2. Biografia de António Gedeão
António Gedeão nasceu em Lisboa em
1906. Aos 5 anos escreveu os seus
primeiros poemas. Estudou no liceu Gil
Vicente. Em 1931 licenciou se em Ciências
Físico Químicas pela Faculdade de
Ciências da Universidade do Porto e em
1932 concluiu o curso de Ciências
Pedagógicas
na Faculdade de Letras do Porto.
Durante 40 anos foi professor e
pedagogo. Publicou, aos 50 anos, o
primeiro livro de poemas "Movimento
Perpétuo.” António Gedeão morreu em
1997.
3. Poema "Aurora Boreal"
Tenho quarenta janelas, nas
paredes do meu quarto, sem
vidros nem bambinelas, posso ver
através delas, o mundo em que me
reparto. Por uma entra a luz do sol,
por outra a luz do luar, por outra a
luz das estrelas, que andam no céu
a rolar. Por esta entra a via láctea,
como um vapor de algodão, por
aquela a luz dos homens, pela a
outra a escuridão. Pela maior entra
o espanto, pela menor a certeza,
pela da frente a beleza, que inunda
de canto a canto. Pela quadrada
entra a esperança, de quatro lados
iguais, quatro arestas, quatro
vértices, quatro pontos cardeais.
Pela redonda entra o sonho, que as
vigias são redondas, e o sonho afaga
e embala, á semelhança das ondas.
Filamentos vegetais
que envolvem a semente
do algodoeiro.
Tecido: uma camisa de
algodão.
Cuja forma é tal que todas
as linhas tiradas do centro
ou eixo central para a
circunferência são iguais
(ex: figura redonda).
Esférico; circular;
cilíndrico.
4. Continuação do poema
Por além entra a tristeza, por aquela
entra a saudade, e o desejo, e a
humildade, e o silêncio, e a surpresa.
E o amor dos homens, e o tédio, e o
medo, e a melancolia, e essa fome
sem remédio, a que se chama poesia.
E a inocência, e a bondade, e a dor
própria, e a dor alheia, e a paixão que
se incendeia, e a viuvez, e a piedade.
E o grande pássaro branco, e o
grande pássaro negro, que se olham
obliquamente, arrepiados de medo.
Todos os risos e choros, todas as
fomes e sedes, tudo alonga a sua
sombra, nas minhas quatro paredes.
Oh janelas do meu quarto, quem vos
pudesse rasgar, com tanta janela
aberta, falta-me a luz e o ar.
Grande apetite de
comer; urgência de
alimento. Necessidade
de comer: ter fome.
necessidade ou
vontade de beber.
falta de humidade
ou de água =
secura.
6. Rómulo Vasco da Gama de Carvalho ( Lisboa, 24 de Novembro de 1906 – Lisboa,19 de Fevereiro de
1997), português, foi um químico, professor de físico-química do ensino secundário no Liceu Camões,
pedagogo , investigador de História de ciência, e poeta sob o pseudónimo de António Gedeão. Pedra
Filosofal e Lágrima de Preta são dois dos seus mais célebres poemas.
A data do seu nascimento foi adoptada em Portugal, em 1996, como Dia Nacional da cultura
científica.
7. Tenho quarenta janelas
nas paredes do meu quarto.
Sem vidros nem bambinelas
posso ver através delas
o mundo em que me reparto.
Por uma entra a luz do Sol,
por outra a luz do luar,
por outra a luz das estrelas
que andam no céu a rolar.
Por esta entra a Via Láctea
como um vapor de algodão,
por aquela a luz dos homens,
pela outra a escuridão.
Pela maior entra o espanto,
pela menor a certeza,
pela da frente a beleza
que inunda de canto a canto.
Pela quadrada entra a esperança
de quatro lados iguais,
quatro arestas, quatro vértices,
quatro pontos cardeais.
Pela redonda entra o sonho,
que as vigias são redondas,
e o sonho afaga e embala
à semelhança das ondas.
