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Trabalho realizado
por:
 Mário Ramos nº14
 Neuza Amaral nº15
Projecto em sentido contrário
António Gedeão (Lisboa, 24 de
Novembro de 1906 — Lisboa, 19
de Fevereiro de 1997),
português, foi um químico,
professor de físico-química do
ensino secundário no Liceu
Pedro Nunes e Liceu Camões,
pedagogo, investigador de
História da ciência em Portugal,
divulgador da ciência, e poeta
sob o pseudónimo de António
Gedeão. Pedra Filosofal e
Lágrima de Preta são dois dos
seus mais célebres poemas.
Tenho uma arma secreta
ao serviço das nações.
Não tem carga nem espoleta
mas dispara em linha recta
mais longe que os foguetões.
Não é Júpiter, nem Thor,
nem Snark ou outros que tais.
É coisa muito melhor
que todo o vasto teor
dos Cabos Canaverais.
A potência destinada
às rotações da turbine
não vem da nafta queimada,
nem é de água oxigenada
nem de ergóis de FURALINA. FURALINA.
Erecta, na torre erguida,
em alerta permanente,
espera o sinal da partida.
Podia chamar-se VIDA.
Chama-se AMOR, simplesmente.
Poema Arma Secreta
Afinidade
temperamental ou
psíquica.
É uma obra para piano
composta.
Tenho quarenta janelas
nas paredes do meu quarto.
Sem vidros nem bambidelas
posso ver através delas
o mundo em que me reparto.
Por uma entra a luz do Sol,
por outra a luz do luar,
por outra a luz das estrelas
que andam no céu a rolar.
Por esta entra a Via Láctea
como um vapor de algodão,
por aquela a luz dos homens,
pela outra a escuridão.
Pela maior entra o espanto,
pela menor a certeza,
pela da frente a beleza
que inunda de canto a canto.
Poema Aurora boreal
Pela quadrada entra a esperança
de quatro lados iguais,
quatro arestas, quatro vértices,
quatro pontos cardeais.
Pela redonda entra o sonho,
que as vigias são redondas
e o sonho afaga e embala
à semelhança das ondas.
Por além entra a tristeza,
por aquela entra a saudade
e o desejo, e a humildade,
e o silêncio, e a surpresa,
e o amor dos homens, e o tédio,
e o medo, e a MELANCOLIA,
e essa fonte sem remédio
a que se chama poesia,
e a inocência, e a bondade,
e a dor própria, e a dor alheia,
e a paixão que se incendeia,
e a viuvez e a piedade,
e o grande pássaro branco,
e o grande pássaro negro
que se olham obliquamente,
arrepiados de medo,
todos os RISOS e choros,
todas as fomes, e SEDES
tudo alonga a sua sombra
nas minhas quatro paredes.
Continuação do poema
Carência de água;
necessidade de
ingerir líquidos.
Expressão de
alegria, de
satisfação.
Psicose caracterizada por
depressão intensa,
inibição, angústia,
insónia, ideias de
suicídio, sintomatologia
esta que
se manifesta por crises.
Tenho quarenta janelas
nas paredes do meu
quarto.
Sem vidros nem bambinelas
posso ver através delas
o mundo em que me
reparto.
Por uma entra a luz do sol,
por outra luz do luar,
por outra a luz das estrelas
que andam no céu a rolar.
Por esta entra a Via Láctea
como um vapor de algodão,
por aquela a luz dos homens,
pela outra a escuridão
Pela maior entra o espanto,
pela menor certeza,
pela da frente a beleza que
inunda de canto a canto.
Pela quadrada entra a esperança
de quatro lados iguais, quatro
arestas, quatro vértices, quatro
pontos cardeais.
Pela redonda entra o sonho,
Que as vigias são redonda,
E o sonho afaga e embala à
semelhança das ondas.
 Por alem entra a tristeza
Por aquela entra a saudade
E o desejo, e a surpresa,
E o amor dos homens, e o tédio,
E o medo, e a melancolia,
E essa fome sem remédio
A que se chama poesia
E a viuvez, e a piadade
E o grande pássaro branco,
E o grande pássaro negro
Que se olhão obliquamente,
Arrepiados de medo, todos os risos e choros,
Todas as fomes e sedes,
Tudo alonga a sua sombra
Nas minhas quatro paredes,
Oh janelas do meu quarto,
Quem vos pude se rasgar!
Com tanta janela aberta
Falta me a luz e o mar.
Tenho uma arma
secreta
Ao serviço das nações.
Não tem carga nem
espoleta
Mas dispara em linha reta
Mais longe que os
foguetões
Não é Júpiter, nem Thor,
Nem Snark ou outros tais.
É coisa muito melhor
Que todo o vasto teor
Dos cabos canaverais
A potencia destinada
Ás rotações da turbina
Não vem da nafta
queimada,
Nem é de água oxigenada
Nem de ergóis de furalina.
Ereta, na noite erguida,
Em alerta permanente,
Espera o sinal da partida.
Podia chamar se VIDA.
Chama se AMOR,
simplesmente.
Potencia- qualidade de potente, força, poder, força aplicada de certo efeito.
Tristeza-característica de triste, carater daquilo que incita esse estado
Nafta- petróleo bruto
estrela.- astro dotado de luz própria, observável sob a forma de um ponto luminoso
Negro- ausência de cor
Bambinela- cortina franjada para o adormo interior de janelas.
Escuridão- particularidade do que é escuro, aquilo que não possui luz
foguetões- foguete usado para lançar de salvamento a náufragos ou barcos em perigo. Foguete
que produz forte estampido.
Luz do luar- o clarão da lua. A claridade que a lua espalha sobre a Terra.
Pontos Cardeais- direções geográficas representadas
Projecto em
“sentido contrário”
Rómulo Vasco da Gama de Carvalho,
mais tarde conhecido por António Gedeão.
Foi um escritor, professor, pedagogo, autor de manuais, um poeta nascido
a 24 de Novembro de 1906 e falecido a 19 de Fevereiro de 1997.
António Gedeão
BIOGRAFIA
Aurora Boreal
Tenho quarenta janelas nas paredes do meu quarto. Sem
vidros nem bambinelas posso ver através delas o mundo
em que me reparto. Por uma entra a luz do Sol, por outra
a luz do luar, por outra a luz das estrelas que andam no
céu a rolar. Por esta entra a Via Láctea como um vapor de
algodão, por aquela a luz dos homens, pela outra a
escuridão. Pela maior entra o espanto, pela menor a
certeza, pela da frente a beleza que inunda de canto a
canto. Pela quadrada entra a esperança de quatro lados
iguais, quatro arestas, quatro vértices, quatro
pontos cardeais. Pela redonda entra o sonho, que as
vigias são redondas, e o sonho afaga e embala à
semelhança das ondas. Por além entra a tristeza, por
aquela entra a saudade, e o desejo, e a humildade, e o
silêncio, e a surpresa, e o amor dos homens, e o tédio, e o
medo, e a melancolia, e essa fome sem remédio a que se
chama poesia, e a inocência, e a bondade, e a dor própria,
e a dor alheia, e a paixão que se incendeia, e a viuvez, e a
piedade, e o grande pássaro branco, e o grande pássaro
negro que se olham obliquamente, arrepiados de medo,
todos os risos e choros, todas as fomes e sedes, tudo
alonga a sua sombra nas minhas quatro paredes. Oh
janelas do meu quarto, quem vos pudesse rasgar! Com
tanta janela aberta falta-me a luz e o ar.
