O documento apresenta o projeto de uma revista sobre cultura brasileira chamada Camará. O projeto descreve o nome da revista, público-alvo, periodicidade, divisões temáticas, seções fixas, equipe de produção, cronograma editorial e detalhes sobre o projeto gráfico.
Revista sobre cultura brasileira aborda diversos assuntos
1. Revista sobre cultura brasileira
Ana Cecília Schettino
Beatriz Saffi
Camila Sugai
Universidade de Brasília
Professor Orientador: Rogério Câmara
2.
3. Uma revista sobre cultura brasileira, sem estereótipos. O ponto
principal da publicação é encarar o Brasil como um país urbano
e a partir disso colocar sua realidade em pauta, ainda sem
esquecer dos regionalismos, folclores e tradições que fazem
parte das raízes desse país e continuam presentes no cotidiano
dos brasileiros. O conteúdo da revista mesclará o regional e
tradicional com o urbano. A ideia é ter um pouco do país em
todos os cantos, extrapolando as fronteiras físicas e fazendo o
Brasil se misturar de uma maneira particular.
revista camará
4. Camará
Faz referência a música Parabolicamará, composta por Gilberto Gil em
1991. A música relaciona o tempo e as distâncias, exatamente com o que
a Camará lida. A ideia da revista é agrupar um conteúdo sobre cultura
brasileira, a partir de tantas distâncias e diferenças e disseminá-lo como a
parabólica de Gilberto Gil.
Antes longe era distante
Perto só quando dava
Quando muito ali defronte
E o horizonte acabava
Hoje lá trás dos montes
dendê em casa camará
Ê volta do mundo, camará
Ê, ê, mundo dá volta, camará
projeto editorial
Nome
Público e alcance
Divisões
Seções fixas
“
5. projeto editorial
Nome
Público e alcance
Divisões
Seções fixas
A revista Camará visa atingir o público interessado em cultura brasileira,
disposto a refletir sobre assuntos polêmicos e desmitificar alguns
estereótipos relacionados a nossa cultura. Por causa do custo elevado de
produção da revista, o preço de venda também será relativamente alto,
portanto o público de classe A e B terá maior acesso a publicação.
6. projeto editorial
Nome
Público e alcance
Divisões
Seções fixas
cotidiano
Assuntos que fazem parte do dia a dia do brasileiro. Cultura vernacular, hábitos e o que
faz parte da rotina da população.
turismo
Quando o protagonista da matéria é um lugar. Não necessariamente possui abordagem
como a de uma resenha ou com dicas de viagem, mas apresenta um local ou experiencia.
Todo dia,
ela faff z tudo semprerr igi ual.
Chico Buarqurr e, 1984
Eu vou lá,
se me faff ltam caminhos prarr car.rr
VaVV nguart, 2012
7. projeto editorial
Nome
Público e alcance
Periodicidade
Linguagem
Divisões
Seções fixas
política
Matérias questionadoras e que instigam a reflexão. Abordam temas políticos e muitas
vezes polêmicos.
história
Fatos que aconteceram há bastante tempo e ainda têm influência nos dias de hoje. Ou
assuntos que foram discutidos em outra época mas continuam em voga.
Sou mais um
no Brarr sil da Centrarr l
O Rappa, 2005
O tempo não pára.
Eu veje o o fuff turorr rerr petir o passado
Cazuza, 1988
8. projeto editorial
Nome
Público e alcance
Periodicidade
Linguagem
Divisões
Seções
A revista possui seções. Nem todas são necessariamente ficas, podem fazer parte ou não
de determinada edição da revista em função da disponibilidade de conteúdo.
+55
Brasileiros que viveram fora do país ou pessoas/empresas/locais influentes que são
referência do Brasil em outros países.
cinema
Produção cinematográfica brasileira. A matéria pode ser sobre a produção de um filme,
alguma pessoa influente na área ou algum festival ou premiacão.
design
Matéria sobre qualquer tema que envolva design ou algo sobre uma área especifica,
como tipografia, editorial, produtos, etc. abordando um projeto em particular ou
apresentando um designer ou período histórico
9. projeto editorial
Nome
Público e alcance
Periodicidade
Linguagem
Divisões
Seções
é dia de feira
Apresentação de alguma feira do brasil. foco em feiras populares de rua.
editorial Lomo
Cobertura lomográfica de algum evento cultural do brasil.
fronteiras
Reflexão sobre barreiras culturais, lições políticas e vivência nas divisas do Brasil com
outros países.
isso e aquilo
Traducões intersemióticas: um livro que lembra um filme, uma comida que tem a ver com
uma música, uma escultura que faça referência a um lugar.Tudo que seja brasileiro.
lugares
Algum lugar do Brasil que tenha uma curiosidade especial e seja importante ser
conhecido e divulgado .
10. projeto editorial
Nome
Público e alcance
Periodicidade
Linguagem
Divisões
Seções
martelando
Reflexão sobre algum tema polêmico. A matéria instigará o leitor a enxergar o tema sob
um ponto de vista diferente.
matéria de capa
A de destaque, que guiará o projeto da capa da revista e iniciará o conteúdo publicação.
moda
Tratará sobre a moda brasileira de um modo geral. assuntos como: tecidos, modelagens,
peças iconicas, estilo, estilistas e poderão ser colocados em pauta.
música
Estilos musicais, músicos, instrumentos e festivais de diversas regiões do país.
na comunidade
Comunidades carentes do brasil. Discutir sobre o cotidiano, estilo de vida, dificuldades e
alegrias de quem vive nas favelas.
11. A divisão das tarefas no processo de produção de cada edição será feita por mês:
1º mês
Definição de pauta/separação do conteúdo das divisões
Captação de conteudo (longo período devido a necessidade de viagens)
2º mês
Captação de conteudo (longo período devido a necessidade de viagens)
Desenvolvimento de ilustrações/infográficos
3º mês
Diagramação
4º mês
Finalização
Impressão
Distribuição
produção editorial
Cronograma
Equipe
Tiragem e destribuição
13. produção editorial
Cronograma
Equipe
Tiragem e destribuição
Para a impressão e distribuição da revista é necessário que haja parceria
com alguma editora. A revista seria vendida em grandes livrarias, pontos
de cultura e museus. A tiragem inicial seria de 10.000 exemplares, visto que
seria distribuída por todo o Brasil.
14. projeto gráfico
Impresso
Grid
Assinatura
Elementos Gráficos
Paleta de cores
Capa
Tipografia
Estilos de parágrafo
Publicidade
formato
210x252 mm
papel
Serão utilizados três diferentes tipos de papel na Camará: papel markato
branco 250g para a capa, de acordo com a matéria de capa. Para o miolo
são utilizados os seguintes papeis: AP 90 g/m² para algumas matérias do
miolo e Pólen 85 g/m² para as demais. Os papeis deverão se os mesmos em
cada divisão.
encadernação
A encadernação da Camará será em brochura, com lombada quadrada.
21. projeto gráfico
Impresso
Grid
Assinatura
Elementos Gráficos
Paleta de cores
Capa
Tipografia
Estilos de parágrafo
Publicidade
Semana passada teve uma briga de
bar em frente ao meu prédio. Começou
com aquela velha gritaria de bêbado con-
testando bêbado e deu no que deu: pan-
cadaria entre uns três ou quatro que eu
nem sei da índole.Vou lá eu chamar esses
caras de vagabundos? De encrenqueiros
ou beberrões que não têm um pingo de
dó da família?