Por além entra a tristeza,
por aquela entra a saudade,
e o desejo, e a humildade,
e o silêncio, e a surpresa,
e o amor dos homens, e o tédio,
e o medo, e a melancolia,
e essa fome sem remédio
a que se chama poesia,
e a inocência, e a bondade,
e a dor própria, e a dor alheia,
e a paixão que se incendeia,
e a viuvez, e a piedade,
e o grande pássaro branco,
e o grande pássaro negro
que se olham obliquamente,
arrepiados de medo,
todos os risos e choros,
todas as fomes e sedes,
tudo alonga a sua sombra
nas minhas quatro paredes.
Oh janelas do meu quarto,
quem vos pudesse rasgar!
Com tanta janela aberta
falta-me a luz e o ar.
Corpo sólido e
frágil cortinados Mágoa
Sensação
emocional ou
psicológica.
9. António Gedeão nasceu em Lisboa em 1906. Em
Criança precoce, aos 5 anos escreveu os seus
primeiros poemas e aos 10 decidiu completar "Os
Lusíadas" de Camões entrou para o liceu Gil
Vicente, tomou contacto com as ciências e foi aí que
despertou nele um novo interesse.
Em 1931 licenciou se em Ciências Físico Químicas
durante 40 anos foi professor e pedagogo.
10. A partir de 1946, concentrou durante
muitos anos, os seus esforços no ensino,
dedicando se, inclusive, à elaboração de
compêndios escolares, inovadores pelo
grafismo e forma de abordar matérias tão
complexas como a física e a química.
chegou às 21h30m do dia 19 de Fevereiro,
na Unidade de Cuidados Intensivos do
Hospital de St. Maria em Lisboa. já tinha
chegado há algum tempo com a publicação
de "Poemas Póstumos" e de "Novos
Poemas Póstumos". Morrendo com 90
anos com a mesma lucidez que sempre
tivera em toda a vida.
11. Tenho quarenta janelas
nas paredes do meu quarto.
Sem vidros nem bambinelas
posso ver através delas
o mundo em que me
reparto.
Por uma entra a luz do Sol,
por outra a luz do luar,
por outra a luz das estrelas
que andam no céu a rolar.
Poemas de António Gedeão- “Aurora Boreal”
12. Por esta entra a Via Láctea
como um vapor de algodão,
por aquela a luz dos
homens,
pela outra a escuridão.
Pela maior entra o espanto,
pela menor a certeza,
pela da frente a beleza
que inunda de canto a canto.
13. Pela quadrada entra a
esperança
de quatro lados
iguais,
quatro arestas, quatro
vértices,
quatro pontos
cardeais.
Pela redonda entra o sonho,
que as vigias são redondas,
e o sonho afaga e embala
à semelhança das ondas.
14. Por além entra a tristeza,
por aquela entra a saudade,
e o desejo, e a humildade,
e o silêncio, e a surpresa.
e o amor dos homens, e o tédio,
e o medo, e a melancolia,
e essa fome sem remédio
a que se chama poesia.
15. e a inocência, e a bondade,
e a dor própria, e a dor
alheia,
e a paixão que se incendeia,
e a viuvez, e a piedade.
e o grande pássaro branco,
e o grande pássaro negro
que se olham obliquamente,
arrepiados de medo.
Pegar fogo a uma coisa que está
originalmente a arder.
Causar um incêndio de maneira
provocada ou acidental.
16. todos os risos e
choros,
todas as fomes e
sedes,
tudo alonga a sua
sombra
nas minhas quatro
paredes.
Oh janelas do meu
quarto,
quem vos pudesse
rasgar!
Com tanta janela
aberta
falta-me a luz e o ar.
18. BIOGRAFIA
António Gedeão, (Rómulo Vasco da Gama de
Carvalho), nasceu em 1906. Aos seus 5 anos escreveu
os seus primeiros poemas e aos 10 decidiu completar
"Os Lusíadas" de Camões. A par desta inclinação para
as letras, ao entrar para o liceu Gil Vicente, tomou
contacto com as ciências e foi aí que despertou nele
um novo interesse. Em 1931 licenciou se em Ciências
Físico Químicas pela Faculdade de Ciências da
Universidade do Porto e em 1932 conclui o curso de
Ciências Pedagógicas. Na Faculdade de Letras do
Porto, prenunciando assim qual seria a sua actividade
principal daí para a frente e durante 40 anos:
professor e pedagogo. Quando completou 90 anos de
idade, a sua vida foi alvo de uma homenagem a nível
nacional. O professor, investigador, pedagogo e
historiador da ciência, bem como o poeta, foi
reconhecido publicamente por personalidades da
política, da ciência, das letras e da música. Faleceu
em 1997.
