ele sussurrou, enquanto
caminhava até a porta. Estreitando os olhos, ela foi tentada a bater com a porta do
banheiro, mas em vez disso, fechou-a suavemente.

"Certo, Ellie, você pode sair agora." Patrick chamou alguns minutos mais tarde.
Abrindo a porta, Ellen enfiou a cabeça para fora e olhou para ele com cautela. "O cara
olhou para mim um pouco engraçado por causa de tanta comida. Tenho certeza que ele
vai dizer a alguns tablóides que eu sou mais um guloso". Retirando as tampas de prata,
ele revelou os alimentos saborosos embaixo. O aroma maravilhoso de comida feita na
hora flutuava no ar e Ellen ficou chocada que ela não se sentia doente.

 "Eu acho que posso realmente comer agora". Ele sorriu quando ela veio inspecionar a
bandeja.

"Estou contente. Eu não posso ter você doente perto de mim. Você sabe que não posso
atuar sem você." Ele brincou, esperando fazê-la rir, e ele fez, porque o seu riso logo
encheu a sala.

"Você tem mais qualidades do que eu."

"Eu? Não. Eu nunca atuei um dia na minha vida até Meredith se aproveitar de Derek".

"Nós já resolvemos sobre este assunto." Ela sorriu com uma sobrancelha arqueada.
"Derek aproveitou-se de Meredith."

Pegando a bandeja inteira, os olhos de Patrick brilharam quando ele colocou-a sobre a
cama. Os pratos e copos tocaram juntos, quando ele pousou, mas nada derramou. "Você
pode acreditar no que quiser. Mas não havia como Meredith resistir à boa aparência de
Derek." Agarrando a bandeja, Patrick subiu na cama e, em seguida, acenou para Ellen
fazer o mesmo.

"Ah, eu tenho certeza que Meredith podia resistir a ele."

"Mas, você não pode resistir a mim." Ele disse sorrindo.

"Resisti a você a noite passada."

"Você estava com raiva de mim na noite passada, eu não estava nem tentando".

"Coisa boa". A bandeja estava no meio da cama, então ela tinha que passar perto dele
para alcançá-la.

 "Você ainda está brava comigo?" Derramando seu suco de laranja, ele tentou fingir que
não estava prendendo a respiração esperando por uma resposta. Bebendo de um copo
que ele entregou, ela fez uma careta e colocou-o para baixo.

"Um pouco. Yrrk. Suco de laranja não”.

"Café?"

"Sim".

"Portanto, você ainda está louca da vida?"

"Você esperava outra coisa?
"Não." Ele admitiu. Incapaz de decidir o que comer primeiro, ele se virou para ela, só
para notar que ela estava olhando as panquecas. "Você quer panquecas agora não é?"
Ele provocou e seu aceno tímido o fez sorrir.

Colocando duas no seu prato, ele então passou-lhe a calda de açúcar. "Obrigada. Eu
pensei que eu queria o brinde francês, mas estas panquecas parecem estar deliciosas."

 "Tenho certeza de que elas são. Eu adoro os ovos de qualquer maneira." Ele disse a ela
e viu como ela cobriu as panquecas com açúcar. Ela normalmente não comia muito
açúcar e ele assistiu divertido quando ela colocou o xarope sobre elas também. "Você
está precisando de açúcar hoje?"

Encolhendo os ombros, ela não prestou atenção a ele. "Sim, porque não?"

Depois de algum tempo, parecia que não conseguia comer mais nada, então ele removeu
a bandeja da cama e, em seguida, reposicionou-se ao lado dela. Olhando para o relógio
do lado da cama, ele percebeu que já eram 11:00 e sabia que não podia ficar lá o dia
todo. "Podemos conversar agora? Realmente falar? Porque .... temos de trabalhar em
duas horas e eu gostaria de saber que nós, pelo menos, falamos sobre isso ..."

Houve resistência nos olhos de Ellen, quando ele se virou para ela. Era como se ela
estivesse indo argumentar, mas depois pensou melhor e concordou. Ela não queria
arruinar a manhã que o calmo quarto do hotel tinha fornecido. Mas, ela estaria
brincando, se ela fingisse que tudo estava bem.

"Meu plano era dizer a ela. Você precisa saber disso". Ele começou, observando seus
traços cuidadosamente. Ele não ficou surpreso quando ela enrugou a testa.

“Só quando fosse conveniente para você, eu acho." Distraidamente, começou a rodar
um fio de cabelo em torno de seu dedo.

"Você sabe que não é verdade." Veio a sua resposta calma. "Eu estava tentando protegê-
la ... e a Jill".

A resposta de Ellen foi imediata. "Isso é ridículo. Você estava tentando salvar o próprio
rabo. Você me acusou de não estar nem aí para o nosso relacionamento, porque eu não
tinha dito para o Chris. Bem, por que eu não deveria pensar o mesmo sobre você?"
Sorrindo tristemente, ele não disse nada por alguns segundos. Buscando seus olhos para
tirar qualquer dúvida sobre seus sentimentos em relação a ela, suspirou de alívio quando
ele não encontrou nenhuma. Ele a amava, estava enfeitiçado por ela e ela sabia disso,
mas seu ponto de vista era válido.

"Jillian e eu brigamos por sua causa ... muito. Mais do que eu mesmo admiti a você. Ela
estava convencida de que estávamos dormindo juntos. Nós não estávamos." Ele disse
com confiança, sentindo-se quase orgulhoso que ele pudesse provar que Jill estava
errada." Quando decidimos separar, você não era o motivo. Eu ainda não estava
apaixonado por você. Era sobre o fato de Jillian e eu não nos amarmos mais." Ellen
sentou-se, sem querer interrompê-lo. Ela estava ouvindo, e ele estava contente.
"Eu sabia que assim que eu lhe dissesse que estávamos juntos, seria merda no
ventilador. Nossa separação não foi fácil. Ela é a mãe da minha filha, ela foi o amor da
minha vida uma vez. Mas, não foi tão duro como devia ser. Somos civilizados, fazemos
o trabalho para T. Ela tolera todas as merdas que nós somos obrigados a fazer ... e eu
sabia que uma vez que eu dissesse a ela tudo iria mudar. "

"Eu não estava preparado para essa mudança." Ele disse, com olhos simpáticos. "Eu não
estava preparado para as complicações, e eu não estava pronto para colocar você nisto
tudo. ... Eu só queria aproveitar este começo ... Eu não queria ter de me preocupar com
ela me odiando e depois levando a minha filha para longe, porque ela estava com raiva."

Pensando nisso por algum tempo, em seguida, Ellen soltou um suspiro. Havia emoção
crua nos olhos de Patrick. Isto a afetou, como sempre fazia, mas ela também achava
difícil aceitar plenamente o seu raciocínio. Balançando a cabeça, ela respondeu: "Mas,
se você tivesse dito a ela quando tudo começou ... ou mesmo quando você decidiu se
divorciar, ela provavelmente teria acreditado em você. Teria parecido mais crível se
você tivesse explicado a situação. Agora, eu não tenho certeza se tudo que você disser
vai importar ".

"Eu não estava pensando nisso dessa maneira." Ele admitiu, disposto a aceitar que
estava errado. "

"É claro que você não estava pensando. Você me culpou por eu não ter dito a Chris e,
entretanto, você não disse a Jill." Ela falou, tentando manter a calma, mas perdendo a
batalha. Ele a enfurecia, às vezes, e de uma maneira estranha, e por incrível que
parecesse, isto a fazia amá-lo ainda mais.

"Eu fui estúpido, eu vou admitir isso, mas, você tem que entender que dizer a Jill é
muito diferente do que dizer a Chris. Ela é minha esposa, temos uma filha juntos, ela
pode facilmente tornar minha vida miserável, se quisesse. Eu não posso perder minha
filha, eu não vou perder minha filha ... por isso eu não contei a ela." Suas palavras
foram duras e sérias, mas Ellen nem sequer pestanejou.

"Ela é apenas tecnicamente sua esposa." Ellen retificou, sentindo-se mal-humorada.

Revirando os olhos, como se dissesse: "você sabe o que quero dizer", ele pegou a mão
dela na sua. "Eu sei que você não pode aceitar o meu raciocínio ... mas dizer outra coisa
seria uma mentira." Não houve desespero em seus olhos, ele estava silenciosamente
articulado com ela para entender. "Minha filha e você ... isso é tudo que tenho. No final
do dia, não são as corridas, ou atuando, ou minha coleção de carros que importa ... é
você e ela. Sinto muito que eu tenha colocado você e Jill nesta posição, mas eu estava
protegendo as duas coisas que eu mais amo no mundo, Ellen e Tallulah, pelo menos ...
eu achava que estava. "

As palavras de Patrick amolecerem o coração de Ellen e lentamente, sua raiva começou
a desaparecer. Ele não era perfeito, ele não era o "Dr. McDreamy". Ele era apenas um
cara tentando agarrar o que podia e Ellen não podia culpá-lo por isso.
Sorrindo com simpatia, ela colocou a palma da mão contra o seu rosto. "Você não vai
me perder." Ela disse confiante. "... A menos que você faça alguma coisa ainda mais
estúpida."

"Eu não acho que vou testar ..." Ele respondeu, aproveitando a sensação de sua mão
macia contra a sua bochecha.
"Você não vai perder a sua filha também. Você é um grande pai. Jill seria uma idiota
para mantê-lo longe dela."

Sorrindo, humildemente, ele a agarrou. "Espero que sim." Inclinando a cabeça para
cima, Ellen beijou seu lábio inferior. Gemendo, ele abaixou a cabeça e beijou-a de
volta, apaixonadamente.

"Ainda estamos em uma briga?" Ele perguntou ofegante, olhando para os lábios
inchados com adoração.

"Eu acho que não."

"Graças a Deus". Ele sussurrou antes de empurrá-la para a cama e encontrando seus
lábios novamente, fizeram amor ardentemente.



- Duas semanas mais tarde


"Desculpe por eu não estar divertida hoje à noite", disse Ellen, levantando o controle
remoto e mudando a estação de TV. Era uma rara noite em que nenhum dos dois tinha
nada para fazer. Isso era tão raro, que Patrick passou a noite com Ellen. Com a série
ficando mais popular a cada dia, estava ficando cada vez mais difícil fugir do radar dos
paparazzi.

Também era difícil para ele por causa de Jillian e sua filha. Ele teve que esperar até
depois de Tallulah adormecer e, em seguida, ele teve de lidar com o desagradável olhar
que Jill enviou no seu caminho. As coisas tinham ido de mal a pior com ela, desde o
Globo de Ouro. Eles definitivamente não foram civilizados, e ele esperava que por
causa de sua filha, eles pudessem lidar com isso de uma forma madura.

 Mesmo com os problemas em casa, quando Patrick sentou no sofá de Ellen com a
cabeça dela em seu colo, ele não podia deixar de pensar em quão feliz ela o fazia.
Correr os dedos pelos cabelos macios se tornou um hábito, e ele fazia isso,
inconscientemente.

 Eles estavam assistindo um programa que ela tinha gravado. Era um dos seus
programas favoritos, e ele adorou a atividade normal, que eles estavam tendo.
Praticamente jogando o controle remoto para o outro lado do sofá, Ellen fungou e
reajustou a cabeça. Ela estava doente e tinha passado mal no dia anterior. Ele não sabia
exatamente o que estava errado com ela, ela não falou muito sobre aquilo, e ele teve a
sensação de que ela estava subestimando o quão terrível ela realmente se sentia. Ela
tinha ficado anormalmente calma a noite toda. Isto fez Patrick saber que havia algo
diferente com ela.

 "Está tudo bem. Sei que você está doente." Ele respondeu, na esperança de obter mais
da história. Ela não mordeu a isca, porém, e ela apenas resmungou "ok".

"Estou feliz de estar aqui com você."

"Eu também". Ellen disse prontamente. Ficou claro que ela o queria lá. Ela tinha se
enroscado nele tão logo ele chegou e ainda não tinha se afastado. "Eu odeio ficar
doente. Ele realmente faz o trabalho ficar miserável".

Hmm ... Eu sei." Ele simpatizava, entendendo quão longo deve ter sido o seu dia. "A
única coisa boa é, se você estiver com a mesma virose que T teve na semana passada,
vai passar. Ela passou mal apenas um dia ou dois."

 Ellen pensou que sua declaração era ridícula. "Como poderia eu e sua filha ficarmos
doente e você não? Eu não a vi estes dias ... assim você teria que ter passado para mim."
Ela não via Tallulah há meses. Não, desde que eles tinham se tornado um casal não
oficial de qualquer maneira. Ellen estava bem com isso. Era uma situação difícil.
Mesmo que ela tivesse ficado muito amiga da menina quando a série estava no começo,
ela compreendeu que já não era uma amiga de Patrick. Ela era sua namorada e isto era
uma coisa completamente diferente.

Jillian e Patrick tinham concordado em dizer a Tallulah sobre o divórcio quando ele
fosse realmente finalizado. Seria muito difícil para ela compreender a situação de agora
então. Ellen aceitou. A última coisa que queria fazer era afetar a menina de uma
maneira negativa.

"Talvez eu seja apenas um transportador então. Eu sou um homem ... homens não ficam
doentes. Vai contra nossa natureza". Ele brincou, e ela riu. Foi a primeira vez que ela riu
a noite toda, e ele ficou animado.

"Certo. Vou me lembrar disto quando você ficar doente. Os homens são como bebês
quando estão doentes".

"Nós não podemos ser bebês, se não ficarmos doentes." Ele fez cócegas para ouvi-la rir
de novo. "Se eu fosse ficar doente eu ficaria doente agora ... El, desculpa." Deixando a
sua mão viajar torno da curva de seus quadris, ele descansou-a em sua bunda firme.

"Guarde suas mãos para si mesmo." Ela brincou.

"Quem, eu?" Espremendo sua bunda, ele riu quando ela tentou se esquivar.

"Sim, você. Você não está recebendo nenhum incentivo ... por isso nem sequer tente."
Sua voz era baixa e agitada.
"Eu não estava tentando conseguir algum." Ele mentiu, quando ele deslizou a mão sob
a camiseta. Ela não estava vestindo sutiã. Parecia que ela nunca vestia quando ela estava
em casa, e ele adorava isso sobre ela. Dava-lhe um acesso fácil aos seios perfeitamente
arredondados.

Dando um tapa na sua mão, ela sentou-se completamente. "Paddy!" Ela tentou olhar
séria para ele, mas o sorriso divertido dele iluminou o rosto inteiro e levou-a a dar uma
risada. "Se você veio aqui para ter sexo é melhor sair agora. Eu não estou
definitivamente no clima."

"Eu posso colocá-la no clima." Ele falou com uma sobrancelha arqueada. Revirando os
olhos, ela se afastou dele, mas ele era muito rápido para ela e ele agarrou seus ombros
para mantê-la no lugar.

"Estou apenas provocando você. Sexo é bom ... mas eu estou feliz só de passar o tempo
com você, minha princesa." Ela estava de costas para ele, mas ela virou a cabeça para
trás com um sorriso divertido.

"Isto basta?"

Seus olhos brilharam quando ele respondeu, "Certo, excelente".

"Isso é o que eu pensava." Puxando-a para ele, deixou-a adaptar-se contra seu peito e,
em seguida, ele colocou seu braço ao redor dela. Ambas as suas atenções centraram-se
na TV na frente deles, mas realmente não estavam prestando atenção no que estavam
vendo.

Depois de algum tempo, ela se virou para ele, e o olhou com seriedade. Sua cabeça
ainda estava voltada para a tela, mas seus olhos se moveram para que ele pudesse vê-la.
"Apreciando a vista?" Ele brincou, mas sabia que pelo jeito que ela estava olhando,
havia algo em sua mente. Sua suspeita estava certa, e ele estava contente quando ela
finalmente falou com ele sobre isso. Tentando não parecer tão ansioso, ele virou a
cabeça para ela.

A testa de Ellen estava enrugada com a sua provocação. Ele era o homem mais
complexo que ela já havia conhecido. Ele era emocional e temperamental, mas relaxado
e feliz ao mesmo tempo, sem falar em como era belo. Ele tinha muito a dizer sobre
qualquer assunto e não tinha medo de falar de seus sentimentos. Eles se encaixavam
perfeitamente dessa forma, porque às vezes ela era mais fechada sobre seus sentimentos
e ficar perto de Patrick a fazia se sentir à vontade para deixá-los sair para fora.

"Eu li sua entrevista de hoje". Patrick tinha que pensar sobre o que ela havia dito. Ele
não tinha certeza de qual artigo que ela estava falando. Mesmo que não fosse criado
para estrear até o ano seguinte, a promoção de Encantada já tinha começado.

"Desde quando você lê a revista People?" Ela raramente lia alguma das suas entrevistas,
e ele sabia com certeza ela não gostava da People Magazine ".
"Eu não leio, mas era a única que tinha na sala do set e eu estava entediada."

"Hmm ..." Ele gemia no fundo da garganta. "Você vai ter que me ajudar aqui, porque eu
acho que a entrevista foi uma que fiz por telefone com Leslie. Eu mal me lembro dela."
Seu rosto era estóico, mas seus olhos estavam cheios de uma emoção que ele não podia
dizer qual era. Não era tristeza, ciúme ou medo ... ele realmente não sabia o que era e o
que a irritava.

"Foi uma sobre o seu casamento feliz." Franzindo as sobrancelhas, ele não tinha certeza
de onde estavam indo.

"Isso parece acontecer em toda entrevista estes dias. Leslie está empurrando realmente a
minha imagem da família no caso de qualquer rumor começar." Sorrindo docemente,
Ellen assentiu.

"Eu sei". Ela sussurrou em um tom que não era crível. "É só ... você é tão convincente."

Sorrindo, ele disse: "Ótimo. É para ser. Qualquer coisa pode ser convincente no papel."
Mesmo que ela risse um pouco, ele sabia que ainda havia algo incomodando. Ele quase
podia ver as rodas girando em sua cabeça.