Não conheço nenhum deles. Acabou
tudo com um indo pra um lado, outro
descendo a rua limpando a roupa.
Um deles ficou lá, no bar, xingando quem quisesse
ouvir xingamentos.A polícia apareceu, anotou uma
coisa aqui e outra ali, naquela ficha padrão.Aparece-
ram pela contramão, luzes vermelhas acesas. Fica-
ram lá por uns minutos até que o maiorzão, aquele
que estava dirigindo, acendeu um cigarro e resolveu
que queria ir embora. Subiram os dois policiais no
carro e zarparam. Menos de 15 minutos depois do
início da briga, era como se nada tivesse acontecido.
É nesse mesmo bar que o pessoal vara madrugadas
deliciosas tocando Cartola e Noel Rosa no violão.
Eu moro emSão Paulo.Uma terra que chegou aos
seus 458 anos. Moro na megalópole do país, em uma
cidade com mais de 11 milhões de pessoas zanzando
e passando aos tropeços, correndo na faixa para não
serem atropeladas pelos carros, fumando na porta
dos bares que é lugar aberto, chutando calcanhares
no metrô, no trem, tomando cotovelada no ônibus e
tirando o sarro um do outro por conta dos sotaques.
Ou alguém pensou que em São Paulo só tem
paulistano errando os plurais e puxando os “enes”?
Convivo no meu trabalho, com gaúchos (do sul e,
acreditem, deCuiabá), caipiras do interior de Marília,
homens com os trejeito e alma de Belo Horizonte e
ainda budistas que, querendo
ou não, foram nascidos e cria-
dos em Mauá, noGrandeABC.
Quando fui fazer minha
pós-graduação em jornalismo
cultural, conheci um piauiense
e, assim que vi uma amizade
forte ali, alertei de imediato:
“Moleque, São Paulo é a terra
da solidão”. Isso pouco antes
de não ter dado carona pra
esse teresinense, mesmo es-
tando na rua da casa dele.
São Paulo coleciona pesso-
as e coleciona solidão. Quem
não sabe lidar com São Paulo,
acaba só, sozinho e solitário,
como diria o mesmo Caetano
Veloso que pirou o cabeção
com a deselegância discreta
das nossas meninas. SP é o
lugar certo para quem quer
se isolar, mesmo estando no
olho do furacão. São Paulo
assusta e São Paulo aneste-
sia qualquer medo, trauma e
suspeita. Depois de morar em
Sampa, nunca mais se anda na
rua sem olhar pra trás. Não se
desacostuma a estar com
Não
existe
amor em
SP?
martelando66
fome às três da madrugada
e achar normal sair na rua pra
comer.Quando emSão Paulo,
o dia precisa de 72 horas pra
se ter tempo hábil pra fazer as
tarefas diárias. Fora de SP, o
dia parece ter 72 horas.
São Paulo é a cidade dos
chiques da Oscar Freire, que
acompanham tendências e
trocam guarda-roupas como
quem troca o chiclete que
perdeu o gosto. São Paulo é
a cidade dos manos que ido-
latram suas periferias, enal-
tecendo a Zona Sul, a Zona
Leste, a Zona Norte e a Zona
Oeste, todas unidas pelo bem
do hip-hop, movimento musi-
cal que dominou os tocadores
de MP3 de todo o país no últi-
mo ano.
Ou vai me dizer que você
nunca, nem uma vezinha as-
sim, deu o play pra ouvir o
Emicida ou o Criolo, que foi
plagiado por esse escritor mal-
dito no título desse manifesto
febre de amor tem linearidade, começo
e fim? Uma declaração apaixonada nada
mais é que um emaranhado de pensa-
mentos doidos que colidem, espirram,
sujam e pedem desculpas, assim como
as pessoas transitando pra lá e pra cá no
horário de pico.
É trânsito, é enchente, é assalto, é bar-
zinho, é balada, é negócios, é prédio alto,
é centrão velho, é periferia, é marginal
aqui e acolá, urbanismo inexistente, é fes-
tival, referência, é gastronomia e atendi-
mento sem igual, é busão que chama por
nome e não por número, é a vanguarda
e é tradição. Tudo começa aqui, menos
o catchup na pizza (só que a gente tem,
sim, churrasco na grelha).
Choveu em São Paulo nessa semana
toda.Como sempre acontece em janeiro.
E eu adoro chuva. Odeio só ter que ficar
molhado no ir e vir de casa, do trabalho.
Mas de ficar na janela, olhando as gotas
caindo, ouvindo o impacto no asfalto, no
concreto e nos telhados, eu acho bom de-
mais. Só é ruim quando os caras do bar
resolvem sair no tapa enquanto eu tô
vendo as luzes e a água da minha cidade.
odioso-amoroso ao aniversário da cidade dew São
Paulo? Se não, pena de ti sentimos nós, paulistanos
que ouvimos as melhores rimas do ano, as melhores
batidas do ano, os melhores protestos do ano e os
melhores artistas do ano.
Aqui, nesse velho quilombo de todos os brasileiros,
crescem desordenadamente os bairros e a vontade
de viver aqui. Quando brota o amor por São Paulo,
aí fudeu.São Paulo vicia, tanto ou mais do que todas
as pedras que a cracolândia tem pra oferecer.Chega
até a dar um orgulho estranho e torpe daquilo que
é feio. “É violento, tá estragado, só sujeira, mas é
nosso”. E quem ia poder julgar?
Por isso que não existe amor em SP. Nessa cida-
de que se orgulha de ter como lema o tão severo e
valente “Non dvcor dvco” (“não sou conduzido, conduzo”),
não há espaço para aquele famoso meio-termo.Tem
gente que odeia, não se adapta, perde o gosto e vai
embora. E quem fica, por vontade ou necessidade,
faz de cada dia, um dia a se lutar. Quem tá em SP,
tá acostumado com os tapas e os sopros da vida.
E nem tentem, detratores, falar de confusão na
minha linha de raciocínio. Desde quando uma fala de
Não
existe
amorem
SP?
não existe amor em sp? 67
Caixas de texto
Caixas de texto variam de tamanho
e largura de acordo com a matéria.
utilização de caixas de texto
22. projeto gráfico
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Elementos Gráficos
Paleta de cores
Capa
Tipografia
Estilos de parágrafo
Publicidade
Agora, pode-se dizer que vivemos um terceiro momento no
país: estilistas têm se destacado tanto aqui quanto no exterior
justamente por acrescentar elementos da cultura brasileira em
seu repertório. Eles, no entanto, aumentam o entendimento
dos clichês de Brasil ao ir muito além das imagens esperadas,
como a da mulher sensual, a do Maracanã lotado e a das es-
colas de samba. Ao mesmo tempo, não deixam de usar refe-
rências que permitem que os estrangeiros identifiquem o país
em suas coleções. “Ronaldo Fraga, Lino Villaventura e André
Lima, três expoentes da moda atual, abusam das cores e dos
grafismos, que são características muito presentes em nosso
repertório.Aliás, cores e grafismos são dados também das nos-
sas artes visuais e do design”, diz o historiador João Braga, que
junto com o jornalista Luís André do Prado acaba de lançar o
livro História da Moda no Brasil (Pyxis Editorial, 637 págs., R$
120). Ao mesmo tempo, o mineiro Ronaldo Fraga, por exem-
plo, idealiza peças que representam muito bem toda a herança
barroca. Ele faz roupas pensando também em cenários, sons,
coreografias. Sob seu comando, os modelos transformam-se
em personagens de uma peça de teatro. Esqueça portanto
o simples caminhar por uma passarela neutra. A memorável
coleção de verão 2008, baseada nas várias facetas da cantora
capixaba Nara Leão e intitulada Lindonéia, por exemplo, foi
mostrada com o caminho tomado por centenas de barquinhos
de papel. Uma ideia singela e de um efeito para lá de poético.
