Este documento apresenta um resumo da história do curso de Pedagogia no Brasil e discute a expansão da atuação do pedagogo para além da sala de aula. Apresenta brevemente o parecer do Conselho Federal de Educação de 1969 que regulamentou o currículo mínimo do curso de Pedagogia e orientou a formação de profissionais para atuarem em diversas áreas da educação. Também discute a fragmentação do curso decorrente desse processo e a perda da "tomada de consciência" dos problemas educacionais.
1. 1
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO - CAMPUS VII
SENHOR DO BONFIM - BA
EDILENE SILVA DE ARAUJO
A ATUAÇÃO DO PEDAGOGO NOS ESPAÇOS NÃO FORMAIS:
REVELANDO NOVAS POSSIBILIDADES.
SENHOR DO BONFIM-BA
2011
2. 2
EDILENE SILVA DE ARAUJO
A ATUAÇÃO DO PEDAGOGO NOS ESPAÇOS NÃO FORMAIS:
REVELANDO NOVAS POSSIBILIDADES.
Monografia apresentada ao Departamento de
Educação-Campus VII da Universidade do
Estado da Bahia- UNEB como um dos
requisitos para aquisição do grau de
licenciado em Pedagogia.
Orientadora:
Professora Mestre Maria Elizabeth Souza
Gonçalves.
SENHOR DE BONFIM – BA
2011
3. 3
EDILENE SILVA DE ARAUJO
A ATUAÇÃO DO PEDAGOGO NOS ESPAÇOS NÃO FORMAIS:
REVELANDO NOVAS POSSIBILIDADES.
Aprovada em _____/____/_____
Mestre Maria Elizabeth Souza Gonçalves
Orientadora
________________________________
Pr0. Avaliador
________________________________
Pr0. Avaliador
4. 4
Eu te glorificarei Senhor, de todo o meu
coração, porque ouviste as palavras da
minha boca; em presença dos anjos te
cantarei salmos.
Quando te invoquei,
ouviste-me, aumentaste
a fortaleza na minha alma.
Salmo.137-2-3
5. 5
AGRADECIMENTOS
Agradeço a minha família, em especial meu pai, que sempre está presente na
minha vida e as minhas filhas Raphaella, Gabriella e meu irmão Marcos.
Aos meus amigos Eguinaldo e Jefinho, e demais funcionários do Cyber Flash,
que tiveram paciência e sempre estavam dispostos a ajudar mesmo ocupados com
suas tarefas.
As minhas companheiras de caminhada no curso de Pedagogia, Sandra,
Jeame, Joerly, Voneide, Renata, Cleane, Lucélia e em especial a minha prima Jane
Ferreira, e Ana Lúcia, que se mostrou aparelhada na construção da minha
monografia. Das turmas anteriores Léia, Gilmara, Rosaninha, e aos remanescentes.
As primeiras orientações dos trabalhos científicos apresentados no nosso
curso de pedagogia na Universidade do Estado da Bahia – UNEB, Campus VII de
Senhor do Bonfim, oriundos da Professora Suzzana Alice dando sua parcela de
contribuição, na orientação, regras e normas da ABNT, Iniciando a monografia
recebemos orientações do Professor Ozelito Cruz e finalizei com as orientações da
minha orientadora Elizabeth que muito me ajudou com tema investigado. A
professora Simone Wanderley que esteve presente nas orientações em coletivo e
individual , não mediu esforços nos orientando, fortalecendo nosso pensamento.
A todos os departamentos do Campus VII, que contribuíram diretamente e
indiretamente sintam-se todos abraçados e que Deus proteja, ilumine e guie sempre
os nossos caminhos.
6. 6
Após tantas lutas e conquistas, não posso
deixar de agradecer em primeiro lugar a
Deus, sem ele nunca chegaria onde hoje
estou. No caminho desta jornada
encontrei colegas e amigos que me
fizeram crescer, progredir nas horas
difíceis, ajudando, orientando, buscando,
somando, e multiplicando, dividindo
conhecimentos. Por este motivo tão
especial na minha vida, dedico este
trabalho a todos os estudantes de
Pedagogia.
7. 7
LISTA DE SIGLAS
FERBASA- Ferros e ligas da Bahia.
UHSF- União Hospitalar São Francisco
CRAS- Centro de Referência Assistencial as Famílias
CREAS- Centro de Referencia Assistencial Especializado a Família.
AALC- Associação dos Animadores Leigos das CEBS.(Comunidades Eclesiais de
Base)
PETI- Programa de Erradicação ao trabalho Infantil
PROJOVEM- Programa Nacional de Inclusão de Jovens
SETAS- Secretaria do Trabalho, Ação Social e Combate a Pobreza.
8. 8
LISTA DE FIGURAS
Gráfico 4.1.1 - Percentual em relação à faixa etária
Gráfico 4.1.2 - Percentual em relação ao gênero.
Gráfico 4.1.3 - Percentual em relação ao grau de formação
Gráfico 4.1.4 - Percentual em relação à formação acadêmica.
Gráfico 4.1.5 - Percentual em relação à área de atuação da empresa/instituição.
Gráfico 4.1.6 - Percentual em relação a capacitação e treinamento dos funcionários.
9. 9
RESUMO
O referido trabalho monográfico tem por objetivo analisar a atuação do pedagogo nos
espaços não-formais na cidade de Campo Formoso - Bahia, tecendo um reconhecimento
desse profissional no espaço não escolar. O interesse pela pesquisa surgiu da necessidade
em compreender como se dá a inserção de pedagogos nestes espaços, a partir do
conhecimento da importância dos mesmos enquanto profissionais. Apresenta inicialmente o
percurso histórico do curso de licenciatura em Pedagogia no Brasil, seguindo pela inserção
dos espaços não-formais nesta nova perspectiva de atuação do pedagogo, e a sua
importância enquanto profissional em educação frente aos desafios advindos da sociedade
que a escola sozinha não é capaz de resolver. Utilizamos, para tanto os estudos de Gadotti
(1982), Saviani (2007), Machado (1998), Cambi (1999), Libâneo
(1993,1994,2001,2005,2006) ,Gohn (2009), Brandão (2001), Domingues (2001), Almeida
(2006), Demo (2001),Minayo (1992), Ribeiro(2003),Fonseca (1999), Jacobucci
(2008),(2004), Brasil (1996). Esta pesquisa é de natureza qualitativa, tendo sido usados
como instrumento o questionário fechado e a entrevista semi estruturada. Os lócus da
pesquisa foram nove (09), Instituições não escolares da Cidade de Campo Formoso, BA. Os
sujeitos da nossa pesquisa foram nove (09) dirigentes entre empresas, associações,
programas governamentais. O resultado deste trabalho vem numa tentativa de refletir a da
atuação do pedagogo, fora do espaço escolar, apontando para um aumento de pedagogos
nestes espaços, onde já existe um olhar diferenciado pela maioria dos dirigentes.
Palavras-chave: Espaços não formais. Pedagogia. Atuação do Pedagogo.
10. 10
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO....................................................................................................... 11
1. CAPÍTULO I – UM BREVE HISTÓRICO DO CURSO DE PEDAGOGIA.......... 14
2. CAPÍTULO II – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................ 19
2.1. ESPAÇOS NÃO FORMAIS............................................................................. 19
2.2. PEDAGOGIA................................................................................................... 24
2.3. PEDAGOGO E SUAS ÁREAS DE ATUAÇÃO................................................ 25
CAPÍTULO III – METODOLOGIA.......................................................................... 28
3.1. Tipo de pesquisa........................................................................................... 28
3.2 Lócus................................................................................................................ 28
3.3. Perfil dos sujeitos ........................................................................................... 29
3.4. Instrumentos de coleta de dados.................................................................... 29
3.4.1. Questionário fechado................................................................................ 30
3.4.2. Entrevista semi-estruturada...................................................................... 30
Os lóci investigados de Campo Formoso............................................................... 30
FERBASA............................................................................................................... 30
UHSF...................................................................................................................... 31
CRAS...................................................................................................................... 32
CREAS................................................................................................................... 32
AALC...................................................................................................................... 32
PETI........................................................................................................................ 32
PROJOVEM........................................................................................................... 33
SETAS.................................................................................................................... 33
PROJETO ÁGAPE................................................................................................. 33
CAPÍTULO IV – APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS
RESULTADOS....................................................................................................... 34
4.1. Resultado do questionário fechado: o perfil dos sujeitos........................ 34
4.1.1. Faixa etária................................................................................................... 34
4.1.2 Gênero .......................................................................................................... 34
4.1.3 Grau de formação.......................................................................................... 35
4.1.4. Formação acadêmica................................................................................... 36
4.1.5. Área de atuação das empresas.................................................................... 37
4.1.6.capacitação dos funcionários na empresa ................................................... 38
4.7 Resultados da Entrevista Semi-Estruturada..................................................... 39
CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................... 44
REFERÊNCIAS...................................................................................................... 46
APÊNDICE............................................................................................................. 49
11. 11
INTRODUÇÃO
Passamos na contemporaneidade por intensas mudanças nos diversos
setores da sociedade, neste contexto o profissional busca especializar-se para estar
preparado e atualizado na sua área de atuação. Essa realidade não é diferente para
o pedagogo, que com a diversificação das demandas sócio-relacionais, passou atuar
em diversas esferas da ação social, nos espaços de prática educativa formal ou não-
formal.