Vértices
S.M sumidade ; ápice ; cume; pináculo;ponto
culminante;ponto mais alto;atingir o vérticede
uma montanha é mais fácil que atingir o vértice
da glória;o mesmo que vértex.
Ondas
S.F (do lat. Unda) porção de água do
mar, lago ou rio que se eleva e desloca.
Deprimi e eleva a superfície.
Tenho uma arma secreta
ao serviço das nações.
Não tem carga nem espoleta
mas dispara em linha recta
mais longe que os foguetões.
Não é Júpiter, nem Thor,
nem Snark ou outros que tais.
É coisa muito melhor
que todo o vasto teor
dos Cabos Canaverais.
A potência destinada
às rotações da turbina
não vem da nafta queimada,
nem é de água oxigenada
nem de ergóis de furalina.
Erecta, na noite erguida,
em alerta permanente,
espera o sinal da partida.
Podia chamar-se VIDA.
Chama-se AMOR, simplesmente.
Snark
(snide coments): sarcasm
Combinação de “falso” e “observação”.
Comentário sarcástico (s).
Também sarcástico (adjectivo) e snarkily
(advérbio)
Arma Secreta
Arma
S.F ( do lat. Arma)
Instrumento ofensivo ou defensivo.
Distintivo de nobreza
Classe de tropa
qualquer instrumento aparelho/objecto próprio para fins
bélicos
Recurso; meio; expediente
PROJETO EM SENTIDO
CONTRÁRIO
André Inácio
Eduardo Estêvão
7º4º
Arma Secreta
Tenho uma arma secreta
ao serviço das nações.
Não tem carga nem
mas dispara em linha recta
mais longe que os foguetões.
Não é Júpiter, nem Thor,
nem Snark ou outros que tais.
É coisa muito melhor
que todo o vasto
dos Cabos Canaverais.
A potência destinada
às rotações da turbina
não vem da nafta queimada,
nem é de água oxigenada
nem de ergóis de furalina.
Erecta, na noite erguida,
em alerta permanente,
espera o sinal da partida.
Podia chamar-se VIDA.
Chama-se AMOR,
simplesmenteteor
Texto Mineral.
O que uma mistura,
liga ou contém um
corpo ou outro
minerado
espoleta
Explosivo feito de pólvora e
usado em armas de
brinquedo , geralmente,um
anel ou plástico com
pequenos recipientes
coberto de pólvora
Aurora Boreal
Tenho quarenta janelas
nas paredes do meu quarto.
Sem vidros nem bambinelas
posso ver através delas
o mundo em que me reparto.
Por uma entra a luz do Sol,
por outra a luz do luar,
por outra a luz das estrelas
que andam no céu a rolar.
Por esta entra a Via Láctea
como um vapor de algodão,
por aquela a luz dos homens,
pela outra a escuridão.
Pela maior entra o espanto,
pela menor a certeza,
pela da frente a beleza
que inunda de canto a canto.
Pela quadrada entra a
esperança
de quatro lados iguais,
quatro arestas, quatro vértices,
quatro pontos cardeais.
Pela redonda entra o sonho,
que as vigias são redondas,
e o sonho afaga e embala
à semelhança das ondas.
É um fenómeno
luminoso que acontece
no pólo norte , a Aurora
ocorre quando a
particulas estão
carregadas
eletricamente
Aurora Boreal(continuação)
Por além entra a tristeza,
por aquela entra a saudade,
e o desejo, e a humildade,
e o silêncio, e a surpresa,
e o amor dos homens, e o tédio,
e o medo, e a melancolia,
e essa fome sem remédio
a que se chama poesia,
e a inocência, e a bondade,
e a dor própria, e a dor alheia,
e a paixão que se incendeia,
e a viuvez, e a piedade,
e o grande pássaro branco,
e o grande pássaro negro
que se olham obliquamente,
arrepiados de medo,
todos os risos e choros,
todas as fomes e sedes,
tudo alonga a sua sombra
nas minhas quatro paredes.
Oh janelas do meu quarto,
quem vos pudesse rasgar!
Com tanta janela aberta
falta-me a luz e o ar.
Trabalho realizado por :
Bruno Ferreira Nº 3
Gonçalo Garcia Nº 7
PROJETO “EM SENTIDO CONTRÁRIO”
O maior dos planetas do sistema solar , que gira
entre marte e saturno
Arma Secreta
Tenho uma arma secreta
ao serviço das nações.
Não tem carga nem espoleta
mas dispara em linha recta
mais longe que os foguetões.
Não é Júpiter, nem Thor,
nem Snark ou outros que tais.
É coisa muito melhor
que todo o vasto teor
dos Cabos Canaverais.
A potência destinada
às rotações da turbina
não vem da nafta queimada,
nem é de água oxigenada
nem de ergóis de furalina.
Erecta, na noite erguida,
em alerta permanente,
espera o sinal da partida.
Podia chamar-se VIDA.
Chama-se AMOR, simplesmente.
conjunto de espaços , corpos e seres , que a vista
humana pode abranger
é o estado gasoso tornando por uma substancia
cuja a forma é sólida ou liquida , gas
Animal racional e mamífero, que pela sua
inteligência, pelo dom da palavra e pela história, se distingue
dos outros seres organizados, ocupando entre eles o primeiro
lugar.
Aurora Boreal
Tenho quarenta janelas nas paredes do
meu quarto. Sem vidros nem
bambinelas posso ver através delas o
mundo em que me reparto. Por uma
entra a luz do Sol, por outra a luz do
luar, por outra a luz das estrelas que
andam no céu a rolar. Por esta entra a
Via Láctea como um vapor de algodão,
por aquela a luz dos homens, pela outra
a escuridão. Pela maior entra o espanto,
pela menor a certeza, pela da frente a
beleza que inunda de canto a canto.
Pela quadrada entra a esperança de
quatro lados iguais, quatro arestas,
quatro vértices, quatro pontos cardeais.
Pela redonda entra o sonho, que as
vigias são redondas, e o sonho afaga e
embala à semelhança das ondas.
Trabalho realizado
por:
Isa Rodrigues nº10
Daniel Correia nº4
António Gedeão, (Rómulo Vasco da Gama de Carvalho), nasceu em Lisboa em 1906.
Com 5 anos escreveu os seus primeiros poemas e aos 10 decidiu completar "Os
Lusíadas" de Camões. Entrou para o liceu Gil Vicente, onde tomou contacto com as
ciências e foi aí que despertou nele um novo interesse. Em 1931 licenciou se em
Ciências Físico Químicas pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e em
1932 concluiu o curso de Ciências Pedagógicas.
Tenho uma arma secreta
ao serviço das nações.
Não tem carga nem espoleta
mas dispara em linha recta
mais longe que os foguetões.