"O que é isso?" Ele questionou, querendo saber o que tinha dito que poderia ter afetado
ela. Encolhendo os ombros, ela soltou um suspiro.

"Você não está realmente tentando ter mais filhos com Jill não é?" Ele estava um pouco
atordoado com sua pergunta, e ficou ofendido de ela a estar fazendo.

"Não, você sabe que eu não estou dormindo com ela." Ele estava com a voz um pouco
tensa. Ela sentia-se idiota por ter perguntado isso, mas ao mesmo tempo, não apreciava
o seu tom.

"Achei que era só ... merda, mas o artigo inteiro parecia tão convincente, falando de
Paris, e como começou o seu romance com ela ... e a parte "o sexo é a parte mais
importante de um casamento ".

"Ellen, eu nem sequer mencionei nada sobre o romance. Leslie acrescentou esta
porcaria por si mesma. Por que eu estaria com você, se eu estivesse dormindo com Jill?"
Ele ficou irritado por este pensamento ter cruzado a mente dela.

"Pare de gritar comigo." Ela falou de volta para ele. "Estou tentando falar com você
sobre algo que está me incomodando. Isso é como deveria ser. Não há necessidade de
ficar chateado. Repare que eu não fui até a sua casa e pirei você sobre esse artigo." A
lembrança do que ele tinha feito a ela assaltou-o imediatamente, e com um suspiro, ele
foi capaz de manter a sua raiva para si mesmo.

Eu sinto muito ..." Ele se desculpou. "Eu não quero que você duvide de mim. Eu não
estou dormindo com ela, não há nada para se preocupar." Acalmando-se, a respiração de
Ellen voltou ao normal. Ambos tinham temperamento forte e eram capazes de usá-los
um no outro, deixando o outro chateado.

"Por que você teve de dizer que você estava tentando ter mais crianças? É uma mentira
muito grande para contar." Carrancuda, foi a vez dela dar de ombros.

"Minha vida inteira é uma mentira agora." Ele disse sombriamente. "O entrevistador
perguntou especificamente se ela e eu queríamos ter mais filhos, e Leslie pensou que
ficaria mal se eu disse que não. Eu disse a ela que eu não sabia, porque eu quase não
consigo ver T, com tanto trabalho. Leslie deve ter adicionado o "tentar" por conta dela".
Às vezes, a sua situação era esmagadora. A quantidade de mentiras que ele tinha de
dizer diariamente, o fazia se olhar no espelho algumas manhãs e se perguntar quem
diabos ele era.

"Eu sei". Ela respondeu compreendendo. "Eu desejava que pudesse ser diferente."

"Eu também". Ele concordou, mas depois sorriu. "Não será para sempre ... e eu prefiro
estar com você em segredo a não estar com você".

"Eu concordo". Descansando a cabeça em seu peito, ela inalava seu cheiro almiscarado.
"Você acha que pode me fazer um favor só ... me envie um rascunho das entrevistas
que Leslie fizer sobre sua imagem?"

"Eu posso fazer isso." Ele balançou a cabeça. "Será que faria você se sentir melhor?"

"Sim, faria."

"Tudo bem. Então, considere feito."

"Obrigado." Ela sussurrou, e fechando os olhos, ela beijou-o na testa.”Eu amo você,
Paddy”.

Uma semana depois, Patrick tentava não perder a paciência quando ele procurava Ellen
por todo o set. O inverno estava se aproximando rapidamente, já era primeiro de
dezembro, não que a estação fizesse qualquer diferença no sul da Califórnia. Ele estava
realmente começando a suar, enquanto ele verificava em todos os quartos e em cada
fase. O elenco e a equipe estavam trabalhando todo o tempo para obter episódios feitos
antes da pausa de Natal. Todos estavam estressados e esgotados. As tensões estavam
elevadas, e Patrick não ficou imune a isto.

Hey Kate, você viu Ellen?" Patrick perguntou.

"Não, desde esta manhã no ensaio." Kate olhou para ele interrogativamente e viu como
ele estava absorto em pensamentos. "Na verdade ... ela ficou lá apenas por alguns
minutos antes de sair ... depois não voltou mais ... Eu não tenho certeza do que se trata."


Carrancudo, Patrick tentou não deixar sua co-estrela ver sua preocupação. "Ok,
obrigado."
Está tudo bem?" Ela perguntou, olhando para ele com mais de uma sobrancelha
arqueada. Havia alguns dias, que Patrick tinha certeza de que todos e cada um de seus
colegas de elenco sabiam o que estava acontecendo entre ele e Ellen. Era um olhar que
eles tinham em seus olhos ... o mesmo olhar que Kate estava lhe dando. Mas, nunca
disseram nada sobre isto, e ele era grato por isso. Ele não sabia se ele e Ellen poderiam
negar sua relação com as pessoas que passavam 18 horas por dia com eles.

"Sim ..." Suspirando, ele sabia que estava prestes a dizer mais, mas isto não poderia
ajudá-lo. Ele foi ficando mais e mais preocupado com Ellen. "Ela ficou de encontrar-me
esta manhã para passar alguns scripts e ela não apareceu ... e eu estou procurando-a
desde então." Ela nunca saiu de um ensaio. Ela levava seu trabalho tão a sério como ele.

Olhando para ele como se esperasse que ele dissesse mais, Kate abriu a boca para falar
e, em seguida, fechou-a. Tudo o que ela ia dizer, ela mudou de idéia e quando ela abriu
a boca novamente, Patrick poderia dizer que ela tinha mudado definitivamente a sua
resposta. "Talvez vocês estejam apenas se desencontrando um do outro. Ela
provavelmente deve estar procurando por você."

"Sim, espero ..." Ele resmungou, e Kate sorriu com conhecimento de causa antes de
oferecer-lhe adeus e continuar em seu caminho. Algo não estava certo. Parecia que uma
nuvem negra pairava sobre ele o dia todo. O que quer que Ellen tivesse, estava ficando
cada vez pior e os longos dias de trabalho estavam começando a pesar sobre ela. Na
noite anterior, ela estava tão exausta que ela tinha adormecido no trailer, sem sequer
tirar sua roupa de Meredith. Ela não tinha dito a ele, é claro. Ele tinha ouvido esta
manhã quando Sandra e Katie estavam brincando sobre o assunto.

Ficou claro que Ellen o estava evitando, e por que razão ele não sabia. Talvez ela tivesse
medo de deixá-lo ver como ela estava doente? Mas, isso não fazia muito sentido. Ele era
o namorado dela. Namorados deviam estar lá para fazer você se sentir melhor quando
você estivesse doente.

Respirando fundo, ele empurrou algumas de suas preocupações de lado, e saiu do
prédio. Ele tinha verificado o trailer várias vezes, mas ele percebeu que poderia verificar
novamente. Talvez sua bateria do telefone tivesse acabado, talvez ela tivesse tentado
chamá-lo o dia todo, talvez ela realmente estivesse procurando por ele ao mesmo tempo,
em que ele a procurava, mas, olhando para seu celular, ele duvidou disso.

A nuvem escura acima dele seguiu todo o caminho para o trailer. Ele simplesmente não
podia evitar a sensação de que algo ruim iria acontecer .... ... ou talvez já tivesse
acontecido. Suspirando, desejou que Ellen tivesse tomado apenas cinco minutos para
ligar para ele.

Pisando no trailer, ele preparou-se mentalmente para a decepção que ele iria ter,quando
não a encontrasse lá, mas, para sua surpresa, sentada na beira da cama estava Ellen.
Soltando um suspiro, ele deixou a porta bater com força e atravessou a sala.

"Ellen, eu estive procurando por você o dia todo. Deveríamos ensaiar esta manhã." Ele
falou, sua voz mostrando quão impaciente e agitado ele tinha ficado. Ellen ficou imóvel
na cama com a cabeça nas mãos. Ela não se mexeu mesmo quando ele falou e ela
parecia não reconhecer sua presença.

Ela estava rígida e tensa, e parando pouco antes de chegar à cama, ele franziu a testa
quando viu a sua aparência e a falta de resposta. "El?" Sua preocupação era crescente e
ele estava com um sentimento horrível preso ao fundo do seu estômago como concreto.
Nervoso, ele passou de um pé para o outro até que ela finalmente olhou para ele, mas
uma vez que ela o fez, ele ficou mais ainda preocupado.

A cara de Ellen estava branca como um fantasma e ela olhava para ele com olhos tristes.
Seu rosto estava dividido em linhas de dor. Algo estava definitivamente errado. "O que
há de errado?" Ele perguntou em tom de medo. Ele sabia só de olhar para ela, que o que
estava errado não era nada bom.

Balançando a cabeça, as lágrimas nos olhos escorreram e ela limpou-as com os dedos.
Era difícil para ela engolir, ela tentava falar, mas era claro que ela não conseguia
pronunciar as palavras sem quebrar. Ele, em um passo, sentou-se ao lado dela.

"Ellen?" Patrick olhava para ela, sem nem sequer saber o que perguntar. Ele nunca tinha
visto seu olhar tão mal, parecia que ela estava gravemente doente. "Você ... Você ainda
está doente?" Colocando a mão contra a sua testa, ele tirou um pedaço de cabelo para
fora do rosto dela. Sua pele estava fria e úmida, e com um olhar perplexo, ele mantinha
os olhos sobre ela. "Você não está quente. Você deve estar se sentindo melhor agora.
Acho que você precisa chamar o médico, pode ser que você esteja gripada". Ela estava
fisicamente doente, ele sabia com certeza, mas havia algo errado. Como tantas outras
vezes, ele poderia dizer que ela estava escondendo algo, e desta vez, ele não ia esperar
ela para lhe dizer.

"Dê-me alguma coisa aqui, Ellen. Eu quero ajudá-la." Ele estava quase desesperado em
sua tentativa. Sentia-se fora do circuito, como se ele tivesse sido cortado dela
completamente. Fungando, Ellen limpou sua garganta e assim que ela abriu a boca para
falar, começaram a derramar lágrimas pelo seu rosto.

"Não é gripe ..." Ela sussurrou, sua voz perigosamente irregular. Confuso, ele inclinou a
cabeça para tentar ler suas feições.

"Não é gripe? Foi o médico que lhe disse isso?" Patrick não entendia, mas as palmas de
suas mãos começaram a suar quando sua mente registrava que algo poderia estar
seriamente errado com ela. Engolindo em seco, ele colocou a mão em seu joelho. "O
que é isso, então?" Ele perguntou, aterrorizado de ouvir a resposta.

Balançando a cabeça, o corpo de Ellen parecia tremer com o esforço de manter as suas
emoções. "Eu estou ..." Ela começou, a voz dela perdeu a batalha e quebrou
completamente. "Estou grávida". As palavras saíram em um soluço estrangulado e
Patrick não teve tempo para registrá-las, antes dos soluços arruinarem o corpo dela.

 A princípio, ele pensou que estava ouvindo coisas. Ela não podia ter dito o que ele
pensava que ela tinha dito, mas olhando os seus dolorosos soluços, ele percebeu o que
ela tinha dito, e seu estômago esfriou. O quarto girou em movimentos rápidos e ele
reparou que tinha parado de respirar. Ele ficou atordoado e confuso ... ... e incapaz de
lidar com o ataque de emoções que estava se formando em sua mente.

"O .... o quê?" Ele gaguejava como um tolo. Foi uma pergunta retórica embora. Não
havia nenhuma necessidade dela repetir. "Você ... tem certeza?" Ellen ainda estava
chorando, mas os soluços haviam diminuído. Sentia-se como um idiota vendo-a chorar,
mas seu corpo não se mexia. Era como se ele estivesse paralisado. O cérebro de Patrick
não estava conectado com seu corpo.

Olhando para Ellen, Patrick viu que ela segurava um kit de teste de gravidez branco.
Suas mãos estavam tremendo tanto, que ele mal podia ver. Ele olhou atentamente e viu
as linhas positivas. "Fiz quatro deles. Todos deram o mesmo resultado."

Ele estava sem palavras. O peso do que ela lhe tinha dito o estava pressionando como
uma tonelada de tijolos. Ela não poderia estar grávida. Eles tiveram o cuidado ... ele não
era um adolescente inexperiente ... Certamente ele sabia como fazer sexo seguro. Os
pensamentos o consumiam, e ele disse em voz alta, mesmo sem perceber. "Mas .... você
não estava tomando a pílula direito? Como ... como você pode estar grávida?" Ellen
tinha assegurado a ele que tomava pílula. Ele não entendia.

"Eu tomo. Eu sou ..." Ela disse, sua voz, sua voz saindo por um fio. "Eu acho ... eu devo
ser daquelas um por cento que não funciona com pílulas ..."

"Isso não faz nenhum sentido." Patrick respondeu, com um aceno de cabeça.

"Eu não sei o que aconteceu." Ela se recusou a olhar nos seus olhos, em vez disso,
concentrou o olhar no chão e Patrick estava fazendo o mesmo. Ele não podia controlar
as emoções que o assolavam.

Depois de vários minutos de silêncio desconfortável, ele ergueu a cabeça e se virou para
ela.

"Quando você descobriu?" Olhando para cima com as lágrimas mais uma vez reunidas
em torno de seus olhos, ela olhou para ele enquanto falava.

"Duas horas atrás. Meu período estava com mais de uma semana de atraso ..." Tomando
um fôlego tremendo, ele então exalou o ar.

"Jesus ..." Ele resmungou, sem nem mesmo saber o que pensar primeiro. Quando Jillian
lhe tinha dito que ela estava grávida de Tallulah, ficou em êxtase. Ele sempre quis
filhos. Mas, ele e Jill tinham planejado aquilo. Eles estavam esperando que ela
engravidasse. Ele tinha sido preparado para a notícia. Sentado ao lado de Ellen, estava
completamente mudo, golpeado, e tudo que ele conseguia pensar era em como mais
complicada a sua situação tinha acabado de se tornar.

"Eu não ... Eu nem sei o que dizer." Ele disse a ela, e sabia que não era o mais provável
que ela queria ouvir. Ela estava tão chateada como ele, ele poderia dizer, e não havia
nada que pudesse fazer para confortá-la. Ele não poderia confortar a si mesmo.
“Eu sinto muito. Não sei como aconteceu."

"Não é sua culpa." Ele garantiu, mas sua voz não dava nenhuma garantia do que ele
sentia. Ele não a culpava, ele sabia que era muito. Mas, naquele momento, ele não tinha
maneira de expressar isso a ela.

"Que diabos é que vamos fazer?" Patrick disse, mais para si do que para ela. A sala
ficou em silêncio novamente e eles ficaram com os seus pensamentos. Patrick ainda não
tinha tido tempo para processar o fato de que Ellen estava grávida ... com o seu bebê.
Eles estavam tendo um filho. Uma criança que fizeram juntos. Teria sido um sonho se
tivesse vindo um ou dois anos depois ... quando eles poderiam ser uma família normal.
Como ele poderia ser um pai para o bebê agora? Ele não poderia nem mesmo admitir
que Ellen era sua namorada. Balançando a cabeça novamente, ele lutou contra a vontade
de ficar doente.

"Eu não sei". Suspirou Ellen, seu corpo quase dobrando em si mesmo.

"Bem, nós precisamos descobrir." Ele criticou, sem nem mesmo querer. Suas emoções
estavam rapidamente se transformando em raiva, e ele não tinha controle sobre o que
estava dizendo. Olhando para ele, incrédula, Ellen balançou a cabeça.

"Que diabos você acha que eu tenho feito o dia todo?" Ela respondeu. "Eu estou grávida
e isto não pode ser alterado ... assim nós vamos ter que descobrir um jeito de resolver
isso sem matar um ao outro."

"Isto pode ser interrompido, sim." Ele respondeu, e lamentou o instante em que as
palavras saíram pela sua boca. Ele certamente não teve a intenção de falar aquilo. Mas,
já era tarde demais. O estrago estava feito. Ellen ficou de boca aberta, em choque, e
depois ela estreitou os olhos e se levantou.

"Eu não posso acreditar no que você acabou de dizer para mim. Quer saber? Não se
preocupe com isso. Eu resolvo tudo. A culpa é minha de qualquer maneira, certo?" Ela
gritou. Atravessando a sala com raiva, ela era como um turbilhão de vento e terminou
pegando a bolsa.

Atordoado com o que tinha acontecido, ela estava quase fora da porta, quando ele se
levantou e agarrou o braço dela. "Isso não é o que eu quis dizer. Me desculpe. Eu não
quis dizer isso." Ele se defendeu, mas ela puxou o corpo para fora e abriu a porta.

"Eu sei exatamente o que você quis dizer. Eu sabia que você não ia pular de alegria ...
mas, Jesus Cristo, eu não tinha idéia de que você seria tão idiota".

"Ellen!" Ele gritou, não se importando com o público que se reuniu na frente do seu
trailer. Ele teve de segurar a porta aberta, ou ela teria batido em seu corpo.

"Não". Ela cuspiu as palavras de volta para ele sem se virar. Observando-a andando,
Patrick sentiu uma estranha sensação de dormência levá-lo. As pessoas ainda estavam
olhando para eles e ele deixou a porta fechada. Encostado, ele escorregou e ele esperou
que a sala parasse de girar. Ele sabia que não havia sentido em correr atrás dela, até
porque ele não sabia o que dizer mesmo, então em vez disso, ele se sentou no trailer
vazio e tentou descobrir como sua vida virou de cabeça para baixo de forma tão
dramática.




"Papai, olhe para mim!" Tallulah gritava quando suas pernas impulsionavam o balanço
do quintal mais alto.

"Eu estou vendo. Isso é muito alto!" Patrick respondeu com um sorriso que desapareceu
no segundo seguinte.