Nesse sentido, esta pesquisa procura identificar qual o espaço dedicado ao
pedagogo, fora do ambiente escolar no município de Campo Formoso, verificando
as compreensões em torno do seu trabalho tendo como principal objetivo conhecer e
analisar a atuação do Pedagogo nos Espaços Não-Formais na cidade de Campo
Formoso – Bahia.
A provocação pela temática surgiu das inquietações advindas ao longo da
formação acadêmica do pesquisador no curso de Pedagogia da Universidade do
Estado da Bahia- UNEB. Alia-se a isto a experiência como educadora em espaços
não escolares iniciadas nos trabalhos voluntários dedicados a Igreja católica, na
associação dos animadores leigos das CEBS, na catequese, nos trabalhos de
evangelização para crianças, jovens e adultos, nos programas de rádio como
comunicadora e na orientação e formação de educadores, no teatro.
Acrescentamos ainda a escuta e convivência dos professores do Campus VII,
os estudos nos seminários, colóquios, e no dia a dia da construção do problema de
pesquisa que nasceu e cresceu nos seminários interdisciplinares realizados a cada
final de semestre letivo.
A estrutura no texto se dará em forma de capítulos, para melhor compreensão
do contexto.
No capitulo I, foi importante iniciar falando do curso de licenciatura em
pedagogia e suas mudanças, um pouco de sua história.
12. 12
No capitulo II, nos referimos aos conceitos – chave sendo necessário historiar
cada espaço visitado e complementando alguns autores que apresentam em suas
falas sobre os espaços não formais neste novo olhar ao Pedagogo, em que
vivenciamos uma época de grandes mudanças na sociedade. Descrevendo suas
atividades desenvolvidas nas áreas educacionais, empresariais, mineração,
hospitalar. Nestes segmentos, alguns destacamos relevância na prestação de
serviço na comunidade e micro região.
No capitulo III, iniciamos com a localização geográfica da cidade de Campo
Formoso, sua base de economia, e deparamos com o estilo de pesquisa realizada.
No capitulo IV, apresentamos a analise de dados, ou seja, a parte qualitativa
representada em quantidades através de gráficos, onde foram apresentados
percentualmente resultados obtidos através do questionário fechado e da entrevista
semi estruturada, e também nas falas dos entrevistados.
Na parte final do trabalho procuramos apresentar algumas considerações
que foi relevante, o que foi exposto através da pesquisa, à fala de autores se
tratando de educação, especialmente o resultado da pesquisa e a importância do
aprofundamento da temática que já alarga no Campus VII na Universidade do
Estado da Bahia. UNEB.
13. 13
CAPITULO I
1.1- A história do curso de Pedagogia
A atuação do Pedagogo hoje é um tema que vem provocando muitos
debates não apenas entre os pedagogos, mas em todo o meio acadêmico
relacionado às ciências humanas, em decorrência da diversidade de espaços em
que os mesmos estão atuando na sociedade. Como sabemos sua atuação hoje não
se resume apenas na sala de aula.
Porém, não percebemos a sua presença de modo efetivo nas áreas
administrativas das empresas, nas áreas hospitalares, nos segmentos que
complementam a ação social das empresas como um direito já conquistado nos
diversos segmentos sociais em que a presença do Pedagogo poderia contribuir
especialmente na humanização das relações.
Essa discussão não é recente e segundo Gadotti (1982) o processo de
estrangulamento do Curso de Pedagogia, que expandiu a atuação do pedagogo
para além da sala de aula “tem sua origem no parecer nº. 252/69 do Conselho
Federal de Educação, que regulamentou o currículo mínimo do curso”.
Esse parecer orienta sobre a formação do pedagogo e disciplina a
formação de profissionais técnico-administrativos da educação, oferecendo
habilitações para: supervisão, orientação, administração e formação de professores
para o Ensino Normal. O pedagogo deverá ser um profissional para atuar no ensino,
na organização e gestão de sistemas, unidades e projetos educacionais e na
produção e difusão do conhecimento em diversas áreas da educação.
Para Gadotti (1982), com essa fragmentação, decorrente do processo de
estrangulação, a formação do pedagogo deixou de ser “tomada de consciência” dos
problemas educacionais, para ser domesticação.
14. 14
Em uma rápida retrospectiva histórica, à luz da legislação que forjou a
figura do pedagogo, é possível perceber que o curso de pedagogia teve por
finalidade primeira formar bacharéis e licenciados, de acordo com o modelo proposto
pelo Decreto Lei, nº. 1.190 de 4 de abril de 1939, todavia o campo de atuação para o
seu egresso não foi precisamente definido, pois segundo Libâneo Apud Saviani
(2007): “seria exigido o grau de bacharelado em pedagogia para os cargos de
técnico de educação. [....] quanto aos licenciados, poderiam atuar como professor da
Escola Normal”(p.117).
Acreditamos que esse, também, não é um problema exclusivo do curso de
Pedagogia, pois a educação, como forma de ensino e aprendizagem, vem ao longo
dos tempos centrada cada vez mais nas questões relacionadas à formação de cada
educador e de cada educando.
A Pedagogia, como curso de graduação em licenciatura, desde sua origem
no Brasil, na década de 30, procurou contemplar as mudanças que já se delineavam
experimentalmente em muitos cursos que indicavam a docência como base de
formação. Ao analisar os processos de regulamentação, Machado (1998), ressalta
que:
As três regulamentações do curso, ocorridas em 1939, 1962 e 1969,
propiciaram pouca flexibilização e inovações nos projetos das
instituições formadoras, já que continham um currículo mínimo
indicando que era implantado como referencia nacional.
Segundo Saviani apud Libâneo (2007, p.49), “entre os anos de 1939 e
1962, quando foi homologado o segundo ato normativo referente ao Curso de
Pedagogia, nada mudou do ponto de vista organizacional”. A mudança que ocorreu
foi em 1996 quando romperam com a tradição e substituíram por diretrizes
curriculares. Nesta época houve a regulamentação do curso e o trabalho do
pedagogo.
Para Brzezinsk apud Libâneo (1996, p.50), “o contexto socioeconômico das
décadas de 40, 50 e 60, demandou mão de obra especializada e
conseqüentemente, forçou a necessidade de expansão do ensino secundário,
15. 15
ocasionando, também a expansão do ensino superior nas Faculdades de Filosofia,
visto que a elas, cabia a formação de professores para atuarem nesse segmento de
ensino” (s/p.)
Essas reformas, todavia, foram uma resposta ao acumulo das discussões
nacionais travadas através do Movimento dos Estudantes e professores, que
ocorriam desde a década de 80.
Surgiu outra regulamentação do curso de Pedagogia pela Resolução n0 10,
de 15 de maio de 2006, do Conselho Nacional de Educação CNE, evidencia que o
curso foi se modificando de acordo com as mudanças surgidas, no campo
educacional.
Segundo Cambi (1999, p.21) a história da pedagogia no sentido próprio
nasceu entre os séculos XVIII e XIX e desenvolveu-se no decorrer deste ultimo
como pesquisa elaborada por pessoas ligadas à escola, empenhadas na
organização de uma instituição cada vez mais central na sociedade moderna (para
formar técnicos e para formar cidadãos), preocupados, portanto em sublinhar os
aspectos mais atuais da educação-instrução e as idéias mestras que haviam guiado
se desenvolvimento histórico.
Nos últimos anos, o curso de Pedagogia, vem ganhando destaque e
reconhecimento da sociedade; existe uma procura por parte da população e um
maior investimento nas faculdades particulares para os cursos de Pedagogia. Por
ser este um curso que oferece grandes possibilidades de formação, a pedagogia
vem se tornando um curso fundamental para atuação profissional nos diversos
espaços da sociedade.
Como bem afirma Libâneo (2001):
A formação profissional do pedagogo pode, pois, desdobra-se
em múltiplas especializações profissionais, uma delas a
docência, mas seu objetivo especifico não é somente a
docência. A formação de educadores e extrapola o âmbito
escolar formal, abrangendo também esferas mais amplas da
educação não formal e formal. (s/p)
16. 16
Comumente presenciamos a atuação do pedagogo nos espaços escolares,
e devido aos avanços sociais, a atuação do pedagogo tem sido necessária em
espaços não-formais como a exemplo de empresas, hospitais, sindicatos, igrejas,
associações, eventos sociais, meios de comunicação como emissoras de rádio e TV.
Nessas instituições, no cumprimento das atividades especificas a cada uma
delas, se requer trabalhadores pensantes, criativos, pró-ativos, analíticos, com
habilidades para resolver problemas e tomada de decisões, principalmente
capacidade de trabalho; deve ser um ambiente de aprendizagem permanente; daí a
tarefa do pedagogo: mediar e articular ações educacionais com fim de desenvolver
competências inovadoras, criativas e eficientes. Libâneo (2001, p.28) “Verifica-se
hoje, uma pedagogia múltipla na sociedade. O pedagógico perpassa toda a
sociedade, extrapolando todo o âmbito escolar formal, abrangendo esferas mais
amplas da educação formal e não formal.”