Além de remeter diretamente a uma brincadeira de
dobradura comum no Brasil. Claro.
Com passagem por escolas de Nova York e
Londres, é no entanto de Passira, município em
Pernambuco, e de Pirapora, em Minas Gerais, que
Ronaldo tira grande parte de sua inspiração. No vi-
larejo pernambucano, o estilista mantém relações
de parceria com bordadeiras, que inclusive veem
seu nome impresso na etiqueta de cada peça de
roupa que costuram (veja quadro abaixo). O uso
de bordados e rendas ajuda a reforçar uma postu-
ra importante para Ronaldo. Em vez de exaltar as
curvas femininas, como seria talvez natural para
um estilista brasileiro, ele é avesso a qualquer coisa
que lembre esse clima mais liberal da praia: “Nun-
ca espere um decote do Ronaldo. O pudor sempre
percorre suas coleções”, diz João Braga. Com um
tom lúdico, o estilista também recorre bastante ao
universo da música: as composições dor de cotovelo
de Lupicínio Rodrigues viraram a coleção Quantas
Noites Não Durmo, do inverno 2004, com vestidos
de brocados e florais sobre algodão da Paraíba. Mas
aqui é bom lembrar: o samba que escolhe não é o
da bateria das escolas do Rio, e sim a melancolia do
mestre gaúcho.
Barquinhos de papel
Ronaldo Fraga
Inspiração brasileira desfilada na
São Paulo Fashion Week Verão
2013. foto divulgação
Lino Villaventura
Look masculino apresentado na
São Paulo Fashion Week Verão
2013. foto Ze Takahashi
André Lima
Vestido e acessorios da coleção de
desfilados na São Paulo Fashion Week
Verão 2012. foto divulgação
nós já não temos bananas 33moda32
utilização de caixas de texto
25. projeto gráfico
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Paleta de cores
Capa
Tipografia
Estilos de parágrafo
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AFeira Hippie de Ipanema, por exem-
plo, tem esse nome desde os anos 60,
quando hippies ocuparam a praça Gene-
ralOsório pra vender seus produtos. E até
hoje, nessa mesma praça, a feira acon-
tece todo domingo de 07h às 19h, faça
chuva ou faça sol. Hoje em dia, de hippie
mesmo só alguns que passam por ali e a
estética de alguns produtos. Na verdade
a feira (leia-se os preços) é voltada mais
para os turistas.Situada em um bairro de
classe média alta, rodeada por barzinhos
e cafés, e bem perto da praia, logo se es-
tabeleceu o público alvo dali. E como é de
praxe de cidade turística, vários produtos
exaltam o Rio e o Brasil.
Olhando a praça nos outros dias da se-
mana, é difícil imaginar como cabem tan-
tos stands e tanta gente ali. Parece uma
feira pequena, mas a verdade é que dá
pra passar o dia revirando tudo. E se bater
o cansaço, basta sentar nos banquinhos
e curtir o movimento. A feira tem uma
ótima localização por ser de fácil acesso,
já que na praça há uma estação do metrô.
Os itens de decoração são verdadeiros
achados, daqueles que quando alguém vir
na sua casa, vai querer saber a história por
trás. Como uma cadeira em formato de
peixe, um banco em formato de bumbum
ou bichos da fauna brasileira moldados
em palha. Coisas aparentemente toscas
que deixam o dia a dia mais divertido.
Há uma infinidade de produtos, desde
coisas para a casa, roupas e acessórios,
até instrumentos musicais. É um ótimo
lugar pra comprar presentes ou lembran-
cinhas pra pessoas com diferentes gostos.
Os materiais dos produtos são de uma
diversidade enorme: palha, renda, ma-
deira, cerâmica, papel machê, e claro, o
couro. Seja em móveis, roupas, acessó-
rios, mapas ou até quadros, esse tecido
é a especialidade de vários dos mais de
400 stands. Diferente de lojas e shoppin-
gs, os produtos da feira não tem como
parâmetro modas e tendências, e sim a
especialidade daquele feirante. Dá pra
comprar, por exemplo, roupas de lã pra
usar em temperaturas baixas ou então
biquínis de crochê pra usar na praia, há
um quarteirão dali. Dentre essa diversi-
dade de materiais, a pedraria e a prata
também tem aos montes, das mais bara-
tinhas às mais caras. O legal é que todos
esses materiais às vezes são usados de
forma inusitada.
A verdade é que de primeira você quer
levar tudo. Mas o grande lance da feira
(de qualquer uma, na verdade) é olhar
tudo, dar uma boa volta e só depois
comprar. O impulso consumista não é
uma boa nessa hora, até porque alguns
stands vendem produtos similares. E, cla-
ro, outra vantagem de feira é poder pe-
chinchar. Ganhar um desconto é sempre
possível, afinal a pechincha é um pilar do
comércio informal!
Alguns stands da Feira Hippie real-
mente tem produtos exclusivos, coisas
que você não vai achar em lugar nenhum.
Artesanatos e produtos dignos de paten-
te! Uma senhora uruguaia, por exemplo,
vende blusas de patchwork de tecidos:
são literalmente exclusivas, pois nenhu-
ma peça é igual a outra.
Já o centro da praça concentra os qua-
dros e pinturas. Muitos retratam favelas
(de uma forma lúdica), a natureza tropi-
cal, e outros temas tipicamente cariocas.
Há também pela feira esculturas elabora-
das, verdadeiras peças de arte. E se bater
a fome de tanto andar, geralmente têm
duas barraquinhas de comida baiana:
acarajé, cocada e outros doces. Estão
sempre cheias e as pessoas parecem
bem satisfeitas.
Volta e meia tem algum artista de rua
por ali. Já vi músico tocando saxofone,
aquelas estátuas humanas e até mesmo
um cara fazendo embaixadinhas e várias
coisas impressionantes com uma bola.
Seja como for, sempre tem alguém pra
divertir e surpreender quem passa.A con-
tribuição em dinheiro é uma escolha sua.
Muita coisa, muita gente, uma verda-
deira bagunça organizada. E não é esse
o bom de feira?Tudo e todos misturados!
hoje é dia de feira26 feira hippie de ipanema 27
Há uma infinidade de produtos, desde
coisas para a casa, roupas e acessórios,
até instrumentos musicais. É um ótimo
lugar pra comprar presentes ou lembran-
cinhas pra pessoas com diferentes gostos.