Acima de sua cabeça, os pássaros cantaram em um céu sem nuvens. O ruído da estrada
era quase inaudível. Pela primeira vez, tudo o que ele ouviu foram os risos da filha e o
guincho enferrujado que o balanço velho faria. Era uma tarde rara em que ele realmente
foi para casa antes de Tallulah chegar em casa da escola. Não tinha muito o que fazer no
set, uma vez que Ellen tinha ido embora. Ele não podia ensaiar cenas de Meredith e
Derek sem Meredith.

"Eu sou a melhor balançadora sempre!" A garota aplaudiu, e ele concordou.

"Você é!" Patrick notou como sua voz soava falsa. Tallulah estava feliz e contente com
sua presença e isto o fazia feliz. Mas, não importa o quanto ele tentasse, ele não poderia
empurrar Ellen para fora de sua mente. Tallulah geralmente curava qualquer doença.
Um olhar para seu rosto e ele ficava nas nuvens. Mas, não desta vez. Nem sua bela filha
poderia corrigir a sua situação atual.

Descansando a cabeça no encosto da cadeira do gramado, ele tomou um gole da cerveja.
Nas poucas horas que tinha passado, sua mente não tinha ficado muito mais clara. Ellen
estava grávida, realmente grávida .... Eles haviam feito um filho juntos. Ele teve pelo
menos que chegar a essa conclusão. O que ele não sabia, era o isto significava para eles.
Como eles poderiam ter um filho juntos em sua situação atual?

As ramificações que aquilo poderia acarretar faziam Patrick ter dor de cabeça só de
pensar nisso tudo. Eles não podiam anunciar que estavam esperando um filho. Eles não
poderiam viver na mesma casa como uma família. Eles não eram nem mesmo capazes
de serem vistos juntos.

Olhando os cabelos loiros de Tallulah balançando com o vento, ele não poderia
imaginar não ser capaz de mostrar o seu filho para o mundo. Ele não ia poder nem
mesmo reconhecer o bebê como seu. Balançando a cabeça, as ondas de desespero
passavam por ele. Não havia nada de bom que pudesse sair daquela situação. Pelo
menos, nada que ele pudesse pensar. Esses pensamentos o deixaram se sentindo
culpado. Como ele poderia pensar em ter um bebê?

"Papai, por que está tão triste?" Tallulah tinha saltado para fora do balanço e foi em sua
direção, sem que ele sequer percebesse. Subindo em seu colo, ela sentou-se em cima de
seus joelhos.

"Eu não estou triste." Patrick mentiu, com um sorriso que mal chegou aos seus ouvidos.
Seus olhos estavam maçantes. Não importava o quanto ele tentasse, não havia nenhuma
maneira de esconder a tristeza. Sua filha tinha obviamente reparado, e isto o fez se
sentir ainda pior. "Eu apenas estou cansado."

"Talvez você devesse ir para a cama." Ela sugeriu, sem olhar para ele. Um grande
pássaro havia pousado no quintal e suas asas brancas chamaram a sua atenção.

"É um pouco cedo para ir para a cama." Ele disse a ela, tentando manter sua voz tão
enérgica quanto possível. Ele era um ator, ele devia ser capaz de, pelo menos, agir feliz
perto de sua filha. Mas, apenas não havia motivação nele para fazê-lo.

Depois de algum tempo, o pássaro voou para longe, e a menina de seis anos, virou-se
em seu colo para que ela pudesse enfrentá-lo. "Estou feliz por você estar aqui papai."
Ela sussurrou, sua voz cheia de esperança. Isto fez o seu coração se encher tanto amor
quanto de culpa.

"Estou contente por eu também estar aqui, T." Foi talvez a coisa mais honesta que tinha
dito o dia inteiro. Tirando a franja para trás de seu rosto, ele olhou para as feições dela
atentamente. Ela tinha crescido tanto em tão pouco tempo. Ela era apenas uma criança
pequena, quando a série começou. Primeiro, ela se parecia muito com ele. Mas, quando
ela cresceu, estava ficando cada vez mais parecida com Jillian. Seu cabelo foi ficando
progressivamente mais escuro, como o dele. Mas, o resto, até que seus ossos da face
salientes eram de Jillian.

Naquele momento, era difícil para ele não imaginar seu filho com Ellen. Teria seus
misteriosos olhos verdes? Ou os seus azuis irlandêses? Será que teria cabelos
ondulados, o que atraiu a sua atenção? Ou ... cabelos lisos? As possibilidades eram
infinitas, e quanto mais pensava nisso, mais o seu coração começou a inchar com amor,
orgulho e esperança.

Tallulah inclinou seu corpo de volta contra o seu e descansou ali. A menina trouxe tanta
alegria à sua vida. Ele não podia imaginar a vida sem ela, e ele sabia que não importava
o que iria acontecer, ele se sentiria da mesma maneira com o filho de Ellen também.

Os pensamentos de Patrick tornaram-se claros quando as inspirações de sua filha caiu
em um ritmo perfeito com as dele. Não importa quais complicações surgissem de sua
situação, Patrick sabia que não o faria amar seu filho menos. Saber disso, deixou-o
sentindo-se melhor.


Mais uma vez, Patrick estava procurando por toda parte no set por Ellen. Porém, desta
vez ele estava muito mais frenético. Havia uma urgência, no entanto, que não estava ali
no dia anterior. Ele precisava falar com ela. Era tudo o que ele conseguia pensar. Mas,
parecia que estava se tornando um feito impossível, porque ela estava evitando-o
novamente.
Sua respiração estava cortada, enquanto ele caminhava através dos corredores sinuosos
dos edifícios de pequeno porte ligados entre si, para fazer linhas de escritórios e salas
de conferências. Parando no fim do corredor, ele suspirou e virou-se para refazer o
mesmo caminho novamente. Ela não estava no trailer, ou no serviço de quarto de
artesanato, ou no salão. Ela não estava filmando ou ensaiando ... era como se tivesse
desaparecido completamente. Mas, ele sabia que era impossível.

Patrick não tinha sido capaz de ir à casa dela na noite anterior. Jillian estava em Nova
York. Depois de largar Tallulah na escola naquela manhã, ele tinha ido direto para a
casa de Ellen, apenas para encontrar sua garagem vazia. Ele pensou que ela tinha ido ao
trabalho, mas, claramente ... ele estava errado.

Sua frustração crescia a cada minuto. Ele sabia que sua reação não foi boa, ele sabia que
ele tinha dito algo que ele não deveria nunca ter falado, mas ele também sabia que eles
tinham um monte de coisas para resolver ... e eles não poderiam sequer começar a fazer
isso até que ele a encontrasse.

"Patrick!" Uma voz familiar chamou e ele se virou para ver Shonda colocando a cabeça
para fora de sua porta do escritório. Ele não tinha sequer percebido que tinha ido perto
de seu escritório. "Pode vir aqui um minuto?" Ela perguntou, e ele tentou não gemer em
voz alta.

"Eu realmente estou ocupado."

Só vai levar um minuto." Ela garantiu, vendo sua aparência desleixada. Ele não tinha
feito a barba, seu cabelo estava uma bagunça, e ele tinha certeza de sua camisa pólo
estava amassada.

Patrick andou para perto da porta, mas ainda hesitou em entrar. "Eu nem sei se eu tenho
um minuto." Shonda arqueou uma sobrancelha para ele com curiosidade. "Eu estou
procurando por Ellen. É importante." Ele garantiu, deixando a sua chefe saber que ele
não estava intencionalmente tentando sair fora da conversa. Shonda pareceu animar-se
com esta resposta.

Com um sorriso, ela acenou para a sala. "Engraçado, eu falei para Ellen que queria falar
com você." Foi a vez de Patrick olhar para ela com curiosidade. Franzindo a testa, ele
soltou uma lufada de ar e entrou na sala.

O corpo de Patrick estava rígido e tenso. Seus braços estavam cruzados defensivamente
e suas pernas não conseguiam ficar paradas enquanto fazia pequenos movimentos
batendo com o pé. Sabendo que ele diria não, Shonda não se incomodou em pedir-lhe
para se sentar. Ela também não queria se sentar e, em vez disso, ergueu-se contra a
borda de sua mesa.

"Você viu Ellen, hoje?" Patrick perguntou antes que Shonda pudesse falar uma palavra.
Ele tentou esconder o fato de que estava praticamente prendendo a respiração à espera
de sua resposta.
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Parte 7