As mudanças que vêm ocorrendo na sociedade contemporânea que
enfatiza compromissos com a inclusão social, esta repercutindo, ainda que de forma
tímida, nos processos formativos dos profissionais da educação, no caso específico,
no Curso de Pedagogia, que busca sedimentar sua atuação de forma participativa
com sujeitos, grupos, movimentos que possam construir e reconhecer sua própria
identidade. Mas conforme explica Libâneo (2001) Apud Beillerot, (1985)
Apesar disso, a pedagogia como campo de estudo específico vive
hoje no Brasil, um grande paradoxo. Por um lado, está em alta na
sociedade nos meios profissionais, políticos, universitários, sindicais,
empresariais, nos meios de comunicação, nos movimentos sociais
civil, verificamos uma redescoberta da pedagogia. Observamos uma
movimentação na sociedade mostrando uma ampliação no campo
educativo com conseqüente repercussão no campo pedagógico. Por
outro lado, está em baixa entre intelectuais e profissionais do meio
educacional, com uma forte tendência em identifica - lá apenas com
docência, quando não para desqualificá-la em como campo de
saberes específicos. (p.4)
O desprestigio dedicado à pedagogia pelos próprios pedagogos que lidam
com educação escolar, resulta do não reconhecimento da pedagogia, sobretudo,
segundo Libâneo (2005):
17. 17
Campo de saberes específicos, como ciência da educação que
estuda a problemática educativa na sua totalidade e historicidade
investigando causas e efeitos para poder ser uma instância
orientadora do trabalho educativo. (s/p)
Considerando que, a educação é uma atividade muito vasta, uma vez que
ocorre em muitos lugares e sob várias modalidades: na família, no trabalho, na rua,
nas empresas, nos meios de comunicação, nos meios religiosos, na política e na
escola.
Se há uma variedade de pratica educativa na sociedade, haverá também
uma diversidade de pedagogos que passarão a atuar nesses espaços. Decerto que,
são pedagogos todas as pessoas que lidam com algum tipo de prática educativa
relacionada com o mundo dos saberes e modos de ação. Pois como bem define
Libâneo (1993) afirma que:
Pedagogia é, então, o campo do conhecimento que se ocupa do
estudo sistemático da educação do ato educativo, da prática
educativa como componente integrante da atividade humana, como
fato da vida social, inerente ao conjunto dos processos sociais. (p.6).
Nesta perspectiva, em que a pedagogia está presente nos diversos espaços
da sociedade, surge a nossa inquietação em saber qual o nível de participação dos
pedagogos nos espaços não-formais, no município de Campo Formoso.
Por isso, neste estudo, pretendemos a partir da escuta e da observação
junto aos diversos representantes de variados segmentos da sociedade, que se
caracterizam como espaços não formais de educação, do município de Campo
Formoso, saber qual o papel assumido pelos pedagogos e se estes têm atuação
assegurada e condizente com a sua formação, ou seja, existem espaços para
pedagogos fora do ambiente e da instituição escolar no município de Campo
Formoso?
Assim esse trabalho busca alcançar os seguintes objetivos, que são:
identificar qual o espaço dedicado ao pedagogo, fora do ambiente escola no
18. 18
município de Campo Formoso, verificando nestes lócus as compreensões em torno
do trabalho do pedagogo.
A pertinência dessa pesquisa consiste, pois, numa tentativa de refletir, com
mais profundidade a questão da atuação do pedagogo, fora do espaço escolar, com
o intuito de contribuir para uma maior participação desse profissional nos diversos
setores da sociedade e não apenas nas escolas.
Acreditamos que com essa pesquisa poderemos contribuir na produção de
novos conhecimentos e na sistematização de um novo referencial para a
compreensão do espaço de atuação do pedagogo na sociedade contemporânea.
19. 19
CAPÍTULO II
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Haja vista a ação educativa estar presente em todos os setores da nossa
sociedade oportunizando para o pedagogo novas formas de atuação além da
docência sistematizada, a problemática em torno do mote “A atuação do pedagogo
nos espaços não formais na cidade de Campo Formoso - Bahia” nos remete à
apreensão quanto à negação de trabalho ao profissional em foco em espaços não
formais e nos conduz a uma discussão teórica em torno dos conceitos-chave:
Espaço não-formal de educação; Pedagogia; Pedagogos e Área de atuação.
2.1 Espaços não Formais
Vivenciamos uma época de grandes mudanças na sociedade, surgem
diferentes espaços para suprir o que a escola sozinha não foi capaz de resolver
como os problemas sociais que aumentam a cada dia. Dentre os diversos espaços
existentes podemos citar o espaço informal que é o convívio familiar, amigos, teatro,
igreja, festas e outros. E os espaços não formais que são os movimentos sociais,
ONGs, sindicatos, associações, hospitais empresas e outros.
Podemos caracterizar os espaços não formais como lugares diferentes da
escola, que desenvolvem atividades educativas. Para Jacobucci (2008, p.55) “é
qualquer espaço diferente da escola onde pode ocorrer uma ação educativa.”
Embora existam espaços não escolares, mas que são formais. Não temos um
conceito definido, porque o assunto ainda está em estudo.
Define-se educação não formal com “toda atividade educacional organizada,
sistemática, executada fora do quadro do sistema formal” para oferecer tipos
selecionados de ensino e determinados subgrupo da população. Gadotii, (1993, p.2)
20. 20
Define-se educação não formal com “toda atividade educacional organizada,
sistemática, executada fora do quadro do sistema formal” para oferecer tipos
selecionados de ensino e determinados subgrupo da população.
Os espaços formais, como exemplo a escola, e outras instituições são
regulamentados e possuem uma equipe técnica com atividades executadas,
diferenciando dos espaços não formais, dessa forma não tem a mesma
obrigatoriedade, mas que tem seu papel educativo. E assim podemos dizer que a
escola não é um único ambiente de educação e nem também está restrito somente
ao professor. De acordo com Brandão (2001):
Não há uma única nem um único modelo de educação; a escola não
é o único lugar onde acontece e talvez nem seja o melhor; o ensino
escolar não é a sua única prática e o professor profissional não é o
único praticante (p. 9).
Sabemos que a escola tem um papel importantíssimo na sociedade, mas não
podemos esquecer-nos do fracasso escolar nos últimos anos. A escola deixou de
ser um ambiente prazeroso, não atendendo os anseios da comunidade e não
conseguindo lidar com os problemas existentes.
Nessa circunstancia, o educador sente dificuldade em realizar um trabalho
sem parcerias com a própria Unidade Escolar com a família e com os segmentos
que auxiliam a mesma, os próprios educandos mostram desinteresses no espaço
escolar. Segundo Ballalai (1983) (...) “os educadores buscaram um esforço mais
digno que os comprometesse com a realidade social e que os engajasse na luta por
uma educação menos alienada dessa realidade” (p.10).
A escola sendo um espaço formalizado e institucionalizado mantém
interesses próprios que acabam excluindo as classes menos favorecidas e
privilegiando outras colaborando para a desigualdade social. Atualmente
preocupada com quantidades e não com uma boa qualidade de ensino, em manter
aparências e interesses políticos. Por essa razão é que Ballalai (1983) aponta
contributos no espaço não formal como espaço educativo e ainda argumenta que:
21. 21
Alguns vêem a educação não-formal, sobretudo na sua ação popular
e conscientizadora, como um processo básico e essencial de
libertação. Seria superestimar a força de educação no processo de
modificações sociais admitir que as grandes transformações podem
dela derivar. E ainda, acreditar que a educação não-formal, por si só,
teria condições de quebrar as estruturas de poder vigentes no país,
modificando-lhe o panorama político (p. 4).
Na historia da educação, ficaram marcas fortíssimas de dominação e
interesse de classes sociais, por muito tempo somente a elite poderia freqüentar o
espaço escolar. Este espaço era visto como produto de dominação, mas com o
passar do tempo houve mudanças e propostas que vieram melhorar este quadro.
Essa mudança partiu de políticos e educadores que trouxeram idéias novas, para a
educação no nosso país. Ainda na opinião do autor acima citado:
As respostas aos problemas de educação do povo têm vindo de
forma a apontar o fracasso da escola regular, sobretudo no que se
refere á marginalização de grande parte da sociedade, e de apontar
como solução a adoção de uma ação não-formal, frontalmente
oposta à instituição escola e ás tentativas oficiais de educação.
(Ballalai, p.2, 1983)
Neste sentido, surgem os espaços não-formais sem a obrigatoriedade da
escola, mas que tem o compromisso e a responsabilidade de um trabalho
compromissado com agentes participativos da sociedade. Estes espaços oferecem
um trabalho diferenciado que possa suprir algumas carências da escola,
caracterizando-se por não ter a preocupação de desenvolver um currículo
predefinido, mas que se faz baseado no interesse de envolver pessoas, grupos em
ações praticas educacionais.
Quando falamos em espaços não formais lembremo-nos dos movimentos
sociais, a exemplo dos movimentos estudantis durante e após a ditadura militar, os
protestos, as manifestações sindicais que têm sido considerados uma grande
mudança na sociedade brasileira.
Diante dessas argumentações, entendemos que o processo de ensino e
aprendizagem é vivenciado não somente dentro da escola, mas é uma ação que
acontece em todo e qualquer momento e lugar da sociedade, que se caracteriza
22. 22
como a sociedade do conhecimento, porque a educação formal e a não formal
caminham paralelamente e torna a educação o principal instrumento de combate à
desigualdade social.