Não é Júpiter, nem Thor,
nem Snark ou outros que tais.
É coisa muito melhor
que todo o vasto teor
Dos Cabos Canaveiras.
A potência destinada
às rotações da turbina
não vem da nafta queimada,
nem é de água oxigenada
nem de ergóis de furalina.
Erecta, na noite erguida,
em alerta permanente,
espera o sinal da partida.
Podia chamar-se VIDA.
Chama-se AMOR, simplesmente.
Cabo Canaveral (originalmente em castelhano Cabo
Canaveral, ou seja, Cabo Canavial) é uma faixa de terra
dos Estados Unidos de uma região denominada
Brevard, situada na parte costeira oriental, próximo ao
seu centro, no estado da Flórida.
Faz parte de uma região conhecida como Space Coast,
pois lá se situam o Centro Espacial Kennedy (Kennedy
Space Center) e uma Base da Força Aérea (Cape
Canaveral Air Force Station).
O peróxido de hidrogénio que, em
solução aquosa é conhecido
comercialmente como água oxigenada
, é um líquido claro de formula
química H2O2. Foi descrito a primeira
vez por Louis Jacques Thénard, numa
reacção de peróxido de bário com
ácido nítrico. Trata-se de um liquido
viscoso e poderoso oxidável. É
incoloro a temperatura ambiente e
presenta característico sabor amargo.
Quantidades pequenas de peróxido de
hidrogénio gasoso ocorrem
naturalmente no ar.
 Beija-flor: Beija-flor,
também conhecido com
colibri , cuitelo, chupa-flor,
pica-flor, chupa-mel, é uma
é uma ave da família
Trochilidae e inclui 108
géneros. Existem 322
espécies conhecidas. No
Brasil, alguns géneros
recebem outros nomes,
como os rabos-brancos do
género Phaethornis ou os
bicos-retos do género.
 Segunda-feira: A palavra é
originária do latim, Lunedì
que significa "segunda
feira", e de mesma acepção
existe em galego (segunda
feira) , mirandês (segunda)
e tétum (loron-segunda).
 O saca-rolhas simples
possui uma espiral de
metal que penetra na
rolha e uma pega onde
a mão imprime um
movimento circular ao
instrumento. Este
movimento permite a
penetração da espiral
na rolha; esta é
retirada do gargalo da
garrafa puxando o
saca-rolhas, ficando a
rolha presa à parte
espiralada.
 Segunda-feira: A palavra é
originária do latim Secunda
Feria, que significa "segunda
feira", e de mesma acepção existe
em galego (segunda feira)3 ,
mirandês (segunda) e tétum
(loron-segunda).
 Povos pagãos antigos
reverenciavam seus deuses
dedicando este dia ao astro Lua o
que originou outras
denominações, em espanhol diz-
se lunes e no italiano lunedì, com
o significado de Lua e dia da
Lua. Outros povos
reverenciavam deuses
mitológicos, em inglês diz-se
monday e em alemão montag,
que significam dia da Lua.
 Na cultura popular, é
considerado o dia mais
"aborrecido" da semana pois é o
primeiro dia de trabalho após o
fim de semana. O Garfield, por
exemplo, odeia as segundas-
feiras.
“Em sentido contrário”
António Gedeão
Estudou no liceu Gil
vicente e tirou o curso
de ciências nessa altura
já escrevia poemas
mas não os publicou
até 1950 quando
ganhou um concurso
de literatura. Entre as
suas obras estão
“maquina de fogo” e
“obra poética”
Arma secreta
Tenho uma arma secreta
ao serviço das nações.
Não tem carga nem
espoleta
mas dispara em linha recta
mais longe que os
foguetões.
Não é Júpiter, nem ,
nem Snark ou outros que
tais.
É coisa muito melhor
que todo o vasto teor
dos Cabos Canaverais.
A potência destinada
às rotações da turbina
não vem da nafta
queimada,
nem é de água
oxigenada
nem de ergóis de
furalina.
Erecta, na noite
erguida,
em alerta permanente,
espera o sinal da
partida.
Podia chamar-se VIDA.
Chama-se AMOR,
simplesmente.
Thor
Deus do
trovão na
mitologia
nórdica
Aurora Boreal
Tenho quarenta janelas
nas paredes do meu quarto.
Sem vidros nem bambinelas
posso ver através delas
o mundo em que me reparto.
Por uma entra a luz do Sol,
por outra a luz do luar,
por outra a luz das estrelas
que andam no céu a rolar.
Por esta entra
como um vapor de algodão,
por aquela a luz dos homens,
pela outra a escuridão.
Pela maior entra o espanto,
pela menor a certeza,
pela da frente a beleza
que inunda de canto a canto.
Pela quadrada entra a esperança
de quatro lados iguais,
quatro , quatro vértices,
quatro pontos cardeais.
Pela redonda entra o sonho,
que as são redondas,
e o sonho afaga e embala
à semelhança das ondas.
Por além entra a tristeza,
por aquela entra a saudade,
e o desejo, e a humildade,
e o silêncio, e a surpresa,
e o amor dos homens, e o tédio,
e o medo, e a melancolia,
e essa fome sem remédio
a que se chama poesia,
e a inocência, e a bondade,
e a dor própria, e a dor alheia,
e a paixão que se incendeia,
e a viuvez, e a piedade,
e o grande pássaro branco,
e o grande pássaro negro
que se olham obliquamente,
arrepiados de medo,
todos os risos e choros,
todas as fomes e sedes,
tudo alonga a sua sombra
nas minhas quatro paredes.
Oh janelas do meu quarto,
quem vos pudesse rasgar!
Com tanta janela aberta
falta-me a luz e o ar.
Via Láctea
arestas
vigias
Larga faixa
esbranquiçada
, formada por
uma
infinidade de
estrelas
reta comum ás duas faces
de um diedro
espécie de janela redonda
por onde entra a luz nos
camarotes dos navios
Projecto Em Sentido Contrário
 Trabalho Realizado Por:
 Vasco Bizarro Nº22
 Maria Correia Nº13
António Gedeão
Biografia De António Gedeão
António Gedeão é o pseudónimo de Rómulo Vasco da
Gama de Carvalho, professor, pedagogo, autor de
manuais, divulgador científico e poeta nascido a 24 de
Novembro de 1906, em Lisboa. Apesar de ter cursado
Ciências Físico-Químicas no Porto e de ter lecionado e
publicado livros nesta área e na de história da ciência,
Rómulo de
Carvalho ficou tão conhecido por esse nome, enquanto
homem da ciência, como pelo de António Gedeão,
enquanto homem de Letras e poeta. Na verdade, um e
outro nunca se dissociaram muito já que a sua poesia, e
essa é uma das suas singularidades, revela toda uma
imagística associada ao mundo da ciência, sobretudo no
que se refere ao vocabulário, mas também ao olhar
analítico do cientista sobre a realidade circundante.
Biografia De António Gedeão
(Continuação)
Movimento Perpétuo foi a sua primeira obra
publicada, em 1956, embora António
Gedeão escrevesse desde novo. Seguiram-
se Teatro do Mundo, em 1958, Máquina de
Fogo, em 1961, Poesias Completas, em
1964, que reúne toda a obra até então
editada e que conta com um estudo
aprofundado de Jorge de Sena, Linhas de
Força, em 1967, Poemas Póstumos, em
1983, e Novos Poemas Póstumos, em 1990.