  • 1. "Então, quando você vai dar a notícia ao mundo que você não está realmente noiva?" Patrick perguntou a Ellen enquanto caminhavam pelo corredor na direção da sala de conferência. O conhecimento de que estavam guardando um segredo potencialmente perigoso, faziam-nos pensar como agir um com o outro em público. Havia uma enorme lacuna entre seus corpos que normalmente não estava lá. Era tão anormal, que as pessoas que caminhavam em sua direção tinham uma sobrancelha arqueada em confusão. "O que?" Ellen respondeu com um sorriso. Patrick fez a mesma pergunta de novo em um tom mais sério. "Quando você vai liberar uma declaração dizendo que não é verdade que está noiva?" "Eu não sei se eu vou". Ela respondeu imediatamente, encolhendo os ombros. Sua resposta rápida, provava que ela tinha entendido o que ele perguntou da primeira vez. Parando de repente no centro do corredor acarpetado, ele pôs a mão no ombro dela para impedi-la de andar. "O que você quer dizer, que não sabe se vai fazer a declaração, ou não sabe que está noiva? Seu tom de incredulidade fez Ellen torcer o nariz. "Eu não sei o que estou fazendo ainda. Francamente, eu não acho que seja qualquer negócio, se eu estou noiva ou não." "Então você vai deixar todo mundo pensando que vai se casar com ele?" Patrick questionou descrente. Ele não conseguia entender a idéia de as pessoas pensarem que Chris ainda estava no quadro. Ele estava começando a perceber o quão difícil seria fingir que Ellen era apenas uma amiga. "Eu já falei sobre isso com Jessica, minha assessora, e eu não estou certa do que eu quero fazer ainda. Eu não vou liberar um comunicado toda vez que alguém começar um boato." Uma nova escritora com a qual eles não estavam familiarizada passou por eles com um sorriso cauteloso. Nenhum dos dois tinha visto ela chegando, e Patrick entrou em pânico por um segundo e se afastou de Ellen como se ela estivesse doente. Alargando os olhos, Ellen assistiu como a mulher continuou pelo corredor. Pigarreando, Patrick tentou obter o controle de suas emoções. "Este é um caso em que uma declaração é necessária." Ele disse a ela, uma vez que ele se lembrou do que estavam falando. "Por que você quer que todos pensem que você vai se casar com ele?" Seu tom acusador a deixava louca, e ela cruzou os braços em defesa. Alguns de seus colegas de elenco e outros escritores, começaram a passar por eles, fazendo o seu caminho pelo corredor em direção à sala para onde estavam se dirigindo, assim Ellen manteve sua voz baixa, mesmo que ela tivesse certeza que ninguém estava ouvindo. "Eu não me importo com o que as pessoas pensam! As pessoas perto de mim sabem a verdade, isso é tudo que importa." "Eu não gosto disto!" Ele respondeu como uma criança mimada. "Já é muito ruim eu ter
  • 2. que fingir que não estou com você. Mas, ouvir todo mundo falar sobre seu noivado imaginário? Isso é ridículo." Ambos estavam irritados e não pensavam com clareza suficiente, para dar à situação qualquer pensamento racional. "Não é diferente de ouvir de todos sobre como seu casamento parece um conto de fadas". Ela falou, só porque ela era louca. Ela havia feito um pacto com si mesma que iria parar de jogar Jill em sua cara, mas as palavras tinham apenas disparado para fora de sua boca como de hábito. Os olhos de Patrick estavam escurecidos de raiva e eles estavam se olhando de cima para baixo, até que uma voz chamou da porta da sala de conferências. "Ei, pombinhos, vamos ter a graça de contar com sua presença hoje?" Virando-se, Ellen e Patrick viram o sorriso zombeteiro de TR. "Nós estaremos aí." Ellen respondeu, fingindo um tom alegre. Se TR estivesse perto o suficiente, ele teria visto os dentes de Ellen rangendo. Estreitando os olhos, Patrick suspirou. "Será que ele sabe sobre nós?" Ele acusou, sabendo que ela era muito amiga dos seus colegas co-estrelas. Jogando as mãos em desespero, ela balançou a cabeça. "Não. Desculpe eu não enviar um comunicado sobre nós também." O tom sarcástico o irritava ainda mais. "Bem, eu acho que essa é uma das coisas que teremos de trabalhar, eventualmente." Patrick murmurou infeliz. Seu humor, que tinha sido tão bom desde que ele e Ellen começaram a trabalhar o relacionamento, estava desaparecendo rapidamente. "Eu acho que é." Ela bufou, e esperou que ele fosse embora, antes de o seguir em silêncio. "Problemas no paraíso?" Sandra sussurrou quando Ellen passou por ela, em seu caminho para a sala de conferências. Patrick já tinha entrado, e não podia ouvir a conversa. "Você não tem idéia". Ellen murmurou miseravelmente, ganhando um olhar curioso de sua amiga. "Parabéns!" Alguns dos seus colegas de trabalho disseram animados, quando Ellen entrou na sala. "Assim, parece que temos um casamento na vida real em nosso meio." Shonda disse com um sorriso curioso. Sua voz era sincera, mas o olhar no rosto dela era uma confusão completa. Ellen e Chris se casarem definitivamente não era o que ela esperava. Fingindo um sorriso, Ellen não sabia mais o que fazer. Seus olhos se encontraram com os de Patrick como de hábito, e o ciúme intenso e incômodo que viu ali a fez sentir dor no estômago.
  • 3. - Um dia depois "Alô?" Patrick respondeu seu telefone e então fez uma pausa para recuperar o fôlego. Ele tinha literalmente acabado de sair do banho e teve de correr para pegar o telefone, antes que ele parasse de tocar. Ele não conversava com Ellen desde a sua briga no dia anterior. Ambos tinham precisado de um tempo para se acalmar. Ele tinha esperado pacientemente que ela ligasse para ele, sabendo que ela o faria, quando estivesse pronta. "Vá para a página inicial do Yahoo." A voz de Ellen declarou através do telefone. "Eu nem sequer vou ganhar um Olá?" Ele amuou, mas apenas ouvir sua voz o fazia sorrir. "Faça isto". Ela falou em tom de comando, como ela não tivesse ouvido nada. Seu jeito mandão divertiu-o, então ele decidiu provocá-la ainda mais. "Acabei de sair do chuveiro. Posso colocar roupas primeiro?" Um suspiro irritado foi tudo o que ele teve de resposta. Sem contar a ela, ele foi em direção à cômoda que estava servindo de mesa. Segurando o telefone em uma mão, ele abriu seu lap top com a outra. "Basta ir à página inicial do Yahoo e clicar no entretenimento. Deve estar lá." Soltando sua toalha, ele tremeu quando o ar frio soprou sobre a pele úmida. "Você já está lá?" Ela perguntou, impaciente, depois de vários minutos. "Eu sou do tipo ocupado ... você sabe que eu estou nu?" Ele brincou, na esperança de obter uma risada dela. Mas, ele logo percebeu que ela não estava de bom humor quando ela soltou um gemido. "Passei dez horas no set. Estou cansada e com fome, e gostaria de tomar um banho, também. Assim vá logo à sua página do Yahoo, antes que eu chegue aí em sua casa e te mate." Seu discurso retórico o fez rir. "Eu não sabia que a mulher da minha vida é tão mal-humorada ..." O outro lado da linha estava em silêncio, mas ele sabia que ela ainda estava lá por causa de sua respiração pesada. "Patrick ..." Ela avisou, e ele se rendeu. "Tudo bem, tudo bem, eu estou lá. O que exatamente eu estou procurando?" Nada fora do comum apareceu, e ele enrugou a testa em confusão. "Será que você foi para a seção de entretenimento?" Ele podia ouvir o esgotamento completo em sua voz e se sentia mal de ter provocado ela. Ele só tinha trabalhado algumas horas naquele dia, mas Ellen tinha mais cenas, e gastou muito mais tempo no set do que ele.
  • 4. "Sim, eu estou lá." Seus olhos passearam sobre o site. Várias manchetes foram aparecendo em intervalos de dez segundos e ele esperou pacientemente, sabendo que tinha de haver uma razão para que ela pedisse para ele entrar lá. "Tudo bem, deve estar lá ...." Ela soltou um bocejo, e de repente, apareceu tudo o que era falado entre eles, até um título com a sua imagem apareceu. "Ah ... estou vendo". Ele disse, antes de clicar no link. Demorou apenas alguns segundos para o artigo carregar, e ele imediatamente lembrou-se quando ele tinha lido sobre o seu noivado. Mesmo sabendo que provavelmente não seria nada ruim, as palmas das suas mãos começaram a suar mesmo. "Estrela de Grey's Anatomy nega rumores de noivado." Ele leu em voz alta e, em seguida, continuou a ler silenciosamente. O artigo tinha dois parágrafos, no máximo, e era basicamente um comunicado de sua agente dizendo que Ellen não estava definitivamente noiva. Ela não disse nada sobre ela não estar com Chris, mas Patrick estava bem com isso. Deixando escapar um suspiro satisfeito, ele leu as palavras de novo só para ter certeza. "Você fez isso?" Ele perguntou incrédulo. Ele não esperava que ela fizesse. "Eu fiz isso." "Quando?" "Esta manhã." Patrick não sabia o que dizer em primeiro lugar. Seu bom humor repentinamente voltou. Era impossível ficar zangado com ela, mas a situação o tinha incomodado. "Eu não tinha certeza que você faria". Ele admitiu, e ela riu, mas a voz dela tinha pouca energia. "Eu fiz isso por você." Sua confissão o fez sorrir. "Obrigado." "Eu não estava tentando feri-lo." Ela disse, após um longo silêncio. "Eu sei". Suspirou Patrick, desejando que ela estivesse lá ao seu lado e não no telefone. Ele queria tocar-lhe, para ver seu rosto, para segurá-la. "Bom". A voz de Ellen estava sem energia, e apesar do tanto que ele queria falar com ela, ele sabia que ela precisava dormir. "Ellen, vá para a cama. Podemos nos falar amanhã." "Você tem certeza?" "Sim". Você precisa dormir um pouco. "
  • 5. "Eu te amo". Ela murmurou, como se ela já estivesse meio adormecida. Eles já tinham dito isso um para o outro antes, mas apenas ocasionalmente. Não era uma coisa que diziam todo dia, e ouvir esta declaração da boca de Ellen fazia seu coração bater um pouco mais rápido. "Eu também te amo." Não demorou muito para ele perceber que ela tinha se afastado para dormir, assim terminou o telefonema com um sorriso no rosto. Um mês depois "Aí está você." Patrick exclamou antes de cruzar o trailer em três passos rápidos. O script de Ellen caiu ao chão, quando ele a puxou para seus braços. "Desculpe". Ellen riu, surpresa pela sua saudação. "Esse ensaio durou para sempre ... então Katie queria ir almoçar, então eu tive que inventar uma desculpa para não sair com ela. Espero que ela não ache estranho ..." "Ellen. Shhhh ..." Patrick parou sua explicação, pressionando os lábios contra os dela. Gemendo em sua boca, ele deixou sua língua passear contra a dela. O beijo intensificou- se rapidamente, mas eles se afastaram simultaneamente, depois de vários minutos para recuperar o fôlego. O sexo era bom, e apaixonado, e surpreendente ... mas eles queriam mais, precisavam de mais. "Tudo bem. Eu só estava com medo que você tivesse esquecido." Apontando para a pequena mesa, ele apontou para o almoço que ele tinha feito para ela. Seguindo o seu olhar, Ellen enxugou a umidade dos seus lábios e sorriu. "Esquecer-me de almoçar com você? Nunca.” Pegando a sua mão, ela o levou para o outro lado da sala. "Estou morrendo de fome." "Eu também. Eu quase comi sem você." "Mentiroso". Ela provocou, depois de terem se sentado em frente um do outro. Era um desafio trabalhar os detalhes de seu complicado relacionamento. Não era fácil esconder seus sentimentos, e não era fácil manter um segredo qualquer. Havia tantas coisas que precisavam ser trabalhadas. Cada dia trazia novos desafios e surpresas. Mas, eles estavam felizes e conseguiam resolver os problemas do relacionamento com facilidade. Embora eles não pudessem fazer muitas das coisas que um casal normal faria, eles usavam todas as chances que tinham para passar algum tempo juntos em particular, o que era mais gratificante do que qualquer outra data romântica. "Alguém achou estranho você estar aqui?" Ellen perguntou quando ele empurrou uma
  • 6. salada e uma coca diet para ela. Patrick teve o dia de folga. Só ela e alguns outros foram obrigados a estar no set ... e a maioria das pessoas não vão trabalhar, se não precisam. "Eric me falou alguma merda sobre eu ser um work-a-holic, mas eu disse a ele que estava estudando um script com Shonda." "Casual". Ellen respondeu, e começou a comer sua salada. "É realmente foi." Ele disse com um aceno de cabeça, e sorriu quando ela literalmente encheu a boca com alface. Ela não havia mentido quando disse que estava com fome. "Todo mundo sabe que existem problemas em meu roteiro ... ninguém vai questionar- me." Assentindo enfaticamente, Ellen tomou um gole de seu refrigerante. A declaração de Patrick era verdade. Sua dislexia o obrigava a trabalhar duas vezes mais que os outros, era mais difícil para ele ler e memorizar cada script. "Quem diria que a sua incapacidade de leitura viria a calhar? Ela provocou, só porque ela sabia que não iria ofendê-lo. "Eu sei." "Hmm ... essa salada de atum está incrível. Você me conhece muito bem." Disse-lhe com um sorriso encantado. "Eu sei. Fiquei em dúvida entre atum ou galinha .... mas algo me disse que o atum seria melhor." "Bem, você estava certo. Eu não estava definitivamente no clima de frango. Obrigada." "Você é bem-vinda. Quando você tem que estar de volta no set?" Olhando para o seu BlackBerry ao seu lado, Ellen tentou não deixá-lo tão decepcionado. " em uma hora ... desculpe-me." "Não se desculpe". Colocando o seu sanduíche para baixo, ele chegou na mesa e pegou sua mão. "Eu tenho uma reunião com meu agente em 3 horas de qualquer maneira." "Eu pensei que teríamos, pelo menos, mais de uma hora ..." Ellen raramente se queixava sobre a sua situação. Era o que ela queria afinal de contas, mas, às vezes era tão difícil passar uma quantidade razoável de tempo juntos. Mesmo no set, quando ambos estavam filmando, eles estavam cercados por membros da equipe e colegas de trabalho. "Eu sei. Eu desejava ir para sua casa a noite passada." "Sua filha estava doente, eu entendo." Ela garantiu com um olhar sério. Ela não esperava ou desejava que seu relacionamento com sua filha sofresse por causa dela. Sorrindo com a maneira como ela parecia sempre manter a cabeça racional sobre as coisas, ele apertou a mão dela.
  • 7. "Pelo menos vamos nos ver amanhã". "Ohhh certo ... ... O Globo de Ouro". Patrick falou, fingindo que ele tinha esquecido. "Oh, por favor. Não aja como se você não estivesse animado." Mastigando a comida, ele sorriu como um idiota. "Eu sou o tipo animado. Não é todo dia que você começa a fazer parte de um programa que recebe uma indicação ao Globo de Ouro. Você está animada?" Houve um lampejo de hesitação em seus olhos. Ele viu claramente, por um segundo, seus olhos mudaram de volta para sua salada e quando se levantaram para ele novamente, tinha desaparecido. Suas emoções mudaram tão rapidamente, e ele não suspeitava o que ela estava escondendo dele. "Estou animada. Embora, eu pudesse vomitar se vencermos. Aparentemente, eu fui eleita porta-voz para o show e eu não estou ansiosa para fazer esse discurso todo." "Não posso culpá-la. Eu estaria nervoso também. Você é boa no discurso, porém, eu acho que você vai fazer bem. Além disso, eu estarei lá com você." Ele viu algo de novo em seus olhos verdes que o fez balançar a cabeça de preocupação. "Há algo de errado?" "Não." Ela respondeu rápido demais para ser crível. "Ellen ..." "Nada está errado." Ela garantiu, porque realmente não estava. Sua mente estava apenas enlouquecendo e sabia que era bobagem. "Algo está claramente errado. Você estava ridiculamente animada para esta última semana ... você experimentou vários vestidos esta semana." Descartando seu sanduíche para o prato, ele fixou seu olhar com um questionamento. "Não é nada. Estou começando a ficar nervosa, você sabe?" "Sobre o discurso?" Patrick perguntou, mesmo sabendo que não era isso. O discurso não era tão grande, nada que Ellen não conseguisse segurar. "Isso ... e o fato de que a imprensa vai estar assistindo cada movimento nosso." "Não mais que de costume." Ele deu de ombros em resposta, e ela revirou os olhos. "Patrick, vamos ser fotografados a cada dez segundos. Vou ficar muito paranóica para sequer chegar perto de você. Sinto que todo mundo vai saber ... assim que nos virem." Patrick começou a rir, mas percebeu que era sério e parou abruptamente. "Ninguém vai pensar nada. Nós somos Meredith e Derek, eles esperam nos fotografar juntos. Você não acha que iria ficar estranho se nós não ficarmos juntos?" "Eu acho".
  • 8. "Então, não se preocupe." Ele garantiu com um sorriso, começando a comer novamente, mas ela permaneceu em silêncio, quase contemplativa, e ele sabia que havia algo incomodando. Engolindo em seco, ele respirou fundo. "O que é que está acontecendo?" Ele perguntou preocupado. Ela sorriu em resposta, tentando impedi-lo de preocupar-se, mas o sorriso mal atingiu seu rosto. Ela estava hesitante em falar o que quer que fosse, ele sabia, e isso o deixava nervoso. Finalmente, como se tivesse adquirido um pouco de força interior, ela olhou para suas mãos, e então olhou de volta até seu rosto. "Você vai estar lá com Jill." Ela disse com uma voz tão suave que se ele não tivesse se sentado tão perto, ele não teria ouvido. Ellen sabia que ele não tinha outra alternativa. Se não levasse Jill, todo mundo ia desconfiar. Mas, isso não a ajudava a não se sentir decepcionada sobre o assunto. Franzindo a testa, ele acenou com a cabeça em simpatia. Patrick não estava ansioso para isso. Fingir ser feliz casado, enquanto sua namorada assistia, não era algo que ele queria fazer. "Eu sei". Ele suspirou, infeliz. "Você vai ficar bem?" "Sim". Ellen assentiu, esperando tranquilizá-lo. Ela ficaria bem, só tinha que se acostumar. "Eu vou ter que praticar o meu sorriso feliz." "Eu também". Concordou Patrick. "Se isso faz você se sentir melhor, Jill não está exatamente feliz por estar indo." "Tenho certeza". Ellen não poderia imaginar como Jill devia estar se sentindo, e ela não queria tanto. Se ela pensasse, a culpa a consumiria. "Ela nunca gostou desses eventos. Ela não gosta de estar no centro das atenções. Ela só está fazendo isso agora, porque ela sabe que seus clientes querem vê-la comigo." Ellen estava olhando para ele com uma expressão ilegível, e ele percebeu que estava falando demais sobre Jillian. Pegando a mão de Ellen, ele apertou-a com suavidade. "Vai ser bom, El. Nós vamos caminhar no tapete vermelho ... deixar que eles tenham suas fotos e então poderemos descansar." "Sim, eu espero que sim." "Será". Ele disse, deixando o polegar passear sobre o dorso de sua mão. "Eu vou ter uma surpresa esperando por você, se você puder atravessar a noite ..." Ele disse a ela, seus olhos brilhando com a travessura. Ellen deu um sorriso genuíno, pela primeira vez naquele dia e ergueu a sobrancelha. "Que tipo de surpresa?"