Percebemos muitas pessoas envolvidas com projetos sociais comunitários de
igrejas evangélicas, católica, seitas, grupos e movimentos, comprometidos com
trabalhos sociais, que na maioria das vezes não são registrados e nem
apresentados pela mídia. Trabalhos esses de relevância na sociedade brasileira que
tem o compromisso de ajudar pessoas carentes, crianças desnutridas, gestantes, e
pessoas em áreas de risco que seria obrigação dos nossos governantes. Enfatiza
Gohn (2009) que:
As praticas da educação não-formal se desenvolvem usualmente
extramuros escolares, nas organizações sociais, nos movimentos
sociais, nos programas de formação sobre direitos humanos,
cidadania, práticas identitárias, lutas contra desigualdades e
exclusões sociais. (s/p).
Não pretendemos aqui afirmar que o espaço não-formal por si só resolveria
os problemas que a escola não consegue, mas que é preciso haver uma união e
participação entre agentes transformadores, produtores, profissionais capacitados,
tanto do espaço escolar, quanto do espaço não-escolar. Demo nos diz: “a
participação tende, pois, a ser um elemento natural do processo não-formal e,
portanto mais facilmente admissível dentro de um esquema de envolvimento dos
elementos comunitários”. (...)
O Pensador Paulo Freire que muito contribuiu com sua teoria e prática
metodológica na construção de saberes, fora do espaço escolar, possibilitou esta
reflexão e ação junto aos mais pobres e excluídos da sociedade. Foi esta relação
social educativa que permitiu aos pobres tornarem-se sujeitos políticos, pois para
Freire, toda educação é um ato político.
Podemos então dizer, que, estas representações sociais caracterizam-se de
uma transformação radical política e social intercalada ao longo dos tempos
vencendo o preconceito, as desigualdades sociais, a exclusão àqueles que muitas
vezes lhe foram negados seus próprios direitos.
23. 23
Estes espaços não-formais têm uma proposta de trabalho voltada a
população mais carente, algumas sendo assistidas pelo poder público municipal
outras com parcerias estaduais e federais. Com os problemas detectados na escola,
existem encaminhamentos que dão suporte como: A SETAS, CRAS, CREAS,
Conselho Tutelar, PROJOVEM, recebendo acompanhamento familiar a domicilio
com o consentimento dos pais, atende uma modalidade de crianças e adolescentes.
Os educadores dos espaços não formais a exemplo dos programas; CRAS,
CREAS, PROJOVEM, PETI, trabalham com projetos, oficinas, capacitações, cursos,
que podem ter duração variável e não precisam seguir normas e diretrizes.
Daí a necessidade de pedagogos preparados para atuarem nestes espaços,
reconhecendo a competência e habilidade nas práticas pedagógicas educativas que
é atribuída ao pedagogo, um profissional da atualidade habilitado a ingressar neste
novo campo da educação na sociedade brasileira, com um novo perfil, uma nova
roupagem, ao contrario de outras áreas limitadas, o pedagogo está aberto a
diversas, assim esteja preparado para atuar, um educador critico, atualizado,
preocupado com os problemas sociais da sua comunidade, comprometidas, com o
bem estar - social, humano, e por uma vida digna, exigindo seus direitos e
responsabilizando por seus deveres.
Dos diversos espaços não formais podemos acentuar a Pedagogia Hospitalar
e a Empresarial. Na pedagogia Hospitalar, o pedagogo também desenvolve
atividades escolares com crianças hospitalizadas que darão continuidade dos seus
estudos através da leitura e se possível na escrita.
Domingues (2001, p.18) assim as define:
24. 24
conceito de um campo de saber para o outro, além da própria
unificação do conhecimento.
[...] aquelas situações do conhecimento que conduzem á
transformação ou ao transpassa mento das disciplinas, à custa de
suas aproximações e freqüentações, pois, além de sugerir a idéia de
movimento, da freqüentação das disciplinas e da quebra de
barreiras, a transdisciplinaridade permite pensar o cruzamento de
especialidades, o trabalho nas interfaces, a superação de
especialidades, a superação das fronteiras, a imigração de um
As atividades desenvolvidas pelo pedagogo na área hospitalar vão depender
muito da disponibilidade e capacidades de adaptação do paciente.
Almeida afirma (2006, p.06) afirma que o foco da Pedagogia Empresarial é
“qualificar pedagogos e administradores para atuarem no âmbito empresarial,
visando aos processos de planejamento, capacitação, treinamento, atualização e
desenvolvimento do corpo funcional da empresa”.
Na Pedagogia empresarial, os pedagogos atuam nas áreas de Recursos
Humanos, processo de avaliação e desempenho profissional nos processos de
planejamento e capacitações.
2.2 Pedagogia
É um curso que cuida dos assuntos relacionados à Educação por excelência,
portanto se controverte de uma licenciatura, cuja Matriz Curricular atual estipulado
pelo MEC confere ao pedagogo, de uma só vez, as habilitações em educação
infantil, ensino fundamental, educação de jovens e adultos, coordenação
educacional, gestão escolar, orientação pedagógica, pedagogia social e supervisão
educacional, sendo que o pedagogo também pode, em falta de professores, lecionar
as disciplinas que fazem parte do Ensino Fundamental e Médio. Confirma-nos
Libâneo 2001:
O curso de Pedagogia deve formar o pedagogo stricto sensu, isto é,
um profissional qualificado para atuar em vários campos educativos
para atender demandas sócio educativas de tipo formal, não formal e
informal, decorrentes de novas realidades novos tecnologias, novos
25. 25
atores sociais, ampliação das formas de lazer mudanças
profissionais. (p.30/31)
O pedagogo é considerado um profissional que atua em várias áreas do
campo educacional, ligado aos processos educativos, como organização,
transmissão e assimilação de saberes. Assim nos diz o autor e pedagogo argentino
Ricardo Nassif 1958, apud Libâneo, 1993:
A Pedagogia, embora não possua um conteúdo “intrinsecamente
próprio”, tem um domínio próprio a educação e, um enfoque próprio,o
educacional, que lhe assegura o caráter de disciplina autônoma
diante de outras esferas do saber e do fazer humano.(p.68)
Podemos proferir que o pedagogo não está limitado apenas à sala de aula,
mas poderá atuar em vários espaços da sociedade, não excluindo da sala de aula,
não deixando ser um docente, mas também um educador social com o interesse de
investir em projetos, pesquisa, políticas públicas e outros que possam contribuir de
forma significativa na sociedade. Assim nos diz Libâneo 2001:
Pedagogia é, então, o campo do conhecimento que se ocupa do
estudo sistemático da educação, isto é, do ato educativo, da prática
educativa concreta que se realiza na sociedade como um dos
ingredientes básicos da configuração da atividade humana. (p.22)
Neste campo, proferimos que foi e continua sendo, de muitas lutas e
conquistas, de progresso e desenvolvimento educacional e social, surgiram e
poderão surgir resultados derivado de muitos educadores inquietados com a
situação de cada época em querer cada vez mais melhorar o curso que até nos dias
de hoje é assunto de debate em vários encontros e fóruns onde a educação está
sempre presente.
Neste sentido, deve se abrir a novas mudanças que sempre irão surgindo,
trazer sempre um novo olhar a inovação e o progresso, somente assim teremos uma
educação de qualidade, em que todos os sujeitos serão inseridos sem exclusão.
2.2.1 Pedagogo e suas áreas de atuação
26. 26
Nesta sociedade do conhecimento e de informação em que ora vivemos tudo
está em constante mudança: a tecnologia, os avanços, as informações, a evolução
da ciência na vida humana crescendo cada vez mais a necessidade de novos
profissionais em diversas áreas da sociedade. Conforme Libâneo (2006, p.7)
É pedagoga toda pessoa que lida com algum tipo de prática
educativa relacionada com o trabalho com o mundo dos saberes e
modos de ação, não restritos à escola. A formação de educadores
extrapola, pois, o âmbito escolar formal, abrangendo também esferas
mais amplas da educação não-formal.
Diante das mudanças econômicas e sociais que vem se deslanchando nos
últimos tempos, percebemos que a cada dia ressurge nos espaços não-formais
praticas sociais, comunitárias e populares em nosso país. As pessoas estão se
sensibilizando e se interessando pelos trabalhos sociais. Tem aumentado o numero
de ambientes sociais para crianças, jovens e principalmente adultos.
Dentro desses programas, podemos citar, por exemplo, o PETI, que trabalha
com educadores sociais, exercendo um papel muito importante na comunidade,
onde ensina e aprende ao mesmo tempo, realizando um trabalho cultural, social
numa proposta socioeducativa, de produção de saberes. Nesse sentido Gohn
(2009) afirma:
O aprendizado do Educador Social numa perspectiva Comunitária
realiza-se numa mão dupla ele aprende e ensina. O dialogo é o meio
de comunicação. Mas a sensibilidade para entender e capturar a
cultura local, do outro, do diferente, do nativo daquela região, é algo
primordial. (p.2)
Nos diversos segmentos da sociedade surge à necessidade da atuação do
pedagogo, um profissional especializado nas questões sócio culturais, antes
somente na escola, como docente, hoje ele quebra as barreiras, amplia seus
conhecimentos, cria projetos, pode realizar trabalhos como auto-estima, valores,
conhecimento a fim de construir laços de amizades e fazer um ambiente prazeroso.
Um novo olhar para o pedagogo nos espaços-não formais onde possa
realizar atividades educativas tem sido consolidado nas ONGs, hospitais, nas
27. 27
empresas, meios de comunicação em massa e outros. A atuação desse profissional
nestes espaços contribuirá positivamente nesta nova perspectiva com o interesse de
ajudar pessoas principalmente que vivem em situação de risco, excluídas,
marginalizadas, especiais.