Os materiais dos produtos são de uma
diversidade enorme: palha, renda, ma-
deira, cerâmica, papel machê, e claro, o
couro. Seja em móveis, roupas, acessó-
rios, mapas ou até quadros, esse tecido
é a especialidade de vários dos mais de
400 stands. Diferente de lojas e shoppin-
gs, os produtos da feira não tem como
parâmetro modas e tendências, e sim a
especialidade daquele feirante. Dá pra
comprar, por exemplo, roupas de lã pra
usar em temperaturas baixas ou então
biquínis de crochê pra usar na praia, há
um quarteirão dali. Dentre essa diversi-
dade de materiais, a pedraria e a prata
também tem aos montes, das mais bara-
ro, outra vantagem de feira é poder pe-
chinchar. Ganhar um desconto é sempre
possível, afinal a pechincha é um pilar do
comércio informal!
Alguns stands da Feira Hippie real-
mente tem produtos exclusivos, coisas
que você não vai achar em lugar nenhum.
Artesanatos e produtos dignos de paten-
te! Uma senhora uruguaia, por exemplo,
vende blusas de patchwork de tecidos:
são literalmente exclusivas, pois nenhu-
ma peça é igual a outra.
Já o centro da praça concentra os qua-
dros e pinturas. Muitos retratam favelas
(de uma forma lúdica), a natureza tropi-
Há também pela feira esculturas elabora-
das, verdadeiras peças de arte. E se bater
a fome de tanto andar, geralmente têm
duas barraquinhas de comida baiana:
acarajé, cocada e outros doces. Estão
sempre cheias e as pessoas parecem
bem satisfeitas.
Volta e meia tem algum artista de rua
por ali. Já vi músico tocando saxofone,
aquelas estátuas humanas e até mesmo
um cara fazendo embaixadinhas e várias
coisas impressionantes com uma bola.
Seja como for, sempre tem alguém pra
divertir e surpreender quem passa.A con-
tribuição em dinheiro é uma escolha sua.
Muita coisa, muita gente, uma verda-
deira bagunça organizada. E não é esse
o bom de feira?Tudo e todos misturados!
feira hippie de ipanema 27
Fonte do texto
Corbel regular 9,5 pt entrelinha 12,316 pt
26. projeto gráfico
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Paleta de cores
Capa
Tipografia
Estilos de parágrafo
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Os estilos de parágrafo de títulos, subtitulos e olho de
texto estão sujeitos a alteração em relação ao conteudo
da matéria. É possivel que sejam utilizados letterings,
fotografias, colagens e outros
Titulos das matérias
Tríplice fronteira Brasil-Argentina-Paraguai
Quem vê notícias recentes sobre os encontros amigáveis das lideranças sul-ame-
ricanas não imagina como as regiões de fronteira estão marcadas por uma série de
tensões e conflitos envolvendo desde a posse de terras ao tráfico humano. No pas-
sado, outras disputas nas fronteiras foram causa de guerras sangrentas, como a cha-
madaGuerra do Paraguai que, entre brasileiros, argentinos, paraguaios e uruguaios,
teve um saldo final de 400 mil mortos.
Mas mesmo em 2012, com a aparente paz na América do Sul, especialistas não
descartam a possibilidade de conflitos de grande impacto na região, que poderiam,
por exemplo, dizimar comunidades indígenas inteiras. É o que diz o coordenador-
-substituto da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Rio Branco, Juan Scalia, se
referindo a conflitos na fronteira do Brasil com o Peru, para ele “como há histórico
de conflitos [na região], não é leviano falar em genocídio”.
duas terras
Entre
escreve Denise Adôrno
Chaparral, variando pesos e tamanho
27. projeto gráfico
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Tipografia
Estilos de parágrafo
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Feira hippie de
Ipanema escreve e fotografa Rafaela Lima
Às vezes, “feira” é usado num tom pe-
jorativo indicando bagunça, desorgani-
zação, falta de regras. Mas a verdade é
que as feiras nada mais são do que um
comércio espontâneo que dá muito cer-
to. Hoje em dia então, a maioria funciona
sob os cuidados de alguma associação ou
sindicato dos feirantes.
Numa grande cidade turística como
o Rio de Janeiro, há uma infinidade de
feiras: a do Lavradio, a da praça Saenz
Peña, a daAvenidaAtlância, a Feira de
São Cristóvão, e muitas outras. Cada
uma tem suas características particu-
lares, e coisas pelas quais são famosas.
Pode ser pelos produtos, pelo horário,
pelo lugar, ou por algum outro aspecto.
hoje é dia de feira24 feira hippie de ipanema 25
“diverti
coM vário
à escrita
urbAna com
a mistura d
em M
espelh
Talvez você não perceba (e, a não ser que você
seja alguém interessado ou que estude o assunto, é
melhor que seja assim), mas ela está aqui, presente
e ajudando você a ler confortavelmente o texto nas
suas mãos.A tipografia é uma disciplina antiga, com
regras bem consolidadas (e, talvez, um tanto rígi-
das), sendo principalmente uma das fundações do
design gráfico como conhecemos hoje. A partir de
sua introdução noOcidente, pouco mais de 500 anos
atrás por Johannes Gutenberg, experimentamos
enormes saltos no que diz respeito à comunicação
visual e difusão da língua escrita: primeiro vieram os
livros impressos, em seguida, cartazes e panfletos,
e, mais recentemente, a revolução digital, resultado
da criação da internet (acompanhada dos computa-
dores pessoais, claro). Contudo, mesmo tendo sido
criado pouco antes da chegada deCabral ao Brasil e
apesar da produção gráfica/visual brasileira já estar
amadurecida, apenas recentemente temos visto o
ofício tipográfico praticado nestas terras, e ela já
pegou o bonde andando.
Os brasileiros começaram a fazer seus primeiros
tipos já com a revolução digital bem encaminhada.
Por este motivo, muitas das tradições tipográficas
(oriundas da prática manual do design de tipos) pu-
deram ser deixadas de lado naquele momento. Por
isso mesmo, as primeiras fontes tupiniquins eram
frutos de experimentações diversas, aproveitando
a sensação de novidade que era fazer uma fonte
em um computador. E é aqui que entra a Brasilêro.
Projetada porCrystianCruz em 2001, a Brasilêro foi
um trabalho acadêmico onde ele decidiu desenvol-
ver uma fonte display inspirada na linguagem dos
letreiros, cartazes e peças de comunicação visual
“toscas” e feitas à mão por pessoas que são muitas
vezes semi-analfabetas. Fontes display são, assim
como esses letreiros, próprias para uso em con-
textos onde há mais liberdade artística e, por isso
mesmo, inadequadas para serem usadas em textos
longos. Vemos, então, uma fonte divertida e des-
pretensiosa com vários dos erros comuns à escrita
vernacular, tanto urbana como rural, tais quais a
mistura de letras minúsculas em meio a maiúsculas
e o espelhamento das letras.
//brasileroa fonte projetada em 2001 por Crystian Cruz explora
elementos de tipografia vernacular e é inspirada
no que vemos escrito pelas ruas do Brasil
escreve Luã Leão
design36
Mais exemplos de títulos das matérias
28. projeto gráfico
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Paleta de cores
Capa
Tipografia
Estilos de parágrafo
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Subtítulos das matérias
Chaparral Light italiz caption, 14 pt
Chaparral semibold caption, 14 pt
REGGAE
no Maranhão
Curiosos sobre a particularidades do Reggae no Maranhão, conversamos com um
grande apreciador do ritmo, o maranhense Robson Marlon Morais Ferreira, que
nos contou um pouco da interessante história e os costumes dessa cultura local.