  • 9. "Bem, você vai ter que esperar até amanhã para descobrir." "... Ou você poderia simplesmente dizer-me agora. Iria me dar forças para passar por tudo amanhã ...." "Hmmm .... boa tentativa. Você vai saber em breve." Ellen estava prestes a discutir, mas uma explosão de som ecoou através do alto-falante. "Ellen precisamos de você no set." Carrancuda, Ellen se levantou. "Eu acho que você está salvo." "Você apenas tem que ser paciente." Ele brincou, e viu como ela amarrou o cabelo loiro escuro em um rabo de cavalo. "Eu vou tirar isso de você, mais cedo ou mais tarde". "Eu duvido. Comeu o suficiente?" "Sim". Obrigada. " "Eu te ligo mais tarde?" Ele questionou, sem saber se o tempo permitiria. "Claro." Inclinando-se, beijou-o suavemente nos lábios. Patrick tentou intensificar o beijo, mas ela se afastou. "Eu nunca vou conseguir ir para o set, se você continuar fazendo isso". "Então não vá". Ele brincou, e agarrou-a de volta. "E qual seria a minha desculpa? Desculpe .... eu estava fazendo sexo com o meu Patrick?" Seus olhos brilharam de felicidade quando ela pegou o roteiro e caminhou até a porta. "Um dia você poderá dizer isso, minha lindeza". Ele falou suavemente. "Eu mal posso esperar por ele". - Um dia depois "Eu mal posso esperar para ver você ..." Ellen leu a mensagem no celular e enviou uma resposta rápida. Nervosa, ela esfregou as palmas das mãos contra o seu vestido e respirou fundo. Antes de guardar o celular, a mão dela roçou contra a chave de um cartão do hotel. Lembrando-se do envelope que tinha encontrado em sua caixa de correio ontem, ela sorriu. Dentro havia encontrado uma nota, e o cartão chave. A nota dizia simplesmente:
  • 10. "San Marino Hotel. 11:30. Quarto 314" Não estava assinado. Mas, não precisava de assinatura. Ela sabia de quem era. Enquanto a limusine avançava mais e mais em direção ao tapete vermelho, Ellen podia ver os fotógrafos em torno da calçada. As janelas coloridas a escondiam, mas ela ainda se sentia como se estivessem olhando direto para ela. A limusine chegou ao final com uma guinada, e seu estômago fez um flip flop completo. "Você está pronta?" o homem perguntou ao seu lado, e sua mão veio descansar contra sua coxa. Voltando-se para ele, ela tentou sorrir. "Sim". E você? " "Definitivamente. Eu tenho a garota mais bonita de Hollywood ao meu lado, como posso não estar?" TR brincou, e aliviou um pouco o seu desconforto. Se as pessoas presumissem que ela ainda estava namorando Chris, agora teriam certeza de que isto estava fora de cogitação, uma vez que ela saiu da limusine acompanhada pelo TR. Ela não se importava. TR era um bom amigo. Quando ele pediu a ela para ir com ele, ela não tinha sequer hesitado em dizer sim. "Você vai primeiro." Ela disse nervosa, evitando o olhar confuso que ele mandou. "Você tem certeza?" "Sim." "Certo ..." Ele deu de ombros, ainda que praticamente tivesse que passar por cima dela para chegar até a porta. Ellen podia ouvir os cânticos. Ela podia ouvir os fotógrafos e fãs gritando os nomes. Eles não a tinham visto ainda, mas logo veriam. Patrick estava lá fora em algum lugar ... com Jill. Sorrindo, rindo, tendo um bom tempo. Ela não tinha certeza de que ela poderia lidar com isso, e por uma fração de segundo, ela pensou em não sair de dentro do carro. Seus nervos estavam completamente fora de controle. Era ridículo. Certamente não era a primeira premiação a que ela tinha ido, mas sentia como se fosse. Seu estômago estava cheio de um sentimento desconfortável que durou mais tempo do que ela queria. "Ellen? Você tem certeza que está bem?" TR perguntou. Seu rosto tinha empalidecido significativamente. Descansando a cabeça nas mãos, ela respirou profundamente. "Estou nervosa". "Você quer um pouco de água ou qualquer outra coisa? Podemos levar o tempo que você precisar. As pessoas atrás de nós provavelmente vão ficar chateadas ... mas azar." Antes que Ellen pudesse responder, o motorista empurrou a porta aberta do lado de fora e de repente a limusine estava cheia de flashes de câmeras e gritos de pessoas. Pedindo- lhe silenciosamente o que ela queria fazer, Ellen apenas balançou a cabeça. Ela não
  • 11. tinha escolha. Tomando um último suspiro profundo, ela rezava para ter confiança. Ela poderia fazê-lo. Ela tinha que fazer. TR saiu primeiro, e antes de qualquer coisa, ele estendeu a mão e puxou a dela. "Não se preocupe Ellie." Era difícil não acreditar em seu sorriso acolhedor, então ela cuidadosamente saiu da limusine. Sua entrada no tapete vermelho foi como um borrão. Passou rápido. Ela não teve tempo para pensar em qualquer coisa, enquanto as luzes focavam seu rosto, os fãs gritavam e as pessoas estavam a empurrando em todas as direções. Foi uma completa loucura, e não parecia haver nenhum fim para ela. Apertando a mão dela, TR permaneceu ao seu lado, enquanto fotos após fotos eram tiradas. "Ellen, aqui. TR, por aqui. Sorriam, mostra-nos o seu vestido." Os gritos nunca paravam, e acostumando-se àquilo, Ellen lembrou-se de sorrir e acenar. No meio do caminho, Ellen foi finalmente relaxando, e ela foi capaz de aproveitar a experiência um pouco mais. "Isso não é assim tão mau!" TR disse feliz ao seu lado. "Não, não é realmente." Ela concordou sem parar de sorrir. Com o canto do olho, ela viu Patrick. Seu estômago começou a se agitar novamente em antecipação nervosa. Virando a cabeça para um outro fotógrafo, ela deu de cara com Patrick. Ele virou a cabeça ao mesmo tempo, e seus olhares se encontraram por um segundo. Sorrindo de orelha a orelha, seus olhos brilhavam de amor e adoração. Um flash de cabelos loiros brilhantes passou sobre ele, e Ellen viu Jillian, que tinha vindo para ficar ao lado de Patrick. As mãos de Ellen começaram a tremer e percebendo, TR a segurou ainda mais apertado. Ela estava pronta, tinha se preparado, mas vendo Patrick com Jillian fez seu coração gritar de dor e ciúme. Ele se virou para o outro lado, como se ele não a tivesse visto, e ela fez o mesmo, esperando que o seu sorriso fosse o suficiente para enganar os fotógrafos, fazendo-os acreditar que ela estava feliz. Continuando sua caminhada, Ellen e TR agora estavam logo atrás de Patrick e Jill, e ela tentou manter a respiração constante. Mesmo quando a mão de Patrick foi parar acima das costas de Jill, ela lembrou que ele tinha que fazê-lo. A partir da perspectiva da mídia, Jillian era sua esposa, e seria estranho se Patrick não a tratasse dessa forma. Apesar de seu sorriso, Ellen sentia-se como gado sendo levado para o matadouro. O sol estava batendo em cima dela e ela já podia sentir o suor formando no seu bonito vestido verde-claro. A fila de pessoas na frente deles parou de se mover, e Ellen notou que ela estava bem nas costas de Patrick. TR largou sua mão para cumprimentar alguém que chamava por ele, e assim Ellen não tinha nada para fazer, senão cumprimentar o casal que se virou para encará-la.
  • 12. "Ellen, você está aqui." Patrick disse, como se ele não a tivesse visto chegar. Seus olhos eram quase brilhantes. Ele estava em seu elemento. Era evidente que ele gostava dos holofotes e atenção. Patrick a olhou de cima para baixo, prestando atenção em sua aparência. "Você está linda". Ele disse, sem pensar, e ela poderia dizer pelo olhar de pânico que apareceu em seus olhos, que ele não queria ter dito aquilo bem ali. "Assim como você". Ela se recuperou rapidamente de uma forma provocadora. Jillian colocou a mão contra o braço de Patrick, e foi então que Ellen lembrou-se da mulher que estava ao lado dele. "Levou três horas para ele escolher a roupa. Ele deve estar bem." Jillian comentou levemente. Ellen sorriu, porque ela não sabia mais o que fazer. "Não demorou assim". Argumentou Patrick, o tempo todo com os olhos firmemente colados sobre Ellen. Vê-la linda assim, na sua frente, tirava o seu fôlego. Suas esferas azuis estavam dizendo a ela que estava tudo bem, mas quanto mais tempo ela estava lá, apenas falando com eles, mais não se sentia bem. "Paddy, demorou sim. Tenho certeza de que Ellen entende." O apelido que Ellen usava, frequentemente, bateu nela como uma tonelada de tijolos. Ela não esperava se sentir tão derrotada. Mas, não havia nenhuma outra emoção para se sentir. Olhando nos olhos de Ellen cuidadosamente, Patrick riu com uma voz cheia de tensão. Jillian não parecia nem um pouco afetada pela tensão crescente. Na verdade, parecia que ela era a mais confortável de todos eles. Seria realmente a mesma mulher que tinha sido tão ciumenta, que havia proibido Patrick de falar com ela? Isso não parecia ser ela. Patrick disse que Jill tinha um namorado ... talvez ela só não estava amarga sobre a situação por mais tempo? Mas Ellen não achava que fazia muito sentido. As engrenagens em sua cabeça estavam girando, mas o caos ao seu redor tornou quase impossível entender coisa alguma. Patrick, tão lindo, continuou brincando com sua gravata borboleta nervosamente. Todo mundo ainda estava gritando e pedindo-lhes fotografias. Ela podia ver o fim do tapete vermelho, e não poderia esperar pra tudo acabar. "Ellen, Patrick, fiquem juntos!" Os dois ouviram simultanemente, e como se eles tivessem lido a mente um do outro, eles se reuniram para a foto. Depois que seus braços estavam ao seu redor, parecia que o mundo inteiro tinha se dissipado. Ambos fizeram seus melhores sorrisos, mas sabiam que seus olhos estavam contando uma história diferente. "Você está absolutamente linda." Ele disse e a puxou para mais perto dele, tonto de vontade de beijá-la na boca. "Você está se saindo bem?" "Sim, tentando." Ela sussurrou. Para qualquer outra pessoa, seria como se fosse apenas troca de gentilezas e é assim que eles queriam. “Você também está lindo.” "Basta pensar em todas as coisas divertidas que tenho planejado para mais tarde." Ele disse em seguida, sorrindo perversamente quando a câmera jogou flashes em seu rosto.
  • 13. "Ah ... confie em mim, eu vou." Eles ficaram juntos mais tempo do que deveriam. Só ... uma fração de segundo a mais e pelo canto do olho, Ellen notou que Jill olhava para eles. Por um minuto, Jillian pode ver o olhar de adoração entre os dois. Seu rosto estava ilegível à primeira vista, e então, como uma lâmpada tivesse acendido em sua cabeça, seus olhos ficaram escuros e cheios de dor. Balançando a cabeça levemente, ela disparou para Ellen um olhar de descrença que bastou para colocar uma distância notável entre ela e Patrick. Ele ainda estava sorrindo para a câmera, completamente alheio ao que havia acontecido. A cabeça de Ellen estava tonta. Jillian olhava para eles devastada. Mas, por que? Ela tinha um namorado ... ela sabia de tudo. E então, como uma lâmpada tinha acendido na cabeça de Jillian, a clareza também chegou a Ellen. Jillian não sabia sobre seu relacionamento. Ele não tinha dito a ela. Eles eram um casal há mais de um mês e ele não havia pensado em contar a Jill? Com certeza ... tinha que haver alguma outra explicação, mas vendo a dor nos olhos de Jillian, sabia que não havia. Jillian não sabia. E agora ... ela tinha sacado tudo. Sentindo-se subitamente mais doente do que antes, Ellen pensou que iria desmaiar, mas um braço forte a agarrou e ela olhou para trás para ver TR ao seu lado. "Você quer se sentar? Você está prestes a cair?" Ele provocou, mas falou alto o suficiente para chamar a atenção de Patrick de volta para ela. Ellen não conseguia olhar para ele. Ela simplesmente não podia. A raiva estava começando a chegar até a superfície e ela sabia que olhar para ele seria uma má idéia. Eles não podiam discutir qualquer coisa ali ... eles não podiam fazer uma cena ... então era melhor evitá-lo. Pelo menos, era o que ela pensava. "Sim, eu estou bem." Sua mentira só fez os dois homens ficar olhando para ela com mais preocupação ainda. Jillian moveu-se para ficar ao lado de Patrick. Olhando-a por apenas um segundo, Ellen podia ver que o rosto de Jillian tinha mudado completamente. Todas as emoções dolorosas que ela tinha demonstrado se foram. Ela as estava escondendo deles. "Nós vamos seguir em frente, eu acho que deveria tê-la forçado a beber mais água antes de sair da limusine". TR disse a Patrick, percebendo que alguma coisa estava definitivamente acontecendo. "Nós nos encontraremos lá dentro." Ellen ouviu a resposta de Patrick. Ela sabia por sua voz que ele queria que ela olhasse para ele, mas ela não podia. Assim, sem sequer um olhar em sua direção, ela permitiu que TR a puxasse para longe das câmaras, e entrassem no edifício. Olhando para ela, Patrick sentiu-se irritado e impotente. Algo estava errado com ela e ele era o único que podia descobrir o que era. Ele não estava mais com vontade de tirar fotos, não havia nenhuma maneira de fazer uma cara feliz. Jillian tinha estado
  • 14. extraordinariamente quieta ao seu lado. Olhando para ela pela primeira vez, ele percebeu a linha irritada que seus lábios formavam. Ele não entendeu o que estava se passando, e o olhar que ela mandou-lhe disse para não perguntar. Ele tentou pegar sua mão, mais por hábito do que qualquer outra coisa, mas, Jillian moveu-se para longe dela antes que ele pudesse. Algo definitivamente não estava certo. Eles eram civilizados, e não tinha sido tão difícil como ele pensou que fosse, segurar em sua mão e manter um sorriso no rosto. Foi então que ele percebeu como estavam presos na rotina de proteger sua imagem, e que isso tinha começado muito antes de sua separação. "Você está pronta para entrar?" Ele perguntou, e quase podia sentir seu brilho diminuir. "Eu acho que você deveria ter feito esta pergunta para sua namorada." Ela falou, e Patrick sentiu sua respiração presa na garganta. Ele não tinha dito a ela. Porém, ele já havia tentado, várias vezes. Mas, era quase como se quisesse viver em sua bolha feliz com Ellen, antes que tudo virasse um inferno. A última coisa que ele queria era machucar Jillian, mas ele sabia que ele tinha feito aquilo para seu bem. "Jill .... Eu ..." "Não". Sussurrou ela com firmeza, com a voz trêmula apenas o suficiente para trair seu exterior irritado. "Eu posso explicar ..." Ele disse enquanto caminhavam, na esperança de, pelo menos, manter a situação sob controle. Jillian nunca faria nada que pudesse chamar a atenção para si, ele não estava preocupado que ela fizesse uma cena, ele estava preocupado com o que ela faria com ele depois da premiação. Ele tinha falado tudo, mas prometeu-lhe que não tinha tido um caso com Ellen. E, era a verdade. Não, fisicamente, de qualquer maneira, mas ele tinha certeza de que Jillian nunca iria acreditar nisto agora. “É melhor que sim." Ela respondeu com raiva e ele se sentiu sobrecarregado. Eles tinham finalmente chegado no final do tapete vermelho. Em vez de alívio, sentiu-se completamente tomado de pânico. Não havia nada que ele pudesse fazer naquele momento. Embora a maioria das câmeras estivessem longe deles, havia pessoas em toda parte. Ellen desejava que a cerimônia acabasse logo. O Globo de Ouro constava de um jantar e em seguida, uma apresentação de premiação. Ela tinha originalmente que ficar sentada ao lado de Patrick, mas em pânico, ela tinha mudado antes que ele chegasse lá. Não havia nenhuma maneira que ela pudesse sentar ao lado dele. Durante o jantar, ela mal conseguia olhar em seus olhos. Nem ele, nem Jillian tinham dito uma palavra um ao outro, e Ellen poderia dizer pela sua expressão de culpa, que Jill tinha dito que ela, agora, sabia dos dois. Patrick, obviamente, não percebeu que Ellen sabia que ele não tinha contado sobre eles a Jillian. Ela não iria olhar para ele o tempo suficiente para que ele descobrisse.
  • 15. Embora os outros membros do elenco à sua mesa com certeza soubessem que algo não estava certo, ninguém disse nada sobre isso. Os prêmios deixaram todo mundo conversando informalmente, até que Grey’s Anatomy tinha sido anunciado para o melhor drama. Ellen foi conduzida para o palco por uma mão familiar. Era Patrick, e com a emoção de vencer, em conjunto, Ellen não deu a mínima que ele estava levando-a para o palco. Seu discurso saiu tão bem, toda a luz estava brilhando em seu rosto. Foi depois do jantar, após a premiação, após o discurso, que Ellen teve tempo para se recompor, e realmente pensar sobre tudo o que tinha acontecido. Ela tinha um Globo de Ouro. Um real, a premiação da vida real que ela e os membros do elenco estavam exibindo orgulhosamente para os fotógrafos. Não era difícil ficar feliz. E, ela estava feliz. Mas, de vez em quando, seus olhos eram atraídos para os de Patrick e o descuido completo que ela viu lá, a fez ficar com raiva. Ele não tinha dito a Jill sobre eles. Não que ele havia afirmado que tinha, mas Ellen tinha acabado de assumir o que tinha. Por que não? Depois de pegar no seu pé sobre dizer a Chris, ela pensou que ele iria dizer a Jillian, mais cedo ou mais tarde. O prêmio em sua mão ficou pesado, mais pesado do que ela esperava, e seus braços logo se cansaram de segurá-lo. Os olhos felizes de Patrick a fez querer jogar a maldita coisa na cabeça dele. Jillian tinha o olhar devastado. Completamente quebrado. Ellen sentiu-se uma pessoa horrível, pior ainda, uma mulher horrível. Se Jill tivesse sabido antes, ela teria tido tempo para lidar com isso. Não era justo que ela tivesse que descobrir isso no tapete vermelho com centenas de pessoas assistindo cada movimento seu. Por que Patrick não entendia isso? A sala tinha começado a esvaziar. Cada um dos seus amigos tinham ido para o salão de baile para encontrar seus cônjuges ou namorados. Apenas Patrick e alguns outros ficaram para trás. Ellen viu TR disparar um olhar de interrogação para ela, mas ela acenou para ele ir sem ela. Aproximando-se dela, Patrick colocou seu braço ao redor dela em um abraço que quase não parecia nem um pouco anormal. "Eu não posso acreditar que realmente ganhamos." Ele disse a ela, sua voz tão cheia de descrença e de felicidade que ela quase lamentou estourá-la. "Fique longe de mim." Ellen disse friamente, enquanto escondia a expressão de raiva. Rindo, Patrick achava que ela estava brincando e chegou ainda mais perto. "Ninguém vai achar isto estranho. Nós vencemos". Ele tinha interpretado mal as palavras dela, e isto só a fez mais irritada. "Eu quero dizer isso." A emoção em sua voz lhe disse que ela não estava brincando, e ele olhou para ela com uma expressão vazia.