A Arma Secreta
Tenho uma arma secreta
ao serviço das nações.
Não tem carga nem espoleta
mas dispara em linha recta
mais longe que os foguetões.
Não é Júpiter, nem Thor,
nem Snark ou outros que tais.
É coisa muito melhor
que todo o vasto teor
dos Cabos Canaverais.
*água-
1.Líquido natural, transparente,
incolor, geralmente insípido e inodo
ro, indispensável para a sobrevivên
cia da maior parte dos seres vivos.
Substância química formada por
dois átomos de hidrogénio e um de
oxigénio. É encontrado no estado
líquido a temperatura ambiente.
Sua fórmula molecular é H2O. Na
natureza, pode ser encontrada nos
estados físicos sólido, líquido e
gasoso.
Esse líquido como recurso natural
que cobre cerca de 70% da superfí
cie terrestre.
2. Liquido transparente; inodoro e
sem sabor; essencial à vida.
A potência destinada
às rotações da turbina
não vem da nafta queimada,
nem é de *água oxigenada
nem de ergóis de furalina.
Erecta, na noite erguida,
em alerta permanente,
espera o sinal da partida.
Podia chamar-se VIDA.
Chama-se AMOR,
simplesmente.
Aurora BorealTenho quarenta janelas
nas paredes do meu
quarto.
Sem vidros nem
bambinelas
posso ver através delas
o mundo em que me
reparto.
Por uma entra a luz do
Sol,
por outra a luz do luar,
por outra a luz das
estrelas
que andam no céu a rolar.
Por esta entra a Via
Láctea
como um vapor de
algodão,
por aquela a luz dos
homens,
pela outra a escuridão.
e a paixão que se
*incendeia,
e a viuvez, e a piedade,
e o grande pássaro
branco,
e o grande pássaro
negro
que se olham
*obliquamente,
arrepiados de medo,
todos os risos e choros,
todas as fomes e sedes,
tudo alonga a sua
sombra
nas minhas quatro
paredes.
Oh janelas do meu
quarto,
quem vos pudesse
rasgar!
Com tanta janela aberta
falta-me a luz e o *ar.
*Silêncio:
1.Estado de quem se abstém o
u pára de falar.
Cessação de som ou ruído.
Sossego, quietude, calma.
2. Estado de uma pessoa que
se cala; que se abstém de falar;
recusa-se a falar.
*Incendiar:
1.verbo transitivo
Pôr fogo a; fazer arder. = INFLA
MAR
verbo transitivo e pronominal
Excitar(-se), animar(-
se), entusiasmar(-se).
verbo pronominal
Arder.
2. Lançar; deitar fogo a; fazer
arder; incendiar; queimar.
pela outra a escuridão.
Pela maior entra o
espanto,
pela menor a certeza,
pela da frente a beleza
que inunda de canto a
canto.
Pela quadrada entra a
esperança
de quatro lados iguais,
quatro arestas, quatro
vértices,
quatro pontos
cardeais.
Pela redonda entra o
sonho,
que as vigias são
redondas,
e o sonho afaga e
embala
*Obliqua:
1.substantivo feminino
[Geometria] Linha reta q
ue forma com outra (ou c
om uma superfície) um â
ngulo agudo e outro obtu
so.
Obliquo:
Não perpendicular, não v
ertical. = INCLINADO
Em diagonal. = ENVIES
ADO
[Geometria] Diz-
se do sólido cujo eixo nã
o é perpendicular à base
2..Recta que com outra
ou uma superfície forma
um ângulo agudo ou
obtuso
Ar:
1. Mistura de 78% de
nitrogénio, 21% de
oxigénio, 1% de
argónio e mais outros
gases, como o dióxido
carbónico da atmosfera
terrestre.
símbolo
[Química] Símbolo quími
co do árgon.
substantivo masculino
F1uido que envolve a Ter
ra.
O fluido que respiramos.
2. Fluído gasoso que
envolva terra e compõe a
atmosfera, é necessário
à respiração e à
combustão.
Projecto “Em Sentido Contrário”
Rita Moreira nº 19
e
Salomé Gonçalves nº 21
7º 4ª
Rómulo de Carvalho
Rómulo de Carvalho aos 22
anos
Rómulo Vasco da Gama de Carvalho
nasceu a 24 de novembro de 1906 e foi
professor de química, pedagogo,
investigador de História da ciência em
Portugal, divulgador da ciência, e poeta
sob o pseudónimo de António Gedeão.
Aos 5 anos, Rómulo, escreveu os seus
primeiros poemas mas, quando entrou
para o Liceu Gil Vicente e tomou
contacto, pela primeira vez, com as
ciências, a sua vida mudou.
A Arma secreta
Tenho uma arma secreta
ao serviço das nações.
Não tem carga nem espoleta
mas dispara em linha recta
mais longe que os foguetões
Não é Júpiter, nem Thor,
nem Snark ou outros que tais.
É coisa muito melhor
que todo o vasto teor
dos Cabos Canaverais.
A potência destinada
às rotações da turbina
não vem da nafta queimada,
nem é de água oxigenada
nem de de furalina.
Erecta, na noite erguida,
em alerta permanente,
espera o sinal da partida.
Podia chamar-se .
Chama-se AMOR, simplesmente.
VIDA
A vida é um conceito muito
amplo e admite diversas funções.
Pode-se referir ao processo em
curso do qual os seres vivos são
uma parte; ao espaço tempo
entre a concepção e morte de
um ser vivo.
ergóis
Um ergól , em química, é
o nome genérico das
substâncias que entram
na composição de
misturas usadas na
propulção de mísseis.
Aurora Boreal
Tenho quarenta janelas
nas paredes do meu quarto.
Sem vidros nem bambinelas
posso ver através delas
o mundo em que me reparto.
Por uma entra a luz do Sol,
por outra a luz do luar,
por outra a luz das estrelas
que andam no céu a rolar.
Por esta entra a Via Láctea
como um vapor de algodão,
por aquela a luz dos homens,
pela outra a escuridão.
Pela maior entra o espanto,
pela menor a certeza,
pela da frente a beleza
que inunda de canto a canto.
Pela quadrada entra a esperança
de quatro lados iguais,
quatro arestas, quatro vértices,
quatro pontos cardeais.
Pela redonda entra o sonho,
que as vigias são redondas,
e o sonho afaga e embala
à semelhança das ondas.
branco
Por além entra a tristeza,
por aquela entra a saudade,
e o desejo, e a humildade,
e o silêncio, e a surpresa,
e o amor dos homens, e o tédio,
e o , e a melancolia,
e essa fome sem remédio
a que se chama poesia,
e a inocência, e a bondade,
e a dor própria, e a dor alheia,
e a que se incendeia,
e a viuvez, e a piedade,
e o grande pássaro
e o grande pássaro negro
que se olham obliquamente,
arrepiados de medo,
todos os risos e ,
todas as fomes e sedes,
tudo alonga a sua sombra
nas minhas quatro paredes.