Nessa concepção, pedagogo é o profissional que atua em várias instâncias
da prática educativa, quer seja direta ou indiretamente vinculadas à organização e
aos processos de aquisição de saberes e modos de ação, com base em objetivos de
formação humana.
Dentre essas instâncias, o pedagogo pode atuar como pedagogo escolar
(professores, especialistas da ação educativa escolar e em atividades pedagógicas);
como pedagogo extra-escolar (formadores, consultores, técnicos, orientadores que
ocupam atividades pedagógicas em empresas, órgãos públicos, movimentos sociais,
meios de comunicação. E nessa classificação, se distinguem claramente as
atividades do pedagogo em duas facetas: a do ensino num ato educativo intencional,
sistematizado e a da orientação e formação de pessoas num ato educativo fora dos
âmbitos escolares. Segundo Libâneo (2001):
O campo da atividade pedagógica extra-escolar é extenso.
Poderíamos incluir no item da educação extra-escolar a gama de
agentes pedagógicos que atuam no âmbito da vida privada e social:
pais, parentes, trabalhadores voluntários em partidos políticos,
sindicatos, associações, centros de lazer “(p.11).
Percebemos que estamos quebrando paradigmas no curso de licenciatura em
Pedagogia, ganhando reconhecimento em diversos espaços, e até mesmo através
dos trabalhos voluntários, que muito tem amadurecido.
Retomando Libâneo (2001) vale citar suas palavras ao dizer que:
O mundo contemporâneo não apenas se apresenta como sociedade
pedagógica como pede ações pedagógicas mais definidas,
implicando uma capacitação teórica e profissional de pedagogos e
professores muito além daquela que apresentam hoje.
Diferentemente de filósofos, sociólogos, historiadores da educação
(..),pedagogos e professores exercem uma atividade genuinamente
prática, implicando capacidade de decisão, conhecimentos
28. 28
operativos e compromissos éticos.A inserção do pedagogo na
condição pós-moderna os obriga a uma abertura científica e
tecnológica, de modo a desenvolver uma prática investigativa e
profissional interdisciplinar (p.22).
Para que o pedagogo seja de fato inserido nesse mundo contemporâneo é
indispensável que se apresente com novos objetivos, novas habilidades cognitivas e
capacidade de percepção de mudanças, como também, novas competências
comunicativas e capacidades criativas para superar eventuais dificuldades frente a
novas situações.
Para Gohn (2009):
A educação não formal designa de um processo com várias
dimensões tais como: a aprendizagem política dos direitos dos
indivíduos enquanto cidadãos, a capacitação para o trabalho, por
meio da aprendizagem de habilidades e/ou desenvolvimento de
potencialidades, a aprendizagem e exercício de praticas que
capacitam os indivíduos fazerem uma leitura do mundo do ponto de
vista de compreensão do que se passa ao seu redor (p.4).
Assim podemos dizer que a aprendizagem no espaço não formal, está voltada
diretamente à comunidade, num trabalho coletivo destinado a solucionar problemas
no cotidiano e que possibilite aos indivíduos liberdade de expressão e compreensão
do mundo, do que passa em seu redor, na comunidade e na sociedade de uma
forma geral.
29. 29
CAPITULO III
3. PROCEDIMENTOS
Nesse trabalho monográfico em que visamos identificar o nível de ingresso
dos pedagogos nos espaços não formais do município de Campo Formoso,
buscando significados, motivos para autenticar nosso estudo a respeito do tema
abordado.
3.1 Tipo de pesquisa
Alicerçamos nossa pesquisa nas bases qualitativas, considerando que este
tipo de pesquisa muito coerente aos procedimentos utilizados, sendo um acessório
significativo neste trabalho de pesquisa.
A metodologia qualitativa é aquela que incorpora a questão do
significado e da intencionalidade como inerente ao ato, as relações e
as estruturas sociais. O estudo qualitativo pretende aprender a
totalidade, coletada, visando em última instancia atingir o
conhecimento de um fenômeno histórico que é significativo em sua
singularidade (Minayo, 1993, p.10).
Vale ressaltar que a presente pesquisa também traz em seu contexto,
elementos de paradigma da pesquisa quantitativa, para momentos em que
precisamos ilustrar dados estatísticos.
3.2 Lócus
Este trabalho foi realizado na cidade de Campo Formoso-BA, antiga
Freguesia Velha do Sertão da Jacobina, localizada no Piemonte Norte do Itapicuru a
30. 30
400 km da capital Salvador, região semi-árida da Bahia. A população tem como
base de economia, a mineração, agropecuária, comércio e cultivo do sisal.
Como foi referida, a pesquisa está voltada para a atuação dos pedagogos aos
espaços não formais de Campo Formoso. (Limitamo-nos a 09 (nove) espaços para
esta pesquisa, sendo eles: a Empresa FERBASA, UHSF, o CRAS, CREAS,
Associação dos Animadores Leigos das CEBS, PETI, PROJOVEM, SETAS, Projeto
ÁGAPE)1. A variedade de lócus foi devido ao pequeno número de sujeitos em cada
instituição.
Cada espaço pesquisado traz sua particularidade, contribuindo na
comunidade de maneiras diferentes enfrentando desafios, cumprindo metas, e
obtendo resultados satisfatórios dentro de seus limites e condições.
Em cada um desses espaços, abrigando diversas pessoas, advindas da
sociedade, entre adultos capacitados, profissionais que oferecem sua vida em
auxilio de outras, jovens, adolescentes e crianças desassistidas e excluídas da
sociedade e até mesmo da família.
Este capítulo apresentou os diferentes locais de atuação do pedagogo, que
extrapola as intuições escolares.
Neste sentido, apresentamos cada instituição e suas principais características
para melhor compreensão em cada espaço visitado, no qual utilizamos elementos
que nos fortalecerão para um bom aproveitamento dentro da referida pesquisa.
3.3 Perfil e sujeitos
Os nossos sujeitos pesquisados foram 09 (nove) dirigentes de Espaços entre
eles: centros sociais, programas, associações, empresa, hospital como: a
FERBASA, UHSF, o PETI, PROJOVEM, POJETO ÁGAPE, SETAS, AALC, CRAS e
o CREAS.
3.4 Instrumentos utilizados
31. 31
Utilizamos do questionário fechado e da entrevista semi estruturada para
aprimorar a pesquisa. Demo (2001, p.30) “a informação qualitativa é resultado da
consulta da comunicação discutida, na qual o sujeito pode questionar o que diz, e o
sujeito-objeto também”. Não queremos dizer, que vamos resolver à problemática,
mas que de certa ao Projeto, um ministério filantrópico e assistencial, desenvolvido pela Igreja
1
Denominação dada
forma, estará contribuindo, sensibilizando, dando oportunidade a
discussões as ações desenvolvidas. finalidade atendimento em creche as crianças carentes,
Batista em Campo Formoso que tem como
sem fins lucrativos.
Assim percebemos que a pesquisa qualitativa busca entender a totalidade do
que se pesquisou tendo significação para o alcance do objetivo em questão.
3.4.1 Questionário Fechado
O questionário fechado nos ajuda diretamente com o entrevistado, questões
que facilitarão para melhor compreender o que de fato pensa a respeito do assunto.
3.4.2 Entrevista Semi Estruturada
Neste tipo de Entrevista, o entrevistado através da fala, expõe seu ponto de
vista em relação ao assunto pesquisado, podendo estar a favor do entrevistador ou
contradizendo totalmente a pesquisa.
Diante desta, mantemos o total sigilo, não revelando nomes, mantendo ética e
respeito para que se tenha segurança ao responder as perguntas.
Para dar maior suporte ao entrevistador a mesma é gravada somente para ajudar na
hora de expor no papel.
E assim será preciso ressaltar todos os espaços não formais pesquisado,
conhecendo seu trabalho desenvolvido em Campo Formoso.
4.0 Os lóci investigados na Cidade de Campo Formoso-BA.
FERBASA
32. 32
Fundada em 23 de fevereiro de 1961 pelo engenheiro José de Carvalho Filho,
a FERBASA iniciou suas atividades no município de Campo Formoso- BA, no ramo
de mineração, com o objetivo de produzir minério de cromo para o abastecimento da
indústria nacional. A empresa atua na área de mineração na cidade de Campo
Formoso, situada no povoado de Brejo Grande, e outra na Fazenda Pedrinhas
próxima ao povoado de Torrões.
Desenvolve fora da empresa a Fundação José Carvalho, com instituições de
ensino e cursos de capacitação interno e externo dentro da área especifica de seus
funcionários.
A Fundação José Carvalho, tem como missão atender crianças e
adolescentes e jovens carentes, dos municípios do nordeste brasileiro oferecendo-
lhes educação básica visando à formação de indivíduos capazes de exercer a
cidadania, de respeitar o ser humano em todos os seus aspectos, primando pela
ética cooperação e solidariedade, utilizando-se dos conhecimentos e das
competências adquiridas, com vistas à convivência social.
Ressaltando a Fundação José Carvalho em Campo Formoso, a mesma
investiu em algumas instituições como: Centro Experimental Rural de Torrões no
povoado de Torrões hoje tendo como Entidade Mantenedora, a Prefeitura Municipal.