  • 16. "Ellen ... o que foi?" Ele realmente não sabia e ela espantou-se. Como ele poderia ser tão estúpido? Decidindo dizer o que a perturbava, para que ela pudesse ficar longe dele, ela respondeu: "Não disse a ela sobre nós? Todo esse tempo ... e ela não sabia?" A ficha de Patrick caiu, e seu rosto ficou imediatamente claro. Patrick só tinha pensado nas ramificações de Jillian ter descoberto. Ele ainda não tinha clicado em sua cabeça que Ellen não ficaria satisfeita com o fato de ele não ter contado a Jillian. Estava tudo confuso. Ele estava confuso e ele sabia pela expressão de dor de Ellen, que ele não ia conseguir ajuda. "Eu simplesmente não posso acreditar em você. Toda a merda que você me falou por eu não ter contado a Chris ... e você ainda não disse a Jill? Ela tinha que descobrir sobre o tapete vermelho, Patrick. O deus maldito tapete vermelho!" Ellen manteve a voz baixa, mas estava perigosamente com raiva. Ele sabia que Jillian não iria fazer uma cena, mas não estava de todo certo se Ellen não. "Ellen ... acalme-se." Ele disse em uma voz suave. "Nós não podemos discutir isso aqui ..." Foi só então que ele sentiu como a situação havia se tornado horrível. Jillian ficou ferida e irritada, e Ellen estava ferida e com raiva ... tudo por causa dele. O peso da percepção lhe casou um pouco de pânico. Havia ainda pessoas circulando com câmeras. Olhando ao redor, ele percebeu que não havia sequer um canto onde poderiam desaparecer. “Eu não vou me acalmar!" Ela falou e, em seguida, olhou em volta para ver se alguém estava prestando atenção. Ninguém parecia estar, então ela se virou para ele. "Você me colocou nessa situação horrível. Ela agora provavelmente vai pensar que ficamos juntos o tempo todo. Nada que você diga vai mudar sua mente agora. Eu sou uma mulher maldita Patrick, você acha que eu não sei o quão ruim ela deve sentir-se?" "Eu sei. Eu deveria ter dito a ela. Sinto muito, mas podemos discutirr isso depois ... uma vez que formos para o hotel, podemos falar sobre isso ..." Ele estava tentando explicar, tentando mantê-la calma e manter a sua própria mente de explodir. O cuidado da vida dupla que ele estava tendo, estava desabando em torno dele e ele não sabia o que fazer para pará-lo. "Não conte com isso". Ela começou a se afastar. A raiva foi subindo para o seu rosto, e ela tinha certeza de que ele estava vermelho de rubor. "Ellen, por favor." Ele implorou, não importando que outras pessoas estivessem ao redor. Atingindo-a, ele se recusou a deixá-la chegar mais longe. "Por favor, venha para o hotel. Vou explicar ... você pode gritar e dizer o que quiser lá. Mas, por favor, não fuja disso." Balançando a cabeça, Ellen se recusou a ouvir e caminhou de volta para o salão sem ele. - Algumas horas mais tarde
  • 17. Ignorando o estacionamento, Patrick levou sua Ferrari vermelha até a parte de trás do hotel. Tinha sido um bocado difícil arranjar a surpresa para Ellen. Um velho amigo seu era gerente do Hotel San Marina e tinha concordado em ajudar Patrick a entrar sem ser visto. Jake, seu amigo, não pediu qualquer explicação, ele sabia que isso era comum entre as celebridades. Jogando a mochila no ombro, Patrick seguiu o homem mais velho por uma porta privada e em um elevador de manutenção. "Obrigado por fazer isso." Patrick disse a ele, contente por ele não ter que ser visto atravessando o átrio do hotel. "Oh, não há problema." Jake respondeu, com um sorriso. "Então, você está reunido com sua equipe de corridas aqui esse fim-de-semana?" Jake perguntou, mas saiu mais como uma afirmação em vez de uma pergunta. Confuso, Patrick franziu a testa até que ele percebeu o que seu amigo estava fazendo. "Sim ... nós estaremos repassando a programação para o verão. Nunca é cedo demais". Ele concordou, e Jake acenou com a aprovação. "Bom, bom." Nenhuma palavra mais precisava ser dita entre os dois. Jake tinha entendido a necessidade de Patrick em não ter uma reportagem de capa para o caso ... e Patrick foi grato por isso. "Aproveite a sua estada". O homem disse, quando o elevador chegou ao seu destino. Acenando adeus, Patrick saiu do elevador e viu que as portas se fechavam atrás dele. Pegando o cartão chave no bolso, ele ficava cada vez mais nervoso. Ele não tinha falado com Ellen desde que ela tinha andado para longe dele. Ela evitou-o como uma praga depois da cerimônia terminar, e ele não sabia o que fazer com isso. Ele não tinha certeza se ela viria ... e esse pensamento o deixava ansioso. Em vez de ir para a festa, ele tinha ido para casa com Jill e tentado explicar porque ele não tinha dito a ela antes. Ela não aceitou bem, ele sabia que sua discussão com ela não tinha acabado ... e ele sabia que era apenas o começo das complicações. Mas, ele esperava que ela pudesse perdoá-lo eventualmente. Ele queria ser amigo dela para o bem de sua filha. Encontrando o número do quarto, parou à porta. Era quase meia-noite, se Ellen tivesse vindo, ela estaria lá dentro. Sua cabeça correu quando ele respirou fundo e enfiou a chave na porta. O bloqueio clicou e fez um barulho no corredor quieto. Sem hesitação, ele empurrou a porta aberta. Olhando em volta da suíte aconchegante, viu que as luzes estavam apagadas. As rosas amarelas que pediu a Jake para colocar em toda a sala estavam intocadas em seus vasos. As champanhes geladas que estavam em baldes cheios de gelo há muito haviam derretido. Nada tinha sido movido. Não havia nenhum sinal de que Ellen tivesse estado ali. Percebendo que ela não tinha chegado ... seu coração afundou.
  • 18. Patrick realmente esperava que Ellen lhe desse a chance de se explicar. Ele não tinha certeza se poderia esperar a noite inteira para falar com ela. Suspirando em decepção, ele deixou sua bolsa cair do ombro para o chão. Seus joelhos dobraram, e ele se sentou na beira da cama e descansou a cabeça em suas mãos. Segundos depois, o som da descarga do banheiro o fez levantar a cabeça e olhar curioso para a porta do banheiro fechada. Ele podia ouvir a água a correr, e então o que parecia uma eternidade depois, a porta se abriu para revelar sua Ellen. Abrindo a boca em estado de choque, Patrick não sabia o que dizer. Sua maquiagem e cabelo ainda estavam perfeitos, mas ela tinha vestido um pijama de seda. "Eu não ouvi você entrar". Ela disse a ele, chocada também ao encontrá-lo sentado ali. "Eu cheguei aqui agora. Eu não achava que você viria ..." "Eu quase não vinha. Mas, pensei que era bem capaz de você acampar na minha varanda, se eu não viesse." "Você está certa." Ele respondeu de ânimo leve, incapaz de manter o sorriso aliviado fora de seu rosto. Olhando para ela, Patrick percebeu imediatamente como sua pele era pálida. Ele podia ver que só os olhos e o nariz estavam vermelhos. Mesmo os lábios dela pareciam uma pálida sombra de rosa. "Você está bem?" Ele ficou preocupado, não acostumado a ver o seu olhar tão mal. Ele esperava que ela risse, ou dissesse "sim" apenas para agradá-lo, mas sua resposta não foi nenhuma dessas. "Não, realmente." Ellen admitiu com um sorriso tímido. Carrancudo, Patrick levantou- se. Mas, antes que ele pudesse atravessar a sala, ela deixou a porta e deu passos cautelosos para a cama. "Você está doente?" Balançando a cabeça em negativa, ela lhe ignorou completamente e sentou-se no lado oposto da cama. Confuso, Patrick tirou os sapatos e recostou-se na cama para que ele pudesse vê-la. “Acho que estou desidratada. Eu não bebi tanta água como eu deveria ter bebido antes do show." Enquanto ela falava, ela virou seu corpo para que ela pudesse vê-lo bem. "Isso pode ser." Ele respondeu, ainda um pouco preocupado. Observando atentamente seu rosto, ele percebeu que a raiva que ele havia visto anteriormente tinha desaparecido. "Você vomitou." "Infelizmente". Ela murmurou, segurando a mão sobre seu estômago. "Talvez tenha sido algo que você comeu."
  • 19. "Eu comi a mesma coisa que você no jantar." Ela disse a ele, duvidando que fosse intoxicação alimentar. Ela não estava violentamente doente. "O que você comeu antes disso?" Ellen desviou os olhos por um segundo, sabendo que ele ficaria decepcionado com a sua resposta. "Eu só fiz um pequeno lanche". Ela não teve que olhar para cima, para ver sua careta de desaprovação. "Eu estava nervosa demais para comer ... eu certamente não queria vomitar no tapete vermelho." Ela se defendeu, mas quando ela finalmente olhou para ele, ela só viu a culpa em seus olhos. "Ellen ..." Ele suspirou, sentindo-se horrível. "Eu sei ... não foi a idéia mais inteligente". Inclinando a cabeça, ele olhou para ela com simpatia. "Eu sinto muito. Eu não percebi que você estava nervosa ... e eu deveria ter dito que eu não tinha contado nada a Jillian sobre nós." "Você deveria ter dito para Jillian." Ela falou de imediato, mas suas palavras eram fracas. Ela estava com raiva, estava claro para ele, mas ela só estava cansada demais para exibi-la. "Eu sei. Eu deveria. Mas, é complicado. Eu não quero que ela pense que o divórcio fosse sobre você ... Eu não quero você no meio dessa droga." Fechando os olhos e voltando a abri-los, Ellen viu sua expressão de culpa. "Eu não quero falar sobre isso agora." Franzindo as sobrancelhas, Patrick sentiu-se nervoso. Ele quis explicar. Ele não queria brigar sobre isso. Ele tinha medo que ela não desse a ele a oportunidade de corrigi-lo. "Nós devemos falar sobre isso." Ele insistiu. "Eu falei com Jill, que não aceitou bem ... eu estava esperando que você, pelo menos, deixasse-me explicar." Desde a premiação, ele havia desistido de sua fantasia de uma noite romântica com Ellen. Após a desastrosa noite, ele estava feliz por tê-la ali. "Patrick ..." Ela declarou: "Eu realmente não quero discutir sobre isso agora." "Nós não temos de discutir." Ele respondeu com firmeza. Revirando os olhos, Ellen ajustou-se na cama e levantou as palavras. "Vamos discutir porque você é hipócrita, e eu não vou comprar qualquer desculpa que você tenha, para não contar tudo para Jill. Logo que concordamos em ser um casal, você devia ter dito a ela. Se você não planejasse lhe dizer, você poderia ter, pelo menos, me falado, que eu não teria me sentido uma cadela destruidora de lares, quando ela descobriu. " A voz de Ellen estava alta, mostrando o quanto ela estava com raiva, mas uma vez que
  • 20. ela falou tudo o que queria, seu corpo inteiro pareceu desinflar. Ela se sentiu mais exausta do que antes. A expressão de Patrick estava ilegível à primeira vista. Ele tinha suas razões para não dizer a Jillian, e ele realmente sentia como se tivesse sido a coisa certa a fazer no momento. Mas, a dor que ele tinha claramente causado em ambas as mulheres foi esmagadora, e ele se sentia como um idiota completo. Sabendo que Ellen não iria ouvi-lo, ele levantou-se saindo da cama. "Aonde você está indo?" Ela perguntou em confusão. "Para casa ... eu acho." Sentiu pena de si mesmo e não conseguia esconder a sua infelicidade. Ele não queria ir para casa. Sua casa, nos arredores de Beverly Hills, nem sequer se sentia como uma casa. Além de sua filha, que nunca deixou de iluminar o seu dia, não havia nada lá para ele. Casa ... era onde estava Ellen. "Eu acho que nós podemos conversar quando você estiver pronta ..." Ele não estava olhando para ela, então ele não poderia vê-la agitar incrédula sua cabeça. "O que se passa com os meninos e meninas assumindo que querem ser deixados sozinhos no meio de uma luta." Virando a cabeça na direção dela, seus movimentos pararam. "O que?" "Só porque eu não sinto vontade de falar sobre isso, não significa que eu quero ser deixada sozinha num quarto romântico de hotel. Eu não teria vindo aqui se eu quisesse ficar sozinha." Completamente estupefato, Patrick não sabia o que dizer em primeiro lugar. "Eu só percebi ... você queria que eu fosse embora. Você não estava exatamente feliz por ter-me aqui." Soltando um suspiro alto, Ellen fechou os olhos. "Quando você chegou, eu tinha acabado de por o meu jantar para fora, como você queria que estivesse? Pena que eu não consegui fazer um número de dança e música em sua chegada. Eu gostaria que você apenas me segurasse ..." Sorrindo para sua pequena explosão, a decepção de Patrick começou a ir embora. "Isso eu posso fazer." Ele disse, e se arrastou até ela. Passando para o lado dela, Ellen deixou-o aconchegar-se atrás dela. Passando seu braço através de seu corpo, ele acariciou seu estômago. "Lamento que você não se sinta bem." Ele gostava da maneira como seu corpo estava relaxado. "Eu vou ficar bem na parte da manhã, tenho certeza. Eu só preciso dormir um pouco." Ela garantiu, na esperança de que fosse verdade, porque ela não podia ficar doente. As filmagens, entrevistas e reuniões não paravam por causa de doenças.
  • 21. "Então ... nós estamos tendo uma briga?" Ele perguntou, lembrando as palavras que ela havia falado anteriormente. "Estamos brigando." Ela resmungou com sono, fazendo-o sorrir. Ele deu um beijo na curva do pescoço dela. Ele nunca esteve em uma briga com uma garota e ainda ser capaz de enrolar-se com ela. "Ok". Ele respondeu aceitando. Enquanto ela estivesse lá com ele, ele poderia lidar com uma briga. A manhã chegou mais rápida do que qualquer um deles teria gostado. Percebendo que tinha esquecido de fechar as cortinas, Patrick gemeu quando o sol bateu em seu olho e ele acordou de um sono profundo. "Bom dia ...." Ellen murmurou em seu travesseiro, ainda meio adormecida. Seus movimentos a tinham acordado, e ela não parecia nada feliz com isso. "Hmm ... dia." Ele respondeu rispidamente. Eles tinham dormido tão profundamente, que acordaram na mesma posição que tinham adormecido, Patrick ainda estava enrolado contra a traseira de Ellen. Ele passou o queixo no pescoço dela para que ela movesse a cabeça. "Como você está se sentindo?" Perguntou depois de algum tempo. "Melhor". Ellen respondeu quando ela limpou sua garganta. "Isso é bom. Vou pedir serviço de quarto, você provavelmente deve comer alguma coisa." "Uggg ... sem comida." Ela gemia, lembrando quão horrível se sentira na noite anterior. "Você tem que comer". Ele insistiu e a beijou na bochecha. "Não, eu não." Ellen argumentou, ainda que sua barriga estivesse começando a gemer bastante alto. "Não comer não vai ajudar." Ele zombou, pensando que a idéia era ridícula. "Vou pedir algumas panquecas ... brindes ... talvez alguns ovos mexidos e você pode comer o que você conseguir." Afastando-se, ele não esperou sua resposta. Os alimentos que tinha listado fizeram um bom som, e de repente o almoço soou mais atraente do que antes. Brinde francês." Ela disse, murmurando através de seu travesseiro. "O que?" Patrick olhou para ela antes de pegar o telefone. "Você quer brinde francês?" "Sim". Ela encolheu os ombros com indiferença. Sorrindo, ele ligou para o restaurante. "É isso?"
  • 22. "Com açúcar sobre eles com o xarope." "Com açúcar." "Obrigada." Ela sorriu em sua direção antes de voltar a se deitar. "El?" Patrick sussurrou. Sentado ao lado dela, ele gentilmente tirou um pedaço de cabelo fora do rosto. Ela tinha voltado a dormir. Ela estava em paz, ele odiava acordá- la, mas ele sabia que tinha que fazer. "Ellen, acorda." "Mmmm não". Ela disse, sem abrir os olhos. "Sério". Ele riu. "Eu não quero." Seu lamento lembrou-lhe de seus seis anos de idade e ele revirou os olhos. "Eu odeio fazer isso com você ... mas você vai ter que esperar no banheiro quando o serviço de quarto chegar aqui." "O que?" Seus olhos se abriram. Seu cérebro estava muito distorcido para compreender por que ele estava pedindo para ela sair da cama quente para o banheiro frio. "Eu não sei se eles vão me reconhecer. Mas, se eles fizerem isso, eu não vou ser capaz de explicar por que você está na minha cama." "Eles apenas vão supor que eu sou sua mulher." Ela fechou os olhos novamente, teimosa. Ela estava cansada, e nesse momento não se importava se alguém visse ou não. "De alguma forma ... Eu duvido disso". Ele provocou e arrancou as cobertas de seu corpo. "Patrick!" Ela soltou um grito em tom alto. Houve uma batida na porta, e ele olhou para ela com expressão de pânico. "Ellen". Ele sussurrou a sério. "Você tem que ir!" Patrick lamentou o tom, mas não havia realmente alternativa, e ela estava testando sua paciência. "Eu vou, eu vou." Ela bufou dramaticamente quando ela saiu da cama e caminhou em direção ao banheiro. "Eu te odeio ... e seu pequeno-almoço também." "Eu nunca soube que você era tão mal-humorada de manhã." Ele sussurrou, enquanto caminhava até a porta. Estreitando os olhos, ela foi tentada a bater com a porta do banheiro, mas em vez disso, fechou-a suavemente. "Certo, Ellie, você pode sair agora." Patrick chamou alguns minutos mais tarde. Abrindo a porta, Ellen enfiou a cabeça para fora e olhou para ele com cautela. "O cara olhou para mim um pouco engraçado por causa de tanta comida. Tenho certeza que ele vai dizer a alguns tablóides que eu sou mais um guloso". Retirando as tampas de prata,
  • 23. ele revelou os alimentos saborosos embaixo. O aroma maravilhoso de comida feita na hora flutuava no ar e Ellen ficou chocada que ela não se sentia doente. "Eu acho que posso realmente comer agora". Ele sorriu quando ela veio inspecionar a bandeja. "Estou contente. Eu não posso ter você doente perto de mim. Você sabe que não posso atuar sem você." Ele brincou, esperando fazê-la rir, e ele fez, porque o seu riso logo encheu a sala. "Você tem mais qualidades do que eu." "Eu? Não. Eu nunca atuei um dia na minha vida até Meredith se aproveitar de Derek". "Nós já resolvemos sobre este assunto." Ela sorriu com uma sobrancelha arqueada. "Derek aproveitou-se de Meredith." Pegando a bandeja inteira, os olhos de Patrick brilharam quando ele colocou-a sobre a cama. Os pratos e copos tocaram juntos, quando ele pousou, mas nada derramou. "Você pode acreditar no que quiser. Mas não havia como Meredith resistir à boa aparência de Derek." Agarrando a bandeja, Patrick subiu na cama e, em seguida, acenou para Ellen fazer o mesmo. "Ah, eu tenho certeza que Meredith podia resistir a ele." "Mas, você não pode resistir a mim." Ele disse sorrindo. "Resisti a você a noite passada." "Você estava com raiva de mim na noite passada, eu não estava nem tentando". "Coisa boa". A bandeja estava no meio da cama, então ela tinha que passar perto dele para alcançá-la. "Você ainda está brava comigo?" Derramando seu suco de laranja, ele tentou fingir que não estava prendendo a respiração esperando por uma resposta. Bebendo de um copo que ele entregou, ela fez uma careta e colocou-o para baixo. "Um pouco. Yrrk. Suco de laranja não”. "Café?" "Sim". "Portanto, você ainda está louca da vida?" "Você esperava outra coisa?