Oh janelas do meu quarto,
quem vos pudesse rasgar!
Com tanta janela aberta
Falta-me a luz e o ar.
medo
O medo é uma sensação que
proporciona um estado de
alerta demonstrado pelo
receio de fazer alguma coisa,
geralmente por se sentir
ameaçado, tanto
fisicamente como
psicologicamente.
paixão
choros
O choro, pranto ou ato de chorar é
um efeito fisiológico dos seres
humanos que consiste na produção
em grande quantidade de lágrimas
dos olhos, geralmente quando estão
em estado emocional alterado.
Branco- O conjunto de
cores forma o espetro
de luz branca, que
pode ser também
denominado espetro
de luz visível
branco
A paixão é um sentimento
muito poderoso, de tal
forma que abala a
individualidade, a
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arrebatadora, é um
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Aurora Boreal e Arma Secreta

  • 1. Trabalho realizado por:  Mário Ramos nº14  Neuza Amaral nº15 Projecto em sentido contrário
  • 2. António Gedeão (Lisboa, 24 de Novembro de 1906 — Lisboa, 19 de Fevereiro de 1997), português, foi um químico, professor de físico-química do ensino secundário no Liceu Pedro Nunes e Liceu Camões, pedagogo, investigador de História da ciência em Portugal, divulgador da ciência, e poeta sob o pseudónimo de António Gedeão. Pedra Filosofal e Lágrima de Preta são dois dos seus mais célebres poemas.
  • 3. Tenho uma arma secreta ao serviço das nações. Não tem carga nem espoleta mas dispara em linha recta mais longe que os foguetões. Não é Júpiter, nem Thor, nem Snark ou outros que tais. É coisa muito melhor que todo o vasto teor dos Cabos Canaverais. A potência destinada às rotações da turbine não vem da nafta queimada, nem é de água oxigenada nem de ergóis de FURALINA. FURALINA. Erecta, na torre erguida, em alerta permanente, espera o sinal da partida. Podia chamar-se VIDA. Chama-se AMOR, simplesmente. Poema Arma Secreta Afinidade temperamental ou psíquica. É uma obra para piano composta.
  • 4. Tenho quarenta janelas nas paredes do meu quarto. Sem vidros nem bambidelas posso ver através delas o mundo em que me reparto. Por uma entra a luz do Sol, por outra a luz do luar, por outra a luz das estrelas que andam no céu a rolar. Por esta entra a Via Láctea como um vapor de algodão, por aquela a luz dos homens, pela outra a escuridão. Pela maior entra o espanto, pela menor a certeza, pela da frente a beleza que inunda de canto a canto. Poema Aurora boreal Pela quadrada entra a esperança de quatro lados iguais, quatro arestas, quatro vértices, quatro pontos cardeais. Pela redonda entra o sonho, que as vigias são redondas e o sonho afaga e embala à semelhança das ondas.
  • 5. Por além entra a tristeza, por aquela entra a saudade e o desejo, e a humildade, e o silêncio, e a surpresa, e o amor dos homens, e o tédio, e o medo, e a MELANCOLIA, e essa fonte sem remédio a que se chama poesia, e a inocência, e a bondade, e a dor própria, e a dor alheia, e a paixão que se incendeia, e a viuvez e a piedade, e o grande pássaro branco, e o grande pássaro negro que se olham obliquamente, arrepiados de medo, todos os RISOS e choros, todas as fomes, e SEDES tudo alonga a sua sombra nas minhas quatro paredes. Continuação do poema Carência de água; necessidade de ingerir líquidos. Expressão de alegria, de satisfação. Psicose caracterizada por depressão intensa, inibição, angústia, insónia, ideias de suicídio, sintomatologia esta que se manifesta por crises.
  • 6.
  • 7.
  • 8. Tenho quarenta janelas nas paredes do meu quarto. Sem vidros nem bambinelas posso ver através delas o mundo em que me reparto. Por uma entra a luz do sol, por outra luz do luar, por outra a luz das estrelas que andam no céu a rolar. Por esta entra a Via Láctea como um vapor de algodão, por aquela a luz dos homens, pela outra a escuridão Pela maior entra o espanto, pela menor certeza, pela da frente a beleza que inunda de canto a canto. Pela quadrada entra a esperança de quatro lados iguais, quatro arestas, quatro vértices, quatro pontos cardeais. Pela redonda entra o sonho, Que as vigias são redonda, E o sonho afaga e embala à semelhança das ondas.
  • 9.  Por alem entra a tristeza Por aquela entra a saudade E o desejo, e a surpresa, E o amor dos homens, e o tédio, E o medo, e a melancolia, E essa fome sem remédio A que se chama poesia E a viuvez, e a piadade E o grande pássaro branco, E o grande pássaro negro Que se olhão obliquamente, Arrepiados de medo, todos os risos e choros, Todas as fomes e sedes, Tudo alonga a sua sombra Nas minhas quatro paredes, Oh janelas do meu quarto, Quem vos pude se rasgar! Com tanta janela aberta Falta me a luz e o mar.
  • 10. Tenho uma arma secreta Ao serviço das nações. Não tem carga nem espoleta Mas dispara em linha reta Mais longe que os foguetões Não é Júpiter, nem Thor, Nem Snark ou outros tais. É coisa muito melhor Que todo o vasto teor Dos cabos canaverais A potencia destinada Ás rotações da turbina Não vem da nafta queimada, Nem é de água oxigenada Nem de ergóis de furalina. Ereta, na noite erguida, Em alerta permanente, Espera o sinal da partida. Podia chamar se VIDA. Chama se AMOR, simplesmente.
  • 11. Potencia- qualidade de potente, força, poder, força aplicada de certo efeito. Tristeza-característica de triste, carater daquilo que incita esse estado Nafta- petróleo bruto estrela.- astro dotado de luz própria, observável sob a forma de um ponto luminoso Negro- ausência de cor Bambinela- cortina franjada para o adormo interior de janelas. Escuridão- particularidade do que é escuro, aquilo que não possui luz foguetões- foguete usado para lançar de salvamento a náufragos ou barcos em perigo. Foguete que produz forte estampido. Luz do luar- o clarão da lua. A claridade que a lua espalha sobre a Terra. Pontos Cardeais- direções geográficas representadas
  • 13. Rómulo Vasco da Gama de Carvalho, mais tarde conhecido por António Gedeão. Foi um escritor, professor, pedagogo, autor de manuais, um poeta nascido a 24 de Novembro de 1906 e falecido a 19 de Fevereiro de 1997. António Gedeão BIOGRAFIA
  • 14. Aurora Boreal Tenho quarenta janelas nas paredes do meu quarto. Sem vidros nem bambinelas posso ver através delas o mundo em que me reparto. Por uma entra a luz do Sol, por outra a luz do luar, por outra a luz das estrelas que andam no céu a rolar. Por esta entra a Via Láctea como um vapor de algodão, por aquela a luz dos homens, pela outra a escuridão. Pela maior entra o espanto, pela menor a certeza, pela da frente a beleza que inunda de canto a canto. Pela quadrada entra a esperança de quatro lados iguais, quatro arestas, quatro vértices, quatro pontos cardeais. Pela redonda entra o sonho, que as vigias são redondas, e o sonho afaga e embala à semelhança das ondas. Por além entra a tristeza, por aquela entra a saudade, e o desejo, e a humildade, e o silêncio, e a surpresa, e o amor dos homens, e o tédio, e o medo, e a melancolia, e essa fome sem remédio a que se chama poesia, e a inocência, e a bondade, e a dor própria, e a dor alheia, e a paixão que se incendeia, e a viuvez, e a piedade, e o grande pássaro branco, e o grande pássaro negro que se olham obliquamente, arrepiados de medo, todos os risos e choros, todas as fomes e sedes, tudo alonga a sua sombra nas minhas quatro paredes. Oh janelas do meu quarto, quem vos pudesse rasgar! Com tanta janela aberta falta-me a luz e o ar. Vértices S.M sumidade ; ápice ; cume; pináculo;ponto culminante;ponto mais alto;atingir o vérticede uma montanha é mais fácil que atingir o vértice da glória;o mesmo que vértex. Ondas S.F (do lat. Unda) porção de água do mar, lago ou rio que se eleva e desloca. Deprimi e eleva a superfície.