Embora o reggae seja de ori-
gem jamaicana, São Luís o in-
corporou dentro de suas práticas
festivas e sua programação cul-
tural, influenciando as relações
de interação já existentes. Desde
sua chegada à Ilha deSão Luís há
30 anos, plantou-se na memória
coletiva local uma imagem de se-
melhança entre as duas ilhas, o
que faz muitas pessoas acredita-
rem que realmente São Luis seja
a Jamaica Brasileira.
música40
EstrElas anônimas:
A vida dos retirantes em obras de Gilberto Gil e Clarice Lispector
escreve Octávio Sousa
ilustra Tatiana Rodrigues
Dentre os vários caminhos pensados para esse
texto me pareceu particularmente interessante um
caminho que tem a ver com outra travessia, a feita
por milhões de brasileiros durante séculos, e acen-
tuada no século passado, o caminho dos retirantes
da seca nordestina.
A viagem dos sertanejos é muito explorada nas
artes plásticas, literatura e cinema, além das can-
ções de Luiz Gonzaga e outros compositores. Em
1938, no romance Vidas Secas, de Graciliano Ra-
mos, um marco do modernismo regionalista, já é
abordado o tema da migração nordestina. No espe-
táculo Opinião, de 1964, de Oduvaldo Viana Filho,
Paulo Pontes eArmandoCosta, o problema da seca
no Nordeste também é retratado.
Para além do caminho até a cidade grande, escolhi
trabalhos que falam sobre a vida e os sentimentos dos
nordestinos nas grandes cidades. Ao mesmo tempo
em que a migração para o centro sul do país repre-
senta um horizonte para uma vida melhor, ou para a
sobrevivência, pode significar a solidão do exílio.
Duas obras da década de 70 mostram bem essa
realidade. A Hora da Estrela, publicado em 1977,
conta a história de Macabéa, uma retirante de Ala-
goas que vive no Rio de Janeiro trabalhando como
datilógrafa. Lamento Sertanejo é uma canção
composta por GilbertoGil e Dominguinhos, está no
álbum Refazenda deGil, de 1975, fala sobre o senti-
mento do nordestino em relação à vida na cidade, e
sobre não conseguir adaptar-se.
O fato de estar em ‘terra estrangeira’ aparece na
música e na literatura dessa época, por ser gran-
de o numero de artistas, políticos, intelectuais, e
outras pessoas consideradas agentes subversivos
pela ditadura no período entre 1964 e 1979. Contu-
do, há de peculiar no caso dos retirantes o fato de
permanecer no próprio país, e terem sidos forçados
não por condições políticas, mas de sobrevivência.
isso e aquilo46
milhões de ser
que deixam sua terra nat
construir a vida nas gran
“E enquanto o governo m
do país personalidades re
seu trabalho e ideais, são
Exemplos de estilo dos subtítulos
29. projeto gráfico
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Chaparral light italic, com variação do tamanho do corpo
aspas de entrada maior que o corpo do texto em 50%
Para o Maranhão, o reggae tem uma semelhança
rítmica com uma das maiores e mais antiga expres-
sões da cultura popular local, o Bumba meu Boi, uma
síntese de cultura africana, indígena e européia. É
difícil e contraditório definir exatamente quando e
como esse ritmo foi parar no Maranhão e o porquê
de tamanha identificação. Segundo Robson Marlon
Morais Ferreira, atual microempresário, a chegada
do reggae no Maranhão ainda não foi comprovada,
não há ninguém e nenhuma pesquisa que indique
uma data exata. São vários fatores que contribuí-
ram para que ele chegasse até aqui e pra São Luís
ser conhecida como a Jamaica Brasileira. Para Ro-
bson, existem diversas semelhanças entre São Luís
e a Jamaica como por exemplo, a população negra,
que nas duas regiões, é a que mais aprecia o ritmo,
o clima e o modo de vida. Alguns apreciadores do
reggae, principalmente os que viveram na zona rural,
afirmam tê-lo conhecido através dos sons captados
A origem do reggae no Maranhão
Não consigo
ficar um dia
sequer sem
Reggae!
“
Baú com CDs e LPs raros que Robson guarda a 7 chaves em seu armário.
Para o Maranhão, o reggae tem uma semelhança
rítmica com uma das maiores e mais antiga expres-
sões da cultura popular local, o Bumba meu Boi, uma
síntese de cultura africana, indígena e européia. É
difícil e contraditório definir exatamente quando e
como esse ritmo foi parar no Maranhão e o porquê
de tamanha identificação. Segundo Robson Marlon
Morais Ferreira, atual microempresário, a chegada
do reggae no Maranhão ainda não foi comprovada,
não há ninguém e nenhuma pesquisa que indique
uma data exata. São vários fatores que contribuí-
ram para que ele chegasse até aqui e pra São Luís
ser conhecida como a Jamaica Brasileira. Para Ro-
bson, existem diversas semelhanças entre São Luís
e a Jamaica como por exemplo, a população negra,
que nas duas regiões, é a que mais aprecia o ritmo,
o clima e o modo de vida. Alguns apreciadores do
reggae, principalmente os que viveram na zona rural,
afirmam tê-lo conhecido através dos sons captados
via ondas de rádio no final da década de
60. Enquanto outros tiveram contato com
a música através de LPs trazidos em na-
vios que aportavam nos portos da capital
em meados da década de 70. O próprio
Robson diz ter se afeiçoado ao reggae
depois que ganhou, quando completou
6 anos de idade, um radinho que sempre
carregava no ombro. “A partir daí, nunca
mais parei de ouvir. Não consigo ficar um
dia sequer sem reggae.“
Segundo Robson, já havia uma pre-
dominância de ritmos caribenhos nas
regiões do Pará/Maranhão como a lam-
bada, o merengue, a salsa, o bolero, entre
outros. Ritmos esses, tocados em clubes
semelhantes aos atuais clubes de reggae
e eram veiculados nas chamadas radiolas,
umaparelhodesomgigantesco.Ofatode
os ritmos caribenhos serem bem aceitos
no Maranhão contribuiu também para a
aceitação do ritmo jamaicano, embora os
freqüentadores dos clubes, na época não
soubessem ao certo de que ritmo se trata-
va. Aos poucos o reggae foi sendo intro-
duzido na programação musical dessas
casas através dos discotecários, conheci-
dos nesse cenário como especialistas em
músicas desse gênero.Os discos que eles
tocavam eram muito raros, trazidos de
fora do estado ou do exterior a preços al-
tíssimos, o que dificultava o acesso do pú-
blico, por isso, quem quisesse ouvir, tinha
que ir aos clubes, aumentando assim o
sucesso desses lugares.
A origem do reggae no Maranhão
Não consigo
ficar um dia
sequer sem
Reggae!
“
Baú com CDs e LPs raros que Robson guarda a 7 chaves em seu armário.
reggae no maranhão 43
detalhe do estilo do olho de texto
30. projeto gráfico
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“divertidA e despRetensiosa
coM vários dos erros comunS
à escrita verNacular, tanto
urbAna como Rural, tais Quais
a mistura de letrAs minúsculas
em Meio a maiúsculas E O
espelhameNto das letraS.”