  • 24. "Não." Ele admitiu. Incapaz de decidir o que comer primeiro, ele se virou para ela, só para notar que ela estava olhando as panquecas. "Você quer panquecas agora não é?" Ele provocou e seu aceno tímido o fez sorrir. Colocando duas no seu prato, ele então passou-lhe a calda de açúcar. "Obrigada. Eu pensei que eu queria o brinde francês, mas estas panquecas parecem estar deliciosas." "Tenho certeza de que elas são. Eu adoro os ovos de qualquer maneira." Ele disse a ela e viu como ela cobriu as panquecas com açúcar. Ela normalmente não comia muito açúcar e ele assistiu divertido quando ela colocou o xarope sobre elas também. "Você está precisando de açúcar hoje?" Encolhendo os ombros, ela não prestou atenção a ele. "Sim, porque não?" Depois de algum tempo, parecia que não conseguia comer mais nada, então ele removeu a bandeja da cama e, em seguida, reposicionou-se ao lado dela. Olhando para o relógio do lado da cama, ele percebeu que já eram 11:00 e sabia que não podia ficar lá o dia todo. "Podemos conversar agora? Realmente falar? Porque .... temos de trabalhar em duas horas e eu gostaria de saber que nós, pelo menos, falamos sobre isso ..." Houve resistência nos olhos de Ellen, quando ele se virou para ela. Era como se ela estivesse indo argumentar, mas depois pensou melhor e concordou. Ela não queria arruinar a manhã que o calmo quarto do hotel tinha fornecido. Mas, ela estaria brincando, se ela fingisse que tudo estava bem. "Meu plano era dizer a ela. Você precisa saber disso". Ele começou, observando seus traços cuidadosamente. Ele não ficou surpreso quando ela enrugou a testa. “Só quando fosse conveniente para você, eu acho." Distraidamente, começou a rodar um fio de cabelo em torno de seu dedo. "Você sabe que não é verdade." Veio a sua resposta calma. "Eu estava tentando protegê- la ... e a Jill". A resposta de Ellen foi imediata. "Isso é ridículo. Você estava tentando salvar o próprio rabo. Você me acusou de não estar nem aí para o nosso relacionamento, porque eu não tinha dito para o Chris. Bem, por que eu não deveria pensar o mesmo sobre você?" Sorrindo tristemente, ele não disse nada por alguns segundos. Buscando seus olhos para tirar qualquer dúvida sobre seus sentimentos em relação a ela, suspirou de alívio quando ele não encontrou nenhuma. Ele a amava, estava enfeitiçado por ela e ela sabia disso, mas seu ponto de vista era válido. "Jillian e eu brigamos por sua causa ... muito. Mais do que eu mesmo admiti a você. Ela estava convencida de que estávamos dormindo juntos. Nós não estávamos." Ele disse com confiança, sentindo-se quase orgulhoso que ele pudesse provar que Jill estava errada." Quando decidimos separar, você não era o motivo. Eu ainda não estava apaixonado por você. Era sobre o fato de Jillian e eu não nos amarmos mais." Ellen sentou-se, sem querer interrompê-lo. Ela estava ouvindo, e ele estava contente.
  • 25. "Eu sabia que assim que eu lhe dissesse que estávamos juntos, seria merda no ventilador. Nossa separação não foi fácil. Ela é a mãe da minha filha, ela foi o amor da minha vida uma vez. Mas, não foi tão duro como devia ser. Somos civilizados, fazemos o trabalho para T. Ela tolera todas as merdas que nós somos obrigados a fazer ... e eu sabia que uma vez que eu dissesse a ela tudo iria mudar. " "Eu não estava preparado para essa mudança." Ele disse, com olhos simpáticos. "Eu não estava preparado para as complicações, e eu não estava pronto para colocar você nisto tudo. ... Eu só queria aproveitar este começo ... Eu não queria ter de me preocupar com ela me odiando e depois levando a minha filha para longe, porque ela estava com raiva." Pensando nisso por algum tempo, em seguida, Ellen soltou um suspiro. Havia emoção crua nos olhos de Patrick. Isto a afetou, como sempre fazia, mas ela também achava difícil aceitar plenamente o seu raciocínio. Balançando a cabeça, ela respondeu: "Mas, se você tivesse dito a ela quando tudo começou ... ou mesmo quando você decidiu se divorciar, ela provavelmente teria acreditado em você. Teria parecido mais crível se você tivesse explicado a situação. Agora, eu não tenho certeza se tudo que você disser vai importar ". "Eu não estava pensando nisso dessa maneira." Ele admitiu, disposto a aceitar que estava errado. " "É claro que você não estava pensando. Você me culpou por eu não ter dito a Chris e, entretanto, você não disse a Jill." Ela falou, tentando manter a calma, mas perdendo a batalha. Ele a enfurecia, às vezes, e de uma maneira estranha, e por incrível que parecesse, isto a fazia amá-lo ainda mais. "Eu fui estúpido, eu vou admitir isso, mas, você tem que entender que dizer a Jill é muito diferente do que dizer a Chris. Ela é minha esposa, temos uma filha juntos, ela pode facilmente tornar minha vida miserável, se quisesse. Eu não posso perder minha filha, eu não vou perder minha filha ... por isso eu não contei a ela." Suas palavras foram duras e sérias, mas Ellen nem sequer pestanejou. "Ela é apenas tecnicamente sua esposa." Ellen retificou, sentindo-se mal-humorada. Revirando os olhos, como se dissesse: "você sabe o que quero dizer", ele pegou a mão dela na sua. "Eu sei que você não pode aceitar o meu raciocínio ... mas dizer outra coisa seria uma mentira." Não houve desespero em seus olhos, ele estava silenciosamente articulado com ela para entender. "Minha filha e você ... isso é tudo que tenho. No final do dia, não são as corridas, ou atuando, ou minha coleção de carros que importa ... é você e ela. Sinto muito que eu tenha colocado você e Jill nesta posição, mas eu estava protegendo as duas coisas que eu mais amo no mundo, Ellen e Tallulah, pelo menos ... eu achava que estava. " As palavras de Patrick amolecerem o coração de Ellen e lentamente, sua raiva começou a desaparecer. Ele não era perfeito, ele não era o "Dr. McDreamy". Ele era apenas um cara tentando agarrar o que podia e Ellen não podia culpá-lo por isso.
  • 26. Sorrindo com simpatia, ela colocou a palma da mão contra o seu rosto. "Você não vai me perder." Ela disse confiante. "... A menos que você faça alguma coisa ainda mais estúpida." "Eu não acho que vou testar ..." Ele respondeu, aproveitando a sensação de sua mão macia contra a sua bochecha. "Você não vai perder a sua filha também. Você é um grande pai. Jill seria uma idiota para mantê-lo longe dela." Sorrindo, humildemente, ele a agarrou. "Espero que sim." Inclinando a cabeça para cima, Ellen beijou seu lábio inferior. Gemendo, ele abaixou a cabeça e beijou-a de volta, apaixonadamente. "Ainda estamos em uma briga?" Ele perguntou ofegante, olhando para os lábios inchados com adoração. "Eu acho que não." "Graças a Deus". Ele sussurrou antes de empurrá-la para a cama e encontrando seus lábios novamente, fizeram amor ardentemente. - Duas semanas mais tarde "Desculpe por eu não estar divertida hoje à noite", disse Ellen, levantando o controle remoto e mudando a estação de TV. Era uma rara noite em que nenhum dos dois tinha nada para fazer. Isso era tão raro, que Patrick passou a noite com Ellen. Com a série ficando mais popular a cada dia, estava ficando cada vez mais difícil fugir do radar dos paparazzi. Também era difícil para ele por causa de Jillian e sua filha. Ele teve que esperar até depois de Tallulah adormecer e, em seguida, ele teve de lidar com o desagradável olhar que Jill enviou no seu caminho. As coisas tinham ido de mal a pior com ela, desde o Globo de Ouro. Eles definitivamente não foram civilizados, e ele esperava que por causa de sua filha, eles pudessem lidar com isso de uma forma madura. Mesmo com os problemas em casa, quando Patrick sentou no sofá de Ellen com a cabeça dela em seu colo, ele não podia deixar de pensar em quão feliz ela o fazia. Correr os dedos pelos cabelos macios se tornou um hábito, e ele fazia isso, inconscientemente. Eles estavam assistindo um programa que ela tinha gravado. Era um dos seus programas favoritos, e ele adorou a atividade normal, que eles estavam tendo. Praticamente jogando o controle remoto para o outro lado do sofá, Ellen fungou e reajustou a cabeça. Ela estava doente e tinha passado mal no dia anterior. Ele não sabia exatamente o que estava errado com ela, ela não falou muito sobre aquilo, e ele teve a
  • 27. sensação de que ela estava subestimando o quão terrível ela realmente se sentia. Ela tinha ficado anormalmente calma a noite toda. Isto fez Patrick saber que havia algo diferente com ela. "Está tudo bem. Sei que você está doente." Ele respondeu, na esperança de obter mais da história. Ela não mordeu a isca, porém, e ela apenas resmungou "ok". "Estou feliz de estar aqui com você." "Eu também". Ellen disse prontamente. Ficou claro que ela o queria lá. Ela tinha se enroscado nele tão logo ele chegou e ainda não tinha se afastado. "Eu odeio ficar doente. Ele realmente faz o trabalho ficar miserável". Hmm ... Eu sei." Ele simpatizava, entendendo quão longo deve ter sido o seu dia. "A única coisa boa é, se você estiver com a mesma virose que T teve na semana passada, vai passar. Ela passou mal apenas um dia ou dois." Ellen pensou que sua declaração era ridícula. "Como poderia eu e sua filha ficarmos doente e você não? Eu não a vi estes dias ... assim você teria que ter passado para mim." Ela não via Tallulah há meses. Não, desde que eles tinham se tornado um casal não oficial de qualquer maneira. Ellen estava bem com isso. Era uma situação difícil. Mesmo que ela tivesse ficado muito amiga da menina quando a série estava no começo, ela compreendeu que já não era uma amiga de Patrick. Ela era sua namorada e isto era uma coisa completamente diferente. Jillian e Patrick tinham concordado em dizer a Tallulah sobre o divórcio quando ele fosse realmente finalizado. Seria muito difícil para ela compreender a situação de agora então. Ellen aceitou. A última coisa que queria fazer era afetar a menina de uma maneira negativa. "Talvez eu seja apenas um transportador então. Eu sou um homem ... homens não ficam doentes. Vai contra nossa natureza". Ele brincou, e ela riu. Foi a primeira vez que ela riu a noite toda, e ele ficou animado. "Certo. Vou me lembrar disto quando você ficar doente. Os homens são como bebês quando estão doentes". "Nós não podemos ser bebês, se não ficarmos doentes." Ele fez cócegas para ouvi-la rir de novo. "Se eu fosse ficar doente eu ficaria doente agora ... El, desculpa." Deixando a sua mão viajar torno da curva de seus quadris, ele descansou-a em sua bunda firme. "Guarde suas mãos para si mesmo." Ela brincou. "Quem, eu?" Espremendo sua bunda, ele riu quando ela tentou se esquivar. "Sim, você. Você não está recebendo nenhum incentivo ... por isso nem sequer tente." Sua voz era baixa e agitada.
  • 28. "Eu não estava tentando conseguir algum." Ele mentiu, quando ele deslizou a mão sob a camiseta. Ela não estava vestindo sutiã. Parecia que ela nunca vestia quando ela estava em casa, e ele adorava isso sobre ela. Dava-lhe um acesso fácil aos seios perfeitamente arredondados. Dando um tapa na sua mão, ela sentou-se completamente. "Paddy!" Ela tentou olhar séria para ele, mas o sorriso divertido dele iluminou o rosto inteiro e levou-a a dar uma risada. "Se você veio aqui para ter sexo é melhor sair agora. Eu não estou definitivamente no clima." "Eu posso colocá-la no clima." Ele falou com uma sobrancelha arqueada. Revirando os olhos, ela se afastou dele, mas ele era muito rápido para ela e ele agarrou seus ombros para mantê-la no lugar. "Estou apenas provocando você. Sexo é bom ... mas eu estou feliz só de passar o tempo com você, minha princesa." Ela estava de costas para ele, mas ela virou a cabeça para trás com um sorriso divertido. "Isto basta?" Seus olhos brilharam quando ele respondeu, "Certo, excelente". "Isso é o que eu pensava." Puxando-a para ele, deixou-a adaptar-se contra seu peito e, em seguida, ele colocou seu braço ao redor dela. Ambas as suas atenções centraram-se na TV na frente deles, mas realmente não estavam prestando atenção no que estavam vendo. Depois de algum tempo, ela se virou para ele, e o olhou com seriedade. Sua cabeça ainda estava voltada para a tela, mas seus olhos se moveram para que ele pudesse vê-la. "Apreciando a vista?" Ele brincou, mas sabia que pelo jeito que ela estava olhando, havia algo em sua mente. Sua suspeita estava certa, e ele estava contente quando ela finalmente falou com ele sobre isso. Tentando não parecer tão ansioso, ele virou a cabeça para ela. A testa de Ellen estava enrugada com a sua provocação. Ele era o homem mais complexo que ela já havia conhecido. Ele era emocional e temperamental, mas relaxado e feliz ao mesmo tempo, sem falar em como era belo. Ele tinha muito a dizer sobre qualquer assunto e não tinha medo de falar de seus sentimentos. Eles se encaixavam perfeitamente dessa forma, porque às vezes ela era mais fechada sobre seus sentimentos e ficar perto de Patrick a fazia se sentir à vontade para deixá-los sair para fora. "Eu li sua entrevista de hoje". Patrick tinha que pensar sobre o que ela havia dito. Ele não tinha certeza de qual artigo que ela estava falando. Mesmo que não fosse criado para estrear até o ano seguinte, a promoção de Encantada já tinha começado. "Desde quando você lê a revista People?" Ela raramente lia alguma das suas entrevistas, e ele sabia com certeza ela não gostava da People Magazine ".
  • 29. "Eu não leio, mas era a única que tinha na sala do set e eu estava entediada." "Hmm ..." Ele gemia no fundo da garganta. "Você vai ter que me ajudar aqui, porque eu acho que a entrevista foi uma que fiz por telefone com Leslie. Eu mal me lembro dela." Seu rosto era estóico, mas seus olhos estavam cheios de uma emoção que ele não podia dizer qual era. Não era tristeza, ciúme ou medo ... ele realmente não sabia o que era e o que a irritava. "Foi uma sobre o seu casamento feliz." Franzindo as sobrancelhas, ele não tinha certeza de onde estavam indo. "Isso parece acontecer em toda entrevista estes dias. Leslie está empurrando realmente a minha imagem da família no caso de qualquer rumor começar." Sorrindo docemente, Ellen assentiu. "Eu sei". Ela sussurrou em um tom que não era crível. "É só ... você é tão convincente." Sorrindo, ele disse: "Ótimo. É para ser. Qualquer coisa pode ser convincente no papel." Mesmo que ela risse um pouco, ele sabia que ainda havia algo incomodando. Ele quase podia ver as rodas girando em sua cabeça. "O que é isso?" Ele questionou, querendo saber o que tinha dito que poderia ter afetado ela. Encolhendo os ombros, ela soltou um suspiro. "Você não está realmente tentando ter mais filhos com Jill não é?" Ele estava um pouco atordoado com sua pergunta, e ficou ofendido de ela a estar fazendo. "Não, você sabe que eu não estou dormindo com ela." Ele estava com a voz um pouco tensa. Ela sentia-se idiota por ter perguntado isso, mas ao mesmo tempo, não apreciava o seu tom. "Achei que era só ... merda, mas o artigo inteiro parecia tão convincente, falando de Paris, e como começou o seu romance com ela ... e a parte "o sexo é a parte mais importante de um casamento ". "Ellen, eu nem sequer mencionei nada sobre o romance. Leslie acrescentou esta porcaria por si mesma. Por que eu estaria com você, se eu estivesse dormindo com Jill?" Ele ficou irritado por este pensamento ter cruzado a mente dela. "Pare de gritar comigo." Ela falou de volta para ele. "Estou tentando falar com você sobre algo que está me incomodando. Isso é como deveria ser. Não há necessidade de ficar chateado. Repare que eu não fui até a sua casa e pirei você sobre esse artigo." A lembrança do que ele tinha feito a ela assaltou-o imediatamente, e com um suspiro, ele foi capaz de manter a sua raiva para si mesmo. Eu sinto muito ..." Ele se desculpou. "Eu não quero que você duvide de mim. Eu não estou dormindo com ela, não há nada para se preocupar." Acalmando-se, a respiração de
  • 30. Ellen voltou ao normal. Ambos tinham temperamento forte e eram capazes de usá-los um no outro, deixando o outro chateado. "Por que você teve de dizer que você estava tentando ter mais crianças? É uma mentira muito grande para contar." Carrancuda, foi a vez dela dar de ombros. "Minha vida inteira é uma mentira agora." Ele disse sombriamente. "O entrevistador perguntou especificamente se ela e eu queríamos ter mais filhos, e Leslie pensou que ficaria mal se eu disse que não. Eu disse a ela que eu não sabia, porque eu quase não consigo ver T, com tanto trabalho. Leslie deve ter adicionado o "tentar" por conta dela". Às vezes, a sua situação era esmagadora. A quantidade de mentiras que ele tinha de dizer diariamente, o fazia se olhar no espelho algumas manhãs e se perguntar quem diabos ele era. "Eu sei". Ela respondeu compreendendo. "Eu desejava que pudesse ser diferente." "Eu também". Ele concordou, mas depois sorriu. "Não será para sempre ... e eu prefiro estar com você em segredo a não estar com você". "Eu concordo". Descansando a cabeça em seu peito, ela inalava seu cheiro almiscarado. "Você acha que pode me fazer um favor só ... me envie um rascunho das entrevistas que Leslie fizer sobre sua imagem?" "Eu posso fazer isso." Ele balançou a cabeça. "Será que faria você se sentir melhor?" "Sim, faria." "Tudo bem. Então, considere feito." "Obrigado." Ela sussurrou, e fechando os olhos, ela beijou-o na testa.”Eu amo você, Paddy”. Uma semana depois, Patrick tentava não perder a paciência quando ele procurava Ellen por todo o set. O inverno estava se aproximando rapidamente, já era primeiro de dezembro, não que a estação fizesse qualquer diferença no sul da Califórnia. Ele estava realmente começando a suar, enquanto ele verificava em todos os quartos e em cada fase. O elenco e a equipe estavam trabalhando todo o tempo para obter episódios feitos antes da pausa de Natal. Todos estavam estressados e esgotados. As tensões estavam elevadas, e Patrick não ficou imune a isto. Hey Kate, você viu Ellen?" Patrick perguntou. "Não, desde esta manhã no ensaio." Kate olhou para ele interrogativamente e viu como ele estava absorto em pensamentos. "Na verdade ... ela ficou lá apenas por alguns minutos antes de sair ... depois não voltou mais ... Eu não tenho certeza do que se trata." Carrancudo, Patrick tentou não deixar sua co-estrela ver sua preocupação. "Ok, obrigado."