  • 15. Tenho uma arma secreta ao serviço das nações. Não tem carga nem espoleta mas dispara em linha recta mais longe que os foguetões. Não é Júpiter, nem Thor, nem Snark ou outros que tais. É coisa muito melhor que todo o vasto teor dos Cabos Canaverais. A potência destinada às rotações da turbina não vem da nafta queimada, nem é de água oxigenada nem de ergóis de furalina. Erecta, na noite erguida, em alerta permanente, espera o sinal da partida. Podia chamar-se VIDA. Chama-se AMOR, simplesmente. Snark (snide coments): sarcasm Combinação de “falso” e “observação”. Comentário sarcástico (s). Também sarcástico (adjectivo) e snarkily (advérbio) Arma Secreta Arma S.F ( do lat. Arma) Instrumento ofensivo ou defensivo. Distintivo de nobreza Classe de tropa qualquer instrumento aparelho/objecto próprio para fins bélicos Recurso; meio; expediente
  • 16. PROJETO EM SENTIDO CONTRÁRIO André Inácio Eduardo Estêvão 7º4º
  • 17. Arma Secreta Tenho uma arma secreta ao serviço das nações. Não tem carga nem mas dispara em linha recta mais longe que os foguetões. Não é Júpiter, nem Thor, nem Snark ou outros que tais. É coisa muito melhor que todo o vasto dos Cabos Canaverais. A potência destinada às rotações da turbina não vem da nafta queimada, nem é de água oxigenada nem de ergóis de furalina. Erecta, na noite erguida, em alerta permanente, espera o sinal da partida. Podia chamar-se VIDA. Chama-se AMOR, simplesmenteteor Texto Mineral. O que uma mistura, liga ou contém um corpo ou outro minerado espoleta Explosivo feito de pólvora e usado em armas de brinquedo , geralmente,um anel ou plástico com pequenos recipientes coberto de pólvora
  • 18. Aurora Boreal Tenho quarenta janelas nas paredes do meu quarto. Sem vidros nem bambinelas posso ver através delas o mundo em que me reparto. Por uma entra a luz do Sol, por outra a luz do luar, por outra a luz das estrelas que andam no céu a rolar. Por esta entra a Via Láctea como um vapor de algodão, por aquela a luz dos homens, pela outra a escuridão. Pela maior entra o espanto, pela menor a certeza, pela da frente a beleza que inunda de canto a canto. Pela quadrada entra a esperança de quatro lados iguais, quatro arestas, quatro vértices, quatro pontos cardeais. Pela redonda entra o sonho, que as vigias são redondas, e o sonho afaga e embala à semelhança das ondas. É um fenómeno luminoso que acontece no pólo norte , a Aurora ocorre quando a particulas estão carregadas eletricamente
  • 19. Aurora Boreal(continuação) Por além entra a tristeza, por aquela entra a saudade, e o desejo, e a humildade, e o silêncio, e a surpresa, e o amor dos homens, e o tédio, e o medo, e a melancolia, e essa fome sem remédio a que se chama poesia, e a inocência, e a bondade, e a dor própria, e a dor alheia, e a paixão que se incendeia, e a viuvez, e a piedade, e o grande pássaro branco, e o grande pássaro negro que se olham obliquamente, arrepiados de medo, todos os risos e choros, todas as fomes e sedes, tudo alonga a sua sombra nas minhas quatro paredes. Oh janelas do meu quarto, quem vos pudesse rasgar! Com tanta janela aberta falta-me a luz e o ar.
  • 20. Trabalho realizado por : Bruno Ferreira Nº 3 Gonçalo Garcia Nº 7 PROJETO “EM SENTIDO CONTRÁRIO”
  • 21. O maior dos planetas do sistema solar , que gira entre marte e saturno Arma Secreta Tenho uma arma secreta ao serviço das nações. Não tem carga nem espoleta mas dispara em linha recta mais longe que os foguetões. Não é Júpiter, nem Thor, nem Snark ou outros que tais. É coisa muito melhor que todo o vasto teor dos Cabos Canaverais. A potência destinada às rotações da turbina não vem da nafta queimada, nem é de água oxigenada nem de ergóis de furalina. Erecta, na noite erguida, em alerta permanente, espera o sinal da partida. Podia chamar-se VIDA. Chama-se AMOR, simplesmente.
  • 22. conjunto de espaços , corpos e seres , que a vista humana pode abranger é o estado gasoso tornando por uma substancia cuja a forma é sólida ou liquida , gas Animal racional e mamífero, que pela sua inteligência, pelo dom da palavra e pela história, se distingue dos outros seres organizados, ocupando entre eles o primeiro lugar. Aurora Boreal Tenho quarenta janelas nas paredes do meu quarto. Sem vidros nem bambinelas posso ver através delas o mundo em que me reparto. Por uma entra a luz do Sol, por outra a luz do luar, por outra a luz das estrelas que andam no céu a rolar. Por esta entra a Via Láctea como um vapor de algodão, por aquela a luz dos homens, pela outra a escuridão. Pela maior entra o espanto, pela menor a certeza, pela da frente a beleza que inunda de canto a canto. Pela quadrada entra a esperança de quatro lados iguais, quatro arestas, quatro vértices, quatro pontos cardeais. Pela redonda entra o sonho, que as vigias são redondas, e o sonho afaga e embala à semelhança das ondas.
  • 23. Trabalho realizado por: Isa Rodrigues nº10 Daniel Correia nº4
  • 24. António Gedeão, (Rómulo Vasco da Gama de Carvalho), nasceu em Lisboa em 1906. Com 5 anos escreveu os seus primeiros poemas e aos 10 decidiu completar "Os Lusíadas" de Camões. Entrou para o liceu Gil Vicente, onde tomou contacto com as ciências e foi aí que despertou nele um novo interesse. Em 1931 licenciou se em Ciências Físico Químicas pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e em 1932 concluiu o curso de Ciências Pedagógicas.