A Escola Geraldina Carvalho localizada no Povoado de Brejo Grande, hoje
desativada, e que muito contribuiu no desempenho educacional de muitas crianças e
adolescentes naquela comunidade e povoados vizinhos. E a Escola Rural Gilcina
Carvalho localizada na sede do município, que também é mantida pela Prefeitura
Municipal e atende crianças e adolescentes do interior do município, sendo uma
escola de alternância.
UHSF: União Hospitalar São Francisco
O hospital São Francisco, fundado em 1958 por Frei Lino Graflage, vigário da
Paróquia de Santo Antonio de Campo Formoso, e foi entregue as irmãs
Franciscanas hospitaleiras da Imaculada Conceição.
33. 33
Em 1960, chegou para trabalhar no hospital, recém formado, Dr. Renato
Jayme de Andrade e Souza, onde ficou hospedado por certo tempo no convento dos
padres. Sendo presidente do hospital por muitos anos, Dr. Renato passou a sua
função para seu filho, Dr. Renato Jayme Filho e sua esposa Dora que atua no RH.
O Hospital São Francisco há 53 anos vem prestando serviços médicos
hospitalares a micro região. Sendo 90% dos seus atendimentos são destinados ao
SUS, pobres e carentes.
Atendendo nas especialidades de clinica médica, cirurgia, Ginecologia
Obstetrícia, Neonatologia, Pediatra, Radiologia, Angiologia, ortopedia,
Utrassonografia, Preventivos do Câncer e Laboratório de Analises Clinicas. O
convênio com o SUS é destinado, apenas para os atendimentos de urgência e
emergência.
O Hospital também possui convênios com a CASSI, Saúde Bradesco,
Planserv, Ferbasa, Promédica, Unimed, Faelba, CIMPOR, Correios, NBC,
Associações e Prefeitura Municipal. Alguns Programas são desenvolvidos como,
diabetes, hipertensão, Saúde da Mulher, hanseníase, planejamento familiar,
tuberculose, inclusive com o fornecimento de profissionais médicos e medicamentos.
CRAS: O Centro de Referência Assistencial as Famílias em Campo Formoso,
presta serviços e programas socioassistênciais de proteção social básica as famílias
e indivíduos, e a articulação destes serviços no seu território de abrangência, e uma
atuação intersetorial na perspectiva de potencializar e a proteção social.
CREAS: O Centro de Referência Especializado de Assistência Social, integridade do
Sistema Único de Assistência Social, na nossa cidade constitui de uma unidade
pública estatal, responsável pela oferta de atenções especializadas de apoio,
orientação e acompanhamento a indivíduos e famílias com um ou mais de seus
membros em situação de ameaça ou violação de seus direitos.
Objetivo: Fortalecer as redes sociais de apoio da família, contribuindo no combate a
estigmas e preconceitos, assegurando proteção social imediata e atendimento
interdisciplinar as pessoas em situação de violência, visando integridade física,
34. 34
mental e social. Tendo como público alvo: crianças e adolescentes, jovens,
mulheres, pessoas com deficiência e suas famílias que vivenciam situações de
ameaça e violações de direitos por ocorrência ao abandono a uma institualização.
AALC: A Associação dos Animadores Leigos das CEBS, situada a Praça Frei Lino
Graflage s/n, faz um trabalho voluntario com aproximadamente 50 pessoas, sendo
os mesmos ligados aos grupos: PJMP (Pastoral da Juventude Popular), Grupo da
Amizade (Idosos), Escola a Caminho das CEBS. A referida Associação com cursos
realiza formação e sistematização na área do semi-árido, meio rural e sustentável,
economia solidaria. Na área da educação a escola desenvolve pratica escolar para
sócios ou pessoas da comunidade do interior do município, realizada uma vez por
mês sempre no final da semana, com direito a estadia, retornado para casa e dando
continuidade aos seus trabalhos.
PETI: É um serviço sócio - educativo que tem como objetivo retirar as crianças e
adolescentes, entre 7 e 15 anos de idade, do trabalho considerado perigoso,
degradante e insalubre. O programa compõe ações, alternados com o horário
escolar, ofertando atividades lúdicas, pedagógicas e culturais, as quais são
planejadas pelo professor que deveria ser um pedagogo, junto com a coordenadora
pedagógica, que também deveria ser uma pedagoga que atua na elaboração de
projetos, pautado em dados concretos acerca das necessidades e interesses do
publico alvo.
PROJOVEM: destinado ao adolescente associa serviço e transferência de renda
que tem como objetivo o fortalecimento da família, dos vínculos familiares e sociais.
Para tanto, trabalha com três eixos temáticos: Convivência Social, Participação
Cidadã e Mundo do Trabalho, além de abordar seis temas transversais: direitos
humanos e sócio-assistenciais, trabalho, cultura, meio ambiente, saúde e esporte.
SETAS : A secretaria tem a função de executar a política municipal de amparo a
assistência as crianças, aos adolescentes, aos idosos e as pessoas especiais. Atua
na área social, desenvolve diversos programas sociais em parceria com o governo
Federal e Estadual, a exemplo do CRAS/PAIF, CREAS, PROJOVEM, CONSELHO,
35. 35
TUTELAR, GERAÇÃO DE RENDA E NÚCLEO DE ESPORTE, BOLSA FAMÍLIA,
PETI, OUTROS.
PROJETO ÁGAPE: É um ministério filantrópico e assistencial, sem fins lucrativos,
da Primeira Igreja Batista através do Pastor, em Campo Formoso, que se destina ao
amparo e educação de crianças e adolescentes carentes e ou desassistidos,
atendendo em regime de semi-internato e creche. O Projeto procura proporcionar
atendimento, objetivando o desenvolvimento global, suprindo as necessidades bio-
psico-sociais e espirituais.
Atua junto a elas, atendendo sempre na sua globalidade, buscando
aperfeiçoar-se no acompanhamento e satisfação de suas necessidades básicas,
afetivas, cognitivas e sociais; criando condições para que a mesma produza seu
próprio conhecimento e experiência. Para tanto se adota projetos pedagógicos que a
s possibilitem conquistar autonomia, criatividade, expressão e decisão, construindo
assim sua cidadania. Hoje estamos atendendo 50 crianças, temos 40 cadastradas
no perfil do projeto, e dezenas de pais que nos procuram semanalmente, mas não
podemos atendê-las pela limitação do espaço e recursos.
36. 36
CAPITULO IV
ANÁLISES DE DADOS
Neste capitulo, enfatizaremos os dados coletados da referida pesquisa
monográfica desenvolvida entre 09 Instituições na Cidade de Campo Formoso-BA,
com os dirigentes que estão à frente dos serviços sociais, voltados à comunidade.
4.1. RESULTADO DO QUESTIONÁRIO FECHADO:
4.1.1 Faixa Etária
A faixa etária dos entrevistados varia, conforme será apresentado no gráfico
4.1 que nos apresenta o número de jovens reduzido ao mercado de trabalho. Não foi
encontrada entre os entrevistados a idade de 18 a 25 anos, e a maior parte está
entre 31 a 40 anos conforme o gráfico abaixo.
0%
33% 34%
18 a 25 anos
26 a 30 anos
31 a 40 anos
33% 40 a 49 anos
Gráfico 4.1.1 “faixa etária”
No Gráfico 4.1.1, analisamos a faixa etária dos entrevistados que variam entre
pessoas jovens e adultas. Como observamos não houve entrevistados entre a idade
37. 37
de 18 a 25 anos. Com 26 a 30, e 31 a 40 anos obtemos 33%, e obtemos 34% na
faixa etária entre 40 a 49 anos.
Percebemos que diante da porcentagem apresentada, pessoas mais experientes
estão à frente de cargos nas empresas.
4.1.2 Gênero
Homens Mulheres
22%
78%
Gráfico 4.1.2 “Gênero”
Como podemos observar no gráfico 4.1.2, relacionado ao gênero, 22%
corresponde aos homens, e 78% das mulheres, isso significa um avanço para o
gênero feminino no mercado de trabalho. O campo de Pedagogia, assim também
como no curso de Magistério continua sendo pluralidade, graças a sua coragem e
competência esse avanço vem crescendo cada vez mais.
4.1.3 Grau de Formação
Perguntamos aos entrevistados o grau de formação para compreendermos
mais a sua atuação dentro dos respectivos cargos que compete. Dessa forma, foi
exposto no questionário se os mesmos possuíam nível superior completo e
incompleto, especialização completa e não completa.
Gráfico 4.1.3 “grau de formação”
38. 38
50%
50% Niv. Sup. Com. 33,33%
Especi. Comp. 33,33%
Especi. Imcomp 33,33%
Dentre as respostas coletadas, todos obtiveram 33,33%, em seu grau de
formação o nível superior completo,especialização completa e incompleta.
4.1.4 formação Acadêmica
Nos dias atuais percebemos o quanto é competitivo conquistar um espaço de
trabalho, o grau de escolaridade dos entrevistados varia e nos permite comentar o
quanto se faz necessário prosseguir nas pesquisas de atuação do Pedagogo nestes
espaços.
44%
56%
Curso de Pedagogia
Outros
39. 39
Gráfico 4.1.4 “Formação acadêmica”
No gráfico 4.1.3 podemos dizemos que os dirigentes das Instituições e os
demais que trabalham, entre graduados e pós graduados, apresentam formação nos
respectivos cursos: Mineração, Licenciatura em Matemática, Licenciatura em
História, Comunicação Social, Psicanálise, Teologia, Psicologia, Pedagogia. Mas a
porcentagem apresentada entre pedagogos é um número insignificante.