  • 31. Está tudo bem?" Ela perguntou, olhando para ele com mais de uma sobrancelha arqueada. Havia alguns dias, que Patrick tinha certeza de que todos e cada um de seus colegas de elenco sabiam o que estava acontecendo entre ele e Ellen. Era um olhar que eles tinham em seus olhos ... o mesmo olhar que Kate estava lhe dando. Mas, nunca disseram nada sobre isto, e ele era grato por isso. Ele não sabia se ele e Ellen poderiam negar sua relação com as pessoas que passavam 18 horas por dia com eles. "Sim ..." Suspirando, ele sabia que estava prestes a dizer mais, mas isto não poderia ajudá-lo. Ele foi ficando mais e mais preocupado com Ellen. "Ela ficou de encontrar-me esta manhã para passar alguns scripts e ela não apareceu ... e eu estou procurando-a desde então." Ela nunca saiu de um ensaio. Ela levava seu trabalho tão a sério como ele. Olhando para ele como se esperasse que ele dissesse mais, Kate abriu a boca para falar e, em seguida, fechou-a. Tudo o que ela ia dizer, ela mudou de idéia e quando ela abriu a boca novamente, Patrick poderia dizer que ela tinha mudado definitivamente a sua resposta. "Talvez vocês estejam apenas se desencontrando um do outro. Ela provavelmente deve estar procurando por você." "Sim, espero ..." Ele resmungou, e Kate sorriu com conhecimento de causa antes de oferecer-lhe adeus e continuar em seu caminho. Algo não estava certo. Parecia que uma nuvem negra pairava sobre ele o dia todo. O que quer que Ellen tivesse, estava ficando cada vez pior e os longos dias de trabalho estavam começando a pesar sobre ela. Na noite anterior, ela estava tão exausta que ela tinha adormecido no trailer, sem sequer tirar sua roupa de Meredith. Ela não tinha dito a ele, é claro. Ele tinha ouvido esta manhã quando Sandra e Katie estavam brincando sobre o assunto. Ficou claro que Ellen o estava evitando, e por que razão ele não sabia. Talvez ela tivesse medo de deixá-lo ver como ela estava doente? Mas, isso não fazia muito sentido. Ele era o namorado dela. Namorados deviam estar lá para fazer você se sentir melhor quando você estivesse doente. Respirando fundo, ele empurrou algumas de suas preocupações de lado, e saiu do prédio. Ele tinha verificado o trailer várias vezes, mas ele percebeu que poderia verificar novamente. Talvez sua bateria do telefone tivesse acabado, talvez ela tivesse tentado chamá-lo o dia todo, talvez ela realmente estivesse procurando por ele ao mesmo tempo, em que ele a procurava, mas, olhando para seu celular, ele duvidou disso. A nuvem escura acima dele seguiu todo o caminho para o trailer. Ele simplesmente não podia evitar a sensação de que algo ruim iria acontecer .... ... ou talvez já tivesse acontecido. Suspirando, desejou que Ellen tivesse tomado apenas cinco minutos para ligar para ele. Pisando no trailer, ele preparou-se mentalmente para a decepção que ele iria ter,quando não a encontrasse lá, mas, para sua surpresa, sentada na beira da cama estava Ellen. Soltando um suspiro, ele deixou a porta bater com força e atravessou a sala. "Ellen, eu estive procurando por você o dia todo. Deveríamos ensaiar esta manhã." Ele falou, sua voz mostrando quão impaciente e agitado ele tinha ficado. Ellen ficou imóvel
  • 32. na cama com a cabeça nas mãos. Ela não se mexeu mesmo quando ele falou e ela parecia não reconhecer sua presença. Ela estava rígida e tensa, e parando pouco antes de chegar à cama, ele franziu a testa quando viu a sua aparência e a falta de resposta. "El?" Sua preocupação era crescente e ele estava com um sentimento horrível preso ao fundo do seu estômago como concreto. Nervoso, ele passou de um pé para o outro até que ela finalmente olhou para ele, mas uma vez que ela o fez, ele ficou mais ainda preocupado. A cara de Ellen estava branca como um fantasma e ela olhava para ele com olhos tristes. Seu rosto estava dividido em linhas de dor. Algo estava definitivamente errado. "O que há de errado?" Ele perguntou em tom de medo. Ele sabia só de olhar para ela, que o que estava errado não era nada bom. Balançando a cabeça, as lágrimas nos olhos escorreram e ela limpou-as com os dedos. Era difícil para ela engolir, ela tentava falar, mas era claro que ela não conseguia pronunciar as palavras sem quebrar. Ele, em um passo, sentou-se ao lado dela. "Ellen?" Patrick olhava para ela, sem nem sequer saber o que perguntar. Ele nunca tinha visto seu olhar tão mal, parecia que ela estava gravemente doente. "Você ... Você ainda está doente?" Colocando a mão contra a sua testa, ele tirou um pedaço de cabelo para fora do rosto dela. Sua pele estava fria e úmida, e com um olhar perplexo, ele mantinha os olhos sobre ela. "Você não está quente. Você deve estar se sentindo melhor agora. Acho que você precisa chamar o médico, pode ser que você esteja gripada". Ela estava fisicamente doente, ele sabia com certeza, mas havia algo errado. Como tantas outras vezes, ele poderia dizer que ela estava escondendo algo, e desta vez, ele não ia esperar ela para lhe dizer. "Dê-me alguma coisa aqui, Ellen. Eu quero ajudá-la." Ele estava quase desesperado em sua tentativa. Sentia-se fora do circuito, como se ele tivesse sido cortado dela completamente. Fungando, Ellen limpou sua garganta e assim que ela abriu a boca para falar, começaram a derramar lágrimas pelo seu rosto. "Não é gripe ..." Ela sussurrou, sua voz perigosamente irregular. Confuso, ele inclinou a cabeça para tentar ler suas feições. "Não é gripe? Foi o médico que lhe disse isso?" Patrick não entendia, mas as palmas de suas mãos começaram a suar quando sua mente registrava que algo poderia estar seriamente errado com ela. Engolindo em seco, ele colocou a mão em seu joelho. "O que é isso, então?" Ele perguntou, aterrorizado de ouvir a resposta. Balançando a cabeça, o corpo de Ellen parecia tremer com o esforço de manter as suas emoções. "Eu estou ..." Ela começou, a voz dela perdeu a batalha e quebrou completamente. "Estou grávida". As palavras saíram em um soluço estrangulado e Patrick não teve tempo para registrá-las, antes dos soluços arruinarem o corpo dela. A princípio, ele pensou que estava ouvindo coisas. Ela não podia ter dito o que ele pensava que ela tinha dito, mas olhando os seus dolorosos soluços, ele percebeu o que ela tinha dito, e seu estômago esfriou. O quarto girou em movimentos rápidos e ele
  • 33. reparou que tinha parado de respirar. Ele ficou atordoado e confuso ... ... e incapaz de lidar com o ataque de emoções que estava se formando em sua mente. "O .... o quê?" Ele gaguejava como um tolo. Foi uma pergunta retórica embora. Não havia nenhuma necessidade dela repetir. "Você ... tem certeza?" Ellen ainda estava chorando, mas os soluços haviam diminuído. Sentia-se como um idiota vendo-a chorar, mas seu corpo não se mexia. Era como se ele estivesse paralisado. O cérebro de Patrick não estava conectado com seu corpo. Olhando para Ellen, Patrick viu que ela segurava um kit de teste de gravidez branco. Suas mãos estavam tremendo tanto, que ele mal podia ver. Ele olhou atentamente e viu as linhas positivas. "Fiz quatro deles. Todos deram o mesmo resultado." Ele estava sem palavras. O peso do que ela lhe tinha dito o estava pressionando como uma tonelada de tijolos. Ela não poderia estar grávida. Eles tiveram o cuidado ... ele não era um adolescente inexperiente ... Certamente ele sabia como fazer sexo seguro. Os pensamentos o consumiam, e ele disse em voz alta, mesmo sem perceber. "Mas .... você não estava tomando a pílula direito? Como ... como você pode estar grávida?" Ellen tinha assegurado a ele que tomava pílula. Ele não entendia. "Eu tomo. Eu sou ..." Ela disse, sua voz, sua voz saindo por um fio. "Eu acho ... eu devo ser daquelas um por cento que não funciona com pílulas ..." "Isso não faz nenhum sentido." Patrick respondeu, com um aceno de cabeça. "Eu não sei o que aconteceu." Ela se recusou a olhar nos seus olhos, em vez disso, concentrou o olhar no chão e Patrick estava fazendo o mesmo. Ele não podia controlar as emoções que o assolavam. Depois de vários minutos de silêncio desconfortável, ele ergueu a cabeça e se virou para ela. "Quando você descobriu?" Olhando para cima com as lágrimas mais uma vez reunidas em torno de seus olhos, ela olhou para ele enquanto falava. "Duas horas atrás. Meu período estava com mais de uma semana de atraso ..." Tomando um fôlego tremendo, ele então exalou o ar. "Jesus ..." Ele resmungou, sem nem mesmo saber o que pensar primeiro. Quando Jillian lhe tinha dito que ela estava grávida de Tallulah, ficou em êxtase. Ele sempre quis filhos. Mas, ele e Jill tinham planejado aquilo. Eles estavam esperando que ela engravidasse. Ele tinha sido preparado para a notícia. Sentado ao lado de Ellen, estava completamente mudo, golpeado, e tudo que ele conseguia pensar era em como mais complicada a sua situação tinha acabado de se tornar. "Eu não ... Eu nem sei o que dizer." Ele disse a ela, e sabia que não era o mais provável que ela queria ouvir. Ela estava tão chateada como ele, ele poderia dizer, e não havia nada que pudesse fazer para confortá-la. Ele não poderia confortar a si mesmo.
  • 34. “Eu sinto muito. Não sei como aconteceu." "Não é sua culpa." Ele garantiu, mas sua voz não dava nenhuma garantia do que ele sentia. Ele não a culpava, ele sabia que era muito. Mas, naquele momento, ele não tinha maneira de expressar isso a ela. "Que diabos é que vamos fazer?" Patrick disse, mais para si do que para ela. A sala ficou em silêncio novamente e eles ficaram com os seus pensamentos. Patrick ainda não tinha tido tempo para processar o fato de que Ellen estava grávida ... com o seu bebê. Eles estavam tendo um filho. Uma criança que fizeram juntos. Teria sido um sonho se tivesse vindo um ou dois anos depois ... quando eles poderiam ser uma família normal. Como ele poderia ser um pai para o bebê agora? Ele não poderia nem mesmo admitir que Ellen era sua namorada. Balançando a cabeça novamente, ele lutou contra a vontade de ficar doente. "Eu não sei". Suspirou Ellen, seu corpo quase dobrando em si mesmo. "Bem, nós precisamos descobrir." Ele criticou, sem nem mesmo querer. Suas emoções estavam rapidamente se transformando em raiva, e ele não tinha controle sobre o que estava dizendo. Olhando para ele, incrédula, Ellen balançou a cabeça. "Que diabos você acha que eu tenho feito o dia todo?" Ela respondeu. "Eu estou grávida e isto não pode ser alterado ... assim nós vamos ter que descobrir um jeito de resolver isso sem matar um ao outro." "Isto pode ser interrompido, sim." Ele respondeu, e lamentou o instante em que as palavras saíram pela sua boca. Ele certamente não teve a intenção de falar aquilo. Mas, já era tarde demais. O estrago estava feito. Ellen ficou de boca aberta, em choque, e depois ela estreitou os olhos e se levantou. "Eu não posso acreditar no que você acabou de dizer para mim. Quer saber? Não se preocupe com isso. Eu resolvo tudo. A culpa é minha de qualquer maneira, certo?" Ela gritou. Atravessando a sala com raiva, ela era como um turbilhão de vento e terminou pegando a bolsa. Atordoado com o que tinha acontecido, ela estava quase fora da porta, quando ele se levantou e agarrou o braço dela. "Isso não é o que eu quis dizer. Me desculpe. Eu não quis dizer isso." Ele se defendeu, mas ela puxou o corpo para fora e abriu a porta. "Eu sei exatamente o que você quis dizer. Eu sabia que você não ia pular de alegria ... mas, Jesus Cristo, eu não tinha idéia de que você seria tão idiota". "Ellen!" Ele gritou, não se importando com o público que se reuniu na frente do seu trailer. Ele teve de segurar a porta aberta, ou ela teria batido em seu corpo. "Não". Ela cuspiu as palavras de volta para ele sem se virar. Observando-a andando, Patrick sentiu uma estranha sensação de dormência levá-lo. As pessoas ainda estavam olhando para eles e ele deixou a porta fechada. Encostado, ele escorregou e ele esperou
  • 35. que a sala parasse de girar. Ele sabia que não havia sentido em correr atrás dela, até porque ele não sabia o que dizer mesmo, então em vez disso, ele se sentou no trailer vazio e tentou descobrir como sua vida virou de cabeça para baixo de forma tão dramática. "Papai, olhe para mim!" Tallulah gritava quando suas pernas impulsionavam o balanço do quintal mais alto. "Eu estou vendo. Isso é muito alto!" Patrick respondeu com um sorriso que desapareceu no segundo seguinte. Acima de sua cabeça, os pássaros cantaram em um céu sem nuvens. O ruído da estrada era quase inaudível. Pela primeira vez, tudo o que ele ouviu foram os risos da filha e o guincho enferrujado que o balanço velho faria. Era uma tarde rara em que ele realmente foi para casa antes de Tallulah chegar em casa da escola. Não tinha muito o que fazer no set, uma vez que Ellen tinha ido embora. Ele não podia ensaiar cenas de Meredith e Derek sem Meredith. "Eu sou a melhor balançadora sempre!" A garota aplaudiu, e ele concordou. "Você é!" Patrick notou como sua voz soava falsa. Tallulah estava feliz e contente com sua presença e isto o fazia feliz. Mas, não importa o quanto ele tentasse, ele não poderia empurrar Ellen para fora de sua mente. Tallulah geralmente curava qualquer doença. Um olhar para seu rosto e ele ficava nas nuvens. Mas, não desta vez. Nem sua bela filha poderia corrigir a sua situação atual. Descansando a cabeça no encosto da cadeira do gramado, ele tomou um gole da cerveja. Nas poucas horas que tinha passado, sua mente não tinha ficado muito mais clara. Ellen estava grávida, realmente grávida .... Eles haviam feito um filho juntos. Ele teve pelo menos que chegar a essa conclusão. O que ele não sabia, era o isto significava para eles. Como eles poderiam ter um filho juntos em sua situação atual? As ramificações que aquilo poderia acarretar faziam Patrick ter dor de cabeça só de pensar nisso tudo. Eles não podiam anunciar que estavam esperando um filho. Eles não poderiam viver na mesma casa como uma família. Eles não eram nem mesmo capazes de serem vistos juntos. Olhando os cabelos loiros de Tallulah balançando com o vento, ele não poderia imaginar não ser capaz de mostrar o seu filho para o mundo. Ele não ia poder nem mesmo reconhecer o bebê como seu. Balançando a cabeça, as ondas de desespero passavam por ele. Não havia nada de bom que pudesse sair daquela situação. Pelo menos, nada que ele pudesse pensar. Esses pensamentos o deixaram se sentindo culpado. Como ele poderia pensar em ter um bebê? "Papai, por que está tão triste?" Tallulah tinha saltado para fora do balanço e foi em sua
  • 36. direção, sem que ele sequer percebesse. Subindo em seu colo, ela sentou-se em cima de seus joelhos. "Eu não estou triste." Patrick mentiu, com um sorriso que mal chegou aos seus ouvidos. Seus olhos estavam maçantes. Não importava o quanto ele tentasse, não havia nenhuma maneira de esconder a tristeza. Sua filha tinha obviamente reparado, e isto o fez se sentir ainda pior. "Eu apenas estou cansado." "Talvez você devesse ir para a cama." Ela sugeriu, sem olhar para ele. Um grande pássaro havia pousado no quintal e suas asas brancas chamaram a sua atenção. "É um pouco cedo para ir para a cama." Ele disse a ela, tentando manter sua voz tão enérgica quanto possível. Ele era um ator, ele devia ser capaz de, pelo menos, agir feliz perto de sua filha. Mas, apenas não havia motivação nele para fazê-lo. Depois de algum tempo, o pássaro voou para longe, e a menina de seis anos, virou-se em seu colo para que ela pudesse enfrentá-lo. "Estou feliz por você estar aqui papai." Ela sussurrou, sua voz cheia de esperança. Isto fez o seu coração se encher tanto amor quanto de culpa. "Estou contente por eu também estar aqui, T." Foi talvez a coisa mais honesta que tinha dito o dia inteiro. Tirando a franja para trás de seu rosto, ele olhou para as feições dela atentamente. Ela tinha crescido tanto em tão pouco tempo. Ela era apenas uma criança pequena, quando a série começou. Primeiro, ela se parecia muito com ele. Mas, quando ela cresceu, estava ficando cada vez mais parecida com Jillian. Seu cabelo foi ficando progressivamente mais escuro, como o dele. Mas, o resto, até que seus ossos da face salientes eram de Jillian. Naquele momento, era difícil para ele não imaginar seu filho com Ellen. Teria seus misteriosos olhos verdes? Ou os seus azuis irlandêses? Será que teria cabelos ondulados, o que atraiu a sua atenção? Ou ... cabelos lisos? As possibilidades eram infinitas, e quanto mais pensava nisso, mais o seu coração começou a inchar com amor, orgulho e esperança. Tallulah inclinou seu corpo de volta contra o seu e descansou ali. A menina trouxe tanta alegria à sua vida. Ele não podia imaginar a vida sem ela, e ele sabia que não importava o que iria acontecer, ele se sentiria da mesma maneira com o filho de Ellen também. Os pensamentos de Patrick tornaram-se claros quando as inspirações de sua filha caiu em um ritmo perfeito com as dele. Não importa quais complicações surgissem de sua situação, Patrick sabia que não o faria amar seu filho menos. Saber disso, deixou-o sentindo-se melhor. Mais uma vez, Patrick estava procurando por toda parte no set por Ellen. Porém, desta vez ele estava muito mais frenético. Havia uma urgência, no entanto, que não estava ali no dia anterior. Ele precisava falar com ela. Era tudo o que ele conseguia pensar. Mas, parecia que estava se tornando um feito impossível, porque ela estava evitando-o novamente.
  • 37. Sua respiração estava cortada, enquanto ele caminhava através dos corredores sinuosos dos edifícios de pequeno porte ligados entre si, para fazer linhas de escritórios e salas de conferências. Parando no fim do corredor, ele suspirou e virou-se para refazer o mesmo caminho novamente. Ela não estava no trailer, ou no serviço de quarto de artesanato, ou no salão. Ela não estava filmando ou ensaiando ... era como se tivesse desaparecido completamente. Mas, ele sabia que era impossível. Patrick não tinha sido capaz de ir à casa dela na noite anterior. Jillian estava em Nova York. Depois de largar Tallulah na escola naquela manhã, ele tinha ido direto para a casa de Ellen, apenas para encontrar sua garagem vazia. Ele pensou que ela tinha ido ao trabalho, mas, claramente ... ele estava errado. Sua frustração crescia a cada minuto. Ele sabia que sua reação não foi boa, ele sabia que ele tinha dito algo que ele não deveria nunca ter falado, mas ele também sabia que eles tinham um monte de coisas para resolver ... e eles não poderiam sequer começar a fazer isso até que ele a encontrasse. "Patrick!" Uma voz familiar chamou e ele se virou para ver Shonda colocando a cabeça para fora de sua porta do escritório. Ele não tinha sequer percebido que tinha ido perto de seu escritório. "Pode vir aqui um minuto?" Ela perguntou, e ele tentou não gemer em voz alta. "Eu realmente estou ocupado." Só vai levar um minuto." Ela garantiu, vendo sua aparência desleixada. Ele não tinha feito a barba, seu cabelo estava uma bagunça, e ele tinha certeza de sua camisa pólo estava amassada. Patrick andou para perto da porta, mas ainda hesitou em entrar. "Eu nem sei se eu tenho um minuto." Shonda arqueou uma sobrancelha para ele com curiosidade. "Eu estou procurando por Ellen. É importante." Ele garantiu, deixando a sua chefe saber que ele não estava intencionalmente tentando sair fora da conversa. Shonda pareceu animar-se com esta resposta. Com um sorriso, ela acenou para a sala. "Engraçado, eu falei para Ellen que queria falar com você." Foi a vez de Patrick olhar para ela com curiosidade. Franzindo a testa, ele soltou uma lufada de ar e entrou na sala. O corpo de Patrick estava rígido e tenso. Seus braços estavam cruzados defensivamente e suas pernas não conseguiam ficar paradas enquanto fazia pequenos movimentos batendo com o pé. Sabendo que ele diria não, Shonda não se incomodou em pedir-lhe para se sentar. Ela também não queria se sentar e, em vez disso, ergueu-se contra a borda de sua mesa. "Você viu Ellen, hoje?" Patrick perguntou antes que Shonda pudesse falar uma palavra. Ele tentou esconder o fato de que estava praticamente prendendo a respiração à espera de sua resposta.