  • 25. Tenho uma arma secreta ao serviço das nações. Não tem carga nem espoleta mas dispara em linha recta mais longe que os foguetões. Não é Júpiter, nem Thor, nem Snark ou outros que tais. É coisa muito melhor que todo o vasto teor Dos Cabos Canaveiras. A potência destinada às rotações da turbina não vem da nafta queimada, nem é de água oxigenada nem de ergóis de furalina. Erecta, na noite erguida, em alerta permanente, espera o sinal da partida. Podia chamar-se VIDA. Chama-se AMOR, simplesmente. Cabo Canaveral (originalmente em castelhano Cabo Canaveral, ou seja, Cabo Canavial) é uma faixa de terra dos Estados Unidos de uma região denominada Brevard, situada na parte costeira oriental, próximo ao seu centro, no estado da Flórida. Faz parte de uma região conhecida como Space Coast, pois lá se situam o Centro Espacial Kennedy (Kennedy Space Center) e uma Base da Força Aérea (Cape Canaveral Air Force Station). O peróxido de hidrogénio que, em solução aquosa é conhecido comercialmente como água oxigenada , é um líquido claro de formula química H2O2. Foi descrito a primeira vez por Louis Jacques Thénard, numa reacção de peróxido de bário com ácido nítrico. Trata-se de um liquido viscoso e poderoso oxidável. É incoloro a temperatura ambiente e presenta característico sabor amargo. Quantidades pequenas de peróxido de hidrogénio gasoso ocorrem naturalmente no ar.
  • 26.  Beija-flor: Beija-flor, também conhecido com colibri , cuitelo, chupa-flor, pica-flor, chupa-mel, é uma é uma ave da família Trochilidae e inclui 108 géneros. Existem 322 espécies conhecidas. No Brasil, alguns géneros recebem outros nomes, como os rabos-brancos do género Phaethornis ou os bicos-retos do género.  Segunda-feira: A palavra é originária do latim, Lunedì que significa "segunda feira", e de mesma acepção existe em galego (segunda feira) , mirandês (segunda) e tétum (loron-segunda).
  • 27.  O saca-rolhas simples possui uma espiral de metal que penetra na rolha e uma pega onde a mão imprime um movimento circular ao instrumento. Este movimento permite a penetração da espiral na rolha; esta é retirada do gargalo da garrafa puxando o saca-rolhas, ficando a rolha presa à parte espiralada.  Segunda-feira: A palavra é originária do latim Secunda Feria, que significa "segunda feira", e de mesma acepção existe em galego (segunda feira)3 , mirandês (segunda) e tétum (loron-segunda).  Povos pagãos antigos reverenciavam seus deuses dedicando este dia ao astro Lua o que originou outras denominações, em espanhol diz- se lunes e no italiano lunedì, com o significado de Lua e dia da Lua. Outros povos reverenciavam deuses mitológicos, em inglês diz-se monday e em alemão montag, que significam dia da Lua.  Na cultura popular, é considerado o dia mais "aborrecido" da semana pois é o primeiro dia de trabalho após o fim de semana. O Garfield, por exemplo, odeia as segundas- feiras.
  • 29. António Gedeão Estudou no liceu Gil vicente e tirou o curso de ciências nessa altura já escrevia poemas mas não os publicou até 1950 quando ganhou um concurso de literatura. Entre as suas obras estão “maquina de fogo” e “obra poética”
  • 30. Arma secreta Tenho uma arma secreta ao serviço das nações. Não tem carga nem espoleta mas dispara em linha recta mais longe que os foguetões. Não é Júpiter, nem , nem Snark ou outros que tais. É coisa muito melhor que todo o vasto teor dos Cabos Canaverais. A potência destinada às rotações da turbina não vem da nafta queimada, nem é de água oxigenada nem de ergóis de furalina. Erecta, na noite erguida, em alerta permanente, espera o sinal da partida. Podia chamar-se VIDA. Chama-se AMOR, simplesmente. Thor Deus do trovão na mitologia nórdica
  • 31. Aurora Boreal Tenho quarenta janelas nas paredes do meu quarto. Sem vidros nem bambinelas posso ver através delas o mundo em que me reparto. Por uma entra a luz do Sol, por outra a luz do luar, por outra a luz das estrelas que andam no céu a rolar. Por esta entra como um vapor de algodão, por aquela a luz dos homens, pela outra a escuridão. Pela maior entra o espanto, pela menor a certeza, pela da frente a beleza que inunda de canto a canto. Pela quadrada entra a esperança de quatro lados iguais, quatro , quatro vértices, quatro pontos cardeais. Pela redonda entra o sonho, que as são redondas, e o sonho afaga e embala à semelhança das ondas. Por além entra a tristeza, por aquela entra a saudade, e o desejo, e a humildade, e o silêncio, e a surpresa, e o amor dos homens, e o tédio, e o medo, e a melancolia, e essa fome sem remédio a que se chama poesia, e a inocência, e a bondade, e a dor própria, e a dor alheia, e a paixão que se incendeia, e a viuvez, e a piedade, e o grande pássaro branco, e o grande pássaro negro que se olham obliquamente, arrepiados de medo, todos os risos e choros, todas as fomes e sedes, tudo alonga a sua sombra nas minhas quatro paredes. Oh janelas do meu quarto, quem vos pudesse rasgar! Com tanta janela aberta falta-me a luz e o ar. Via Láctea arestas vigias Larga faixa esbranquiçada , formada por uma infinidade de estrelas reta comum ás duas faces de um diedro espécie de janela redonda por onde entra a luz nos camarotes dos navios
  • 32. Projecto Em Sentido Contrário  Trabalho Realizado Por:  Vasco Bizarro Nº22  Maria Correia Nº13 António Gedeão
  • 33. Biografia De António Gedeão António Gedeão é o pseudónimo de Rómulo Vasco da Gama de Carvalho, professor, pedagogo, autor de manuais, divulgador científico e poeta nascido a 24 de Novembro de 1906, em Lisboa. Apesar de ter cursado Ciências Físico-Químicas no Porto e de ter lecionado e publicado livros nesta área e na de história da ciência, Rómulo de Carvalho ficou tão conhecido por esse nome, enquanto homem da ciência, como pelo de António Gedeão, enquanto homem de Letras e poeta. Na verdade, um e outro nunca se dissociaram muito já que a sua poesia, e essa é uma das suas singularidades, revela toda uma imagística associada ao mundo da ciência, sobretudo no que se refere ao vocabulário, mas também ao olhar analítico do cientista sobre a realidade circundante.
  • 34. Biografia De António Gedeão (Continuação) Movimento Perpétuo foi a sua primeira obra publicada, em 1956, embora António Gedeão escrevesse desde novo. Seguiram- se Teatro do Mundo, em 1958, Máquina de Fogo, em 1961, Poesias Completas, em 1964, que reúne toda a obra até então editada e que conta com um estudo aprofundado de Jorge de Sena, Linhas de Força, em 1967, Poemas Póstumos, em 1983, e Novos Poemas Póstumos, em 1990.
