2. Nome completo: Aristides de Sousa Mendes do Amaral e Abranches
Nascimento: 19 de julho de 1885
Cabanas de Viriato, Carregal do Sal, Portugal
Morte: 3 de abril de 1954 (68 anos)
Lisboa, Portugal
Conhecido por conceder milhares de vistos e salvar a
vida a mais de 30 000 refugiados, opositores ao
nazismos e judeus que buscavam escapar do terror
nazi durante a Segunda Guerra Mundial.
3. • A 18 de fevereiro de 1909, casou - se com a sua prima, Maria
Angelina de Abranches Coelho de Sousa Mendes, e tiveram catorze
filhos.
• Aristides de Sousa Mendes era filho de José de Sousa Mendes e de Maria Angelina de
Abranches Abreu Castelo - Branco.
• Pertencia a uma família aristocrática rural, católica e monárquica.
• Em 1907, licenciou - se em direito na Universidade de Coimbra onde era um dos seis melhores
estudantes do seu curso.
4. Em 1910, Aristides é nomeado Cônsul em Demerara, Guiana Francesa,
tendo exercido, nos anos seguintes, o mesmo cargo em diversos lugares do
mundo (Zanzibar, Brasil, Califórnia…)
Em 1927, Sousa Mendes regressa a Lisboa para prestar serviço na Direção -
Geral dos Negócios Comerciais e Consulares e, em 1927, a Ditadura Militar
Portuguesa confia em Aristides e nomeia-o cônsul em Vigo, Espanha.
Em 1938, Salazar nomeia Aristides de Sousa Mendes Cônsul de Portugal
em Bordéus (França).
.
5. Em 1940, contrariando as ordens de Salazar, no Consulado de
Portugal, em Bordéus, passa mais de 30.000 vistos a judeus e outras
minorias perseguidas pelos nazis.
A 23 de Junho de 1940, Salazar determina o seu afastamento do cargo, e envia, em seu
lugar, o Embaixador Teotónio Pereira. Em Portugal, Sousa Mendes solicita, em vão, uma
audiência a Oliveira Salazar, mas Salazar determina, a 4 de Julho, a abertura de um
processo disciplinar ao diplomata que é instaurado a 1 de Agosto de 1940.
Como consequência, Aristides de Sousa Mendes é afastado da Carreira Diplomática, sem
passar à situação de aposentação, e de qualquer atividade profissional, sendo ostracizado
pelos seus pares, familiares e amigos. Fica interdito até de trabalhar como advogado.
Datas importantes
6. Em 1945, termina a II Guerra Mundial com a vitória dos Aliados e Aristides de Sousa Mendes
dirige carta à Assembleia Nacional, reclamando (em vão) contra o castigo que lhe fora
imposto pelo Governo.
Em 1967, o Yad Vashem, autoridade estatal israelita para a recordação dos mártires e heróis
do Holocausto, homenageia Aristides de Sousa Mendes com a sua mais alta distinção: uma
medalha com a inscrição do Talmude: "Quem salva uma vida humana é como se salvasse
um mundo inteiro".
Em 1989, a Assembleia da República finalmente reparou a grave injustiça que lhe fora
cometida, reintegrando Aristides de Sousa Mendes no serviço diplomático por unanimidade e
aclamação.
7. "Tenho de salvar estas pessoas, tantas, quantas eu puder.
Se estou a desobedecer a ordens, prefiro estar com Deus e
contra os homens, do que com os homens e contra Deus."
8. “Realmente desobedeci, mas a minha desobediência não me
desonra. Não cumpri instruções que significavam, a meu ver,
perseguição a verdadeiros náufragos que procuravam a todo o
custo salvar-se da sanha hitleriana. Acima dessas instruções,
estava para mim a lei de Deus e foi essa que eu procurei cumprir,
sem hesitações, nem cobardias de poltrão. O verdadeiro valor da
religião cristã está no amor do próximo e eu, sendo cristão, não
podia fugir do seu império”.
9. Aristides de Sousa Mendes [Em linha]. 2015. [Consultado em 23/4/2015]. Disponível
em http://pt.wikipedia.org/wiki/Aristides_de_Sousa_Mendes#Bibliografia
Museu Virtual Aristides de Sousa Mendes [Em linha]. 2015. [Consultado em
23/4/2015]. Disponível em http://mvasm.sapo.pt/
Aristides de Sousa Mendes [Em linha]. 2015. [Consultado em 23/4/2015]. Disponível
em http://www.fundacaoaristidesdesousamendes.com
MAIA, Cristina; BRANDÃO, Isabel - Viva a História. Porto: Porto Editora, 2015. ISBN:
978-972-0-85060-7