Libâneo (2001, p.6):
O campo educativo é bastante vasto, uma vez que a educação
ocorre em muitos lugares e sob variadas modalidades: na família, no
trabalho, na rua, na fabrica, nos meios de comunicação, na política,
na escola. De modo que não podemos reduzir a educação ao ensino
e nem a Pedagogia aos métodos de ensino.
Ratificamos através da pesquisa, que em espaços não formais, onde se faz
necessário a presença do Pedagogo, como a exemplo de coordenação para
educadores sociais, outros profissionais graduados em oura área ocupam a vaga, e
isso significa que escapa da realidade pedagógica, onde o pedagogo na academia
prepara-se com atividades de planejamento, organização, e processos educativos.
4.1.5– área de atuação da Empresa/Instituição/programa
Enfatizamos através do gráfico a área de atuação da empresa é para
ressaltar que os lóci de pesquisa apresenta um olhar diferenciado as atividades
sociais que vem crescendo muito ao longo dos tempos.
Silva apud Brasil, 2006
A partir da década de 90, aprofunda-se a atuação das
organizações não-governamentais na esfera educacional. A
legitimação da entrada das ONGs, na educação brasileira
ocorre a partir da Lei n. 9.394/1996, que fixou as Diretrizes e
Bases da educação Nacional. (...) o artigo primeiro dessa lei
explicita que a educação abrange processos formativos
40. 40
ocorridos em diferentes lugares, inclusive nos movimentos
sociais e nas organizações da sociedade civil (p.3020).
Vem crescendo o número de espaços sociais e sua relevância nas prestações
de serviços a comunidade e graças a Lei que da um embasamento nesta área de
trabalho tão importante.
11%
11%
social
Mineração
78%
saúde
Gráfico 4.1.5 “área de atuação das Instituições”
Dentre as Instituições, 78% são de área social, 11% correspondem na área
mineração e 11% a de saúde.
Todas prestam serviço relevante na comunidade. Entre as mesmas destaco
de modo especial o beneficio que traz Ágape para crianças carentes com
acompanhamento pedagógico e psicopedagogo. Através da pessoa do Pastor da 1a
igreja Batista na nossa cidade.
4.1.6 capacitação dos funcionários na empresas
41. 41
1%
func. Capacitados
func. Não capacitados
99%
Gráfico 4.1.6 “Capacitação e treinamento”
É importante que as Empresas capacitem seus funcionários para que possam
obter êxito no desempenho, aperfeiçoar, ampliar seu campo de trabalho.
Nesta questão perguntamos se a Empresa/Instituição/Programa oferece cursos de
capacitação ou treinamentos para seus funcionários. Entre as respostas obtemos
que 99% delas capacitam seus funcionários, sendo 1% apenas para quem não
desenvolve nenhuma atividade neste sentido.
Assim complementa Silva apud Brasil (1999, p.3021):
O pedagogo na área de Recursos Humanos das empresas
coordena projetos das empresas, elabora programa de
avaliação de performace, pesquisa, analisa e seleciona cursos
e projetos a serem adotados pelas empresas. Oferece
treinamento aos funcionários com a finalidade de aumentar a
produtividade.
Acreditamos no bom desempenho de um pedagogo, contribuindo no
desenvolvimento e no desempenho de suas funções e dos demais que ali estão.
4.7. RESULTADOS DA ENTREVISTA SEMI-ESTRUTURADA
42. 42
Na entrevista semi estruturada todos os entrevistados se dispuseram a responder as
questões. Informamos da necessidade e da importância de gravar as falas. Também
asseguramos que em momento algum fosse revelando nomes na participação.
Entre os Dirigentes dos Espaços Não Formais que estavam à frente das
empresas, associações, programas governamentais. Utilizamos o código “D”
seguidos de numerais cardinais.
A concepção dos dirigentes sobre a atuação do Pedagogo nos espaços Não
Formais.
4.2.1Área de atuação das Instituições/Empresas pesquisadas.
Das Instituições e Empresas pesquisadas, oito (08), trabalham diretamente
voltadas a atividades sociais, uma (01) na área de Mineração, uma (01) no serviço
hospitalar. Sendo todos espaços não formais, ou seja, não escolares.
4.2.2 Existe algum pedagogo trabalhando nessa empresa/instituição?
“D” (1): 21 funcionários, desses, nenhum
pedagogo.
“D” (2): 22 funcionários, apenas 01
pedagogo.
“D” (3): 11 funcionários; 03 pedagogos.
“D” (4): 07 funcionários; 01 pedagogo.
“D” (5): 08 Educadores; 03 pedagogos.
“D” (6): 11 funcionários; 02 pedagogos.
“D” (7): 250 A 300 funcionários; apenas 01
pedagogo, mas que não atua no seu
âmbito.
43. 43
“D” (8): 41 Educadores sociais; 06
pedagogos.
“D” (9): 116 funcionários; nenhum
pedagogo.
Através das respostas acima relatadas, que apesar do número reduzido de
pedagogos nestes espaços, podemos constatar que já existe uma abertura para os
mesmos em instituições onde não havia. Isso significa que as mudanças já estão
ocorrendo. Ramal (2002) nos diz:
Nas empresas, a necessidade de manter a competitividade no
mercado exige desenvolver sempre novas competências nos
funcionários. Neste campo, a tarefa do pedagogo é crucial,
colaborando não só nos processos de capacitação em serviço,
como também na avaliação permanente que permita
diagnosticar as novas necessidades em função de cada
contexto e os meios para gerá-las mais rapidamente nos
grupos de trabalhos. (p.1)
Permite-nos pensar que em qualquer âmbito haverá sempre uma busca individual, a
procura por uma atividade será sempre por meio da competitividade, vivemos em
busca de melhores oportunidades de trabalho, e não será diferente para o
pedagogo.
4.2.3 Existe alguma atividade que possa ser desempenhada por algum
pedagogo? Por quê?
Atividade que os pedagogos possam estar desenvolvendo nos espaços não
formais.
Em relação à questão, os sujeitos nos responderam que:
“D” (1): sim, mas nenhum atua.
“D” (2): sim.
“D” (3): sim; como palestras nas escolas, oficinas, visitando
escolas, buscas ativas.
“D” (4): sim, mas não atuam.
“D” (5): sim.
“D” (6): sim:
“D” (7): não.
“D” (8): sim
44. 44
“D” (9): sim. “Atividade existe, mas não justifica a contratação, pois
outros profissionais podem desenvolver tais atividades”.
Podemos observar que por unanimidade os sujeitos reconhecem que existe a
necessidade desse profissional, porém deixam claro que outros podem exercer tais
funções. Diante disso fica evidente a discriminação e o pouco espaço para a
atuação do pedagogo neste local, que se justifica pela visão reducionista que
qualquer pessoa possa ocupar o lugar do mesmo pedagogo como nos diz: o “D”(9):
Libâneo 2001, apud Beillerot 1985
Observamos uma movimentação na sociedade mostrando uma
ampliação no campo educativo com a conseqüente
repercussão no campo pedagógico. Enquanto isso, essa
mesma Pedagogia está em baixa entre intelectuais e
profissionais do meio educativo com uma forte tendência em
identificá-la apenas com a docência, quando não para
desqualificá-la como campo de saberes específicos. (p.4)
Ainda não disseminou a imagem a respeito do curso de pedagogia.
Observamos em um amplo número de pessoas que entende que o espaço do
pedagogo está limitado apenas à sala de aula e não conseguem quebrar
paradigmas construídos ao longo do tempo.
4.2.4 *Visão dos sujeitos sobre atuação do pedagogo nos espaços não
formais.
Para evidenciar a pesquisa entre os 09 entrevistados das instituições citadas
através do questionário, preservando todas as informações precisas para que não
fossem revelados os sujeitos, mas sim a fala. Com base nestas afirmações
apresentamos algumas para responder as seguintes questões:
“D” (1): “É de suma importância em todas as áreas, porque em
todas as ações dos seres humanos passa pela educação e
“essa”, tem como finalidade a aprendizagem e a convivência...
o pedagogo se enquadra em todas estas questões.
“D”(2): “Acho ótimo, abriu um leque de informação, o pedagogo
não é apenas professor mas exerce várias funções”.
45. 45
“D” (3): “É muito importante, porque o pedagogo tem outra
visão... e no nosso caso, no social, a gente desenvolve
atividades educativas.
“D” (4): “Eu acho bom, porque é uma área abrangente, uma
profissão que da mais oportunidade de emprego, uma
profissão que está mais ampla”.
“D” (5): “Importante. Na organização, planejamento, avaliação, o
pedagogo tem esta capacidade de contribuição nos trabalhos”.
“D” (6): “Importante. A visão do pedagogo é ampla, se o espaço
estiver voltado para educação, é mais que necessário.
“D” (7): “Talvez não esteja preparado para julgar isso, existem
projetos abraçados pela Fundação José Carvalho, um trabalho
externo, fora isso não consigo “enxergar” esta área. Quando
existe na empresa a necessidade de capacitação especifica em
algumas áreas como prevenção de acidentes, segurança do
trabalho, recursos de liderança, e relacionamento pessoal, a
empresa contrata um profissional capacitado para que possa
oferecer cursos específicos por um período pré-determinado
em gestão de orçamento e custo que ela julga que há a
necessidade, então existe alguns momentos em que são
contratados pela empresa profissional capacitados no mercado
nacional para realizar atividades de cunho social, pertinente...
mas não rotineiramente o pedagogo exerce este trabalho.