//brasilero
Talvez você não perceba (e, a não ser que você
seja alguém interessado ou que estude o assunto, é
melhor que seja assim), mas ela está aqui, presente
e ajudando você a ler confortavelmente o texto nas
suas mãos.A tipografia é uma disciplina antiga, com
regras bem consolidadas (e, talvez, um tanto rígi-
das), sendo principalmente uma das fundações do
design gráfico como conhecemos hoje. A partir de
sua introdução noOcidente, pouco mais de 500 anos
atrás por Johannes Gutenberg, experimentamos
enormes saltos no que diz respeito à comunicação
visual e difusão da língua escrita: primeiro vieram os
livros impressos, em seguida, cartazes e panfletos,
e, mais recentemente, a revolução digital, resultado
da criação da internet (acompanhada dos computa-
dores pessoais, claro). Contudo, mesmo tendo sido
criado pouco antes da chegada deCabral ao Brasil e
apesar da produção gráfica/visual brasileira já estar
amadurecida, apenas recentemente temos visto o
ofício tipográfico praticado nestas terras, e ela já
pegou o bonde andando.
Os brasileiros começaram a fazer seus primeiros
tipos já com a revolução digital bem encaminhada.
Por este motivo, muitas das tradições tipográficas
(oriundas da prática manual do design de tipos) pu-
deram ser deixadas de lado naquele momento. Por
isso mesmo, as primeiras fontes tupiniquins eram
frutos de experimentações diversas, aproveitando
a sensação de novidade que era fazer uma fonte
em um computador. E é aqui que entra a Brasilêro.
Projetada porCrystianCruz em 2001, a Brasilêro foi
um trabalho acadêmico onde ele decidiu desenvol-
ver uma fonte display inspirada na linguagem dos
letreiros, cartazes e peças de comunicação visual
“toscas” e feitas à mão por pessoas que são muitas
vezes semi-analfabetas. Fontes display são, assim
como esses letreiros, próprias para uso em con-
textos onde há mais liberdade artística e, por isso
mesmo, inadequadas para serem usadas em textos
longos. Vemos, então, uma fonte divertida e des-
pretensiosa com vários dos erros comuns à escrita
vernacular, tanto urbana como rural, tais quais a
mistura de letras minúsculas em meio a maiúsculas
e o espelhamento das letras.
//brasileroa fonte projetada em 2001 por Crystian Cruz explora
elementos de tipografia vernacular e é inspirada
no que vemos escrito pelas ruas do Brasil
escreve Luã Leão
design36 brasilêro 37
“divertidA e despRetensiosa
coM vários dos erros comunS
à escrita verNacular, tanto
urbAna como Rural, tais Quais
a mistura de letrAs minúsculas
em Meio a maiúsculas E O
espelhameNto das letraS.”
//brasilero
Talvez você não perceba (e, a não ser que você
seja alguém interessado ou que estude o assunto, é
melhor que seja assim), mas ela está aqui, presente
e ajudando você a ler confortavelmente o texto nas
suas mãos.A tipografia é uma disciplina antiga, com
regras bem consolidadas (e, talvez, um tanto rígi-
das), sendo principalmente uma das fundações do
design gráfico como conhecemos hoje. A partir de
sua introdução noOcidente, pouco mais de 500 anos
atrás por Johannes Gutenberg, experimentamos
enormes saltos no que diz respeito à comunicação
visual e difusão da língua escrita: primeiro vieram os
livros impressos, em seguida, cartazes e panfletos,
e, mais recentemente, a revolução digital, resultado
da criação da internet (acompanhada dos computa-
dores pessoais, claro). Contudo, mesmo tendo sido
criado pouco antes da chegada deCabral ao Brasil e
apesar da produção gráfica/visual brasileira já estar
amadurecida, apenas recentemente temos visto o
ofício tipográfico praticado nestas terras, e ela já
pegou o bonde andando.
Os brasileiros começaram a fazer seus primeiros
tipos já com a revolução digital bem encaminhada.
Por este motivo, muitas das tradições tipográficas
(oriundas da prática manual do design de tipos) pu-
deram ser deixadas de lado naquele momento. Por
isso mesmo, as primeiras fontes tupiniquins eram
frutos de experimentações diversas, aproveitando
a sensação de novidade que era fazer uma fonte
em um computador. E é aqui que entra a Brasilêro.
Projetada porCrystianCruz em 2001, a Brasilêro foi
um trabalho acadêmico onde ele decidiu desenvol-
ver uma fonte display inspirada na linguagem dos
letreiros, cartazes e peças de comunicação visual
“toscas” e feitas à mão por pessoas que são muitas
vezes semi-analfabetas. Fontes display são, assim
como esses letreiros, próprias para uso em con-
textos onde há mais liberdade artística e, por isso
mesmo, inadequadas para serem usadas em textos
longos. Vemos, então, uma fonte divertida e des-
pretensiosa com vários dos erros comuns à escrita
vernacular, tanto urbana como rural, tais quais a
mistura de letras minúsculas em meio a maiúsculas
e o espelhamento das letras.
//brasileroa fonte projetada em 2001 por Crystian Cruz explora
elementos de tipografia vernacular e é inspirada
no que vemos escrito pelas ruas do Brasil
escreve Luã Leão
design36 brasilêro 37
Olho de texto
O olho também pode variar de acordo com a estética da
matéria, nestes casos, se dá mais importância a eles por isso
são usados com um corpo de texto maior .
detalhe da utilização de estilo para olho de texto
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Legendas de fotos e ilustrções
Chaparral pro light italic 7 pt com substantivos
proprios em bold entrelinha 6,158 pt
detalhe da utilização de estilo para legendas
Quando decidi fazer intercâmbio em 2011 a minha primeira opção de lugar era a França. Eu já estava estudando fran-
cês e tinha muita vontade de aproveitar a oportunidade para viajar pela Europa, mas a desculpa que eu dava para mim
mesma era a de que a França tem tradição em estudos no curso que estudo,Comunicação Social. E realmente tem, mas
os meus maiores aprendizados não foram diretamente relacionados à universidade.
Conhecer pessoas do mundo inteiro me marcou muito, confirmou alguns preconceitos que eu tinha e quebrou outros
que eu nem imaginava. As coreanas não eram fechadas, ao contrário, gostavam de sair e eram muito mais fortes (alco-
olicamente falando) do que eu ou meus amigos de outras nacionalidades. Experimentei um legítimo churrasco coreano
e não, a carne não era de cachorro.Os gregos falam tão alto e são tão calorosos quanto nós, brasileiros. E nem todos os
franceses têm preconceito com a língua inglesa.
Além das surpresas com as outras culturas, eu tive que lidar com as diferenças francesas.Ter que resolver tudo em
outra língua era um desafio diário, que aos poucos deixou de ser um grande problema.
Uma
vida
em um
semestre
escreve Nathalia Saffi
+5580
A minha alimentação e até mesmo o jeito
de me vestir também mudaram e, apesar do
país em que estava e do meu país de origem
serem ocidentais, muitas coisas pequenas fa-
ziam diferença. Uma coisa muito importante
que aprendi foi a valorizar mais o Brasil e re-
conhecer que, em alguns aspectos, estamos
muito a frente do “primeiro mundo”.Claro que
em outros a Europa faz falta, principalmente
em assuntos relacionados à segurança e ao
transporte.