  • 35. A Arma Secreta Tenho uma arma secreta ao serviço das nações. Não tem carga nem espoleta mas dispara em linha recta mais longe que os foguetões. Não é Júpiter, nem Thor, nem Snark ou outros que tais. É coisa muito melhor que todo o vasto teor dos Cabos Canaverais. *água- 1.Líquido natural, transparente, incolor, geralmente insípido e inodo ro, indispensável para a sobrevivên cia da maior parte dos seres vivos. Substância química formada por dois átomos de hidrogénio e um de oxigénio. É encontrado no estado líquido a temperatura ambiente. Sua fórmula molecular é H2O. Na natureza, pode ser encontrada nos estados físicos sólido, líquido e gasoso. Esse líquido como recurso natural que cobre cerca de 70% da superfí cie terrestre. 2. Liquido transparente; inodoro e sem sabor; essencial à vida. A potência destinada às rotações da turbina não vem da nafta queimada, nem é de *água oxigenada nem de ergóis de furalina. Erecta, na noite erguida, em alerta permanente, espera o sinal da partida. Podia chamar-se VIDA. Chama-se AMOR, simplesmente.
  • 36. Aurora BorealTenho quarenta janelas nas paredes do meu quarto. Sem vidros nem bambinelas posso ver através delas o mundo em que me reparto. Por uma entra a luz do Sol, por outra a luz do luar, por outra a luz das estrelas que andam no céu a rolar. Por esta entra a Via Láctea como um vapor de algodão, por aquela a luz dos homens, pela outra a escuridão. e a paixão que se *incendeia, e a viuvez, e a piedade, e o grande pássaro branco, e o grande pássaro negro que se olham *obliquamente, arrepiados de medo, todos os risos e choros, todas as fomes e sedes, tudo alonga a sua sombra nas minhas quatro paredes. Oh janelas do meu quarto, quem vos pudesse rasgar! Com tanta janela aberta falta-me a luz e o *ar. *Silêncio: 1.Estado de quem se abstém o u pára de falar. Cessação de som ou ruído. Sossego, quietude, calma. 2. Estado de uma pessoa que se cala; que se abstém de falar; recusa-se a falar. *Incendiar: 1.verbo transitivo Pôr fogo a; fazer arder. = INFLA MAR verbo transitivo e pronominal Excitar(-se), animar(- se), entusiasmar(-se). verbo pronominal Arder. 2. Lançar; deitar fogo a; fazer arder; incendiar; queimar. pela outra a escuridão. Pela maior entra o espanto, pela menor a certeza, pela da frente a beleza que inunda de canto a canto. Pela quadrada entra a esperança de quatro lados iguais, quatro arestas, quatro vértices, quatro pontos cardeais. Pela redonda entra o sonho, que as vigias são redondas, e o sonho afaga e embala *Obliqua: 1.substantivo feminino [Geometria] Linha reta q ue forma com outra (ou c om uma superfície) um â ngulo agudo e outro obtu so. Obliquo: Não perpendicular, não v ertical. = INCLINADO Em diagonal. = ENVIES ADO [Geometria] Diz- se do sólido cujo eixo nã o é perpendicular à base 2..Recta que com outra ou uma superfície forma um ângulo agudo ou obtuso Ar: 1. Mistura de 78% de nitrogénio, 21% de oxigénio, 1% de argónio e mais outros gases, como o dióxido carbónico da atmosfera terrestre. símbolo [Química] Símbolo quími co do árgon. substantivo masculino F1uido que envolve a Ter ra. O fluido que respiramos. 2. Fluído gasoso que envolva terra e compõe a atmosfera, é necessário à respiração e à combustão.
  • 37. Projecto “Em Sentido Contrário” Rita Moreira nº 19 e Salomé Gonçalves nº 21 7º 4ª
  • 38. Rómulo de Carvalho Rómulo de Carvalho aos 22 anos Rómulo Vasco da Gama de Carvalho nasceu a 24 de novembro de 1906 e foi professor de química, pedagogo, investigador de História da ciência em Portugal, divulgador da ciência, e poeta sob o pseudónimo de António Gedeão. Aos 5 anos, Rómulo, escreveu os seus primeiros poemas mas, quando entrou para o Liceu Gil Vicente e tomou contacto, pela primeira vez, com as ciências, a sua vida mudou.
  • 39. A Arma secreta Tenho uma arma secreta ao serviço das nações. Não tem carga nem espoleta mas dispara em linha recta mais longe que os foguetões Não é Júpiter, nem Thor, nem Snark ou outros que tais. É coisa muito melhor que todo o vasto teor dos Cabos Canaverais. A potência destinada às rotações da turbina não vem da nafta queimada, nem é de água oxigenada nem de de furalina. Erecta, na noite erguida, em alerta permanente, espera o sinal da partida. Podia chamar-se . Chama-se AMOR, simplesmente. VIDA A vida é um conceito muito amplo e admite diversas funções. Pode-se referir ao processo em curso do qual os seres vivos são uma parte; ao espaço tempo entre a concepção e morte de um ser vivo. ergóis Um ergól , em química, é o nome genérico das substâncias que entram na composição de misturas usadas na propulção de mísseis.
  • 40. Aurora Boreal Tenho quarenta janelas nas paredes do meu quarto. Sem vidros nem bambinelas posso ver através delas o mundo em que me reparto. Por uma entra a luz do Sol, por outra a luz do luar, por outra a luz das estrelas que andam no céu a rolar. Por esta entra a Via Láctea como um vapor de algodão, por aquela a luz dos homens, pela outra a escuridão. Pela maior entra o espanto, pela menor a certeza, pela da frente a beleza que inunda de canto a canto. Pela quadrada entra a esperança de quatro lados iguais, quatro arestas, quatro vértices, quatro pontos cardeais. Pela redonda entra o sonho, que as vigias são redondas, e o sonho afaga e embala à semelhança das ondas.
  • 41. branco Por além entra a tristeza, por aquela entra a saudade, e o desejo, e a humildade, e o silêncio, e a surpresa, e o amor dos homens, e o tédio, e o , e a melancolia, e essa fome sem remédio a que se chama poesia, e a inocência, e a bondade, e a dor própria, e a dor alheia, e a que se incendeia, e a viuvez, e a piedade, e o grande pássaro e o grande pássaro negro que se olham obliquamente, arrepiados de medo, todos os risos e , todas as fomes e sedes, tudo alonga a sua sombra nas minhas quatro paredes. Oh janelas do meu quarto, quem vos pudesse rasgar! Com tanta janela aberta Falta-me a luz e o ar. medo O medo é uma sensação que proporciona um estado de alerta demonstrado pelo receio de fazer alguma coisa, geralmente por se sentir ameaçado, tanto fisicamente como psicologicamente. paixão choros O choro, pranto ou ato de chorar é um efeito fisiológico dos seres humanos que consiste na produção em grande quantidade de lágrimas dos olhos, geralmente quando estão em estado emocional alterado. Branco- O conjunto de cores forma o espetro de luz branca, que pode ser também denominado espetro de luz visível branco A paixão é um sentimento muito poderoso, de tal forma que abala a individualidade, a identidade e o poder de raciocínio do indivíduo. Apesar de intensa e arrebatadora, é um sentimento passageiro.