Dessa forma não vejo necessidade de um pedagogo atuar na
empresa”.
“Mas o que eu digo, não quero diminuir a importância do
pedagogo, do educador. Em todo processo onde exista o ser
humano, existe a necessidade de reciclagem de conceitos
formação do ser humano, totalmente aberto para reciclar,
aprimorar, e para desenvolver uma conduta onde o ser humano
seja sempre a parte de todo processo, onde exista interação
social. E estes profissionais precisam ser capacitados nas
academias de onde saiu para que tenham uma formação
psicológica, filosófica, uma abordagem mais humanista com a
mente aberta como ser humano e trate o outro como parte
integrante, porque o ser humano não pode ser tratado
simplesmente como número ou como máquina, talvez neste
contexto as empresas que venham trabalhar neste lado social,
necessitem de profissionais, sejam psicólogos, seja assistente
social, seja o pedagogo, seja o educador, digamos assim de
produção. Sempre vai existir esta carência que chegam a
trabalhar para que o ser humano possa evoluir humanamente,
e não se sinta apenas como número, ou um repetidor de
órgãos ou de processos produtivos tecnicistas,mas que ele
também seja parte integrante desse processo entendendo que
46. 46
o ser humano é a parte principal.. é claro que isso pode durar
certo tempo, digamos assim, numa palestra, em momentos de
horas de discussão, para que a gente entenda... tudo que
existe do processo produtivo do ser humano para que possa
ser valorizado como pessoa humana você vai ter que produzir
um bem de consumo que seja produtivo ao ser humano.As
empresas cada vez mais devem partir para um conceito do
“ser”, hoje em dia se valoriza muito o ter, e não o ser.
“D”(8): “É muito importante,principalmente para os treinamentos
e jornada pedagógica”.
“D” (9): “(...) para um hospital contratar um Pedagogo? deve ser
de grande porte”.
No “D” (7) o entrevistado procura não se comprometer na sua
fala, acredita que não se faz necessário a presença do
pedagogo na Empresa, porém faz uma explanação do
pedagogo, não diminuindo a sua importância, e destaca varias
vezes na sua fala, o valor humano, enquanto pessoa. E
reproduzindo diz: “as empresas cada vez mais devem partir
para um conceito do ser, hoje em dia se valoriza muito o ter, e
não o ser”.
O autor complementa: Ribeiro (2003. s/p):
(...) o pedagogo empresarial cumpre um importante papel dentro das
empresas e organizações articulando as necessidades junto à gestão
de conhecimento. Cabe a este profissional provocar mudanças
comportamentais nas pessoas envolvidas, favorecendo os dois
lados: o funcionário que quando motivado e por dentro dos
conhecimentos necessários, sente-se melhor e produz mais e a
empresa que quando se mantém com pessoas qualificadas obtém
melhores resultados e maiores lucratividade.
Neste caso, se faz necessário para o profissional a busca de crescimento
tanto individual quanto em relação à empresa, aquele que melhor desempenhar seu
papel, com certeza terá melhor resultado.
Notamos que nesta ultima fala, “D” (9) um confronto com a fala anterior sobre
a mesma questão abordada onde ela deixa claro uma contradição,
Para Fonseca apud Libâneo (1999 s/p):
47. 47
A prática pedagógica nesse espaço exige dos profissionais
envolvidos maior flexibilidade, logo, a atuação da classe hospitalar
requer compreensão para a peculiaridade do que em outras
instituições, é necessário um planejamento para enfrentar esse
desafio com temas geradores e percursos individualizados.
Acreditamos que na área hospitalar requer profissionais preparados
emocionalmente e psicologicamente, para lidar com crianças em diversas
especialidades, que precisam de acompanhamento escolar e não escola.
48. 48
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ninguém escapa da educação. Em casa, na rua, na igreja ou na escola, de
um modo ou de muitos todos nós envolvemos pedaços da vida com ela: para
aprender, para ensinar, para aprender e ensinar. (Brandão, 2001, p.7).
Desse modo, compreendemos a fala do autor, quando se refere aos espaços
informais, formal e não formais no qual fazemos parte, seja na nossa família, com
nossos amigos, na escola ou em outros, estamos sempre em busca de aprender e
ensinar seja de forma sistematizada ou não.
Contextualizando este trabalho monográfico, percebemos em várias falas de
autores que defendem a pedagogia, como foi citada nas referências bibliográficas ,
que vem recentemente nos guiando com este novo olhar em que o pedagogo
necessita ampliar no campo de trabalho dentro da sociedade atual.
As leituras serviram de embasamento para garantir o objetivo da pesquisa.
Percebemos que o discurso sobre os espaços de atuação do pedagogo vem
ganhando forças não somente pelos próprios pedagogos, mas de fato a sociedade
está tendo um olhar diferenciado no oferecimento desses na conquista desses
novos espaços, que não se resume somente na sala de aula, mas vai de encontro a
outros ambientes.
É perceptível através da pesquisa, a ausência de modo efetivo de pedagogos
nas instituições, empresas, nos grupos sociais, e nos segmentos que
complementam a ação social das empresas. Muitos ainda não conseguiram quebrar
paradigmas de que o pedagogo precisa estar somente na sala de aula.
Neste mundo moderno em que vivemos, precisamos permanecer tentando na
probabilidade como cidadão critico, para uma pedagogia da emancipação, um novo
olhar ao curso de Pedagogia, que nos leva a refletir onde estamos e para onde
vamos, aderir as novas mudanças na matriz curricular, o reconhecimento do curso
dentro e fora da academia.
49. 49
De fato, a pesquisa permitiu validar a nossa hipótese, os recursos utilizados
ajudaram de forma significativa com o questionário: fechado e entrevista semi-
estruturada, que foram utilizados pessoalmente com os entrevistados.
Enfatizamos alguns desses espaços que vem ao longo dos anos prestando e
serviço a nossa comunidade, beneficiando também na micro região a exemplo das
Empresas:FERBASA (Ferro e Ligas da Bahia), e UHSF, (União Hospitalar São
Francisco).
Esta experiência nos faz refletir enquanto estudantes acadêmicos, neste novo
cenário de educação. Dos seguimentos visitados; associações, redes sociais,
programas, trabalho voluntário, empresas, observamos que ainda existe uma visão
fechada para atuação do Pedagogo nestes espaços e que veem o educador
somente para atuar em instituições escolares.
Neste sentido, a temática nos impulsiona enquanto pedagogos na academia,
em busca de novas construções científicas, onde já existe esta investigação neste
novo campo, revelando novas possibilidades em que podemos atuar, em especial na
sociedade campoformosense.
50. 50
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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acesso dia 10/05/2011 às 23: 48
54. 54
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA-UNEB
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO-CAMPUS VII
SENHOR DO BONFIM-BA
PEDAGOGIA 2007.1
:
Prezado (a) Senhor (a) Diretor (a):
Esse questionário tem como objetivos levantar subsídios para uma pesquisa de
Conclusão de Curso de Pedagogia na Universidade do Estado da Bahia - Campus
VII de Senhor do Bonfim, que estou desenvolvendo sobre a atuação do Pedagogo
em espaços não formais de Educação, a exemplo de empresas e instituições
publicas e privadas. Os dados obtidos através deste questionário serão utilizados
exclusivamente para essa pesquisa e não sendo revelados nomes ou qualquer
outra informação particular dos entrevistados.
_____________________________________________
Edilene Silva de Araújo - Matricula n0 130715409
Campo Formoso, 26 de Janeiro de 2011.
55. 55
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA-UNEB
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO-CAMPUS VII
SENHOR DO BONFIM-BA
PEDAGOGIA 2007.1
QUESTIONÁRIO FECHADO
1.0 Perfil do entrevistado
Idade
( ) 18 a 25 anos
( ) 26 a 30 anos
( ) 31 a 40 anos
( ) 40 a 49 anos
1.2 Sexo
( ) Masculino ( ) Feminino
2.0 GRAU DE FORMAÇÃO:
( ) Ensino médio completo
( ) Superior completo
( ) Superior incompleto
( ) Pós-graduação completa
56. 56
( ) Pós-graduação incompleta
Outros
3.0 Formação acadêmica:
( ) Pedagogia
( ) Biologia
( ) Engenharia
( ) Segurança do Trabalho
( ) Serviço Social
( ) outros
2.0 Qual a área de atuação dessa Instituição/ empresa?
( ) educação ( )industria ( ) comercio ( )mineração ( ) agricultura
( ) social saúde ( )
2.1 Função ou cargo que exerce? _________________________________
2.2 Quanto tempo você exerce esta função?__________________________
2.3 Os profissionais estão capacitados para a função que exercem?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________
2.4 Quantas pessoas trabalham nessa empresa/ instituição?
________________________________________________________
2.5 Essa empresa desenvolve atividade de Formação para os seus funcionários?
( ) sim ( ) não
58. 58
Entrevista semi Estruturada
2.7 Existe alguma atividade que possa ser desempenhada por algum pedagogo?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
_________________________________________________________________
2.8 Qual a sua visão diante da questão levantada?
(a atuação do pedagogo nestes espaços)
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________