Também era interessante reparar em como
as outras pessoas enxergavam o Brasil. Muitas
pessoas que conheci sabiam que a nossa ca-
pital não é mais o Rio de Janeiro. E desconfio
seriamente que La Rochelle, a cidade em que
eu morava, tem um caso de amor com a Bahia.
A vontade dos rochelaises não era conhecer a
Cidade Maravilhosa, mas Ilhéus. Além disso,
fiz um amigo da Indonésia que conhecia mais
Tom Jobim do que eu. Ele adorava soltar uns
“Chega de saudades”, no meio das conversas,
mesmo que não fizesse sentido.
E falando em saudades, essa deve ter sido
a palavra que eu mais ensinei para os amigos
estrangeiros. Porque apesar de todas as di-
ferenças, uma coisa todos nós tínhamos em
comum, que era o sentimento que só a língua
portuguesa pode expressar direito. Saudade
do país, da família e, principalmente, daquela
experiência que nem tinha acabado ainda.
No final do meu intercâmbio, quando fiz
um mochilão, parecia que as fronteiras não
existiam mais. Me sentia livre e à vontade para
conhecer os lugares que eu quisesse. As dife-
renças não eram um problema e nem medo,
mas um presente.
Sacre Couer,
Paris
Tamancos
Holandeses,
Amsterdam
Torre Eiffel,
Paris
Museu do Louvre,
Paris
uma vida em um semestre 81
a
a
um
mestre
A minha alimentação e até mesmo o jeito
de me vestir também mudaram e, apesar do
país em que estava e do meu país de origem
serem ocidentais, muitas coisas pequenas fa-
ziam diferença. Uma coisa muito importante
que aprendi foi a valorizar mais o Brasil e re-
conhecer que, em alguns aspectos, estamos
muito a frente do “primeiro mundo”.Claro que
em outros a Europa faz falta, principalmente
em assuntos relacionados à segurança e ao
transporte.
Também era interessante reparar em como
as outras pessoas enxergavam o Brasil. Muitas
pessoas que conheci sabiam que a nossa ca-
pital não é mais o Rio de Janeiro. E desconfio
seriamente que La Rochelle, a cidade em que
eu morava, tem um caso de amor com a Bahia.
A vontade dos rochelaises não era conhecer a
Cidade Maravilhosa, mas Ilhéus. Além disso,
fiz um amigo da Indonésia que conhecia mais
Tom Jobim do que eu. Ele adorava soltar uns
“Chega de saudades”, no meio das conversas,
mesmo que não fizesse sentido.
E falando em saudades, essa deve ter sido
a palavra que eu mais ensinei para os amigos
estrangeiros. Porque apesar de todas as di-
Sacre Couer,
Paris
Torre Eiffel,
Paris
uma vida em um semestre 81
32. projeto gráfico
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Fólio e cabeçalho
Chaparral pro light caption versalete 7 pt
numerais tabular oldstyle
detalhe da utilização de estilo no fólio e cabeçalho.
Os clubes e a
As radiolas e os
música44
Os clubes e as radiolas tiveram um papel funda-
mental no processo de evolução e consolidação do
reggae no estado, pois dinamizaram e populariza-
ram este gênero musical principalmente na capital,
mas em contrapartida, centralizou-o nas mãos de
poucos. Com isso, um mercado cultural foi estru-
turado em torno deste produto, com regras e leis
próprias, em que os empresários (donos de clubes e
de radiolas) vivem disputando público, visibilidade,
exclusividade, e principalmente o lucro. Essa dispu-
ta por mercado e pelo capital, fez muitos donos de
radiola ficarem muito ricos e poderosos, investindo
cada vez mais nelas. Quem tivesse mais tecnologia
e músicas exclusivas, conseguia atrair mais público.
“Costumamos escolher uma radiola para torcer por
ela. É como time de futebol, temos camiseta com o
nome e tudo mais.”
No fim de semana em São Luiz, são aproximada-
mente 80 clubes de reggae funcionando e cerca de
10 shows acontecem durante a semana.Os vizinhos,
ao invéz de reclamar do barulho do som das radiolas
(que é bem alto), aproveitam a oportunidade para
vender comida ou artesanato para as pessoas que
circulam nas calçadas de suas casas, conta Robson.
“Todos amam o reggae e não perdem uma só opor-
tunidade de apreciá-lo!”
As radiolas e os clubes de reggae
Uma grande radiola maranhense
Todos amam o
Reggae e não
perdem uma só
oportunidade
de apreciá-lo!
“
Os frequentadores das festas maranhenses, no iní-
cio, mesmo não sabendo o nome daquele ritmo,
aprovaram a sua cadência mais vagarosa e já bus-
cavam seus pares no momento em que era tocado.
Dançavam-no de forma similar aos outros rit-
mos caribenhos, num intenso deslizar de corpos,
com movimentos de muita sensualidade. Desta
interferência de passos, nasceu uma das parti-
cularidades do reggae maranhense, o dançar
coladinho, e hoje, São Luís é o único ou um dos
poucos lugares do mundo onde se dança reggae
aos pares. “As pessoas estranhavam quando eu
Dançando “coladinho“
Casal dançando Reggae
ao estilo maranhense
falava que dançava Reggae de par com o meu pai.
Me perguntavam se tinha como dançar assim, se
parecia com o forró.“ acrescenta Lannaya, filha de
Robson. Segundo ele, existe todo um jeito corre-
to de segurar no parceiro, além disso os passos
costumam ser um pouco mais rápidos do que se
imagina, pois as músicas mais adequadas para
se dançar em par tem um ritmo um pouco mais
acelerado. “Quando frequento as casas de reggae
no Maranhão, danço com qualquer pessoa que
queira trocar energia, não existe preconceito e
timidez. Os passos fluem naturalmente“.
música44 reggae no maranhão 45
33. projeto gráfico
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O principal elemento gráfico da revista é o losango, inspirado no losango amarelo da
bandeira do Brasil. Esse elemento é utilizado em:
Encerramento de matérias: losango com altura de 1/2 entrelinha com cor de acordo com
as cores da matéria.
Indicador de legendas: losango com altura de 1/2 entrelinha e opacidade 70%, podendo
ser usado em sentido vertical/horizontal, de acordo com a disposição da fotografia e
sentido da legenda.
Fólio: meio losango (triângulo) com altura de uma entrelinha utilizado com a cor da
divisão em que a página se encontra.
pública na realização de eventos artísticos, so-
ciais e desportivos, no âmbito do Estado do Rio
de Janeiro”.
Em resumo, a tal resolução dá ao poder pú-
blico o poder de interferir em qualquer evento
dessas características, dentro do Estado do Rio
deJaneiro.A medida seria tomada em tese para
tentar minar a atuação criminosa desses even-
tos, muitas vezes organizados por chefes de
tráfico de drogas ou de qualquer outro tipo de
crime organizado, bem como a própria venda
de drogas, prostituição etc.
Para as pessoas que vivem em comunidades
pobres do Rio, a resolução 13 afeta diretamen-
te o cotidiano local, que se vê privado de or-
ganizar, por menor que seja, qualquer tipo de
evento que trabalharia suas culturas e todo o
tipo de lazer.