19. AURORA BOREAL
Tenho quarenta janelas
nas paredes do meu quarto.
Sem vidros nem bambinelas
posso ver através delas
o mundo em que me reparto.
Por uma entra a luz do Sol,
por outra a luz do luar,
por outra a luz das estrelas
que andam no céu a rolar.
Por esta entra a Via Láctea
como um vapor de algodão,
por aquela a luz dos homens,
pela outra a escuridão.
Pela maior entra o espanto,
pela menor a certeza,
pela da frente a beleza
que inunda de canto a canto.
Pela quadrada entra a esperança
de quatro lados iguais,
quatro arestas, quatro vértices,
quatro pontos cardeais.
Pela redonda entra o sonho,
que as vigias são redondas,
e o sonho afaga e embala
à semelhança das ondas.
Por além entra a tristeza,
por aquela entra a saudade,
e o desejo, e a humildade,
e o silêncio, e a surpresa.
E o amor dos homens, e o tédio,
e o medo, e a melancolia,
e essa fome sem remédio
a que se chama poesia.
E a inocência, e a bondade,
e a dor própria, e a dor alheia,
e a paixão que se incendeia,
e a viuvez, e a piedade.
E o grande pássaro branco,
e o grande pássaro negro
que se olham obliquamente,
arrepiados de medo.
Todos os risos e choros,
todas as fomes e sedes,
tudo alonga a sua sombra
nas minhas quatro paredes.
Oh janelas do meu quarto,
quem vos pudesse rasgar!
Com tanta janela aberta
falta-me a luz e o ar.
20. Mundo: é um termo utilizado em diversos contextos como sinónimo de planeta Terra ou mesmo para
quaisquer outros corpos celestes assemelhados aos planetas, especialmente os rochosos. O termo
carrega consigo ainda um ponto de vista humano, como um lugar que é ou que poderia ser habitado por
seres humanos. Frequentemente é usado para querer dizer a soma de experiência humana na história, ou
a 'condição humana' em geral. Especialmente num contexto metafísico, também pode referir a tudo que
compõe a realidade, o universo.
Ondas: em física, uma onda é uma perturbação oscilante de alguma grandeza física
no espaço e periódica no tempo. A oscilação espacial é caracterizada pelo comprimento
de onda e o tempo decorrido para uma oscilação é medido pelo período da onda, que é
o inverso da sua frequência. Estas duas grandezas estão relacionadas pela velocidade
de propagação da onda.
21. Pássaro: São aves. Geralmente são de pequenas dimensões,
canoras, com alimentação baseada em sementes, frutos e
pequenos invertebrados.
Olhar: O olhar é a observação visual que é feita de alguma coisa. O olhar significa,
também, uma expressão de quem faz, e assim fala, parece frio e distante, ou parece que
expressa raiva, tristeza, dor, e outros olhares de amor, de proteção ou de consolo. O olhar
é a janela do nosso corpo que nos permite ver o nosso interior. Ele reflete os nossos
sentimentos e emoções, juntamente com gestos, também é dar aos outros a maneira de
descobrir o que nos acontece, embora não expressamos verbalmente.
23. BiografiaRómulo Vasco da Gama de Carvalho (Lisboa, 24 de Novembro de 1906 — Lisboa, 19 de Fevereiro de 1997), português, foi um
químico, professor de físico-química do ensino secundário no Liceu Pedro Nunes e Liceu Camões, pedagogo, investigador de
História da ciência em Portugal, divulgador da ciência, e poeta sob o pseudónimo de António Gedeão. Pedra Filosofal e
Lágrima de Preta são dois dos seus mais célebres poemas.
Académico efectivo da Academia das Ciências de Lisboa e Director do Museu Maynense da Academia das Ciências de Lisboa.
A data do seu nascimento foi adoptada em Portugal, em 1996, como Dia Nacional da Cultura Científica.1
Teve dois filhos, Frederico de Carvalho, também formado em Ciências, e Cristina Carvalho, escritora (esta última do seu
segundo matrimónio, com a escritora Natália Nunes).