Há hoje, um pedido em forma de abaixo-
assinado, para que a resolução seja revogada
e que o Estado não interfira mais no que seria
de interesse da comunidade, seja um campe-
onato de futebol de várzea, um sarau dentro
de um boteco qualquer, ou os grandes bailes
funk que tanto sofrem preconceito por parte de
grande parte da sociedade brasileira.O abaixo-
-assinado está no site do Movimento Meu Rio.
mido no Rio de Janeiro.
Não são as músicas, vistas como agressivas, que
influenciam pessoas ao sexo desenfreado, ao con-
sumo de drogas e ao crime. Isso é balela.O que leva
alguém a isso tudo nada mais é do que a desinfor-
mação e a falta de estrutura básica em quase todos
os sentidos – em suas casas, suas escolas (ou a falta
delas), a dificuldade de encontrar um trabalho que
valha e, claro, os eventos culturais tão raros nas par-
tes mais pobres de qualquer estado daqui do Brasil.
E aí que, em meio a isso, temos a cultura brasileira
(não só dos políticos) de sempre encontrar medi-
das paliativas para qualquer problema. Nunca houve
por essas terras medidas preventivas, com intuito a
longo prazo, para que as coisas se desenvolvessem.
Se a criminalidade toma conta desses eventos
dentro de favelas e comunidades pobres, é porque
o Estado nunca lá se preocupou em desenvolver o
lugar, desenvolver a cultura e a educação dessas pes-
soas. Sempre há de se achar uma medida paliativa
para os buracos que nunca são preenchidos porque,
claro, esse tipo de ação leva mais de quatro anos e
assim, nenhum político vai dar crédito de algo fina-
lizado para seu antecessor de outro partido.
O problema não é o funk. O problema não são os
eventos organizados por criminosos. O problema
não é a ignorância da população. O problema é a
tentativa de fechar uma rachadura com o dedo, e
não com cimento.
O outro lado.
sília, pelo clima, pela
por que o ceu é azul, e
eia tudo isso. Mas em
gostam de viver em
nte, gostam dessa ex-
m nada parecido.Os es-
encantados com o ver-
não consigo equalizar.
ta, qual é o panorama
o cultural brasiliense
ndo boas produções,
xista um fetiche com
des que quando vem
atro e quando artistas
resentam a populacao
dibilidade. Então essa
problemática embora
o. Mas nesse aspecto,
mudar. Enquanto não
rutura de fusão da cul-
e dos monopólios, da
ande empresas, vamos
se problema. Qual é o
em 80% da audiência.
m casa e vê a Globo, as
ficam bem atrás. Não
sTVs comunitárias tem
A relação do público
com os artistas tá prejudicada por isso.
Então, eu trabalho com essa perpectiva,
de tentar ampliar as possibilidades, de
abrir novas opiniões, não só politicas,
mas culturais.
A Globo é importante, emprega mui-
ta gente, mas não pode ser a única,
não pode ser o monopólio... E é dificil
mudar. Não se coloca esse assunto em
discussão, questões de liberdade de
imprensa, etc. Temos que ir pensan-
do em alternativas para modificar essa
situação.
O público das décadas de 70 e 80 que
continua Brasília sente saudades do que
era produzido naquele tempo?
Dos que deram depoimentos no livro,
todos falam que sentem falta, de que
eram felizes e não sabiam, podia-se an-
dar a pé, pegar carona tranquilamente.
Sentem saudade dos artistas também,
alguns morreram, outros se aposenta-
ram.Quem viveu aquele período tem sim
muita saudade.
Observando, lendo e estudando dá pra
ver a diferença entre quem viveu aque-
la época e quem vive agora. Eu não sou
radical a ponto de dizer que tudo que se
faz hoje é uma porcaria e só prestava o
que era feito naquela época. Há muitas
coisas boas sendo produzidas. E ainda,
há um novo fator determinante: a tec-
nologia. O uso de telefones celulares,
internet, TV a cabo, não tínhamos nada
disso antes. Hoje estamos mais globali-
zados, as influências são maiores. Há 30,
40 anos atrás era muito diferente. Os
encontros eram marcados por orelhão!
Atualmente a relação é outra. Essa dinâ-
mica mudou totalmente, a criatividade,
principalmente.
E com esse avanço tecnológico e o aces-
so aos meios digitais como ficou a pro-
dução artística?
Eu não diria que é mais fácil, mas é di-
ferente. Lidar com artista é complicado.
Tem vantagens e desvantagens, pois por
outro lado alguém que não tinha acesso
a essa tecnologia exercia a criatividade
com mais vigor, tinha que ler mais, ir
mais atrás das coisas, viajava buscan-
do inspiração. Então quando o artista
botava pra fora a sua ideia estava mais
concentrado, pensava mais.Agora a cria-
tividade ficou mais fluida, mais volátil.
Essas são as diferenças, alguns aspectos
são melhores outros piores.
Por trás das cameras do filme Brasiliários, de Zuleica Porto e Sérgio Bazi, produzido pela Candango em 1985, foto Rogério Maldonado
de tamanha identificação. Segundo Robson Marlon
Morais Ferreira, atual microempresário, a chegada
do reggae no Maranhão ainda não foi comprovada,
não há ninguém e nenhuma pesquisa que indique
uma data exata. São vários fatores que contribuí-
ram para que ele chegasse até aqui e pra São Luís
ser conhecida como a Jamaica Brasileira. Para Ro-
bson, existem diversas semelhanças entre São Luís
e a Jamaica como por exemplo, a população negra,
que nas duas regiões, é a que mais aprecia o ritmo,
o clima e o modo de vida. Alguns apreciadores do
reggae, principalmente os que viveram na zona rural,
afirmam tê-lo conhecido através dos sons captados
depois q
6 anos de
carregav
mais pare
dia seque
Segun
dominân
regiões d
bada, o m
outros. R
semelhan
e eram ve
umapare
os ritmos
no Maran
aceitação
freqüent
soubesse
va. Aos p
duzido n
casas atr
dos nesse
músicas d
tocavam
fora do e
tíssimos,
blico, por
que ir ao
sucesso d
Não consigo
ficar um dia
sequer sem
Reggae!
“
Baú com CDs e LPs raros que Robson guarda a 7 chaves em seu armário.
música44
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Para compor a paleta de cores da revista foram utilizadas as cores da
bandeira do brasil: azul, amarelo e verde, em outros tons para que não
ficasse tão caricata. Além dessas, a paleta conta com cores retiradas de
paineis de referencia visual: um marrom claro e um escuro, laranja e rosa.
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O tempo não pára.
Eu vejo o futuro repetir o passado
Cazuza, 1988
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A revista terá um espaço destinado à publicidade, que será o
lado esquerdo da página dupla de abertura das subdivisões.
Como são quatro páginas de abertura, a revista terá quatro
páginas simples destinadas a publicidade.
41. Revista sobre cultura brasileira
projeto desenvolvido por Ana Cecília Schettino, Beatriz Saffi
e Camila Sugai no 1º/2012 durante a disciplina Programação
Visual 3, do Departamento de Desenho Industrial, Instituto
de Artes, Universidade de Brasília — UnB.
culturacamara.wordpress.com
Obrigada!