Jaz no Jazigo dos Escritores Portugueses, no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa, junto com vultos notáveis das letras
portuguesas como José Cardoso Pires ou Fernando Namora.
24. e o grande pássaro branco,
e o grande pássaro negro
que se olham obliquamente,
arrepiados de medo,
todos os risos e choros,
todas as fomes e sedes,
tudo alonga a sua sombra
nas minhas quatro paredes.
Oh janelas do meu quarto,
quem vos pudesse rasgar!
Com tanta janela aberta
falta-me a luz e o ar.
Tenho quarenta janelas
nas paredes do meu quarto.
Sem vidros nem bambinelas
posso ver através delas
o mundo em que me reparto.
Por uma entra a luz do Sol,
por outra a luz do luar,
por outra a luz das estrelas
que andam no céu a rolar.
Por esta entra a Via Láctea
como um vapor de algodão,
por aquela a luz dos homens,
pela outra a escuridão.
Pela maior entra o espanto,
pela menor a certeza,
pela da frente a beleza
que inunda de canto a canto.
Pela quadrada entra a esperança
de quatro lados iguais,
quatro arestas, quatro vértices,
quatro pontos cardeais.
Pela redonda entra o
que as vigias são redondas,
e o sonho afaga e embala
à semelhança das ondas.
Por além entra a tristeza,
por aquela entra a saudade,
e o desejo, e a humildade,
e o silêncio, e a surpresa,
e o amor dos homens, e o tédio,
e o medo, e a melancolia,
e essa fome sem remédio
a que se chama poesia
e a inocência, e a bondade,
e a dor própria, e a dor alheia,
e a que se incendeia,
e a viuvez, e a piedade,
paixão
sonho
Aurora Boreal
25. Palavras
O sonho é uma experiência que possui significados distintos se for ampliado um debate que envolva religião, ciência e cultura. Para a ciência,
é uma experiência de imaginação do inconsciente durante nosso período de sono. Os sonhos nocturnos são gerados, na busca pela realização
de um desejo reprimido. Recentemente, descobriu-se que até os bebes no útero têm sono (movimentos rápidos dos olhos) e sonham, mas
não se sabe com o quê. Em diversas tradições culturais e religiosas, o sonho aparece revestido de poderes premonitórios ou até mesmo de
uma expansão da consciência.
Sonho
Paixão
A paixão é emoção de ampliação quase patológica . O acometido de paixão perde a sua invalidade em função do fascínio que o
outro exerce sobre ele , é tipicamente um sentimento doloroso e patológico , porque o individuo perde parcialmente a sua
individualidade , a sua identidade e o seu poder de raciocínio .
26. Céu é o nome pelo qual se conhece o panorama obtido a partir da Terra ou da superfície de outro astro celeste qualquer quando se olha para o universo que os rodeia.
O panorama obtido pode mostrar-se significativamente influenciado pela presença ou não de atmosfera ao redor do astro no qual situa-se o observador.
Em ausência de atmosfera o céu mostra-se negro, e nele destacam-se nitidamente as estrelas e demais astros. Em presença de atmosfera, durante o dia, o céu
terrestre mostra-se azulado, e a dispersão da luz estabelece intensidade média de luz que normalmente ofusca os demais astros celestes à exceção do sol e da lua,
não sendo aqueles visíveis no céu durante o dia, portanto. O céu noturno assemelha-se bem ao que espera-se encontrar nos casos onde há ausência de atmosfera.
Nuvens e outros elementos climáticos também afetam o céu, determinando por vezes belos panoramas. As auroras constituem outro exemplo entre os fenômeno
atmosférico que podem influenciar diretamente o céu, não obstante fazendo-o de forma a embelezá-lo . Céu refere-se também ao espaço de dimensões.
Ar é composto principalmente de nitrogênio, oxigênio e argônio, que juntos constituem a maior parte dos gases da atmosfera. Os
demais gases incluem1 gases de efeito estufa como vapor de água, dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e ozônio. Ar filtrado
contém traços de vários outros compostos químicos. Muitas substâncias naturais devem estar presentes em pequenas quantidades
em uma amostra de ar não filtrada, incluindo poeira, pólen e esporos, cinzas vulcânicas, compostos de flúor, mercúrio metálico e
compostos de enxofre como dióxido de enxofre.